28/04/2012 - Saúde - Jornal Semanário

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Alcoolismo Consumo de bebidas alcoólicas pode trazer prejuízos à vida profissional. Página 4


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Tratamento para olheiras depende de avaliação médica DIVULGAÇÃO

Andressa Pauletto Médica CRM 30142 Visualittè Clínica Médica 3055-4405

Também conhecida como hiperpigmentação ao redor dos olhos, as olheiras têm sido um inconveniente estético para muitas pessoas, podendo ser associadas a um aspecto de cansaço e tristeza. Mas o que poucos sabem é que existem tratamentos seguros e eficazes para eliminar ou atenuar esse problema.

Possíveis causas O aparecimento das olheiras pode estar associado a diversos fatores, podendo aparecer desde a idade mais jovem. Na maioria das vezes, é determinado por um aspecto hereditário, mas elas podem surgir com o cansaço, estresse, acúmulo de gordura abaixo dos olhos, doenças que predispõem a sua formação e, com o passar da idade, a pele acaba ficando

Caderno

Saúde&Beleza Este caderno faz parte da edição de sábado, 28 de abril de 2012, do Jornal Semanário

mais fina, e consequentemente mais “transparente”, fazendo com que os vasinhos sanguíneos fiquem à mostra.

Como tratar Existem diversas formas de tratamento para clarear as olheiras e, muitas vezes, é necessário fazer a associação de alguns deles. A Luz Intensa

Diagramação: Noeli Ogrodoski diagramacao01@jornalsemanario.com.br Edição: Jussara Konrad

Pulsada é um dos tratamentos mais utilizados, assim como peelings, laser fracionado, cosmecêuticos, produtos de preenchimento e toxina botulínica. O número de sessões pode variar em cada caso, assim como o resultado. O indicado é consultar um especialista para avaliar qual o tratamento mais indicado para cada indivíduo.

Direção: Henrique Alfredo Caprara jornal.semanario@italnet.com.br SEDE Wolsir A. Antonini, 451 - Bairro Fenavinho Bento Gonçalves, RS 54. 3455.4500


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A alergia a medicamentos e seus principais sintomas Cassiano Marçal Mescka Alergista e Imunologista CRM 32217 3451-1322

Os medicamentos foram desenvolvidos para resolver doenças, amenizar sofrimentos e contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas. No entanto, seu uso pode exercer também efeitos indesejáveis. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam para o fato de que cerca de 50% dos pacientes tomam seus medicamentos de forma errada. Por isso, antes de se falar na alergia aos medicamentos, é necessário entender que nem toda reação é alérgica, sendo preferível usar o termo reação adversa para descrever qualquer reação inesperada que possa ocorrer em resposta ao uso de um medicamento. A alergia é apenas uma destas reações adversas e ocorre quando o sistema imunológico responde à medicação ou aos produtos biológicos que

resultam de seu metabolismo. Para que a alergia ao medicamento ocorra, é imprescindível que a pessoa tenha tido um contato anterior com aquele medicamento. Por isso, a reação surge para medicamentos que a pessoa já usou uma ou diversas vezes, até mesmo durante anos, sendo impossível prever quem poderá vir a ter uma reação alérgica a medicamentos no decorrer de sua vida. As reações alérgicas podem variar de sintomas leves e quase impercebíveis até mesmo para reações intensas e graves.

Os principais sintomas são: – Coceira e erupção na pele; – Edema ou inchaço da face, pálpebras ou glote; – Falta de ar ou chiado no peito; – Dores abdominais; – Choque anafilático (grau máximo de alergia). Nem sempre é simples diagnosticar uma reação medicamentosa, pois seu as-

pecto pode assemelhar-se e confundir-se com outras doenças. Assim, só uma história clínica minuciosa pode identificar o medicamento responsável. Praticamente todos os remédios, mesmo aqueles corriqueiros, de uso esporádico e aparentemente inocente, podem desencadear reações. O tratamento ideal é afastar a causa, ou seja, suspender o uso do medicamento implicado. Em alguns casos, pode-se substituir por outra medicação que possua efeito equivalente, mas fórmula química diferente. Se você tem alergia a algum remédio, procure sempre orientação médica, e informe-se sobre o nome do grupo químico ao qual pertence o remédio que provocou sua alergia. Muitas vezes, o nome comercial é outro, mas o princípio ativo é o mesmo. Informe na escola, local de trabalho ou, caso seja atendido em outras clínicas, hospitais ou serviços de emergência que não pode utilizar certos medicamentos, evitando surpresas desagradáveis.


