“Vamos aplicar incentivos para concentrar empresas de base tecnológica” [5] FOTO: divulgação
Assassinatos já ultrapassaram uma centena entre janeiro e setembro [7]
Justiça acata denúncia contra Vidigal com indício de fraude na Saúde [3]
Que tal emagrecer e ainda ajudar quem precisa? [8]
tempo novo
SERRA (ES) | 4 a 11 de outubro de 2019 | Nº 1.354 - Ano XXXV | Fundado em 1984 www.portaltemponovo.com.br
Município dará auxílio-moradia mensal de R$ 360 a morador de rua [6] l o j o rna mais te da en u l e i nf cidad r o i a m ta d o d o es
Vereadores afastados recebem R$ 257 mil sem ir trabalhar [3]
FOTO: edson reis
Água da Cesan salobra e com cheiro forte faz consumidor passar mal [4]
Buraco abre de novo em Colina, engole carro e deixa 2 pessoas feridas
[6]
P2 | TN | SERRA (ES), 4 a 11 de outubro de 2019 | opinião
Mestre álvaro
O nó da gravata jornaltemponovo@gmail.com
Ano de eleição
Ano que vem, o deputado licenciado e secretário estadual Bruno Lamas (PSB) terá mais dinheiro para promover ações na pasta de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades). É que de acordo com a Lei Orçamentária (LOA) de 2020, já encaminhada para a Assembleia Legislativa, a previsão é de que a secretaria comandada por Bruno tenha aproximadamente R$ 10 milhões a mais do que em 2019. Ao todo, estão previstos R$ 101 milhões para o exercício de 2020, contra R$ 92 milhões na LOA de 2019.
POR eci scardini
Gente nova no pedaço
O mercado eleitoral procura um nome fora da cúpula política para concorrer à Prefeitura da Serra. Entretanto, ainda não desabrochou uma liderança que ocupe esse espaço e se coloque à disposição para enfrentar as urnas. Começou com o coronel Nilton Rodrigues e já foram cotados o delegado de Polícia Civil Rodrigo Sandi Mori, a também delegada da PC Gracimeri Gaviorno (PV), o delegado da Polícia Federal Márcio Greick (PSL) e o médico Gustavo Peixoto (PSL), entre alguns outros. O certo é que, até o momento, quem parece ter potencial e solidez para ir às urnas são as lideranças que já estão postas, como Sérgio Vidigal (PDT) e Vandinho Leite (PSDB). Orbitando esse eixo também estão Bruno Lamas (PSB) e Alexandre Xambinho (Rede). Sobre estes dois últimos pairam dúvidas. Xambinho tem disposição, mas não tem domínio de seu partido. Já Bruno parece inerte. Por isso, começa a circular especulação de outro nome ligado ao PSB para ser o candidato a prefeito. Nome esse, inclusive, que já milita há muitos anos na política, em movimentos de classe e até mesmo no setor público, mas que ainda não enfrentou as urnas. Trata-se do microempresário Pedro Rigo, que atualmente é o superintendente do Sebrae no Espírito Santo.
Pedro Rigo tem uma história de 42 anos na Serra, reside em Mata da Serra, tem uma longa história como microempresário no setor de reparação automotiva. Tem grande envolvimento como líder do segmento de microempresas, sendo presidente do Sindmicro e de tantas outras entidades estaduais e nacionais. Pedrinho - como é popularmente conhecido- também tem experiência no setor público como secretário de Desenvolvimento Econômico em Cariacica, na gestão de Helder Salomão (2005 a 2012), e, depois, como presidente da Aderes (Governo do Estado), no primeiro mandato de Renato Casagrande (PSB). Em ambas as passagens, Rigo deixou um legado de realizações enorme, reconhecendo a importância social e econômica da micro e pequena empresa na engrenagem econômica e na geração de empregos, além de reconhecer a importância das médias e grandes empresas. E não é à toa que ele tem o respeito e admiração de empresários de várias envergaduras. Atualmente, é o diretor-superintendente do Sebrae, no qual, em pouco tempo, está implantando uma política de aproximação da instituição com entidades de classe, com o objetivo de chegar mais rápido ao seu público alvo.
