Leia a edição 1338 desta sexta-feira (14) na íntegra

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Dengue dispara 2.100 % e governo federal não envia inseticida

[11]

FOTO: fábio barcelos

Paratleta de Jacaraípe se prepara para meter bala em Brasília [ 12]

Sem minério, indústria retrai e trabalhador já teme demissões [7]

Vale anuncia canhão contra pó preto, mas não anima ativistas [6]

tempo novo

nal o jor mais da ente influ idade c r o i ma ta d o d o es

SERRA (ES) | 14 a 21 de junho de 2019 | Nº 1.338 - Ano XXXV | Fundado em 1984 www.portaltemponovo.com.br

Conta de luz pode cair até R$ 100 com projeto aprovado na Câmara FOTO: FÁBIO BARCELOS

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Greve geral promete parar ônibus, bancos e escolas nesta sexta [10]

Pressão faz vereador recuar sobre descarte de resíduos da Vale [ 3] Estado abandona obra e deixa rua de Nova Almeida destruída [11]

Vereadora afastada Neidia segue recebendo R$ 9 mil por mês [ 3]

FOTO: serra f.c.

FOTO: FÁBIO BARCELOS

Barcelona tem o 2º maior tapete de Corpus Christi do estado [8]

Cobrinhas de boa no Capixabão Sub 20 sonham com Copa ES [12]


P2 | TN | SERRA (ES), 14 a 21 de junho de 2019 | opinião

Mestre álvaro

POR yuri scardini

O que você fez do seu mandato? Nesta semana, vereadores de oposição derrubaram sumariamente um projeto de lei do prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), que regulamentava o descarte de resíduos sólidos no município. Na prática, visava inibir que a Vale descartasse toneladas de areia com minério vindo de Vitória, totalmente à revelia do Município. O projeto tramitou por quatro meses na Casa, sequer recebeu parecer das comissões, foi incluído na pauta por determinação judicial e, finalmente, derrubado. Depois que entenderam a pisada na bola, os parlamentares correram para se justificar, desmerecer a proposta e apontar equívocos. Por que não fizeram isso durante a tramitação da matéria? Tempo eles tiveram. Se havia equívocos - como foi afirmado -, por que não ajustaram nas comissões? Por que não houve emendas ao projeto, uma ferramenta constitucional e absolutamente normal em qualquer parlamento? A resposta é única: a crise política na Serra está provocando cegueira. O que ocorreu nesta semana é só um exemplo sintomático, mas há outros. Como a tramitação agarrada do Projeto de Lei 16/2019, que autorizava a Prefeitura a contratar 80 médicos, precisou esperar dois meses para ser votada e só foi possível por causa de mobilização

nas redes sociais. Ou mesmo o Projeto de Lei 225/2018, que alterava a legislação do Aluguel Social na Serra e visava beneficiar 55 famílias pobres que estavam prestes a ser despejadas. Ficou mais de 100 dias na Câmara para ser votado e aprovado. E o que falar do PL 209/2018, que autoriza a Prefeitura a regularizar 100 escrituras para moradores de Vila Nova de Colares? Este precisou de quatro meses para andar. Tem também o PL 46/2019, que foi inviabilizado. O objetivo era regularizar a gratificação por escala especial de trabalho para a Guarda Municipal. Por meio de emenda, a oposição dobrou o valor fixado pela Prefeitura, o que é notoriamente inconstitucional. Nessa lista, ainda cabe o PL 66/2019, que atendia a uma lei estadual que proibiu carroças no estado. O PL da Prefeitura dava indenização aos carroceiros e os encaminhava para cursos de qualificação profissional, mas foi derrubado. O bom senso já foi embora da política municipal há tempos. Agora, só falta ir o humanismo. Depois que este juntar as malas e partir também, vai sobrar o quê? O poder escorre como chuva; o que fica é o legado de cada um. Como querem entrar para a história?

POR bruno lyra

Eu pago, tu pagas e não levamos São salutares as agendas tocadas por lideranças da cidade questionando serviços prestados por concessionárias no município: água/esgoto e energia. No caso da primeira, a briga está na Câmara de Vereadores por meio de um Projeto de Lei para obrigar a Cesan a instalar bloqueadores de ar ao lado dos hidrômetros de cada consumidor. A proposta é de autoria do vereador Pastor Ailton (PSC). A justificativa é que o ar é contabilizado no hidrômetro como se fosse água. Segundo o projeto, a presença de ar nas tubulações é comum por conta de mudanças de pressão da água e até mesmo interrupções, programadas ou não, no fornecimento do líquido. Com isso, o consumidor estaria pagando ar. Seria, na contabilidade do vereador, cerca de 30% do valor da conta. E como o valor do esgoto é calculado em cima do consumo de água, o cliente estaria pagando, também, pelo ar nesse serviço. Se for isso mesmo, é grave, pois o consumidor está pagando por algo que não consumiu, como se já não bastassem os problemas com a água. O rio que abastece a Serra, o Santa Maria, recentemente foi alvo até de descarte de sangue humano na represa de Rio Bonito. Crime até hoje

tempo novo www.portaltemponovo.com.br Edição finalizada em 13 de junho de 2018, às 18h

não esclarecido. O mesmo rio recebe esgoto não tratado de áreas urbanas e rurais. Recebe, também, agrotóxicos, contaminantes que vêm aparecendo cada vez mais na água de abastecimento das cidades brasileiras. E o que dizer do esgoto? Desde janeiro de 2015, a Cesan tem Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa Ambiental Serra (ex-Serra Ambiental). E o que se vê são córregos, rios, lagoas e praias cada vez mais poluídos, a despeito de o serviço encarecer 80% da conta de água. Já no item energia, o foco é a taxa de iluminação pública, que na Serra custa três vezes mais que na capital Vitória, apesar de a cidade serrana ser mais mal iluminada que a capital. A conversa foi encampada pelo deputado estadual Vandinho Leite (PSDB), que articulou com o vereador Gilmar Dadalto (PSDB), o Raposão, o Projeto de Lei municipal aprovado na última terça-feira (11), que reduz em até 3,5 vezes a taxa. Para valer, a regra precisa ser sancionada pelo prefeito Audifax Barcelos (Rede). Vale lembrar que o valor da taxa é definido pelo Município. E não pela EDP, fornecedora do serviço.

O nó da gravata jornaltemponovo@gmail.com

“São conversas normais” Nessa semana, a política nacional foi inundada pelos vaza-

mentos das supostas mensagens trocadas entre o então juiz, e hoje Ministro da Justiça, Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato. Quem trouxe a público foi o site The Intercept Brasil, o qual afirma que houve “colaboração proibida” de Moro no julgamento de acusados, como o ex-presidente Lula. Políticos do Espírito Santo se pronunciaram sobre o caso. Procurado, o ex-deputado e presidente do PSL capixaba, Carlos Manato, diminuiu o mérito: “São conversas normais”, disse ele. Já o deputado Helder Salomão defendeu suspeição de Moro: “As eleições estão comprometidas”. O senador Fabiano Contarato (Rede), por sua vez, defendeu que Moro vá ao Senado se explicar.