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Alcoolismo pode trazer prejuízos à vida profissional

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O consumo de bebidas alcoólicas no mundo é largalarga mente difundido. Modifica-se o tipo e a quantidade de bebe bida, mas a ingestão é muito semelhante nos mais variavaria dos países. O conhecimento do álcool pelo homem presume-se que

exista há aproximadamente dez mil anos antes de CrisCris to, de quando data um rere lato sobre um “líquido” de fermentação de um cereal. Mas, só de poucos anos para cá, houve uma dedicação ao estudo de seus efeitos, causas e consequências. Uma área de grande estudo é o aspecto profissional. Aproximadamente 90% da população adulta faz uso da bebida alcoólica, a grande maioria de forma social, isto é, sem problema algum.

Deste total, 30% aumentou a frequência e a quantidade de uso, passando a abusos ocasionais ou frequentes, apresentando já alguns problemas, nas mais variadas áreas, e 10% criam a dependência ao álcool (alcoolismo). Considerando que a pes-

soa precisa beber cronicamente (de 5 a 20 anos) para desenvolver a doença, na grande maioria, os problemas começam a surgir na vida adulta profissionalmente ativa. As faltas ao serviço começam a se tornar frequentes (três vezes superior nos dias de semana e dez vezes nas segundas-feiras e pós-feriados ou pós dia de pagamento), comparando com os outros funcionários. Além dos atrasos, oito vezes maiores nos funcionários com problemas de ingestão alcoólica. Os acidentes de trabalho elevam-se em quatro vezes, bem como os de trajeto. Quando acidentada, a pessoa demora mais tempo para se

recuperar e retornar ao traba trabalho. A aposentadoria por invalidez é frequente. Os erros e desperdícios de materiais são significativos, bem como a queda de produtividade. Para completar, surgem dificuldades de

relacionamento com colegas, superiores ou subordinados. O esconder bebidas na empresa é frequente; arrumar desculpas para sair do setor e “dar uma volta”, também.

Ao chefe, haja dor de cabeça. O que fazer? Dormir? Não!

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Jeito de Ser oferece Ginástica Cerebral para a Terceira Idade Com o avanço da idade, ocor ocorrem uma série de alterações no organismo, provocando o declínio das capacidades física e mental. Assim como o corpo, o cérebro também deve contar com uma série de cuidados a fim de diminuir os efeitos do envelhecimento. O cérebro é o órgão responsável pelas emoções, raciocínio, memória, tomada de decisões, resolução de problemas, criatividade, inteligência e aprendizagem e, ao contrário dos outros órgãos do corpo, ele pode melhorar seu desempenho com o passar do tempo, de acordo com seu uso, estimulação e treino de habilidades cognitivas. Pensando nisso, as profissionais da Clínica Jeito de Ser, psicopedagoga Letícia Casonatto e fonoaudióloga Érica Cimadon, desenvolveram e estão oferecendo um programa de Ginástica Cere-

bral voltado para a terceira idade. Além delas, haverá a participação de outras profissionais, como psi psicólogas e neuropsicóloga. A ginástica cerebral consiste em atividades específicas que irão estimular as habilidades cog cognitivas. As atividades propostas são de fácil assimilação e têm o objetivo de melhorar a qualidade de vida, bem como minimizar os efeitos causados pelo envelhecimento, como a perda de memória, a lentidão para entender informações, além de aumentar a capacidade de raciocínio, comunicação e aprendizagem. O programa de Ginástica Cerebral é destinado a pequenos grupos de pessoas com mais de 60 anos de idade e conta com um encontro semanal, com duração de uma hora. Para mais informações, entre em contato com a Clínica Jeito de Ser, pelo telefone 3454.4092. EDUARDO VANASSI

