Leia a edição 1321 desta sexta-feira (15) na íntegra

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“Siderurgia é importante,mas não podemos depender apenas dela”

[3]

Lixo poderá ter coleta mais mecanizada, triagem e gerar energia [ 4]

Decreto municipal deve deixar Uber e similares mais caros e demorados [ 8]

Jovem vítima de ataque homofóbico precisa passar por cirurgia [ 10]

Menos mortes em janeiro deixam cidade como 2ª mais violenta do ES [ 10]

tempo novo

l o j o rna mais da en t e e influ cidad r o i a m ta d o d o es

SERRA (ES) | 15 a 22 de fevereiro de 2019 | Nº 1.321 - Ano XXXV | Fundado em dezembro de 1984

Empresas temem reflexos da queda de produção na Vale

FOTO: DIVULGAÇÃO EDP

FOTO: ADRIANO BARBOSA

Mocidade vai de cultura serrana e Tradição canta esperança dos negros [7]

Segurança da barragem Rio Bonito vira ‘empurra-empurra’ [4] FOTO: fábio barcelos

Serra despacha Remo e agora encara Desportiva e depois o Vasco [11] Município interdita rio para banho entre praias da cidade [5]

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Petrobras tinha que ter removido lixo radioativo ano passado [5]


P2 | TN | SERRA (ES), 15 a 22 de fevereiro de 2019 | opinião

Mestre álvaro

O nó da gravata jornaltemponovo@gmail.com

Vereadores descartáveis

A Prefeitura da Serra vai licitar nos próximos dias uma Parceria Público-Privada na área do lixo. O valor é colossal: são R$ 2.5 bilhões pelos próximos 30 anos. Mas a Câmara da Serra sequer vai poder emitir opinião a respeito do assunto, já que em 2017 foi aprovado pelos próprios vereadores um projeto de lei que permite o poder Executivo municipal de firmar PPPs por meio de decreto. Inclusive, na própria audiência pública que detalhou a PPP do Lixo, estiveram presentes menos de meia dúzia de parlamentares.

POR bruno lyra

Vale nossa submissão OembargodaValeimpostoporVitórianoúltimodia07representa a terceira vez que os capixabas conseguem parar pelo menos parte das atividades da mineradora por conta da poluição. A empresa havia sido embargada em 1991 pelo então governador MaxMauro,naépocaaindaestatal denomeCompanhia Valedo Rio Doce (CVRD). O outro embargo foi em janeiro de 2016, após a Polícia Federal flagrar despejo de minério no mar. Nas três situações, uma coisa em comum: a Serra não foi protagonista em nenhuma delas. Embora a tributação das oito usinas de pelotização e dos portos da multinacional fique na capital Vitória, na Serra estão localizadas estruturas importantes da Vale, como ferrovia, entrada de veículos pesados e oficinadelocomotivas.Semcontarqueaplantasiderúrgicada ArcelorMittal Tubarão (ex-CST) fica na cidade, embora a sua tributação seja dividida com Vitória. A antiga CST só está ali por conta das pelotas de minério da Vale. É mais do que uma vizinha, é intermediária do arranjo no qual a Vale é base. É justo Vitória apertar o calo da Vale. Além do aumento de pó preto neste escaldante e árido verão, a mineradora segue jogando água suja com minério no mar. Mas a poluição da Va-

le é problema de décadas, está ali desde que a empresa se instalou em Tubarão, no final dos anos 1960. A ‘peitada’ de Vitória na titã mínero-siderúrgica tem outra razão: aproveitar a imagem desgastada da empresa após o rompimento da Barragem em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro, e da fraca resposta ao colapso na bacia do rio Doce com oestouroda barragem da Samarco(Vale +BHP) três anos antes, na também mineira Mariana. Nada mais oportuno para os capixabas questionarem sob esses holofotes o rompimento diário de ‘barragens’ de pó preto que prejudicam sua saúde e patrimônio, em flagrante desrespeito ao artigo 225 da Constituição Federal. Pena a Serra estar longe desse protagonismo. A ainda modesta representação política em nível estadual e a extrema dependência do setor industrial em sua economia, assentada em empresas satélites ao Complexo de Tubarão, talvez expliquem essa ausência. Porque pó preto aqui também há muito. Basta uma inversão térmica ou soprar vento sul para sentir o que moradores de Vitória, Cariacica e Vila Velha passam com o vento nordeste.