Correndo de bola dividida

Já o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) foi procurado várias vezes, tanto de forma direta como por meio da assessoria, mas escorreu igual quiabo e não se posicionou. À boca miúda, um aliado confessou que o ex-prefeito não quer entrar em bola dividida, uma vez que pode lançar candidatura majoritária em 2020 e não quer se queimar com nenhum dos “lados”.

Receita de virar mito

Briga feia está na Assembleia. A deputada Iriny (cotada para ser candidata a prefeita da Serra) resolveu homenagear o ex-deputado Jean Wyllys e o líder do MST João Stédile. Essa é a senha para a briga e não deu outra. Um grupo de deputados se articulou e quer derrubar a indicação de Iriny, entre eles o deputado da Serra Vandinho Leite (que também é cotado para prefeito). Os dois subiram o tom um com outro durante a semana. Polarizar com o PT parece que é tudo o que Vandinho queria e conseguiu. Nas redes sociais, já está sendo chamado de “mito”.

Do lado direito

Por sua vez, Alexandre Xambinho (ainda na Rede, mas quase PRB de Amaro Neto) - também deputado com domicílio eleitoral na Serra - resolveu fazer o caminho contrário e vai homenagear com o título de cidadão espírito-santense o ministro da Infraestrutura, Tar-

císio de Freitas. A justificativa é que Tarcísio deu o start para a obra do Contorno do Mestre Álvaro.

Cadê o Bruno?

Enquanto na Assembleia é “tiro, porrada e bomba”, como diria a funkeira Valesca Popozuda, na Setades de Bruno Lamas (também cotado para prefeito) as coisas vão numa calmaria. Na terça-feira (18), o deputado licenciado convida para uma “Mesa Técnica Intersetorial sobre a Primeira Infância”. O tema é salutar, mas tem gente sentido falta de Bruno na rua. Será que será?

Grande Vicente

Comerciante antigo da Serra Sede, Vicente Peixoto ganhou de presente de aniversário (dia 10 de junho) do prefeito Audifax cópia de um ofício que foi enviado para o governador Renato Casagrande (PSB) oferecendo o prédio da antiga Prefeitura para abrigar uma Ciretran. Audifax creditou a ideia a Vicente e julgou ser muito pertinente.

Anos e anos de praia

Se algum partido está à procura de um nome novo e com coragem para ser candidato a prefeito da Serra, é só ir a Manguinhos e conversar com Geraldo Eustáquio. Aposentado e um misto de filósofo e sociólogo, Geraldo é um grande conhecedor da Serra, bom formulador de ideias e bom debatedor. Enriqueceria muito o debate político local.

O efeito Jolhiomar

Quem tem andado pelas ruas da cidade com mais desenvoltura, cumprimentando as pessoas, parando para conversar e sendo mais atencioso é o coordenador de Governo, Jolhiomar Massariol. Seu comportamento vem chamando a atenção de populares e já há quem diga que ele é o novo nome de Audifax para sucedê-lo na Prefeitura. Como Jolhiomar sempre se mostrou refratário em ser candidato a prefeito, é bom esperar um pouco mais para ver se será ou não será.

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| SERRA (ES), 14 a 21 de junho de 2019 | TN | P3

Política

Câmara recua e fará audiência Neidia arrasta defesa na Justiça e segue pública sobre descarte de ganhando sem trabalhar rejeitos de minério na cidade foto: arquivo tn

conceição nascimento yuri scardini

A

pós forte repercussão negativa, a Câmara da Serra vai promover uma audiência pública no próximo dia 18, às 17h, para discutir uma legislação que regulamente a destinação de rejeitos de minério de ferro no município. Na sessão da última segunda-feira (10), 14 parlamentares oposicionistas derrubaram um projeto de autoria do Executivo que tinha essa finalidade, causando forte reação popular. O requerimento da audiência pública é do vereador Ailton Rodrigues (PSC), que se propôs a produzir um Projeto de Lei a partir do que for discutido no encontro. Segundo o vereador, estão convidados Federação das Associações de Moradores da Serra (Fams), secretarias de Meio Ambiente estadual e municipal, Vale, Ministério Público, OAB, ambientalistas, além de populares. Para contextualizar, o PL Nº 27/2019, que foi derrubado, estabelecia diretrizes para o Município desenvolver “autonomia político-administrativa” no que tange ao descarte de resíduos contendo minério de ferro. Na prática, ele proíbe que esse material seja jogado na Serra sem que a Prefeitura autorize, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e do chefe do Poder Executivo. O PL exemplifica como justificativa o Termo de Compromisso Ambiental (TCA) firmado entre a poluidora Vale, Prefeitura de Vitória e outros órgãos em meados de 2017, que pode culminar na retirada de

projeto d errubado por oposição visava impedir que areia de minério vinda de Vitória fosse descartada aos pés do monte Mestre Álvaro

areia contaminada de minério na capital e posterior descarte na Serra, à revelia do Município, que não participou do acordo. O local cotado seria um aterro da Marca Ambiental, licenciado pelo Governo do Estado, localizado aos pés do Mestre Álvaro, ao lado do bairro Pitanga. A derrubada do PL gerou forte reação nas redes sociais, e na sessão de quarta (12) o assunto dominou o plenário da Câmara. Oposicionistas, responsáveis pela manobra, criticaram o PL acusando “vícios” e “brecha” para “negociações escusas”, uma vez que, segundo eles, daria “superpoderes” para o “chefe do poder Executivo”. Já os situacionistas lamentaram a derrubada da matéria. Eles alertaram que a oposição poderia ter

“feito emendas ao projeto” para adequar o texto, uma vez que o PL “tramitou por quatro meses na Casa”, tempo suficiente para ser “analisado e rediscutido”; e que a derrubada do projeto “reflete a perseguição da oposição ao poder Executivo”. Com o recuo da oposição, um novo PL dever ser apresentado. Segundo Ailton, a tendência é que seja proibido o descarte desse material em qualquer hipótese. “A audiência vai esclarecer o manejo, o destino final, os impactos e suas consequências do rejeito de resíduos sólidos contendo minério de ferro em áreas licenciadas na Serra”, disse o proponente. A reportagem procurou a Vale, a Marca Ambiental e a Prefeitura, mas nenhum deles quis se pronunciar.

Partido Novo vai abrir diretório visando 2020 O partido do ex-candidato a presidente João Amoêdo e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, atingiu a meta de filiados na Serra e vai fundar um diretório municipal. Isso vai facilitar a organização da chapa de vereadores e lançar um nome na corrida majoritária, que faz parte dos ousados planos do partido. A próxima etapa, agora, é começar o processo seletivo interno para escolha dos futuros candidatos. A nacional definiu o número mínimo de 150 filiados contribuintes (que pagam R$ 29,80/mês) até o dia 15 desse mês para autorizar que sejam

fundados diretórios municipais. Em fevereiro, um grupo começou a trabalhar de forma mais articulada na Serra, e em uma reunião realizada durante essa semana, a meta foi alcançada. Quem conta é o empresário Wilson Zom. “Estamos agora com 156. São apoiadores e entusiastas. Queremos renovar a política da Serra. Depois das eleições de 2018, tudo é possível. O Zema saiu lá de trás das pesquisas, venceu para governador em Minas. Quem conhece o partido, que lê o regimento, se encanta, porque aqui a velha política foi enterrada. Vamos

começar em agosto o processo seletivo, escolher nossos candidatos a vereador e a prefeito por critérios e, em janeiro, definir por meio de eleição interna nosso diretório”, contou Zom. Empresário de Jacaraípe, Thiago Carreiro também comemora: “Agora, nossa energia se volta para construir com a sociedade as melhores soluções para o desenvolvimento socioeconômico da Serra e qualificar nossos futuros candidatos, que ainda irão passar por processo seletivo. Além das melhores ideias, vamos apresentar nomes de caráter e competência para a cidade”, adiantou.

