Bento Gonçalves :: Sábado :: 8 de junho de 2013
Rejuvenescimento Especial fala sobre os cuidados com a pele do rosto durante o inverno Páginas 4 e 5
Pinhão Alimento é rico em fibras que melhoram o funcionamento do intestino Pág. 6
Obesidade REPRODUÇÃO
Artigo trata dos riscos das dietas e a importância da reeducação alimentar Pág. 7
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Banho muito quente pode causar irritação
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uem não gosta de se aquecer com um banho bem quente em uma noite de inverno rigoroso? Mas este prazer, sem moderação, pode também trazer sérios prejuízos. Um bom banho de chuveiro pelando pode realmente trazer mais malefícios do que vantagens. Mas vamos ver melhor o que acontece. A permanência prolongada em contato com água muito quente, conduz a um ressecamento da pele, pois o manto de água e gordura que protege a pele é removido. Sem esta proteção, a pele se torna seca e uma vez mal hidratada, perde a capacidade de sustentação. A ausência desta camada pode ainda causar irritações que podem deixar a pele toda rachada. Nas pessoas que tem caspas, pode-se ter uma piora deste quadro. Outro fator observado em algumas pessoas, refere-se à queda da pressão sanguínea. Sabe-se que o calor excessivo leva à dilatação dos vasos sanguíneos. Além disto, a desidratação do organismo aquecido em excesso, também reduz o volume de sangue em circulação. Com isto podemos ter uma queda dos níveis de pressão arterial.
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A água quente resseca a pele e pode causar rachaduras Diz-se que as mulheres costumam demorar mais nos banhos e habitualmente utilizam água mais quente, pois o corpo feminino tem uma camada de gordura mais grossa, o que retarda a percepção do aumento da temperatura da água quente do chuveiro. O calor demora mais para atravessá-la. Em compensação elas mantêm a sensação de calor por mais tempo. Os homens, por terem menos gordura no corpo, podem perceber mais cedo um aumento da temperatura, mas podem também mais cedo passar a sentir frio. Um bom banho, com a temperatura próxima a do corpo, isto
é, 37 ou 38 graus, é uma forma de se esquentar e relaxar. Com isto teremos um aumento do calibre dos pequenos vasos periféricos e o cérebro pode fazer a necessária leitura dos estímulos ligados ao prazer e à saciedade. Com isso estaremos a um passo daquela sensação reconfortante de um merecido relax ao final de um exaustivo dia de trabalho ou de uma chuva ou vento frio. Depois disto, é importante, agasalhar-se bem, pois , caso contrário, o calor vai se dispersar e com isto não teremos os efeitos almejados. Fonte: Ivan Seibel - Folha do Mate
Óleo de linhaça para o coração Ao analisar o consumo desse alimento por indivíduos entre 60 e 85 anos, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro observaram um baita benefício: ele foi capaz de controlar as taxas da gordura no sangue. Os 110 voluntários do estudo foram divididos em dois grupos: o primeiro time ingeriu uma cápsula de óleo por dia e o segundo recebeu um remédio de mentira. Ambos foram orientados a melhorar a alimentação. “Em 12 semanas, observamos que, na parcela que engoliu as cápsulas, os níveis de colesterol LDL e triglicérides, danosos ao coração, diminuíram”, explica a nutricionista Ana Paula Avelino, responsável pelo trabalho. “E o colesterol HDL, que reduz o risco de infarto e derrame, aumentou, algo mais difícil em idosos”, completa.
