CulturaS - 14/05/2011

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Sábado 14 de maio de 2011

26ª Feira do Livro


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Sábado 14 de maio de 2011

A menina-lobo (A você, Renée, que já se foi... e às destemidas mulheres que “correm com os lobos”.) Era uma vez um bosque habitado por ursos, raposas, veados, águias, sabiás, corvos, macacos, serpentes... e lobos. Árvores desfilavam em quilômetros de verde. Água desabrochava das nascentes e escorria em filetes que ziguezagueavam pela floresta em trilhas sonoras. Já gordos, riachos gargalhavam entre os desfiladeiros a caminho de um rio. À noite, era possível se ouvir o bosque cantando, e as montanhas respondendo. Os índios que lá viviam respeitavam os animais, e os animais, que eram os donos da floresta, dividiam o espaço com os índios. Mas então homens de todas as cores espicharam os olhos e sentiram vontade de saber o que havia além da linha do horizonte. E a vontade começou a crescer dentro do peito virando fome. E a fome virando sede. Então eles iniciaram uma viagem que durou meses... Percorreram o deserto, cruzaram os rios e, por fim, escalaram a montanha grande. Lá em cima, fincaram uma bandeira para marcar o território que haviam conquistado. Quando olharam para baixo, suspiraram deslumbrados. Na terra nova, tudo havia em abundância. Gananciosos, invadiram o bosque com fúria. Primeiro mataram a sede e a fome. Depois assassinaram os ursos, expulsaram as raposas, caçaram as águias, envenenaram os corvos, enjaularam os sabiás, empalharam os veados, esmagaram as serpentes... e acabaram com os lobos. Também sujaram as fontes. A terra ficou seca e vazia. Ao invés do verde, começaram a desabrolhar prédios cinzentos, cada vez mais altos e mais sisudos, que arranhavam o azul do céu. E o bosque que cantava virou uma enorme selva de pedras. Passaram-se muitos anos... Até que um dia, uma velha, muito velha, foi vista se esgueirando entre os arranha-céus. Ela investigava praças, ruas e becos à procura de ossos de lobos. Não era fácil encontrar todas as peças de um esqueleto, porque a maior parte fora soterrada pelas construções. Quando, finalmente, conseguia reunir um esqueleto inteiro, ela disparava até sua caverna, sentava junto ao fogo e pensava numa canção. Com os olhos repentinamente iluminados, a mulher erguia os braços sobre o esqueleto e começava a cantar. À medida que cantava, os ossos iam sendo forrados de carne. E ela cantava cada vez mais alto, e cada vez mais carne o animal ganhava. A velha cantava com mais força, e então pêlos cobriam o corpo do lobo. De repente, o rabo formava uma curva para cima, ficando forte e desgrenhado. A velha cantava mais ainda e mais alto, até o chão do deserto estremecer. Agora, com o seu canto, ela soprava vida para dentro do lobo, e ele respirava. O lobo abria os olhos, dava um salto e saía correndo pelo desfiladeiro. Em algum ponto da corrida, por um instante, ele se transformava numa menina que ria e andava livre na direção do horizonte... Ora lobo, ora menina, a menina-lobo deixava para trás as pegadas... Os sulcos iam ganhando forma, ora de patas, ora de pés... Criaturas brotavam que nem fontes, e se desprendiam da terra, uivando e cantando em duetos... A vida renascia em quilômetros de verde, e a alegria cantarolava em dezenas de nascentes... A terra, agora coberta por uma fina penugem, se oferecia inteira para abrigar a matilha da esperança... A menina-lobo ia à frente, rindo livre. Ora lobo... ora menina... (História inspirada no livro “Mulheres que correm com os lobos”, de Clarissa Pinkola Estés).

Vestibular de Inverno da UCS para seis cursos no Campus Universitário da Região dos Vinhedos JONAS RAMOS

O Vestibular de Inverno da Universidade de Caxias do Sul está com as inscrições abertas para seis cursos no Campus Universitário da Região dos Vinhedos (CARVI), em Bento Gonçalves. Os cursos são: Administração, Design, Direito, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica e Pedagogia EAD – Licenciatura. As inscrições podem ser feitas até 6 de junho pelo site www.ucs.br O valor da inscrição é de R$ 40 até o dia 26 de maio e, após, de R$ 50. Para os candidatos que pretendem fazer o concurso por experiência, o desconto no valor da inscrição é de 50%. Informações pelo site www. ucs.br, informa@ucs.br e pelos telefones (54) 3218.2199 e 3218.2178 e 0300.7892100. A relação dos cursos oferecidos no Vestibular de Inverno 2011 está disponível no site www. ucs.br. A prova acontece no dia 26 de junho, às 13 horas. Administração Para o curso de Administração, a UCS disponibiliza 60 vagas à noite. O profissional desta área atua no planejamento, na estruturação, no comando e no controle de organizações públicas e privadas, além de desenvolver ações de marketing, promovendo a venda dos produtos ou serviços da organização. Pode ser também um profissional liberal em assessorias e auditorias. O curso tem a duração de quatro anos e meio. Design Para o Design são oferecidas 40 vagas, com aulas no ve spertino e noite. O designer atua desde indústrias automobilísticas, estúdios de design gráfico, agências de publicidade, no desenvolvimento de sites na internet, produtoras de vídeo, em indústrias gráficas, em editoras ou como profissional autônomo. É quem projeta produtos, produz gráficos e glíficos analógicos e digitais de modo criativo, crítico e consciente do complexo de aspectos sociais e

