31/12/2011 - Saúde & Beleza - Jornal Semanário

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Saúde&Beleza O mito da influência dos alimentos no bronzeado Conforme especialistas não há comprovação de que consumir betacaroteno tenha interação com a síntese da melanina Página 3

Sábado, 31 de dezembro de 2011

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Pimenta também é útil para reduzir incômodos da herpes A substância responsável pela sensação de ardência que a pimenta provoca também é benéfica para se diminuir os incômodos causados pela herpes, uma doença incurável que vai se tornando menos virulenta com o passar dos anos. Esta substância, a capsaicina, tem o poder de destruir fibras nervosas que serviriam de

canais condutores para o vírus da herpes.

Outros benefícios do uso da pimenta

Experiências que comprovam

Como é tendência na medicina alopática internacional, a capsaicina, depois de feitos todos os testes de segurança, será industrializada. Seu emprego no tratamento de doença vai além do combate a herpes. Esta substancia, em outras experiências, revelou-se um excelente vermífugo, sendo usados com sucesso contra a prisão de ventre e a formação de gases nos intestinos. Os pesquisadores de San Francisco estudam agora a dosagem ideal de capsaicina para a fabricação de um colírio que tenha efeito sobre algumas das infecções mais comuns do globo ocular. Em pequenas doses, a pimenta nos nossos olhos e nos dos outros poderá vir a se tornar um refresco mesmo num futuro bem próximo.

A descoberta foi feita pelo Centro de Medicina de San Francisco, na Califórnia. As experiências realizadas com ratos mostraram que as manifestações de herpes caíram pela metade quando aplicada a capsaicina nas cobaias. Em alguns casos, a pimenta contribuiu para que as erupções de herpes demorassem até dois meses para aparecer. O vírus da herpes entra no organismo através de membranas mucosas ou de rachaduras na pele e, a partir daí, segue para as células nervosas, onde se aloja. Não se sabe exatamente por que, mas de vez em quando o vírus se manifesta, provocando erupções em forma de pequenos pontos de pus, muito dolorosos, que levam de quatro a cinco dias para desaparecer.

Caderno

Saúde&Beleza Este caderno faz parte da edição de sábado, 31 de dezembro de 2011, do Jornal Semanário

Diagramação: Noeli Ogrodoski cadernos@jornalsemanario.com.br Projeto Gráfico: Maiara Alvarez

Fonte: Diário Popular

Direção: Henrique Alfredo Caprara jornal.semanario@italnet.com.br SEDE Wolsir A. Antonini, 451 - Bairro Fenavinho Bento Gonçalves, RS 54. 3455.4500


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Betacaroteno não influencia no bronzeado Equilíbrio na alimentação e cuidados com os horários de exposição ao sol garantem uma pele saudável e com a cor do verão Chega o verão e quem é que não quer pegar um bronze, ficar da cor do pecado, com um belo tom dourado sobre a pele? Para isso, não faltam conselhos para comer alimentos ricos em betacaroteno – substâncias que estimularia a produção de melanina e produziria um bronzeado mais intenso e duradouro. Alguns especialistas, porém, questionaram a medida. “Não há nada que comprove cientificamente que consumir alimentos com betacaroteno tenha qualquer interação com a síntese de melanina”. Diz o professor Emilson Souza Portella, do Departamento de Nutrição Básica e Experimental do Instituto de Nutrição da UERJ. O que significa que nem comendo toneladas de betacaroteno consegue-se modificar o padrão do bronzeado. “Trata-se de mais um modismo que bioquimicamente não faz sentido”, diz o nutricionista.

Muita cenoura, mãos amarelas “Ao se ingerir grandes quantidades de cenoura, por exemplo, o máximo que se consegue é um aporte maior de betacaroteno sobre o epitélio, mais

visível nas palmas das mãos e nas plantas dos pés”, explica o professor. Tom amarelado que algumas vezes pode levar à confusão com certas doenças hepáticas que causam icterícia – embora uma coisa não tenha nada a ver com a outra. Basta parar de consumir alimentos de tonalidade amarela para que todo este betacaroteno seja transformado em vitamina A e a cor da pele volte ao normal. A nutróloga e médica ortomolecular Maria Elizabeth Ayob pensa um pouco diferente. Para a especialista, o bronzeamento depende da oxidação da melanina pela ação dos raios ultravioleta, mas a produção de melanina também depende de uma substância produzida pela tireóide, a tirosina. É ela que vai estimular a produção de enzima tirosinase, que catalisará a reação para a síntese da melanina. E ode é que entra o betacaroteno? Quando o betacaroteno é metabolizado em vitamina A, esta auxilia a produção de tirosina, desencadeando todo processo descrito. Mas para que tudo isso aconteça, além do betacaroteno, é necessária a presença de outros alimentos, como o zinco e o selênio. “Não existem fórmulas mila-