Alimento controla as taxas de gordura no sangue Benefícios para o cérebro Outra benesse observada foi o ganho cognitivo, ou seja, melhora em funções cerebrais como memória e raciocínio. “Ainda não sabemos os motivos por trás desse desempenho positivo, mas uma
hipótese é que o ácido alfalinolênico, presente em grande quantidade na linhaça, aprimore as informações transmitidas entre um neurônio e outro”, expõe Ana Paula. saude.abril.com.br
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Dor na região lombar é cada vez mais frequente IMAGENS REPRODUÇÃO
Os analgésicos e o risco das doenças cardíacas
U A lombalgia é provocada por má postura, excesso de peso e sedentarismo Lombalgia é algo para lá de comum. Estamos falando da dor nas costas localizada na região lombar, próxima à bacia, em geral provocada por má postura, excesso de peso, sedentarismo, carregar peso de forma incorreta ou problemas decorrentes da rotina agitada. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 85% da população sofrem ou ainda vão sofrer desse mal. Há outros gatilhos possíveis como gravidez, estresse e doenças como artrite, osteoartrose da coluna e osteofitose (bico de papagaio). Algumas vezes, o incômodo se irradia para as pernas com ou sem dormência. “Os homens são mais afetados do que as mulheres. Metade dos pacientes se beneficia com recuperação total em duas semanas e 90% dos casos apresentam remissão em seis semanas após o tratamento”, informa o ortopedista Maurício Póvoa Barbosa, médico do esporte graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Problema socioeconômico O distúrbio só perde para a dor de cabeça entre os mais comuns e é uma das grandes causas de morbidade e incapacidade funcional. O Ministério da Previdência Social o considera um dos que mais gera licenças trabalhistas com duração superior a 15 dias, sendo que o INSS o aponta como grande motivador de aposentadoria por invalidez no país. Entre janeiro e novembro de
2012, mais de 116 mil pessoas receberam auxílio-doença por esse motivo. “Estudos nacionais confirmam o que se observa em outros países: é uma das disfunções campeãs na procura por serviços médicos e afastamento do trabalho, sendo que pode se tornar crônica se não for tratada adequadamente”, adverte o neurocirurgião Alexandre Walter de Campos, especialista em terapia de dor da Rede de Hospitais São Camilo. A dor aguda ou crônica nas costas afeta a região lombar, uma área vital da coluna vertebral, responsável por dar apoio estrutural – sustentando grande parte do peso do indivíduo – e flexibilidade ao corpo. Ela é constituída por cinco vértebras maiores, intercaladas por discos intervertebrais ou de fibrocartilagem, cujas funções são impedir que as vértebras se encostem umas nas outras e proteger a medula espinhal. A falta de condicionamento físico, consequência das facilidades da vida moderna, provoca fraqueza muscular e má postura, causas mais comuns da lombalgia. “O sedentarismo ou, paradoxalmente, o ritmo intenso de atividades pode detonar a dor. Idem para o estresse emocional, responsável pela tensão muscular”, explica o ortopedista Marco Antonio Ambrósio, especializado em ortopedia e traumatologia pelo Instituto de Ortopedia Clínica da USP e médico do esporte do Hospital Samaritano. Fonte: noticias.uol.com.br
m estudo britânico sugere que anti-inflamatórios analgésicos, como o ibuprofeno e o diclofenaco, podem aumentar o risco de doenças cardíacas quando ingeridos em grandes doses. Estudos passados já haviam apontado a relação entre anti-inflamatórios e problemas do coração, mas esta é a primeira vez que uma pesquisa faz uma análise em detalhe. O estudo foi publicado na revista científica Lancet. Os pesquisadores, da Universidade de Oxford, analisaram os prontuários de 353 mil pacientes para avaliar o impacto dos anti-inflamatórios, que são medicamentos não-esteroides (são comercializados em produtos como Voltaren e Cataflan). Especialista alerta que uso indiscriminado de analgésico pode deixar a dor de cabeça crônica. Eles examinaram receitas médicas de altas doses dos anti-inflamatórios, de 150 mg de diclofenaco ou 2.400 mg de ibuoprofeno diariamente, e não as prescrições para pe-
quenas doses, que podem ser adquiridas na farmácia sem receita médica. Para aliviar dor nas costas Especialistas concluíram que, para cada mil pacientes analisados, o risco de ataque cardíaco aumentava de oito para 11 por ano. Eles também registraram quatro casos adicionais de falência cardíaca e uma morte, além de casos de sangramento no estômago. “Três casos adicionais de ataque cardíaco por ano pode parecer um risco baixo, mas cabe aos pacientes julgarem se querem tomar os medicamentos”, disse o pesquisador, Colin Baigent. Baigent salientou que os resultados da pesquisa não devem preocupar pessoas que tomam baixas doses dos medicamentos para tratar dor de cabeça. No entanto, ele alerta que quem já corre risco de ter doenças cardíacas tem mais chance de desenvolver as complicações se tomar altas doses dos anti-inflamatórios.
