Leia a edição 1274 desta sexta-feira (23) na íntegra

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Vale vai tirar rejeito de Camburi e sujeira pode vir para o município [6]

Comércio animado com venda de produtos para a páscoa [ 8]

FOTO:fábio barcelos

“O Brasil não tem mais espaço para viver uma aventura”

[.3]

Rifa é a saída para comunidade reformar quadra de escola pública [9]

tempo novo

l o j o rna mais da en t e u l nf e i cidad maior ado t d o es

Boicote de vereadores revolta partidos e eleitores SERRA (ES) | 23 a 30 de março de 2018 | Nº 1.274 - Ano XXXiV | Fundado em dezembro de 1984

FOTO:ADRIANO BARBOSA SEERRA F.C.

Morador faz abrigo e prefeitura diz que ficou fora do padrão [ 9]

FOTO:fábio barcelos

Agora é vencer ou vencer para o Serra seguir sonho do hexa “É a própria base que está boicotando o prefeito” [ 4]

Obra no antigo Riviera já tem cinco anos de abandono [10]

[11]

Parque vai ganhar espaço para cães com praça pet [ 10]

[5]


P2 | TN | SERRA (ES), 23 a 30 de março de 2018 | opinião

Mestre álvaro

O nó da gravata jornaltemponovo@gmail.com

A força do algoz

POR yuri scardini

De costas para o povo A história remonta a 2014, quando Neidia com sua ardente personalidade se insurgiu contra o Prefeito Audifax (Rede) e o então presidente, Guto Lorenzoni (PP), e se aliou a vereadores igualmente descontentes. Esse grupo peitou o prefeito. Resultado: Neidia se elegeu presidente numa chapa de oposição e assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2015. Influenciada pela eleição municipal de 2016, a Câmara se tornou um reflexo da disputa política entre Audifax e o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT). A então presidente Neidia, aliada de Vidigal, impôs grande dificuldade à Audifax. Transcorrido a eleição em novembro de 2016, Audifax se reelegeu e decidiu tomar a Câmara pra si. Para isso, teria que montar uma coalizão de vereadores capaz de fazer frente ao grupo de parlamentares de oposição. Neidia estava nesse grupo. Porém, em 1º de dezembro de 2017, encantada pelo poder, Neidia trairia o grupo, se elegendo presidente na chapa da base aliada do prefeito. A situação interna da Câmara se agravou e foi tomando contornos insustentáveis. Foi então que uma onda de denuncismos tomou conta dos vereadores, promovendo uma guerra na Justiça. Até que em julho de 2017, Neidia cairia pela primeira vez, fruto de um processo que questionou sua reeleição a presidente. E 16 vereadores descontentes

com ela, a contragosto do prefeito, elegeram rapidamente o vereador Rodrigo Caldeira para presidência. Audifax, que é reconhecido por não aceitar insurgência, retaliou. Assumindo sua primeira negativa pública contra Caldeira. E na outra ponta, Neidia sob liminar, retornou ao comando da Casa. Agigantou-se a crise interna, e um grupo de vereadores antes da base, se aliou nos bastidores com a isolada oposição. Caldeira estava nesse grupo. Foi quando na semana passada, um duplo golpe judicial esmagou Neidia. A Justiça determinou seu afastamento por improbidade administrativa, e dois dias depois, um desembargador validaria a eleição de Rodrigo Caldeira. E novamente, uma Mesa Diretora desgostosa com Audifax volta a assumir o controle da Casa. Virão novos capítulos dessa perversa odisseia, mas que um fio de sensatez tome conta dos vereadores e resgatem a Câmara desse afogamento de instabilidade política e jurídica. A Câmara precisa com urgência encontrar seu rumo. É uma obrigação dos 23 vereadores que foram escolhidos para representar mais de 500 mil pessoas. Tais parlamentares se tornaram protagonistas de um processo político irresponsável e que fez a Câmara virar as costas para o povo, se resumindo a debater apenas para si mesmo.

por eci scardini

Outro sufoco do prefeito Está certo que o jogo está no início, mas já dá para perceber que o candidato do prefeito Audifax Barcelos (Rede) para a Câmara Federal, Guto Lorenzoni, terá dificuldades para decolar. Nessa altura do campeonato, Guto já era para estar badalado, pois ele não tem o mesmo recall que outros postulantes ao mesmo cargo têm que dá a eles a prerrogativa de retardar a pré-campanha. Guto tem boa desenvoltura, mas falta a ele liga; falta o povo olhar para ele, gostar dele, abraçá-lo e carregá-lo. Ele não inspira esse sentimento e esse querer nas pessoas e falta muito pouco tempo para ele adquirir essas manhas; mesmo com toda a orientação da marqueteira Jane Mary, que provavelmente será quem irá desenvolver a campanha dele. Caso o prefeito Audifax consiga os empréstimos plei-

tempo novo www.portaltemponovo.com.br Edição finalizada em 22 de março de 2018, às 18h

teados junto a Caixa Econômica Federal, pode ser que com a pulverização de obras na cidade, o povo reconheça e abrace Guto, mesmo assim, resta saber se será o suficiente para dar a ele a votação necessária para alcançar a vitória. Outra questão é que a Rede, até o momento, não conseguiu evoluir em filiações partidárias e terá que contar com coligações de partidos mais fortes ou tentar juntar um monte de candidatos de baixa votação para ver se consegue fazer legenda. A saída certa para Audifax seria apostar em Bruno Lamas, levando-o para o Rede, mas seria um nome que o prefeito não poderia chamar de ‘seu’, uma vez que Bruno tem um brilho próprio de proporção bastante considerável.

Segundo fontes internas do PPS, o prefeito Audifax Barcelos (Rede), teria tentando interferir nos bastidores para inviabilizar a filiação do ex-vereador Gideão Svensson. Segundo consta, o prefeito teria feito um movimento junto à secretária de Vitória e braço direito do prefeito Luciano Rezende, Lenise Loureiro, e também a Fabricio Gandini, presidente estadual do PPS. Porém, o próprio Luciano teria dado ordens para filiar Gideão, mesmo a contragosto de Audifax. Quando foi vereador, entre 2013 e 2016, Gideão foi uma das células de oposição mais “peçonhentas” ao prefeito, inclusive, Audifax chegou a processar o vereador. Mesmo sem mandato, Gideão segue azucrinando a gestão Audifax, com denúncias graves via Facebook e batendo carteirinha no Ministério Público. Que isso meu líder? I

Quem tem o vereador Luiz Carlos Moreira (MDB) como líder do prefeito, não precisa de oposição. Isso porque Moreira vem fazendo dúbios movimentos e às vezes, na contramão do prefeito Audifax. No último sábado (17), Moreira foi presença vip na convenção municipal do PDT, que contou com a participação do deputado federal Sérgio Vidigal e do Secretário de Estado, Vandinho Leite (PSDB). Em resumo, foi uma chuva de críticas à gestão do prefeito.

Que isso meu líder? II

Já Moreira, não embasou as críticas, mas não perdeu tempo em rasgar elogios a Vidigal. Moreira disse que o ex-prefeito é o “pai do Hospital Materno Infantil”, obra pela qual Audifax vende como sua e disse também, se dirigindo a Vidigal: “para mim, te chamar de amigo é porque você entrou no meu coração”. Moreira que foi

ovacionado pela militância do PDT ainda completou que teria “um outro prefeito (numa referência clara à Audifax) aí que está trabalhando, mas não podemos negar que tudo isso começou com Sérgio”.