grosas, nem elementos isolados provocando grandes alterações. Tudo funciona de modo integrado”, diz. Ela também ressalva que todo esse processo não acontece do dia para noite. “Tudo vai depender das quantidades ingeridas, e leva tempo – entre 15 dias a um mês”, alerta. Influindo ou não sobre o bronzeado, o fato é que o betacaroteno proporciona uma maior proteção à pele. “Como uma pró-vitamina antioxidante, o betacaroteno ajuda no processo de cicatrização dos tecidos. Quando é quebrado e transformado em vitamina A, passa a agir de forma ativa na recuperação da pele”, diz o professor Emilson Souza Portella.

Bom mesmo quando em excesso Sem efeitos tóxicos, mesmo quando o consumo é excessivo, o organismo cria mecanismos para reduzir sua absorção. Então, em vez de ser transformado em vitamina A, seu metabolismo é reduzido e o betacaroteno excedente fica depositado no epitélio. Somente quando se pára de comer tanta cenoura e abóbora, e a quantidade de betacaroteno se equilibra, estes depósitos então voltam a se converter em vitamina A. Segundo o professor Emilson Souza Portella, todo este betacaroteno beneficamente para manter o epitélio integrado, num momento em que as agressões à pele são mais constantes, pela exposição ao sol. “O que não se sabe ainda é se o betacaroteno ajuda a reduzir a incidência do câncer de pele”, diz o nutricionista. De qualquer forma, ele aconselha a não combinar

alimentos de coloração amarela (betacaroteno) com os de coloração vermelha (licopeno). Isto porque um dificulta a absorção do outro. Sendo assim, o melhor a fazer é comer cenoura, abóbora, mamão e cajá, ou melão Orange numa refeição, e deixar o tomate, melancia, pimentão e pimentas vermelhas para outra. “Não se pode esquecer que vegetais folhosos, como alface, couve, repolho, espinafre, agrião e brócolis também têm betacaroteno, embora em me-

nores quantidades”, diz. O importante, para ele, é equilibrar todos os nutrientes na alimentação. “E aproveitar o sol com os devidos cuidados e horários adequados”, completa a nutróloga. Desta forma, certamente se conseguirá um belo tom de bronzeado. Mantendo-se a pele, sobretudo, saudável. Dra. Maria E. Ayob Nutróloga Emilson Souza Portella Nutricionista


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A superproteção dos pais revela o tamanho do seu amor Gibran, em O Profeta, escreveu: “Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesmo. Vêm através de vós, mas não de vós. E embora viviam convosco, não vos pertence”. Como nos é difícil reconhecer esta realidade, como frequentemente queremos, e as vezes até tentamos, viver por nossos filhos, temos frequentemente a ilusão de que poderemos protegê-los das angústias e do crescimento. Amamos com medo de perdê-los, com a ilusão de que conosco por perto estarão protegidos, porque associamos separação com perigo. Mesmo sem querer, repetimos neles nossas próprias experiências de separação do passado. Mesmo sem sentir podemos ser pais demasiados bons, do tipo de pais que não podem admitir que os filhos se frustrem, ignorando que é justamente a frustração que estimula o crescimento. É na busca do desejado que estimula que descobrimos nossas capacidades, que nos tornamos “filhos da ânsia da vida por si mesmo”.

A ansia de sermos pais perfeitos Por vezes, na ansiedade de sermos pais perfeitos, pensamos por eles a ponto de que nem mesmo saibam se sabem pensar, quando os “entendemos demais”, corremos o risco de nos apropriarmos de sua capacidade de pensamento, corremos o risco de que pensem o que desejamos que pensem. Crescimento exige liberdade, exige que possamos abrir mão de nossos sonhos, abandonando nossas expectativas relutantes, de que nossos filhos sejam aquilo que desejamos. E, geralmente desejamos que não tenham o que não toleramos em nós mesmos. Ansiamos que nos mostrem que podemos ser diferentes.