Tábua de salvação O medicamento naproxeno, acusou riscos menores de complicações cardíacas e tem sido prescrito por médicos para pacientes de alto risco. O remédio, que tem ação similar à da aspirina, impedindo coágulo sanguíneo, também pode aumentar o risco de sangramento estomacal, afirmaram os especialistas. Pessoas que sofrem de artrite geralmente se beneficiam dos anti-inflamatórios analisados no estudo, que agem aliviando a dor e combatendo a inflamação. O professor Alan Silman, diretor da organização Arthritis Research UK, diz que esses medicamentos são uma “tábua de salvação” para milhões de pessoas e são extremamente eficientes em atenuar a dor. “No entanto, por causa de seus possíveis efeitos colaterais, especialmente o de maior risco de complicações cardiovasculares, há uma necessidade urgente de encontrar alternativas que sejam tão eficientes e seguras”. Fonte: noticias.r7.com.br
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Especial
Sua pele rejuvene
A médica Andressa Pauletto, da clínica Visualittè, apresenta os
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ara conquistar uma pele jovem e bonita existem diversos tratamentos que prometem melhorar sua aparência depois de algumas sessões. É impossível congelar o tempo e evitar os múltiplos sinais do envelhecimento. No entanto, pode-se atenuar e reduzir os efeitos da sua passagem. A partir dos 25 anos, essa preocupação aumenta. Entre tantos tratamentos disponíveis no mercado fica difícil escolher qual o ideal para o seu tipo de pele. Por isso, a médica Andressa Pauletto apresenta os procedimentos mais procurados que melhoram o aspecto da pele. “Hoje estão disponíveis diversos procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos, que atenuam os sinais do tempo, proporcionando resultados naturais e satisfatórios, que aumentam a auto-estima da mulher”, afirma. De acordo com Andressa, o inverno é uma época ideal para realizar esses tratamentos. “Os dias frios são mais favoráveis para recuperação da pele, pois ela fica mais sensível a ação dos tratamentos”, explica. Entre os mais procurados estão os peelings, Botox®, laser e luz pulsada. “É importante sempre consultar um médico para esclarecer as dúvidas e expectativas. O médico é o profissional mais indicado para analisar as necessidades do paciente e definir o procedimento ideal”, destaca a especialista. Para clareamento de pele, manchas, melasmas, de causa hormonal, solar ou idade,
Andressa Pauletto reafirma a importância de sempre realizar uma avaliação com um médic Andressa indica a aplicação de peelings com ácidos, laser ou luz pulsada. O peeling recupera a pele e estimula a produção de colágeno e elastina, promovendo a renovação celular. “Manchas, rugas, sardas e algumas linhas de expressão podem ser amenizadas ou até eliminadas dependendo do tipo de peeling usado”, afirma. Já o laser fracionado de CO2 está indicado em casos em que se deseja remodelar as camadas da pele e estimular a produção de colágeno mais profunda, trazendo diminuição da
flacidez da pele, das manchas e diminuindo sensivelmente os indesejados sinais de expressão. A toxina botulínica, o famoso Botox®, é um dos tratamentos mais procurados, segundo Andressa. O método é usado para atenuar e diminuir as rugas dinâmicas ao redor dos olhos, na testa, pescoço e no colo. Outro tratamento é o ácido hialurônico que melhora sensivelmente as rugas estáticas. “A busca pela toxina botulínica associada ao preenchimento à base de ácido hialurônico tem aumentado muito nos últimos
