14/04/2012 Saúde Jornal Semanário

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Sábado, 14 de abril de 2012

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Obesidade infantil Além da alimentação inadequada e da inatividade física, fatores como dormir pouco e ficar muito tempo frente à televisão elevam o risco da doença. Página 4


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As neoplasias malignas de cabeça e pescoço ocupam a sexta posição entre tipos mais comuns da doença, com cerca de 6% de todos os casos, e a cada ano, espera-se a ocorrência de aproximadamente 650 mil casos novos e 350 mil óbitos no mundo. Os diversos tipos de câncer das vias aerodigestivas superiores ocor ocorrem, com maior frequência, em pessoas do sexo masculino e nas faixas etárias acima dos 60 anos. Tabaco e bebidas alcoólicas são responsáveis pela ocorrência de 75% de todas as neoplasias de cabeça e pescoço, e têm um efeito multiplicativo quando combinados. Resultados de estudos recentes evidenciam que a nutrição exerce importante papel ao retardar o desenvolvimento e a progressão da doença, e revelam que para cada porção de frutas e vegetais consumidos ao dia por indivíduos tabagistas e etilistas, há redução de, aproximadamente, 50% nos riscos da doença. Outros nutrientes e vitaminas com propriedades antioxidantes contidas nas frutas em geral, nas frutas cítricas e nos vegetais, como o betacaroteno e as vitaminas E e C podem ser importantes fatores protetores.

Caderno

Saúde&Beleza Este caderno faz parte da edição de sábado, 14 de abril de 2012, do Jornal Semanário

O papel da infecção pelo papa pilomavírus humano (HPV) parece ser importante, principrinci palmente nos carcinomas de orofaringe, particularmente em indivíduos adultos jovens. Na década passada, encontra-se até 60% dos casos de câncer de orofaringe associadas a inin fecção pelos tipos de HPV. ReRe centes estudos confirmam esses achados e mostra evidências convincentes de que o comporcompor tamento sexual e prática do sexo oral são os principais responsáveis pela infecção pelo HPV. Vacinas terapêuticas contra o HPV estão sendo testadas e espera-se que possam reduzir a incidência das lesões orais causadas pelo HPV. O câncer de lábio é mais frequente em homens e tem a exposição solar como uma das suas principais causas, além do consumo do tabaco. Trata-se, portanto, de neoplasia, cuja prevenção baseia-se em evitar exposição aos raios ultravioletas, no uso de protetores labiais e evitar o tabagismo. A maioria dos carcinomas de boca e orofaringe é diagnosticado quando o tumor se apresenta

Diagramação: Noeli Ogrodoski diagramacao01@jornalsemanario.com.br Edição: Jussara Konrad

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Entenda como prevenir o câncer de cabeça e pescoço

em estágio avançado. O atraso no diagnóstico é devido ao início da doença com poucos sintomas, à falta de conhecimento dos pacientes sobre a doença, às dificuldades de acesso ao sistema de saúde e ao despreparo dos profissionais da área da saúde. De modo geral, o câncer é doloroso no início da evolução clinica, o que torna difícil é a sua detecção precoce, levando à diminuição das possibilidades de cura. Dr. Jorge Luís Ritt Oncologista clínico CRMERS 16596

Direção: Henrique Alfredo Caprara jornal.semanario@italnet.com.br SEDE Wolsir A. Antonini, 451 - Bairro Fenavinho Bento Gonçalves, RS 54. 3455.4500


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Falta de sensibilidade traz riscos para os pés Os diabéticos têm motivos muito especiais para cuidar de seus pés. Níveis elevados de glicose no sangue por um longo tempo podem levar à perda de sensibilidade e didi ficuldades na circulação do sangue nos pés. Com isso, você pode não sentir queiquei maduras, cortes e machucamachuca dos, facilitando o apareciapareci mento de infecções. As infecções, por sua vez, interferem no bom controle do diabetes. O cuida-do diário e meticuloso dos pés e a escolha de um calcal çado adequado podem ajudar a previnir esses problemas.