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Frequentemente tememos que nossas falhas provoquem danos irreparáveis, nos cobramos um amor infinito e perfeito, não tolerando sermos pessoas que por vezes não controlam emoções, que ficam zangadas, mesmo sem razões evidentes. Viorst assim descreve: “Na verdade, podemos nos empanturrar de informações de como criar filhos, e podemos nos esforçar para agir de modo mais amadurecido e atento, mas nada disso impedirá que, inevitavelmente, vez ou outra falharemos. Há uma grande distância entre saber e fazer. Pessoas maduras e com conhecimento também são imperfeitas. Talvez algum acontecimento da nossa vida pode ser tão absorvente e deprimente, que naquele momento não conseguimos atender as necessidades deles, por perdermos alguém querido ou porque temos problemas de saúde ou de trabalho. E, embora sem a intenção de fugir às obrigações para com eles, somos levados rumo a outras direções por diversos motivos”.

cer nossos filhos, ou ainda, se não soubermos educar perfeitamente, dificilmente serão pessoas felizes. Não admitindo nossas limitações, sobrecarregamos uma função que se encerra em si mesma, pois mesmo quando agimos com amor, podemos ser apenas “bons o suficiente”.

Pais devem admitir suas limitações

As notícias da sua região ao alcance do mouse

Sentimos culpa por carregar sentimentos tão variados, e assim, imediatamente, acreditamos quando nos dizem que facilmente podemos , se não formos perfeitos, adoe-

“A conexão é imperfeita” É preciso então desistir da esperança de que, tentando-se bastante, será possível fazer só o que é certo com os filhos. E não podemos, a “conexão é imperfeita”, e muitas vezes erramos. Enfrentar a possibilidade de falharmos como mães e como pais é necessário. Pois, como prossegue Gibram “Suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho”. Maria Elizabeth Urtiaga Médica Psicoterapeuta

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Não dê desculpas para fugir dos exercícios Soluções para quem reclama de falta de tempo, dinheiro, motivação e até companhia para sair do sedentarismo As desculpas para fugir da academia são muitas: falta de tempo, de dinheiro, cansaço... mas, enquanto você exercita o cérebro em busca de pretexto para ficar amarrado em casa e no trabalho, seu corpo sofre os efeitos da preguiça. Os quilos escorrem para fora da cintura da calça, as costas vivem doloridas, os músculos murcham e assim por diante. O bem-estar e a disposição que os exercícios físicos proporcionam transformam qualquer pessoa, todo mundo deveria experimentar esta injeção de ânimo. Realmente, existe quem não goste de fazer exercícios, mas é difícil encontrar uma pessoa que não se sinta bem após ter praticado alguma atividade física.

Estou cansado Você já ouviu falar que exercício vicia? Algumas pessoas realmente não vivem sem atividade física. Esta dependência causada pelo exercício é atribuída às concentrações elevadas de endorfina produzidas por determinados exercícios. É por isso que muitas pessoas se sentem irritadas, ansiosas, depressivas, cansadas e com péssimo humor quando deixam de fazer exercícios físicos. Quem está por trás dessas

sensações é uma substância chamada endorfina, produzida pelo cérebro durante e depois de uma atividade física. Ela regula a emoção e a percepção da dor, ajudando a relaxar e gerando bem-estar e prazer. A endorfina é considerada um analgésico natural, reduzindo o estresse e a ansiedade, aliviando as tensões e sendo até recomendado no tratamento de depressões leves. Simplificando, isso quer dizer que uma pessoa habituada a fazer exercícios regularmente se sente menos cansada e bem disposta do que quem não faz exercícios.

Estou sem tempo Se bobear, você perde mais tempo na fila do banco ou do restaurante do que o necessário para manter o corpo em forma. Bastam 30 minutos, seis vezes por semana, para conseguir um bom condicionamento físico e ter bons resultados estéticos com os exercícios. Ainda não está convencido? Então tem mais: fazer quatro sessões, com dez minutos cada, de algum exercício também rende ótimos resultados. Andar acelerado, subir e descer escadas, fazer um alongamento, experimentar alguns exercícios locali-

zados são opções ao alcance de qualquer pessoa, por mais ocupada que ela seja.

Estou sem dinheiro Dá pata ter condicionamento físico e corpo sarado, sem gastar muito dinheiro ou mesmo sem precisar entrar numa academia. Muitas pessoas se exercitam em parques, fazendo caminhadas, corridas, alongamentos e até exercícios com pesos ou anaeróbios. Ela só ressalta a importância de uma orientação inicial, com dicas de um profissional e uma avaliação física, incluindo teste ergométrico. Isso evita acidentes e permite focar nos exercícios que se ajustam ao seu objetivo.

