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Sábado 28 a Segunda-Feira 30 de Janeiro de 2023
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Projeto com jovens surdos
Flávia Albuquerque
Estudantes surdos do ensino médio participaram durante duas semanas de um projeto inédito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que consistiu em uma oficina para criar um vocabulário de matemática em Libras. O objetivo do Matemática+Libras foi o de promover e enriquecer o vocabulário de termos matemáticos que não existam ou não sejam disseminados na Língua Brasileira de Sinais (Libras), reduzindo assim as dificuldades do processo de aprendizagem da comunidade de pessoas surdas no país.
Ao todo, participaram 14 estudantes de cinco estados (São Paulo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Pará). Três alunos de escolas privadas e 11 de escolas públicas ficaram hospedados até hoje (27) no campus da Unicamp, em Campinas, no interior de São Paulo. O projeto é totalmente gratuito e a Unicamp arcou com os custos de hospedagem e alimentação.
Os participantes passaram todos os dias estudando e resolvendo problemas matemáticos diversos, em Libras, gerando situações que propiciem o desenvolvimento do vocabulário. Foram gravados vídeos que servirão como registro para divulgação dos novos sinais. “Eles começam soletrando e depois de soletrar algumas vezes eles começam a criar sinais. Eles passaram duas semanas estudando matemática o dia inteiro e todos os dias apareceram sinais novos”, explicou um dos responsáveis pelo projeto e professor do Instituto Matemática Estatística e Computação Científica (IMECC), Marcelo Firer.
Segundo Firer, o projeto surgiu a partir da dificuldade dos jovens surdos em aprenderem a disciplina por falta de sinais em Libras para termos matemáticos. O objetivo era criar cenários em que eles apontam a falta de sinais, exclusivamente em uma sala de aula de jovens surdos enfrentando os mesmos tipos de desafios.
“Além do aspecto da iniciativa de apontar caminhos para uma política pública, a Unicamp não tem a capacidade de enfrentar esse problema. O que a universidade fez foi buscar um caminho que indique como a questão pode ser enfrentada e isso foi muito bem sucedido. O que temos agora é conversar com as secretarias de Educação e fundações educacionais para que encontros assim ocorram em mais áreas e estados”, apontou o professor.
EDITOR:
JORGE BERNARDES
CONSELHO EDITORIAL:
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PROJETO GRÁFICO/DIAGRAMAÇÃO:
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DIRETOR DE MARKETING:
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Segundo os acertos, que ainda estão em andamento, PT e PL poderiam fazer parte do mesmo bloco e negociariam o revezamento no comando de comissões importantes presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mantém-se o favorito à reeleição ao cargo nas eleições da próxima semana, e articula um bloco de apoio que pode unir PT e PL em prol de sua recondução. Os dois partidos têm posições opostas, especialmente na eleição presidencial de 2022. As negociações em andamento visam apenas a recondução de Lira ao cargo.
A Mesa Diretora da Casa será eleita na próxima quarta-feira (1º/2), no primeiro dia da legislatura. Ela é responsável pela direção da atividade legislativa e conta com 11 parlamentares: o presidente e dois vice-presidentes; e quatro secretários.
Tanto partidos que apoiam a base do governo Lula quanto a oposição apoiam
Oo atual presidente da Câmara. Homem forte de Jair Bolsonaro (PL) na Casa durante o último governo, Lira dialogou com o novo governo e atuou, antes mesmo da posse, para a aprovação da PEC da Transição, no final do ano passado, que abriu espaço orçamentário para bancar as promessas de campanha. Nos bastidores, desenha-se um apoio com até 20 legendas: PT, PL, PP, MDB, PSD, PDT, União Brasil, PSB, PSDB, Republicanos, Podemos, PSC, PCdoB, Solidariedade, Patriota, Avante, Pros, PTB, Pros e Cidadania. Há, porém, resistências internas em alguns partidos, que ainda não declararam oficialmente o endosso. Porém, independentemente do candidato à presidência da Câmara, os partidos precisam se organizar em blocos para a divisão de cargos. Além da eleição da Mesa Diretora, também está sendo acertada a distribuição das presidências das Comissões, que ocorre após 1º de fevereiro.
PT e PL disputam a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), comissão considerada estratégica por poder agilizar a tramitação de projetos considerados importantes pela legenda, e também atrasar projetos indesejados. Porém, é preciso integrar o maior bloco partidário para concorrer à comissão. O PT tentou isolar o PL, que tem a maior bancada da Câmara com 99 deputados, e impedir o partido de ocupar a presidência da CCJ. Arthur Lira, porém, é contra isso e vem articulando uma solução, que pode levar à aliança inusitada, mesmo que temporária.
Frente à ameaça do PL em conseguir formar o maior bloco e garantir as comissões mais importantes, o PT vem fazendo concessões durante o acerto, podendo ocupar menos cargos. A legenda quer, porém, o comando da CCJ no primeiro ano do governo Lula. O acordo que se desenha no momento é que os maiores colegiados serão revezados por PT, PL, União e PP, com o PT ocupando a CCJ neste ano e o PL, em 2024.