Afastada do cargo de vereadora desde março de 2018, Neidia Pimentel (PSD) ainda não entregou sua alegação final para que a Justiça dê a sentença na ação em que ela é acusada de improbidade administrativa no período que presidiu a Casa de Leis. O prazo venceu em abril; entretanto, a vereadora afastada arrasta o processo e segue recebendo o salário de R$ 9 mil/mês. Procurado, o advogado que a representa adiantou que deve entregar a documentação na semana que vem. O processo (de nº 00018285820188080048) tramita na 2ª Vara Criminal da Serra e tem como responsável a juíza Letícia Maia Saúde. Segundo o advogado de Neidia, Renato Gasparini Miranda, a ação é muito complexa; por isso, a defesa demorou mais tempo para elaborar os argumentos para alegações finais. “Estou fazendo [a defesa]. O Ministério Público demorou 40 dias para elaborar a alegação final; é um processo complexo, volumoso, tem oito volumes. Depois da entrega desse material, abre-se o prazo para que o juiz dê a sentença. Acredito que, na segunda-feira (17), o

processo estará no Fórum”, disse o advogado. A ação tem como co-réu Flávio Elias Serri, que atuava como controlador-geral da Câmara da Serra, enquanto Neidia era presidente da Casa. A defesa de Flávio está nas mãos do advogado Hélio Maldonado, que entregou o material contendo as alegações finais há um mês. Maldonado foi procurado pela reportagem, mas até o fechamento desta edição, não deu retorno. Já o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) se limitou a dizer que o processo encontra-se “em carga para o advogado”, orientando a reportagem a acompanhar o andamento da ação no portal do órgão. A ação acusa Neidia e Serri do crime de concussão (Rachid). Vale destacar que, assim como o TJ-ES confirmou, o processo está em carga para o advogado; entretanto, a defesa já ultrapassou o prazo e a juíza não pode dar a sentença sem as alegações finais. Com isso, a Justiça pode pedir busca e apreensão do processo, destituir o advogado responsável e nomear um defensor público para que dê encaminhamento.

Sindicato cobra “feriadão” para servidor do município No próximo dia 20, quinta-feira, é feriado nacional em função das comemorações de Corpus Christi. Na Serra, não é, tendo em vista o elevado número de feriados municipais. Entretanto, é prática do Executivo local decretar ponto facultativo para os servidores nesse dia. Aproveitando a oportunidade, o presidente do Sindicato dos Servidores da Serra (Sermus), Osvaldino Luiz Marinho, protocolou ofício na Prefeitura solicitando ao prefeito Audifax Barcelos que estenda o “ponto facultativo” também na sexta-feira (21), a exemplo do que fez o Governo do Estado, prefeituras da Grande Vi-

tória e também do interior. O líder sindical justifica a iniciativa, dizendo que não faz sentido apenas a Serra funcionar, enquanto todos os demais órgãos de Estado e prefeituras da Grande Vitória estarão parados. “É melhor conceder esse benefício ao servidor do que fazê-lo trabalhar a contragosto e de forma improdutiva”. Osvaldino cita, também, que é de praxe muitas empresas não abrirem na sexta, quando tem um feriado na quinta, e também muitos contribuintes acabam viajando e, por isso, torna-se desnecessário o expediente municipal. foto: divulgação

osvaldino d efende feriadão para servidor da Serra não ficar desmotivado


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política foto: divulgação

FOTO: ALES / GABRIEL ALMEIDA

comitiva d a Prefeitura com Audifax e Manato no MEC: Ministro prometeu avaliar “com carinho” pedido de dinheiro para construir escolas

Audifax e Manato juntos em Brasília para trazer R$ 60 mi para educação na Serra A proposição foi uma iniciativa de Vandinho Leite, que convocou o vereador,Gilmar Dadalto (Raposão) para protocolar o PL na Câmara

Aprovado projeto que pode reduzir em até R$ 100 a conta de luz conceição nascimento

N

a sessão da última segundafeira (10), a Câmara da Serra aprovou o Projeto de Lei (PL) 93/2019, que reduz em até 3,5 vezes o valor da Contribuição de Iluminação Pública (CIP), popularmente conhecida como taxa de iluminação pública. Esse tributo municipal é mensalmente embutido na conta de luz da EDP e o valor de redução pode chegar a até R$ 100 para quem consume acima de 500 kw/h. Agora, a próxima etapa é aguardar um posicionamento do prefeito Audifax Barcelos (Rede), que pode sancionar e tornar lei o projeto, ou vetá-lo; neste caso, o PL retornaria à Câmara para apreciação do veto. Se a matéria for sancionada, as novas alíquotas serão aplicadas a partir de janeiro de 2020. Quem explica é o deputado estadual Vandinho Leite (PSDB), proponente da iniciativa e responsável por encaminhar a minuta de

lei ao vereador Gilmar Dadalto (Raposão), que protocolou o PL na Câmara. Na prática, o projeto altera as alíquotas da taxa de iluminação pública contidas na Lei nº 3833/2011, instituída no mandato do ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT). O valor de referência foi espelhado na alíquota praticada em Vitória, que é até 3,5 vezes menor. “Chegou-se à conclusão de que é extorsivo o valor pago pelo morador serrano em comparação com Vitória”, justifica Raposão. Após a votação do projeto, que aconteceu em sessão realizada na tarde da última segunda-feira (10), Vandinho comemorou a aprovação e faz um apelo para que Audifax não vete a proposta. “Faço um apelo ao prefeito: ‘Audifax, não vete essa matéria. Vamos acabar com essa vergonha que é a taxa de iluminação pública da Serra. Para se ter ideia da economia, o valor da conta de luz pode baixar até R$ 5 para quem tem um consumo pequeno de

30 kw/h; entretanto, quem consome muito - até 500 kw/h -, o valor abatido no mês pode chegar a até R$ 100. São cálculos a que minha assessoria jurídica chegou; mas a legislação é muito complexa. Portanto, é uma estimativa”, afirma. A reportagem procurou a Prefeitura, que, em nota, informou que o projeto será avaliado, referindo-se à redução na tarifa de iluminação pública. Já a EDP, na semana passada, confirmou que a responsabilidade pelo valor cobrado é municipal e disse que “só repassa o recurso ao município”. Em 2019, está prevista uma arrecadação de aproximadamente R$ 50 milhões oriundos da taxa de iluminação. Dos 23 vereadores, apenas cinco votaram contra a proposta. Entre eles, Guto Lorenzoni (Rede), que justificativa afirmando que foi votado sem o conhecimento de alguns parlamentares e que não teve a “oportunidade” de acrescentar uma emenda que dê “isenção a pessoas de baixa renda”.