Estou fora de forma Se você está fora de forma e quer reverter este estado, é essencial fazer dieta e exercícios físicos regulares. Não há milagres. Se você não se sente bem em ir para uma academia, comece fazendo caminhadas, alongamentos ou contrate um profissional para acompanhar suas atividades. Com os resultados, a motivação aumenta e até surge coragem para encarar uma esteira em público.

Estou sem companhia Há quem deteste fazer exercícios só. E isso, muitas vezes, dificulta o início das atividades físicas afinal, conciliar agendas também não é um esporte fácil. Nesses casos, o personal trainer pode ser a solução. Se você tiver disciplina, seguir à risca as orientações do professor e, principalmente, não faltar às aulas, vai ter com quem conversar e ainda alcançar ótimos resultados. A motivação, o acompanhamento (visando segurança e eficiência) e os treinos personalizados, em horário compatível à sua rotina, são razões suficientes para qualquer molenga deixar de papo e calçar logo o tênis. Valéria Alvim Personal Trainer


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Dor nas costas: o aviso pode vir de diferentes formas É uma fisgada aguda que a percorre em toda a extensão ou o incômodo persistente que não cessa, independente da posição corporal assumida. Em qualquer dos casos, a dor na coluna adverte que algo não vai bem com o pilar de sustentação do esqueleto, ao mesmo tempo forte e flexível, com participação decisiva nas posições estáticas e nos movimentos do corpo. Mas quais as causas das enfermidades da coluna vertebral que, anualmente, afastam milhares de pessoas de suas ocupações habituais, acarretando enormes ônus econômico e social para o país? São várias e começam a ser melhor conhecidas porque nos últimos anos a coluna vertebral tem sido estudada com o valor e o peso que merece. Assim, a intensificação de tais estudos resultou na maior valorização dos detalhes das atividades da vida diária e suas implicações sobre a coluna vertebral, sobretudo quanto ao estabelecimento da origem dos problemas. Quando provocadas por acidente, as dores são de origem traumática e da alçada do traumatologista; se decorrem de enfermidade congênita, são passíveis de tratamento ortopédico; as de origem reumática, caracterizadas por distúrbios degenerativos, inflamatórios, metabólicos, hormonais, neoplásicos, mecânicos, infecciosos ou viscerais, correspondem a cerca de 90% do total.

Estatísticas Segundo dados estatísticos recentes, a incidência de doenças reumáticas vertebrais é semelhante no Brasil, Estados Unidos e Europa. Com efeito, entre os anos 30 e 50, cerca de 80% da população teve ou terá algum episódio de dor nas costas de origem reumática, que são responsáveis pelo segundo lugar dentre as causas de afastamento do trabalho. Na maioria dos casos, os sintomas não aparecem de um dia para o outro. São processos com evolução lenta a gradual,

cuja reversão exige cuidados individuais. As causas das doenças reumática da coluna vertebral são múltiplas e, na maioria das vezes, há uma

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conjugação de todas elas. Outro fator relevante está diretamente relacionado à vida moderna. O sedentarismo, bem como a concorrência profissional, provoca angústia, depressão, estresse e ansiedade, que podem somatizados na coluna coluna, garantindo-lhe protevertebral. ção adequada. A importância da coluna verProblemas tebral pode ser avaliada pelo fato de que ela é órgão único, Os problemas posturais e inimplantável e cuja inexistênergonômicos, decorrentes da cia é incompatível com a vida. utilização de colchões, banEm conseqüência, todo o cuicos de veículos, calçados e dado que lhe for dispensado mobiliário inadequados, ponunca ser excessivo: qualquer dem acarretar dores futuras. atividade que determine sua Por outro lado, as dores são flexão ou extensão demasiada indicativas de sofrimento verpode ser prejudicial. Por contebral, traduzindo lesões reuseguinte, atividades comuns, máticas nos ossos, músculos, como trocar botijão de gás, ligamentos, discos, cápsulas e varrer, lavar roupa, escovar os tensões que integram a comdentes, colocar água em floplexa estrutura da coluna. res suspensas, calçar sapatos, devem ser executadas com Causas individuais atenção e de forma adequada, Devem ser consideradas, ain- mantendo-se a coluna tão ereta da, as características individuais quanto possível. A importância da coluna verda pessoa, cada uma com maior tebral pode ser avaliada pelo ou menor grau de probabilidade de sofrer lesões vertebrais. fato de que ela é órgão único Assim, cada paciente deve ser e inimplantável. Vale ressaltar o analisado como um todo, para fato de que as dores nas costas, que seja diagnosticada a forma ao contrário do que habitualde evolução do problema: cada mente se pensa, em sua grande pessoa é um mundo, com ale- maioria, são de natureza reugrias, frustrações, angústias e mática, não acarretam invalides sorrisos diferentes. Logo, o tra- definitiva e são passíveis de tratamento deverá ser individuali- tamento, correção e prevenção. zado. Passada a crise dolorosa, serão recomendáveis exercícios específicos, orientados caso a caso, destinados a fortalecer o colete muscular em torna da