Dormiu na fila e encolheu O nome de Pedro Rigo para prefeito da Serra seria uma boa alternativa para o PSB, em substituição ao nome do deputado estadual licenciado Bruno Lamas, que vem perdendo capilaridade na corrida ao Executivo municipal. Segundo pesquisas de intenção de voto, feitas para consumo interno por grupos políticos e partidos, Bruno teria começado o ano na faixa de 8% de intenção de votos para prefeito e, hoje, tais pesquisas indicam que ele estaria na casa dos 4%. Muito pouco para quem está na política há tanto tempo. Até mesmo dentro do partido falta empolgação com uma candidatura majoritária de Bruno. Há correntes que já enxergam o deputado federal Sérgio
tempo novo www.portaltemponovo.com.br Edição finalizada em 3 de outubro de 2019, às 18h
Vidigal “engolindo” Bruno, falando até na reedição da chapa Vidigal e Márcia Lamas, que foi vitoriosa na eleição do ano 2000. Pedro Rigo não é filiado a nenhum partido, mas tem longa e saudável relação com Casagrande. Portanto, filiar-se ao PSB não é difícil. Essa seria uma opção palatável; um nome novo, dinâmico, limpo, com postura ideológica que se identifica com os socialistas. Pedrinho seria o novo na corrida sucessória e com fortes ingredientes para surpreender e, quem sabe, alcançar a Vitória. O maior obstáculo seria convencer a família Lamas, primeira da fila, mas que não se apresenta bem no momento.
Será que vai?
Lembrando que em 2020 tem eleição e, Bruno, eventualmente, é citado entre os pré-candidatos. Caso venha a disputar a eleição, terá que deixar a titularidade da secretaria seis meses antes do pleito, que ocorrerá em outubro.
Mais armas e menos livros
Ainda sobre a LOA, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) vai ter mais recursos que a pasta de Educação (Sedu). Serão destinados R$ 2,43 bilhões para esta última, contra R$ 2,36 bilhões para a Sesp. Vale destacar que, em 2019, essa relação foi contrária. O Estado previu investir, aproximadamente, R$ 140 milhões a mais em Educação.
E na Serra...
Já a Prefeitura da Serra tem até o dia 15 desse mês para encaminhar a LOA à Câmara da Serra. A previsão da Secretaria de Planejamento é de que seja protocolada na próxima segunda-feira (7).
Larga essa, União
O deputado estadual Alexandre Xambinho (Rede) esteve em Brasília, na Secretaria Patrimonial da União (SPU). O objetivo foi negociar com o Governo
Federal a doação do terreno em frente ao bairro José de Anchieta para que a Prefeitura tome posse. Moradores reclamam do local, que foi desapropriado no ano passado pela União e se transformou em ponto de uso de drogas e descarte de lixo. Xambinho defende que a entrada do bairro passe por uma revitalização para alargar a via e desobstruir o trânsito na BR101. De acordo com o deputado, a SPU se interessou pelo projeto de doação e. por isso, deverá ser encaminhada uma proposta nesse sentido.
Obrigado por nada
O ex-prefeito e atual deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) se reuniu com a direção da ANTT nessa semana. De acordo com o próprio, o motivo foi para “agradecer” a Agência pela redução de 11% da tarifa do pedágio na BR-101 do ES. Curioso esse termo “agradecer”, já que, até agora, a Eco 101 cumpriu apenas 18% daquilo que estava previsto em contrato e reajustou em aproximadamente 40% a tarifa desde que passou a cobrar, em maio de 2013. O trecho entre Serra Sede e Fundão, por exemplo, era para estar duplicado no início de 2017. As obras nem começaram. Mas está bom... Agora, quem passar por Chapada Grande com carro de passeio vai pagar R$ 0,40 a menos.
Eu mereço sim
Existem conversas de bastidores na Câmara da Serra para que seja criado o Dia Municipal do Vereador da Serra. Seria um dia do ano para comemorar a nobre função parlamentar. Quem revelou a intenção foi Roberto Catirica (Podemos), que foi consultado por outros colegas de plenário sobre esse futuro projeto. Catirica disse que não vê problema na medida.
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Política
Vereadores afastados já receberam R$ 257 mil de salários sem trabalhar yuri scardini
D
os 23 vereadores da Serra eleitos no pleito de 2016, três deles não estão ocupando o mandato em decorrência de processos judiciais. São eles: Neidia Maura (PSD), Nacib Haddad (PDT) e Geraldinho
Feu Rosa (ex-PSB, atualmente sem partido). No entanto, apesar de não exercerem a função, juntos os três já consumiram R$ 257 mil de salários, de acordo com dados compilados do Portal da Transparência da Câmara. Em comum: todos eles são parte em processos movidos pelo Ministé-
rio Público, pelo qual são acusados de corrupção. O salário bruto de vereador é R$ 9.208.33. Vale destacar que, apesar de gerar críticas, a Câmara não comete nenhuma ilegalidade ao efetuar pagamento salarial para vereadores afastados, pois cumpre determinação judicial.
