Leia a edição desta sexta-feira (15) na íntegra

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Jeremias agora precisa do seu voto além do talento dele. Vote! [8]

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FOTO: arquivo tn/gabriel almeida

FOTO: divulgação

Vidigal: “Se a eleição fosse hoje, eu não seria candidato” Insurreição do Queimado faz 170 anos e negros seguem na luta [8]

tempo novo

l o j o rna mais da en t e e i nf l u cidad r o i a m ta d o d o es

SERRA (ES) | 15 a 22 de março de 2019 | Nº 1.325 - Ano XXXV | Fundado em dezembro de 1984

Produção da Vale despenca, mas ainda não afeta parceiros locais [7]

FOTO: divulgação

FOTO: gabriel almeida

Mortandade de peixes em lagoa pode ser por esgoto e salinização [6] Ifes agora usa o sol e passa a economizar R$ 442 por dia em energia [7]

ECO 101 discrimina pobres em ações de despejo, aponta morador

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Massacre de Suzano expõe fragilidade de segurança em escolas [9]

Estado se entende com Prefeitura e repassará R$ 10 mi para saúde

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P2 | TN | SERRA (ES), 15 a 22 de março de 2019 | opinião

Mestre álvaro

O nó da gravata jornaltemponovo@gmail.com

Abaixo a cultura

Produtores de eventos da Serra estão só a bronca com a prefeitura. Segundo alguns deles, em 2019, a ‘taxa de liberação para eventos especiais’ no município subiu de R$ 217 para R$ 3.790, um crescimento de aproximadamente 1.500%.

Vida noturna na UTI

POR yuri scardini

Quem quer ser um estadista? A eleição de 2020 pode trazer uma novidade: a ausência dos dois principais líderes políticos locais das últimas duas décadas. Trata-se do prefeito Audifax Barcelos (Rede), que não pode se reeleger - uma vez que já o fez em 2016 -, e também a possibilidade de o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) não ser candidato, como ele sugere em entrevista publicada pelo Tempo Novo nesta edição. É fato consumado que esse cenário é sedutor para lideranças externas. E isso tem deixado o mercado político local pensativo. Será que a “nova” geração vai dar conta de segurar o boi pelo chifre e impedir o crescimento de projetos desconectados com as raízes da Serra? É uma dúvida plausível. Afinal de contas, a eleição de 2018 priorizou o discurso do “novo”, em um processo crescente e demagógico de demonização/negação da política, como se esta não fosse inerente à vida em sociedade. Além disso, demonstrou a força do populismo - impulsionado pelas redes sociais - e valorizou os discursos extremistas e pouco aplicáveis. Resumidamente, o justo sentimento de revolta da população que gerou a crise de representatividade foi cana-

lizado na degola dos caciques políticos e trouxe quadros que ainda suscitam dúvidas sobre a capacidade de compreensão da dinâmica de uma sociedade tão plural quanto à brasileira. Portanto, o campo é fértil para o surgimento de um fenômeno outsider na Serra em 2020. Pelas mãos de Audifax e Vidigal, a Serra nos últimos 30 anos foi a cidade que mais cresceu no Espírito Santo e hoje é a locomotiva econômica. Agora, chegou a hora de passar o bastão. Por mais que uma parcela expressiva da população possa demonstrar cansaço com o nome dos dois, são absolutamente inegáveis seus respectivos legados. Em perspectiva histórica, Audifax e Vidigal sempre serão mais do que quadros na parede; estão entre os protagonistas pela Serra como fenômeno urbano. Sinais muito fortes dão a entender que pode haver um entendimento nesse sentido entre Audifax e Vidigal: “a missão não acabou”. Talvez eles nunca cheguem a apertar as mãos, mas pode haver uma composição de consenso que vai gerar um nome comum a ambos e com identidade e raízes na Serra. Pode ser um caminho interessante para o município se desviar de aventureiros duvidosos.

POR bruno lyra

Desapreço por Laranjeiras Desde que a Serra entrou na sua fase industrial, em meados da década de 1970, que a transformaria na maior cidade do Espírito Santo, Laranjeiras virou bairro de referência não só para quem mora no município, mas t0ambém para quem vem de fora. O que não blindou a localidade de alguns desleixos absurdos. O primeiro deles é o depósito de carros apreendidos pela polícia. Poucos meses depois de solucionar o problema na calçada da delegacia, o governo estadual agora não consegue impedir que o terreno vizinho ao terminal de Laranjeiras - do outro lado da importante Avenida Civit - vire depósito de veículos. Um problema que vai muito além da estética. Carros e motos amontoados servem de abrigo para malfeitores, contaminam o meio ambiente e inutilizam um terreno nobre. Sem contar que os veículos sob a responsabilidade estatal sequer ficam livres de saqueadores. Outro desleixo está ali ao lado, no terminal do Transcol. E por pouco não vira tragédia. Por duas ocasiões – uma em 2017 e outra no último dia 06 de março –, ônibus descontrolados desceram da área interna do estacionamento da plataforma rodoviária, passaram sobre a calçada e ficaram

tempo novo www.portaltemponovo.com.br Edição finalizada em 14 de março de 2018, às 18h

atravessados no meio da Avenida Civit. Com a palavra sobre a solução para evitar novos acidentes, a Ceturb. A autarquia estadual é a responsável pelo Sistema Transcol. E entre as avenidas Civit e BNH, mais um símbolo do desapreço por Laranjeiras. As ruínas daquele que já foi o maior colégio público da Serra: a Escola Estadual Aristóbulo Barbosa Leão. De uma reforma iniciada em 2012 e paralisada em 2014, sobrou um terreno cheio de mato e de entulho oriundo da demolição do antigo prédio. Um problema sanitário e de segurança. Sem contar o impacto aos alunos e suas famílias e aos profissionais da instituição, que desde 2012 funciona num prédio cheio de problemas em Jardim Limoeiro. E como não falar do estádio da Associação de Moradores, desfigurado pela voraz instalação de imóveis comerciais em seu entorno e em terrenos da comunidade? Problema que deu combustível à discórdia no movimento comunitário, que agora, por decisão judicial, teve o grupo político trocado. Uma das plataformas do grupo que ascendeu é a recuperação do campo. Só o tempo dirá se essas novas lideranças estarão à altura do que Laranjeiras representa para a Serra.

Falando nisso, há algumas semanas, duas das maiores boates da cidade fecharam as portas: a do Boliche e a Avalon, ambas em Laranjeiras. Agora, no local das casas noturnas, foram inauguradas duas Igrejas.

Bunker de Manguinhos

Na contramão desses fechamentos, está a comunidade de Manguinhos, que inclusive foi palco de um carnaval muito bem avaliado. O líder comunitário do bairro, Guilherme Lima, entrou em contato com o Tempo Novo para anunciar: o Festival de Jazz vai voltar. A promessa é não medir esforços para recolocar no calendário da cidade esse evento. Guilherme diz que tem o apoio dos moradores e comerciantes do balneário e recebeu sinais positivos tanto do Governo do Estado quanto da Prefeitura para tocar o projeto.

Manato sem salto

Lideranças políticas expressivas da Serra têm relatado uma mudança de comportamento do presidente do PSL capixaba, Carlos Manato, atual número 2 da Casa Civil de Bolsonaro. Segundo relatos, logo após a vitória de Bolsonaro nas urnas, Manato ficou com o nariz em pé, atendia quem queria, conversava com poucos e era de difícil acesso.

Agora, ele “desceu do pedestal”, tem conversado com lideranças locais, conjecturado possibilidades, especialmente para a eleição de 2020. Talvez a euforia da vitória nas urnas já estava passando...