“Vou festejar o seu penar”

Após o afastamento de Neidia, duas pessoas em especiais vêm comemorando muito. Trata-se de Elias Souza e ‘Seu Danado’. Ambos promoveram uma batalha barulhenta contra a ex-presidente. Em todas as sessões nos últimos meses, os dois bateram ponto na galeria da Câmara e/ou em cima de um trio elétrico, sempre estacionado em frente à Casa de Leis. Além disso, chegaram a colar cartazes com palavras de ordem em frente ao Tribunal de Justiça, onde correm alguns processos contra Neidia. Agora a dupla cobra o corte dos pontos dos vereadores que têm boicotado as sessões e promete novas ações contra outros políticos.

“Macacos”, “bandidos”, “pretos”

No último domingo (18) o Serra FC foi a Venda Nova do Imigrante enfrentar o Rio Branco VN, pelas semifinais do campeonato capixaba. O Serra perdeu por 1 a 0, mas nem foi isso que mais chateou a turma tricolor serrano. Lá nas montanhas, torcedores do Serra registraram um show de ofensas, racismos e preconceito. Palavras como “macacos”, “bandidos”, “pretos” foram largamente usadas pela torcida do time de Venda Nova, contra torcedores do Serra. Inclusive um episódio lamentável ocorreu com o presidente do Serra, ao tentar apartar uma confusão entre torcedores, João Batista Piol tomou gás de pimenta diretamente no rosto e teve que ser acudido por colegas. A Federação de Futebol Capixaba, nem se quer se pronunciou sobre o caso.

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| SERRA (ES), 23 a 30 de março de 2018 | TN | P3

entrevista |

paulo hartung | Governador do Estado do Espírito Santo

“Os recursos que o Audifax pediu estão garantidos” eci scardini

Fotos: Fred Loureiro/ Secom-ES

U

m projeto de centro esquerda para o Brasil, capaz de mostrar ao povo e aos mais pobres que será bom para eles. Para o govenador Paulo Hartung (MDB) esse é um desafio para as eleições deste ano, que “vai ser uma corridinha de 100 metros”. Nessa entrevista ao Tempo Novo, durante um visita à Serra, na última quarta-feira (21), Hartung comentou que segue avaliando todas possibilidades para seu futuro político e que não acredita numa candidatura presidencial de Michel Temer (MDB). Sobre os investimentos do Estado na Serra, o governador afirmou que só aguarda as questões burocráticas para compra de equipamentos do Hospital Materno Infantil e para recuperar a ES-010, em Jacaraípe.

[TN] O senhor já definiu se disputa a reeleição ou abre mão do Governo em prol de um projeto nacional? [paulo hartung] Estamos conver-

sando tudo. Num quadro complexo como este que estamos vivendo no país, crise econômica, crise social gravíssima, uma crise ética ‘de lascar o cano’, quer dizer, temos que ter muita cautela, muita tranquilidade. Outro dia brinquei que temos que ter como diria Paulinho da Viola, nervos de aço. Vamos usar esse tempo todo na conversa e aí, quando chegar lá pelo dia seis ou sete agente toma a decisão. O senhor se vê fora do MDB ou se mantém na sigla? O quadro partidário está todo muito ruim, a crise política jogou a estrutura partidária no chão como um todo. Precisa refundar a estrutura partidária no nosso país, isso não vai acontecer agora. Nós vamos ter que participar do processo eleitoral de 2018 com essa estrutura ruim que nós temos. Então assim, se eu puder não mudar de partido e deixar pra quando, lá na frente, tiver uma reestruturação partidária, com número menor de partidos, com os partidos correspondendo a visões programáticas do nosso país, aí acho que talvez fosse uma hora melhor de fazer uma mudança partidária.

Tem algum projeto nacional que o senhor acredita que possa oferecer uma perspectiva melhor para o Brasil, como por exemplo, o empresário Flávio Rocha, da Riachuelo. Seria um projeto novo?

Hartung diz que não acredita que o presidente Michel Temer será o candidato do partido na eleição presidencial de 2018

Eu gosto dele; já participei de duas reuniões junto com ele, que ele debateu questões do Brasil. Eu gosto pessoalmente do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin é uma pessoa que eu convivo bem. Gosto também do ministro Meirelles, acho que ele deu uma arrumada na política econômica do nosso país. Tenho, inclusive, uma boa relação com Ciro Gomes (PDT) porque nós tivemos militância partidária juntos. O que nós precisamos olhar acima de tudo, são projetos para o Brasil. O Brasil não tem mais espaço para viver uma aventura.

“ O povo está pensando hoje é como arranjar emprego ”

Em sua opinião, quais seriam esses projetos? A gente ficar aí testando coisas que já deram errado em tudo quanto é parte do mundo e da América Latina. Precisamos acertar o passo agora, e pegar um programa que modernize o país, que dê competitividade e esperança ao povo, aos pobres do nosso país. As famílias pobres têm que olhar o candidato, o programa, e sentir confiança de que com aquele nome e com

aquelas ideias a vida delas vai melhorar, vai ter perspectivas para os filhos e assim por diante. Esse é o desafio. O importante é reorganizar o centro político do país, que é o pensamento de centro-esquerda, onde eu me encontro. O pessoal que entendeu a mudança do mundo, e os liberais-reformistas, que são aqueles que viram que a economia precisa de reformas profundas, precisa de competitividade, de produtividade e assim por diante. Caso o senhor permaneça no MDB, o presidente Michel Temer se lançando candidato a reeleição, o senhor garante palanque para ele no ES? Dificilmente o MDB terá candidato a presidente. Porque é um partido muito heterogêneo. Um partido muito diferente a formação dele no Rio Grande do Sul com a formação dele lá no Alagoas, por exemplo. São interesses diversos. Acho que quando a turma de Brasília admite uma candidatura presidencial é mais para manter o governo atual funcionando, para

ele não enfraquecer antes da hora nas suas ações. Eu acho que o importante agora é a gente preparar esse centro da política brasileira, que eu descrevi anteriormente e produzir não só um nome, mas um conjunto de ideias e ter a capacidade de conversar sobre elas com as famílias brasileiras, principalmente conversar com os pobres, para entenderem que o projeto é bom pra eles. É possível traçar um quadro de candidaturas a governador aqui no Estado? Acho que não. Está tudo muito cedo. Eu acho que as boas decisões, as sábias decisões vão ser tomadas na segunda quinzena de julho, até porque o eleitor também, com esse desânimo todo que está no Brasil, vai demorar a ‘pegar no tranco’ sob esse assunto eleitoral. Esse assunto eleitoral está na cabeça dos políticos, está na cabeça dos jornalistas, que têm que cobrir a política, não tem outro jeito, mas não está na cabeça do povo. O que o povo está pensando hoje é como arranjar emprego para o filho que está desempregado, e a família perdeu a renda. Se vai ter um atendimento de saúde na hora que precisa, se o filho está conseguindo aprender na escola e assim por diante. Então, a pauta política vai entrar muito tarde esse ano no Brasil, vai ser uma corridinha de 100 metros e ai vai ter o voto. Em relação aos recursos que o senhor anunciou para a Serra recentemente, quando esses investimentos chegarão ao município? Agora só depende das questões burocráticas, do Hospital Materno Infantil eu já mandei preparar o projeto, porque a Serra já mandou o custo de que precisa de equipamentos. Então estão garantidos esses recursos para a compra dos equipamentos. A questão do trecho da ES 010, nós estamos fazendo o projeto de recuperação e vamos entregar o projeto à prefeitura e o dinheiro para a prefeitura licitar e fazer, porque aquilo ali virou uma via urbana, uma via municipal. Não é mais uma estrada estadual. Jacaraípe virou praticamente uma grande cidade dentro do ES, maior do que a maioria das cidades capixabas. Então vamos entregar para a própria prefeitura executar. Os recursos que o Audifax (Rede) pediu estão garantidos e a gente pode colaborar com a administração da Serra.


