18/11/2011 - Bairros - Jornal Semanário

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Bairros

Quarta-feira, 13 de julho de 2011

A VOZ DOS BAIRROS Progresso aguarda a construção da área de lazer página 6

BETTINA SCHÜNKE

DIVULGAÇÃO

Soberanas Santa Rita e Botafogo conhecem suas representantes página 3 MAIKELI ALVES

São Bento Festividade reúne fiéis para homenagear o Santo

página 6

NOEMIR LEITÃO

Peças de uma amizade Oficina localizada no bairro Botafogo conserta gaitas e conserva uma relação entre cinco pessoas que dura há várias décadas páginas 4 e 5

Fluminense A equipe do bairro Maria Goretti que durou uma década

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Editorial A gaita sempre esteve presente na cultura do Rio Grande do Sul. Principal instrumento usado nos conjuntos de música, a gaita, ou conhecido também como acordeão, é a rainha que anima os bailes dos Centros de Tradiões Gaúchas (CTG) de todo o Estado. É um instrumento emblemático do tradicionalismo. Não existe festa de CTG sem gaiteiro. Artistas gaúchos como Gilberto Monteiro e Renato Borghetti ajudaram a dissipar o instrumento pelo país. Qualquer que seja seu nome, este instrumento musical composto por um fole, duas caixas harmônicas de madeira e um diapasão, fazem a festa do sul ao norte do Brasil. Muito apreciada por sua versatilidade e bastante explorada em ritmos brasileiros, a gaita é uma criação européia de 1827 e chegou no estado por volta de 1851 pelas mãos dos colonos alemães. Poucos sabem, porém, que esse instrumento tem parte de sua história marcada na cidade de Bento Gonçalves. O município sediou a maior e mais famosa fábrica do instrumento no Brasil, os acordeões Todeschini. A atual fábrica de móveis foi fundada em abril de 1939 e dedicava-se à fabricação de acordeões. E, assim, a partir da música, contribuía para alegrar a vida das pessoas e seus moradores. Os tempos foram mudando e a empresa teve que se recriar para enfrentar o declínio deste instrumento musical. Mesmo com o declínio do instrumento, até hoje a gaita faz parte da história da cidade. Uma oficina destinada ao conserto do instrumeto resiste ao tempo e marca a vida de vida de cinco amigos, todos ex-funcionários da fábrica. Coordenada por Danilo Arcari, a oficina surgiu após o incêndio da fábrica, em agosto de 1971, quando o proprietário Luiz Matheus Todeschini entregou todo o maquinário e as peças restantes para Arcari. E desde lá a pequena oficina de 10 metros quadrados resgata um pouco da história construída por eles e pelos mais de 800 funcionários que trabalharam com o instrumento por mais de 30 anos. A oficina resiste ao tempo e a tecnologia. Em um trabalho feito manualmente e de forma artesanal, os cinco funcionários fazem do seu ganha pão a continuidade da cultura musical de Bento Gonçalves, por serem os únicos a darem sequência ao trabalho de restauro e manutenção deste intrumento. Grandes e famosos gaiteros procuram a empresa. Alguns identificam Bento Gonçalves por ter sediado a fábrica de gaitas, que deu fôlego a economia do município enquanto funcionava. O incêndio que destruiu a empresa deixou para trás muito além dos objetos valiosos. A tradição e a cultura musical gaúcha que teve suas raízes na cidade poderia ter parado por aí. Porém, o conhecimento que seus profissionais carregavam não foi atingido pelas chamas - prova disso é a continuidade do negócio, mesmo sem produzir novas gaitas. Lamentável é que poucos em Bento Gonçalves saibam dessa história. Não é preciso ser fã de música gauchesca para admirir as notas musicais que este instrumento emite. Além de ser um instrumento de difícil manuseio, o som é característico. É da nossa terra. E o que nos pertence também é a Todeschini acordeões, inserida na trajetória da Capital do Vinho. A maior recompensa que o grupo de amigos tem, ao reformar as gaitas, é a satisfação em dar continuidade ao negócio. Só quem tem amigos sabe o que é passar o dia fazendo o que gosta - ao lado de quem se gosta. O exemplo que eles dão é de que algumas heranças devem ser mantidas, mesmo que grandes esforços sejam feitos. Divulgar esta propriedade bento-gonçalvense é de obrigação do cidadão, e reconhecer o talento dos colegas é motivo de orgulho. Cultura em forma de notas musicais, amizade com som de lembranças. Vitória do povo de Bento Gonçalves.

