Leia a edição 1328 desta sexta-feira (5) n íntegra

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Dengue não para de crescer e enche os pronto-atendimentos Domingo tem Jeremias na Globo e você na torcida e no voto [8]

CPI vai investigar procedimentos ambientais em Tubarão [6]

Atores já ensaiam para reviver a Paixão de Cristo nos bairros [10]

tempo novo

[13]

Pedágio fica com ECO 101 e custo de iluminação com município [12] l o j o rna mais te da en u l e i nf cidad maior ado t d o es

SERRA (ES) | 5 a 12 de abril de 2019 | Nº 1.328 - Ano XXXV | Fundado em dezembro de 1984

Metalúrgico teme demissões com menos minério de ferro no ES [7]

Crise Institucional na Serra

FOTO: bruno lyra

Audifax acusa crime organizado de querer derrubá-lo da prefeitura [3] Caldeira aponta calúnia e lembra que Câmara fiscaliza Executivo [3]

Novo protesto na Norte Sul de trabalhadores da área da Vale

Governo avalia se vai autorizar segurança pessoal para prefeito [4]

[14]

Fórum denuncia que ações visam desestabilizar administração [5]


P2 | TN | SERRA (ES), 5 a 12 de abril de 2019 | opinião

Mestre álvaro

O nó da gravata jornaltemponovo@gmail.com

Saúde de mãe e criança

POR eci scardini

Reorganizando o crime? Desde 1º de janeiro de 2017, a Serra vem protagonizando momentos de muita tensão na esfera política, com desdobramentos na administração municipal. Começou com uma sessão tumultuada, que elegeu a vereadora afastada Neidia Pimentel para a presidência da Câmara. De lá para cá, a política do município não foi mais a mesma e praticamente a cada seis meses um novo round acontece para abalar quem vive na política e também para enlamear o nome da cidade em todo o estado. Esse de agora é o mais grave de todos, pois atravessou os limites do Legislativo, indo de encontro ao poder Executivo. Como sempre, o caso foi bater as portas do Judiciário e, novamente, é travada uma guerra entre os dois grupos em busca de liminares para fazer valer os interesses e direitos de cada parte. É possível que as cabeças pensantes da Câmara Municipal, juntamente com alguns atores que se movem de forma oculta nos meandros do nosso Legislativo, tenham subestimado a obstinação do prefeito Audifax Barcelos em defender o seu mandato e, concomitante, a sua honra.

Audifax partiu para o contra-ataque com a fúria de um titã e surpreendeu o mercado. A retórica dos vereadores de apurar supostas fraudes fiscais na prefeitura da Serra - que no primeiro momento agradou o público - perdeu força diante da retórica do prefeito de que o crime organizado, que perdurou por 12 anos na política capixaba, está ressurgindo na cidade, ganhou as ruas e, aos poucos, vai sufocando o discurso dos adversários. Um organograma com nomes de pessoas ligadas à era Gratz ocupando cargos importantes na Câmara e a vinculação de outros nomes que operam no Legislativo de forma oculta acendeu o sinal amarelo no meio político capixaba e fez com que muita gente graúda ligasse suas antenas. Afinal, trata-se de um passado nebuloso que julgavam estar sepultado. O caso está longe de terminar; muitas verdades e factóides poderão surgir a qualquer momento. Existem incendiários alimentando a fogueira com combustíveis, mas há também muitos bombeiros tentando apagar a mesma. O povo, que é o álibi de todos os políticos, não merece passar por essa fogueira.

POR bruno lyra

Dando bola ao futebol Desde o final da década de 1990 sem participação expressiva no cenário nacional, o futebol capixaba é sim um produto viável. Este ano, o Estadual vem despertando mais interesse do torcedor que nos anos anteriores. Até agora, o campeonato tem média de 700 torcedores por partida. No total, já levou mais de 37 mil pessoas aos estádios. Claro, número muito modesto perto dos principais certames do país. Ainda assim, já é um alento e indicador de potencial, uma vez que em 2017 e 2018 a média de expectadores pagantes nos estádios foi, respectivamente, de 356 e 478 torcedores por jogo. Ajudou a incrementar a média deste ano o fato de vários times tradicionais estarem na disputa: Rio Branco, Desportiva, Serra, Vitória e Estrela. E também o Rio Branco de Venda Nova, que embora não seja tão tradicional quanto os anteriores, é “abraçado” pelos torcedores locais quando joga em casa. Também ajudou a subir a média de público a contratação do veterano atacante uruguaio Loco Abreu pelo Rio Branco. Isso atiçou o torcedor Capa Preta e também os rivais. Tanto que o clássico contra a Desportiva, na terceira

tempo novo www.portaltemponovo.com.br Edição finalizada em 4 de abril de 2018, às 18h

rodada, atraiu 5,3 mil pagantes ao Kléber Andrade. O maior público até agora do campeonato. O Serra, apesar do desempenho modesto em campo – o time foi eliminado no último final de semana -, ajudou a despertar o interesse no Capixabão ao bater o Remo pela Copa do Brasil e repetir o feito só conquistado por outro capixaba em 1994, com o Linhares: classificar um time do Espírito Santo para a segunda fase da competição nacional. No duelo contra o time paraense, o Serra levou 1,5 mil torcedores ao Robertão. E depois, contra o Vasco no Kléber Andrade, saiu de cabeça erguida ao perder por “apenas” 2 a 0 contra um clube com investimento muito superior, diante de 15 mil torcedores no estádio e milhões pelo Brasil, já que o confronto foi exibido na TV Globo, em horário nobre. Destaque, ainda, para as transmissões dos jogos do Capixabão pela internet, através do Torcida ES. Além de milhares de visualizações, cada partida teve centenas de comentários de torcedores. Prova da paixão dos capixabas pelos clubes locais, que merecem mais atenção das grandes indústrias e grupos econômicos que atuam no estado.

Segundo o deputado federal e ex-prefeito, Sérgio Vidigal (PDT), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou nesta quarta-feira (03) a liberação de recursos, na ordem R$ 24 milhões, para a continuidade das obras do Hospital Materno Infantil da Serra. Segundo Vidigal, serão R$ 10 milhões para este ano e mais R$ 14 milhões para o exercício de 2020. “O Hospital Materno Infantil é uma obra importante para o Espírito Santo e para a Serra, pois poderá reduzir os índices de mortalidade infantil, além de se tornar referência em atendimento humanizado às gestantes”, afirmou Vidigal.

Parceiro na hora difícil

Em relação ao mérito, a notícia é ótima para a cidade. O que também salta aos olhos é a questão política. Depois de falar ao Tempo Novo que ele e Audifax têm a “responsabilidade de apoiar alguém da Serra em 2020”, o pedetista deu sinais de que poderia topar um diálogo com o prefeito. Agora, no meio de uma crise institucional no município que envolve Audifax e a Câmara de Vereadores, Vidigal, além de não interferir - bem como tem afirmado os próprios “audifistas” -, resolveu trazer dinheiro de Brasília para uma das obras mais chanceladas pelo prefeito. É como diz Eymael (DC): Sinaaaais, fortes sinaaais...

Sem Cidadania

Há algumas semanas, o Tempo Novo registrou o interesse da Secretária Municipal da Mulher, Luciana Malini, de se lançar como candidata a prefeita da Serra em 2020. Na ocasião, o jornal disse que ela estava filiada ao Cidadania, antigo PPS. A direção municipal, por meio de Franz Rupert, entrou em contanto com a reportagem e esclareceu que Luciana não faz mais parte dos quadros do Cidadania.

Com Cidadania

Além disso, o ex-PPS (atual Cidadania) local disse que o partido “trabalha com chapa completa de vereadores, e hoje temos 27 nomes e ainda conversamos com três vereadores de mandato esperando a janela partidária para vir para o partido. E já temos dois possíveis nomes para a disputa majoritária de prefeito”. Questionado sobre quais seriam esses nomes, Franz contemporizou dizendo que não poderia falar, mas adiantou que “um nome é do meio político e outro, do ramo empresarial, que nunca teve participação em política. Porém, está disposto a enfrentar as urnas”.

Porto desempombado

Após aparecer bem posicionado em enquete para prefeito da Serra publicada no Tempo Novo, o vereador Cabo Porto (PSB) já é lembrado por aliados do prefeito como um nome de expressão na disputa majoritária em 2020 ou mesmo como um possível vice. Um dos fatores favoráveis é que a bancada do PSB rachou na Câmara e Porto ficou com a base do prefeito Audifax, em meio a essa crise institucional entre o poder Executivo e o presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira (Rede).

Polindo a urna

Falando em Brasília, quem subiu à tribuna da Câmara Federal para falar da Serra foi a deputada Soraya Manato (PSL). Ela comentou sobre o ranking que colocou a cidade entre as que mais registraram casos de dengue no Espírito Santo e também que a população ainda estaria “muito assustada”. Lembrando que a família Manato está de olhão grande no município. Na semana passada, o marido de Soraya, Carlos Manato, que é o nº 2 da Casa Civil de Bolsonaro, disse ao Tempo Novo que o plano é o seguinte: ou vai de Amaro Neto (PRB) para prefeito da Serra ou o PSL lança um nome próprio, e “pode ser eu”, disse Manato.