Na última quarta-feira (12), o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), e o presidente estadual do PSL, o ex-deputado Carlos Manato, estiveram em Brasília para pleitear junto ao Ministério da Educação (MEC) o valor de R$ 60 milhões. O objetivo da investida na capital federal é construir oito unidades de educação no município, divididos em quatro escolas e quatro creches. A dupla foi recebida pelo ministro Abraham Weintraub, que prometeu “analisar com muito carinho”, segundo Manato. Para a reportagem do TEMPO NOVO, Audifax adiantou que caso o MEC dê sinal positivo para a transferência do recurso, serão contemplados a região de Jacaraípe e mais seis bairros. “No que tange às escolas, estão previstas em Jacaraípe, Jardim Bela Vista, Cidade Pomar e Jardim Tropical; já as creches, que serão naquele conceito de ‘supercreches’, vão para Jacaraípe, por ser uma região muito grande, além de Serra Dourada, Alterosas e Bicanga”, anunciou. A reportagem também procurou Manato. Segundo o líder capixaba do partido de Jair Bolsonaro, a expectativa é de que o MEC autorize o repasse em curto prazo. “O minis-

tro foi muito solícito na audiência e se comprometeu a analisar com muito carinho nossa solicitação.” Perguntado se essa dobradinha com Audifax poderia significar uma aliança também no campo político, Manato - no seu típico jeito “curto e grosso” -, resumiu-se a dizer: “Boa aliança!”. Exoneração e ida para o MEC No último dia 6, Carlos Manato recebeu o ministro Abraham Weintraub e alguns deputados na sua residência em Brasília. Segundo o ex-deputado, ele mesmo preparou a comida, que foi a tradicional moqueca capixaba. “No meio da correria, sempre é bom ter essa pausa, para se reunir com os amigos” disse, por meio das redes sociais. No entanto, um dia depois, estourou na imprensa nacional a notícia da exoneração do capixaba do cargo de 1º secretário da Casa Civil, que tem um papel de articulação junto à Câmara dos Deputados. Ao TEMPO NOVO, no mesmo dia, Manato confirmou a exoneração e adiantou que teria um convite direto do ministro da Educação para ocupar sua assessoria direta. A reportagem o questionou sobre o tema, mas ele evitou falar a respeito.

Encontro com Amaro Neto Além da agenda no MEC em Brasília, o prefeito deu uma esticada ao gabinete do deputado federal Amaro Neto (PRB), que é cotado para ser candidato na disputa majoritária na Serra, em 2020. A reportagem perguntou a Audifax o objetivo do encontro, e, segundo ele, o objetivo é trazer emendas para a Serra. “A conversa foi no sentido de trazer recursos para o custeio da Upa de Castelândia, que vamos inaugurar no dia 12 de outubro - primeira mão esta informação -, e também recursos para pavimentação de algumas ruas da cidade”, completou. A reportagem também conversou com Amaro Neto, que fez coro a Audifax. “Após a audiência dele (Audifax) com Manato no MEC, ele passou

aqui para acertar recursos na Saúde e solicitou empenho nosso em algumas coisas agarradas em outros ministérios”. Ambos evitaram falar sobre os desdobramentos políticos dessa agenda. foto: divulgação

audifax B arcelos estendeu agenda para o gabinete de Amaro Neto


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Meio Ambiente

FOTO: DIVULGAÇÃO VALE

EQUIPAMENTO joga pequenas gotas de água sobre o minério. No detalhe, pó preto acumulado em casa de moradora em Carapebus, na semana passada

Ativistas dizem que “canhão” da Vale não reduz pó preto bruno lyra

A

Vale anunciou no último dia 10 a entrada em operação dos “canhões de névoa”, equipamento que asperge microbolhas de água sobre as pilhas de minério nos pátios 1 a 4. Segundo a empresa, isso irá reduzir a emissão de pó preto dessas fontes. Mas a tecnologia é criticada por ativistas, que há anos acompanham o problema da poluição do ar. Caso do pintor e ativista Kléber Galveas, um dos mais antigos observadores do problema do pó preto na Grande Vitória. “Lembramos que um dos principais subprodutos expelidos pelas chaminés das siderúrgicas é o dióxido de enxofre (SO2); e que esse gás, combinado com a água, forma o corrosivo ácido sulfúrico (H2SO4), propiciando a terrível chuva ácida. Motivo da pressão do Canadá sobre os Estados Unidos,

impedindo a expansão do Parque Siderúrgico no norte daquele país”, alerta em texto publicado em sua conta no Facebook. Kléber é autor do projeto “A Vaca, a Vale e a Pena”, que há 23 anos usa o pó de minério que se precipita na varanda de sua casa, na Barra do Jucu, em Vila Velha, 13 km ao sul de Tubarão. Com o material, ele faz pinturas alusivas ao problema, criando composições que ficam em exposição no seu ateliê, também na Barra do Jucu. Trabalho que o autor define como “provocação artística”. Conselheiro Estadual de Patrimônio Ecológico Natural e Paisagístico, o geógrafo Alessandro Chakal Montenegro disse que a tecnologia não irá conter o pó preto. Ele escreveu, em rede social, que a única solução é fazer o enclausuramento total do complexo de Tubarão. “Tal como

acontece no complexo siderúrgico da Hyundai Stell, na Coreia do Sul”, compara. Da Ong Juntos - SOS ES Ambiental, o engenheiro químico Eraylton Moreschi Júnior disse que os canhões de névoa terão efeito semelhante às wind fences (barreiras de vento) instaladas pela Vale em volta dos pátios de minério para cumprir acordo com Ministério Público e órgãos ambientais e ampliar em 40% sua produção final da década de 2000. “As wind fences um dia também foram tecnologia inédita. Todos viram no que deu, marketing de 77,4% de redução das emissões das pilhas de estocagem. Marketing! E o pó preto só fez aumentar”, escreveu em rede social Eraylton, que é morador da Ilha do Boi, em Vitória, um dos bairros mais atingidos pelo pó da Vale.

Mineradora diz que controle é eficiente Em seu site, a mineradora diz que a aspersão faz com que as microbolhas se juntem às partículas em suspensão, retirando-as do ar e aumentando a eficiência do sistema de controle ambiental já existente, composto por wind fence (barreira de vento) e supressor de pó. Acrescentou que são três os canhões de

névoa e que os equipamentos têm acionamento automático. Disse, ainda, que essa ação faz parte do conjunto de investimentos de R$ 1,27 bilhão previsto até 2023 para reduzir o pó preto, conforme Termo de Compromisso Ambiental (TCA) assinado pela empresa junto ao Instituto Estadual de Meio Am-

biente (Iema) e aos Ministérios Públicos Estadual e Federal. Esse mesmo TCA também determina que a empresa retire o minério descartado por décadas na praia de Camburi. E um dos destinos pode ser uma área aos pés do Mestre Álvaro, na Serra, o que é motivo de polêmica na cidade.