P4 | TN | SERRA (ES), 23 a 30 de março de 2018 |

Política

“Tem que parar a picuinha entre um vereador e outro” yuri scardini

FOTO: arquivo tn/fábio barcelos

N

a última semana, a Câmara da Serra foi sacudida por duas determinações judiciais que resultaram em mudanças na direção da Casa. O vice-presidente Rodrigo Caldeira (Rede) assumiu a Presidência, após o afastamento da vereadora Neidia Maura (PSD). Nessa entrevista, Caldeira avalia o boicote de vereadores às sessões e diz que tem como missões harmonizar um Legislativo dividido e preparar o terreno para as eleições internas da Casa, quando serão escolhidos novos membros da Mesa, para o biênio 2019/2020, e comissões permanentes. Confira: [TN] Como será o relacionamento da Câmara com o prefeito Audifax Barcelos (Rede)?

RODRIGO Caldeira defende harmonização entre os vereadores da Câmara da Serra

[rodrigo caldeira] M inha rela-

ção com o prefeito acredito que vai ser a melhor possível, não tenho problemas com o prefeito. Sou do partido dele, sou da base e acredito que a relação Câmara e Executivo vai ter muita tranquilidade, muita transparência um com o outro, parceria. O que for projeto de importância para a cidade e crescimento do município nós vamos, com certeza, tratar com muito carinho. Não temos por que travar nada, não temos por que não ter uma relação boa. Na parte administrativa da Câmara, o senhor já exonerou algumas pessoas. Quais serão os próximos atos, haverá auditoria interna, por exemplo? Não exonerei grande número, apenas o administrativo, até para tomar ciência, acho que qualquer um faria o mesmo, e fui obrigado a exonerar o gabinete da ex-vereadora Neidia, porque senão pode se tornar um ato de improbidade administrativa contra mim no futuro, porque se ela foi afastada, não pode ter um gabinete. Foi o que a Justiça determinou e eu tenho que fazer. Quanto à auditoria, estamos montando a equipe, conversando e vamos tomar decisões mais à frente. Ainda não está decidido o que faremos. Temos visto um de boicote às sessões, com vereadores saindo do plenário sem votar projetos. A quem o senhor credita esse movimento? Quanto ao abandono de Plenário, com toda sinceridade não sei falar o que estão pensando, qual é a estratégia deles. Sei dizer que é muito triste, sabendo que temos projetos impor-

tantes, a cidade vem sofrendo tanto, e eles dizem ser base do prefeito, mas estão abandonando as sessões. É incompreensível, já que estamos com uma pauta de 11 projetos do Executivo, é a própria base que está boicotando o prefeito. Não estou entendendo esse jogo, mas acredito que são vereadores que têm compromisso, responsabilidade com o município, com seus eleitores, acredito que vão colocar a mão na consciência e, daqui pra frente, vão pensar em ficar e votar os projetos. O curioso é que dos 14 que estão fazendo esse movimento, dez votaram em mim para que eu fosse presidente e hoje estão abandonando. Quais medidas o senhor pretende adotar? Quanto ao corte de salário, na quarta-feira passada (dia 14) eles não estiveram presentes. Pois saíram em comboio sem nem registrar presença, então vai ser cortado os salários deles. Se tiver uma justificativa, ok, estamos aqui para acatar. Mas vamos cumprir a Lei. Nesta segunda-feira agora (19) e quarta (21), registraram presença e saíram. Não está previsto corte, mas se alguém se sentir lesado, a Justiça está aí, acredito que estão vendo toda a movimentação. Se a Justiça achar que deve descontar, com certeza assim o farei. Temos aqui vereadores que são pré-candidatos a deputado abandonando sessão, daqui a pouco vai estar na rua pedindo voto. Será que vai ter coragem de encarar o povo? Existe a possibilidade de antecipar a eleição da Mesa? Não tem. A gente ouviu burburi-

nhos de que havia a intenção de alguns vereadores de antecipar a eleição. Mas para isso nós temos que fazer mudanças no Regimento Interno da Casa, e não foi mudado nada. Vamos cumprir o que está no Regimento, que se não me engano é dois de junho, ou 31 de dezembro, não sei dizer qual é a data certa, não me preocupei ainda com isso. Hoje meu pensamento é apaziguar a Casa, conversar com os vereadores, tocar os projetos importantes para a cidade, voltar a discutir a cidade. A Câmara da Serra já vem enfrentando há alguns anos uma instabilidade política e jurídica grande. Como o senhor avalia isso aos olhos da população e como pretende tocar os trabalhos? De uns tempos para cá, infelizmente estamos tendo uma situação de denuncismo terrível. Toda hora vão ao Ministério Público sem qualquer fundamento, denunciar esse ou aquele vereador. Isso é muito triste e irresponsável, pois daqui a pouco seu nome está no site do MP dizendo que você está sendo denunciado, e a população não separa mais as coisas, e joga seu nome na vala. Têm que ter responsabilidade e tem que parar a picuinha entre um vereador e outro, parece que existem dois grupos, parece Flamengo e Vasco. Não tem isso. Aqui dentro são 23 trabalhando para mais de 500 mil habitantes. Então daqui pra frente a minha ideia é essa; harmonizar a Casa e conversar com todos. É tocar com transparência, mostrar um choque de gestão na Casa. A ideia é essa.