Neidia Maura: R$ 165 mil Neidia foi a primeira vereadora afastada da atual legislatura. Seu afastamento ocorreu no dia 14 de março de 2018, época em que ocupava a presidência da Câmara. Ela responde a acusações de peculato, rachid e associação criminosa. Até agora, já foram 18 meses recebendo salário sem exercer a função. Somou-se o montante de R$ 165.750,00. foto: divulgação
nacib f oi afastado em abril deste ano
No último dia 17 de setembro, a juíza Letícia Maia Saúde, da 2º Vara Criminal da Serra, condenou a ex -parlamentar à perda de mandato, cinco anos e sete meses de reclusão em regime semiaberto e pagamento de multa. Ela recorreu da decisão e seguirá recebendo o salário normalmente até nova decisão de 2ª instância.
foto: divulgação
Ex-prefeito da Serra, o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) continua respondendo por suas gestões à frente do Executivo municipal. O pedetista está sendo alvo de uma ação por improbidade administrativa. Em setembro, a Vara da Fazenda Pública da Serra acatou uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Espírito Santo e que reporta a ações de 2010. Segundo dados do processo, foram identificados indícios de fraude em contratos para prestação de serviços de saúde pública do Município. As atividades supostamente ilícitas podem ter resultado em prejuízos de R$ 6,5 milhões aos cofres públicos. O MP alerta que não havia necessidade de contratação de uma empresa particular nos moldes realizados pela administração à época. Vale lembrar que essa ação tra-
mitava em instância especial; mas com o fim do foro privilegiado, a ação passou a tramitar no estado. A assessoria de Sérgio Vidigal orientou a reportagem a procurar a defesa do deputado. Segundo o advogado de Vidigal, Altamiro Thadeu, as contratações se justificam porque havia motivos relevantes para que fossem feitos os convênios. Relatou, ainda, que não existem evidências de desperdício. Além disso, ele argumentou que cada secretário seria responsável pelos atos de cada pasta e que atuaram com base em posicionamentos técnicos e jurídicos. “Não existe ato de improbidade. Vidigal sequer era ordenador de despesas. Não há narrativa de ação ou omissão praticada por Vidigal que possa ser considerada como improbidade administrativa”. foto: divulgação
neidia e stá afastada desde 2018
Nacib Haddad: R$ 55 mil Nacib Haddad foi o segundo vereador afastado. Ele foi citado na Operação Assepsia, que investiga um suposto esquema de cartel para ganhar contratos de limpeza em escolas públicas. A pedido do Ministério Público, em abril deste ano, o juiz André Guasti Motta, da 8º Vara Criminal de Vitória, determinou o afastamento de Nacib, alegando que ele poderia se utilizar do man-
dato de vereador para atrapalhar a investigação. Com isso, já vão cinco meses recebendo os vencimentos sem o efetivo exercício de mandato, acumulando R$ 55.350,00 em salários. Procurado, Nacib afirmou que seu afastamento foi feito “por picuinhas políticas”. Disse que é inocente e não quis se manifestar sobre a questão salarial.
Geraldinho Feu Rosa: R$ 36 mil O terceiro a ser afastado foi Geraldinho Feu Rosa. Seu afastamento ocorreu em 24 de junho deste ano. O vereador foi flagrado em vídeo negociando uma fatia de 10% dos salários de assessores, prática conhecida como rachid. Após investigação da 13ª Promotoria Cível da Serra, a juíza Telmelita Guimarães pediu o afastamento do parlamentar. De junho para cá, Geraldinho já recebeu R$ 36.833,00 de salário. A reportagem tentou contato com o vereador, mas ele não atendeu as ligações. Em sua defesa no processo, Geraldinho disse que a contribuição era voluntária e visava pagamentos de despesa de confraternização em favor dos membros do gabinete.
Justiça aceita denúncia contra Vidigal por prejuízo de R$ 6,5 milhões à Serra
foto: divulgação
geraldinho d eixou a Casa em maio
Suplentes No caso de Neidia, o suplente Fabão da Habitação (PSD) já ocupa a vaga desde maio de 2018 por ordem judicial. Tanto ela quanto Fabão recebem salários referentes à mesma cadeira na Câmara. Isso também ocorrerá no caso de Nacib. Nesta semana, a Justiça deu ganho de causa ao seu suplente,Wanildo Sarnaglia (Avante), que foi empossado na vaga de Nacib nesta quinta-feira (3). Sendo assim, o suplente e Nacib irão receber R$ 9 mil/mês cada um. No caso de Geraldinho, o suplente é Fábio Latino (PSB). De acordo com informações, Latino aguarda o prazo de 120 dias para requerer a posse do cargo.