Magno, o largado

E o ex-senador Magno Malta (PR), que fim deu? Após amargar a reserva no time de Bolsonaro, ainda perdeu a esposa, a deputada federal Lauriete Rodrigues (PR), que anunciou semanas atrás o divórcio. Mas ele tem andado pelo Brasil fazendo shows para o público gospel e, de vez em quando, dá uns pitacos políticos nas redes sociais; porém, longe de ter aquela audiência de tempos atrás.

Café com Jeremias

Essa semana aconteceu mais uma edição do Caneg, que é o evento que reúne a nata do empresariado loca,l além de políticos e personalidades. Dessa vez, contou com a presença do governador Renato Casagrande (PSB), do prefeito Audifax Barcelos (Rede) e do secretário estadual Bruno Lamas (PSB). Mas quem desbancou essa turma toda foi o jovem Jeremias Reis, o popstar mirim que está fazendo um sucesso danado no The Voice Brasil Kids. Menino despachado, ele andou entre os participantes e bateu papo com todo mundo. Rolou até fila para tirar uma selfie com o jovem serrano. Esse garoto vai longe...

Uma Rose para Vale

A senadora Rose de Freitas (PODE-ES) foi eleita, nesta quartafeira (13), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado que vai investigar as causas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Em quase quatro décadas de vida pública, Rose nunca foi reconhecida por ser uma crítica à Vale e à mineração, apesar de a empresa ser uma das maiores responsáveis pela poluição no Espírito Santo. Inclusive, suas posições a respeito do assunto durante a eleição de 2018, quando concorreu ao Governo do Estado, são consideradas tímidas. Além disso, nem de longe ela foi uma das pessoas mais atuantes no caso do rompimento da barragem da Samarco em Mariana, que atingiu diretamente o estado capixaba. É aguardar para ver.

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| SERRA (ES), 15 a 22 de março de 201919 | TN | P3

entrevista |

sérgio vidigal | Deputado federal e ex-prefeito da Serra

“Eu e Audifax temos a responsabilidade

de apoiar alguém da Serra em 2020” foto: gabriel almeida

yuri scardini gabriel almeida

N

a última segunda-feira (11), o deputado federal e ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal (PDT) virava pela primeira vez a alavanca do gerador de energia solar do IFES em Manguinhos. Em 2017, ele destinou R$ 490 mil em emendas para esse projeto, que vai economizar 40% de energia para a instituição (algo perto de R$ 15 mil por mês). Para além do mérito, politicamente, o ex-prefeito parece querer reciclar sua imagem e se aproximar do público jovem em pautas modernas e conectadas com as novas tendências. A reportagem esteve presente à cerimônia a convite da assessoria do deputado. Recebido com gala pelos servidores do Instituto Federal, Vidigal discursou para um auditório lotado de jovens estudantes. Já em seu gabinete em Laranjeiras (lotado de pessoas à sua espera), ele concedeu entrevista ao Tempo Novo. Crítico ao falar de Bolsonaro, ele afirma que “é preciso mais tempo” para fazer uma avaliação sobre o seu governo, mas crava: “Não me lembro de um início com tantos problemas internos”. O deputado também levanta dúvidas sobre a governabilidade no Congresso Nacional. Sobre a Serra, cidade que administrou por 12 anos, Vidigal diz que se a eleição fosse hoje ele não seria candidato, uma vez que não representa o “novo” na política. O ex-prefeito ainda descarta uma reconciliação com Audifax: “Impossível!”. Mas, ao mesmo tempo, deixa a porta entreaberta, ao dizer que ele e Audifax têm “responsabilidade” em não deixar ninguém de fora tomar o município num “projeto pessoal de poder”. Seria a senha para uma abertura de diálogo com o antigo rival? Verdade é que perto de completar 62 anos, este parece ser um Vidigal mais pé no chão e convicto de que sua missão com a Serra não terminou. E é a pergunta que se faz hoje: Audifax e Vidigal, juntos? Como dizia o mineiro Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Você olha de novo e ela já mudou”. [TN] Qual a sua avaliação do desempe-

nho do governo Bolsonaro nestes primeiros meses?

[sérgio vidigal] O tempo é curto

para fazer uma avaliação mais aprofundada. Mas assim, percebo que

nossa realidade local. Está em seus planos ser candidato a prefeito da Serra em 2020? A população tomou seu posicionamento em 2018 ao optar por nomes novos e cabe a nós, os mais experientes, esperar um pouco para ver se a população vai continuar fazendo essa opção ou vai recorrer a nomes já testados. Mas é certo que o PDT vai continuar trabalhando na Serra; porém, isso não quer dizer que toparei ser o candidato. Se a eleição fosse hoje, eu não seria candidato. Até porque eu não represento mais o “novo”. Existe a possibilidade de reconciliação entre você e Audifax? Olha, impossível! E vou te dizer por quê. Algumas coisas são caras para a gente, como o respeito, e ele faltou comigo ao longo do tempo. Por mais que eu ame a Serra, eu prefiro não participar do processo a alterar meus princípios; eu iria arrumar problema dentro de casa. Eu estaria violentando tudo aquilo que sofri e sofro. A política tem que ter critérios. Eu posso ser um eterno derrotado, mas não vou mudar minha forma de pensar.

crítico da gestão de Jair Bolsonaro, o deputado federal Vidigal disse que nunca viu um início de governo com tantas crises internas

eles ainda estão tentando se encontrar; não estão falando a mesma língua entre eles. Não me lembro de um governo com tantos problemas internos, como está tendo o governo Bolsonaro. Até agora não mostrou um rumo ainda, e isso preocupa. E a governabilidade? Bolsonaro vai conseguir tocar as pautas do governo lá no Congresso? Acho que Bolsonaro ainda está imaginando que está no processo eleitoral. Ele tem de lembrar que passou; os detentores de mandatos foram escolhidos pela população; e que precisa conversar com o parlamento. Não digo especificamente com o PDT, que temos nossas bandeiras já; digo com o “centrão”, por exemplo. Ele vai ter que conversar com o “centrão”, porque a realidade impõe isso. Vai ser difícil ele explicar isso aos seus seguidores, mas vai ter que acontecer. Qual sua avaliação sobre a reforma daPrevidênciapropostapelogoverno? Quais pontos positivos e negativos? O positivo é que se compreendeu a necessidade urgente de promover uma reforma. Mas eu já fiz duas refor-

“ Se a eleição fosse hoje, eu não seria candidato. Até porque eu não represento mais o ‘novo’ ” mas na minha casa e ambas melhoraram a casa; então, não posso aceitar que uma reforma piore as coisas. Previdência é um tema complexo, mexe com o futuro das pessoas. E antes de tudo, tem que proteger os direitos dos trabalhadores e reduzir os privilégios. O militar, por exemplo, tem de entrar na proposta. Não justifica um coronel com 49 anos se aposentar com o teto da polícia militar. Vamos mexer com tudo ou só com alguns grupos? O que você defende para a reforma da Previdência? A aposentadoria tem de ser autofinanciável; então, tempo de serviço é fundamental, é mais importante que a idade mínima. E tem que respeitar a diferença entre profissões. Eu sou mé-

dico, posso trabalhar por mais tempo; agora, não posso dizer se o cara que coleta lixo e corre atrás de caminhão pode continuar com até 65 anos. Outra coisa é respeitar as diferenças de cada região do Brasil, que tem uma expectativa de vida diferente. Acho que essa proposta de reforma quer convencer principalmente os mais pobres, de que vai tirar privilégios de muitos; mas na verdade não vai tirar. Trazendo a conversa aqui para