Olhe para eles - Procure calos, cortes, rachaduras, bolhas e mudanças no calor da pele; -Use um espelho ou peça a ajuda de outra pessoa se tiver dificuldades para ver seus pés;

-Examine cuidacuida dosamente entre os dedos. -Não deixe seus pés de molho e não use bolsas de água quente; -Secar bem os pés, principalmente entre os dedos e ao redor das unhas;

-Passe creme hidratante nas pernas e nos pés, mas nunca entre os dedos; -Não use talco, spray ou esparadrapo nos pés; -Corte as unhas em linha reta e nunca deixe-as muito curtas; -Não retire as cutículas; -Informe à pessoa que cuida de seus pés para seguir esses cuidados; -Antes de calçar meias e

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sapatos, verifique se não há nada dentro deles que possam machucar seus pés, como pregas, pedras ou furos; -Não ande descalço, nem mesmo dentro de casa; -Quando indicado, use palmilhas diariamente, durante todo o tempo; -Use meias de algodão sem costuras e sem elásticos.

Hormônios podem causar problemas dentários Não importa a qual tribo per pertence. Jovem é sempre a mesma coisa. Encucado com tabus, preocupado com espinhas que teimam em aparecer em seu rosto e mais do que entusiasmado para começar a vida amorosa, muitas vezes acaba esquecendo-se de cuidar da saúde bucal. Aqueles que entendem tratamentos dentários apenas como escovar os dentes três vezes ao dia podem descobrir tarde problemas sérios como deficiência na dentição causada pelos hormônios sexuais que se manifestam

na adolescência. Nos últimos 20 anos o índice de câncer bucal aumentou 50% e é o quarto tipo de câncer que mais mata no mundo. No Brasil, segundo dados do Instituto de Câncer, é a terceira doença que mais mata entre os homens e a sétima entre as mulheres. Por isso, o uso desenfreado de piercing preocupa. Para o dentista Antônio Carlos Siveira, esses males podem ser evitados ou detectados ainda em fase inicial se o adolescente tomar as devidas precauções: “Lamentavelmente,

os brasileiros não têm a cultura de prevenção”, destaca. Silveira explica ainda que a maior parte da população só vai ao dentista quando sente dor. Para evitar transtornos, o melhor é prevenir, através de cuidados básicos recomendados pelos especialistas, que podem minimizar ou até eliminar as enfermidades causadas pelo amplo espectro de bactérias presentes na mucosa bucal. “O sangue que passa pela boca é o mesmo que chega ao coração, pulmões e fígado; pode levar doen doenças a esse órgãos vitais”, ressalta.


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A relação entre a televisão e a obesidade infantil REPRODUÇÃO

Nos últimos anos tens-se dado muita atenção ao problema causado pelo excesso de peso corporal, seja em adulto ou em crianças. Há quem diga que o problema estaria diretamente relacionado ao desenvolvimento sócio econômico da população. Porém, em uma análise mais profunda facilmente podemos verificar que dois fatores se fazem presentes em todos os indivíduos enquadráveis nesta categoria, ou seja, há uma alimentação inadequada ao mesmo em que há uma tendência ao sedentarismo. Há muitas maneiras do adulto administrar esta situação, até porque, as próprias visitas ao médico frequentemente constituem-se em preciosas ocasiões para evitarem a alimentação ou como estímulo para a procura por exercícios físicos. A situação parece ser um pouco mais complexa nas crianças com obesidade, Nestas, frequentemente já há sinalização de problemas futuros, seja porque já se identifica uma hipertensão arterial leve ou porque há uma história familiar de hipertensão ou mesmo de diabetes. Na criança, além dos dois motivos acima citados, seja da alimentação inade-