Quarta-feira, 13 de julho de 2011

Bairros

ARTIGO

Promoção e prevenção da saúde emocional Assim como é necessário fazer atividade física regularmente e manter hábitos saudáveis, a saúde emocional pode e deve ser ampliada através do autoconhecimento. Conhecer nossas limitações e emoções parece ser o grande segredo para que possamos desenvolver nossas habilidades no convívio social. Os sintomas de depressão e ansiedade são frequentes associados a dificuldade de lidarmos com o estresse e as adversidades diárias. De fato, a capacidade de adaptação às diversas circunstâncias da vida é necessária para que possamos tomar as nossas decisões e fazer nossas escolhas de forma adequada, arcando sempre com as consequências de nossos atos. Muitas vezes, por não saber expressar nossas emoções e externalizar nossos conflitos de forma adequada, acabamos armazenando estas tensões em nosso corpo. Isso, a longo prazo, provoca o aparecimento de doenças ou o agravamento das já existentes. As chamadas doenças psicossomáticas surgem em momentos assim de extrema ansiedade, estresse e frustração em que o corpo adoece. Diante do primeiro alerta deste desequilíbrio é preciso então parar e repensar hábitos, costumes reorganizando os afetos, medos, culpas etc.

Devido à alta prevalência e ao declínio na qualidade de vida e no funcionamento laborativo que acarretam às pessoas, os transtornos afetivos e emocionais são um crescente problema se saúde pública. Com esta preocupação, as Equipes de Estratégia da Saúde da Família do município que contam com o auxílio do NASF – Núcleo de Apoio a Saúde da Família – dispõem da ajuda do profissional da psicologia, que busca desenvolver ações educativas de promoção e prevenção da saúde emocional, através de orientações e avaliações individuais, visitas domiciliares e grupos terapêuticos com esse enfoque.

Mariana Nolasco de Souza Psicóloga do Núcleo de Apoio a Saúde da Família

Enquete: Você toca algum instrumento musical?

“Não toco. Até gostaria, mas não tive oportunidade” Marise Gonçalves, 55 anos São Francisco

“Nada, mas gostaria de ter aprendido a tocar piano” Roberto Giuliano, 46 anos Centro

Caderno

Bairros Este caderno faz parte da edição 2737, de quarta-feira, 13 de julho de 2011, do Jornal Semanário

FOTOS BETTINA SCHÜNKE

“Não. Estou muito envolvida com o trabalho e estudos” Bruna Bortolini, 18 anos Vale dos Vinhedos

Direção: Henrique Alfredo Caprara jornal.semanario@italnet.com.br Edição: Bettina Schünke bairros@jornalsemanario.com.br Colaboração: Noemir Leitão Supervisão: Rogério Costa Arantes

SEDE Wolsir A. Antonini, 451 Bairro Fenavinho Bento Gonçalves, RS Fone: (54) 3455.4500


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MUNICIPAL

Moranga gigante para a família Santos FELIPE ZIBELL

Botafogo e Santa Rita

Comunidade conhece suas representantes Homenagens e apresentação das soberanas reuniu mais de 350 pessoas

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Mãe e filha tiveram trabalho para levantar a moranga gigante

No bairro Municipal, uma família recebeu um presente inusitado. Uma moranga de 45 quilos foi trazida de Lagoa Vermelha pelo morador Ivanior Klémer de Lima e virou sensação para quem visita a casa da família. A dona de casa Maria Rodrigues dos Santos disse que a moranga gigante foi colhida na horta da amiga Olga Telles, de 83 anos, que a deu de presente

para o seu marido. “Ainda não pensamos o que iremos fazer com a moranga, mas acho que dará muitos potes de geléia e doces para toda a família”, disse Maria. A família reside no bairro há 24 anos e pela primeira vez diz ter recebido um presente gigante como este. A filha Lucimara dos Santos ajudou a mãe a levantar o fruto.