Pele seca, ressecada ou descamativa Não tome banhos quentes e demorados. Eles retiram a camada protetora (oleosidade natural da pele) assim como as buchas de banho; Use sabonetes hidratantes ou neutros; Evite tomar mais de um banho ao dia no inverno; Utilize hidratante diariamente, logo após o banho ou ainda com o corpo úmido;
Escolha seu tratamento Laser e luz pulsada: para manchas de sol, rugas finas, perda de colágeno Toxina botulínica (Botox®): ideal para rugas finas Preenchimento com ácido hialurônico: trata perda de volume, rugas e linhas de expressão Peelings: rugas finas
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escida no inverno
s tratamentos que ajudam a tratar rosto, mãos, colo e pescoço JUCILENE FESTA
Inverno merece atenção especial O inverno está chegandoe as mudanças podem ser percebidas diretamente na nossa pele, que se torna mais ressecada, áspera, descamativa e, algumas vezes, apresenta vermelhidão, coceira e formação de “crostas” (casquinhas/machucados). Com a queda brusca da temperatura, pacientes com pele seca e dermatite atópica (DA) são os que mais sofrem, apresentando piora no quadro. Porém, aqueles com pele oleosa não ficam inertes ao frio. Além do aumento da oleosidade podem vir a apresentar crises de dermatite seborreica (descamação e vermelhidão) na região da zona T da face (ao redor do nariz, sulcos, supercílios) observadas, em alguns casos, também na região atrás da orelha, no couro cabeludo e região medial do tórax. O fato é que o inverno e fatores como banhos quentes e demorados, ar condicionado, poluição e exposição solar intensa deixam a pele mais seca. Mas com algumas dicas é possível manter a pele saudável: Evite banhos muito quentes; Beba água com ou sem sede (2 litros são essenciais); Hidrate bem a pele; Use protetor solar.
co antes de optar por qualquer procedimento tempos, sendo estes tratamentos os mais procurados. Se bem feitos, são capazes de reverter os sinais do tempo e manter uma aparência muito natural”, aponta. Segundo Andressa, o principal objetivo da toxina botulínica é relaxar a musculatura, suavizando a expressão do rosto, buscando recuperar a jovialidade, mas mantendo as características de cada paciente. “O importante dos tratamentos é realçar a beleza natural, fazendo com que a pessoa fique mais bonita de acordo com a sua idade, com rugas atenuadas, aspecto jovem, saudável e bonita”.
Para prevenir o envelhecimento Ter uma vida saudável, alimentar-se bem, fazer exercícios físicos, hidratar e proteger a pele são formas de retardar o envelhecimento. Para a médica Andressa Pauletto, o elemento indispensável para a proteção da pele ainda é o filtro solar. “Além de cuidar da pele
e proteger, os filtros solares de qualidade já contém tratamento anti-idade. Assim como os hidratantes, existe um filtro específico para cada tipo de pele e idade”, explica. As mãos, que ficam mais expostas principalmente para quem passa generosos minutos no trânsito e debaixo do sol, precisam de reaplicação constante de filtro solar, assim como a face ou qualquer outra área exposta. “Qualquer excesso de exposição ao sol prejudica a pele. Os efeitos serão percebidos com o passar dos anos, por isso a prevenção é tão importante”, alerta. Josiane Ribeiro especiais@jornalsemanario.com.br
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Pinhão, um alimento rico em fibras e potássio