quada ou da inatividade física, há dois outros fatores cuja consequência ainda são imprevisíveis a longo prazo: Dormir pouco e ficar muito tempo em frente à TV elevam o risco de obesidade infantil. Na realidade os dois estão interligados, ao menos naquelas que à noite costumam ficar muito tempo na frente da televisão e depois têm dificuldade para adormecer. Uma recente pesquisa em 900 crianças realizada pela Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que há uma grande chance das crianças com este perfil tornarem-se obesas. O estudo mostrou que, aquelas que dormem menos de doze horas e passam mais de duas horas por dia em frente a televisão têm 16% a mais de probabilidade de desenvolverem obesidade. O estudo também revelou que a falta de sono das que dormem menos tempo que o necessário estimula os hormônios responsáveis pelo apetite e com isto leva ao consumo de mais alimentos. Este mesmo estudo também mostrou que

o percentual de incidência de obesidade cai para 1% nas crianças que dormem mais e assistem menos televisão. O controle dos adultos é fundamental na hora de prevenir a obesidade infantil. Para isso é necessário obedecer algumas pautas alimentares, considerando que os primeiros anos de vida de uma criança são cruciais na sua educação: desde bebês deve-se ensiná-los a alimentar-se bem e no momento certo, além de cuidar para que as crianças não “pulem” as refeições, organizando uma rotina alimentar constante, são algumas dicas. Vale, portanto, um lembretes para os pais: Ver bons programas de televisão pode ser instrutivo e constitui-se em um elemento de lazer, entretanto, não se pode esquecer que os cuidados básicos para uma vida de qualidade também valem para os pequeninhos. Dentro destes cuidados estão o repouso adequado e a alimentação. Ivan Seibel


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Consequências da ausência de apenas um dente DIVULGAÇÃO

Marcelo Gelatti Dorigon Cirurgião-Dentista, especialista em Prótese Dentária pela ABO/RS CRO-RS: 14.649 Ateliê do Dente

Os dentes permanentes devem ficar em boca, se bem cuidados, por toda a vida. Sua principal função é cortar e triturar os alimentos, iniciando assim a digestão dos mesmos. Eles também auxiliam na fala, além de sua importância estética. A perda de um dente pode gerar uma série de problemas na boca, que podem se agravar ao longo do tempo, gerando uma desarmonia em toda a dentição. Como exemplo, pode-se mencionar a ausência de um ou mais dentes em um lado da boca. Quando isso ocorre, os alimentos processados durante a mastigação produzem impacto contra a gengiva, podendo machucá-la e causar incômodo. Além disso, a pessoa com este problema tende a mastigar utilizando apenas um lado, causando maior desgaste nestes dentes. Outra consequência desta ausência é a movimentação dos dentes vizinhos, que se inclinam em direção ao espaço antes ocupado pelo dente perdido, visando o fechamento deste vazio. Esta mobilização generalizada pode desencadear outros problemas. Os contatos interdentais podem se abrir e se tornar irregulares, facilitando assim o acúmulo de

alimentos e o aparecimento de cáries. A nova posição dos dentes pode dificultar a higiene e gerar espaços que acumulam tártaro com maior facilidade, favorecendo o aparecimento de periodontites (doença na gengiva que envolve perda óssea). Por fim, podem, ainda, aparecer cargas excessivas em alguns dentes, gerando desgastes que danam a estrutura dos mesmos, podendo acarretar mobilidade e dor. Portanto, percebe-se que a ausência de apenas um dente pode gerar uma desarmonia em toda a mastigação. Para reverter essa situação, deve-se, além de repor o elemento dental perdido, recuperar a posição correta de mordida, corrigindo todas as sequelas iniciadas após a perda do dente. Cabe lembrar que

quanto antes o tratamento for iniciado, buscando a inserção de uma prótese dentária, menores serão os prejuízos e menos complexas serão as alterações necessárias. Porém, mesmo que a pessoa já tenha perdido um ou mais dentes há bastante tempo, o espaço original do dente pode ser restaurado, recuperando-se a harmonia estética e a potência mastigatória, evitando assim excessos de carga nos dentes remanescentes.