ministério Público acusa Vidigal de gerar prejuízo de R$ 6 ,5 mi aos cofres públicos
Audifax vai convocar 3ª turma da Guarda para curso de formação A segurança da Serra vai receber um reforço de mais 62 agentes municipais. Foi aprovado na Câmara de Vereadores o Projeto de Lei 183/2019, que autoriza o prefeito Audifax Barcelos (Rede) a promover remanejamento no orçamento, no valor de R$ 103 mil, a fim de realizar o curso de formação da terceira turma da Guarda Civil Municipal (GCM). Com isso, mais 62 agentes estarão aptos a assumir a farda e a GCM passaria a contar com 170 agentes. A Guarda Civil da Serra teve sua primeira turma em fevereiro de 2017, durante a paralisação da Polícia Militar no Espírito Santo, que teve rebati-
mentos no município. Em janeiro de 2019, agentes da segunda turma assumiram os postos. Informações não oficiais dão conta de que o curso de formação está previsto para iniciar em outubro. A convocação deve sair ainda na primeira quinzena do mês. A reportagem acionou a Secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura para mais informações sobre a previsão para que os 62 novos agentes assumam os cargos. Em nota, a Secom disse que a verba é destinada a uma das etapas do curso de formação, que se encontra em fase de planejamento na Secretaria de Defesa Social.
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Meio Ambiente
Água salobra da Cesan faz moradores passarem mal na região da Serra Sede FOTO:EDSON REIS
bruno lyra
O
gosto salobro e o cheiro de produto químico semelhante à amônia na água da Cesan relatado por moradores da Serra Sede nos últimos dias está provocando mais do que incômodo. Consumidores da região atendida pelo sistema do rio Reis Magos relataram problemas de saúde que acreditam estarem relacionados à ingestão do líquido. Caso de Beike Vieira, morador do bairro São Marcos. “Além do gosto duvidoso da água, minha filha de 3 anos e minha esposa tiveram diarreia. Ultimamente, eu e minha esposa acordamos sempre com dor de cabeça. Agora, não consumo mais essa água, só galão comprado. E tive que pagar R$ 13 no galão”, afirma. Beike ressalta que, antes de recorrer à água envasada em galões, ele já usava três filtros antes de consumir o líquido fornecido pela Cesan. Mas nem isso foi suficiente para remover o gosto de sal e o cheiro anormal da água. Do bairro Palmeiras, Sandra Gomes disse que já teve náusea e dor de estômago ao beber a água da Cesan. Embora não tenha relatado problemas de saúde, a moradora de Jardim Bela Vista, Jaqueline Curto, desabafou. “Depois que começaram a captar água do rio Reis Magos, a qualidade ficou horrível, água suja e, agora, salgada, sendo impossível o seu consumo. Cadê a fiscalização dos órgãos competentes para notificar essa empresa? Até quando vamos ter que ficar
MORADORES têm que comprar água mineral; quem não tem condições financeiras, sofre com a situação. Cesan não se manifestou sobre o caso
bebendo água salgada?”, questiona. Jaqueline lembra que a situação é pior para as pessoas mais pobres, que não têm condições de comprar água envasada (mineral). “Que essa situação se resolva o mais rápido possível, senão a população irá tomar providências drásticas; o Ministério Público terá que tomar ciência sobre o caso. Que a Cesan seja punida por essa irresponsabilidade”, conclui. De Nova Carapina I, Adriana Rocha disse que na sua casa e dos vizinhos também está chegando água salobra e com cheiro de produto químico. De Planalto Serrano, Welinton Nanau disse que funcionários da Unidade de Saúde de Campinho da Serra passa-
ram a comprar água mineral para beber durante o trabalho com receio do líquido fornecido pela Cesan. Ele também trabalha na unidade. Disse, ainda, que já comunicou a situação à Cesan e à Prefeitura da Serra, mas ainda não teve resposta. Em nota, a Prefeitura disse que notificou a Cesan e que agentes do Vigiágua (serviço de monitoramento da qualidade da água que chega às torneiras) estavam fazendo coleta de amostras para análise. O Município não adiantou prazos de quando terá os resultados. Demandada na manhã da última segunda-feira (30), a Cesan não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Salinização do rio Reis Magos foi alertada há três anos Previsto apenas para 2020, o sistema de captação e tratamento de água do rio Reis Magos foi antecipado em três anos pela Cesan/Governo do Estado na gestão do ex-governador Paulo Hartung em razão da super seca que atingiu o Espírito Santo entre 2014 e 2016, sobrecarregando o principal manancial que abastece a Serra, o rio Santa Maria. Ao custo de R$ 70 milhões para atender 150 mil pessoas na Serra Sede e entorno, além de bairro do Civit I, o sistema Reis Magos entrou em ope-
ração no final de 2017. Entretanto, em julho de 2016, por sugestão de produtores rurais de Putiri - região onde a Cesan capta o líquido do Reis Magos -, a reportagem do TEMPO NOVO esteve no local para checar a denúncia de que o rio estava com a água salobra próximo ao trecho onde seria construída a captação. E, de fato, a água do rio estava com esse sabor. Tanto que até parte da vegetação das margens estava morta, o que, segundo produtores rurais, indicava a presença de sal no rio.