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| SERRA (ES), 5 a 12 de abril de 2019 | TN | P3

Crise Institucional na Serra foto: gabriel almeida

audifax diz que Caldeira queria interferir na licitação bilionária da Parceria Público-Privada do Lixo

foto: gabriel almeida/arquivo tn

Caldeira nega que tenha feito pedido e diz que Audifax está muito preocupado com investigações

Audifax diz que crime Para Caldeira, investigação organizado quer derrubá-lo é legítima e acusações do por negar pedidos obscuros prefeito são calúnias Conceição nascimento Gabriel Almeida Yuri Scardini

A

Câmara está “sob controle do crime organizado” e a intenção é “derrubar” o prefeito Audifax Barcelos (Rede). Essas são as acusações que pesam sobre o presidente da Câmara da Serra, Rodrigo Caldeira (Rede). As palavras foram proferidas pelo próprio prefeito em coletiva de imprensa durante a semana, que deflagrou a crise institucional entre o chefe do Executivo e o poder Legislativo municipal e que já vinha tomando corpo nas últimas semanas. O prefeito disse que já encaminhou as denúncias para os órgãos competentes. Ao falar sobre a rede de “crime organizado”, Audifax citou somente o nome do vereador Rodrigo Caldeira. “Tem indícios de um crime organizado na presidência da

Câmara da Serra. Nós já conhecemos essa história no Espírito Santo algumas décadas atrás. Eu não vou nomear ninguém aqui. Eu já fiz um organograma dessa rede e encaminhei para os órgãos de controle e policiais”, afirmou. Segundo Audifax, ele teria negado “pedidos obscuros” de Caldeira, e este teria sido o estopim para o desentendimento entre os poderes. Ele elencou dois pedidos: interferência da Câmara na licitação da Parceria Público-Privada do Lixo, com valor estimado de R$ 2 bilhões; além da efetuação de um pagamento prescrito em favor de uma empresa, a qual não teve o nome citado. De acordo com o prefeito, após ele negar esses dois pedidos, os vereadores liderados por Caldeira passaram a persegui-lo. Nas últimas semanas, os vereadores instauraram uma CPI para investigar supostas irregularidades na área da

Saúde, além de oito comissões para investigar denúncias de supostas irregularidades fiscais na prefeitura, o que poderia acarretar a cassação de Audifax. Essas comissões foram suspensas pela Justiça na ultima terça-feira. O prefeito argumenta que tais denúncias são infundadas e que foram feitas por um ex -assessor da própria Câmara. “Foram abertos oito processos de impeachment baseados em denúncias superficiais e lacônicas, feitas em uma única folha de papel”, argumentou. Ainda de acordo com Audifax, a Câmara de Vereadores está travando projetos de “interesse social” com o objetivo de “desestabilizar” a prefeitura. “O que está acontecendo é uma manobra para cassar o prefeito, eleito democraticamente. Isso tudo por insatisfação do presidente da Câmara, que fez alguns pedidos obscuros e eu não aceitei”, relatou.

Apontando legitimidade para investigar o prefeito e insinuando que Audifax está “muito preocupado”, o presidente da Câmara da Serra, Rodrigo Caldeira (Rede), se defende das acusações. Ele afirma que “não existe” crime organizado no município e que este é um movimento de 16 vereadores que “acordaram”. Salientou, ainda, que “não há interferência externa” dentro da Câmara. A reportagem do Tempo Novo ouviu o parlamentar na última quarta-feira (03). Questionado sobre as afirmações de que haveria se instalado uma rede de crime organizado no Legislativo municipal, ele diz se tratar de “ataques de calúnia”. “Depois que nós instalamos a CPI (da Saúde), o prefeito veio para cima de nós, 16 vereadores. Hoje, o ataque de calúnia e difamação é virado para mim, até por estar na presidência. Não existe crime organizado; nós só estamos fazendo o nosso

papel, que é fiscalizar. Os vereadores acordaram e, pelo jeito, ele (Audifax) está muito preocupado com as investigações. Será que o crime organizado não está instalado lá? Nós vamos fiscalizar e esperamos que não tenha nada. Mas se tiver alguma coisa, vai ter que pagar”, dispara Caldeira. O presidente nega que tenha feito pedidos para interferir na PPP do Lixo e em favor de uma empresa para receber um pagamento prescrito. “De maneira nenhuma. Ele (Audifax) falou que já tomou as medidas na Justiça; então, ele que prove na Justiça. Vamos aguardar”. Perguntado se as denúncias de supostas irregularidades fiscais feitas pelo motorista Daniel Ribeiro Luz teriam embasamento para abrir oito frentes de investigação, Caldeira disse que cabe ao prefeito se defender. “Quanto a ex-assessor, motoristas... Isso eu desconheço. Eu sei que foi um morador que chegou

e fez a denúncia. Então nós pegamos, acatamos, jogamos no plenário e foi aprovado. Cabe a ele se defender”, avaliou. Na última terça-feira (02), a juíza Telmelita Guimarães suspendeu as comissões de investigação na Câmara, apontando irregularidades nos ritos legais. A reportagem questionou se haveria interferência externa nos movimentos de investigação ao prefeito e citou o ex-deputado e ex-conselheiro afastado do Tribunal de Contas, Marcos Madureira, que foi candidato a deputado estadual em 2018 com apoio de Caldeira e do grupo de vereadores. “Olha só, eu apoiei Madureira politicamente, como alguns outros vereadores, inclusive o líder do prefeito (Luiz Carlos Moreira). Então, eu não tenho relação nenhuma com ele. Relação de amizade, de trocar telefone, de conversar, nenhuma. Isso não procede; é um monte de conversa fiada, falácias”, finalizou.

Vereadores derrubam veto de Audifax e PPPs terão que passar pela Câmara No epicentro da crise institucional da Serra está a Parceria Público-Privada (PPP) do Lixo, no valor estimado de R$ 2 bilhões para os próximos 30 anos. O prefeito Audifax Barcelos (Rede) acusou o presidente da Câmara Municipal, Rodrigo Caldeira (Rede), de tentar “interferir” na licitação da

PPP, no que Audifax chamou de “pedido obscuro”. Isso, aliás, teria sido um dos estopins para deflagrar a guerra entre Câmara e prefeito. Na última quarta-feira (03), novos capítulos desse imbróglio se sucederam. Os vereadores derrubaram durante a sessão o veto de Audifax sobre o Projeto de Lei 31/2019. A ma-

téria altera a Lei Municipal 4.641, de 22 de maio de 2017, que estabelece as PPPs na cidade. Objetivamente, antes, o prefeito poderia implantar PPPs por meio de decreto de lei. Agora, com a mudança, as concessões patrocinadas e/ou administradas por intermédio de Programa de Parceria Público-Pri-

vadas deverão obrigatoriamente passar por dentro do Legislativo para que os vereadores aprovem ou reprovem a parceria e, só então, seria autorizado que a prefeitura tocasse o projeto. Com a derrubada do veto, o projeto será publicado e a mudança entrará em vigor. “Mas tem inse-

gurança jurídica e o Executivo pode entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin)”, disse um vereador da base do prefeito. Já Rodrigo Caldeira nega que tenha feito qualquer pedido no sentido de interferir na PPP do Lixo e acusa Audifax de calúnia.


P4 | TN | SERRA (ES), 5 a 12 de abril de 2019 |

crise institucional na serra

Casagrande não comenta o assunto e Governo analisa proteção ao prefeito

N

esta sexta-feira (05), faz oito dias que o prefeito Audifax Barcelos (Rede) anunciou que fez a solicitação ao governador Renato Casagrande (PSB) pedindo segurança pessoal por conta do que ele classificou como “gravidade da situação” que “envolve a Câmara da Serra”. Apesar disso, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o pedido ainda está em análise. Após se reunir com lideranças da sociedade civil organizada, com o objetivo de relatar, de acordo com a nota oficial, “manobras” feitas por vereadores com o “objetivo de desestabilizar a administração municipal”, o prefeito teria feito a solicitação, além de procurar a Polícia Federal, o Tribunal de Contas, o Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc) e o Ministério Público a fim de relatar a situação. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) emitiu nota sobre o pedido de segurança pessoal feito pelo prefeito. “A Sesp informa que o pedido de escolta ao prefeito está sendo analisado de acordo com a legislação vigente. A Sesp ainda ressalta que, ao tomar conhecimento de qualquer fato criminoso, encaminha para a Polícia Civil realizar a devida investigação, que é feita de modo sigiloso”. Além disso, a reportagem tentou se comunicar com o governador Renato Casagrande para que ele avaliasse a crise institucional no município e os re-

foto: assembleia legislativa

[TN] O prefeito afirmou que se insta-

lou na Câmara “um crime organizado” para cassar o mandato dele. Você como vice-prefeita, como avalia essas acusações?

Após a crise institucional tomar corpo no município, o Tempo Novo percorreu as principais lideranças políticas com mandato da Serra para que elas comentassem a respeito e fizessem uma avaliação sobre as acusações e o impacto de todos esses acontecimentos na cidade, até mesmo por se tratar

de uma crise política com acusações graves de “crime organizado” e “desestabilização”. Crise esta que, inclusive, pode gerar ônus para uma população com enormes demandas sociais e, portanto, carecendo da opinião daqueles que os representam nas diversas esferas.