SemvocêeAudifaxnasurnas,pode abrir a eleição para político de fora da Serra tentar ganhar a prefeitura? Se nós dois tivermos mesmo esse peso eleitoral - o qual não sei se possuímos mais -, eu e Audifax temos a responsabilidade de apoiar alguém da Serra em 2020. Nós trabalhamos a vida toda dizendo que a cidade não é lugar para forasteiros; então, não podemos permitir que a Serra vire um projeto político pessoal de ninguém, ainda mais agora que o município é protagonista na economia. Audifax não pode ter uma vaidade que satisfaça apenas a ele, e sim a Serra. É a mesma coisa para mim. foto: gabriel almeida

vidigal liga pela primeira vez o gerador de energia solar do Ifes, projeto para o qual destinou R$ 490 mil e que vai gerar uma economia de R$ 160 mil/ano na conta do Instituto


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Política

Estado repactua convênios com prefeitura e deve liberar mais de R$ 10 mi para saúde foto: gabriel almeida

yuri scardini

A

pós conflitos entre a prefeitura da Serra e o governo do Estado, parece que o impasse dos convênios está perto de chegar ao fim. Isso porque em conversa com a reportagem do Tempo Novo na última quarta-feira (13), o governador Renato Casagrande (PSB) confirmou a repactuação das parcerias no município e disse que a cidade vai ter um “um plano robusto de desenvolvimento”. Casagrande suspendeu todos os convênios firmados nos últimos três meses do governo de Paulo Hartung (sem partido) junto a várias prefeituras capixabas, inclusive a da Serra, que totalizava cinco convênios no valor de R$ 24 milhões. A suspensão gerou muita insatisfação do prefeito, Audifax Barcelos (Rede), que se negou a devolver os cerca de R$ 8 milhões que já haviam sido depositados na conta do município. Após negociações turbulentas, chegou-se a um acordo de que a prefeitura devolveria os recursos já depositados e o Estado iria acelerar a repactuação das parcerias. Com isso, de acordo com Casagrande, essa semana, Estado e prefeitura já reassinaram o convênio para equipar a UPA de Castelândia, no valor de R$ 2 milhões; e deve nos próximos dias dar sequência à parceria com o Hospital Materno Infantil, no valor de R$ 8.2 milhões. “Já reassinamos o convênio da UPA de Castelândia. Nos próximos dias, vamos reassinar o convênio dos equipamentos

casagrande d isse que Serra é locomotiva econômica e que vai trabalhar para implantar “plano robusto de desenvolvimento para a cidade”

do Hospital Materno Infantil da Serra. E vamos trabalhando com essa cautela, que é necessária nesse ano de 2019”, disse Casagrande. A reportagem confirmou a informação junto à assessoria de imprensa da prefeitura, que agora diz aguardar a efetivação do repasse de valores para a próxima semana. Perguntado sobre novos investimentos no município, Casagrande anunciou que haverá um plano de desenvolvimento local, mas não adiantou detalhes. “A Serra é locomotiva para este estado, puxa o Espírito Santo para frente; e é muito melhor um município puxando o estado do que a gente ter que empurrar o município.

Então, é isso que nos garante também ainda mais condições para que a gente possa trabalhar e ter um plano robusto de desenvolvimento para a cidade”. convênios atingidos Na Serra, foram impactados cinco convênios no valor global de R$ 24 milhões: dois na área da Saúde, para equipar a UPA de Castelândia, no valor de R$ 2 milhões; outro para equipar o Hospital Materno Infantil, com valor de R$ 8.2 milhões. Além desses, havia mais três convênios para obras de mobilidade urbana em Laranjeiras, Bairro de Fátima e Barcelona, que somam R$ 14 milhões.

Tubarão fraco exige diversificação A reportagem questionou Casagrande sobre os impactos econômicos decorrentes do enfraquecimento do arranjo mínero-siderúrgico do complexo de Tubarão, por conta da paralisação da Samarco, além das sanções dadas à Vale após o rompimento da barragem em Brumadinho. Casagrande aposta na retomada dessas empresas e defende a diversificação de mercado. “Precisa, além de fortalecer esse segmento (mineração e siderurgia), mesmo que esteja enfraquecido nesse momento; mas o Estado tem que pensar para adiante, com novas empresas que possam agregar valor aos produtos culinários aqui do Espírito Santo. Mudar o perfil de uma economia exportadora para uma economia provedora de tecnologia e incorporar

foto: divulgação

portos de Tubarão e Praia Mole com a Serra à direita e Vitória à esquerda

a inovação tecnológica. Apoiar as micro, pequenas e médias empresas, pois a Serra é cheia delas. A gente

tem que trabalhar junto para que possamos construir um ambiente de negócios melhor”, disse o governador.

“Liberar armas não resolve problemas”, diz Audifax Em meio ao massacre na cidade paulista de Suzano, que vitimou professores e alunos na última quarta-feira (13), o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), veio a público para criticar políticas armamentistas e o que ele chamou de “cultura do ódio”. Em nota, Audifax apontou um crescimento “ao culto às armas” no país e defende controle na liberação e comercialização de armamentos. “Leio com desprazer as autoridades e alguns amigos compartilharem com entusiasmo em suas redes sociais campanhas pelo armamento; alguns dizendo que se os professores estivessem armados, o massacre poderia ser evitado. Não posso ficar calado. Liberar armas não resolverá os problemas da sociedade; é preciso aprimorar o controle das armas, atualizar exigências na fabricação e exigir o rastreamento das mesmas.” O prefeito ainda aponta estudos de especialistas que, segundo ele, afirmam que a facilitação da pos-

se de armas é um fator potencializador de violência. “Especialistas de segurança pública apontam que uma casa que tem uma arma, o risco de acontecer uma tragédia é muito maior. Vimos também que países que restringem o uso de armas têm menos violência. A saída não é armar a população; não podemos aceitar que a cultura do ódio entre em nossa sociedade. Somos de paz”, finalizou Audifax. foto:gabriel almeida

após m assacre em Suzano, Audifax condena o “culto a armas”

Deputados e CREA farão vistoria em pontes da Serra Deputados estaduais e engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-ES) farão visitas técnicas a duas pontes do município na próxima segunda-feira (18). Trata-se das pontes de Jacaraípe e Flodoaldo Borges Miguel, em Nova Almeida, ambas na ES-010. No final de fevereiro, o Tempo Novo esteve na ponte de Nova Almeida e constatou problemas visíveis como rachaduras na estrutura e corrimões corroídos, sendo que em alguns pontos eles sequer existem. Os trabalhos serão conduzidos pelo presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (PDT). “O colegiado tem convênio com o CREA-ES. É com esse laudo, assinado pelo Conselho, que vamos provocar e cobrar manutenção dos órgãos competentes”, explicou Marcelo Santos. A visita às pontes acontece na próxima segunda-feira (18), às 8h30, começando pela ponte de Jacaraípe, seguindo para a ponte que liga Nova Almeida ao balneário de Praia Grande, em Fundão. A maior preocupação de quem mora na região de Nova Almeida é com as crianças. “Estou com muito medo de passar por ali. Primeiro porque o corrimão, que já é baixo, e onde ainda tem

está corroído pela maresia. Qualquer pessoa pode cair dentro do rio Reis Magos a qualquer momento. Para piorar, crianças e adolescentes costumam circular por ali. Está muito perigoso”, afirma a moradora Débora Vitória. Outro morador do bairro que também reclama do problema é Saulo Alves. “Os corrimões estão todos corroídos e o ideal seria trocar toda essa estrutura, que é muito antiga”, disse o popular que costuma passar pela ponte. Procurado, até o fechamento da edição, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES) não respondeu ao pedido de informação sobre a condição das estruturas. Municipalização No final de fevereiro, houve uma reunião na sede do DER-ES com o prefeito Audifax Barcelos (Rede) para tratar da municipalização da ES-010 no trecho entre Jacaraípe e Nova Almeida, o qual inclui as duas pontes. No encontro, o órgão estadual pediu à prefeitura que apresentasse condicionantes para o acordo. Audifax, então, sugeriu que o órgão revitalizasse as pontes. O DER-ES ficou de avaliar o pedido e deve voltar a se reunir com o mandatário do município nas próximas semanas.