o sábado, 9, os moradores dos bairros Santa Rita e Botafogo conheceram as meninas que representarão a comunidade no concurso Mais Bela Comunitária. A faixa de rainha ficou com Jessica Rosa, de 20 anos. O título de 1ª Princesa é de Amanda Torbes, 16 anos, e de 2ª Princesa ficou com Caroline Zortéa, 14 anos. Elas foram presenteadas com flores e faixas, entregues pelas mães das meninas. A noite homenageou também os amigos do bairro, pessoas que, de uma forma ou de outra, ajudam a comunidade. Os homenageados foram os moradores José Sartori, Claudino Zortéa, Ronaldo Frizzo, Orildes Zortéa, Iara Lovat, Valmor Boaro, Carolina Charão e Dorval Brino. Eles receberam

uma menção honrosa por todo o trabalho prestado para a comunidade. Organizado pela Associação de Moradores dos bairros, o evento

contou com a participação de mais de 350 pessoas. Após o jantar, um baile com a dupla Enio dos Teclados e Ilécio colocou os presentes para dançar. NOEMIR LEITÃO

Candidatas representarão os bairros Santa Rita e Botafogo


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Bairros

Tradição

Uma oficina que resiste ao tempo O conserto de gaitas faz parte da vida de cinco amigos, que compartilham espaço e o trabalho há mais de 30 anos FOTOS BETTINA SCHÜNKE

Bettina Schünke mais de 50 ao trabalho artesanal das gaitas. Funcionário da emgaita sempre esteve pre- presa Todeschini desde os 14 sente na vida dos gaú- anos, ele aprendeu a construir e chos. Apaixonado pelo ins- consertar o instrumento. trumento, Danilo Arcari é o A oficina surgiu após o inproprietário de uma oficina cêndio da fábrica, em agosto de que ultrapassou o tempo e a 1971. “Com a perda quase que história de Bento Gonçalves total da fábrica, a Todeschini e que até hoje se mantém viva passou a se dedicar ao ramo de entre quatro paredes. móveis, diminuindo o número Em um galpão localizado nos de gaitas produzidas”, disse. fundos de sua casa no bairro Quando a fábrica encerrou de Botafogo, ele e os funcioná- vez sua produção, o proprietários dedicam-se a manter ativa rio Luiz Matheus Todeschini a produção de gaitas na fábrica entregou todo o maquinário e de Acordeões Todeschini, em as peças restantes para Arcari e um trabalho manual feito com seus então sócios Ivo Bondan e muita paciência e amor por Lourival Cosme, que montaram um dos instrumentos musicais a oficina como um serviço técmais populares do estado. nico. A partir daí, não fecharam Com 70 anos, Arcari dedicou mais as portas.

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Integrantes

O trabalho manual e detalhista é feito com cuidado e carinho e atende músicos de todo o país

Arcari não está sozinho nessa. O espaço, de cerca de 10 metros quadrados, é dividido com mais quatro funcionários, todos com passagem pela extinta fábrica e convidados por Arcari para atuarem junto com ele. Eliz Rochele é o mais experiente do grupo. Com 83 anos, Rochele trabalha com o instrumento desde os 13 e tem passagem por diversas fábricas de acordeões. “Eu tive chance de mexer em todo o instrumento. Aqui a gente faz um pouquinho de tudo”, conta. Funcionário exemplar e dedicado, Rochele conquistou títulos de operário padrão e medalhas de ouro pelo seu desempenho dentro das empresas. Mesmo aposentado, ele trabalha o dia inteiro na oficina. “Enquanto eu andar eu vou trabalhar aqui”, afirma ele. Zelmiro Zalamena, 71 anos, está na oficina desde 1985. Responsável pela afinação dos instrumentos, ele que já trabalhou em um restaurante e em firma própria, agora compartilha o que sabe com os demais. Trabalhando por necessidade, Zalamena transformou o serviço em prazer. “A música sempre fez parte da minha vida. Toco um pouco de gaita

e quando não estou fazendo barulho aqui, afinando os instrumentos, eu saio cantando pela sala”, disse Zalamena. Outro integrante do grupo é Fiorentino Mattevi, de 72 anos. Com 15 anos dedicados à gaita, o aposentando, que ficou mais de 30 anos fora do ramo, trabalha na oficina há 10 anos e faz do serviço seu esporte favorito. “Eu não sei tocar gaita, só sei consertar. 99% de quem toca não conhece o funcionamento do instrumento. O trabalho aqui é como um artesanato. Tem que ter capricho, fazer com amor. Porque se faz da má vontade o trabalho não funciona”, explica. Mas quem acha que oficina é lugar apenas de homens está enganado. O trabalho minucioso fica a cargo da única mulher do grupo, Alba Fin. Com 67 anos, ela trabalhou na fábrica de acordeões por quase 14 anos e está há mais de três décadas junto com o grupo. Ela é a responsável por consertar os foles, colando peças e revestindo com tecidos. “Eu adoro trabalhar aqui. O melhor de trabalhar com os homens é que eles não deixam eu fazer o serviço pesado”, comemora Alba.


