Leia a edição desta sexta-feira (13) na íntegra

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Meio Ambiente

| SERRA (ES), 13 a 20 de março de 2020 | TN | P5

Contorno do Mestre Álvaro gera desmate e assoreamento de rios BRUNO LYRA

FOTO: BRUNO LYRA

A

s obras do Contorno do Mestre Álvaro seguem avançando. E tanto pela dimensão da futura pista da BR-101 quanto pelo fato de atravessar áreas ambientalmente sensíveis, os impactos à natureza são expressivos. Na semana passada, a reportagem percorreu os 18,9 km do novo trecho da rodovia - entre o Jacuhy, ao sul da via, e Chapada Grande, ao norte. Apesar de em alguns pontos existirem telas para impedir o carreamento de barro dos taludes de cortes e aterros, elas não conseguiram impedir que volumes expressivos de barro fossem parar em córregos, brejos e lagoas. Ainda mais com as fortes chuvas dos últimos meses. Esses impactos afetam águas que formam os alagados do Mestre Álvaro (ao sul e centro do traçado) e das cabeceiras da lagoa Juara (ao norte). O desmatamento também é mar-

De acordo com a assessoria de imprensa do Iema, para compensar, os responsáveis pela obra depositaram R$ 375,2 mil na conta do Fundo de Recursos Hídricos e Florestais do ES (Fundágua), que dentre outros financiamento pode bancar a recuperação de matas ciliares. O órgão acrescenta que, por determinação do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES (Idaf), também terá que ser recuperada uma área de 10 hectares no município de Santa Teresa. Quanto ao assoreamento das águas, o Iema disse que fará vistoria

nas obras. A assessoria de imprensa disse que a última vistoria feita pelo órgão em setembro do ano passado observou que as medidas de controle para esse item estavam sendo cumpridas. A obra é de responsabilidade do Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit). A execução está sendo feita pela empresa Contractor. O engenheiro da empresa, Rodrigo Gomides, disse que a execução da obra segue a determinação dos órgãos ambientais.

FOGO GIGANTE NA ARCELOR FUNDO DE v ale com matas e riacho formador da Juara impactados pela obra

cante, sobretudo nos vales dos córregos que descem para a lagoa Juara. Segundo o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), órgão responsável pelo licenciamen-

to da obra, 34,4 hectares de florestas em estágio inicial e médio de recuperação foram derrubados. Isso ocorreu em Área de Preservação Permanente (APP).

ERRAMOS na matéria que publicamos na edição nº 1.374, com o título “Siderúrgica lança enxofre entre Vitória e Serra com fogo gigante em Tubarão”. Foi informado pela reportagem que a labareda na área da ArcelorMittal Tubarão, que à noite pode ser vista de diversos pontos da Grande Vitória, lança dióxido de enxofre (SO2). Na matéria atribuímos, equivocadamente, que a informação viera da assessoria de imprensa da empresa. Na verdade, a informação passada pela assessoria da ArcelorMittal era a de que o gás lançado com a labareda é o dióxido de carbono (CO2), além de vapor d’água.


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