Suplente quer assumir vaga de Neidia na Câmara Pode tomar posse na Câmara da Serra nos próximos dias na Câmara da Serra o primeiro suplente de vereador pela coligação (PSD/PSL) Fábio Rosa, o Fabão da Habitação. A mudança nas cadeiras do Legislativo é resultado do afastamento da vereadora Neidia Maura (PSD), após uma determinação judicial. Fabão obteve 1.885 votos nas eleições proporcionais de 2016. Ele é morador de Serra Dourada. Fábio informou que já protocolou na Câmara o requerimento para assumir a vaga e que aguarda a data para assumir as atividades na Casa. Mas não quis comentar o afastamento da titular da vaga. “Vou aguardar a decisão final da Justiça antes de me pronunciar”, revelou. Procurado pela reportagem, o presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira (Rede), confirmou o pedido de Fábio Rosa, mas disse que ainda não tem data para a posse. “Ele fez o pedido, que está na Procuradoria, sob análise”, resumiu Caldeira. Desde o ano passado, Fabão es-

tava lotado no gabinete do deputado estadual Bruno Lamas (PSB), e em 2016, quando foi candidato a vereador, apoiou o então candidato derrotado Sérgio Vidigal (PDT). Nos bastidores, entende-se que Fabão deve compor com o grupo que assumiu o comando da Mesa Diretora após o afastamento de Neidia. FOTO: DIVULGAÇÃO

Fabão aguarda parecer da Procuradoria da Casa para tomar posse

OPINIÃO DO LEITOR HELIO MALDONADO| heliomaldonado@hotmail.com

Fake news e seus danos ao processo eleitoral Há uma semana a Polícia Federal deflagrou a operação “Voto Livre”, executando mandado de busca e apreensão tanto na Secretaria Estadual de Esportes como na residência do responsável pelo site “Portal Capixabão”, haja vista a divulgação de pesquisa eleitoral com conteúdo de informação ideologicamente falso por parte do servidor estadual Evandro Figueiredo, que indicava a preleção dos anunciados candidatos Paulo Hartung e Amaro Neto. É consabido que a propaganda eleitoral é o instrumento hábil à captação do voto do eleitor. Porque a legislação eleitoral procedimentaliza o exercício dos direitos políticos, os restringindo ao mesmo tempo, a propaganda eleitoral é normativamente regulada em detalhes. Esse controle da propaganda era originariamente realizado com sucesso, pois a mesma era primordialmente realizada nos meios de comunicação de massa da televisão e do rádio. Contudo, com o evoluir tecnológico, aliado as condições de mudança do processo eleitoral que determinaram a proibição do financiamento das campanhas pelas empresas e

diminuíram o tempo da disputa pela metade, a propaganda eleitoral através das mídias sociais ganhou o protagonismo nesse ambiente. Ocorre que, como é natural, o direito não acompanha a rápida transformação da realidade política, sendo que nas Eleições de 2016 a Justiça Eleitoral, que atua segundo o ordenamento jurídico, ficou impossibilitada de realizar o controle externo da propaganda nas mídias sociais com eficiência (pois faltoulhe a reação da sanção), imperando então um livre ambiente de propagação de propaganda falsa e/ou ofensiva da honra alheia, por meio do What’sApp e/ou Facebook. Foi assim que principalmente ocorreu no pleito polarizado da Serra, na disputa entre Audifax e Vidigal. A ação da Polícia Federal, órgão que serve à Justiça Eleitoral, traz de volta essa para a centralidade do controle da propaganda eleitoral. Até as pedras sabem que a propaganda é “a alma do negócio”. Somente um ambiente almejado de propagação de idéias verídicas e não ofensivas é que permitirá verdadeiramente a prática do “Voto Livre”.


Boicote de vereadores revolta partidos e sociedade conceição nascimento yuri scardini

P

residentes de partidos prometem apertar o cerco contra vereadores que, insatisfeitos com o afastamento da vereadora Neidia Maura (PSD), estão boicotando as sessões da Câmara da Serra, impedindo as votações de projetos, indicações, requerimentos e outros. Moradores também estão mobilizados. Com a movimentação, a pauta do Legislativo está trancada desde o dia 14 de março. Já se contabilizam 4 sessões esvaziadas, sendo três regimentais e uma extraordinária. O impasse foi gerado após a determinação da Justiça pelo afastamento de Neidia e posterior validação de Rodrigo Caldeira (Rede) como presidente da Casa. A eleição de Caldeira aconteceu em julho, durante outro afastamento da então presidente. Para garantir o registro de presença, os vereadores têm participado da abertura das sessões, assinando a folha de ponto e ausentando-se antes da abertura das votações. Dirigentes reagem Segundo o presidente do PDT na

Serra, Alessandro Comper, o partido vai cobrar fidelidade e respeito dos seus representantes na Câmara, já que a sigla compõe a oposição ao prefeito. “Os vereadores vão ter que ter, além da fidelidade o respeito ao partido, e aos pedetistas que e os ajudaram a colocá-los lá. Não concordamos com esse boicote as sessões”, disse. Para o presidente do PV, Luiz Carlos Bezerra, os vereadores “não são pagos para bater o ponto e ir embora”. Disse ainda que o partido vai se reunir para “tomar uma posição da Executiva”. Presidente do PSC, o vereador Pastor Ailton lamentou que a colega de partido, Quélcia, esteja participando do boicote. “Vamos orientar a vereadora que este não é o melhor caminho, o PSC não comunga dessa ideia”, pontuou. O presidente do PSB, o ex-vereador Marcos Tongo disse que iria conversar com o vereador Cabo Porto. “Se for boicote, o partido vai ter que se posicionar”. Já o deputado estadual Bruno Lamas (PSB), disse que a orientação do PSB é para que os vereadores voltem a ter produção legislativa. “A disputa interna não pode influenciar na rotina

regimental da Câmara”. Apesar do boicote ocorrer contra Rodrigo Caldeira, que é da Rede, o porta-voz do partido André Toscano disse que o esvaziamento “faz parte da democracia”. não aderiram ao boicote: Participaram das sessões, que foram derrubadas por falta de quórum: Pastor Ailton (PSC), Aécio Leite (PT), Rodrigo Caldeira (Rede), Nacib Haddad (PDT), Luiz Carlos Moreira (PMDB), Roberto Catirica (PHS), Stefano Andrade (PHS) e Geraldinho Feu Rosa (PSB). aderiram ao boicote: Adilson de Novo Porto Canoa (PSL), Adriano Galinhão e Miguel da Policlínica (ambos PTC), Alexandre Xambinho e Ericson Duarte (ambos Rede), Fábio Duarte e Geraldinho PC (ambos PDT), Basílio da Saúde (Pros), Cabo Porto (PSB), Cleusa Paixão (PMN), Quélcia Fraga (PSC), Gilmar Dadalto Raposão (PSDB), Robinho Gari (PV) e Wellington Alemão (DEM).

política | SERRA (ES), 23 a 30 de março de 2018 | TN | P5 FOTO: GABRIEL ALMEIDA

O GRUPO Monitora Serra promoveu um abraço simbólico na Câmara da Serra

Morador se mobiliza contra rombo nos cofres públicos Um rombo de R$ 24 mil aos cofres públicos. Este é o saldo das três sessões da Câmara da Serra, após o movimento de esvaziamento proposto por um grupo de 14 vereadores. Somados a remuneração das três sessões boicotadas pelo número dos vereadores faltosos, dá um montante de quase R$ 24 mil em recursos públicos. Isso porque cada parlamentar recebe R$ 565 por sessão. Em função desse esvaziamento, um abaixo-assinado online está circulando pela web. Até o fechamento dessa edição, por volta das 19h17, já se contabilizava 433 assinaturas. O objetivo é cortar o ponto dos faltosos. A meta é que sejam coleta-

das 500 assinaturas para que o documento seja encaminhado à 13ª Promotoria Cível da Serra. O abaixo-assinado é de responsabilidade do grupo Fiscaliza Serra. Já o grupo Monitora Serra promoveu, na última segunda-feira (19) um abraço simbólico à Câmara da Serra, com o objetivo de cobrar transparência na Casa. Um dos organizadores do ‘abraço’, Thiago Carreiro, disse que “atitudes como a que os 14 vereadores estão tomando em detrimento do interesse, deixam claro que os R$ 35 milhões que saem do bolso do cidadão para a Câmara é um dinheiro gasto em um circo pra não dizer que está indo pro lixo”, disse.