ambientais que envolvam a concretização de um produto, dialogando com profissionais de outros campos do conhecimento, a fim de atuar em equipes transdisciplinares voltadas ao desenvolvimento de projetos de design. A duração do curso é de quatro anos. Direito Quarenta vagas são oferecidas no turno da manhã para o curso de Direito. O Bacharel em Direito atua em órgãos públicos na Magistratura, no Ministério Público, na Advocacia Pública, como Delegado de Polícia e como Defensor Público, em escritórios de advocacia, em departamentos jurídicos de empresas e instituições financeiras, em organizações na defesa técnica de seus interesses. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria. A duração do curso é de cinco anos. Engenharia Elétrica Engenharia Elétrica conta com 30 vagas, com aulas no vespertino e noite. O engenheiro elétrico atua em indústrias de diversos setores eletroeletrônicos, de material elétrico e automação, empresas de consultoria, geradoras, distribuidoras e concessionárias de energia elétrica, empresas de projetos, consultoria e manutenção de equipamentos na área eletroeletrônica, hospitais, empresas de projetos e consultoria em telecomunicações e laboratórios de pesquisa científica e tecnológica. É responsável pelo desenvolvimento, execução e manutenção de sistemas eletrônicos e sistemas de instrumentação. Efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. A duração do curso é de cinco anos. Engenharia Eletrônica Também com duração de cinco anos, o curso de Engenharia Eletrônica conta com 30 vagas, com aulas

Engenharia Eletrônica é um dos cursos ofertados no Campus da Região dos Vinhedos no vespertino e noite. Esse profissional trabalha em empresas que atuem no mercado industrial, automotivo, comercial e financeiro, alimentício, hospitalar e de saúde em geral, e de sistemas de automação predial e residencial, em empresas e laboratórios de pesquisa científica e tecnológica. É o profissional que planeja, projeta em hardware e software, instala e opera sistemas eletrônicos. E, ainda, coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e serviços técnicos, efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Pedagogia Ofertado na modalidade a distância (EAD), o curso de Pedagogia – Licenciatura conta com 100 vagas. O licenciado em Pedagogia atua nas redes pública e particular de ensino, na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na área de serviços e apoio escolar e na organização e gestão de sistemas educacionais. Pode também atuar em empresas de consultoria e assessoria na área, em gestão da educação em empresas e em projetos sociais.

Caderno

Este caderno faz parte da edição 2720 de sábado, 14 de maio de 2011, do Jornal Semanário

Colaboradores: Ânderson Carpes, Felipe Zibell, Jorge Bronzato Jr., Patrícia Lima, Tomaz dos Santos e Márcio Leandro da Silva Periodicidade: Quinzenal

Diamagramação: Maiara Alvarez diamagrador@jornalsemanario.com.br Projeto Gráfico: Maiara Alvarez Foto de Capa: Tomaz dos Santos Direção: Henrique Alfredo Caprara jornal.semanario@italnet.com.br

SEDE Wolsir A. Antonini, 451 - Bairro Fenavinho/ Bento Gonçalves, RS 54. 3455.4500


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26ª Feira do Livro

Uma enxurrada cultural na praça Centenário Abertura do evento, que encerra no dia 22, ocorreu abaixo de chuva na tarde da quarta-feira, 11

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TOMAS DOS SANTOS

Tomaz dos Santos

s principais personagens da Feira do Livro de Bento Gonçalves poderiam ser os livros, os escritores ou os artistas que se apresentam durante o evento, mas a feira não estaria completa sem a chuva, que esteve presente em praticamente todas as últimas edições e não deixou de comparecer à abertura, que ocorreu na quarta-feira, 11. Como uma enxurrada cultural, a 26ª Feira do Livro vem com uma vasta programação e mais de 20 livreiros com obras de todos os gêneros, tipos, tamanhos e preços, dos mais variados autores nacionais e internacionais. Ainda conta com apresentações artísticas de música, dança e poesia, além de eventos paralelos, como a

Livros, escritores, artistas e público são os personagens principais

Semana dos Museus, patrimônio é show e o Congresso Nacional de Ensino de Leitura, Literatura e Língua Portuguesa da UCS. A participação de escolas e a integração dos alunos com escritores e com as apresentações como

contação de histórias, pintura, shows de teatro e dança também fazem parte da enxurrada cultural que tomou conta da praça Centenário, na programação que encerra no dia 22. reporter1@jornalsemanario.com.br