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Meio Ambiente

Nova mortandade de peixes atinge lagoa Juara Bruno Lyra

A

mortandade de peixes virou rotina na lagoa Juara. Na manhã desta quinta-feira (14), mais uma vez a lagoa amanheceu repleta de peixes mortos e outros agonizando à flor d’água. Nos últimos cinco anos, a situação ocorreu pelo menos outras quatro vezes. Sob a condição do anonimato por temer represálias, um pescador profissional que atua na Juara percebeu, na noite da última terça-feira (12), que o problema iria se repetir. “Além do esgoto e da pouca água doce por conta da seca, a lagoa ficou muito salgada por causa da entrada de água do mar com a dragagem do rio Jacaraípe. Como estamos na maré de março, vem

ainda mais água salgada. Na terça à noite, já vi muitos peixes tentando respirar; então, já estava certo que isso (a mortandade) iria acontecer”, explica. Esse pescador enviou vídeos e fotos para a reportagem na manhã desta quinta-feira (14), revelando volume expressivo de peixes mortos na Juara. Ele ainda lembrou que desde a dragagem do rio Jacaraípe, feita para reduzir os alagamentos na região, a lagoa passou a ficar mais salgada com a entrada da água do mar, o que inviabilizou o projeto de piscicultura de tilápias. Morador da região e ativista do Instituto Brasileiro de Fauna e Flora (Ibraff), Claudiney Rocha disse que novas mortandades devem acontecer.“A la-

goa está morrendo por causa do esgoto e da salinização. No carnaval fui com a família passear de pedalinho e o odor estava horrível, como nunca havia sentido. E a água estava muito mais verde do que o normal”, conta. Para o ativista, é preciso ações concretas para reverter a morte anunciada da Juara. “Só conversa não resolve. Estão fazendo rede de esgoto na região, vamos ver se vai melhorar um pouco a lagoa depois que o tratamento estiver em operação”, observa. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente disse que técnicos já estiveram no local nesta quinta-feira (14) e retornarão à lagoa Juara nesta sexta-feira (15) para finalizar as avaliações. foto: divulgaçã leitor

esta é a quarta mortandade de peixes em cinco anos e já não há mais criação de tilápias em tanques-rede por conta da degradação

Arcelor transforma escória em Revsol para pavimentar estradas vicinais do ES Estradas nas cabeceiras dos principais rios capixabas vêm recebendo desde 2006 produtos feitos a partir de escória, rejeito da siderurgia, com o objetivo de melhorar a pavimentação. A usina de fabricação de placas de aço da ArcelorMittal Tubarão na Serra é a origem das substâncias, chamadas Revsol e Revsol Plus. Segundo a Arcelor, os produtos são doados e, em 13 anos, foram encaminhados para 36 municípios capixabas, onde estão rios das bacias do Itapemirim, Doce, Benevente, Jucu,

Santa Maria e Reis Magos. Os últimos quatro são responsáveis pelo abastecimento de 1,9 milhão de moradores da Grande Vitória. A Serra é atendida pelos rios Santa Maria e Reis Magos. Em nota divulgada no último dia 7 de março, a empresa informou que as doações já beneficiaram 770 km de vias rurais e estradas vicinais em todo o estado. Para isso, foram aplicados 1,9 milhão de toneladas das substâncias, também denominadas pela empresa como coprodutos. Sobre os riscos ambientais desses

coprodutos - uma vez que a chuva carrega terra e outros materiais aplicados nas estradas rurais para os cursos d’água -, a Arcelor afirma que não há problema. Em 2017, a empresa já havia respondido a este questionamento, informando que um dos benefícios do Revsol é reduzir a erosão e o carreamento de materiais sólidos para os cursos d’água. Informou, ainda, que a substância é classificada como não perigosa, segundo a Norma ABNT NBR 10.004.

Desmate e loteamento ilegais são embargados na região de Costa Bela A Secretaria de Meio Ambiente da Serra (Semma) e a Polícia Ambiental flagraram um desmatamento ilegal na região de Costa Bela, na última segunda-feira (11). Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o desmate atingiu uma área de mil metros e foi embargado. O responsável, que não teve o nome divulgado, foi multado em R$ 10 mil. Além da destruição da mata, os fiscais também constataram o parcelamento irregular

do solo em área de preservação permanente. Segundo a assessoria, o responsável terá que fazer um plano para recuperar a área, que não poderá ser ocupada. Por essa razão, tanto o desmate quanto o loteamento foram embargados. A prefeitura informou, ainda, que o infrator foi conduzido à 3ª Delegacia Regional da Serra para prestar esclarecimentos sobre os danos, considerando que a prática é crime ambiental, conforme a Lei nº 9605/08.


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Economia

Queda de produção da Vale não afeta cliente e prestador de serviços foto: agência vale

Clarice Poltronieri

A

redução da produção de minério de ferro da Vale em 30 milhões de toneladas não afetou a maior cliente da mineradora no estado, a ArcelorMittal, e uma das prestadoras de serviço, a Usiminas. Pelo menos é o que dizem as empresas. Desde o início de fevereiro, uma determinação judicial interrompeu as atividades da Vale em dez barragens em Minas Gerais, o que levou a empresa a declarar força-maior, quando não é possível cumprir contratos comerciais. A mineradora estimou, à época, que haveria uma redução na produção de 30 toneladas de minério de ferro, quase 30% do total que é escoado pelos portos capixabas, que em 2017 foi de 102,2 milhões de toneladas. A ArcelorMittal Tubarão informou, por meio de nota, que a empresa opera normalmente e de forma estável. Mas, na mesma nota, revela preocupação ao dizer que “acredita que a Vale conseguirá priorizar o mercado interno e seus clientes brasileiros”. A Arcelor compra pelotas de minério da Vale para

por conta d a paralisação de lavras em Minas Gerais, a Vale reduziu em 30% o volume de minério de ferro que circula no Complexo de Tubarão

a fabricação de placas de aço na usina de Tubarão. Já a assessoria de imprensa da Usiminas não respondeu se haveria uma redução nas atividades da empresa, mas afirmou que está executando um projeto de montagem metalmecânica de um equipamento específico no Complexo de Tubarão para a Vale, onde trabalham 170

funcionários. Miguel Ferreira Júnior, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do ES (Sintraconst) - entidade que apoiou a paralisação de funcionários da Usiminas na última semana -, disse que no estado ainda não foi percebida a redução na prestação de serviços da cadeia produtiva mínero-siderúrgica.