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asta a temperatura cair e ele dá o ar da graça. Só que, agora, há outros motivos para festejar a temporada da semente da araucária: suas fibras melhoram o funcionamento do intestino, e ao lado de altas cargas de potássio, ajudam a resguardar o coração. Quando o outono ou o inverno chegam, muita gente no Sul e no Sudeste se deleita com essa delícia, seja nas refeições, seja no lanche da tarde. Há, porém, quem preste atenção nela durante o ano todo - mas com outros olhos. Estudiosos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, investigam a riqueza de nutrientes encontrada na semente da araucária, árvore típica da região meridional do Brasil, e seus benefícios à saúde. Ao que tudo indica, o alimento se destaca na prevenção de problemas cardiovasculares e intestinais, uma senhora credencial para convidá-lo às mesas do resto do país. “As fibras do pinhão favorecem a eliminação de sais biliares, um reduto de colesterol, do intestino. E boa parte dessa molécula não é reabsorvida, o que diminui sua concentração no sangue caso ela esteja elevada”, explica a nutricionista Cristina Martins, que analisa o alimento na Embrapa Florestas, em Colombo, no Paraná. Com menos colesterol circulante, despenca o risco de ataques cardíacos. O coração fica ainda mais protegido porque a semente cozida é uma fonte importante de potássio, mineral que faz os vasos relaxarem e, assim, ajuda a controlar a pressão arterial. Resultados parciais de um estudo da Embrapa, aliás, mostram que há diferenças entre o pinhão cru e o cozido diferenças com repercussão no aproveitamento dos seus nutrientes pelo organismo. Com a exposição ao fogo, o amido do alimento sofre reações que o tornam mais gelatinoso, estado que facilita o trânsito intestinal. Além disso, durante o cozimento, a semente absorve pigmentos da casca. Esses compostos que dão o tom acastanhado ou avermelhado são antioxidantes, isto é, minimizam os danos dos radicais livres às células, inclusive dentro dos vasos.
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As fibras melhoram o funcionamento do intestino, e o potássio resguarda o coração Apesar de calórico - são 160 calorias em uma porção de 100 gramas -, esse legítimo sulista é cheio de carboidratos complexos, sobretudo o amido resistente, que passa praticamente batido pelo processo de digestão. “Isso garante, entre outras coisas, a sensação de saciedade por mais tempo, o que evita abusos nas refeições seguintes”, explica a nutricionista Geisa Liandra de Andrade, também da Embrapa Florestas. Com atuação semelhante à das fibras no intestino grosso, esses carboidratos estimulam o equilíbrio da flora intestinal, garantindo uma maior proteção contra doenças inflamatórias e tumores. Quem precisa de uma energia extra também tem no pinhão um parceiro incondicional. “Isso porque a semente fornece uma boa quantidade de carboidratos com baixo índice glicêmico”, diz a engenheira agrônoma Rossana Bueno de Godoy, da Embrapa. O petisco se revela, portanto, uma ótima fonte de combustível, mas não dispara rápido os níveis de açúcar no sangue - uma tremenda vantagem para quem está acima do peso ou tem diabete, já que diminui o risco de picos de glicose e insulina. Em defesa do pinhão Alimento dos índios há milhares de anos, o pinhão faz parte da história e da cultura no sul do Brasil. Hoje, além de fonte de pesquisa, é causa de militância em prol da conservação das araucárias, da coleta sustentável da semente e da sua inclusão na gastronomia.