A programação* Dia 14 (sábado): 10h/14h/15h/16h - Projeto Contando e Encantando retratando a história “O trem e o maquinista nos trilhos da fantasia” Local: Espaço Colégio Aparecida. 9h45mim/16h15mim – Dança de rua Bronx Company de Daniel de Almeida. Local: Palco. 10h às 12h – Palestra: “Poesia: Paixão (tesão) da língua” com Herbert Emanuel a Adriana Abreu. Local: Auditório. 10h - Apresentação com o Grupo Ricordi D’Itália , da Linha Paulina. Local: Palco 10h30min – Apresentação do Coral Vale dos Vinhedos. Local: Palco. 15h - Espetáculo “Quem tem medo de bagunça?” com o Grupo A Trupe dosquatro. Local: Palco. 16h30min – Danças Árabes e Egípcias “Al Nur”. Local: Palco. 17h – Invernada Adulta do CTG Paisanos da Tradição. Local: Palco. 17h às 20h – Programa “De querência em Querência” com o comunicador Leonço de Freitas e convidados, pelas ondas da Rádio Liberal FM 102.1. Local: Espaço da Imprensa. Dia 15 (domingo): 14h/15h - Projeto Contando e Encantando retratando a história “ O Trem e o maquinista nos trilhos da fantasia”. Local: Espaço Colégio Aparecida. 14h - Contação de Causos e Lendas com Tertulino. Local: Palco. 15h – Sessão de autógrafos com os escritores: Franklin Santana Santos com os livros” A Arte de Morrer - Visões Plurais” (Filosófico e científico) e “A lenda das duas rainhas”

(Romance) e Décio Landoli Jr. Com os livros “A Reencarnação como lei biológica” (científico) e “Um homem no fundo do espelho” (Romance). Local: Café da Feira. 15h30min – Danças Árabes e Egípcias com o espetáculo “Al Nur”. Local: Palco. 16h – Palestra “Viver, Crescer e Libertar-se” com a escritora Ana Cristina Vargas no Palco da Feira. Local: Palco 17h30min - Acústico no café – Duo instrumental – Sal a gosto – Jazz, Bossa Nova e Nativismo. Dia 16 (segunda-feira): 8h - Projeto Literatura Passeante – Oficina de criação literária para alunos de ensino médio. Local: Salão do Colégio Marista Aparecida. 9h - Encontro do Patrono Colmar Duarte com integrantes do Grupo de diabéticos e hipertensos do Posto central de saúde. Local: Auditório. 10h - Palestra: “Poesia: Paixão (tesão) da língua” com Herbert Emanuel a Adriana Abreu. Local: Auditório. 10h/14h30min - Projeto “Transmissão de saberes” dentro da programação da 9ª Semana Nacional de Museus. Local: Espaço Museu. 13h45min - Causos e Lendas com o personagem Tertulino. Local: Palco. 14h30min – Oficina “Amigo Imaginário” com Jovilde Furlanetto. Local: Espaço do Círculo Operário no portal de entrada da Feira do Livro. 15h - Espetáculo “Lili Inventa o Mundo”, com a Cia. Teatral Máschara, de Cruz Alta. Local: Palco. 19h30min - Bate-Papo com alunos do EJA com o escritor Fernando Saldanha, de Uruguaiana, autor do livro “Tiro e Queda”, com o tema “Poesia e criação

literária”. Local: Auditório. 19h30min - Painel “A importância da memória na formação do ser humano e sua história” Painelistas: Escritor Colmar Duarte, historiadora Bernardete Schiavo Caprara e neurocirugião Gustavo De David. Local: Espaço Museu. Dia 17 (terça-feira): 9h – Palestra com o escritor Charles Kiefer para alunos Alfredo Aveline e do Colégio Estadual Dona Isabel. Local: Casa das Artes. 9h30min/14h30min – Oficina de Fanzine com o Professor Marcelo Tomazi. Local: Espaço do Círculo Operário. 10h - Oficina de criação literária do Colégio Aparecida, para alunos de ensino médio. Local: Salão do Colégio Marista Aparecida. 10h - Espetáculo “O Incidente”, Baseado na obra “Incidente em Antares” de Erico Veríssimo, com a Cia. Teatral Máschara, de Cruz Alta. Local: Palco. 10h/14h30min - Projeto “Transmissão de saberes” dentro da programação da 9ª Semana Nacional de Museus. Local: Espaço Museu. 15h - Espetáculo “Feriadão”, com a Cia. Teatral Máschara, de Cruz Alta. Local: Palco. 19h30min - Projeto Com a Palavra, a música : bate-papo sobre música e literatura com o escritor / músico Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawai) , que estará autografando os livros “Pra ser sincero” e “Mapas do acaso”. *Esta programação inclui apenas os principais eventos que ocorem de sábado (14) a terça-feira (17).