“Não estou participando ativamente”, diz Sérgio Vidigal

fogo cruzado: Casagrande não quis comentar crise na política da Serra

batimentos disso no estado, uma vez que a Serra é a cidade com maior expressão econômica do Espírito Santo e, também, diante das acusações de que haveria “crime organizado” no município. Apesar disso, o governador disse, por meio de sua assessoria, que não iria comentar sobre o assunto. Vereador quer escolta O grupo de vereadores da Serra liderado pelo presidente Rodrigo Caldeira (Rede) também acionou o governo do Estado solicitando o mesmo pedido de segurança pessoal. Os parlamentares justificam que estão sendo alvo de ameaças e de

uma campanha difamatória por parte do prefeito. Alegam que os 16 vereadores que assinaram pela abertura da CPI da Saúde estão sendo ameaçados e, por isso, solicitam escolta policial para os 16 parlamentares. Em nota, a assessoria da Sesp informou que analisa os pedidos desses políticos. “A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informa que recebeu ofício do presidente da Câmara de Vereadores da Serra solicitando escolta para os vereadores e está analisando. O pedido do prefeito do município também está sendo avaliado”.

Vice diz esperar que Justiça esclareça tudo “Como vice-prefeita, o meu papel é dar estabilidade política para o município”. Essas são as afirmações da vice -prefeita, Márcia Lamas (PSB), a respeito da crise institucional instaurada na Serra. A reportagem do Tempo Novo pediu que ela esclarecesse o que seria objetivamente “dar estabilidade política” à cidade. Márcia insistiu na palavra “estabilidade” na entrevista, mas concluiu dizendo que confia na Justiça e que tudo vai ser esclarecido. Ela é a primeira na linha de sucessão de Audifax Barcelos (Rede) num contexto do acirramento de uma grave crise entre Câmara da Serra e Poder Executivo. O prefeito acusa publicamente a Câmara de Vereadores de estar “tomada pelo crime organizado” com o intuito “de derrubá-lo” do cargo. Já o presidentedoLegislativo municipal,RodrigoCaldeira (Rede), nega as acusações.

Crise institucional provoca reações distintas em políticos

foto: jansen lube

márcia afirma que seu papel é dar estabilidade política ao município [márcia lamas] Como vice-prefeita,

o meu papel é dar estabilidade política para a Serra. É o que tenho feito. Quanto à questão que você coloca aí das denúncias que o prefeito fez, ele afirmou que as encaminhou aos órgãos competentes e, com certeza, tudo será esclarecido, porque nós confiamos na Justiça. Mas sobre sua percepção pessoal, você concorda com as palavras do prefeito? Eu acho que o momento é de aguar-

dar que tudo isso seja esclarecido. A Serra, diante da sua importância e desse momento de crise que o país vive, é preciso que volte à estabilidade, que haja estabilidade nesse município. Você ou qualquer filiado graduado do PSB tem dialogado com esse grupo de vereadores de oposição? Não. Nós não temos. Não vou responder pelo presidente do partido, porque é o Marcos Tongo. O nosso papel nesse momento é trabalhar essa questão da estabilidade política. Objetivamente, o que essa questão de estabilidade política significa? Uma reconciliação de Audifax com Caldeira? Estabilidade… Que essa crise se resolva. Que tudo seja esclarecido; já que está na mão da justiça, que seja esclarecido. Se tiver que abrir as investigações, que sejam esclarecidas. Para que volte a estabilidade ao município e que os projetos continuem. Que tudo continue como está caminhando e que não afete a vida do município.

“Em relação a este fato na Serra, eu não gostaria de emitir opinião, até porque não acompanho de perto. O PDT, os vereadores, em determinado momento, todos eles estavam na base do prefeito. Não estou participando ativamente; estamos envolvidos com as reformas. Brasília está pegando fogo. Não conversei com ninguém nem com vereadores do PDT, porque, inclusive, há pouco tempo estavam na base do prefeito”. Sérgio Vidigal (PDT), ex-prefeito e atual deputado federal.

“Estão conectados com a velha política”, comenta Vandinho

“Está faltando bom senso de ambas as partes. Acho que tem erro do prefeito, que não teve habilidade necessária para criar um clima harmônico com os vereadores, e tem um clima dos vereadores que partiram quase para um ringue de briga pessoal. Acredito que a classe política como um todo da Serra está demonstrando total falta de conexão com o que a população pensa hoje, o que as pessoas esperam de uma nova política. Isso que está acontecendo, essa relação prefeito e vereador, é a velha politica. Ninguém quer saber disso. Está totalmente desconectado com o que a população pensa nesse momento. Prefeito e vereadores da Serra estão conectados com a velha política”. Vandinho Leite (PSDB), deputado estadual.

“Tudo será esclarecido para o bem dos serranos”, avalia Bruno Lamas

“A Serra é a cidade mais importante do estado. Tem muitas obras, investimentos e responde por 30% do PIB capixaba. Estamos unidos para manter o equilíbrio administrativo e político do município. É hora de equilíbrio, diálogo e humildade. Acredito que haverá investigação das duas partes e tudo será esclarecido para o bem dos serranos. O tempo tudo resolve e esclarece. Audifax é um bom prefeito”. Questionado sobre seu entendimento para a palavra “estabilidade” - uma vez que o PSB ocupa a primeira posição na fila de sucessão na Serra -, Bruno se esquivou e disse que é “paz, equilíbrio, pensar no coletivo e nas pessoas prioritariamente”. Bruno Lamas (PSB), deputado estadual licenciado e atual secretário de Estado.

“Esse movimento de desestabilização política é ilegal”, analisa Xambinho

“Avalio que o atual cenário desfavorece o ritmo de crescimento que a cidade vem apresentando. Esse movimento de desestabilização política promovido pela Câmara da Serra, com a abertura de oito comissões processantes contra o prefeito Audifax, é ilegal quanto à forma como foi feita; tanto é que o Judiciário decidiu pela suspensão. Em relação à troca de acusações entre o prefeito e o presidente da Câmara, torço para que se apurem todas elas e que a cidade não perca a confiança em seus representantes. Que essa crise passe logo, e reafirmo minha solidariedade a Audifax e sua idoneidade, que na vida pública vem pautando suas ações no interesse público, na probidade administrativa e na transparência”. Alexandre Xambinho (Rede), deputado estadual.


crise institucional na serra | SERRA (ES), FOTO: GABIEL ALMEIDA / ARQUIVO TN

Mais de 40 entidades formaram o Fórum Reage Serra e criticam projetos com benefício social travados na Câmara da Serra

Entidades acusam Câmara de forjar fatos políticos e afrontar democracia M ais de 40 entidades da sociedade civil organizada formaram o Fórum Reage Serra. O nome é em alusão ao Fórum Reage Espírito Santo, criado em 1999 e que teve papel de destaque nas ações de combate ao crime organizado no estado, além ter sido o responsável pelo pedido de intervenção federal no Espírito Santo. Tal período foi popularmente conhecido como a “Era Gratz”. O Fórum acusa a Câmara de articular uma “desestabilização” da gestão do prefeito Audifax. Segundo um dos coordenadores do Fórum, Rosemberg Moraes, são dezenas de entidades, entre elas: Associação dos Empresários da Serra; Ordem dos Advogados do Brasil; Câmara de Dirigentes Lojistas; entidades religiosas, entre evangélicas e da Igreja Católica; vários conselhos municipais e outros. Ele explica que o grupo vai se reunir toda segunda-feira pela manhã na Associação de Moradores de Caçaroca ou no Centro de Treinamento São João Batista. “Não queremos que esse fórum se encontre num espaço do poder público, porque a gente entende que tem que ser um fórum da sociedade civil onde a gente busque a

estabilidade política do município”. O Fórum irá acompanhar os trabalhos no Legislativo municipal e quer transparência. “Qualquer entidade e cidadão pode ingressar. Nós estamos montando um site e uma página no Facebook. Vamos acompanhar todos os trabalhos na Câmara, porque a gente quer toda a transparência possível”. O grupo lançou uma nota de esclarecimento na última quinta-feira (03). “Nós da sociedade civil organizada da Serra, representando 40 entidades reunidas, vimos pela presente nota pública alertar a população serrana para a gravidade do quadro político pelo qual passa nossa cidade. Nos últimos meses, sob a alegação do cumprimento do seu papel, um grupo de vereadores vem se articulando para desestabilizar a administração do município, afrontando o Estado Democrático de Direito, sem expor para os munícipes as verdades”. A nota segue afirmando que a Câmara de Vereadores criou investigações sem fundamento técnico. “O movimento consiste basicamente em paralisar a análise e as aprovações de projetos de interesse público que estão sob análise da Câmara, bem como, mais recentemente, na monta-

gem de oito comissões processantes sem nenhum fundamento técnico para forjar fatos políticos que paralisem a gestão municipal e culminem no afastamento do Prefeito”. O grupo afirma que fará resistência ao que eles chamam de “afronta” aos interesses públicos. “A Câmara tem o dever de fiscalizar o Executivo, mas esse não pode ser usado pelo seu presidente para interesses pessoais e políticos. Nós já assistimos a essa prática antes no Espírito Santo e conhecemos seus métodos e resultados. Precisamos proteger a Serra dessas manobras que afrontam o interesse público. Constituímos um fórum de resistência da sociedade civil denominado “Reage Serra”, que já está atuando na defesa da democracia e do estado de direito”. Por fim, o Fórum acusa a Câmara Municipal de promover boicote em projetos de interesse social. “Também nos posicionamos contra o boicote a projetos de interesse da cidade. Somos pela votação e aprovação dos projetos de interesse público da Serra, manutenção da normalidade dos projetos de interesse social; em defesa da democracia, do interesse público e da sociedade serrana. Diálogo e responsabilidade já!”