POR yuri scardini

Na política, o morno ferve

Em 2019, não haverá eleição. Contudo, não significa que será um ano ameno politicamente. A largada já foi dada e a regra é criar musculatura eleitoral para ter peso político no momento das negociações pré-eleitorais. Na Serra, os rumos do prefeito Audifax Barcelos (Rede) são fundamentais para o desenrolar dos fatos. O prefeito vai dando corda para alguns que ficam na esperança de serem abençoados com a dianteira na fila de sucessão. Acontece que não seria de se assustar caso Audifax simplesmente se furtasse de ter que construir efetivamente uma linha de sucessão. Ele está focado em terminar o mandato bem avaliado para coroar suas três gestões como prefeito da Serra. Audifax sonha com o Anchieta, e a Serra, sozinha, fica pequena nesse contexto. Já seu adversário histórico, o deputado Sérgio Vidigal (PDT), perdeumuitacapilaridadeeleitoraleestátodoenroladocomprocessos judiciais. A aliados bem próximos, Vidigal jura de pé junto quenãoserácandidatoanadaem2020,mesmoquelegalmente não haja impedimentos. Estabelecidomesmonacorridapara2020estáosecretáriode Estado Bruno Lamas (PSB). Abençoado pelo governador Renato Casagrande, o socialista assumiu um posto estratégico e agrega

tempo novo www.portaltemponovo.com.br Edição finalizada em 14 de fevereiro de 2018, às 18h

em torno de si um polo muito grande de apoiadores. Parece que após 40 anos de Serra, a família Lamas decidiu de vez deixar de sercoadjuvanteequerserprotagonista.Brunoserávidraçaneste ano,umavezqueestáestampadonavitrinepolíticaserrana.Mas é astuto e sabe reagir. Na corrida para ganhar tamanho, estão os deputados VandinhoLeite(PSDB)eAlexandreXambinho(Rede).Vandinhoparece que já definiu seu lado no campo ideológico, que pode repercutir com força eleitoralmente. Ao lançar o projeto “Escola Sem Doutrinação”, polarizando com Mageski, e costurar com entidades como MBL e similares, Vandinho quer marcar território no campo da centro-direita conservadora, que está em ênfase no Brasil. Já Xambinho espera um sinal de Audifax, e há dúvidas se ele tem condição de emergir sem a mão do prefeito. Todavia, nas sombras, o habilidoso Flávio Serri trabalha para Xambinho. E desse, o mercado político local não duvida das capacidades de articulação. E tem “os de fora”, que nesse momento é o deputado Amaro Neto (PRB) e Carlos Manato (PSL). Ambos estão de olho na Serra, mas até 2020 deve aparecer mais. O que não se pode mesmo é duvidardacapacidadede surgirum “novonome”,especialmente pelo fenômeno das redes sociais.

O pecado de Galileu

Agora, para o que não presta, parece que alguns parlamentares despendem grande atenção. Uma confusão danada está estabelecida na Câmara por conta de postagens de áudio em um grupo de Whatsapp do meio político. Uma pessoa desconhecida está simulando uma voz ‘tenebrosa e sarcástica’, em que são narrados supostos casos de teor sexual que estariam acontecendo na Casa de Leis. Apesar das suspeitas de quem seja o autor dos áudios, o mesmo ainda não foi desmascarado. Mas não dá para negar que ele sabe de muita coisa e as suas revelações têm deixado alguns vereadores bastante preocupados. Um nome falso de ‘Raphaella Galileu’ tem sido usado pelo(a) autor(a) dos áudios.

Teste para candidatos

Nessa semana, o bairro escolhido para as andanças do prefeito Audifax Barcelos (Rede) e seu secretariado foi André Caloni. O objetivo é se aproximar da população, colher demandas e fiscalizar obras. Dessa vez, o secretário de Defesa Social, Nylton Rodrigues, esteve presente. Nylton tenta cavar seu espaço na sucessão política do prefeito.

Também tô na fita

Também buscando seu lugar ao sol, está o deputado estadual Alexandre Xambinho (Rede). O jovem político recebeu Audifax em seu gabinete durante esta semana. Ele também briga pela ponta da sucessão na Serra.

Troca de inquilinos

Parece que o PP pode sair da base política de Audifax. Isso porque o presidente estadual do partido, Marcus Vicente, ofereceu o PP da Serra de bandeja para o deputado Renzo Vasconcelos (PP). E Renzo quer tirar o ex-deputado Jamir Malini e subir um aliado seu para a presidência da sigla. Acontece que informações de bastidores dão conta de que esse nome também teria muita proximidade com o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT).