Praia Mole pode ganhar parque natural marinho

Foi protocolado na Câmara de Vereadores, no último dia 3 de junho, um projeto de lei para criar o Parque Natural Marinho Praia Mole. O autor do projeto é o vereador Guto Lorenzoni (Rede). Pelo menos parte da área que pode receber a nova reserva já integra a Área de Proteção Ambiental (Apa) Estadual de Praia Mole. Segundo Guto, o objetivo da proposta é ampliar a preservação no local, uma vez que parque é mais restritivo que Apa para uso dos recursos naturais. Na prática, uma Área de Proteção Ambiental permite atividades humanas com potencial degradador; já um parque, não. “A ideia é proteger a praia, os corais e parte do oceano. Tenho a informação de que o local é muito frequentado por baleias. Com o parque, será viável a construção de um centro de visitante”, argumenta o vereador.

O parlamentar acrescentou que um parque municipal serviria para trazer recursos de compensação ambiental de Vale e ArcelorMittal Tubarão, cujo complexo industrial/ portuário é vizinho a Praia Mole. Hoje, esse dinheiro fica com a Apa Estadual Praia Mole, que, por ser um modelo de unidade de conservação com menor proteção, tem dificuldade para aplicar esses recursos em ações efetivas de preservação e recuperação ambiental na região. Guto explicou que se inspirou ao visitar um amigo surfista da região o vereador também pegou onda na juventude -, que o levou até a Praia Mole, quando refletiram sobre a beleza cênica e a riqueza da biodiversidade que ainda existem no local. A Praia Mole fica no extremo sul do litoral da Serra e é vizinha ao Complexo de Industrial de Tubarão (Vale e ArcelorMittal), de quem recebe impactos ambientais. foto: divulgação

segundo v ereador Guto Lorenzoni (detalhe), a Praia Mole é ponto de avistamento de baleias


Economia

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FOTO: ARQUIVO TN / BRUNO LYRA

a queda na produção e exportação de minério da Vale em Tubarão é uma das responsáveis pelo recuo da indústria capixaba

Falta de minério derruba indústria capixaba em 18%, diz Instituto clarice poltronieri

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produção industrial capixaba seguiu despencando no mês de abril. De acordo com publicação mensal do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), em abril deste ano a indústria capixaba retraiu 18% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse foi o segundo pior resultado do país, considerando os estados pesquisados, e ainda é consequência dos efeitos pós-desastre de Brumadinho. O Instituto reconheceu que a falta de minério de ferro no mercado foi um dos principais motivos para a retração da indústria geral capixaba. Na avaliação do IJSN, a indústria extrativa (segmento de minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo) apresentou uma forte contribuição negativa (-14,4%), impulsionada pela tragédia de Brumadinho, que trouxe “queda no volume de matéria-prima para o setor de mineração no Espírito Santo”. Acres-

centou que a diminuição na produção de petróleo e gás no estado também colaborou com o resultado negativo. Em comparação a março, a queda na indústria geral foi de -5,5% na série livre de ajustes sazonais. Se considerado o primeiro quadrimestre do ano, a retração da produção foi de -10,3% e nos últimos 12 meses, queda de -3,2%. Apesar da retração na indústria, o secretário de Desenvolvimento Econômico da Serra, José Eduardo Azevedo, acredita que os efeitos na cidade foram atenuados pela diversificação nos investimentos. “A retração na indústria é consequência das dificuldades da Vale e ainda sofremos com o não retorno da Samarco. A Serra sente não só com a dificuldade das grandes empresas, como também pela cadeia que as atende. Mas se essa situação fosse há 20 anos, seria mais grave, pois atraímos investimentos diversos. Temos um volume significativo de empresas

na área de logística, por exemplo, e buscamos atrair outros segmentos”, explica. Entre fevereiro e março, duas siderúrgicas situadas em solo capixaba que dependem do fornecimento da Vale – CBF, em João Neiva, e Santa Bárbara, em Cariacica – chegaram a ter as atividades paralisadas por falta de minério. Nos três primeiros meses deste ano, a Vale reduziu em 14,6% a produção de pellets (minério de ferro em pelotas) em relação ao trimestre anterior, conforme relatório da própria empresa. A maior mina da empresa, Brucutu, voltou a ser paralisada no último dia 6 de junho. As exportações de minério fino via Vitória recuaram 8,3% no 1º quadrimestre de 2019, se comparadas ao mesmo período de 2018, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Em todo o país, a produção de minério da Vale já recuou 28%.

Sindicato aponta risco de demissões Segundo relatório da Vale do ano passado, 10.300 pessoas trabalham na área da empresa em Tubarão, entre funcionários próprios e terceirizados. Ao todo, são gerados 58 mil empregos associados aos negócios da mineradora no Espírito Santo. A empresa acrescenta que faz negó-

cios com 523 fornecedores locais. Só para funcionários próprios, a mineradora paga R$ 806 milhões por ano, entre salários e benefícios. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal), Max Célio de Carvalho, expressou preocupação quanto a eventuais de-

missões em virtude da redução da produção de minério. Segundo ele, a Vale é uma gigante no estado e responsável por muitos empregos diretos, indiretos (nas terceirizadas), além de fomentar uma cadeia diversa de atividades, como comércio, alimentação, entre outras.

R$ 50 milhões em negócios com feira de metalmecânica Na mira dos impactos causados pela redução da produção e exportação de minério de ferro na Vale, em Tubarão, o setor metalmecânico terá entre os próximos dias 6 e 8 de agosto, no Pavilhão de Carapina, sua principal feira no estado: a Mec Show. E a estimativa da organização é de que sejam gerados R$ 50 milhões em contratos nos 12 meses posteriores à feira, fruto dos relacionamentos criados no evento. E muitos desses negócios devem acontecer na Serra. É que até à tarde de quinta-feira (13), dos 111 expositores confirmados no evento, 31 são do município. As informações são do site da Mec Show. A organizadora do evento, a Milanez e Milanezi, destaca que esta é a 12 ª edição do evento, na qual está prevista a participação de 150 empresas dos setores de siderurgia, automação, energia, mineração, celulose e petróleo e gás. São esperados 13 mil visitantes, mesmo número registrado na edição do ano passado. Integrada a essa exposição, acontece a Feira da Conferência da Indústria de Petróleo e Gás - a Espírito Santo OIL&GAS - com conferências, palestras e rodadas de negócios. A Mec Show 2019 acontece de 6 a 8 de agosto, no Centro de Eventos Carapina, das 15h às 21h (com acesso até às 20h). A participação é gratuita, mas voltada a profissionais e estudantes do setor, mediante credenciamento online. Para estudan-

tes, a visitação será aberta somente no dia 8, das 16h às 18h. Paralelo a esse evento, acontece também a Expo Construções, feira da construção do Espírito Santo. São esperadas 90 empresas entre fornecedoras de produtos e serviços da construção civil, como cimento, plástico, tintas, gás encanado, móveis, rochas ornamentais, entre outros. Até a última quinta (13), 84 empresas haviam confirmado presença, sendo 20 delas da Serra. A Expo Construções também é gratuita e voltada a profissionais e estudantes do setor, que devem fazer o credenciamento online no site da feira. O horário e local são os mesmo da Mec Show. emrpegos na serra Em 2018, o então coordenador do evento e presidente do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (CDMEC), Durval Vieira de Freitas, apontou ao TEMPO NOVO a importância dos setores Metal Mecânico e Petróleo e Gás no estado e na Serra. Informou que os dois setores geram cerca de 25 mil empregos diretos no estado e 38% deles estão na Serra, considerando grandes, médias e pequenas empresas. Destacou, ainda, que só na cidade há 129 empresas que prestam serviços diretos à Vale, ArcelorMittal e à Petrobrás, e que estas somam 3,8 mil postos de trabalho. XXXXXXXXXXXXX