Conta de luz do Ifes na Serra caiR$ 161 mil com energia solar O Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) da Serra vai economizar pelo menos R$161,5 mil por ano. É que a instituição foi a primeira do estado a receber uma usina de energia solar, que vai reduzir em 40% o valor das contas de luz. Isso significa uma economia média de R$442,53 por dia. O investimento na Usina de Minigeração de Energia Solar Fotovoltaica, que veio por emenda parlamentar, foi de R$490 mil e o projeto é piloto no estado. Foram instalados 425 painéis solares nos telhados de dois prédios da instituição, cerca de 850m². O reitor do Ifes Serra, José Geraldo Orlandi, disse que o custo de manutenção com o equipamento é baixo. “Os painéis solares duram 25 anos e o custo de manutenção dos equipamentos é baixo, já que eles não são móveis”, aponta. Em menos de quatro anos a economia na conta de energia já paga o investimento feito nos painéis. José Geraldo detalha, ainda, os objetivos almejados com a instalação da usina: economizar, divulgar e capacitar. “Vamos reduzir o custeio, economizando na conta de luz; vamos divulgar a importância, o uso e a tecnologia da energia solar com palestras, visitações e cursos; e também usaremos nas aulas, inicial-

mente em cursos de extensão com especialização técnica. Mas vamos estudar a possibilidade de criar um curso técnico de energias renováveis”, adianta. Orlandi também detalha o funcionamento do sistema. “As placas captam a energia solar e a transformam em corrente elétrica contínua. Então, essa corrente contínua passa por um inversor, aparelho que a converte em corrente elétrica alternada, de 110V/220V, que é essa utilizada nas residências, em comércio”, enumera. Por fim, ele aponta que durante a semana são usadas conjuntamente a energia gerada pela usina e a da concessionária (EDP Escelsa). Já nos finais de semana, a EDP usa o consumo excedente e depois devolve em forma de crédito”, explica. O deputado federal responsável pela indicação da emenda e presidente da Frente Parlamentar de Incentivo à Geração de Energias Renováveis, Sérgio Vidigal (PDT-ES), quer expandir a ideia. “O objetivo é estimular a implantação desses equipamentos nos prédios públicos e contribuir com o meio ambiente. E ainda trazer qualificação de mão de obra nesta área, para estimular mais investimentos e gerar mais empregos”, disse. FOTO: FÁBIO BARCELOS

Sindicato diz que salários estão reduzindo, mas empresa nega Na última segunda (11), funcionários da Usiminas, terceirizada que presta serviços à Vale, fizeram manifestação na entrada de Tubarão, em Carapina. Uma dos motivos é que a empresa paga salários 60% menores do que a média para as funções exigidas, segundo sindicato de trabalhadores. Questionado se essa redução seria por conta de diminuição das atividades da Vale e, por consequência, da Usiminas, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do ES (Sintraconst), Miguel Ferreira Júnior, explicou. “A Usiminas contrata para um cargo de menor salário, mas exige do trabalhador uma função onde ele ganharia muito mais. Com isso, as perdas salariais chegam a 60%. Além disso, traz

trabalhadores de fora, que aceitam se submeter a condições de trabalho semelhante à escravidão. Não dão alimentação nem alojamento; quando o funcionário adoece, o demitem, entre outras coisas. Tudo isso para oferecer um valor menor de serviço para a Vale e fecharem o contrato”, denuncia. Miguel esclareceu que na terça (12) houve uma audiência, em que os trabalhadores se comprometeram a compensar as horas de trabalho paralisadas e conseguiram alguns benefícios, como a alimentação. Por fim, disse que o Sintraconst não é o representante legal dos trabalhadores, mas que apoiou o movimento e o orientou, porque o representante legal dos trabalhadores, o Sindimetal, não fez sua parte.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal) disse que não comentaria o movimento grevista porque não participou da ação e não concorda com a mesma. Já a Usiminas se defendeu, via assessoria, dizendo que “não procede a informação de redução de salário dos empregados e que vem cumprindo integralmente a Convenção Coletiva de Trabalho firmada em dezembro de 2018 entre os sindicatos dos empregados e patronal” Destacou que “a paralisação realizada na segunda-feira não possui respaldo na legislação trabalhista e pretendia a aplicação de instrumento normativo firmado por categoria diferente dos empregados da Usiminas Mecânica”.

o reitor josé Geraldo Orlandi e o diretor do Ifes Emerson Birchler, com as placas fotovoltáicas ao fundo. Tecnologia vai gerar economia de R$ 440/dia


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Cultura & Lazer

Insurreição do Queimado completa 170 anos com homenagens aos negros ana paula bonelli

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Insurreição do Queimado vai completar 170 anos de história. E neste final de semana acontece uma série de atividades para festejar a data, que é comemorada no dia 19 de março. A vila de São José do Queimado, nazonaruraldaSerraeàsmargensdorio Santa Maria da Vitória, é conhecida por ter sido palco de uma das maiores revoltas de negros escravizados do Brasil, em 1849. A luta dos negros por liberdade e direitos segue desde o seculo XVI. Com o declínio da navegação no rio, a vila foi desaparecendo e a mata Atlântica, retomando os espaços.

Hoje, só restam as ruínas da igreja e o cemitério. Uma das novidades das celebrações este ano é que as ruínas da igreja estão sendo restauradas. Neste sábado (16), acontece a Caminhada Noturna dos Zumbis Contemporâneos, que sairá da igreja Matriz, na Serra-Sede, à meia-noite, e seguirá até o palco da insurreição no distrito do Queimado. A concentração será às 21h. O trajeto é feito pelo Circuito de Agroturismo de Guaranhuns, passando pelo sítio Recanto Mestre Álvaro, e tudo rega-

do a lindas paisagens. A chegada ao sítio histórico do Queimado está prevista para as 6 h da manhã. No domingo (17), os caminheiros participam da celebração dos 170 anos da Insurreição do Queimado, às 9 h, na entrada da mata que dá acesso ao sítio histórico. Tradicionalmente, acontecem também homenagens na Assembleia Legislativa e na Câmara da Serra. No dia 19 (terça-feira), haverá sessão solene na Assembleia Legislativa, às 19h. Já no dia 21 (quinta-feira), às 18h, o tributo será na Câmara Municipal.

Pop rock internacional em pub de Barcelona Vai rolar música ao vivo no General Pub, em Barcelona, nesta sextafeira (15). A atração é o cantor Felipe Pelissari, que traz no repertório muito pop rock internacional. Será a partir das 20h30. O General Pub é especializado em burguers, petiscos e porções, além de oferecer diversas marcas de cerveja bem gelada, inclusive

artesanal e premium. Um dos carros-chefes da casa é o hambúrguer artesanal, e tem ainda outra opção super fit que é a porção de coxinha sem massa. O General Pub fica na Avenida Ribeirão Preto, nº 119, em Barcelona. O estabelecimento também faz entregas. Basta ligar para 3079-0005 ou no WhatsApp 99730-4889.

decisão para jeremias reis na tv globo foto: divulgação

É neste domingo que o pequeno Jeremias Reis, morador de Central Carapina, vai se apresentar ao vivo no The Voice Kids, da TV Globo. Desta vez, o jovem cantor vai precisar contar com os votos dos internautas capixabas. A votação acontece ao vivo e, no dia da apresentação, quem quiser votar deve acessar o site do Gshow.com ou baixar o aplicativo gratuitamente e fazer cadastro para participar. O menino de onze anos tem como treinadoras a dupla Simone e Simaria e fará sua terceira aparição no programa. Na Serra, Jeremias é assistido pelo projeto social Rede Aica.

no restauro, a s paredes que estavam sustentadas por cabo de aço serão melhor fixadas. Também será refeita a fachada da igreja

Restauração das ruínas da igreja começou em fevereiro e deve ficar pronta em seis meses Os trabalhos de restauração da igreja de São José do Queimado começaram no dia 4 de fevereiro deste ano e a previsão de entrega da obra é de seis a oito meses. A notícia foi dada pelo prefeito da Serra, Audifax Barcelos, em vídeo divulgado em suas redes sociais. O investimento, no valor de R$ 1,3 milhão, está sendo feito com recursos privados do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades). A ideia é fazer do local um museu a céu aberto, onde fiquem expostas peças resgatadas na pesquisa arqueológica realizada no local no ano passado.