Nos últimos meses, em Curitiba, um grupo de professores realizou oficinas a fim de desenvolver receitas para um livro de culinária focado no pinhão. Os testes foram feitos no Laboratório de Técnica Dietética do Colégio Estadual Júlia Wanderley com a participação de alunos no preparo dos pratos. “O pinhão é um alimento de alto valor nutricional, mas pouco conhecido e divulgado no restante do país”, diz Maria de Fátima Negre, nutricionista envolvida no projeto. Entre as receitas típicas, estão o entrevero, um cozido de carnes, verduras e pinhão, e a paçoca salgada, em que a semente é moída e misturada a carne-seca. Há também a possibilidade de bolar pratos mais tradicionais com um toque, digamos, sulista: basta acrescentar o pinhão ao yakissoba, à quiche de alho-poró ou a sobremesas como o cheesecake com calda de morango. Lembre-se apenas de que essa versatilidade não autoriza a gulodice. Aproveite a temporada para degustar o pinhão sozinho ou em meio a outros pratos e fique com a saúde reforçada até a primavera chegar. Na cozinha O pinhão é um alimento neutro, que fixa o sabor de outros ingredientes mais intensos. Vai bem cozido em fogo lento ou assado na chapa do fogão a lenha. Em bolos e tortas, pode ser triturado para propiciar uma massa mais homogênea. Já em risotos, carnes, sopas e saladas, o conselho é servi-lo em lâminas ou em fatias. Fonte: saude.abril.com.br
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Artigo | Estética
Saiba mais sobre obesidade e dietas Dr. Cezar de Moura
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com nutrição adequada, pois a obesidade é a manifestação da má nutrição, se pensarmos em termos energético-molecular. Da mesma forma, não basta fazer exercícios localizados para reduzir gordura localizada, pois “gordura localizada” deve sim ser vista como alteração de volume local ocasionado não somente por deposição de gordura, mas sim por alterações do músculo, da vascularização sanguínea e linfática, da inflamação local crônica e da deposição de tecido fibrótico associado a gordura. Esta é a causa das barrigas que não reduzem com simples perdas de peso, da mesma forma que não irá reduzir com exercícios abdominais. Tanto é verdade que obesidade é uma doença do corpo como um todo, que o obeso figura no grupo de risco de uma gama enorme de outras doenças, entre elas: depressão, alergias, dores em geral, isquemias cerebrais e cardíacas, doenças autoimunes, etc. Ficam sempre aquelas questões: Remédios para emagrecer lhe fazem perder peso, mas peso de quê? Como fica sua saúde em geral emagrecendo com medicamentos? Você faz dieta hipocalórica e exercício, então porque não emagrece? Você perdeu peso e suas dores desapareceram? Qual o reflexo da perda de autoestima na obesidade, depressão, ansiedade e estresse? Todos estes, sabemos, favorecem a obesidade. Então, obesidade é causa ou consequência de doenças? Podemos considerar obesidade
um simples problema de excesso de peso? Todas estas questões devem ser respondidas por você que está em tratamento para obesidade, como forma de avaliar se o tratamento está lhe oferecendo um emagrecimento saudável. Assim, chega de pensar em obesidade como simples necessidade de perder peso, sem sabermos peso de que estamos perdendo! Você deve buscar sempre emagrecimento saudável, aquele que melhora sua qualidade de vida e de saúde, lhe gera aparência rejuvenescida, da mesma forma gera sensação de mais vitalidade, melhora auto estima, tudo, sem esquecer de melhorar as doenças possivelmente associadas a obesidade. Obesidade não é problema estético, é sim doença! Saiba também que existem aparelhos liberados pela Anvisa capazes de melhorar seu desenho corporal sem cortes e sem lhe afastar do trabalho, para mais informações busque um profissional de saúde médico, nutricionista, biomédico, fisioterapeuta, etc.
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besidade não deve ser encarada como um problema simples de ingesta excessiva de calorias e falta de exercícios, pois se tão simples fosse não estaríamos com essa epidemia de obesidade. Para algumas pessoas reduzir ingesta calórica e fazer exercícios pode sim ser o tratamento, mas isto não será suficiente para um percentual significativo da população mundial. Fato que podemos observar pelos números crescentes de obesidade. Da mesma forma, ganho de peso não pode ser visto apenas como um aumento do tecido adiposo, mas como uma alteração funcional do corpo como um todo. Esse processo quase sempre significa uma severa sobrecarga para todos os sistemas neuroimunoendócrino, digestivo, linfático, cardiocirculatório e para órgãos como fígado, intestino, pâncreas, rim, etc. Antes de pensarmos simplesmente em dieta hipocalórica, temos sim de nos preocupar com a qualidade desta dieta, pois todo o obeso tem redução da capacidade de queima calórica (déficit oxidativo), fato proporcionado pela intoxicação orgânica presente. Intoxicação esta relacionada com agrotóxicos, pesticidas, conservantes e