operário trabalha na empresa Tecnicron, metalmecânica da Serra

exportações menores em 2019 Em maio, as exportações pelos portos capixabas voltaram a crescer, quando comparadas ao mês anterior. O montante exportado em maio (R$ 2,14 bilhões) foi 11,8% maior que em abril (R$1,91 bi); mas em comparação a maio de 2018, quando as vendas para o exterior foram de R$2,57 bi, houve queda de -16,8%. As informações são do Instituto Jones dos Santos Neves (IJNS). Segundo o Instituto, a queda da produção de minério foi o principal fator do recuo, após o rompimento da barragem de Brumadinho e o consequente fechamento de várias minas que abastecem a Vale, em Tubarão.


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Cultura & Lazer

Tapetes vão colorir ruas da cidade para Corpus Christi FOTO: ARQUIVO TN/FÁBO BARCELOS

ana paula bonelli

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a próxima quinta-feira (20), é feriado nacional de Corpus Christi. E na Serra, os fiéis prometem fazer bonito, preparando os tradicionais tapetes pelas ruas da cidade. A atividade é uma manifestação artística popular realizada por integrantes da igreja católica, confeccionados para a passagem da procissão de Corpus Christi. Em Barcelona, será produzido o segundo maior tapete do Estado, que fica atrás apenas do município de Castelo, no interior do Espírito Santo. Para fazer os tapetes, são utilizados diversos tipos de materiais como serragem, pedras pintadas artesanalmente, borra de café, farinha, areia, flores, xadrez para dar cor, entre outros itens. O maior tapete da Serra e o segundo maior do estado estará em Barcelona. Serão 1.350 metros de or-

EM BARCELONA, s erão 1.350 metros de tapete expostos na avenida Região Sudeste

namentos temáticos. Tudo será confeccionado pelos fiéis e, também, por moradores da comunidade. Além de missas às 18h e às 20h, haverá show católico com Adriana Arydes, procissão e mutirão de limpeza ao final. Na Serra Sede, uma união de dez

comunidades irá confeccionar 100 metros de tapete, que irá enfeitar a rua que fica em frente à Igreja Nossa Senhora Conceição. Cerca de 150 pessoas vão participar da confecção dos tapetes. A missa será às 17h, seguida de procissão luminosa.

Em Parque Residencial Laranjeiras, a paróquia São Francisco de Assis também terá programação para a data com tapetes no pátio da igreja. A confecção começa na quarta (19) logo após a missa e vara a madrugada. Por lá, cerca de 100 metros serão confeccionados. Às 08h da quinta (20), acontece missa e, logo após, a procissão do Santíssimo pelas ruas do bairro. Na paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima também vai ter tapete na praça em frente à igreja. Por lá, a procissão sairá do Centro de Evangelização na rua D7, casa 70, às 17h, e seguirá pela Avenida José Rato em direção à igreja, onde haverá missa às 18h. Em Jacaraípe, vai ter programação em São Patrício na quinta (21). Serão cerca de 200 metros de tapetes na rua Terezina. A missa será campal às 17 horas, próximo à igreja Sagrado Coração de Jesus com procissão em seguida.

notas cerveja, rock e burguer O Dia dos Namorados foi comemorado no dia 12. Mas para alongar a semana dos apaixonados, o pub Mad Rocks, em parceria com o Shopping MontSerrat, em Laranjeiras, preparou uma programação especial para o fim de semana que será sempre a partir das 17h, regada a cerveja artesanal, hambúrgueres especiais feitos na churrasqueira e drink Gin tônica. Na sexta (14), tem show com a banda New Jersey (cover do Bon Jovi); no sábado (15), Over Funk (cover Red Hot Chili Peppers), e no domingo (16), Vix You (cover do Cold Play). A programação acontecerá no Varandão do Shopping, no piso L3, e a entrada é gratuita.

feijoada beneficente Neste domingo (16), vai ter feijoada beneficente no Spettus Club, em Jacaraípe, em prol da Associação Pestalozzi da Serra. O evento será das 11h às 14h, e o ingresso que custa R$ 12 dá direito a comer o prato principal e curtir a música de Luiz Massa. Bebidas serão vendidas à parte. Contato pelo 3252-5088 ou 99949-2605.


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Geral

Escolas, bancos e Transcol param em greve geral desta sexta-feira (14)

FOTO: DIVULGAÇÃO

Gabriel Almeida

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greve geral prevista para esta sexta-feira (14) contra a Reforma da Previdência e o governo Bolsonaro promete mobilizar trabalhadores de diversas categorias. O movimento está sendo organizado nas principais cidades do país. Na Serra, até a o início da noite de ontem (13), já havia a confirmação da adesão de professores, bancários e rodoviários, conforme os sindicatos de cada categoria. Durante esta semana, centrais sindicais convocaram diversas categorias a participar do movimento. Além de se opor à Reforma da Previdência proposta por Bolsonaro, o protesto também é contra os cortes na educação e pede maior geração de empregos, além da retomadadocrescimentonaeconomia. O ato também tem apoio dos principais partidos de oposição ao governo. Até o início da noite da última quinta (13), a informação era a de que os rodoviários iriam circular com 70% da frota dos ônibus em horários de pico - compreendidos entre 6h e 9h da manhã, bem como das 17h às 20h - e 50% dos coletivos em horários normais. Inicialmente, a categoria estava planejando parar 100%, mas por conta de uma liminar do Tribunal Regional

MANIFESTANTES c ontra cortes na educação que fizeram ato em Vitória e noutras cidades do país no último dia 15 de maio devem engrossar a greve desta sexta (14)

do Trabalho, terão que manter uma quantidade da frota na rua. Manifestação em Vitória Além dos rodoviários, o Sindicato dos Bancários (Sindibancários) afirmou que nenhuma agência iria funcionar nesta sexta por conta da adesão da categoria à greve. De acordo com o sindicato, a decisão de aderir ao movimento foi tomada em assembleia na

noite da última terça-feira (11). Disse, ainda, que a partir das 13h da sexta os manifestantes vão se reunir na Reta da Penha, em Vitória, em frente à Federação das Indústrias do Espírito Santo. Os profissionais da rede estadual e municipal de educação da Serra também aderiram à paralisação. A afirmação é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes).

Alunos da Serra podem ficar sem aula Por conta da greve geral, pelo menos parte das escolas municipais pode não ter aula. A Secretaria Municipal de Educação disse que as unidades de ensino poderão escolher se aderem ou não à paralisação nacional. De acordo com a Sedu, numa as-

sembleia realizada com o sindicato da categoria, a decisão final foi de que não haverá aula na Serra, mas algumas escolas já se pronunciaram e irão funcionar normalmente. A secretaria não informou quais unidades irão abrir. Ainda segundo a Prefeitura, os

Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2017 com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados estejam corretamente informados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ano-base 2017.

