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devem voltar a ser opção aos portentosos SUVs

Ninguém desconhece a força de mercado dos SUVs e crossovers, estes tentando pegar uma carona com apliques e penduricalhos que lembram ou se inspiram nos modelos autênticos. De fato, há 10 anos havia apenas dois modelos compactos no Brasil: Ford EcoSport e Renault Duster. Atualmente, considerando todos os segmentos, 35% são SUV, 28% hatchback, 18% picapes, 14% sedãs e 5%, outros.

Nos EUA os SUVs são o principal tipo de veículo com 55% de participação. Sedãs já tiveram ampla dominância histórica e hoje limitam-se a 25%, restando 18% para picapes e 2% para monovolumes e hatches. Até mesmo na Europa os SUVs respondem por metade das vendas, algo surpreendente porque gastam mais combustível e naquele continente o valor do litro é o mais elevado do mundo. Na Austrália também quase 50% dos modelos vendidos em 2022 foram SUVs, mas houve pequena reação dos sedãs.

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Na China, de longe o maior mercado mundial de veículos, igualmente a participação ultrapassa os 50%. Porém os sedãs representam o segundo segmento e muitas vezes com entre-eixos alongados como os compradores preferem.

Entretanto alguns indicadores nos EUA apontam uma recuperação dos sedãs tradicionais que já foram símbolo de sucesso e luxo. No ano passado subiram sua representação para 30% com 4,5 milhões de unidades vendidas. A rede de concessionárias VW confia no Jetta e se não tiver esse modelo para pronta entrega o interessado procura outra marca de sedã.

Existe também uma distorção estatística no mercado americano. Picapes são os modelos mais vendidos individualmente em razão das principais marcas somarem diferentes tipos de picapes pesadas, mantendo o mesmo nome (Série F, Silverado e Ram) ainda que tenham rodado duplo na traseira ou uma colossal capacidade de reboque.

Désirée Sessegolo EDITORA

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O australiano Mike Simcoe, vice-presidente mundial de design da GM, apontou ao também australiano site greenslips.com.au a tendência de mudar o perfil “baunilha” dos sedãs e tornálos “sexy” ou “de sucesso” novamente. Ele destaca: “A indústria inevitavelmente voltará aos sedãs, desde que sejam elegantes e seus vizinhos admirem.”

Uma pesquisa da Nissan apontou: 80% dos millennials (geração de nascidos entre 1980 e 1999) não possuidores de um sedã considerariam comprar um agora ou no futuro.

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