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Trabalho entre amigos-irmãos O clima de descontração na oficina é contagiante. Mais do que colegas de serviço, eles são amigos. E isso explica o fato de estarem juntos há mais de duas décadas. “Somos uma família. Temos nossos arranca-rabos, mas no final sempre nos entendemos”, explicou Alba. O restante do grupo concorda com ela: “O Danilo é um patrão legal, nosso amigo mesmo. Quando precisamos sair mais cedo ou chegar mais tarde ele sempre nos libera”, disse Zalamena. “Somos cinco irmãos”, completa Rochele. Todos os funcionários da oficina de Danilo Arcari trabalharam na Todeschini e têm suas vidas ligadas à história da empresa. Um fato que está presente na memória de todos é o momento do enterro do fundador da empresa, Luiz Matheus Todeschini, em 1996. O grupo liderado por Arcari prestou uma homenagem ao seu ex-chefe. “Na saída do caixão, nos paramos em fila,

cada um segurando uma gaita, enquanto Danilo tocava o instrumento e entoava uma canção”, lembra-se Alba. “Ele era um patrão muito bom, sempre preocupado com os funcionários, ele não criticava o trabalho, ele nos ensinava a fazer melhor”, disse Rochele. Mesmo trabalhando tanto tempo com o instrumento musical, o mais curioso é que apenas Danilo Arcari é quem sabe tocar gaita. “Fui aprender a tocar o instrumento depois que começei a trabalhar na fábrica. Toco desde os 15. Já participei, inclusive, de conjuntos musicais em que eu cantava e tocava gaita. Atualmente só toco por passatempo”, disse. A extinção das fábricas de acordeões na cidade não fez com que o trabalho diminuisse, pelo contrário. A oficina é procurada por pessoas de todo o Brasil e tem clientes como Renato Borghetti. bairros@jornalsemanario.com.br

Fiorentino Mattevi, Zelmiro Zalamena, Danilo Arcari, Eliz João Rochele e Alba Fin trabalham juntos no conserto de gaitas há mais de duas décadas. Amizade é a palavra chave de tanto trabalho. No detalhe, foto do grupo há 10 anos


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Festa Homenagem a São Bento reúne mais de 800 pessoas Evento ocorreu no domingo, 10, e contou com missa, carreata e almoço RAQUEL FRONZA

Bairros

A VOZ DOS BAIRROS Noemir Leitão

narleitao@gmail.com

No bairro Licorsul, muitas ruas continuam com transtornos. Os moradores não conseguem trafegar com seus veículos, porque as obras estão inacabadas em alguns trechos próximos à igreja Santa Catarina. O local está interrompido faz alguns dias e ainda não se tem previsão de quando será liberado para que pedestres e veículos possam trafegar normalmente nestas ruas. As obras foram para colocação de nova canalização de esgotos no bairro. A Via Del Vino, no Centro começa a receber os primeiros sinais de obras para reforma e revitalização de toda a praça central. Algumas casas de informações turísticas e de vendas de produtos coloniais serão reformadas, onde o novo visual poderá ser usufruído pelas pessoas. O objetivo da Secretaria Municipal de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana é fazer com que haja mais espaço para visitação pública de quem quer conhecer melhor a cidade. A rua Carlos Flores, no bairro São Bento, necessita de reforma na camada asfáltica em todo prolongamento. Os moradores ressaltam que, com as obras que foram executadas nos últimos meses, acabaram danificando parte do asfalto que recebeu recapeamento, mas ainda tem buracos, prejudicando os veículos que trafegam neste local. Já foram solicitados os serviços para a secretaria competente, a fim de haver uma reforma na rua do bairro.