Recuperar a imagem de Jacaraípe e colocar o balneário novamente no mapa do turismo nacional, aquecendo negócios, gerando emprego e renda para os locais. São os objetivos do Projeto Uma Nova Jacaraípe, idealizado pelo comerciante José Fernando Pereira e que tem recebido adesão de lideranças, artistas e outros empreendedores locais. Para isso, o projeto prevê a realização de eventos mensais com atividades culturais, educacionais e esportivas. “Nosso planejamento é ocupar espaços com potencial turístico, como a orla com seus 3,5 km de extensão, a praça Encontro das Águas, a lagoa Juara e a Vila das Artes”, explica José Fernando, que na última segunda-feira (10) reuniu lideranças locais para apresentar as propostas. “Jacaraípe sofre com o conceito de marginalização. Não somos o lugar mais violento da Grande Vitória, mas carregamos injustamente esse estigma. Uma das frentes do projeto é desconstruir essa imagem. Manguinhos, por exemplo, enfrenta problemas com a violência, mas trabalha muito bem o conceito de vila gastronômica e cultural, tanto junto aos moradores locais quanto com a mídia. Vamos fazer algo semelhante”, revela José Pereira. O comerciante explicou que o projeto dialoga com todas as lide-

ranças interessadas. “Temos adesão da Polícia Militar, associações de moradores, empresas e dos artistas locais”, enumera. Um dos parceiros é o comerciante Thiago Carreiro. Segundo ele, os investimentos públicos no verão têm impacto pequeno, pois não têm planejamento adequado e nem envolvem liberanças e instituições locais. E que o projeto vem para preencher esse vácuo, com eventos esportivos, culturais e artísticos valorizando as pessoas da região. Outro apoiador é Michael de Souza, proprietário da escola de música Instituto Souza e Muzir, que tem unidades em Jacaraípe e Laranjeiras. “Uma das propostas é valorizar a produção artística local. O primeiro evento está marcado para o próximo dia 6 de julho na Praia do Barrote. Os comerciantes fizeram vaquinha para alugar som, conseguimos palco com Steffen Centro de Eventos e três bandas com raízes no bairro para se apresentar no dia: 80 a +, Banda Rapel e Luiz Massa”, detalha. Também no mesmo dia, acrescenta Michael, haverá oficina e apresentação promovida por uma escola de dança local, roda de capoeira, oficina de desenho e passeio ciclístico pelas ruas do balneário. O evento começa às 17h e vai até às 22h. A entrada é franca. FOTO: DIVULGAÇÃO

alunos das escolas que paralisarem não serão prejudicados, pois, por lei, é preciso cumprir 200 dias letivos e carga horária de, no mínimo, 800 horas. Já a Secretaria Estadual de Educação informou que as escolas estaduais irão funcionar nesta sexta.

Abono salarial disponível para saque até dia 28 de junho Trabalhadores devem ficar atentos aos prazos para o saque referente ao abono salarial 2018/2019. Os valores podem variar entre R$ 84 e R$ 998, de acordo com a quantidade de dias trabalhados no ano base, que é 2017. O benefício está liberado para nascidos em qualquer mês, que podem totalizar 22,5 milhões de pessoas. No Espírito Santo, até maio, mais de 434 mil beneficiários receberam cerca de R$ 333 milhões referentes ao PIS, cujo pagamento é feito pela Caixa Econômica Federal.

Jacaraípe se mobiliza para resgatar turismo fazendo eventos culturais

O beneficiário que não teve o valor automaticamente creditado na conta pode retirar o valor em qualquer agência da Caixa, apresentando o documentooficialde identificação.Otrabalhador com vínculo a empresa pública possui inscrição Pasep e recebe o pagamento pelo Banco do Brasil. O valor do benefício pode ser consultado no Aplicativo Caixa Trabalhador, no site da Caixa (www.caixa.gov. br/PIS) ou pelo Atendimento Caixa ao Cidadão: 0800 726 020.

GRUPO DE lideranças e empresários de Jacaraípe se reuniu na última segunda (10)


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foto: gabriel almeida

Obra abandonada do Estado destrói rua em Nova Almeida Vilson Viera Jr.

o trabalho de aplicação de veneno com bomba costal, como este realizado em abril em Laranjeiras, está prejudicado

Serra fica sem inseticida com casos de dengue subindo mais de 2000% Gabriel Almeida

Ministério da Saúde suspendeu o fornecimento do inseticida Malatihon, que é essencial para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A Serra é uma das cidades que foi afetada pelo corte do governo Bolsonaro na entrega do produto. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) confirmou que fez a solicitação de reposição do inseticida ao Ministério da Saúde, mas o pedido foi ignorado e, desde abril, não houve abastecimento de estoque. Com isso, o município acaba sendo afetado, já que não pode utilizar os equipamentos que são específicos para esse produto. Enquanto isso, os casos de den-

gue na cidade não param de crescer. Para se ter uma ideia, já foram mais de 10 mil pessoas infectadas pela dengue em 2019, sendo que quatro desses casos evoluíram para óbito. Segundo informações da Sesa, o aumento dos registros neste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, é de quase 2.100%. Em 2019, já foram 10.582, enquanto que no ano passado foram apenas 483. Vale destacar que esse inseticida não é utilizado nos carros de fumacê. É usado apenas no UBV, que é bloqueio feito com bombas costais. Esse veneno é essencial, pois mata o Aedes. “O combate ao mosquito continua com a circulação do carro fumacê, pois essa ação utiliza outro tipo de inseticida e este nunca esteve em falta”, disse a Prefeitura, em nota.

Ainda de acordo com o Município, a Prefeitura intensificou as ações de controle da doença por meio de mutirões de limpeza, colocação de larvicidas, telagem de caixas d’água, visitas domiciliares, monitoramento semanal de armadilhas, visitas a pontos estratégicos (ferros-velhos, floriculturas, borracharias) e ações educativas junto à população. Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde informou, na última terça (11), que, diante da falta do Malathion, orientou os municípios a intensificar outras ações para combater o mosquito. Por sua vez, o Ministério da Saúde divulgou nota dizendo que “está trabalhando na tentativa de minimizar os problemas causados pela falta do inseticida”. Entretanto, não deu previsão de quando o fornecimento estará normalizado.