Na ocasião, o então presidente da Associação dos Produtores Rurais da Serra explicou que a água do mar estava invadindo ao rio além do normal, chegando até o ponto em que a Cesan pretendia fazer a captação (a obra ainda não estava pronta). Isso porque, devido à longa estiagem, na época o Reis Magos estava com volume muito baixo e perdeu força, permitindo a invasão da cunha salina vinda do mar em Nova Almeida, cerca de 13km abaixo do ponto onde seria instalada a captação da Cesan.
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Economia
“A Serra é a cidade com maior potencial de crescimento no ES” bruno lyra
FOTO: EVERTON NUNES PMS
O
secretário de Desenvolvimento Econômico da Serra, José Eduardo Azevedo, projeta retomada do crescimento da economia da cidade, apesar do momento difícil. Ele cita a expectativa positiva com os investimentos da Vale e Arcelor – que deverão compensar perdas com a queda da produção de minério e paralisação da Samarco. Ressalta o bom momento do setor de Atacarejo, com novas lojas no polo já consolidado na cidade. Espera, também, rebatimentos positivos no setor de óleo e gás, incluindo a reocupação do centro de distribuição da Petrobras no TIMS e o acionamento do arranjo metalmecânico. Lembra que o Município tem elaborado leis de incentivo fiscal e de desburocratização. Por fim, anuncia a criação de polo de tecnologia perto do Ifes de Manguinhos. [TN] Como o senhor avalia o desem-
penho da economia da cidade no último trimestre e o que esperar do próximo?
[josé eduardo azevedo] A nossa
avaliação é positiva e a expectativa, otimista. Sabemos que o macroambiente econômico do país ainda não deslanchou. E tem, hoje, sinalização de que o mundo pode viver um momento mais difícil, com recessão nos EUA, Europa, a guerra comercial entre China e EUA. São variáveis sobre as quais não temos controle. Mas temos controle sobre nossas variáveis: cidade bem cuidada, com ambiente de negócios bom, que desburocratiza o setor empresarial, tem boa infraestrutura, bons polos empresariais, recebe bem o empreendedor. E um Município com contas equilibradas e capacidade de investimento. Por isso, a Serra é a cidade que tem maior potencial de crescimento no ES. Quais investimentos em curso e em perspectiva na Serra? [Os investimentos] públicos são uma rotatória no Civit I; em saúde, educação e saneamento;o Contorno do Mestre Álvaro, obra cujo valor é de R$ 300 milhões. Dos investimentos privados, são dois atacarejos (Oba e Vem), reforçando o polo que já existe nesse segmento; um novo mall em Laranjeiras; galpões do grupo FortLev na região do Civit;instalação da rede RB (distribuidora de produtos de lim-
josé eduardo diz que só em 2019 foram abertas 3 mil empresas no município e que dispensou 287 atividades de licenciamento
peza doméstica); expansão do TIMS, onde já está acertada a vinda dos centros de distribuição da Calçados Pimpolho e da Fio e Ferro . A Viminas está em expansão para fornecer vidros à fábrica de ônibus da Marcopolo, em São Mateus. Tem, ainda, a modernização e expansão das plantas da ArcelorMittal e Vale, sendo que a primeira vai investir R$ 600 milhões por ano até2023, com geração de 2 mil empregos no pico das obras. Como o Contorno do Mestre Álvaro pode rebater positiva e negativamente na economia da cidade? Vai melhorar a logística da cidade, porque elimina gargalo do trecho urbano da BR 101. Melhora a segurança no trânsito, uma vez que esse trecho tem alto índice de acidentes e tira 35% dos caminhões que passam nele. Vai permitir a cidade uma requalificação do trecho urbano da BR, trazer um perfil de investimento mais nobre na área de comércio e serviços. Sem contar o investimento na obra do Contorno, são mais de R$ 300 milhões, gerando 400 empregos diretos, quase
mil indiretos, ativando a rede de fornecedor e prestador de serviço. Só haverá impacto será negativo se a cidade não tiver, no futuro, controle da ocupação na região. O que a Serra pode esperar dos investimentos anunciados do setor de óleo e gás no ES? Com a nova legislação, o país está destravando os investimentos no setor. Isso vai ser sentido em dois ou três anos e, na Serra, deve gerar negócios para empresas prestadoras de serviço, por exemplo, na área de metalmecânica. Pode, também, ativar empresas âncoras
“Há uma tendência, de longo prazo, de ter menos emprego formal e mais empreendedor”
que têm relação com o município, como exemplo a Jurong, que está em Aracruz. Além de ter muitos empregados que moram na cidade, a Jurong possui vários fornecedores aqui. Sem contar a abertura da distribuição do gás para outras empresas, quebrando o monopólio da Petrobras. A expectativa é que isso baixe os preços e favoreça empresas instaladas na Serra, como a Biancogrês, tornando-as mais competitivas. Por fim, espera-se que a Petrobras invista e gere reocupação da área que tem no Tims. O setor mínero-siderúrgico está numa conjuntura negativa. Como está afetando a economia da Serra? É claro que isso tem efeito negativo. A Samarco o rebatimento não foi só em Anchieta, a Serra sofreu também. No caso do desastre da Vale (Brumadinho), ele tem efeito não só na exportação, mas no custo de material para ArcelorMittal, grande consumidora de minério. Isso tira competitividade.