corantes alimentares, medicamentos, etc. Isto também está relacionado com alergias, doenças auto-imunes, desordens cardíaca, e toda gama de doenças que possamos imaginar. Por isto, antes de pensar em reduzir as calorias alimentares, temos de nos preocupar com a qualidade desta dieta, bem como em desintoxicar o organismo, para conseguirmos recuperar a capacidade de queimar gordura e reparar tecidos, funções estas também dependentes da capacidade dos tecidos de consumir o oxigênio ora ofertado. Nessa perspectiva, não seria somente a quantidade calórica que levaria à obesidade, mas a quantidade de alimentos oxidantes ingeridos, os quais induzem bloqueio oxidativo nos tecidos. A sobrecarga oxidativa vinda da ingestão de alimentos oxidados (industrializados), toxinas ambientais (pesticidas, agrotóxicos, aditivos químicos) e do processo alérgico/intolerância alimentar, geralmente delineiam o perfil da toxicidade orgânica na obesidade, bem como o orgão lesado ou o rótulo da doença associada a obesidade. A conjugação de todos esses fatores leva o organismo a um novo padrão funcional global, com manifestações claras de sobrecarga para o conjunto do organismo, refletido no grupo de sintomas e doenças associados a obesidade. Daí a necessidade de uma abordagem que vá além da simples restrição dietética, ou melhor, não se trata obesidade com restrição dietética, mas
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No inverno, dores no corpo aumentam
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om a chegada do frio, são comuns pessoas de idades mais avançadas se queixarem de dores nas articulações. A artrose, quadro que frequentemente acomete idosos, é uma grande vilã no período que compreende os meses mais frios do ano. Nesta época do ano, o que a maioria das pessoas sonha é ficar mais tempo na cama embaixo das cobertas, ou mesmo ficar encolhida próxima ao calor de uma lareira ou dos aquecedores. Mas com a queda de temperatura, pacientes que já sofrem com a artrose costumam ter as dores agravadas. “Há um aumento do número de atendimento a pacientes com dores nas articulações durante o inverno”, explica Flora Marcolino, médica do Núcleo de Reumatologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A artrose provoca crises de dor geralmente nos meses mais frios do ano ou então após muito esforço. A dor costuma se agravar porque no inverno as pessoas ficam mais encolhidas. “Esta afecção dolorosa das articulações ocorre por insuficiência da cartilagem, ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição dos seus principais elementos, associada a uma variedade de condições como sobrecarga mecânica (esforço sobre a articulação), alterações bioquímicas da cartilagem e membrana sinovial (comuns em algumas doenças reumáticas) e fatores genéticos”, aponta Marcolino. Um estudo recente sobre os
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A artrose é uma grande vilã da saúde dos idosos durante os dias mais frios mecanismos por meio dos quais a artrose se estabelece levaram a uma alteração no conceito da doença, diz a reumatologista. Antes, a artrose era considerada uma doença progressiva, de evolução arrastada, sem perspectivas de tratamento, encarada por muitos como natural do processo de envelhecimento. Hoje, no entanto, é vista como uma enfermidade em que é possível modificar o seu curso evolutivo, tanto em relação ao tratamento sintomático imediato, quanto ao seu prognóstico. Exercícios físicos Durante o inverno, devem-se realizar exercícios físicos principalmente com o objetivo de minimizar o desconforto provocado pelas dores articulares e melhorar a qualidade de vida. O ideal é manter a caminhada entre 20 e 30 minutos diários, mas alguns cuidados precisam ser tomados nos dias frios.
“Recomenda-se fazer exercícios de aquecimento antes de esforços maiores e sempre no final executar os alongamentos musculares. De preferência, os exercícios devem ser supervisionados por um profissional da área, já que é preciso desenvolver movimentos específicos, que não podem ser realizados em demasia ou mesmo em quantidade inferior ao necessário”, detalha Marcolino. A partir de dados coletados com os pacientes do hospital, os idosos contam que aprenderam a lidar com as dores nas articulações praticando exercícios matinais. Claro que para lidar com a artrose vale de tudo – de cirurgias a medicamentos –, mas não há nada que melhore o dia e amenize as dores como os exercícios matinais, entre eles os alongamentos. Fonte: oqueeutenho.com.br