Transparência cobra informações e sugere mobilização da sociedade Secretário de Relações Institucionais da Transparência Capixaba, Rafael Simões faz ponderações sobre a crise institucional na Serra. Ele faz críticas a ambos os lados, prefeito e vereadores de oposição. Segundo ele, está na hora de as partes colocarem informações “concretas” na mesa para que a população faça seu julgamento. “Essa é uma situação difícil, pouco clara e está na hora de as partes pensarem com um pouco mais de calma e botarem informações na mesa, para além da retórica. É uma situação que exige informações concretas”, disse Rafael. Ele também faz questionamentos para ambos os lados. “Me parece que os dois estão fazendo acusações muitos sérias uns aos outros. Então, sem ordem de importância: o prefeito acusa o presidente da Câmara de fazer parte do crime organizado, que está querendo dar um golpe e tomar a prefeitura. Diz que já entregou prova à Justiça. Se está fazendo acusações tão pesadas ao chefe de outro poder, algo tem que vir a público para consubstanciar a acusação. Uma coisa que me chama a atenção:, Audifax é o líder político da Rede e o presidente da Câmara é do seu partido. Então, como essa

italo: o momento é preocupante

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Serra, Ítalo Scaramussa, disse que o momento é preocupante pelo teor das acusações que despontam de ambos os lados. “A Câmara deve cumprir seu papel institucional de investigar; todavia, com imparcialidade e respeito às regras, garantindo-se o contraditório e a ampla defe-

sa, fazendo prevalecer ao final o interesse público. Não há espaço para revanchismo político. As denúncias trazidas pelo prefeito, por seu turno, não são de menor importância e precisam da atenção dos órgãos competentes para investigar. O crime organizado atua de diversas formas e, como vimos no passado recente de nosso estado, com ramificações nos poderes

pessoa se filiou ao partido do qual ele é líder político? Essas são algumas questões que precisam ser esclarecidas”, argumenta. Rafael também faz questionamentos à Câmara de Vereadores, que segundo ele deve esclarecer o teor das denúncias contra o prefeito. “Por outro lado, por que abrir oito processos de impeachment? Afinal, são oito fatos diferentes, conforme informa o presidente da Câmara? Mas que fatos são esses? Tem que ser dada a informação à população, porque boa parte votou no prefeito Audifax; portanto, é justo que as pessoas saibam com clareza as acusações. E agora, o presidente da Câmara lança a suspeita de que o crime organizado na verdade estaria na prefeitura, liderado pelo prefeito. Muito complicado”. Para Simões, é preciso uma intervenção política dos atores da cidade, outros vereadores, deputados estaduais e federais que tenham base na cidade para que essas coisas sejam aclaradas. “E talvez das próprias organizações da sociedade civil, porque uma crise dessas acaba com a qualidade de vida das pessoas. É importante que a cidade continue funcionando”, enfatizou. foto: divulgação

rafael simões f az questionamentos e quer transparência dos poderes

Para OAB, qualquer indício de crime organizado precisa ser investigado FOTO: DIVULGAÇÃO

5 a 12 de abril de 2019 | TN | P5

constituídos. Qualquer indício de retorno daqueles tempos é motivo de alerta e precisa ser investigado. Esperamos que isso não esteja a ocorrer na Serra. Momentos como esses trazem paralisia e incontáveis prejuízos. Que se resolva rápido e com total transparência. A Ordem acompanha atenta os desdobramentos de mais essa crise institucional”.

guerra na justiça As rusgas entre Executivo e Legislativo devem ganhar mais um capítulo nesta sexta-feira (4). Após registrarem Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, onde acusam o prefeito e o vereador Fábio Duarte (PDT) de caluniá-los, os 16 vereadores prometem protocolar na Justiça, separadamente, ações contra o prefeito. Os parlamentares querem que o prefeito apresente provas das acusações feitas ao grupo.


P6 | TN | SERRA (ES), 5 a 12 de abril de 2019 |

Meio Ambiente

Acordo do governo com Vale e Arcelor na mira de CPI

foto: divulgação leitor

bruno lyra

O

s Termos de Compromisso Ambiental (TCAs) firmados no ano passado entre as principais responsáveis pelo pó preto na Grande Vitória, Vale e ArcelorMittal Tubarão, junto com Governo do Estado e Ministério Público vão ser investigados na Assembleia Legislativa. É que na última segunda-feira (01) foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá apurar a legalidade do TCA, que, na prática, suspende ações judiciais contra as siderúrgicas em troca da promessa de as empresas reduzirem a poluição que geram. Proposta pelo deputado Sérgio Magesky (PSB), a CPI acabou presidida por Marcelo Santos (PDT). E já para a próxima terça-feira (9), convidou representantes de cinco instituições envolvidas no acordo. São eles o promotor do Ministério Público do Estado, Marcelo Lemos, e o procurador da República, André Pimentel Filho, responsáveis pela elaboração dos TCAs; Romildo Fracalossi, Relações Institucionais de Meio Ambiente da Vale; João Bosco Reis

O pó preto a umentou nestes dias de vento sul em Morada de Laranjeiras, segundo morador que enviou esta imagem para o jornal na segunda (1)

da Silva, gerente-geral de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arcelor Mittal Tubarão; e um representante da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETSB), responsável pela elaboração do relatório que embasou o TCA. De acordo com a assessoria de imprensa da Assembleia, caso os convidados não compareçam, a Comissão

irá convocá-los. Após o TCA, Vale e Arcelor detalharam metas e ações para reduzirem a poluição até 2023. A promessa da Vale é reduzir em 93% a emissão de pó preto, caindo de 2.730 toneladas/ano para 195 ton/ano. Já a Arcelor diz que irá diminuir em 16% a quantidade do poluente, caindo de 1.788 toneladas/ ano para 1.642 ton/ano.

Siderúrgica acumula multas de R$ 3,3 milhões por causa de pó preto Falhas no sistema de controle da poluição do ar na ArcelorMittal Tubarão, localizada na Serra, tem levado o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) a multar a empresa com frequência. A última aconteceu no início de março, quando o órgão estadual constatou problemas no Sistema de Apagamento/Resfriamento a Úmido de Coque, que gerou multa de R$ 135 mil. Segundo assessoria de imprensa do Iema, esta parte da operação da empresa chegou a ser interditada entre os dias 7 e 12 de março. Durante vistoria que gerou a interdição, técnicos do Instituto também flagraram

outras irregularidades na contenção da poluição do ar, o que gerou mais oito multas que totalizaram R$ R$ 218,3 mil. A assessoria do Iema acrescenta que, em ações anteriores, o órgão emitiu outros 10 autos de multa à Arcelor por sujar o ar em quantidade acima do permitido por lei. Tais autos geraram valor de R$ 3 milhões. O Iema não informou se as multas foram pagas. Além de lançar gases siderúrgicos no ar, como dióxido de carbono, dióxido de enxofre, benzeno, dentre outros, a produção de placas de aço na Arcelor é, ao lado da sua principal fornecedora, a Vale, a principal fonte

de emissão do conhecido pó preto na Grande Vitória. Resposta da Arcelor Em nota, a siderúrgica admitiu falhas pontuais no controle da poluição, mas que as corrigiu conforme as exigências do Iema. Tanto que houve a desinterdição dos locais que haviam sido embargados pelo órgão. A empresa frisou que está investindo R$ 1,5 bilhão para reduzir emissão de poluentes. Ressalta, ainda, que faz medição nas chaminés e passa os dados para o Iema, e que as informações podem ser acessadas no site http:// tubarao.arcelormittal.com/sustentabilidade/meioambiente.

Não há risco com lixo radioativo, diz órgão Dois meses depois do incêndio que atingiu 992 tambores de rejeitos radioativos da Petrobras no TIMS, saiu o resultado final da análise de água e solo da região, feita pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) no Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria de imprensa do CNEM, não foi identificado radiação acima do limite legal e, por isso, o órgão considera que não há risco para a saúde da população. “Como imaginávamos e agora confirmamos, as análises de amostras de solo e água pela técnica de esfregaço e pela técnica radioquímica apresentaram resultados abaixo dos limites estabe-

lecidos em norma”, diz nota do órgão enviada à reportagem. O incêndio aconteceu no dia 28 de janeiro e demorou mais de 24 horas para ser controlado. Além de produtos plásticos, ele atingiu 992 tambores de rejeitos da extração de petróleo contendo NORM, substâncias que contêm Radio 226 e Radio 228, elementos radioativos presentes naturalmente em rochas perfuradas durante a extração de petróleo. Já o Ibama disse que o material estava armazenado de forma irregular, a céu aberto. A Petrobras, por sua vez, negou ilegalidade e disse que os tambores estão sendo transferidos para galpões no próprio TIMS.