Será feita a restauração para fixar melhor as paredes, que hoje estão seguras por cabos de aço e trilhos de ferro, já bastante enferrujados. Também será refeita a fachada e a torre da igreja com estrutura de ferro, que terá mezaninos. Já no centro da igreja será colocada uma caixa de pedra, na qual serão expostos os artefatos encontrados durante a pesquisa arqueológica. O projeto é deixar o local como um museu a céu aberto. Durante a pesquisa arqueológica foram encontrados pedaços de prato, jarras e azulejos. Também faz parte do projeto a contratação de guar-

das para evitar que o espaço seja alvo de novas depredações – várias aconteceram ao longo dos anos - e furtos. Existe, ainda, o projeto de incluir a história do Queimado num circuito turístico para fomentar o turismo histórico, além de incluir ações educativas envolvendo o ensino fundamental, tanto municipal quanto particular.

Capixabas vão curtir vibe do reggae yankee da Soja A banda americana Soja, de Washington DC, volta ao solo capixaba depois de quatro anos. O show tem produção dos serranos Rodrigo Rosa e Léo Kbong e será no dia 12 de maio, na Arena Vitória (Álvares Cabral), em Vitória, a partir das 21 h. Além da Soja, a banda Lagum, de Minas Gerais, também se apresentará no evento.

A banda traz a turnê “Sing To Me Spring Tour 2019”. Soja é um grupo de reggae dono de sucessos como “True Love”, “I Don’t Wanna Wait” e “Everything Change”. Os ingressos estão sendo vendidos por meio do endereço eletrônico https://www.onticket.com.br/#/ eventos/116

lama, mulheres e luta Até o dia 22 de março, está aberta na Assembleia Legislativa, em Vitória, a exposição fotográfica “Mulheres Atingidas: da lama à luta”. A mostra é composta por 24 imagens, registradas pelos fotógrafos Isis Medeiros, Gabriel Lordêllo e profissionais parceiros que retratam o drama vivido pelas mulheres atingidas pelo rompimento das barragens nas cidades de Brumadinho e Mariana, fato que gerou grande destruição socioambiental em comunidades de Minas Gerais e do Espírito Santo. O público poderá visitar gratuitamente a mostra no Espaço de Artes Marien Calixte, localizado na Assembleia Legislativa, das 8 às 18h.


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Geral

Massacre de Suzano aumenta temor sobre insegurança em escolas na Serra FOTO: DIVULGAÇÃO

ação de um dos assassinos do massacre de Suzano (SP) foi filmada, chocou o país e reacendeu o debate sobre violência na escola Gabriel Almeida

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om a repercussão do massacre na escola de Suzano (SP), ocorrido na última quarta-feira (13), quando dois ex-alunos entraram e mataram sete pessoas e depois se suicidaram, surgiram questionamentos quanto à segurança das escolas municipais e estaduais localizadas na Serra. Antes, os jovensjáhaviammatadootiodeumdeles na rua. Pais, alunos e até professores se queixam que faltam vigilantes nas unidades escolares da cidade e temem pela vida dos estudantes e profissionais que atuam nas redes de ensino. Câmeras de videomonitoramento da escola onde ocorreu o massacre mostra-

ram que os dois jovens atiradores entraram com bastante facilidade e, logo em seguida, começaram o ataque aos estudantes. Na Serra, moradores afirmam que não é difícil entrar numa escola. ElianaSilva,deJardimTropical,éuma das mães que fica preocupada ao enviar seu filho para a escola, que fica em José de Anchieta II. “Semanas atrás eu até cheguei a comentar com alguns amigos que as escolas precisavam ter um controle maior de quem entra. Meu filho vai para a escola e depois desse atentado meu coração fica apertado”, comenta. Maria Luiza, que estuda numa escola estadual na cidade, concorda. “Nossa preocupação não é só sobre atentados, mas também podem

ocorrer assaltos e outras coisas, ainda mais nas escolas que ficam em áreas perigosas. Vejo que onde eu estudo deveria ter uma segurança maior, principalmente nos horários de entrada e saída. Temos medo que algo desse tipo possa acontecer”, reclama. Uma professora que atua na rede pública municipal, mas que preferiu não se identificar, também está preocupada. “Observo que no entra e sai de pessoas, muitas vezes o portão fica aberto e qualquer pessoa pode entrar. O coordenador ou outro profissional de uma escola não consegue ficar vigiando o portão de entrada toda hora. Nós não temos vigilantes e temos medo que algo possa acontecer”, afirma.

Município diz que há vigilância e Estado destaca ações preventivas Nem todas as escolas municipais contam com vigias armados. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação, as escolas “dispõem de vigias armados nos pontos mais vulneráveis”. Ainda segundo a secretaria, todas as creches e escolas da cidade contam com porteiros escolares e alarmes monitorados. A maioria das unidades de ensino também possui câmeras de videomo-

nitoramento. Sobre a informação que os portões das escolas municipais ficam abertos, a secretaria disse que não procede. Já a Secretaria de Estado da Educação informou que atua tanto com ações preventivas de segurança quanto na condução de medidas pedagógicas que contribuam para um ambiente escolar seguro. Informou, ainda, que as escolas possuem vigi-

lância patrimonial e são assistidas pela Patrulha Escolar da PM. E dentre as medidas pedagógicas, destaca a conscientização do aluno quanto à valorização da vida, a retomada do Programa Coordenadores de Pais, a capacitação dos professores para lidar com questões como bullying/condutas violentas e a inclusão da disciplina Projeto de Vida em algumas escolas da rede.

“Só a segurança não é suficiente para combater esse tipo de violência”

O massacre que deixou nove mortos dentro de uma escola pública de Suzano (SP) e uma na rua chocou o país e levantou o debate sobre a violência nas escolas. Para a psicóloga Janaina Fernanda Pereira, o problema é complexo e exige ações de combate ao bullying, à discriminação e às violências verbal, física e psicológica. “Só a segurança não é suficiente para combater esse tipo de violência”, afirma a psicóloga. As investigações da motivação do atentado, cometido por dois jovens, estão em andamento. No entanto, segundo a mãe de um dos assassinos, que tinha 17 anos e era ex-aluno da escola de Suzano, ele sofria bullying e deixou os estudos por esse motivo. Atualmente, o combate a essa prática nas escolas já é lei, mas milhares de crianças e adolescentes ainda são vítimas. De acordo com Janaina, que também é professora universitária na Serra, o bullying é motivado por problemas sociais antigos e graves no Brasil e, por isso, deve ser discutido e combatido dentro de sala de aula. “Tais violências fazem parte do cotidiano escolar e

estão enraizadas na sociedade. Só a segurança não é suficiente para combater esse tipo de violência. Para resolver o problema da violência em qualquer escola é preciso desconstruir preconceitos históricos, desnaturalizar falas e gestos que carregam consigo agressões e fomentar o debate da diversidade existencial”, afirma. Para a psicóloga, combater a violência nas escolas só será possível se houver valorização humana da comunidade escolar, incluindo estudantes, professores, funcionários, pais e a própria comunidade ao entorno. A também psicóloga Joyce Santos Firme defende a presença de um profissional da área nas escolas. “O nível de violência ocorrido em São Paulo nos mostra a fragilidade coletiva e pessoal dos envolvidos: falta segurança patrimonial e um profissional de psicologia nas escolas. Também revela conflitos pessoais e de relação de poder. Mas é preciso pensar também em políticas de prevenção junto à família, com o espaço acessível e estratégico àquele público. Mais investimento em educação também é fundamental”, disse. FOTO: DIVULGAÇÃO