Os casais festeiros surpreenderam-se com o sucesso da festa, que superou as expectativas

Raquel Fronza

A

comunidade do bairro São Bento parou para homenagear o padroeiro no final de semana. Mais de 800 pessoas participaram do evento que iniciou na quarta-feira, 6, e seguiu com a programação até o domingo, 10. Na data, ocorreu missa religiosa, carreata com procissão, animação da banda Marialves e almoço festivo, no

CTG Laço Velho. Os festeiros da 21ª edição eram Cesar e Simone Anderle, Firmino e Petronila Splendor, Pedro e Renita Portaluppi, Vanderlei e Adriana Dalla Costa e Luiz Carlos de Lucena e Eliana Casagrande Lorenzini. O lema da festa era “São Bento: devoção a serviço da fé”. De acordo com Eliana Casagrande Lorenzini, uma das festeiras do evento, a festivi-

dade superou as expectativas da equipe organizadora. “Foi excelente. Surpreendeu a todos, inclusive no momento da carreata, onde os moradores olhavam e abanavam pela janela quando a banda Marialves passava junto aos carros”, comemorou. Eliana conta que o lucro obtido será revertido para a Igreja da comunidade. regional@jornalsemanario.com.br

APOIO

PROGRESSO

VILA NOVA

Grupo de idosos promove integração

Encontro com gestantes

O grupo da terceira idade “Amigos de Fé”, do bairro Progresso, promove no domingo, 17, uma festa de integração. A partir das 14h, o salão comunitário do bairro Maria Goretti receberá idosos de di-

versos bairros para confraternizarem. Aberto para toda a comunidade, o ingresso custa R$ 5. Um baile animará os presentes. Bolo, pastel e café serão cobrados conforme consumação.

As futuras mamães do bairro Vila Nova se reunirão na sexta-feira, 15, para conversar sobre os cuidados na gestação. O encontro é gratuito e ocorrerá às 14h30 na sede do posto de saúde, localizada na Rua Carlos Dreher Neto, nº 664.

Os moradores do bairro Aparecida estão reivindicando a reforma e revitalização da praça que fica próxima ao Ceacri Balão Mágico, neste bairro. Eles reclamam que há uma demora para que as obras nesta área sejam executadas. Já faz muito tempo que foram solicitados os serviços a fim de beneficiar os jovens e moradores de uma forma geral, mas até o momento não houve retorno para que os moradores possam ter uma praça digna de ser usada para o lazer. Moradores do bairro Progresso estão na expectativa da construção de um parque de lazer na comunidade. O local ficará junto ao Lago, que também receberá um tratamento de despoluição. Por muito tempo, os moradores próximos, reclamam da situação do mau cheiro e dos animais silvestres, que podem causar doenças e que transitam neste lago. Agora, com a possibilidade de haver essa construção e o tratamento, com certeza a qualidade de vida será melhor para todas as famílias. E a rua Ângelo Marcon, no bairro São Roque, continua aguardando a visita da secretaria de obras para um estudo de reforma na sua pavimentação. A rua está com problemas de estruturação em todo o seu prolongamento e ainda existem buracos que causam transtornos aos veículos e também aos pedestres. Já ocorreram acidentes com várias pessoas em alguns trechos da avenida. No Centro, a rua 13 de Maio está com buracos e irregularidades em vários trechos, principalmente na descida próximo à Delegacia de Polícia. Foram realizados trabalhos de manutenção na canalização de esgoto e dos canos de água, mas o asfalto que cobria a rua ficou danificado. Motoristas que trafegam pelo local encontram transtornos, já que ainda não foi reformada esta parte da rua, onde está sendo solicitado à Secretaria de Obras para atender essa reivindicação. De cara nova, a Pipa Pórtico, símbolo do município, recebeu um tratamento especial. Ela foi lavada num período de dez dias e agora deverá ser pintada. Muitos turistas, no último final de semana, estiveram no local, tirando fotos e apreciando o novo visual deste monumento. Ainda não está programado quando será feito a pintura da pipa. Provavelmente seja ainda neste mês.