Ao mesmo tempo que vemos a geração de empregos formais ser cada vez mais modesta, cresce o registro de microempreendedores individuais na Serra. É uma tendência? Há uma tendência estrutural, de longo prazo, que é você ter menos emprego formal e mais empreendedor. Mas os eventos negativos que afetam a economia local têm tido compensações importantes que estão vindo na hora certa: os investimentos da Arcelor e Vale, o bom momento do setor de logística com centros de distribuição e a perspectiva do setor de petróleo e gás dar uma reagida. Tanto é verdade que a Serra, ano passado, teve o melhor saldo de geração de empregos no ES, cinco mil. A gente espera que 2019 repita esse número. Igual ou melhor que esse saldo de empregos é o número de empresas que se instalou na Serra até agosto, de três mil, entre micro, pequenas, médias e grandes. E isso sem contar os MEIs. A Prefeitura acabou de dispensar 287 atividades de licença ambiental e alvará, além de criar lei de incentivo fiscal. Os efeitos já são notados na economia? A gente espera melhorar o ambiente de negócios. Porque aquela atividade de baixo impacto, à medida que é liberada, descarrega a capacidade da Prefeitura para ser mais rápida com outros projetos maiores que, quanto mais rápidos forem instalados, mais rápido vão gerar empregos. Já o incentivo fiscal é decreto que regulamenta lei já existente. Serve para aplicar em situações pontuais quando a Serra estiver disputando empreendimento com outros municípios, como, por exemplo, os da Sudene no norte do ES. Na quarta-feira (2), o prefeito Audifax anunciou que o Município definirá área para instalação de polo de tecnologia. Como e onde será? A área fica próxima ao Ifes de Manguinhos.Nessa região física, vamos aplicar incentivos para concentrar empresas de base tecnológica e de inovação para atender a vocação da Serra, como nas áreas metalmecânica, siderúrgica e logística. Será regulamentado na próxima quartafeira (9) pelo prefeito Audifax Barcelos (Rede).
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Geral
Buraco gigante reabre pela 3ª vez Município cria auxíliomoradia de R$ 360 para e provoca acidente com vítimas quem vive na rua foto: yuri scardini
gabriel almeida
P
ela terceira vez em menos de um ano, uma cratera se abriu bem no meio da Avenida das Acácias, em Colina de Laranjeiras, em frente ao local onde está sendo construído o Hospital Materno Infantil. Desta vez, o problema foi ainda mais sério, já que um veículo caiu dentro do buraco gigante e duas pessoas ficaram feridas. Segundo informações de moradores, um carro de passeio estava circulando pela avenida no momento em que o buraco se abriu. Com isso, duas mulheres que estavam dentro do carro se machucaram. Felizmente, sem gravidade. Mas elas estavam indo para o Aeroporto de Vitória e acabaram perdendo o voo por conta do acidente. As vítimas foram levadas para a Upa de Carapina por conta dos ferimentos causados pela queda. Um morador de Colina de Laranjeiras, Bernado Ribeiro, passou pelo local e ficou indignado com a situação. “Essa é a terceira vez em que o buraco abre e, pelo visto, a terceira vez que será reparado pela Prefeitura, com dinheiro público. Essa
o buraco a briu novamente com as chuvas da última terça-feira - dia 1º
é a ineficiência do Estado com o trato do nosso dinheiro”, critica. A primeira vez em que a cratera se abriu foi em 8 de dezembro. Na ocasião, o buraco foi aumentando nos dias subseqüentes, atingindo 10metros de profundidade. Foi reparado, mas voltou a reabrir em 8 de fevereiro. Depois de 35 dias, voltou a ser fechado. Na ocasião da última segunda-feira, por sorte das mulheres que passavam no carro que nele caiu, o buraco não se abriu
com a profundidade da primeira vez. “Desculpas” Em nota, a Prefeitura da Serra pediu “desculpas” pela reabertura do buraco. Disse que uma equipe iria ao local nesta semana para fazer os reparos. A uma rede de TV do ES, o prefeito Audifax Barcelos (Rede) disse que o Município já gastou R$ 80 mil e prometeu cobrar da empreiteira que fez os reparos anteriores reembolso aos cofres municipais.