Um programa de atenção ao álcool outras drogas na emem presa tem bom índice de eficácia (85% dos casos abortados). Não podemos esquecer a possibilidade de que o alcoolismo atinja qualquer pessoa, de ambos os sexos, raça, cor, religião e também em qualquer nível funcional, desde o operário básico até o diretor. Luiz Renato Carazzai/Médico psiquiatra

Fonoaudióloga Érica Cimadon e Psicopedagoga Letícia Casonatto responsáveis pelo programa de ginástica cerebral


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Aborto anencefálico e suas implicações A decisão deve ser muito considerada, mas sem deixar de consultar a pessoa diretamente envolvida, que é a mãe A polêmica e a controvérsia que envolvem a questão do aborto impossibilitam que o assunto tenha um posicionamento pacífico e, a cada manifestação, seja favorável ou contrária, a discussão volta novamente à tona com a ação que visa a descriminação a interrupção de anencéfalos. Não existe uma declaração que agrade unissonamente os dois lados da discussão, pois questões como essas produzem ideias radicais. Se adotarmos a posição da igreja católica, teremos uma repugnância visceral sobre qualquer possibilidade de aborto, porque, segundo os dogmas católicos, o ideal é casamento entre duas pessoas com fins específicos de reprodução e ampliação da espécie. Para os contrários a essa ótica, casos como a gravidez decorrente de estupro e o aborto eugênico (a gravidez represente um risco eminente à saúde da gestante), o anencéfalo, ou seja, o feto com problemas graves congênitos é justificável para a prática de aborto.

Homicídio doloso Fora os casos especiais previstos em lei, a prática do aborto, no Brasil, é considerada como homicídio doloso, visto que o agente sabia e pretendia obter o resultado. O resultado prático é que enseja a discussão do tema, já que envolve aspectos psicológicos, sociais e familiares. O primeiro trata de mulher que não deseja ter filho, ou por não ter maturidade suficiente, ou por não querer alterar o seu corpo, ou por não desejar ser mãe; já o segundo é decorrente do processo de natalidade, ou seja, o casal já possui mais filhos do que pode sustentar. E, por fim, a ótica familiar, por entender que a filha é muito nova para assumir tal compromisso e que tal responsabilidade ficará a cargo dos avós, etc. De acordo com a justiça brasileira, os casos utilizados por lei são: estupro, risco de morte para a mãe e, agora, paira no STF a possibilidade de autorização judicial nos casos de fe-

tos anencéfalos. No entanto, existe um terceiro interessado nessa questão que torce avidamente pela não legalização: o Estado.

A não legalização O escopo da não legalização do ponto de vista estatal é o viés religioso, afinal, no maior país católico, seria até incongruente posicionamento diverso. Todavia, estaria a máquina estatal apta a enfrentar realmente a questão? Existe um serviço clínico preparado para auxilar uma grávida? Todo esse debate é interessante, mas a nosso ver, falta a voz da maior interessada na questão: a futura mãe. Um mulher que se sujeita a enfrentar a clandestinidade de uma clínica para praticar o aborto, ou pior, inserir utensílios domésticos em seu próprio ventre não pratica tal ato de forma inocente ou leviana. Portanto, a voz da mulher em questão deve ser preponderante. De que adianta o estado proibir, a igreja condenar, se a própria pessoa não está convencida da gravidez e não a deseja? A censura à privação de uma vida e com isso o debate sobre quando começa a vida do feto é louvável, no entanto, quem irá conviver diariamente com a criança será sua mãe. Se desde a origem a criança não é desejada, como será a relação materna? Esse terreno é altamente perigo-

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so, porque se não tratado com seriedade pode banalizar o bem maior que é a chegada de um ser humano. Então, como determinar a possibilidade ou não de um aborto? Ao se analisar a questão num país com desenvolvimento social e no campo da saúde, a ser fornecida pelo Estado, a discussão é inócua, pois existem todas as condições para informação e prevenção.