Sendo mais comum na região Amazônica do Brasil, a malária infectou um morador da Serra. O caso foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), que está em alerta, já que podem aparecer outros casos da doença no município. A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. De acordo com a Sesa, o morador de Colina de Laranjeiras não foi infectado pela doença no município, mas em Rondônia, que é um dos estados onde os casos de malária são mais comuns. Mesmo que a contaminação tendo ocorrido em Rondônia, a Serra fica em atenção, já que o município pode se “surpreender com novos

casos”. O TEMPO NOVO teve acesso a um documento enviado pela Prefeitura da Serra para profissionais de saúde da cidade, no qual a Sesa diz que já fez ações para combater o mosquito transmissor. “Devido à demora na confirmação diagnóstica (um mês) e características ambientais dessa região (presença do vetor), podemos nos surpreender com novos casos. Tivemos ação de bloqueio pela equipe do VAS no dia 29 de junho deste ano, com objetivo de reduzir a população dos mosquitos transmissores deste agravo”, disse a Secretaria de Saúde, num dos trechos do documento. Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura disse que “o documento em questão é rotina para os

profissionais de saúde estarem atentos aos sintomas da malária, o que também é feito com outros tipos de doença”. Disse, ainda, que em 2019 esse é o único caso de malária confirmado na Serra. Vale lembrar que em 2018 ocorreu um surto de malária no Espírito Santo. Até o mês de agosto do ano passado, o estado tinha registrado mais de 100 casos da doença, incluindo um óbito. Inclusive, houve registros da doença na cidade.

O

Morador com malária deixa saúde em alerta

Uma rua que um dia foi asfaltada, hoje é só lama em dias de chuva e poeira quando faz sol. Além de muito buraco, não importa as condições do tempo. Trata-se da rua rua Bahia (antiga rua F), no bairro Serramar, em Nova Almeida, que ficou em condições precárias após o governo do Estado abandonar as obras do Contorno de Jacaraípe (nova ES 010). É o que explica o morador Sidnei Barbosa, que trabalha como montador e reside em frente ao problema. “Fizeram um manilhamento que ficou mais alto que o nível da via. Agora, toda a lama que vem da área de cima onde passaria a rodovia invade a rua, que fica cheia de barro”, explica Sidnei. Ele diz, ainda, que os ônibus usam um desvio entre a rua e um morro para escapar dos buracos. “Às vezes, os coletivos têm que usar outra rua, porque não dá para transitar naquela via. Não tem asfalto mais, apesar de passar ônibus. E os coletivos balançam tanto que mais parecem que vão tombar”,

relata Maria Altina Rocha de Lima, comerciante e moradora. Ela sugere que a Prefeitura coloque brita ou que tape os buracos, como medidas emergenciais. Morador da região há 20 anos, o mecânico de elevador Durval Alves de Sousa conta que, em dias chuvosos, é impossível transitar pela rua, que tem nas proximidades a Escola Estadual Antônio José Peixoto Miguel, cujos alunos e funcionários sofrem com a poeira. A Prefeitura da Serra, por meio de sua assessoria de comunicação, prometeu enviar equipe do serviço de tapa-buraco para verificar a situação. Já o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES), órgão responsável pela construção do Contorno de Jacaraípe, informa que está “reavaliando o projeto do Contorno de Jacaraípe, para, posteriormente, abrir nova licitação de obras”. O DER-ES prevê que as intervenções na rodovia sejam retomadas em 2020, mas não disse o que pode fazer com relação aos problemas citados e que seriam causados pelas obras inacabadas da rodovia. FOTO: FÁBIO BARCELOS

moradores m ostram o que sobrou da rua após lama descer da obra abandonada pelo governo do Estado do Contorno de Jacaraípe

Vereador rejeita proibir carroça a tração animal Em sessão realizada na tarde da última segunda-feira (10), os vereadores da Serra decidiram que o Município não deve proibir a circulação de carroças e outros veículos de tração animal na cidade. O Projeto de Lei tinha sido enviado ao Legislativo pelo prefeito Audifax Barcelos (Rede) e ainda previa multa para os moradores que continuassem a circular nas ruas com carroças. Apesar de já existir uma lei estadual que proíbe tal prática nas cidades com mais de 100 mil habitantes há mais de dois anos, a Prefeitura da Serra ainda não tinha um projeto es-

pecífico para regularizar a situação. Atualmente, mesmo com a proibição estadual, é possível encontrar muitos carroceiros circulando pela cidade. De acordo com o texto rejeitado por 14 dos 23 vereadores, caso fosse aprovada, a lei iria “proibir a utilização de veículos movidos a tração animal, a condução de animal com cargas ou qualquer exploração animal para este fim nos limites do perímetro urbano”. O projeto ainda previa a aplicação de multas para moradores que desobedecerem as regras. O carroceiro poderia ter que pagar uma multa de R$ 200 por estar conduzindo o veículo de tração animal.


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Esporte

Garotada encara Tupy no Sub 20 e será o Serra na Copa ES FOTO: DIVULGAÇÃO SERRA F.C.

vilson vieira jr.

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este sábado (15), a garotada do Cobra Coral encara a turma do Tupy às 15h, no Robertão, pelo Capixabão Sub 20. A entrada é franca. Os meninos do Serra vêm fazendo bonito na competição. Segundo o site da Federação de Futebol do ES, a equipe divide a liderança da Chave Centro com a Desportiva, com oito pontos, perdendo apenas no saldo de gols. E o bom desempenho no Sub 20 tem muito valor para o clube, que fez pífia campanha na Série D do Brasileirão com a equipe profissional, sendo eliminada na primeira fase. É que na última semana o clube chegou a anunciar que não participaria da Copa Espírito Santo, torneio que começará em agosto e dará uma vaga à Série D do Brasileirão de 2020. Mas acabou voltando atrás, justamenteporcontadoSub20,cujosatletas serão aproveitados na competição. “Fiz um apelo muito grande para

JOGADORES d o Sub 20 do Serra celebram gol no clássico contra o Vitória

a torcida, porque os garotos do sub20 ficaram desmotivados quando souberam que não iam participar; e os outros garotos revelados da base que estão no profissional, também, não teriam essa grande chance e ficariam parados o resto do ano, depois da competição no Sub 20”, explica o pre-

sidente do Serra, João Batista Piol. Por enquanto, jogadores e comissão técnica da equipe profissional foram dispensados. Mas a partir de julho, segundo o presidente, o clube vai chamar alguns jogadores que foram dispensados a fim de compor a equipe focando a Copa ES.

Serrana do tiro esportivo treina para Brasileirão A Serra tem representante garantido na etapa do Brasileiro de Tiro Esportivo, que acontece em agosto, em Brasília. É a paratleta Eloisa Miranda Fernandes, de 36 anos, que mora em Jacaraípe. Além de buscar medalha, sua meta é ficar entre as três melhores colocações no ranking nacional da modalidade. E sua rotina de treinos tem sido constante para chegar bem à competição. São três vezes por semana no Clube Álvares Cabral, do qual ela faz parte, e duas vezes em Jardim Carapina. Eloisa tem paraparesia - que é a perda parcial dos movimentos dos membros inferiores - e pratica o tiro esportivo há cinco anos. “Em 2015, participei da minha primeira competição. Mas digo que foi o tiro esportivo que me escolheu”, conta a paratleta. E o tiro foi certeiro. Em sua primeira competição oficial – uma etapa do Brasileiro -, Eloísa conquistou

uma medalha de bronze, e não parou por aí. Com a Seleção Brasileira, ganhou prata por equipe nos Emirados Árabes e na França, além de disputar a Copa do Mundo. Eloísa realiza as seguintes provas no tiro esportivo: Pistola de ar Feminino, Pistola Standard, Pistola Sport 25m e Pistola Livre 50m. foto: fábio barcelos

eloisa f oi prata no Mundial com a Seleção Brasileira da modalidade


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