Com um novo programa municipal, moradores da Serra que vivem em situação de rua começaram a receber, na última terçafeira (1º), auxílio-moradia mensal de R$ 360. O dinheiro está sendo concedido pela Secretaria Municipal de Habitação (Seahb) para que pessoas deixem de viver nas ruas. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, a prioridade é conceder o auxílio para idosos, pessoas com deficiência e mulheres ‘chefes de família’. A seleção dos contemplados é feita pela Secretaria de Assistência Social (Semas). Para conseguir o benefício, o interessado deve estar matriculado na rede de proteção social de média e alta complexidade do município há pelo menos um ano; possuir documentação; ser maior de idade e não ter sido beneficiado anteriormente por programa semelhante de acesso à moradia. “Uma das faces mais extremas da pobreza e da exclusão é não ter um
local para viver. Pessoas que não possuem uma residência permanente podem ser privadas de muitas atividades cotidianas,eoauxíliobusca,justamente,darumavidadignaàquelesquenão dispõem de renda suficiente para obtê -lanomercado”,ressaltaasecretáriade Habitação, Cristiane Stem. Em entrevista concedida ao TEMPO NOVO no início de setembro, o coordenador do Centro de Referência Especializado no Atendimento à População de Rua (Centro Pop) da Serra, Ramon Rosa Ribeiro, disse que no município vivem cerca de 300 pessoas na rua. Dessas, 150 ficam efetivamente nas ruas da cidade, sendo o restante pessoas que costumam circular pelos municípios vizinhos da Grande Vitória. Até a última quinta-feira (3), a Prefeitura ainda não havia detalhado quantos moradores já passaram a receber auxílio-moradia e nem como funcionará a fiscalização para vigiar se o recurso será mesmo empregado pelo beneficiado ao fim que se destina.
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Mais de 100 pessoas já foram assassinadas na Serra este ano FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Gabriel Almeida
M
esmo com uma significativa diminuição no número de assassinatos, a Serra segue como a segunda cidade onde mais se mata no Espírito Santo. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), de 1º de janeiro até o último dia 30 de setembro, 103 pessoas perderam a vida para a violência. Segundo a Sesp, em comparação ao mesmo período do ano passado, o município teve uma queda de 30% nos registros de homicídios dolosos nos nove primeiros meses de 2019. Com isso, a cidade continua fora da liderança de assassinatos no estado, que está com Cariacica desde junho. Em sete meses, a terra do Moxuara já contabilizou 107 homicídios, apesar de ter uma população menor que a da Serra, que agora ocupa a segunda posição. Mesmo estando em primeiro lugar, Cariacica teve redução de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2018, foram 124 casos. A Sesp não informou qual o núme-
mesmo os casos tendo caído 30% neste ano, a Serra segue como a 2ª em homicídios
ro total de mortes no Espírito Santo de janeiro a setembro. Nas outras cidades da Grande Vitória, foram 52 homicídios em Vitória, 92 em Vila Velha, 22 em Guarapari e 14 em Viana. No total, foram 390 mortes nos municípios da região metropolitana.
Ao TEMPO NOVO, o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra (DHPP), delegado Rodrigo Sandi Mori, explicou que ações conjuntas de combate à criminalidade estão entre os fatores que ajudaram na diminuição dos assassinatos
no município. “Creditamos essa diminuição ao trabalho desenvolvido pela DHPP Serra. A redução de homicídios se deve, principalmente, a uma investigação eficaz e à prisão de homicidas, não só daqueles que puxam o gatilho, como também dos chefes do tráfico - que mandam matar e autorizam as mortes -, o que diminui a sensação de impunidade”, afirmou Rodrigo, no início de setembro. O delegado ainda disse que ações da Polícia Militar e da Prefeitura também ajudaram nessa redução. “Importante destacar, também, o trabalho em conjunto que temos com o Ministério Público e o Poder Judiciário da Serra, além da Polícia Militar, que realiza apreensões de armas de fogo e prisão de traficantes. Também temos o trabalho da Prefeitura, que investe em projetos sociais nos bairros, iluminação pública e instalação de câmeras”, explicou.