P6 | TN | SERRA (ES), 23 a 30 de março de 2018 |

Meio Ambiente

Serra pode ser destino do minério das areias da praia de Camburi FOTO: ARQUIVO TN/BRUNO LYRA

bruno lyra / eci scardini

E

nquanto Vitória vai ganhar da Vale um parque urbano na Praia de Camburi, a Serra pode ficar com o pó de minério misturado com areia e sal que serão extraídos da região. As ações fazem parte de uma do Termo de Compromisso Ambiental (TCA), assinado Vale para reduzir os passivos ambientais gerados pela empresa em Camburi. Nem a empresa nem o Instituto Estadual de Meio Ambiente – que está licenciando a remoção do minério que cobre a areia da praia – admitem que o resíduo virá para a Serra. Dizem que o destino ainda não foi definido. Porém, Tempo Novo apurou que o resíduo poderá ir para um aterro aos pés da Área de Proteção Ambiental (APA) do Mestre Álvaro, entre Pitanga e Nova Carapina. O assunto já circula entre membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente e até o subsecretário de Meio Ambiente da Serra, Ronaldo Freire, confirmou que a cidade será o destino. O fato é que no local citado há dois aterros licenciados, um da empresa Manancial e outro da Marca Ambiental, sendo que o segundo recebeu parecer favorável do Iema no último dia 31 de outubro. Há ainda uma terceira área na região, uma pedreira abandonada, que também poderia ser destino do resíduo. Mas que ainda prescinde de licença para tal. O representante da Marca Ambiental, Harley Ribeiro, disse que não será na área recém licenciada da empresa. Questionado se o resíduo não poderia ir para o aterro vizinho, o da Manancial – que já foi parceira da Marca – afirmou que “pode ser, mas não sei”. A reportagem ligou para o respon-

parte da praia de Camburi vizinha a Vale tem as areias cobertas de minério: empresa fez acordo para a retirada da sujeira que poderá vir para a Serra

sável pela Manancial, Júlio Prezotti, que não atendeu nem retornou a ligação. Questionada sobre o impacto no solo e nos lençóis freáticos da região, que alimentam tanto os alagados do Mestre Álvaro quanto nascentes da lagoa Jacuném, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente se resumiu a informar que não participou do licenciamento e que este é de responsabilidade do Iema. O Iema, por sua vez, informou que o projeto da retirada ainda está em análise e que a Vale não definiu o destino do resíduo, mas que este deverá ser depositado em local licenciado na Grande Vitória. No entanto o órgão revelou que serão retirados 36 mil m3 de resíduos da areia de Camburi. Segundo o Iema, serão 1.188 viagens de caçamba longa com capacidade de 30 m3 cada. Como serão 5 viagens por dia, o translado deve durar mais de 7 meses. A assessoria de imprensa da Vale, disse que a empresa não passará deta-

lhes sobre a remoção enquanto estiver sob análise dos órgãos ambientais. O TCA foi assinado no 1º semestre do ano passado pela Vale junto aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, com participação do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e Prefeitura de Vitória. Prevê a retirada do minério na parte emersa da praia (o minério no fundo do mar não será removido), a instalação de uma área de preservação em Camburi, além de um parque urbano. Tudo custado pela Vale. A obra do parque urbano, que tem até enquete para o morador de Vitória dar o nome, começa no próximo dia 12 de abril com inauguração prevista até o final do ano. Já a retirada do minério e a implantação da área de preservação ainda não tem data prevista. A Serra não participou do TCA e nem do licenciamento para a deposição do minério que poderá vir com areia e sal da praia.

Audiência para cobrar despoluição das águas Renato Ribeiro

No próximo dia 09 de abril haverá audiência pública para discutir a poluição dos rios e lagoas da cidade, além da qualidade do líquido que chega às torneiras. A iniciativa é da Federação das Associações de Moradores da Serra (FAMS). O evento está marcado para às 19h na sede do centro comunitário de Laranjeiras e é desdobramento do protesto feito por moradores de Manguinhos, Jacaraípe e Feu Rosa contra a poluição dos córregos e praias desses bairros, ocorrido no último dia 24 de fevereiro. Da Assembleia Municipal do Orçamento (AMO) e morador de Manguinhos, Guilherme Lima, é um dos proponentes da Audiência. Segundo ele foram convidadas a Cesan e a Serra Ambiental. A primeira é responsável pelo abastecimento de água. A segunda, junto com a Cesan, é responsável pela gestão do esgoto através de Parceria Público -Privada (PPP) desde 2015.

“Vamos questionar o porquê do calculo da taxa de esgoto ser tão alta. E pedir soluções concretas para despoluição dos rios, lagoas e praias”, pontua. A situação das águas da cidade também preocupa e mobiliza lideranças de outras regiões. Para a ativista do Movimento Ambiental da Serra e moradora de Novo Porto Canoa, Luciana Castorino, o município está atrasado quanto a preservação ambiental e é preciso ampliar o saneamento. De Barcelona, Luciano Flores lamenta a situação da Lagoa Jacuném e das nascentes do município. Ativista da Ong Amigos do Mestre Álvaro, Júnior Nass, afirma que falta mais fiscalização dos órgãos ambientais. “Não vejo a prefeitura realizar mensalmente análises das nascentes e lagoas, como está previsto em lei. Temos também problemas com as nascentes do Mestre Álvaro, que recebem esgoto sem tratamento em Pitanga e Serra-Sede”, denuncia.

Indústria química recebe licença ambiental na Serra O grupo italiano Geofin, que vai instalar uma fábrica de resinas em Calogi, às margens da BR 101, perto do posto Polícia Rodoviária Federal, recebeu nesta quinta-feira (22) a Licença Prévia (LP) emitida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). Agora falta apenas receber a Licença de Instalação (LI) para iniciar as obras. Mas ainda não há previsão da emissão da LI, pois, segundo a asses-

soria de imprensa da prefeitura, ela ainda não foi requerida pelos empreendedores. O investimento inicial será de R$ 20 milhões, mas chegará a R$50 milhões e após a instalação da fábrica, serão gerados 60 empregos diretos. A resina será destinada a indústria de tintas, automobilística, rocha ornamental, naval, calçadista, eletroeletrônica, construção civil e energia eólica.