Guilherme Taucci, de 17 anos, foi um dos responsáveis e sofreu bullying, diz mãe

Programa municipal trabalha valores humanos

No município da Serra, as escolas da rede de ensino municipal contam com o programa Educação em Valores Humanos, que leva temas como ética, respeito, amor, não violência, honestidade, responsabilidade, solidariedade e humildade para dentro das salas de aula. O secretário de Educação da Serra, Gelson Junquilho, diz que o programa, que já alcançou mais de 60 mil

estudantes, tem feito a diferença na vida de toda a comunidade escolar. “A iniciativa voltada para os valores humanos é pioneira no estado e tem colhido bons resultados. Entre as diversas ações desenvolvidas, destacam-se os projetos de horta escolar, emocionômetro, relaxamento e meditação, carta entre amigos e jardim dos valores”, disse.


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HÁ VINTE anos ainda havia algumas árvores na avenida, que paulatinamente foi ficando menos verde e com mais concreto

Falta de árvores na Avenida Central gera calor excessivo e prejuízos para a saúde gabriel almeida

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m calor que só faz aumentar em meio a tanto concreto, vidro e asfalto. Assim ficou a Avenida Central de Laranjeiras, que antes da explosão imobiliária e comercial possuía muitas árvores. Sem verde, a sensação pode ir muito além do desconforto térmico. O super calor pode ser prejudicial à saúde, alertam especialistas, e já tem afastado até clientes das lojas. Nas redes sociais do Tempo Novo, consumidores relatam que deixam de ir às compras na Central por conta do calor. É o caso de Marilza Donô

Falcão, que cobra do município um projeto para rearborizar a área. “Não tem mais condições de ir a Laranjeiras nesse calor. Sinto muito, lojistas”, lamenta. Outra consumidora, Geovana Rodrigues, endossa. “Eu deixo de ir também devido a muito calor e nenhuma sombra. Ufa!”, desabafa. A moradora de Laranjeiras, Cristina Ana Arndt, diz que o corte das árvores deixou não só a avenida como outras áreas do bairro mais quentes. “Havia árvores na Central toda. Inclusive, eu morava na avenida e lembro que plantamos uma árvore e que muitos descansavam debaixo dela. Éramos felizes com aquele frescor. Eu

e minhas vizinhas levávamos nossos filhos para brincar nas sombras das árvores”, relembra. Ativista ambiental da Serra, Júnior Nass lamenta a redução do número de árvores não só na Avenida Central como em outras áreas urbanizadas da cidade e também a falta de planejamento para que esses locais tenham mais verde. “Hoje é quase impossível colocar árvores naquelas calçadas de Laranjeiras. Isso deveria ter sido pensado e feito antes, quando o comércio estava sendo expandido. Pesquisas revelam a importância do verde e afirmam que uma árvore consegue produzir ar para quatro seres humanos”, aponta.

Risco maior de doenças respiratórias, problemas cardíacos e derrames A presidente da Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo, a médica Ciléia Martins, diz que as árvores são fundamentais para a saúde humana e ajudam a reduzir a poluição. “Elas são responsáveis pela oxigenação do ambiente. Ela faz aquela formação, ela transpira e respira e, então, melhora o ar. Quanto

mais plantas tivermos, menor o nível de poluição”, avalia. Por isso, a falta delas pode piorar doenças respiratórias, como asma e enfisema. “Em virtude da retirada das árvores, nós estamos tendo calores excessivos, pouca hidratação ambiental e pouca oxigenação. É o nosso pulmão que nos oferece o oxi-

gênio, que vai para outros órgãos. Se temos um oxigênio deficiente ambiental, com certeza também teremos uma deficiência do nosso oxigênio pulmonar, e isso consequentemente atinge todos os nossos órgãos, o que favorece a pressão alta, arritmias cardíacas, AVCs, entre outras”, explica.

Após ônibus despencarem de terminal, Ceturb promete barreira A Ceturb-ES prometeu, na tarde de quarta-feira (13), que irá realizar melhorias e instalar contenção no estacionamento do Terminal de Laranjeiras para evitar que outros coletivos despenquem do estacionamento e atinjam a Avenida Eudes Scherrer de Souza (também conhecida como Avenida Civit). A decisão veio após mais um ônibus descer desgovernado do terminal,

atravessar a calçada e ficar no meio da avenida. O caso aconteceu no último dia 06 março. Por sorte, nenhum pedestre ou veículo foi atingido. A Ceturb-ES ainda não sabe o que provocou o acidente e esta semana anunciou que oficiou os consórcios para que eles apresentem informações sobre o ocorrido. A Companhia Estadual de Transportes Coletivos disse, também, que o meio-fio da área

onde os ônibus ficam estacionados será aumentado e que serão instalados contentores no local. A Ceturb-ES não informou quando as instalações estarão prontas. A empresa à qual pertence o veículo envolvido no acidente já consertou a grade danificada pelo ônibus. Outro acidente semelhante havia ocorrido no dia 4 de julho de 2017. Felizmente, também sem vítimas.


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geral

Para famílias ameaçadas de despejo Eco 101 persegue os mais pobres FOTO: GABRIEL ALMEIDA

Gabriel Almeida

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ais de 15 famílias carentes da comunidade de Santiago da Serra terão que abandonar as casas onde moram nos próximos dias. A concessionária Eco 101, que administra a BR 101, entregou notificações judiciais que obrigam as pessoas que moram às margens da rodovia a deixarem suas residências no prazo de 30 dias. Entre os ameaçados de despejo estão pessoas que moram no local há 40 anos, além de idosos, desempregados, deficientes e até gestantes. Desde quando foram notificados, o medo e a incerteza do futuro estão fazendo parte da vida de todos os moradores que não sabem qual destino terão, já que a população do bairro é carente e de origem humilde. Aposentado e morador do bairro há 39 anos, Antônio Sérgio Rudio, de 68 anos, é uma das pessoas que foram notificadas. “Foi uma surpresa. Estamos bem distantes da pista e nunca fomos importunados por nenhum órgão do governo. A Eco 101 só persegue os pobres. Tem empresas aí que ficam mais próximas da pista e que não vão ser retiradas. Além de tudo, querem multar a gente com valores altíssimos”, desabafa. Uma das moradoras mais antigas do bairro, Gilça Batista de Jesus também está desesperada. “Não tenho renda. Não tenho como pagar aluguel. Moro há mais de 50 anos aqui, vim pequena ainda para cá, criei meus filhos, para agora passar por essa situação. O que eu vou fazer? Pegar a trouxa e ir para baixo da ponte. É o único jeito, já que ninguém olha para a gente”. Adriana Robers Rudio também reclama. “Tem pessoas que moram aqui há mais de quarenta anos. Eu terei que remover parte da minha construção, mas há pessoas que ficarão sem teto para morar. Imagina ter 30 dias após ser notificado para

mais de quinze famílias receberam a notificação judicial para deixarem suas casas e o clima no bairro é de revolta e desespero

sair de sua casa? Gostaríamos de ficar nas nossas casas, mas se não tiver jeito, que pelo menos sejamos indenizados de forma digna”, reclama. Laura Batista Carlos, que tem 68 anos, disse ter tomado um choque quando recebeu a notificação. “A gente trabalha a vida toda pa-

ra conseguir uma casa e vêm esses caras e tiram tudo que a gente construiu em minutos. A maioria das famílias daqui é humilde, assalariada. Tem muita criança, idoso, deficiente visual, pessoa com problema de mobilidade. Para onde vamos? Não temos para onde ir, não dá para pagar aluguel. Com o que ganhamos, mal

dá para viver. Estamos perdidos, este povo não tem coração, ninguém olha pela gente”, desabafa. Na tarde da última quinta-feira (14), os moradores realizaram uma manifestação no trecho da BR-101 que fica em frente ao bairro, logo após a praça do pedágio na Serra. A pista não chegou a ser interditada.