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Economia foto: divulgação vale

entre f uncionários próprios, terceirizados e rede de fornecedores, a Vale gera 12 mil empregos no ES, diz sindicato

Sindicato teme demissões na Serra e no ES com queda de produção na Vale

Empreendedor aposta em sala compartilhada a partir de R$ 199/mês Uma inovação contemporânea, a sala de trabalho compartilhada – também chamada de coworking – é negócio em Laranjeiras. Tanto que empreendedores e profissionais liberais já podem ter espaço para trabalho a partir de R$ 199/mês em um imóvel na 1ª Avenida, próximo ao Shopping Laranjeiras. Essa é a aposta do empresário Wanderlúcio Miranda, que fundou em setembro do ano passado a Enjoy Coworking. “O conceito do espaço é compartilhar os recursos e as instalações estruturadas para empresas e profissionais liberais da forma mais eficiente do ponto de vista financeiro e mercadológico”, conta. Segundo Wanderlúcio, além de substancial redução de custo no aluguel e de outros serviços, profissionais que aderem a esse formato também têm o bônus de conviver

com pessoas de outras áreas e, assim, ampliar o networking. “A Enjoy Coworking oferece aos seus parceiros uma estrutura com salas de reunião, escritórios, ambientes compartilhados com estações de trabalho, sala privativa, sala de reunião, cópias, Wi-Fi, armários fixos e telefonia por IP (tarifado)”, enumera o empresário. “Além de atender à demanda de empreendedores e profissionais liberais, as instalações foram planejadas para gerar um ambiente onde o fluxo de profissionais de diversas áreas possa trocar experiências, proporcionando uma interação entre os associados”, acrescenta Wanderlúcio. Mais informações, no site http:// enjoywork.com.br ou pelo telefone (27) 3010-3201. O email é comercial@enjoywork.com.br. foto: fábio barcelos

Impacto é resultante do fechamento de áreas de mineração em Minas Gerais por conta do risco de rompimento de outras barragens Clarice Poltronieri

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Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal) teme que a queda de produção de minério de ferro na Vale por conta do rompimento da barragem de Brumadinho e a paralisação de várias lavras em Minas Gerais, por risco de colapso em outras barragens, possa gerar desemprego e outros impactos econômicos na Serra e no Espírito Santo. Duas empresas situadas em solo capixaba que dependem do fornecimento da Vale - as siderúrgicas CBF, em João Neiva, e Santa Bárbara, em Cariacica - chegaram a ter as atividades paralisadas por falta de matéria-prima. Em uma delas, os funcionários chegaram a assinar aviso prévio, mas a produção foi retomada antes que as demissões se consumassem. Na Serra, a ArcelorMittal Tubarão, principal cliente da mineradora, disse não ter sido afetada; porém, não esconde a preocupação ao declarar que espera que a mineradora priorize seus parceiros locais. De acordo com o presidente do

Sindimetal, Max Célio de Carvalho, o sindicato tem atuado para tentar evitar demissões. “Todas as empresas do setor no estado são abastecidas pela Vale. Duas chegaram a ficar sem fornecimento: a CBF e a Santa Bárbara. Na CBF, os funcionários chegaram a assinar aviso, mas o sindicato atuou e a Vale voltou a fornecer minério”, explica. Max acredita que a crise é especulativa, mas também diz que o sindicato está acompanhando de perto a situação. “A Vale é uma gigante. Só nela são 5 mil funcionários e mais mil terceirizados. Se considerar os fornecedores, o número chega a uns 12 mil. A empresa é importante para a economia do estado e do país, mas precisa se responsabilizar por tudo o que aconteceu. Os funcionários não podem pagar por isso. Se falar em demissão, o sindicato vai conversar com a categoria para paralisar a produção”, pontua. Para ele, a ameaça de redução na produção da empresa tem objetivos maiores. “A Vale diz que vai reduzir a produção para pressionar

empresários e o setor público de forma que não saia tão prejudicada depois das duas tragédias, a de Mariana e de Brumadinho. Isso também eleva o valor do minério, que já está sendo vendido a U$ 80 a tonelada”, aponta. Preço do minério Ele afirma que antes do rompimento da primeira barragem de rejeitos há três anos, em Mariana, o preço do produto estava em baixa. “Entre 2011 e 2014, o lucro das vendas de minério caiu muito, de U$180 a tonelada para U$ 46 aproximadamente, sendo que o custo de produção é em torno de U$ 30. A própria Vale já estava com duas usinas paradas e a Samarco estava com contingência de custo de R$ 35 milhões. ”, diz. Na semana passada, a mineradora anunciou que poderá vender 20% a menos do que estava previsto para este ano. A previsão era vender 93 milhões de toneladas de ferro, mas agora está em torno de até 75 milhões.

a enjoy C oworking fica na Primeira Avenida, no bairro Laranjeiras

feira do bebê e da gestante Segue até o próximo domingo (07) do a Feira do Bebê e Gestante no Pavilhão de Carapina. Nesta sexta e sábado é das 14h às 22h. Já no domingo é de 14h às 20h. A entrada custa R$ 8 por pessoa. Pessoas acima de 60 anos e abaixo de 12 anos não pagam. Além dos itens para grávidas e nenéns, o evento também traz mostra de moda infanto-juvenil. Mais informações no telefone 98111-2480.


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Cultura & Lazer

Agora é semifinal e Jeremias conta com voto para seguir arrasando na TV Globo foto: divulgação

Ana Paula Bonelli

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menino cantor da Serra, Jeremias Reis, irá se apresentar novamente no The Voice Kids, da TV Globo, neste domingo (7), por volta das 13h. O pequeno de 12 anos, que já morou em Central Carapina e hoje reside em Jardim Tropical, segue firme no programa global e tem conquistado o coração de jurados e espectadores com suas apresentações recheadas de talento, humildade e carisma. Nas redes sociais, Jeremias é praticamente unanimidade e recebe muitos elogios. O garoto se tornou orgulho serrano e capixaba. A apresentação no domingo terá o mesmo formato da exibição anterior: será ao vivo e, para Jeremias continuar no programa, precisará do voto do internauta. O público já elegeu o serrano por duas vezes. No último dia 24, ele conquistou 70% dos votos do público. Jeremias cantou a música “Apenas Mais Uma de Amor”, de Lulu Santos, e arrancou aplausos dos jurados e da plateia. O menino tem como treinadoras a dupla Simone e Simaria, e essa foi sua quarta aparição no programa. Ele também pode ser indicado pelas treinadoras para continuar no programa, caso o público não o escolha. Jeremias vem de uma família humilde e mora de favor numa casa emprestada em Jardim Tropical. Ele fez duas apresentações em shoppings da Serra nas últimas semanas e milhares de pessoas participaram dos encontros que aconteceram no MontSerrat, em Laranjeiras, e no Mestre Álvaro, em Eurico Salles. Na última votação, leitores do

O MOLEJO s erá a principal atração do evento, que acontece em Parreiral

Semana que vem, dia 13 de abril (sábado), o Villa Mix vai voltar à Serra. O show será no Pavilhão de Carapina e terá uma mistura de gêneros que promete atrair uma multidão. No ano passado, o evento reuniu 30 mil pessoas. As atrações deste ano serão Jorge & Mateus, Gusttavo Lima, Ivete Sangalo, Xand Avião, Jefferson Moraes e Jet Lag. O Villa Mix Vitória terá segurança reforçada e um formato novo de palco, setores e muito mais. A organização da festa é da Marques Produções, Leo Produções e Adaucto Morais Produções. Os ingressos estão à venda nas

lojas Baggagio (shoppings Vitória, Praia da Costa e Boulevard Vila Velha), Country Ville (Laranjeiras e Campo Grande), Mundo do iPhone (shopping Mestre Álvaro), Stronda’s (Cachoeiro de Itapemirim), Acqua (Guarapari), Celular. com (Colatina), Al Jarreau Jeans (Linhares), Hot Line (São Mateus e Jaguaré) e Kelly Modas (Aracruz). Vendas online, pelo site www.ticmix.com.br. Os valores são: Pista (1º lote) – R$ 50,00 (meia) e R$ 100,00 (inteira); Área Vip 1º lote – R$ 100,00 (meia) e R$ 200,00 (inteira); Open Bar 3º lote – R$ 220,00; Backstage 3º lote – R$ 400,00. Informações: 3371-4833. foto: rafael mattei/divulgação

jeremias é do time das cantoras Simone e Simaria e precisará do voto do público para seguir rumo à final do The Voice Kids da TV Globo, no domingo

Tempo Novo, por meio da página no Facebook, disseram votar até mil vezes no menino. É o caso de Rayane Dias. “Jeremias, se sua vitória depender de minha família, você vai ser campeão. Só daqui da minha casa foram uns 1.000 votos ou mais”, contou. Rosa Rodrigues é outra que disse que na casa dela deve ter sido cerca

de 200 votos. “Eu e meu filho não paramos de votar”, disse. Até internauta da Bahia deu opinião sobre o pequeno talento: “Um salve aqui da Bahia para o pequeno Jeremias. Na torcida, campeão”, comentou Eliete Melhorini. Já Vera Mariano contou que teve o prazer de conhecer esse pequeno notável. “É um amor de criança”.