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O que acontece com a mulher depois dos 40 anos Dos 45 anos em diante os ovários começam a diminuir gradativamente, sendo que a quantidade de folículos, que dão origem aos óvulos é menor. Como consequência, os folículos respondem menos aos estímulos dos hormônios da hipófise (FSH e L), que normalmente levam ao amadurecimento dos óvulos. Assim, menos óvulos ficam “prontos” e a menstruação começa a ficar mais irregular. Os níveis dos hormônios femininos estrogênios e progesterona, produzidos durante o ciclo de amadurecimento dos óvulos, começam a cair. Todos os tecidos do corpo da mulher são influenciados pela ação dos estrogêMedidas que ajudam nios, com a queda progressia diminuir as ondas va do estrogênio, uma série de calor de sintomas começa a aparecer (ondas de calor, suor, dor - Atividade física, com a na relação sexual, insônia), sendo que a intensidade e a prática de exercícios físifrequência variam de mulher cos que aumentam a rigidez muscular e reduzem o peso. para mulher. “Dando um aspecto mais à silhueta melhoComo é produzido o agradável rando, consequentemente, estrogênio o psiquismo”, diz a médica Luisa Helena. O estrogênio é o princi- Alimentação saudável, pal hormônio feminino. Ele baseada em leite desnatado, é produzido pelos folículos, queijo branco, ricota, iogurnos ovários. A glândula pitui- te, vegetais verdes, peixes, tária produz dois hormônios, aves sem pele, carne magra. o FSH e LH. O primeiro -Muitas frutas, principalamadurece os óvulos e o ou- mente aquelas ricas em água, tro provoca a liberação descomo laranja, melão, melanses para fora dos folículos. cia, abacaxi. O ovário armazena óvulos nos - Evite alimentos que dimifolículos, onde todos os meses nuem a absorção do cálcio, ocorrem o amadurecimento de como congelados, cafeína, óvulos e, a sua liberação. Quancoca-cola e bebidas alcoólicas. do o óvulo é liberado, ele é -Evite fumar, pois a nicoticapturado pelas trompas de na está relacionada ao tromFalópio e levado ao útero. boembolismo. Todos os meses o útero é preparado para receber um A osteoporose na óvulo fertilizado. Os hormômenopausa nios estrogênio e progesterona estimulam o útero a proA ausência do estrógeno duzir uma membrana espessa no organismo faz com que as (o endométrio), cheia de vataxas de cálcio fiquem defisos sanguíneos. Se o óvulo não for fecundado, ele mor- cientes, o que gera um grave re e é eliminado juntamente problema na pós-menopaucom o endométrio. Outro ci- sa, a osteoporose. A doença é marcada pela redução da clo começa.

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quantidade e da qualidade da massa óssea e é nos cinco primeiros anos após a menopausa que essa perda acontece mais rapidamente. A osteoporose é a principal causa de fraturas por baixo impacto. As principais lesões ocorrem na coluna, no quadril e nos pulsos e podem levar a diversas complicações como dores crônicas, dificuldade para locomoção e, conseqüentemente, deterioração da qualidade de vida do paciente. O diagnóstico é feito através da densitometria óssea, um exame simples e indolor que pode ser descrito como uma “radiografia” do corpo. Embora não tenha cura, o problema é tratável. As fraturas podem ser evitadas com a combinação de mudanças no estilo de vida e tratamentos médicos. Na terapia à base de remédios, os tratamentos evoluíram muito nos últimos anos. Comprimidos que eram tomados diariamente, hoje já podem ser tomados a cada semana e até mensalmente. A prevenção começa desde cedo. Ter uma dieta rica em cálcio desde a infância, manter atividade física regular, evitar o uso de álcool e fumo certamente são ações que poderão garantir uma “reserva óssea” para quando o corpo precisar.