Sentiu firmeza?

Esta semana foi nomeado o novo secretário municipal da Fazenda. Trata-se de Pedro Firme, nome muito próximo de Audifax e que há muito exerce grande influência no time do prefeito.

Audifax na cola do Casa

Em março haverá nova eleição para a Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes). Segundo fontes de bastidores, o prefeito Audifax estaria disposto a fazer oposição a uma possível chapa articulada pelo Palácio Anchieta.

Novatos

Na última quinta-feira (14), o Partido Novo reuniu membros e simpatizantes no restaurante Serra Grande. A turma está animada com o crescimento da sigla em nível nacional e quer fazer bonito na eleição de 2020 na Serra. Estiveram presentes vários jovens, como Wesley Vieira dos Santos - um dos articuladores do partido na Serra -, e representantes do setor produtivo, como o empresário Wylson Zon.

Picada de cobra em carioca

Na última quarta-feira (13), o Serra venceu o Remo pela Copa do Brasil e agora vai enfrentar o Vasco da Gama no próximo dia 20, no Kleber Andrade. Curioso é que em 2019 faz exatos 20 anos de um dos momentos mais gloriosos do clube: quando o Cobra Coral venceu o Fluminense no Maracanã pelo Brasileirão da Série C e subiu para a Série B. Na época, o presidente do time serrano era Claúdio Mello; hoje, quem dirige o Serra é João Piol.

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| SERRA (ES), 15 a 22 de fevereiro de 2019 | TN | P3

Política

“Vamos trabalhar para ocupar 4.200 vagas da Arcelor com mão de obra capixaba” yuri scardini

Foto: Reinaldo Carvalho

E

ntrevista com o Secretário Estadual de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social, Bruno Lamas (PSB). Animado com o novo desafio, o qual ele classifica como “missão”, Bruno chegou ao prédio da Setades às 8h30, cumprimentando a todos individualmente. Esse será apenas seu oitavo dia de trabalho à frente da Secretaria, mas os planos e projetos já parecem estar na mente há algum tempo, a julgar pelo entusiasmo com o qual trata os temas. Discípulo da Serra, nascido e criado em Jacaraípe, Bruno viu o município sair da economia do abacaxi rumo ao aço, como ele mesmo gosta de citar. Agora, ele defende um novo ciclo de desenvolvimento: “o caminho é criar independência econômica através do fortalecimento dos setores de serviço e comércio”, diz ele. Nesta entrevista, ele explica as razões que o levaram a deixar a Assembleia Legislativa para assumir a pasta de Desenvolvimento Social num contexto de aumento da pobreza e desemprego. Ele demonstra enxergar nessa nova fase da vida uma espécie de oportunidade para “mudar a vida das pessoas” e, ao mesmo tempo, credenciar-se para disputar o cargo de prefeito da Serra em 2020.

[TN] O que o levou a abrir mão do man-

dato de deputado estadual para assumir a Setades?

[bruno lamas] Eu reafirmo que a

Serra agora tem um ‘deputado secretário’. E o convite do governador para poder tratar a geração de emprego e o combate à pobreza me encantou. Poder ajudar ao próximo. Então, estou aqui cumprindo uma missão. Como gerar empregos diante da crise econômica e cujas ações dependem muito das políticas nacionais? Quero transformar essa pasta na Secretaria do Trabalho. Aqui, nós temos a geração de emprego e renda; nós temos o Sine. Alguns são municipalizados, como na Serra; outros são de responsabilidade do Governo do Estado. Precisamos reestruturar esse serviço; fazer com que ele funcione efetivamente na preparação e na seleção da mão de obra, orientando e encaminhando. Então, é fundamen-

bruno lamas diz que Estado vai retomar obras na Serra. Ele listou o Contorno do Mestre Álvaro, que pode começar em 45 dias

tal nós firmarmos parcerias com o setor produtivo. Mas, objetivamente, como podem se dar essas parcerias? Nós temos, por exemplo, a ArcelorMittal na Serra, que vai fazer a dessalinização da água do mar. São quase 300 oportunidades inicialmente. Nossa mão de obra está preparada para atender a essa demanda? Temos que ficar atentos ao mercado e treinar, formar e profissionalizar o cidadão de acordo com essas oportunidades. Essa mesma siderúrgica vai fazer a ampliação de um alto forno. São mais 3.800 oportunidades de trabalho. E essa mão de obra precisa ser da Serra, precisa ser capixaba. Porque, senão, vem uma mão de obra flutuante. Então, vamos trabalhar para ocupar essas 4.200 vagas da Arcelor com mão de obra capixaba, por exemplo. É assim que vamos inserir as pessoas no mercado de trabalho. Quantos desempregados o Espírito Santo tem atualmente?