Veja o passo a passo para se cadastrar e votar: ◊ O internauta deve acessar o site da TV Globo ou baixar o aplicativo. ◊ Para se cadastrar, o participante pode entrar com o Facebook ou com a conta do Google. ◊ Caso não tenha nenhuma das duas contas, o internauta deve preencher os formulários com alguns dados. Depois, é só clicar no campo “não sou um robô” e confirmar o e-mail que será recebido.

Molejo dá o tom na Feijoada do João FOTO: DIVULGAÇÃO

Tá chegando a hora de Ivete, Gusttavo Lima e Cia no Pavilhão de Carapina

No mês que vem, a galera que curte aquele samba tem encontro marcado. Na Chácara Flora, em Chácara Parreiral, acontece a tradicional Feijoada do João, que nesta sétima edição trará o grupo Molejo. Será dia 5 de maio, a partir das 11h. O jornal Tempo Novo está sorteando um par de ingressos. Quer participar? Dá uma passada no Instagram do Tempo Novo e confira como concorrer. O grupo Molejo é dono de canções como “Dança da Vassoura”, “Brincadeira de criança” e “Cilada”. A festa terá,

ainda, show com Leley, Andréa Nery, Samba Diverso e Júnior Deejay. O evento começa às 11h30 com muito samba e feijoada liberada das 12h às 15h30. Haverá, ainda, área de alimentação com food trucks, cervejas artesanais, além de Feira de Economia Criativa e espaço kids para a criançada. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos pelo site www. superticket.com.br. Informações pelo 98831-0140, 3055-3033. A realização é da Jam Produções.

a baiana I vete Sangalo volta à Serra depois de quatro anos para o Villa Mix

Reggae do Soja de volta ao ES em maio

A banda americana Soja, de Washington DC, volta a solo capixaba depois de quatro anos. O show tem produção dos serranos Rodrigo Rosa e Léo Kbong e será no dia 12 de maio, na Arena Vitória (Álvares Cabral), a partir das

21h. Além de Soja, a banda Lagum, de Minas Gerais, é outra atração no evento. A banda trará a turnê “Sing To Me Spring Tour 2019”. Os ingressos estão à venda por meio do link https://www. onticket.com.br/#/eventos/116. foto: divulgação

a banda Soja é norte-americana e o show será na Arena Vitória, dia 12 de maio


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Geral

Homens buscam salões e clínicas para ficarem mais bonitos

Limpeza de pele, depilação, fazer sobrancelha, entre outros procedimentos, estão cada vez mais comuns entre eles

FOTO: DIVULGAÇÃO

Gabriel Almeida

A

maioria dos homens cresceu com a ideia de que ser vaidoso e cuidar da aparência é coisa apenas de mulher. Com o passar dos anos, essa crença caiu por terra e muitos homens estão quebrando paradigmas impostos pela sociedade e se tornando cada dia mais cuidadosos com a própria aparência. Alguns até fazem tratamentos estéticos e investem tempo e dinheiro para ficarem mais bonitos, apesar de ainda existirem preconceitos. Ex-morador da Serra e atualmente residindo em Jardim Camburi, Felippe Nascimento Vaz é um dos homens que romperam a barreira do preconceito e hoje faz diversos tratamentos estéticos. Ele conta que, no início, teve vergonha de procurar uma clínica de estética, mas não pensa em parar de realizar os procedimentos. “Antes do primeiro procedimento tive um pouco de vergonha por ser homem e a maioria desse público ser formada por mulheres. Mas logo na primeira sessão vi melhora significativa em meu rosto, o que me motivou a continuar e a fazer até hoje. Não vejo a limpeza de pele como vaidade, mas como saúde”, argumenta. Diego Dias, de Novo Horizonte, também realiza tratamentos estéticos regularmente e afirma não ter mais vergonha de cuidar de si mesmo. “Faço tratamentos estéticos regularmente, vejo que é muito importante para minha saúde e até mesmo para minha autoestima. Já fiz limpeza de pele, sobrancelha, peeling, microagulhamento e detox. Me sinto bem e pretendo continuar cuidando de mim mesmo; não tenho vergonha”, afirma. A proprietária da Estética Avançada Estefani Tinelli, que fica em Laranjeiras, confirma que a procura de homens por tratamentos estéticos tem crescido, mas afirma que ainda existe preconceito. “Acredito muito que estereótipos são feitos para serem quebrados e percebo que aos poucos o homem tem saído da posição de ‘homem não se cuida’ e tem investido um pouco mais nele.

Amor pela arte e fé motivam atores do auto da Paixão de Cristo Ana Paula Bonelli

O nascimento, a vida, a agonia, a morte e a ressurreição de Cristo ganham vida no talento de atores amadores na Serra. Em abril, quando se celebra a data na Sexta-feira Santa - que este ano cairá no dia 19 -, diversas encenações da Paixão de Cristo acontecem pela cidade e envolvem centenas de pessoas que vão desde a organização à dramatização do fato ocorrido. Na cidade, duas encenações estão confirmadas: em Bairro de Fátima, na paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, e em Barro Branco, na praça do bairro, promovida pela Igreja Batista do Mestre Álvaro. Tem também outra apresentação teatral que ainda não está confirmada, pois depende de verba da prefeitura da Serra para acontecer: a do grupo Lúmen, que ocorre há 30 anos em Vista da Serra. Mateus Pimentel Fiuza, de 24 anos, dará vida a Jesus Cristo na peça que será exibida em Bairro de Fátima. Morador de Jardim Camburi, ele disse que é motivador fazer o papel, mas ao mesmo tempo uma responsabilidade grande. “Quando recebi o convite, fiquei um pouco sem graça. Jesus Cristo é tanta coisa para nós Cristãos. Ser comparado a Ele de alguma forma é sensacional. Já participei da via sacra em outras oportunidades, mas nunca num papel tão importante. Por estar bastante envolvido com o grupo de jovens da igreja, acabo periodicamente participando de teatros, pregações e adorações para evangelizar outras pessoas”, destaca. Mateus conta que são realizados em torno de cinco a seis ensaios. “A rotina de ensaio começa mais ou

menos 30 dias antes da apresentação”, relata. Também interpretando Jesus, pelo quarto ano consecutivo, Ygor Gasparini do Nascimento, da igreja Batista Mestre Álvaro, conta como é ser o salvador, mesmo que por um dia. “Fazer este papel é a melhor sensação para quem é apaixonado pelo personagem. Você se apaixona mais ainda pela vida de Jesus. A emoção de poder trabalhar no cenário e atuar dá a nós cristãos um sentimento de dever cumprido ao ver o número de pessoas que entra em contato com a história do Cristo. Poder relembrar o que ele viveu é um privilégio”, ressalta o jovem de 21 anos que é morador de Campinho da Serra II. Ensaios e figurino Ygor conta que os ensaios começam cerca de um mês antes da apresentação e são realizados ao ar livre todas as sextas-feiras, na praça do bairro Mestre Álvaro. Jaques Silva será o Barrabás pela quarta vez na encenação de Barro Branco. Ele também é um dos fundadores da encenação. “Meu personagem é um assassino que mata as pessoas por dinheiro, mas é escolhido pela multidão para ser salvo, enquanto Jesus é condenado à crucificação”, explica. Ele conta que interpretar o personagem gera adrenalina. “Me sinto vivenciado uma história real. É uma honra pode fazer parte dessa história tão fantástica que relembra a história do nosso mestre Jesus. O espetáculo na praça de Barro Branco é ao ar livre e tem muita arte. Apesar da falta de recursos, fazemos tudo por amor a Deus. Cada ator paga por seu figurino, alguns são bem caros”, frisa. FOTO: DIVULGAÇÃO

felippe d iz que no início tinha um pouco de vergonha, mas agora está à vontade para fazer sobrancelha e limpeza facial na clínica de Estefani Tinelli

Existe ainda um pouco de preconceito, vergonha de ser visto fazendo algum procedimento e medo de ouvir comentários de amigos e familiares. Mas a procura de homens no mercado estético tem crescido”, explica Estefani. A empresária ainda disse que procedimentos no rosto são os mais procurados. “Limpeza facial, sobrance-

lhas, peelings, microagulhamentos, depilações a laser… Hoje existem muitas opções de tratamento para o homem. Ainda há uma procura maior para procedimentos no rosto, como estes que comentei agora; mas o corpo também faz parte do bem estar e deve ser incluído no pacote de cuidados. Homem moderno é homem que se cuida”, defende.

ygor, c om a cruz no papel de Jesus, durante peça encenada em 2018


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geral FOTO: BRUNO LYRA / ARQUIVO TN

Obras do Contorno do Mestre Álvaro começam ainda em abril, diz governo As obras do Contorno do Mestre Álvaro podem sair do papel ainda este mês. Em reunião realizada nesta quarta-feira (3) na Câmara dos Deputados, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes Freitas, prometeu que as atividades serão iniciadas assim que for assinada a ordem de serviço, cuja data foi alterada para 30 de abril. A solenidade será realizada no Ministério da Infraestrutura, em Brasília. A afirmação aconteceu após questionamento do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT). “O início de obra é imediato, ou seja, dando

a ordem de serviço nós vamos ter a mobilização da empresa e início de serviço que é fundamental para a Serra, além de tirar o tráfego pesado de dentro do município”, explicou o ministro. O deputado federal Sérgio Vidigal, que é coordenador da Comissão Externa para acompanhamento da obra, disse que irá cobrar a promessa. “Vamos acompanhar o passo a passo desse empreendimento, que é imprescindível para salvar vidas, para a segurança viária e para o desenvolvimento da Serra, do Espírito Santo e do Brasil”, frisa.