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Economia

FOTO: FÁBIO BARCELOS

Admilson e Priscila do supermercado Falqueto, em Barcelona, comércio preparado para as vendas na Páscoa

Semana Santa aquece venda de peixes e produtos da Páscoa

Comércio espera crescimento de 6% em relação a 2017, venda de peixes chega a ser 80% maior do que em outras épocas do ano clarice Poltronieri

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chegada da Páscoa aquece o comércio de varejo, especialmente em supermercados, restaurantes e peixarias, por conta da tradição dos ovos de chocolate e da produção da torta capixaba. Em alguns setores o crescimento nas vendas chega a 80% em relação a outras épocas do ano. Segundo a Federação do Comércio de Bens e Serviços do Espírito Santo (Fecomércio), as vendas devem aumentar em 6% em relação ao mesmo período de 2017, especialmente nos supermercados. A entidade pontua que a inflação deste período está mais baixa que no ano anterior e que o ambiente está mais favorável para compras. Um dos principais itens vendidos na época é o ovo de chocolate, que este ano está entre 3% e 4% mais caro, segundo a assessoria de imprensa da

Fecomércio. Já as barras e caixas de bombom tiveram queda no preço de 4%, aponta a entidade. O sócio proprietário do Supermercado Falqueto, Roberto Milanez, também conhecido como Beto Falqueto, aposta numa Páscoa mais próspera para o varejo este ano. “A expectativa de aumento é de 6% nas vendas em relação ao ano passado e já é um sinal de recuperação da economia. Os produtos que mais saem são bacalhau, ovo de Páscoa, azeite, palmito, azeitona. Os ovos tiveram um pequeno aumento no preço. Já os produtos para torta estão com a média de preço do ano passado e alguns até mais baratos”, aponta. Nas peixarias, esta é a melhor época de vendas do ano e o crescimento chega a 80%. O revendedor de mariscos e frutos do mar, Tássio Roldão, de Jacaraípe, tem aumento de até 40%. “Trabalhamos com mariscos e frutos do mar, inclusive desfiados de siri,

aratu e caranguejo, muito usados na torta. Nessa época aumenta de 30 a 40%. O brasileiro consome pouco peixe, mas nessa época aumenta muito”, destaca. O presidente da Federação Estadual das Associações de Pescadores do Espírito Santo, Manoel Bueno – ou Nego da Pesca, diz que a procura chega a ser 80% maior que nas demais datas do ano. “O aumento maior deve ser na próxima semana, quando as vendas crescem 80%. Além da torta, as pessoas fazem muita moqueca. Esperamos melhora em relação aos anos anteriores, mas há preocupação ainda com o crime da Samarco. As pessoas não sabem se de fato têm uma alimentação de qualidade. Ainda tem uma área de proibição no estado e o peixe não fica restrito àquela área, por isso continuamos atuando no Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional”, lembra.

Sobretaxa do aço ameaça milhares de empregos na Serra A suspensão da sobretaxa de 25% para importação de aço no EUA enquanto o Governo Trump negocia com o Brasil, alivia a economia do Estado e da Serra, que podem sofrer forte impacto caso o aumento seja efetivado. E um dos principais temores é a perda de empregos. Isto porque afeta diretamente as duas maiores empresas que atuam no Estado, a ArcelorMittal Tubarão e Vale, além de toda cadeia produtiva associada a elas. Os EUA compram 40% de placas de aço e 10% bobinas da Arcelor. E o minério usado para a fabricação é fornecido pela Vale. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos no Estado do Espírito Santo (Sindimetal), Max Célio de Carvalho, só a ArcelorMittal Tubarão e Vale geram quase 15 mil empregos no estado, parte deles na Serra, já que parte das gigantes está instalada no município, bem como suas fornecedores, espalhadas nos polos industriais da cidade. “Só na Arcelor são cerca de 7,5 mil trabalhadores e mais 8 mil na Vale, fora os terceirizados. Ainda tem muita coisa para acontecer, mas é claro que se a sobretaxa se concretizar será um aspecto bem negativo para o estado e para a Serra, pois vai reduzir a produtividade e consequentemente os postos de traba-

lho”, aponta. Para ele, no entanto, a decisão do presidente americano deve ser revertida. “O principal produto capixaba e brasileiro exportado é semimanufaturado e é manufaturado nas empresas americanas, portanto além da pressão externa há pressão interna. Avaliamos que esse anúncio do Trump é mais uma movimentação política que econômica, pois para manter as negociações ele determinou algumas medidas. Por exemplo, ospaíses interessados em negociar não podem entrar com processo na Organização Mundial do Comércio”, explica. Para o 1° vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), José Carlos Zanotelli, a suspensão da sobretaxa reduz o impacto na economia capixaba. “Não temos os possíveis números de empregos que seriam perdidos caso a sobretaxa se consolide, mas com a tendência do governo Trump em não sobretaxar enquanto discute com o Brasil, esse impacto fica reduzido”, aposta. A taxa de importação atual é de 2%. A de 25% iria entrar nesta sexta-feira (23), mas os EUA suspenderam a medida enquanto negociam com o governo brasileiro, que tenta reverter à sobretaxa.


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Geral FOTO: FÁBIO BARCELOS

Moradores erguem abrigo em ponto de ônibus com R$ 2 mil Clarice Poltronieri

ESTUDANTES, pais e moradores vizinhos da escola Julite Miranda preparam ações para melhorar a infraestrutura da escola

Comunidade faz rifa para reformar quadra de escola

Cansados de esperar pelo poder público, moradores de José de Anchieta decidiram erguer um abrigo no ponto de ônibus por conta própria, usando pneus e telhado de zinco. A estrutura ficou pronta na última segunda (19) e está localizada na rua Amazonas. O comerciante Adilson Ramos Rodrigues foi o responsável pela iniciativa. Juntamos umas cinco pessoas na hora da montagem. Os materiais foram doados pelos próprios moradores. “Gastamos menos de R$2 mil, pois usamos material reciclado e conseguimos preço bom nos itens novos”, detalha. Segundo Adilson, os outros dois abrigos em pontos de ônibus que existem no bairro também foram feitos pela comunidade. “Teve um

que o rapaz fez perto da casa dele. Um segundo abrigo foi o pastor da igreja quem ergueu. E agora temos este que acabamos de construir”, pontua. A Prefeitura da Serra disse pela assessoria de imprensa, que o abrigo feito por Adilson está fora dos padrões técnicos. Mas afirmou que a iniciativa dos moradores é bemvinda. Falou também que ao decidirem construir em espaço público, os moradores procurem a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, para construir dentro dos padrões técnicos exigidos pela lei. A Prefeitura acrescentou que está elaborando um Termo de Referência para contratar uma empresa com o objetivo de instalar 350 novos abrigos de ônibus na cidade, incluindo a região de José de Anchieta, mas não deu prazo para isso. FOTO: DIVULGAÇÃO

Unidade escolar em Nova Almeida é do município e quadra não tem cobertura, prejudicando a educação física dos estudantes Gabriel Almeida

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ansados de esperar pelas promessas do poder público, os moradores de Nova Almeida estão unindo as forças para reformar e cobrir a quadra de esportes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Julite Miranda, localizada no bairro Serramar. Todo o material que será utilizado na obra vai ser doado por comerciantes ou comprados através de uma rifa que os organizadores estarão programando para fazer. Neste sábado (24) vai acontecer uma reunião para decidir como será a rifa e o que será sorteado. De acordo com moradores, o valor necessário para realizar a obra é cerca de R$ 80 mil. Um dos moradores que está parti-

cipando da mobilização é Magno Miranda, mais conhecido como Maguinho. Segundo ele, a comunidade já tinha feito várias pedidos a Prefeitura para que a quadra fosse reformada e coberta, mas nada foi feito. “Os alunos na maioria das vezes não podem fazer exercícios na quadra porque ela não é coberta. Se tiver chovendo ou com o sol muito quente é impossível ter aulas no espaço”, afirma. O também morador Vilson Miranda é outro que vai ajudar a vender rifa para conseguir o recurso. “A estrutura da quadra é péssima e uma reforma vem sendo pedida há vários anos. Certa vez a quadra foi coberta, mas depois foi se acabando”, conta. Pai de um estudante da escola, Jeferson dos Santos, diz que a dire-