Religioso ou moral? O foco central da questão do aborto é a justificativa da desinformação ou, ainda, a tratativa de evitar que uma nova vida chegue a uma família que não tem a menor condição de sustento. Sobre esse aspecto o enfoque deixa de ser religioso ou moral e passa a ser analisado do ponto de vista social e seria essa a melhor solução? Seguramente esse texto irá enfrentar grande resistência, como já esperado, mas o que é pior: uma criança nascer sem condição de sustento ou uma mãe correr risco numa operação clandestina? Ambos os casos são abomináveis e, num mundo ideal, nada disso deveria existir, o que não remonta ao caso brasileiro, por isso a discussão deve ser social, sim. O que resulta da opinião da pessoa diretamente envolvida, assim não haverá demagogia ou falso moralismo sobre a questão. O que não pode ocorrer é a ba-

nalização do aborto como um capricho, porque as consequências a serem enfrentadas pela mãe não são pequenas.

As consequências A primeira delas é a psicológica, pois não raro a mulher se arrepende ou cria traumas psicológicos em decorrência de um ato impensado ou precipitado. A segunda é uma consequência física, porque não é garantido que a gestante consiga engravidar novamente. E, ao contrário do que pode parecer, o nosso posicionamento é que a decisão deve ser muito considerada, porém, não pode ser exclusividade de um juiz ou terceiro não envolvido na gestação, a mãe deve ser consultada e

as razões ponderadas. Se o substrato for favorável ao aborto, que o Estado se aparelhe decentemente e não mascare uma vez mais a situação de completo despreparo e aparelhagem, tanto para campanhas de conscientização quanto para procedimentos cirúrgicos adequados. Seguramente, o dissenso será enorme e polêmico, por isso o debate deve continuar até que, se possível, ocorra uma conclusão sobre o tema. No caso do anencéfalo, insistimos que a última e primeira palavra a ser considerada deve ser da mãe que carregará a gestação ou conviverá com a dor da retirada do feto. A ela cabe a sabedoria e o respeito da decisão. Antonio Gonçalves Advogado criminalista


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Ter a companhia de um cão faz bem a saúde destas raças em praças, jardins e parques públicos e nas proximidades de escolas. – Em dias muito calor, é melhor levar seu cão para passear cedo pela manhã ou à noite. O calor do meio dia pode ser muito perigoso para ambos. Ao retornar do passeio em dias quentes, não ofereça água de imediato, e nem em grandes quantidades. – Se os passeios se tornarem exercícios mais exaustivos, assim como o condutor faz uma avaliação médica, o cão

deve passar por uma avaliação médica veterinária. – Peiteiras são melhores para passear com seu cachorro do que coleiras, e são muito usadas para cães pequenos e médios. Cães de grande porte devem ser conduzidos com enforcador de metal (anelado, sem pontas), pois assim respondem melhor ao comando. – Não passeie com seu cão solto, ele pode se assustar e correr para rua e ser atropelado, assim como pode causar desconforto a certas pessoas.

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Estudos comprovam que somente o fato de ter um cão de estimação em casa, já aumenta a qualidade de vida das pessoas. É associado ao hábito de levar o cão para passear, contribui para sair de sedentarismo. Um estudo americano conclui que aqueles que levam seu cães para curtos passeios sentem-se mais estimulados à pratica de atividades físicas, além de andar duas horas mais por semana se comparado àqueles que não levam seu cão para a rua. Mas para que o passeio seja saudável para o dono e para o cão, devemos seguir algumas regras: – A Lei Estadual 12.353, de 1º de novembro de 2005 ,dispõe sobre a criação e condução de cães da Pit-bull, Fila, Dogo Argentino, Rottweiler e demais raças afins. Segundo a lei, o passeio com estas raças devem ser feito utilizando guia curta, de no máximo 1,5m, e de focinheira, que permita a normal respiração do animal. É vedada a permanência

Vacina da gripe já tem mais aceitação O causador das nossas gripes é mais conhecido como Influenza. Esse vírus é um especialista em mudar de identidade. O vírus troca de detalhes praticamente a cada três anos e faz o nosso organismo de bobo. E ainda, de tempos em tempos, apresenta uma mudança radical, causando as chamadas supergripes, que muitas vezes acabam matando milhares de pessoas. Assim, a chamada gripe espanhola, que matou 20 milhões de pessoas, foi provocada por um vírus chamado H1N1 e que, segundo alguns, surgiu da combinação de um vírus suíno e um vírus humano. Um dos fatores que aumenta a disseminação do vírus da gripe é o fato de as pessoas no inverno se juntarem mais e fecharem-se nas suas casas. Isso facilita a propagação do vírus suspenso no ambiente. Anualmente, 50 mil pessoas morrem de pneumonia decorrente de gripe no Brasil.