Um pouco de história da fenavinho

Em 1994 os jornais da região da serra traziam estampadas nas manchetes “Castelo Branco abre I Fenavinho”. – “A Festa foi marcada pelo entrosamento”. – “Recortes de jornais são os únicos registros sobre o evento, que projetou Bento em nível nacional. “Tendo como centro um belíssimo pavilhão com 63 estandes e como atrações os extraordinários produtos da região colonial do Rio Grande do Sul, será inaugurada, pelo presidente da República, Castelo Branco, a I Festa Nacional do Vinho. Idealizada pelos viticultores e por eles concretizada, a Fenavinho nada mais é do que uma autêntica festa de trabalho”. Assim iniciará a reportagem do suplemento Nacional, de Porto Alegre, de 24 de fevereiro de 1967, no Diário de São Paulo, O Jornal, do Rio de Janeiro, o Correio Brasiliense, de Brasília, o Estado de Minas, de Minas Gerais, e o Diário do Paraná, de Curitiba. Eles transmitiram exatamente a repercussão surpreendente da iniciativa junto ao público. A Imperatriz do Vinho na primeira edição foi a Srtª Sandra Guerra. As damas de honra escolhidas eram Iegla Ghelen e Liane Mazini. O presidente da festa foi Moysés Michelon e o prefeito na época era Milton Rosa. Conforme a notícia veiculada pela Folha da Tarde de 27 de fevereiro de 1967, 50 mil pessoas visitaram a I Fenavinho entre os dois primeiros dias de festa. “Bento Gonçalves jamais abrigou tanta gente, vinda dos mais distantes municípios de outros pontos do país.” A colocação de vinho encanado no centro da cidade chamava a atenção para a fartura existente no lugar. Todo o visitante pode deliciar-se do saboroso produto, pois todos dizem que o que jorra é saúde para todos “. As atrações da Fenavinho, ainda em sua primeira edição, não param por aí. Foram distribuídos aos visitantes durante a realização do evento, cem mil garrafas de vinho. Todas as noites, no palco – Show do parque eram feitas apresentações dos CTGs, da Banda Municipal, do Coral Bento-Gonçalvense, do Centro de Cultura, Artistas Amadores de Bento Gonçalves e artistas das rádios e emissoras de televisão da Capital do Estado. “Bento Gonçalves só saiu do anonimato após a realização da I Fenavinho”. Está é a opinião do primeiro presidente do evento, empresário Moysés Michelon, que ressalta a importância desta promoção, desenvolvida em 1967. “A presença do então presidente da República, Castelo Branco, atraiu também toda a atenção da imprensa nacional, Sandra Guerra (centro) mostrando o município para Impreratriz em 1967 todo o Brasil”. A primeira Imperatriz do Vinho, Sandra Guerra, tem boas recordações do evento. Ela afirma que a festa foi memorável pelo entrosamento comunitário, de forma voluntária. “Foi a partir da primeira Fenavinho que a cidade tornou-se conhecida em nível nacional”. Sandra acredita que este ambiente já não existe mais. “ O evento adquiriu características de feira”. Hoje a FENAVINHO tem características próprias. É uma nova fase. Porém, não podemos deixar de lembrar e conhecer a sua história e não esquecendo as tradições. Parabenizo os organizadores, especialmente as homenagens que foram prestados as pessoas que fizeram acontecer todas as Fenavinhos. Parabéns para todos nós. Fonte: Jornais de julho de 1994


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Um olhar sobre a Feira

Palestras

Aula com escritores mobiliza estudantes e professores Márcio Leandro

FOTOS MÁRCIO LEANDRO

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arte importante da 26ª Feira do Livro de Bento Gonçalves, estudantes das escolas municipais Noely Clemente de Rossi e do Instituto Cecília Meireles, receberam na quinta-feira, 12, a visita de escritores que vêm ganhando destaque especial na literatura infantil e infanto-juvenil. Um deles é o jornalista Wagner Costa, autor de “Quando meu Pai Perdeu o Emprego” (Editora Moderna, 2003). A outra, Natália Guzzo, autora de “Os Cinco Suspeitos” (2003) e “A Senha” (2006), ambos pela Editora Maneco. Os dois participaram do projeto A Feira vai à Escola. Natália, escritora de Antônio Prado, palestrou para alunos do Ensino Fundamental da Escola Noely Clemente de Rossi durante a manhã. A jovem escritora, de apenas 24 anos, falou sobre a sua relação com a literatura, e autores como Agatha Christie, Machado de Assis e Jorge Amado. “Gosto de pensar em toda a história, com início meio e fim. Com base nisso faço um bom resumo dos principais capítulos e, após, começo realmente a escrever”, detalha. O paulista brincalhão Wagner Costa, de 60 anos, conquistou com muito bom humor uma plateia formada por alunos do Ensino Infantil e Fundamental do Instituto de Educação Cecília Meireles. Costa que já trabalhou como jornalista em grandes redações como na Folha de São Paulo, Sistema Globo de Rádio e Bandeirantes contagiou falan-

Literatura e algodão-doce A 26ª Feira Municipal do Livro deu à Praça Centenário um ambiente diferenciado, em meio à beleza natural do local

ÂNDERSON CARPES

A escritora Natália Guzzo falou de sua literatura e influências

do sério. “Hoje precisamos de leitura crítica. Temos muita informação, mas estamos carentes da formação”, foi logo avisando. Pela Editora Moderna, ele já soma 18 livros. “Publico uma obra por ano. Com a criança sou o palhaço, o circo, trabalho o lúdico sem esquecer de questões importantes, como a família e as relações afetivas”, diz. Entre tantas obras, duas marcantes: Quando meu Pai Perdeu o Emprego e o livro considerado pela crítica como o Pequeno Príncipe Brasileiro, o Segredo da Amizade, ambas lançadas em 2003. “A literatura não serve para ensinar nada, mas ela contém tudo, todas as paixões, os dramas e os encantamentos humanos. Eu optei em escrever para crianças por acreditar que o menino é o pai do homem, então se formarmos bem essa criança teremos um adolescente cheio de vida e, principalmente, crítico. Leitura é igual a amor, não dá para usar no imperativo”, garante o escritor. editoria@jornalsemanario.com.br

O interesse pelo espiritismo pode surgir a partir de qualquer idade. No estande do Centro Espírita Irmão Joaquim Cacique de Barros, as crianças folheiam obras que abordam a religião fundada por Allan Kardec, em 1857

A Feira do Livro é, definitivamente, um mundo à parte. Mais do que uma simples oportunidade para se comprar livros – visão que seria demasiado limitada, apesar da sempre aguardada movimentação comercial –, o encontro que chega de casa e de cara nova a sua 26ª edição é espaço de pura efervescência cultural. Ali, na praça Centenário, reúnem-se e confundem-se os gostos literários, os desejos culturais se entrelaçam e a literatura, enfim, abre um novo horizonte de possibilidades – esperando, é claro, quem se permitir voar alto.

