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pede para bloquear contas de três pré-candidatos à prefeituras da Baixada

Justiça

A1ª Vara Criminal Especializada, do Tribunal de Justiça do Rio, determinou que três pré-candidatos a prefeitos, em 2020, em três municípios da Baixada Fluminense, flagrados em uma reunião em busca de apoio político do miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, se apresentem mensalmente à justiça para justificar e informar qualquer tipo de movimentação.

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A peça, cujo conteúdo possui mais de cinco mil páginas, assinada pelo juiz Richard Robert Fairchlough ainda indica outras medidas cautelares, como o bloqueio de bens e contas bancárias, que devem ser cumpridas por Luciano Henrique Pereira (PL), conhecido como “Luciano Da Rede Construir”, pelo iguaçuano Cornélio Ribeiro e pela então candidata à prefeitura de Mesquita, Thaianna Cristina Barbosa dos Santos (PSDB), conhecida como Doutora Thay, ex-rainha de bateria da escola de samba Paraíso do Tuiuti. Além disso, o juiz pede a quebra do sigilo de aparelhos eletrônicos e que eles sejam alvo de busca e apreensão pessoal e domiciliar. E o embargo de valores encontrados em espécie, seja moeda estrangeira ou nacional, de valor igual ou superior a R$ 10 mil. Exceto em caso de apresentação de prova de origem lícita. Estas medidas cautelares fazem parte do desdobramento da investigação realizada do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MPRJ), denominada Epiloque. De acordo com MPRJ, por meio das quebras de sigilo de dados telemáticos, autorizadas pela justiça, foi identificada a gravação de uma reunião ocorrida entre membros da organização criminosa e pré-candidatos à prefeitura dos municípios de Nova Iguaçu, Queimados e Seropédica. O encontro seria para selar o acordo de apoio da milícia nas campanhas eleitorais dos políticos citados. Em troca dos favores dos criminosos, os pré-candidatos prometeram entregar secretarias e nomeações para cargos públicos. Além de beneficiá-los em licitações fraudulentas para o grupo de milicianos. Por isso, os envolvidos denunciados pela prática do crime de organização criminosa. De acordo com as investigações do Gaeco, a organização criminosa é responsável por extorsões, homicídios, torturas, ameaças, grilagem de terras, agiotagem, exploração ilegal de areais, lavagem de dinheiro, entre outros crimes, praticados principalmente nos municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Queimados e Seropédica.

Ainda de acordo com a apuração do MPRJ, nas contas de armazenamento dos membros do crime quebrados foram encontrados vídeos contendo cenas de torturas e assassinatos praticados pelo bando. “A organização conta com uma estrutura hierárquica bem delineada, com divisão de funções e tarefas entre seus integrantes. Nos últimos anos a associação criminosa passou a se organizar de maneira ainda mais complexa, buscando infiltrar-se na máquina pública. Nesse sentido, as investigações também revelaram a formação de uma verdadeira “coalizão” entre pré-candidatos a cargos eletivos para as eleições de 2020, na região da Baixada Fluminense, e os líderes da milícia”, disse o MP em nota.

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