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Você não emagrece com dieta e exercícios? Apenas reduzir ingesta calórica e fazer exercícios não é suficiente para um percentual significativo da população mundial

Dr. Cezar de Moura Médico CRM: 22547

Obesidade não deve ser encarada como um problema simples de ingesta excessiva de calorias e falta de exercícios, pois se tão simples fosse não estaríamos com essa epidemia de obesidade. Para algumas pessoas reduzir ingesta calórica e fazer exercícios pode sim ser o tratamento, mas isto não será suficiente para um percentual significativo da população mundial. Fato que podemos observar pelos números crescentes de obesidade. Da mesma forma, ganho de peso não pode ser visto apenas como um aumento do tecido adiposo, mas como uma alteração funcional do corpo como um todo. Esse processo quase sempre significa uma severa sobrecarga para todos os sistemas neuroimunoendócrino, digestivo, linfático, cardiocirculatório e para órgãos como fígado, intestino, pâncreas, rim, etc. Antes de pensarmos simplesmente em dieta hipocalórica, temos sim de nos preocupar com a qualidade desta dieta, pois todo o obeso tem redução da capacidade de queima calórica (déficit oxidativo), fato proporcionado pela intoxicação orgânica presen-

te. Intoxicação esta relacionada com agrotóxicos, pesticidas, conservantes e corantes alimentares, medicamentos, etc. Isto também está relacionado com alergias, doenças auto-imunes, desordens cardíaca, e toda gama de doenças que possamos imaginar. Por isto, antes de pensar em reduzir as calorias alimentares, temos de nos preocupar com a qualidade desta dieta, bem como em desintoxicar o organismo, para conseguirmos recuperar a capacidade de queimar gordura e reparar tecidos, funções estas também dependentes da capacidade dos tecidos de consumir o oxigênio ora ofertado. Nessa perspectiva, não seria somente a quantidade calórica que levaria à obesidade, mas a quantidade de alimentos oxidantes ingeridos, os quais induzem bloqueio oxidativo nos tecidos. A sobrecarga oxidativa vinda da ingestão de alimentos oxidados (industrializados), toxinas ambientais (pesticidas, agrotóxicos, aditivos químicos) e do processo alérgico/intolerância alimentar, geralmente delineiam o perfil da toxicidade orgânica na obesidade, bem como o orgão lesado ou o rótulo da doença associada a obesidade. A conjugação de todos esses fatores leva o organismo a um novo padrão funcional global, com manifestações claras de sobrecarga para o conjunto do organismo, refletido no grupo de sintomas e doenças associados

a obesidade. Daí a necessidade de uma abordagem que vá além da simples restrição dietética, ou melhor, não se trata obesidade com restrição dietética, mas com nutrição adequada, pois a obesidade é a manifestação da má nutrição, se pensarmos em termos energético-molecular. Da mesma forma, não basta fazer exercícios localizados para reduzir gordura localizada, pois “gordura localizada” deve sim ser vista como alteração de volume local ocasionado não somente por deposição de gordura, mas sim por alterações do músculo, da vascularização sanguínea e linfática, da inflamação local crônica e da deposição de tecido fibrótico associado a gordura. Esta é a causa das barrigas que não reduzem com simples perdas de peso, da mesma forma que não irá reduzir com exercícios abdominais. Tanto é verdade que obesidade é uma doença do corpo como um todo, que o obeso figura no grupo de risco de uma gama enorme de outras doenças, entre elas: depressão, alergias, dores em geral, isquemias cerebrais e cardíacas, doenças autoimunes, etc. Ficam sempre aquelas questões: Remédios para emagrecer lhe fazem perder peso, mas peso de quê? Como fica sua saúde em geral emagrecendo com medicamentos? Você faz dieta hipocalórica e exercício, então porque não emagrece? Você perdeu peso e suas dores desapareceram? Qual