Eco diz que ação é para cumprir contrato A assessoria de imprensa da Eco 101 afirmou que a ação de despejo é referente a processo judicial de reintegração de posse, por ocupação irregular da faixa de domínio. A empresa disse, ainda, que esse processo foi iniciado pelo Departamen-

to Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ainda antes de a concessionária assumir a rodovia. Mas depois que assumiu a responsabilidade pela BR-101, a empresa deu prosseguimento ao processo. “A concessionária destaca que, em

cumprimento ao Contrato de Concessão, é responsável por manter a integridade da faixa de domínio do Sistema Rodoviário, inclusive adotando as providências necessárias à sua desocupação se e quando invadida por terceiros”, disse em nota.

Morador da Serra morre afogado em Itaúnas Um morador da Serra morreu afogado na praia de Itaúnas, na última terça-feira (12). Aghton John Mota Souza, de 28 anos, morreu logo após pedir a namorada em casamento. Segundo informações, o jovem pediu a namorada, Franciele Botelho, em casamento e os dois entraram em seguida no mar. O casal começou a se afogar e foi socorrido por populares, que conseguiram salvar apenas a mulher. O corpo de Aghton foi encontrado na quarta (13). Aghton era um rapaz religioso, frequentava a igreja católica de São Judas Tadeu, em Laranjeiras Velha. Na página da igreja, um pedido de oração foi publicado. “Pedimos orações pela alma de Aghton, jovem de nossa paróquia que morreu ontem afogado ao tentar salvar a noiva. Eles apenas noivaram e foram comemorar o noivado na praia em Itaúnas. Era um jovem muito bom e querido na paróquia, sobretudo por nos últimos três anos ter representado a Cristo nas encenações da Semana Santa. Participou conosco no ‘Vinde e Vede’, me agradeceu pessoalmente por saber que estava partindo, confessou na quarta-feira de cinzas, segundo o Padre Cosme, e fez uma das leituras da Missa de domingo passado na Comunidade São Judas Tadeu. Nós agradecemos a Deus por tudo que fez em nossa paróquia e encomendamos a Divina Misericórdia a sua alma. Que o tenha!!!”, diz a nota. foto: reprodução facebook

aghton s afogou logo após pedir Franciele em casamento


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Esporte FOTO: RAFAL CHAVES

Bruno Conde antecipa retorno e disputa nacional de katatê O karateca serrano Bruno Conde vai disputar, neste final de semana, o 21º Open Nacional de Karatê, que acontece em Venda Nova do Imigrante. O atleta, que teve uma lesão na coxa no início de dezembro de 2019, antecipa sua volta, que estava prevista só para o final de março. O atleta vai disputar duas cate-

gorias: a kata e kumite 94 kg Sênior. Bruno falou sobre sua condição física. “Digamos que eu ainda estou uns 70%. A perna ainda reclama, mas tenho de voltar para cumprir o calendário”, disse ele, que conta com o apoio de parceiros como Crossfit Jacaraípe, Faculdade UCL e de Daniel Lopes, o Sensei de Bruno. foto: alexandre muglia

NA ÚLTIMA quarta (13), o Cobra Coral empatou com o Estrela por 1 a 1 e se manteve vivo na luta pelo heptacampeonato capixaba

Já classificado, Serra duela com Castelo de olho no mata-mata Thiago Albuquerque

A

pós empatar em casa com o Estrela por 1 a 1, na última quarta (13), pela oitava rodada do Campeonato Capixaba, o Serra Futebol Clube garantiu sua classificação para as quartas de final da competição com uma rodada de antecedência e mantém firme a luta pelo heptacampeonato. E neste sábado (16), às 15h, o Cobra Coral vai até o estádio Emílio Nemer enfrentar o lanterna da competição, o Castelo, já rebaixado para Série B de 2020. A partida tem valor para o Serra, uma vez que a equipe, sétima na classificação, pode subir na tabela e aboca-

nhar o quarto lugar. Se conseguir isso, o tricolor vai para as quartas de final jogando por dois resultados iguais e fazendo a segunda partida em casa. O problema é que o Serra não depende só de si. Além de vencer o Castelo, precisa torcer por derrota do Rio Branco de Venda Nova e para que Desportiva e Atlético não vençam seus jogos. Se acabasse hoje, o adversário do time serrano nas quartas seria o Real Noroeste. Pelo regulamento da competição, dos dez times, os oito melhores avançam. E a distribuição dessa fase do campeonato fica assim: 1º x 8º; 2º x 7º; 3º x 6º e 4º x 5º. Para o jogo desse sábado, o trei-

nador Cleiton Marcelino deve ir com time misto, por conta do desgaste físico, já que além do Capixabão o Cobra Coral jogou contra Remo e Vasco pela Copa do Brasil. “Temos de começar a pensar no mata-mata. A gente tem alguns atletas, como Noronha, que fraturaram o braço e praticamente estão fora do campeonato, até da Série D. Temos o Peu com lesão na coxa, e temos de ver como vai estar; a princípio é poupar. O Lessinho vem jogando no sacrifício; fizemos um trabalho para ele jogar contra o Rio Branco e jogou; ele foi um dos destaques. No último jogo, ele já saiu sentindo novamente a adutora da coxa”, revela.

Jogos da última rodada no mesmo horário Por se tratar da última rodada da primeira fase, além do jogo do Serra, todos os outros quatro jogos acontecem neste sábado (16) e no mesmo horário, às 15h. Com oito pontos e na oitava colocação, o Estrela do Norte recebe a Desportiva - que é a sexta

colocada com 11 pontos -, no estádio do Sumaré. No estádio do Kleber Andrade, o Atlético-ES - quinto colocado com 11 pontos - recebe o rebaixado Tupy-ES, nono colocado com quatro pontos. Já em Águia Branca, o Real Noroeste - vice

-líder com 16 pontos - recebe o terceiro colocado com 15, o Rio Branco, no estádio José Olímpio da Rocha. E fechando a rodada, o Rio Branco de Venda Nova do Imigrante - quarto colocado com 13 pontos - encara o líder Vitória, com 17 pontos, no Olímpio Perim.

conde é morador de Manguinhos e já conquistou títulos internacionais

Cobrinha Coral perde para Chapecoense e dá adeus a Copa do Brasil Na tarde da última quarta (13), o time sub-20 do Serra foi até Chapecó (SC) enfrentar a Chapecoense pela primeira fase da Copa do Brasil. Fazendo história após ser o primeiro capixaba na competição, o tricolor serrano não teve forças contra o time de Santa Catarina e viu a Chape vencer por 4 a 0. Com isso, o

Serra deu adeus à competição já na primeira fase. Vale lembrar que o time sub-20 serrano disputou a competição após ser campeão do Campeonato Capixaba da mesma categoria no ano passado. Em caso de vitória, o Cobra Coral enfrentaria o Corinthians, que venceu o River do Piauí por 5 a 1.


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