Duplo homicídio em frente a condomínio de Limoeiro Dois homens foram mortos a tiros em frente ao condomínio Parque dos Pinhos III, em Jardim Limoeiro. O crime ocorreu por volta das 21h45 da quarta-feira (2). As vítimas foram assassinadas dentro de um carro de aplicativo. Segundo a Polícia Militar, quatro pessoas estavam no carro. O motorista, um homem e um casal, incluindo uma mulher grávida. As vítimas -Douglas da Silva Araújo, 26 anos, e Natan Teixeira Celestino, de 19 - pediram a viagem após participarem de uma partida de futebol num bairro vizinho. Ao chegarem à rua de casa, foram abordados por bandidos armados, que também chegaram em um veículo. No momento em que o motorista estava finalizando a corrida, os criminosos começaram a disparar muitos tiros, cerca de 20, e mataram os dois homens. Segundo a Polícia, os assassinos pediram para que o motorista de aplicativo e a gestante descessem do carro antes de atirar. Nenhum dos dois ficou ferido. O SAMU e a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também estiveram no local.
P8 | TN | SERRA (ES), 4 a 11 de outubro de 2019 |
Grupo aposta na perda de peso e ainda ajuda pessoas carentes foto: divulgação
ana paula bonelli
U
m grupo de setenta pessoas se uniu em prol de uma causa justa: além de perder peso, doar alimentos para uma instituição que atende famílias carentes na Serra. Trata-se do desafio ‘Perdendo para Ganhar’, que está sendo realizado por alunos do Programa de Orientação ao Exercício Físico (Proef-Nutrição) realizado no Parque da Cidade, em Laranjeiras. Os alunos toparam perder peso e, a cada quilo perdido, será doado um quilo de alimento não perecível que será entregue posteriormente a uma instituição. O primeiro encontro do grupo aconteceu no último dia 27 de outubro e o desafio começou a valer na última segunda-feira (30). Serão três meses de desafio, cujo objetivo é a perda total de cerca de 420 quilos, levando em consideração que cada aluno perca de 6 a 8 quilos. A professora de Educação Física, Renata Targa, conta que a ação já aconteceu outras vezes, mas não com o foco de doação de alimentos. “Temos alunos que precisam perder
Os professores Aline Perim , Luiz Henrique Lacerda e Renata Targa, com a nutricionista Jessika Butcovsky e alunos que participam do desafio ‘Perdendo para ganhar’
um quilo, dois quilos e que gostam de participar; mas temos pessoas que precisam perder 30 quilos”, destaca Renata. Segundo ela, são realizadas reuni-
ões mensais e, também, acompanhamento por um grupo de WhatsApp e nutricionista. “Lançamos vários desafios semanais; no grupo é postado as receitas, a alimentação, a importân-
cia da ingestão de água e muitas trocas de experiência”. O projeto também conta com coordenação da professora de Educação Física Aline Perim e da nutricionista e referência técnica do Proef-Nutrição, Jéssika Butcovsky. “É uma forma fantástica e eficiente de promover mudanças nos hábitos alimentares, e consequentemente, perda de peso de forma saudável. Além disso, o grupo proporciona um ambiente motivador, tornando o processo de emagrecimento mais prazeroso pelo apoio físico e emocional dos profissionais e colegas de grupo”, relata Jéssika. Os alunos recebem orientação nutricional, com dicas de alimentação saudável e também passam por acompanhamento individual fazendo pesagem regularmente. Participam do ‘Perdendo para Ganhar’ moradores de Laranjeiras, Valparaíso, Morada de Laranjeiras e outros bairros do entorno do Parque. Segundo a Prefeitura da Serra, ao longo desse período, os participantes receberão orientação nutricional e farão pesagens para acompanhamento. As instituições que receberão as doações ainda serão definidas.
Cidade tem mais contratações que demissões em agosto Depois de perder mais de mil vagas formais em julho, a Serra voltou a abrir postos de trabalho. Em agosto, foram geradas 512 vagas, considerando o número de contratações e demissões, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os setores que mais abriram vagas foram construção civil (406) e serviços (219). A indústria de transformação e agropecuária foram os únicos setores que fecharam postos no mês. Enquanto a indústria perdeu 291 postos de trabalho, o setor agropecuário perdeu um. Com o resultado positivo em agosto, a cidade volta a crescer na geração de empregos no ano, e de janeiro a agosto contabilizou 1.734 novos postos de trabalho formais. Somadas às 5.178 vagas geradas em 2018, a cidade ainda não chegou à metade dos postos perdidos entre 2015 e 2017, que atingiram a marca de quase 20 mil.