ção da escola ficou cansada de esperar por uma solução e, em conjunto com os pais, decidiu fazer a rifa. “É comum os alunos passarem mal na hora da educação física por causa do sol e dor calor”, acrescenta. Comerciantes ou moradores que queiram ajudar podem entrar com contato no telefone 27 99853-6249 (Magno Miranda). Já a prefeitura da Serra, através de sua assessoria de imprensa, se limitou a dizer que os moradores podem fazer o pedido da obra através do orçamento participativo.

a estrutura foi erguida pelos moradores na rua Amazonas, em Anchieta II

COMUNICADO A M C T DE OLIVEIRA DANCETERIA, CNPJ 04.802.458/0001-15, torna público que REQUEREU da SEMMA, através do Processo n 14623, licença Ambiental, LMS, para a atividade de discotecas danceterias, salão de danças e similares, na localidade Rua Talma Rodrigues Ribeiro n 1522, bairro Civit II, município da Serra -ES.


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geral

Parque da Cidade terá praça para animais de estimação

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Parque da Cidade em Laranjeiras vai ganhar um espaço para animais de estimação. É a Praça Pet, que promete virar ponto de encontro para cães e seus donos. O local terá uma entrada exclusiva, uma vez que os animais domésticos não poderão circular em todas as áreas do Parque da Cidade. As obras da Praça Pet foram iniciadas no último dia 12 e integram o projeto de expansão do Parque da Cidade. O espaço terá rampa, passarela, túnel aberto, zigue-zague em tubos, além de obstáculos verticais e horizontais para divertir a cachorrada. Além da construção da Praça Pet, o Parque da Cidade ganhará bancos e guarda-corpo novos, e está passando por intervenções de manutenção nas quadras poliesportiva e de tênis; na gangorra, casinha, balanço, ponte e escorregador do playground; no estacionamento e na ciclovia. O prazo para a conclusão da Praça Pet e da manutenção das outras áreas do Parque é de 90 dias. As informações são da Prefeitura da Serra. O espaço para animais no Parque da Cidade será o primeiro espaço público do tipo na Serra. Já em Vitória há o projeto PraCão, iniciado em 2015 no bairro Jardim Camburi, na praça Nilze

foto: jansen lube

Casa de frutos do mar é a boa em Valparaíso O bairro Valparaíso tem se tornado uma verdadeira vila gastronômica com opções para todos os gostos. E quem gosta de mariscos e peixes tem agora um local para se deliciar com as guloseimas. Isto porque está funcionamento desde dezembro a Ilha do Marisco, primeira casa especializada do ramo no bairro, que tem como diferencial a moqueca capixaba. Tudo é preparado pelas mãos da chefe de cozinha, Cláudia Oliveira, formada em gastronomia pelo Instituto Gastronômico das Américas. São servidos na Ilha do Marisco casquinha de siri, caranguejo, sururu, pescadinha, peroá, paella, além de massas que levam no molho as delícias advindas do mar. Os carros-

chefes da casa são os pratos siri desfiados e moqueca de cação. Para quem não dispensa carne, o local possui ainda no cardápio uma alternativa, a picanha ao alho, que vem acompanhada de talharim ao molho de creme de leite coberto com lascas de parmesão fresco e salada de palmito. Tem ainda a opção de do hambúrguer gourmet. O prato tradicional da Semana Santa, também está sendo servido na Ilha. A torta capixaba pode ser consumida na hora ou encomendada. Para beber, cervejas, drinques, vinho, sucos e refrigerantes. A Ilha do Marisco fica na rua Guaçuí, 150, em Valparaíso e funciona de terça a sábado das 18 às zero hora. O telefone de contato é o 3228-3521. FOTO: FÁBIO BARCELOS

parque da cidade é a principal área de lazer do município, está passando por expansão e reforma e ganhará espaço exclusivo para cachorros

Mendes, sendo estendido para outros bairros da capital posteriormente. Além da Praça Pet a expansão do Parque da Cidade prevê a implantação de novos jardins, ampliação dos equipamentos de lazer e pista de caminhada, além de novos playgrounds, estacionamento para ônibus, guarita, passarela de madeira sobre

o córrego, reforma do campo de futebol society com grama sintética e nova iluminação. A área do Parque irá saltar de 115 mil m2 para 135 mil m2. Será feito ainda um novo acesso pela avenida Guarapari, em Valparaíso. Segundo a prefeitura da Serra o investimento na expansão é de R$ 1,8 milhão.

MOQUECAS E t orta capixaba estão entre as especialidades da casa

Obra do Riviera está parada há 5 anos Localizado numa área nobre de Jacaraípe às margens da Av. Abdo Saad, o complexo esportivo e cultural Riviera está com as obras paralisadas há cinco anos. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura da Serra, até o final deste mês será anunciada a empresa vencedora da nova licitação aberta pelo município. O obra foi iniciada na última gestão do ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) e paralisada logo após o prefeito Audifax Barcelos assumir o cargo no 1º semestre de 2013. Na ocasião a obra foi embargada por apresentar problemas estruturais. A assessoria de imprensa da Prefeitura não deu estimativa de quando a obra será retomada, afirmando que só será possível dar a data quando a licitação for concluída. O complexo ficará na área do antigo clube – já demolido - que dá nome ao projeto. E terá dois pavimentos, que incluem quadra poliesportiva, arquibancada para 1.188 pessoas, duas lanchonetes, duas salas multifun-

FOTO: ARQUVIO TN/FÁBO BARCELOS

moradores reclamam que local virou esconderijo de bandidos e usuários de drogas

cionais, sala de musculação, vestiários para atletas, vestiários para funcionários, salas de árbitros. A reportagem questionou quanto o município já gastou com o projeto e quanto custará a retomadas das obras, mas não obteve resposta. Além do complexo, parte do ter-

reno deverá ser doado ao Governo Estadual para a implantação Departamento de Polícia Militar (DPM). Sobre isto, a assessoria da Prefeitura informou que o município está sendo providenciada regularização da área a ser doada para iniciar as tratativas com o governo do Estado.

COMUNICADO “MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A”, CNPJ: 08.343.492/0134-50 torna público que OBTEVE da SEMMA – Serra/ES, através do processo 66988/2016, Licença: LMI nº 003/2018 (Retificação) para atividade de Condomínio Residencial Multifamiliar (Parque Viva La Costa), localizado na Rua do Jasmim, S/Nº, Loteamento São Patrício, Espera de Cima, Jacaraípe, Serra/ES.


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Esporte FOTO: ADRIANO BARBOSA SERRA F.C.