E a vacinação contra gripe? Já inventaram tudo quanto é conversa contra a vacina. Até já contaram que o governo inventou a vacina só para acabar com todos os velhinhos. Veja só que coisa absurda. Mas o vírus Influenza continua aí, infernizando a nossa vida. As pessoas já aceitaram a idade da vacinação e estão aderindo melhor aos programas de prevenção e, diga-se de passagem, que ainda há tempo para você se vacinar contra a Influenza. A vacina leva cerca de duas semanas para fazer efeito. Mesmo assim, quem não aproveitou a campanha nacional para a vacinação ainda pode recuperar o tempo perdido. No Brasil, costumamos ter dois surtos de gripe, um no inicio do outono (abril, maio) e outro no meio do inverno. A imunização é feita com os vírus que circularam o ano anterior e que provavelmente trazem boa semelhança com os que estarão

atacando neste inverno. A vacinação também é especialmente indicada para quem tem defesas precárias, como os diabéticos, os doentes renais, os aidéticos, asmáticos e também crianças com mais de 6 meses de idade. A vacinação, porém, não é absolutamente garantida. Assim, sempre há o risco de a medida preventiva falhar. Uma em cada quatro pessoas não fica imunizada. Mas, mesmo assim, deve-se considerar as boas chances de dar certo. Quanto aos efeitos colaterais, esses são pequenos. Os mais comuns são febres ou a dor no local da aplicação da vacina. Portanto, é bom salientar que ninguém quer matar nossos velinhos! Vamos, isso sim, vaciná-los para que possam ficar ainda muito tempo conosco, porém, sem que sejam atacados pelo raio deste vírus Influenza. Ivan Seibel


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Exames podem detectar câncer de próstata precocemente A próstata é uma glândula exclusiva dos homens. Está situada na região pélvica, abaixo da bexiga e à frente do reto, e envolve a porção próxima da uretra (chamada uretra prostática). Em condições normais, pesa em torno de 20 gramas (o tamanho aproximado de uma ameixa). Sob ação da testosterona, a partir da puberdade do homem, inicia a fase de crescimento mais significativo da glândula e, com avançar da idade, pode ocorrer um incremento de aproximadamente 0,4 gramas ao ano. Suas formações são ligadas ao aparelho reprodutor masculino, ao produzir um líquido que faz parte do sêmen (secreção que é eliminada durante o ato sexual). No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. A estimativa é de que mais de 61 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil em 2012. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil nas últimas décadas pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (realização de screening com a dosagem do PSA), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação e pelo aumento na expectativa de vida. A origem do câncer de próstata é desconhecida, entretanto, presume-se que diversos fatores possam influenciar o seu desenvolvimento. Cita-se o fator genético, visto a incidência desta neoplasia ser maior em familiares portadores da doença; bem como o fator hormonal, pois esta neoplasia regride de maneira significativa com a supressão dos hormônios masculinos (por exemplo, castração). Uma dieta rica em gordu-

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ra parece também implicar no aumento dos riscos do aparecimento do câncer de próstata. É recomendado que todos homens a partir dos 45 anos realizem exames de rotina para detectar precocemente o câncer de próstata. Nesta avaliação estão incluídos o exame digital da próstata (através do toque retal) e dosagem sanguínea do PSA. Em caso de toque anormal (uma próstata endurecida ou aumentada de tamanho) ou PSA elevado, o paciente deverá ser submetido a uma ecografia transrretal com biópsia prostática. Os fragmentos obtidos serão levados ao exame histológico. Uma vez confirmado o diagnóstico, alguns exames deverão ser solicitados a fim de que se possa saber se o tumor está confirmado à próstata ou se invadiu os órgãos vizinhos (como bexiga, vesícula seminais, reto), ou se já possui metástases à distância (nesta situação os ossos são mais frequentemente acometidos). Também, deve ser realizado uma estratificação de risco afim de melhor se definir o tratamento. Os critérios levados em consideração são: – O grau tumoral (que é quantificado pelo escore Gleason, descrito do laudo histopatológico); – A extensão do câncer na próstata (doença uni ou bilate-