Sem tirar os olhos do livro infantil, as crianças também não esqueceram do que adoça a vida na infância, o popular algodão-doce TOMAZ DOS SANTOS

O jornalista Wagner Costa falou sério brincando com a plateia

Presença ilustre e hilária na Feira do Livro é o Tertulino. Com seus causos e prosas do tempo antigo, o gaudério, junto com seu porco invisível, diverte o público que prestigia as apresentações. Tertulino fala de suas histórias com seu cavalo e da peculiaridades da lida do campo


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Conhecimento compartilhado

Bate-papo

Leitores podem doar e trocar livros

Professores e escritores

no projeto leitura em movimento

FOTOS TOMAZ DOS SANTOS

Banca do Projeto Leitura em Movimento possui 600 obras literárias disponíveis para a troca

Patrícia Lima

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projeto Leitura em Movimento, promovido pela 26ª Feira do Livro de Bento Gonçalves, quer promover a troca de livros e experiências literárias com o objetivo de aproximar o público que aprecia a leitura. O auxiliar de biblioteca, An-

tônio Ricardo Webber diz que o projeto está surpreendendo, pois as pessoas procuram a banca não só para realizar a troca, mas também para doar livros. “Abrimos o stand com 600 livros de todos os gêneros da literatura nacional e internacional e os frequentadores da Feira tem nos prestigiado a todo o momento”.

Na banca são aceitas doações e trocas de todos os tipos de obras, menos as didáticas. “Pretendemos atrair o público que gosta de ler, valoriza o livro e não se incomoda em compartilhá-lo com as demais pessoas”, destaca Webber. reporter2@jornalsemanario.com.br

Obras mais

discutem o ensino de literatura Jorge Bronzato Jr. vêssemos usar o símbolo da pós-modernidade, que é um e um lado, escritores e espiral, pois sabemos que o professores. De outro, passado sempre realimenta o em sua maioria, futuros pro- presente”, aponta. fissionais das Letras. A noite Alves também defendeu o da quinta-feira, 12, reuniu os texto literário como a princidois grupos no Campus Uni- pal ferramenta a ser utilizada versitário da Região dos Vi- na aprendizagem. “O texto é nhedos (Carvi) para debater o a única razão de ser deste enensino de literatura. O encon- contro entre estudantes e estutro encerrou o 5º Congresso diosos com isso que nós chaNacional de Ensino de Leitu- mamos de literatura”, justifica. ra, Literatura e Língua PortuAppel, que foi secretário esguesa, em atividade que tam- tadual da Cultura por oito bém integrou a programação anos, o primeiro a ocupar esda 26ª Feira do Livro. te cargo no Rio Grande do Na mesa, lado a lado, esta- Sul, ressaltou o papel da palavam os doutores em literatura vra, que segundo ele tem “poCarlos Appel, José Édil de Li- der para o bem e para o mal”. ma Alves, Cícero Galeno Lo- Também exaltou o trabalho do pes, além do patrono da Feira, professor, comparando-o a um Colmar Duarte, e o coorde- artista, pelo seu constante pronador do evento literário, Pe- cesso de criação. “O profesdro Júnior da Fontoura, como sor ensina para que as pessoas mediador. A discussão en- com quem ele dialoga sejam, redou-se principalmente pe- um dia, melhores que ele”. la forma como a literatura é, Colmar Duarte, por fim, rehoje, apresentada aos estu- lembrou a juventude e reladantes, privilegiando mais o tou como criou a Califórnia ensinamento de aspectos his- da Canção Nativa, em Urutóricos do que o texto literá- guaiana. Na ânsia de divulgar rio em si. um poema seu, que fora muLopes destaca que o primei- sicado por um amigo, ele diz ro passo – e, talvez, o mais ter encontrado muitas portas importante neste campo – é fechadas para expressar sua entender em que consiste e arte. Sem alternativa, decidiu para que serve a literatura co- criar o festival, como forma mo disciplina escolar. Ele re- de exaltar a cultura do “gaúconhece a importância de se cho real”. “E tudo isso em contextualizar o estudo das função de um texto”, contou obras, mas se diz contra es- o patrono. ta “linha reta” histórica adoreporter6@jornalsemanario.com.br tada na educação. “Talvez de-

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JORGE BRONZATO JR.

procuradas A 26ª Feira do Livro, que iniciou na última quarta-feira, 11, já atraiu um bom público nos três primeiros dias. E o reflexo disso pode ser conferido na busca pelas obras. Confira abaixo a lista dos livros mais procurados até agora: ADULTOS - Diário de uma amizade – Wanda Póltawska - Querido John – Nicholas Sparks - Diário de uma paixão – Nicholas Sparks - A cabana – William P. Young - A menina que roubava livros – Markus Zusak - Mulheres Inteligentes – Relações Saudáveis Augusto Cury INFANTO JUVENIS - A hora do espanto – Edgar J. Hyde - Diário de uma banana – Dias de cão – Jeff Kinney - 100 magias para descobrir – Disney