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o reflexo da perda de autoestima na obesidade, depressão, ansiedade e estresse? Todos estes, sabemos, favorecem a obesidade. Então, obesidade é causa ou consequência de doenças? Podemos considerar obesidade um simples problema de excesso de peso? Todas estas questões devem ser respondidas por você que está em tratamento para obesidade, como forma de avaliar se o tratamento está lhe oferecendo um emagrecimento saudável. Assim, chega de pensar em

obesidade como simples necessidade de perder peso, sem sabermos peso de que estamos perdendo! Você deve buscar sempre emagrecimento saudável, aquele que melhora sua qualidade de vida e de saúde, lhe gera aparência rejuvenescida, da mesma forma gera sensação de mais vitalidade, melhora auto estima, tudo, sem esquecer de melhorar as doenças possivelmente associadas a obesidade. Obesidade não é problema estético, é sim doença!


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Filme de PVC pode contaminar os alimentos O material, utilizado para embalar alimentos gordurosos, como queijo, carne e frango, pode ser prejudicial à saúde Os filmes de policloreto de vinila (PVC) podem ser prejudiciais à saúde se usado para embalar alimentos gordurosos, como queijo, carne e frango, conclui pesquisa do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), do laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz). Por precaução, os pesquisadores recomendam que os fabricantes de filmes plásticos façam esse alerta ao consumidor no rótulo do produto, apesar de ainda não existir uma legislação que os obrigue a isso. Os riscos à saúde humana ainda são desconhecidos. Entretanto, estudos feitos com ratos de laboratório constataram que os dois aditivos químicos mais usados para dar flexibilidade ao PVC contêm substâncias que podem causar câncer de fígado e problemas de fertilidade. A pesquisa, que durou três anos e foi coordenada pela química Shirley Abrante, constatou que esses aditivos são transferidos em maior

quantidade para alimentos com teor de gordura superior a 5%. “Como essa migração só se torna problema de saúde pública no armazenamento de alimentos gordurosos, bastaria que as indústrias imprimissem no rótulo do produto uma advertência indicando que é recomendável”, disse Shirley. A migração, por difusão espontânea, é mais intensa em alimentos gordurosos, segundo a pesquisadora, por causa da semelhança entre composição química e a dos aditivos. Ela explica que eles atingem todo o alimento, não se restringindo à parte em contato com o filme plástico.

Metodologia Os cientistas analisaram em três etapas amostras de filmes de PVC recolhidas pela Vigilância Sanitária do município em supermercados do Rio. Primeiro, quantificou-se os aditivos químicos usados. Em seguida, os pesquisadores avaliaram a taxa de migração des-

ses aditivos para alimentos gordurosos. Por fim, estimou-se a exposição do consumidor e estes compostos a partir de dados sobre seus hábitos alimentares. O uso de embalagens de PVC para alimentos ainda é muito recente para que cientistas possam determinar com exatidão os riscos para o consumidor. No Brasil, a legislação estabelece limites apenas para o oftalato de di-(2-etilhexila) (DEHA), um dos compostos orgânicos usados com aditivos em filmes plásticos.Estudos mostraram que a substância está ligada ao desenvolvimento de câncer de fígado e a problemas de fertilidade em ratos de laboratório. O outro aditivo mais usado, o adipato de di-(2-etilhexila) (DEHA), tem efeito tóxico ainda desconhecido pela ciência. Por isso, a legislação não estabelece valores máximos para presença, apesar de estudos indicarem que atividade do DEHA é semelhante à do DEHP. “Como não existem normas para sua utilização, tivemos

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de considerar todos os produtos ano de pesquisa, todos os filmes analisados ultrapassam em média satisfatórios”, disse Shirley. 33,17 do composto. “Como notificação pela Vigilância Sanitária O que diz a Lei dos fabricantes que excediam o No caso do DEPH, a lei estabe- valor do DEHP observamos um lece um valor máximo de 3% de aumento na presença do DEHA matéria plástica total. No primeiro no ano seguinte”.


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