Dr. Carlos Appel Presidente do C. N. de Estudos da Coluna Vertebral


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Previna o glaucoma e evite a perda da visão Confira os tartamentos desta doença geralmente assintomática, o glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no mundo Apesar de provocar problemas tão sérios, o glaucoma pode passar despercebido na maioria dos casos, alertam médicos. Por isso, prevenção é fundamental. Pessoas com mais de 40 anos e as que têm um histórico familiar da doença devem consultar o oftalmologista regularmente. Essa é a única maneira de detectar a doença precocemente, evitando a perda da visão. A doença é provocada pelo acúmulo de um líquido chamado humor aquoso, que nutre as estruturas internas do olho. Ele circula constantemente, mantendo o bom funcionamento dos órgãos visuais. Quando ocorre alguma anormalidade, porém, seu volume aumenta, elevando a pressão intraocular.

Avaliação médica O glaucoma se caracteriza pelo aumento da pressão intraocular, que danifica o nervo óptico e atinge o campo de visão. Há dois tipos de glaucoma: o de natureza crônica, que não apresenta sintomas, e o de natureza aguda, no qual ocorrem dor ocular e visão de halos luminosos. O primeiro é o mais comum e perigoso porque, sem sinais aparentes da doença, a pessoa só procura o médico

quando o glaucoma se encontra em estado avançado. Segundo dados da Universidade de Campinas, em cada três pacientes portadores de glaucoma, um já está praticamente cego quando busca tratamento. Segundo o oftalmologista Renato Neves, doutor pela Universidade Federal de São Paulo, pelo fato de o glaucoma ser uma doença sem sintomas, a avaliação médica deve ser feita anualmente. “No exame, avaliamos o estado do nervo óptico e medimos a pressão intraocular. É simples e indolor”, disse

impedindo sua progressão e a conseqüente cegueira. Há vários tipos de colírios no mercado atualmente, mas somente o oftalmologista sabe qual o melhor para cada situação. “Há colírios que diminuem a produção do humor aquoso e outros que aumentam a sua drenagem”, afirmou. “No final, entretanto, o efeito é o mesmo. E o glaucoma poderá ficar sob Quais os controle toda a vida”. Em casos mais graves, é tratamentos? indicado o uso de laser ou Se o glaucoma ainda esti- uma cirurgia, que promovever na fase inicial, é possível rá a saída mais adequada do tratá-lo à base de colírios, humor aquoso. Uma vez que

A avaliação do nervo óptico também é conhecida como exame de fundo de olho. O médico usa o procedimento para testar o campo visual do paciente. Quando a doença já se instalou – e progrediu razoavelmente – a pessoa só consegue enxergar uma faixa estreita na sua frente, como se estivesse olhando através de um tubo.

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o líquido volte a escoar normalmente, a pressão intraocular diminuirá. Os médicos, porém, só usam a cirurgia quando a doença já não pode mesmo ser tratada clinicamente. “Cerca de 90% dos casos podem ser resolvidos com medicamento”, alertou o oftalmologista. “Mas, para evitar que se chegue a esse estágio, a prevenção é a única saída. Pessoas negras, por razões genéticas, também são mais vulneráveis à doença”. Fonte: DM Saúde


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Cuidados com os traumatismos dentários Cerca de 14% das crianças e adolescentes passam por situações de emergência ligadas aos dentes, confira prevenções e tartamentos Situações de emergência envolvendo a boca e os dentes quase sempre se transformam em experiências dramáticas para pais e crianças. As estatísticas mostram que cerca de 14% das crianças e adolescentes passam, de alguma forma, por essas situações de emergência. Por isso, é importante estar preparado para se ter uma atitude correta num momento desses. Apresentaremos assim, os tramautismos mais comuns e qual a melhor atitude que deve ser tomada em tais circunstancias.