Quando falamos sobre pessoas que vivem na linha de pobreza, temos mais de 100 mil famílias, algo próximo a 500 mil pessoas. Temos pessoas que vivem com renda de R$ 80, R$ 90, R$ 100. Esse é o público a quem a gente precisa estender a mão. Na grande maioria das vezes, estão nessa condição por falta de oportunidade e de apoio do poder público; por uma educação que às vezes não é inclusiva; por uma assistência que não chega; pela qualificação que é algo utópico na vida dessas pessoas. O que esperar do Governo Casagrande, que mesmo com experiência de gestão, agora enfrenta um contexto de crise econômica e incertezas políticas? O governador Renato Casagrande é uma liderança testada e mais madura. Teve liberdade para montar a sua equipe, esse é o diferencial. No último governo dele, foram divididas muitas alianças políticas, em que ele teve muita dificuldade de colocar o ti-

me para jogar. Agora é diferente, valorizou o técnico e está liderando um processo de retomada do crescimento do ES. Além da economia, a prioridade do Governo é o social, o combate à violência com a valorização das polícias, com a volta do Estado Presente. O que esperar de investimentos do Estado na Serra? A Serra precisa ser tratada como prioridade. O governo passado abandonou as obras importantes para a cidade. O governador já acenou para a retomada do Contorno do Mestre Álvaro. Procuramos o Dnit e temos uma previsão de ordem de serviço, que eu posso arriscar para os próximos 45 dias. Já a escola ABL, eu estive esta semana no DER, já foi feita uma visita técnica e há uma proposta de retomada da obra. Sobre a Rodovia ES 010, o governador deixou claro que esta é uma obra prioritária, e nós estamos discutindo agora a municipalização. Você costuma dizer que a econo-

mia da Serra evoluiu do abacaxi para o aço, uma referência à chegada da Arcelor Mittal, em 1983, que dinamizou o parque industrial da Serra. A cidade se estabilizou, mas a demanda por serviços públicos segue crescente. Qual pode ser o próximo ciclo na economia da cidade? A siderurgia é muito importante, mas percebo que a Serra não pode mais depender apenas dela. Por exemplo, a segunda maior pagadora de ISS da cidade é uma empresa do setor do comércio, a Wine. Então, este é o caminho: investir no setor de serviços; investir em centros de convenções na cidade, para que a gente possa receber grandes eventos e fomentar o turismo como atividade econômica; fortalecer a legislação de incentivo da cidade, de desburocratização para instalação de novas empresas. Temos uma vocação para o comércio muito forte. Então, o caminho é criar independência por meio do fortalecimento dos setores de serviço e comércio. Essa experiência no Executivo pode ser o estágio para os seus planos de um dia ser prefeito da Serra? Venho me preparando para isso. Sou formado em administração e pós-graduado em gestão pública. Porém, é a minha primeira experiência como gestor público. A minha vida foi construída no parlamento e, certamente, a minha passagem pela Setades será uma oportunidade de aprender. Estou me sentindo muito útil e muito feliz neste novo momento da minha vida. Hoje se fala muito sobre sua relação com o prefeito da Serra, Audifax Barcelos. Esta relação foi abalada em definitivo? O prefeito Audifax é uma liderança importante da cidade e do Estado. O que eu quero, em breve, é levá-lo para um bom diálogo com o governador Renato Casagrande. Eu tenho certeza de que isso será a retomada, não só de uma relação pessoal muito bacana que sempre tivemos pelo desenvolvimento do município. Minha vontade é de que o primeiro convênio da Setades seja firmado com a Serra.