TORCEDORES e jogadores do Cobral-Coral em sintonia para levar o time à final e manter vivo o sonho do hexacampeonato

Alçapão pronto para tombar polenta e levar Serra à final Marlon Max

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gora é tudo ou nada! O Serra recebe o Rio Branco de Venda Nova no Robertão neste domingo (25), às 15h, no jogo de volta da semifinal do Capixabão. E só a vitória serve ao tricolor serrano para ir à finalíssima e continuar brigando pelo hexacampeonato, já que na partida de ida sofreu revés de 1 x 0 contra o time polenteiro. Para ajudar o time em campo, a torcida Coral promete uma festa histórica nas arquibancadas. E planeja

até mosaico. “Nós estamos pedindo doações de bolas nas cores do Tricolor e papel higiênico, pois estamos preparando uma festa enorme. A ideia é fazer um mosaico ainda maior do que na final da série B no ano passado. Queremos fazer ele no estádio inteiro, que será memorável”, explica Vinicius Nascimento, presidente de uma das torcidas organizadas do Serra. A expectativa é que os 2,6 mil ingressos colocados à venda sejam vendidos. Se isso acontecer será recorde de público entre todos os clubes nesta edição do Campeonato Capixaba. A movimentação dos torcedores é tanta que chamou atenção do técnico Charles de Almeida. “A gente percebe uma grande movimentação nas ruas. Toda hora alguém me para, falando que vai estar no estádio. Sem dúvida a torcida tem

ALEAS repudia tentativa de mudança da Biblioteca e Centro Cultural de Valparaíso Com um atraso de cerca de 40 minutos, que já agitou os presentes no pequeno auditório e sob intenso calor, o coordenador da Assembleia Municipal do Orçamento (AMO), Guilherme Lima, deu início à reunião que segundo ele era uma ‘Audiência Pública’, para discutir sobre o pedido encaminhado ao prefeito Audífax Barcelos pela diretoria da Associação de Moradores do bairro solicitando a transferência da Biblioteca e Centro Cultural “Carlos Correa Loyola”, localizada em Valparaíso, para dar lugar à sede da Guarda Municipal, que está instalada no Parque da Cidade, localizada num local diferente do mesmo bairro. Lima deixou claro que a AMO e a FAMS (Federação das Associações de Moradores da Serra) foram convocadas pelo prefeito Audífax Barcelos para se reunirem com moradores e interessados e debaterem sobre o assunto. Isto já foi suficiente para que vários moradores representantes de entidades como os Artistas e o Conselho Municipal de Cultura da Serra, entre outros presentes, questionassem se foi realizada ou não uma assembleia em que foi aprovada tal reivindicação. Passando a condução dos trabalhos para o presidente da FAMS, Jean Cassiano, ele repetiu na íntegra as alegações do coordenador da AMO. Entretanto, foi questionado pelo expresidente do Conselho de Cultura da Serra, Aurélio Carlos, que se posiciona totalmente contra a mudança, quanto à legalidade da ‘Audiência Pública’, já que não havia passado pelos trâmites

legais para a sua realização, inclusive no que se refere a sua publicidade. Alguns moradores alegavam que a instalação da Guarda Metropolitana naquele local iria trazer mais segurança aos moradores, que a exemplo de outros bairros, também sofre com a violência urbana. O presidente da ALEAS (Academia de Letras e Artes da Serra), João Luiz Castello Lopes Ribeiro, que soube da reunião pelas redes sociais, defendeu a manutenção da biblioteca no mesmo local, alegando que este equipamento não é exclusivo daquele bairro, mas de toda a população da Serra, atendendo pessoas de todas as idades, com espaço próprio para as crianças, oferecendo literatura infantil, e possui um acervo de quase 18 mil livros, inclusive em Braille. “É o único centro cultural da cidade. Afrequência de cidadãos é considerável, aqui se realiza eventos culturais e está localizada num lugar estratégico. Além disso, os usuários já estão acostumados há mais de 12 anos neste endereço, e esta área sequer tem capacidade de estacionamento para as viaturas e consequente aumento do tráfego”, e concluiu dizendo que “se sede de órgãos de segurança prevenisse violência, haveria muita paz nas cercanias de quarteis militares e delegacias de polícia, e não é o que acontece”, ponderou Castello. Os dirigentes da AMO e da FAMS ficaram de levar as opiniões recebidas para o prefeito. Grande parte da comunidade local, além de artistas, estudantes e agentes culturais esperam pela permanência da biblioteca no mesmo local. João Luiz Castello Lopes Ribeiro Presidente da Aleas

um papel fundamental nessa campanha do Serra”, frisa. No entanto, Charles lembra que o time precisa estar muito focado para ir à final. “O Serra (jogando) em casa, ainda não perdeu pra ninguém. Vencemos grandes equipes aqui dentro, como Atlético Itapemirim e Vitória. Então, nosso time está focado porque precisamos fazer valer o mando de campo para reverter o resultado”, pontua. Como tem a melhor campanha da 1ª fase e nesta etapa do mata-mata não há peso extra para gol marcado fora de casa, vitória por qualquer placar classifica o Cobra-Coral. Já o empate basta para o time da terra da polenta ir à final. Quem passar enfrenta o vencedor do duelo entre Real Noroeste x Espírito Santo, partida que acontece no Sábado (24) às 15h, em Águia Branca.

Ação da PM nos estádios é questionada Torcedores serranos sofreram em Venda Nova do Imigrante. Antes do fim do jogo a PM retirou a torcida do Serra do estádio. Apenas um alambrado separava os visitantes dos torcedores da casa e a ação da PM teria ocorrido para impedir um confronto de um grupo menor de pessoas das duas torcidas. Só que durante a ação, a Polícia usou spray de pimenta, que atingiu não só os demais torcedores como até o presidente do Serra, João Batista Piol, que precisou ser hospitalizado. Fato que gerou questionamentos

sobre a ação da PM, que já havia sido criticada por usar spray de pimenta na torcida da Desportiva no estádio Engenheiro Araripe no clássico contra o Serra, em partida disputada no último dia 03 de março. Na ocasião a PM tentava impedir briga também entre um grupo pequeno, mas afetou quem nada tinha a ver com a confusão. Tanto que por conta da arma química, uma mulher desmaiou e crianças passaram mal nas arquibancadas. Em nota PM informou que no episódio de Venda Nova “os Militares usaram técnicas para controle de mul-

tidão para encerrar a confusão” entre as duas torcidas durante o jogo. Como após a partida novos confrontos foram registrados, a PM teve que agir novamente. Quatro pessoas foram detidas por ameaça, agressão, vandalismo e perturbação do sossego.

COMUNICADO “COFERVIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE FERROS VITÓRIA LTDA”, “CNPJ/CPF n°. 39.815.253/000310”, torna público que REQUEREU JUNTO À SEMMA mudança de titularidade do processo de licenciamento n°. 98946/2012, anteriormente sob a responsabilidade de “METALFERRO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE FERRO LTDA-ME”, “CNPJ/CPF n°. 04.425.560/0001-49”.

COMUNICADO TRANSTHOMAZINI TRANSPORTES LTDA-ME, CNPJ: 08.698.643/0001-62, torna público que OBTEVE da SEMMA-PMS, através do processo 25619/2007, a Licença Municipal Regularização – LMR Nº. 010/2018 para atividade de: Serviços de garagens de ônibus e outros veículos automotores com atividades de manutenção e/ou lavagem de veículos, sito a Rua Dois, Nº. 18 – Galpão – São Diogo-Serra/ES.


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