Ativistas dão lição de meio ambiente em escolas trecho e m frente à Cidade Pomar é um dos que receberão a iluminação bancada pelo contribunte da Serra

Eco cobra pedágio, mas prefeitura é que vai iluminar BR 101

O município vai investir R$ 2,5 milhões na estrutura. Anteriormente, a prefeitura já havia gasto R$ 7 milhões para iluminar o Contorno Gabriel Almeida

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prefeitura da Serra vai ter que gastar cerca de R$ 2,5 milhões para iluminar uma rodovia onde se cobra pedágio do motorista. Trata-se da BR-101, que atualmente é administrada pela concessionária Eco 101. No quesito de iluminação pública, a empresa afirma que a manutenção e a instalação desses sistemas não estão previstos em contrato e, por isso, a obrigação é do município. A informação dada pela prefeitura na manhã desta terça-feira (26) é de que será implantada uma nova iluminação em todo o trecho entre a região de Carapina e Divinópolis. Serão instalados mais de 200 novos postes de iluminação e a previsão é que as obras comecem a partir de julho deste ano.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a prefeitura tem que iluminar a BR-101. Em 2015, o município gastou cerca de R$ 7 milhões para cobrir o trecho que fica entre a ponte do rio Santa Maria, na divisa com Cariacica, e as proximidades de Carapina, numa extensão de 11 km. Na ocasião, a Eco 101 também havia declarado que não está prevista no contrato de concessão a iluminação da via. Dessa vez, a concessionária usou a justificativa de que as prefeituras cobram de todos os moradores contribuição de iluminação pública e que esse tributo é destinado a financiar o gasto específico com esses sistemas. Em nota, a Eco 101 informou que a manutenção e a instalação de sistema de iluminação pública em perímetros urbanos não estão pre-

vistas em contrato. A empresa ainda disse que, de acordo com resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a elaboração de projeto, a implantação, a expansão, a operação e a manutenção das instalações de iluminação pública são de responsabilidade do ente (prefeitura) municipal ou de quem tenha recebido deste a delegação para prestar tais serviços e, por isso, “não cabe à concessionária Eco 101 qualquer tipo de intervenção em instalação e manutenção elétrica, e sim aos municípios”.

Caça, lixo, fauna, flora e crimes ambientais. Estes são alguns dos assuntos que ativistas ambientais da Serra estão levando para escolas particulares e públicas do município. Todo o trabalho é realizado pela Ong Guardiões do Mestre de forma voluntária. O projeto é financiado com o valor simbólico cobrado pelo guiamento profissional a subidas e travessias da montanha. Junior Nass, que faz parte dos Guardiões, conta que a palestra mostra a história do monte por meio de fotos e vídeos. “Mostramos os animais, as plantas, conscientizamos sobre a caça ilegal e mostramos crimes ambientais que acontecem na Área de Proteção Permanente (APP) do Mestre Álvaro. Também falamos sobre o trabalho da Ong e como ela surgiu”, explica Nass. O Mestre Álvaro tem 833 metros de altitude e uma área total de 2.389 hectares. Eram 3.470, mas a área foi reduzida devido a um projeto de lei aprovado pelo governo do Estado em 2018. Em sua larga extensão

é possível encontrar animais como bugio, macaco prego, preguiça de coleira, ouriço, serpentes, anfíbios, aves, tamanduá, jacaré, lontra, jaguatirica, entre outros. No morro também existe uma espécie única de planta, que só é encontrada em solo serrano: a Behuria mestrialvarensis (uma flor). “Mas temos ainda orquídeas, bromélias, pavonia miltiflora, entre outras espécies”, conta Ricardo Monteiro. Segundo Ricardo Monteiro, que também faz parte da Guardiões do Mestre, cinco palestras já foram realizadas pelo grupo. A instituição de ensino que quiser receber os ativistas pode ligar e marcar pelo telefone 27 99631-2337. “Só precisamos que a escola tenha projetor e caixa de som, porque ainda não temos esse tipo de material”. A equipe da Ong conta com oito ativistas ambientais que, além de educação ambiental em escola, atuam promovendo turismo com subidas e travessias no monte, realizadas mensalmente. foto: divulgação

A ÚLTIMA p alestra aconteceu na creche Integração Maringá, em Mata da Serra


geral | SERRA (ES), 5 a 12 de abril de 2019 FOTO: GABRIEL ALMEIDA

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Festival reúne orquídeas, artesanato, produtos da roça e pratos com tilápia O feriadão da Semana Santa vai receber um evento que promete encantar olhos e paladares em Jacaraípe. É o 5º Festival de Orquídeas Lagoa do Juara Sabor da Tilápia. Será de 19 a 21 de abril na Praça da Tilápia, em frente à Associação de Pescadores da Lagoa. A organização é do Instituto Brasileiro de Fauna e Flora (Ibraff). Segun-

do o presidente do Ibraff, Claudiney Rocha, haverá exposição e venda de orquídeas, de produtos do artesanato e agricultura familiar, torta capixaba e pratos feitos à base de tilápia, da moqueca ao peixe frito. As atividades acontecerão das 8h às 17h nos três dias do evento. Outras informações pelo telefone 27 99994-9438. FOTO: FÁBIO BARCELOS / ARQUIVO TN

na casa d e Nanna e seu filho Estevan, em Valparaíso, a família toda cuida para evitar acúmulo de água no quintal

Moradores se mobilizam para ajudar a barrar avanço de dengue

Gabriel Almeida

À

beira de uma epidemia de dengue, a Serra já registrou só este ano mais de quatro mil casos da doença, sendo que um deles evoluiu a óbito. Para ajudar no combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue e também do vírus da zika e chikungunya, muitas famílias estão se unindo e realizando limpezas nos quintais, varandas e até no espaço interior de suas residências. É o caso da moradora de Valparaíso Nanna Sad. Ela contou que na sua casa todos são bem conscientes no combate ao mosquito. “Nos ralos, colocamos redinhas e solução com cloro, e a caixa d’água tem tampa de proteção. Temos bastantes plantas e, quando

molhamos, retiramos a água dos potes imediatamente. Como a casa tem animais, sempre usamos desinfetantes para limpeza diária e secamos todo o ambiente para que não acumule água”, destaca a médica veterinária. A moradora de Jardim Tropical Ariane Silva faz limpeza semanal em sua residência juntamente com seus parentes. “Eu e minha família nos unimos para limpar o quintal de casa toda semana. Sempre olhamos os locais onde pode ter possíveis focos e eliminamos o que pode causar. Acho que todos deveriam fazer isso, porque assim vamos conseguir combater a dengue na cidade”, afirma. Nátaly Carvalho, de Colina de Laranjeiras, se une ao seu esposo para combater o mosquito aedes aegypti. “Se dependesse de mim, a cida-

de não teria esse monte de focos de dengue. Acho que todos os moradores deveriam se conscientizar e saber que a responsabilidade de combater o mosquito também é nossa e não só da cidade. Na minha casa, eu e meu esposo limpamos o quintal toda semana, e todos os dias vejo os pratos das plantas. Aqui não tem vez para o aedes”, conta. O Tempo Novo conversou com o subsecretário de Saúde do município, Aldo Lugão, que afirmou que a população precisar atuar no combate. “Cerca de 90% dos focos dos mosquitos estão dentro das casas. É preciso que a população atue no combate. Só o fumacê, só as armadilhas e toda nossa campanha não serão suficientes se a população não estiver junto fazendo a parte dela”, destaca.

Aumento de 1.540% nos casos e sobrecarga nos pronto-socorros Desde a semana passada, a Serra está em alerta máximo para uma possível epidemia de dengue. Dados da Secretaria de Saúde Municipal mostram que já foram registrados 4.347 casos da doença só este ano, com um aumento de 1.540% se comparado ao mesmo período do ano passado. Além de ser o município com mais casos de dengue da Grande Vitória, foi o primeiro a registrar morte pela doença no estado em 2019. Não foi confirmado nenhum óbito por infecção de zika ou chikungunya, que já têm, respectivamente, 24 e 13 registros na cidade.