INFANTIS - Beleléu – Patrício Dugnani - Charalina – Nelson Albissú

Lado a lado, Carlos Appel, José Édil de Lima Alves, Pedro Júnior da Fontoura, Colmar Duarte e Cícero Galeno Lopes, em encontro no Carvi


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Por encomenda

Quase 30 anos escrevendo, com duas dezenas de livros publicados, ainda não conquistei a sonhada liberdade de poder trabalhar em casa, na paz e quietude do meu escritório. Conquistei, porém, o seu carinho que me lê toda a semana ou de vez em mês. É gratificante receber os seus comentários na minha caixa postal eletrônica ou ouvi-los de viva voz nas esquinas da vida. Muitas vezes fico sem jeito e ponho os olhos no chão. Quero que entenda que essa é minha forma de agradecer. Sou um sujeito cheio de recantos, nos quais se esconde uma incurável timidez que me deixa sem forças até para dar um bom dia. Preciso dizer que por você continuo teimosamente a cometer meus textos. Preciso dizer, ainda, que de você, recebo pedidos vários, desde escrever sobre assuntos mais contudentes aos mais comezinhos; da composição do átomo até para tocar flauta nos colorados. Pedidos e sugestões são todas bem-vindas. É cruel o que vou dizer, mas é sincero: Não sei escrever por encomenda. Vou revelar que sou quase um impostor nesse ofício de escrever. Sou quase uma fraude. Meu nível intelectual não é lá essas coisas. Não domino muito bem as técnicas literárias e jornalísticas. A reforma ortográfica me deixa inseguro, sobretudo nas regras do uso do hífen. Para mim, a língua portuguesa tem tudo a ver com o Código de Trânsito: cheia de leis e proibições: proibido dobrar a esquerda, não ultrapasse, proibido estacionar, cuidado, mantenha distância... Comecei a falar no papel por causa da minha timidez doentia. Minha boca sempre foi uma taipa de silêncios e meus olhos um pátio sem crianças brincando. Escrever foi a forma que encontrei de me expressar e de me comunicar com o mundo. Cresci como crescem os rabanetes, os brotos de capim e os filhotes de passarinho. Cresci como cresceram esses meninos com suas pistolas de pau, cavalos obedientes de cabo de vassoura, chapéu de jornal velho e cocar de penas. Cresci como cresceram esses meninos com os pés nus como faca afiadas cortando o barro de pós-chuva. Cresci quase sem nenhuma referência cultural. Cresci cercado, não por montanhas de livros, mas por montanhas de ignorância e a leitura era algo quase que proibitivo para a maioria das crianças. Cresci usando a frieza como um tampão para esconder minha fragilidade. Cresci sob as mesmas ordens dispensadas aos cães: pare... ande... pegue... quieto... saía... não se mexa. Cresci sem juntar ideia de que o pato gracita, o cisne arensa, o camelo blatera e a raposa regouga. Cresci sem saber que os pelos dentro do nariz são vibrisas. É claro que, analisando por um outro viés, cresci longe da mediocridade do cotidiano, da repetitiva encenção cordial, da futilidade, do faz-de-conta e da vida transformada em artigo de luxo. A verdade mais verdadeira é que tudo o que você acabou de ler é apenas para dizer que escrevo sobre o que me dá na telha. Não sei atirar pedras em telhados alheios. Não sei escrever textos perfumados. Pode parecer ingrato, mas não sei escrever por encomenda.

Círculo Operário é ‘Amigo do Livro’ JUSSARA KONRAD

Os homenageados, o patrono da Feira Colmar Duarte e o presidente do Círculo Operário - entidade Amiga do Livro - , Antônio Acordi, ladeados pelo coordenador da Biblioteca Pública Castro Alves e da Feira do Livro, Pedro Júnior da Fontoura (E), o prefeito Roberto Lunelli e o secretário de Cultura Juliano Volpato

A 26ª Feira do Livro homenageia neste ano o Círculo Operário bento-gonçalvense, com o título de “Amigo do Livro”, reconhecendo a importância e o trabalho do Projeto “Círculo da Leitura”. Desta forma, o Círculo dispõe de um espaço privilegiado na Feira do Livro para que possa mostrar à comunidade o trabalho que vem desenvolvendo ao longo do tempo. O projeto “Círculo da Leitura” é uma proposta de intervenção pedagógica voltada às crianças e adolescentes de escolas públicas e que necessitam de um atendimento individualizado para que possam sanar suas dificuldades de aprendizagem ligadas à escrita e à leitura, pois uma prática intensa de leitura é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e escrever. Oferece o acesso a diversas atividades e ações que proporcionam o contato com a leitura, não só das crianças e adolescentes, como também de seus familiares e da comunidade bento-gonçalvense. O incentivo do Círculo Operário, no sentido de oferecer acesso fácil aos livros para a formação de novos leitores e a partir da literatura envolver a comunidade escolar, poder público, crianças, adolescentes e suas famílias vem de encontro à sua política de contribuir na construção de políticas para o Movimento Circulista, visando assim a evolução do individuo e do coletivo para gerar auto-emancipação e protagonismo.