Cortes e sangramentos Quando uma criança sofre um traumatismo que provoca corte ou sangramento, deve-se colocar no lugar, sobre o ferimento, uma compressa de gaze ou pano limpo e pressionar bem, para que o sangramento seja controlado. Muitas vezes, é necessário saturar o ferimento, para que a cicatrização se processe de maneira adequada, e, tão logo se possível, deve-se consultar um dentista.

Os primeiros passos de uma criança Os acidentes mais comuns que ocorrem na dentição de

leite são os que envolvem bebês e crianças que estão aprendendo a andar. O dente amolece se alvéolo ou é deslocado de sua posição original, podendo se deslocar para dentro do alvéolo (intruir) ou descer, dificultando o fechamento da boca. O dentista deve ser consultado, para que a extensão do dano seja aliviada. Muitas vezes, esse dano é maior do que apresenta ser. Frequentemente é preciso radiografar o dente e observar por um período determinado. O dentista deve também orientar os pais sobre os cuidados a serem tomados na área afetada, assim como sobro futuros problemas que poderão comprometer a dentição permanente.

Mudança de cor no dente É comum ocorrer, após 2 ou 3 dias do acidente, uma mudança de cor, um escurecimento da coroa do dente. Essa mudança pode se perpetuar; nesses casos, quase sempre há perda de vitalidade do dente, e um tratamento de canal se faz necessário. Nos dentes de leite, nem sempre uma mudança de cor da coroa significa perda da vitalidade e, em muitos casos, a cor poderá retornar, ao seu normal. O dentista deve ser consultado, para ser feito o acompanhamento.

Alimento no ponto Amacie a carne com suco de casca de abacaxi ou de mamão papaia verde, essas frutas carregam enzimas – bromelina e papaína – que ajudam na quebra das cadeias de proteínas do alimento. Mas fique de olho no relógio: se deixar o tempero em ação por mais de 30 minutos, é possível que seu bife vire uma carne moída.

Dente fraturado É comum a fratura de um ou mais dentes em conseqüência de um traumatismo. Além disso, muitas vezes, pode ocorrer que o nervo do dente se danifique. Deve-se sempre consultar o dentista, para que ele possa avaliar a extensão do dano, tratar a fatura e prevenir eventualmente problemas da vitalidade futura do dente. A melhor maneira de se evitarem fraturas nos dentes é prevení-las; assim, no caso de esportes como andar de bicicleta, andar de “skate”, basquete, vôlei, jogos de futebol e outros esportes coletivos, é importante o uso de protetores bucais. Converse com seu dentista a respeito.

Perda total de um dente Em certas circunstâncias, como impactos horizontais, é comum acontecer um deslocamento total do dente. É essencial que determinadas condutas sejam adotadas imediatamente, para que se aumentem as chances de salvar esse dente. Se o dente for de leite, a colocação deste de volta em seu lugar não é indicada; a probabilidade de um sucesso é mínima. No caso do dente permanente, o reimplante é indicado. Para que se obtenha sucesso no reimplante, é necessário: Manter a calma e fazer a criança morder uma gaze ou um pano limpo, com pressão para que se possa controlar o sangramento; Ache o dente;

Pegue o dente somente pela coroa. Não toque na raiz; Resíduos devem ser cuidadosamente retirados do dente com soro fisiológico ou leite morno. Não esfregue o dente; Coloque o dente de volta no seu lugar (alvéolo) na boca da criança. Não se esqueça: a parte côncava do dente é do lado de dentro da boa. Faça a criança morder uma gaze ou pano limpo, para que o dente se mantenha na posição. Procure imediatamente um dentista. Se você não conseguir colocar o dente em sua posição, mantenha-o em uma

solução de soro fisiológico, leite morno ou mesmo na boca da criança (debaixo da língua) e procure o dentista. O resultado final de um reimplante depende muito do período. O dente deverá ficar fora de seu alvéolo o menor tempo possível. O dente reimplantado deverá ser “fixado” pelo dentista em sua posição e ter o canal tratado; mesmo assim, com o decorrer do tempo, haverá uma diminuição do tamanho da raiz. O tempo médio da permanência de um dente reimplantado na boca é de 1 até 5 anos; muitas vezes, esse tempo é o necessário para que a oclusão (relação de cada um doa dentes com os dentes vizinhos e também com seus antagonistas) se defina e novas condutas possam ser tomadas. Vinícios K. de Almeida Cirurgião Dentista


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