ral, comprometimento da cápsula e invasão perineural), – A dosagem do PSA, quando foi realizada o diagnóstico. Para a doença em estágio localizado, os tratamentos disponíveis são cirurgia (prostatectomia radical) e a radioterapia (associada ou não ao controle hormonal da testosterona). Em situação de doença mais avançada, o bloqueio hormonal pode ser indicado unicamente, estando a quimioterapia reservada apenas para casos que a manipulação hormonal não é mais efetiva. Dr. Alexandra P. Loureiro/ Oncologista Clínica/CREMERC 29103


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Implantes dentários são sinônimo de qualidade de vida DIVULGAÇÃO

Dr. Rafael Zanette Cirurgião Bucomaxilofacial Clínica Dentalclin 3452-8921

Há cerca de 40 anos, quando surgiram os primeiros implantes dentários, o principal objetivo era a reabilitação de pessoas que perderam todos os dentes e não conseguiam uma boa adaptação às dentaduras, pois encontravam problemas como falta de retenção adequada ou ferimentos na gengiva. A boa notícia é que hoje, com a evolução das técnicas e dos materiais utilizados, tornou-se muito mais fácil proporcionar um tratamento seguro, pouco invasivo e com resultados eficientes. O método consiste na realização de um procedimento cirúrgico para instalação de vários implantes na arcada desdentada e na confecção de uma prótese fixa, que

pode ser provisória ou definitiva, dependendo de cada caso, e colocada num período de três a cinco dias após a cirurgia. Denominamos este tipo de prótese de “Protocolo Branemark”, em referência ao criador da técnica. Normalmente, a cirurgia pode ser realizada em consultório,

com anestesia local. Em alguns casos, onde o paciente apresenta alguma doença específica ou para seu maior conforto, indica-se a realização do procedimento em um hospital, sob anestesia geral. Além disso, não existe contraindicação com relação a pacientes idosos realizarem o tratamento.

Recupere a pele dos efeitos do verão Bruna De Bacco Fisioterapeuta Crefito: 149.787-F 3452-9676

Com a saída do verão e entrada do outono, já podemos notar algumas alterações na pele, como manchas, ressecamento, rugas e linhas mais acentuadas. Por mais que tenhamos tomado todos os cuidados básicos, como uso de filtro solar, chapéu, creme hidratante adequado, o verão sempre deixa algum resquício. Então, é chegada a hora de regenerar a pele para recuperar a textura, o viço, a hidratação e a firmeza. A radiofrequência, a luz pulsada, o peeling de cristal, o peeling químico, a limpeza de pele profunda, a carboxiterapia e outras terapias combinadas vêm para acelerar o tratamento desses danos. Capazes de regenerar a pele de dentro para fora e estimular a produ-

ção de colágeno novo, são ótimos e potentes tratamentos para melhorar a firmeza, conferir mais elasticidade, suavizar cicatrizes de acne, reduzir rugas e linhas de expressão, tratar manchas, eliminar os pelos, e resgatar a saúde e juventude da sua pele. Como principal conduta preventiva, deve-se adotar o uso de protetor solar diariamente. É importante também ficarmos atentos nos tratamentos que preferencialmente devem ser feitos nessa época do ano (outono/inverno), pois fotosensibilizam a pele, ou seja, a tornam mais sensível a luz e ao sol. Alguns exemplos são: o tratamento para estrias, eliminação dos pelos (por laser ou luz pulsada), tratamentos para manchas e marcas da pele. O tipo de tratamento eleito deve ser escolhido com base numa avaliação detalhada do paciente, por isso que as indicações de procedimentos variam de pessoa para pessoa.

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