As oficinas de leitura realizadas junto com as crianças e adolescentes participantes do projeto Educação e Transformação partem do pressuposto de que a leitura, sob a perspectivada descoberta do prazer, é um processo, e que, portanto, não se chega lá em alguns minutos. É necessário dar tempo ao tempo, possibilitar que as descobertas se vão fazendo na medida em que a leitura se aprofunde, numa aproximação paulatina que constitui, verdadeiramente, a construção do texto pelo leitor. É importante que a leitura e o trabalho com textos diversificados estejam incorporados ao cotidiano das crianças e adolescentes para que possamos formar um leitor e um produtor de textos competente e autônomo, capaz de compreender e interpretar aquilo que lê, construir significados e transformá-los em palavras. Para tanto em 2009 o Círculo Operário inaugurou a Biblioteca Circulista David Callegari, a sala de leitura “Amigos do Livro” para que todos participem de todas as atividades, buscando melhorar cada vez mais o seu aprendizado de maneira prazerosa, através de leituras individuais e coletivas, leituras orientadas através de dinâmicas facilitadoras, contagem e recontagem oral e escrita de histórias, produção oral e escrita de histórias a partir de figuras, desenhos, dramatizações,produções,participação em exposições, concursos, saraus, etc.


Sábado 14 de maio de 2011

Um Sul para Mapas do Acaso Escrever crônicas é um exercício tão gostoso: refletir sobre a realidade que nos cerca. Ler e escrever, ler e escrever, tudo isso faz parte da minha rotina. E no primeiro álbum dos Engenheiros do Hawaii, Gessinger lançava a canção “Crônica”. Lembro da estrofe: “tudo isso já faz parte da rotina e a rotina já faz parte de você”. Pois a rotina de estudos na Faculdade de Arquitetura da UFRGS se tornou uma viagem além dos outdoors, ou seja, uma infinita highway. Independente do local onde Gessinger se encontrava, fosse em quartos de hotel, no olho do furacão, no alto da montanha ou na ilha da fantasia. A sua casa é qualquer lugar, pois suas raízes ‘sempre estavam’ no ar: no Rio Grande do Sul. Eu diria que Mapas do Acaso é muito mais que uma autobiografia. É um túnel do tempo, uma crônica com a (in) formalidade de uma partida de futebol além dos 44 minutos do segundo tempo. Resumindo: Mapas do Acaso é uma canção que não acabou. Sabe aquelas reportagens que damos um início e não conseguimos dar um desfecho? Pois o livro transcorre num ritmo de pensamentos, como vozes que não se calam, sem velocidade máxima permitida. Não é um livro para ser engolido às pressas. É um livro para ser apreciado palavra por palavra, assim como a canção Anoiteceu em Porto Alegre, com oito minutos e quatro segundos, em que Gessinger descreve a entrada da noite na capital gaúcha até, finalmente, chegar ao dia de amanhã. A primeira parte da obra, intitulada “Âncora – Notas Mentais” é composta de textos, sem metodologia e sem se deter a algum estilo, ou seja, Gessinger tem total liberdade para expor suas histórias e pensamentos, relacionando-as com trechos musicais. No livro anterior, “Pra ser Sincero”, o autor contou sua história pessoal e profissional, como se suas composições retratassem cada momento de sua vida. Em “Mapas do Acaso”, não há compromisso com linearidades. Entre o escrever e o compor, a transição do analógico para o digital, o autor conversa consigo mesmo, sem nenhuma pretensão ou finalidade. A segunda parte, intitulada “Velas” é composta por letras desde a época da banda na Universidade até o projeto “Pouca Vogal”. Em muitos pontos há textos de outras épocas, publicadas pela mídia em geral, o que mostra, de certa forma, o início da carreira como autor, desde a prática da construção literária, como Gessinger define: “A semente está na flor do fruto”. Pouco antes do encerramento do livro, assim como a obra Pra ser Sincero, Gessinger comenta algumas de suas composições. Dentre alguns comentários, um deles chama a atenção, explicando o fim dos Engenheiros do Hawaii: “Muita gente acha que egos hipertrofiados causaram o fim desta formação. Nada disso. Egos em baixíssima rotação. Música, sempre, em primeiro lugar. Num trio, há tanto espaço que é difícil um pisar no calo do outro. Parou por quê? Por que parou? É a vida, semente-flor-fruto-adubo-semente...”. Embora tenha morado alguns anos longe do Rio Grande do Sul, Gessinger nunca deixou de lado suas raízes. Isso se refletiu em composições: “o nosso caminho, Moinhos de Vento, Glória, Independência, a nossa Redenção”, ou como a capa do álbum Várias Variáveis, em que veiculou os distintivos da dupla “Gre-Nal” e regravou a canção Herdeiro da Pampa Pobre. Gessinger seguiu viagem, percorrendo mais de 450 cidades no mundo, desvendando o sabor do acaso, pelo espaço a conquistar.