Bairros Memória Esportiva

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ARQUIVO PESSOAL

O time mais popular da cidade Fluminense durou quase uma década e era tradicional em Bento Gonçalves Noemir Letião

F

undado em 1958, o Fluminense Futebol Clube tornou-se a equipe mais popular da cidade. Com quase uma década, encerrou suas atividades em 1969. O time, do Maria Goretti, tinha seu campo de futebol onde atualmente está a empresa Fasolo, e segundo seus dirigentes e atletas, era muito conservado, e amistosos e campeonatos eram disputados no local. Com dois quadros atuantes, a equipe trazia consigo a marca de ser um time e que deu muita alegria aos seus admiradores. Ilson Rigon, mais conhecido como “Itcho”, hoje com 70 anos, relembra com saudade a trajetória do Fluminense. Ele jogou de 1961 até o final da existência do clube. Conta com carinho os jogos, principalmente os confrontos clássicos contra o poderoso Juvenil, do Centro, uma equipe temida, onde se destacavam atletas que depois foram atuar no Clube Esportivo. “Tivemos um bom grupo, que pegava junto. Sempre jogávamos com amor a camisa e com vontade, pois para nós era mais do que um lazer, era uma obrigação”, relembra. Ele ressalta que, em 1959, uma parte do pavilhão do estádio da Montanha havia caído com o vento, e a outra metade caiu após uma briga entre jogadores e torcedores no clássico contra o Juvenil. “O futebol daquela época era muito disputado, até porque a Liga de futebol de Bento era uma das maiores do Rio Grande do Sul, reconhecida e com muita organização”, completa. Time de respeito Rigon salienta que o Fluminense tinha atletas reconhecidos no futebol amador, alguns com propostas para atuar em equipes de renomes do futebol do Rio Grande do Sul. Lozzo, Itcho, Navarini, Berté, Ivo Dalla Coleta, Luis Ros-

satto, Baleia, Pedro Nunes, Dario, Catarina, Botcha, Bocão, Erven (Pachá), Jorginho, Ilton, Alcir Bavaresco, entre outros, formavam um dos melhores elencos do amadorismo de Bento Gonçalves. Além desses, havia o Lambreta, a sensação da equipe, responsável por levar centenas de pessoas aos campos da cidade, e o goleiro Baldissera, que depois veio a atuar pelo Juvenil e outras equi- O Fluminense, famoso nas décadas de 50 e 60, foi o primeiro a introduzir o atletismo entre suas atividades pes da cidade. Bocão e Erven atuaram no Esportivo e Jorginho e Ilton foram para o Flamengo, atual Caxias. Outros atletas tiveram convites para atuar em times como a dupla Gre-Nal, mas muitos deles ficaram no Fluminense, mostrando o amor que tinham pela equipe. Itcho conta que o Fluminense nunca foi campeão da cidade, mas obteve nove vice-campeonatos. Atletismo Um fator que marcou a história é que o Fluminense foi o primeiro a introduzir o atletismo como parte integrante das suas atividades esportivas. O próprio Itcho foi um dos atletas destacados em corridas e maratonas na cidade. Ele venceu várias e teve recordes inéditos, que relembra com saudade. “Eu praticava atletismo com muita garra e determinação, nos bons tempos do batalhão ferroviário, que era um incentivador deste esporte. Me dedicava ao futebol e às corridas de rua, que sempre me davam prazer”. O Fluminense encerrou suas atividades esportivas e alguns de seus atletas já faleceram, mas a lembrança que ficou foi a de uma equipe popular, que juntou o futebol com o atletismo e desenvolveu um trabalho com muitos jovens, numa época importante para o futebol amador, em que era prazeroso fazer esporte com amor à camisa. narleitao@gmail.com


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Sociais

Bairros NOEMIR LEITÃO

FOTOS DIVULGAÇÃO

Festa para os baixinhos

A festa julina ocorrida no dia 2 de julho, no bairro Eucaliptos, foi um sucesso. Organizada pela equipe da unidade de saúde do bairro, os festejos foram dedicados a crianças e gestantes da região. Além da comida típica, muitos brindes foram sorteados aos presentes.

Irmãos

A dupla de irmãos Eduardo e Eduarda Ferreira Martins, na festa realizada no bairro São João.

NOEMIR LEITÃO

Salgado

Os casais festeiros da festa de São Pedro, no bairro Salgado, realizada no dia 3 de julho: Valmor e Nice Villa e Eduardo e Gema Grasselli.

Sertanejos de Cristo

O grupo Sertanejos de Cristo, em apresentação na festa da comunidade do bairro São João, em honra ao padroeiro São João Batista. O evento ocorreu no dia 26 de junho.

Festa junina

Adriane Masutti, Elisete Penso e Denise Lucchese Balbinot no arraial da Escola Estadual de Ensino Fundamental Irmão Egídio Fabris, no dia 18 de junho.


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