Outro problema gerado pelos casos de dengue é a sobrecarga nas UPAs do município. Segundo o subsecretário Aldo Lugão, por conta dos casos de dengue, as UPAs estão sobrecarregadas. “A gente orienta procurar as unidades básicas ou regionais de saúde. Se for dentro do horário de funcionamento delas, é melhor o paciente ir para as unidades e não para uma das UPAs, que estão sobrecarregadas”, explica. Para combater o avanço da dengue, a prefeitura colocou pontos de hidratação e de coleta de exames em unidades de saúde e nas UPAs, e tam-

bém distribui repelentes para a população. O município também intensificou o combate ao aedes aegypti desde dezembro de 2018, com a realização de forças-tarefas e mutirões nos bairros onde têm mais notificações e incidência de dengue com ações de bloqueio do vetor. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, são utilizados carros fumacê e de UBV, bombas costais e larvicidas durante as ações de combate. Também são feitas visitas domiciliares a terrenos baldios e a locais estratégicos, como ferros-velhos, floriculturas e borracharias.

claudiney d o Ibraff é o organizador do festival que acontece em Jacaraípe


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geral

Trabalhadores de terceirizada da Vale protestam contra salário baixo e demissões foto:bruno lyra

Bruno Lyra

F

uncionários da Usiminas, terceirizada da Vale, voltaram a protestar esta semana contra as condições de trabalho, salários baixos e demissões. O manifesto aconteceu em frente à entrada do Complexo de Tubarão na Serra. Queimando pneus na rodovia Norte-Sul na altura do terminal de Carapina, na manhã desta quinta-feira (04), os trabalhadores fizeram paralisações intermitentes no fluxo de veículos, o que deixou lento o trânsito na via para quem vinha no sentido Vitória - Serra. Representante dos funcionários da Usiminas, Juliano Brandão Ferreira explicou a razão dos protestos, que já tinham acontecido no dia 11 de março, quando os operários conseguiram que a empresa fornecesse café da manhã e revertesse a demissão de trabalhadores locais para contratar gente de fora do Espírito Santo. “Conseguimos essas duas situações, mas a insatisfação continua, porque a Usiminas está montando novos equipamentos para a Vale. O contrato, porém, é para manuten-

trabalhadores da Usiminas protestaram em frente à entrada da Vale em Carapina

ção e reparo. Aí o sindicato que está atendendo a gente é de manutenção e reparo; então, nossos salários caem mais de 50%. É absurdo, já que estamos fazendo obra aí dentro [de Tubarão] e nem plano de saúde temos”, detalha Juliano. Outra insatisfação é com a contratação de mão de obra de outros estados,

em vez de priorizar trabalhador local, pontua Juliano. “Tem uma lei da Serra que obriga a contratação de 70% de mão de obra local. Aí a Usiminas traz funcionários de fora, aluga a casa e faz esses trabalhadores apresentarem comprovante de residência daqui para burlar a lei”, afirma. O funcionário disse, ainda, que a

empresa foi avisada da insatisfação e da intenção do protesto, iniciado na última terça-feira (02). “Em vez de tentar negociar, a empresa colocou espião para delatar trabalhadores. Pelo que estou sabendo, 18 dos 180 funcionários da Usiminas aqui em Tubarão já foram demitidos. Mas falaram que terá mais demissões. Registramos ocorrência no Ministério Público. Trabalhadores já não estão podendo voltar para a área da empresa e alguns estão com objetos pessoais retidos nos armários. Funcionários que são de Minas estão com medo de retaliações contra eles e também suas famílias lá. Vivemos em um clima de ameaça”, relata. Juliano disse que o principal objetivo dos protestos é fazer com que a Usiminas deixe o contrato e que os trabalhadores sejam contratados por outra empresa para atuar em Tubarão. “E que essa nova empresa pague salários e dê as condições adequadas conforme o serviço feito”, resume. O funcionário explicou que a obra feita pela Usiminas é nas usinas de pelotização da Vale de I a IV. Disse também acreditar que se trata das melhorias ambientais para a redução da

emissão de pó preto até 2023 que foram anunciadas pela mineradora no ano passado.

Usiminas afirma que cumpre legislação A Usiminas se posicionou sobre o protesto e as reclamações dos funcionários. Por meio de nota enviada ao Tempo Novo, disse que está em permanente diálogo com todos os trabalhadores envolvidos em obra da empresa no Complexo de Tubarão. “A empresa ressalta que cumpriu integralmente todas as ações estabelecidas em negociação com o Ministério Público do Trabalho (MPT) após movimento anterior realizado em março. A Usiminas Mecânica esclarece ainda que fornece desjejum e prioriza a contratação de mão de obra local. Informa também que a vontade dos colaboradores é escolher sua representação sindical a despeito da atividade preponderante da empresa, o que é vedado pela legislação”.


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Esporte

Hora de sacudir a poeira e ir forte para o Brasileirão foto: rafael chaves

Thiago Albuquerque

N

ão deu o hepta, mas agora tem o Brasileirão Série D. Atual campeão capixaba, o Serra fez disputa dura contra o Rio Branco nas quartas de final, mas foi eliminado do estadual e começa nesta segunda (08) uma nova pré-temporada mirando a disputa nacional, que começará no início de maio. Para isso, o Cobra Coral está fazendo uma reformulação no elenco. A começar pelo comando do time, que agora está sob a batuta do treinador Gian Rodrigues, campeão mineiro da segunda divisão com o Guarani de Divinópolis, em 2018. Até à tarde desta quinta-feira (04), o tricolor serrano já havia confirmado a saída do atacante Rael, do meia Emílio, dos goleiros Cristiano e Felipe, do lateral Foca e do volante Maycon. O clube deve contratar atletas para a Série D, mas ainda não confirmou nenhum nome. Integrante do Grupo A13, o Serra não terá vida fácil na competição nacional. Um dos adversários é o forte Ituano, que só foi eliminado do paulistão nas quartas de final pelo São Paulo. Não sem antes golear o Santos

gian rodrigues assume o Serra com a missão de fazer o clube brilhar na Série D

por 5 a 1 na quinta rodada da primeira fase. Outro integrante do grupo é o Brasiliense, que está nas semifinais do campeonato candango. E, por último, a URT de Minas Gerais, que terminou o Mineiro na décima colocação.

Ao todo, serão seis jogos na primeira fase. E o primeiro deles já tem data marcada. O Cobra Coral estreia fora de casa no dia 5 de maio (domingo) contra o Brasiliense. O estádio e o horário da partida ainda não foram definidos.

Vitória é o outro capixaba na disputa Além do Serra, o outro time capixaba na competição é o Vitória-ES, que está no Grupo A12, com Sobradinho-DF, Caldense-MG e Portuguesa carioca. O time alvianil estreia em casa contra o Sobradinho, também no dia 5 de maio, no Salvador Costa. Vale lembrar que a Série D é disputada por 68 clubes, que são dividi-

dos em 17 grupos com quatro times em cada. Os 17 primeiros colocados e os 15 melhores segundos colocados de cada chave avançam para a segunda fase, que é disputada em formato de mata-mata. Após esta, vêm as oitavas, as quartas de final, as semifinais e a final. Sobem para a Série C os quatro primeiros.

Estadual As semifinais do Capixabão já começam neste sábado (6) com os jogos de ida. E no Kleber Andrade, o Rio Branco recebe o Real Noroeste às 16h. No Sumaré, o Estrela do Norte enfrenta o Vitória-ES, também às 16h. Os jogos de volta acontecem no dia 13.

Serrano Henrique quer tentar recorde nacional no levantamento de peso O serrano Henrique Cuzzuol vai bro”, revela o atleta, que conta com disputar neste sábado (06), em Ca- apoio da empresa NETJÁ Internet tanduva (SP), a Copa Catanduva Banda Larga. João Grippa de Power Bíceps Supino e Levantamento FOTO: DIVULGAÇÃO Terra. O atleta vai tentar levantar 245 kg no Levantamento Terra e 100 kg no Supino. Se conseguir, ele baterá o recorde nacional nas duas modalidades. “Eu quero o bicampeonato na competição, que terá a participação de atletas de todo o Brasil. Me sinto muito bem, estou me preparando para este campeonato desde dezembro. Meus maiores objetivos são o Campeonato Brasileiro, em setembro, e o Mundial, henrique C uzzuol é morador de Serra que acontece em novem- Dourada e vai tentar levantar 245 quilos

Conde volta à Seleção e mira Sul-Americano de Karatê O carateca da Serra Bruno Conde conseguiu novamente a vaga na Seleção Brasileira na categoria kumite Sub21 Masculino - 84 kg. O serrano estava em Brasília no final do mês passado para disputar o Brasileiro de Karatê e a Seletiva para Sul-Americano e fez bonito. Ao todo, Bruno faturou três medalhas, sendo duas de prata e uma de ouro, resultado que devolve a vaga do atleta na Seleção Brasileira, onde já esteve por oito anos. Bruno tem ainda neste mês, entre os dias 22 e 28, o

Campeonato Sul-Americano de Karate, que acontecerá na cidade de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia. O carateca segue com esperanças de participar da olimpíada de Tóquio 2020. O atleta tem apoio da Faculdade UCL, CrossFitJacaraípe, Sensei Daniel Silva Lopes, José Henrique Neffa, São José Supermercados e Flávio Ribeiro Açaí Manguinhos. “Também agradeço o suporte dado pela Secretaria Estadual de Esportes e Lazer (Sesport) e pelo Governo Federal”, lembra Conde.


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