Ânderson Carpes

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Sábado 14 de maio de 2011

Agenda

Quando

o dinamismo é o atrativo principal

Quem sintoniza todos os dias na frequência 90.9 MHz, sabe o quão diversificada é a programação da Rainha FM. Não só em relação a programação musical, mas na forma peculiar de se comunicar de cada um dos apresentadores que, através da voz, transmitem emoções e sentidos aos quatro cantos da serra gaúcha, e além fronteiras através do portal da emissora (www. radiorainha.fm.br). O destaque dessa semana é para o programa Canal Livre, produzido e apresentado pelo comunicador Nil de Souza, em conjunto com o Departamento de Jornalismo. O programa vai ao ar todos os dias de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e se caracteriza por uma programação eclética, visto que, destaca os mais variados gêneros musicais - do sertanejo universitário ao pop internacional. É importante salientar que o Set List é, essencialmente, definido pela participação constante do ouvinte, que escolhe o que quer ouvir, através dos inúmeros canais de comunicação e redes sociais que a rádio dispõe. O programa também leva aos ouvintes as principais informações que são notícias na região e no mundo, através dos Drops News, veiculados em cada bloco, durante toda a manhã. Outro atrativo do Canal Livre é os sorteios de prêmios que o programa promove todas as sextas-feiras. Para participar basta ligar para o portal de voz 8401 0507 e se cadastrar na opção 2. Todas as participações da semana concorrem aos prêmios. Fica a dica. Siga a rádio Rainha FM nas redes sociais. Twitter: @ radiorainhafm, Orkut: Rainha FM, MSN: rainhafm@hotmail.com. Abraços a todos e ótimo fim de semana.

Luiz Everson Inácio Coordenador da Rádio Rainha FM coordenacao@radiorainha.fm.br

Programação Especial em comemoração a 9ª Semana Nacional dos Museus Quando: Início hoje, 14, até dia 22 Local: Museu do Imigrante Horário: das 8h às 17h Informações: (54) 3451.1773 Festa Cenecista e Infoserv, com Elixir Quando: Hoje, 14 Local: Bangalô Music Bar Horário: 23h Informações: (54) 3453.5553

Tchê Guri Quando: Amanhã, 15 Local: Clube O Caldeirão Horário: 20h Informações: (54) 9604.8786 Tributo à Bee Gees Quando: quarta-feira, 18 Local: Anfiteatro da Fundação Casa das Artes Horário: 20h30min Informações: (54) 3454.5253

Corpo e Alma e Explosão Nacional Quando: Hoje, 14 Local: Clube A Bambonera Horário: 23h Informações: (54) 9126.3314

Show “50Tona Toda Bossa” com Serginho Moah e Paulinho Fagundes Quando: quinta-feira, 19 Local: Anfiteatro da Fundação Casa das Artes Horário: 20h Informações: (54) 3454.5253

Os Seresteiros Quando: Amanhã, 15 Local: Clube dos Sargentos Horário: 15h Informações: (54) 9604.8786

Exposição “Meios de Comunicação: Memórias e Saberes” Quando: até o dia 22 de maio Local: Espaço Museu na Feira do Livro Informações: (54) 3454.1773

Cinema

Shopping L’América Programação de 13 a 19 de maio

Pânico 4 Idioma: Legendado Duração: 110 minutos Censura: 16 anos Gênero: Terror Exibição: Sexta -feira, sábado, domingo e quarta-feira às 15h30min, 18h e 20h30min. Terça e quinta-feira às 18h e 20h30min. Sinopse: Sidney Prescott (Neve Campbell) é autora e retorna para Woodsboro na última parada de sua turnê para promover o lançamento de um livro de auto-ajuda. Lá, ela reconecta-se com antigos conhecidos, como o sherife Dewey (David Arquette) e Gale (Courteney Cox). Infelizmente, o retorno de Sidney também traz Ghostface de volta, colocando toda a cidade de Woodsboro em perigo. Inspirado em vários filmes de terror, o assassino retorna, mas desta vez, as regras são baseadas em um novo clichê.

Sobrenatural Idioma: Legendado Duração: 103 minutos Censura: 16 anos Gênero: Terror Exibição: Sexta -feira, sábado, domingo e quarta-feira às 18h30min e 21h.Terça e quintafeira às 21h.

Sexo Sem Compromisso Idioma: Legendado Duração: 110 minutos Censura: 14 anos Gênero: Drama Exibição: Sexta -feira, sábado, domingo e quarta-feira às 16h.Terça e quinta-feira às 18h30min.

Shopping Bento Programação de 13 a 19 de maio

Rio Idioma: Português Duração: 100 minutos Censura: Livre Gênero: Animação Exibição: Segunda, terça, quinta e sexta-feira às 14h e às 17h. Sábado, domingo e quarta-feira às 16h50min.

Sexo Sem Compromisso Idioma: Legendado Duração: 110 minutos Censura: 14 anos Gênero: Drama Exibição: Diariamente às 18h50min e às 21h.

Pânico 4 Idioma: Português Duração: 110 minutos Censura: 14 anos Gênero: Terror Exibição: Segunda, terça, quinta e sexta-feira às 16h50min, 19h e 21h10min. Sábado, domingo e quartafeira às 14h30min, 19h e 21h10min.

Thor Idioma: Dublado Duração: 114 minutos Censura: 10 anos Gênero: Ação Exibição: Diariamente, às 17h, 19h10min e 21h20min. Sábado, domingo e quarta também às14h40min. Sinopse: Thor (Chris Hemsworth) estava prestes a receber o comando de Asgard das mãos de seu pai Odin (Anthony Hopkins) quando forças inimigas quebraram um acordo de paz. Disposto a se vingar, o jovem guerreiro desobedece as ordens do rei.Enfurecido com a atitude do filho, Odin retira seus poderes e o expulsa para a Terra, enquanto o irmão de Thor elabora um plano para assumir o poder. Mas os guerreiros do Deus do Trovão vão em busca de Thor para impedir que isso aconteça. Só que eles não vieram sozinhos.


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