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política FOTO: DIVULGAÇÃO google

REPRESA de Rio Bonito tem 27 vezes mais capacidade que Barragem IV de mina de Brumadinho (MG), que rompeu

Instituições não respondem por segurança da barragem Rio Bonito

conceição nascimento yuri scardini

A

Barragem de Rio Bonito, que abastece a Serra, tem 57 anos e capacidade para 27 bilhões de litros de água, mas não tem ‘dono’. O Governo do Estado diz que a responsabilidade é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que, por sua vez, nega que seja da sua alçada e joga para a Agência Nacional de Águas (ANA). Já esse órgão devolve a responsabilidade e diz que a barragem é do Governo capixaba e da Aneel. E nesse jogo de empurra, não se sabe se há efetivamente fiscalização. Rio Bonito tem capacidade 27 vezes maior que a barragem VI no Córrego do Feijão, que rompeu no distrito de Brumadinho (MG). Rio Bonito está dentro da calha do Rio Santa Maria, que abastece a Serra; e num hipotético rompimento, além de atingir comunidades rurais, poderia trazer devastação à cidade. Localizada em Santa Maria de Jetibá, há 624 metros de altitude, a barragem

é responsável pelo abastecimento de água da Serra. É uma usina hidrelétrica ligada à EDP que foi priorizada para abastecimento humano no auge da seca em 2015. Segundo informações da assessoria de imprensa do Iema, a segurança de barragens é disciplinada pela Lei 12.334/2012 (Política Nacional de Segurança de Barragens). “Segundo essa política, o órgão responsável pela fiscalização da segurança dessas estruturas com fins de geração de energia elétrica é a Aneel. O Iema fiscaliza os empreendimentos de geração de energia quanto aos aspectos ambientais”. Ou seja, o órgão não faz vistoria e nem fiscaliza a condição estrutural da barragem. Já a Aneel, procurada, não assume a barragem de Rio Bonito como sendo de sua responsabilidade e afirmou que a fiscalização da represa poderia estar com a Agência Nacional de Águas (ANA). Em seguida, enviou a lista das barragens sob sua custódia. Na lista, não consta a de Rio Bonito e nem a hidrelétrica San-

ta Leopoldina, que é outro nome da barragem. A reportagem, então, procurou a assessoria da ANA. Em nota, explicou que, segundo o cadastro de represas referente ao Relatório de Segurança de Barragens, a de Rio Bonito é de geração de energia; portanto, fica sob a responsabilidade da Aneel e do Governo do Espírito Santo. “Compete à ANA a consolidação dos dados sobre a segurança de barramentos encaminhados pelos 43 agentes fiscalizadores do país (incluindo a própria ANA), entre órgãos federais e estaduais”. A ANA acrescentou que a Política Nacional de Segurança de Barragens diz que a fiscalização dos barramentos de geração hidrelétrica é feita pela ANEEL. “Além disso, os órgãos estaduais são responsáveis pela fiscalização de barragens de usos múltiplos da água em rios estaduais, para os quais o órgão estadual emitiu a outorga; ou de rejeitos industriais, para as quais emitiu a licença ambiental”.

Lixo pode ter coleta mecanizada, triagem e geração de energia Estimada em R$ 2.5 bilhões nos próximos 30 anos, a Parceria Público-Privada de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos deve ser licitada até julho desse ano. Chamada de PPP do Lixo, essa parceria será a responsável pelo gerenciamento de 150 mil toneladas de lixo por ano e será feita através da modalidade administrativa. Não haverá cobrança de tarifas diretas aos moradores, sendo arcada através do orçamento da Secretária de Serviços da Serra. De acordo com o Termo de Referência, que estabelece as regras e as metas para as empresas interessadas, além do trabalho de varrição, coleta, transbordo e transporte do lixo, está previsto o serviço de capina e poda de árvores. A novidade, porém, será a construção de uma Unidade de Triagem em Vila Nova de Colares, com a função de separar o lixo coletado em materiais recicláveis, resíduos orgânicos e rejeitos, com possibilidade de produção de Combustível Derivado de Resíduos. A implantação da unidade deverá ser realizada até o terceiro ano de concessão. E o combustível poderá ser vendido pela PPP como forma de remuneração extra. Entre os materiais com prioridade de recuperação estão o plástico e os metais ferrosos e não ferrosos, possibilitando a sua

comercialização. Outra regra será a gradual substituição da coleta de lixo manual, feita por trabalhadores, para a mecanizada, realizada por máquinas. Para isso, a PPP deverá fornecer 520 contêineres de 1.200 litros, e a previsão é que a coleta mecanizada cresça pelo menos 10% ao ano até abranger 65% de coleta de lixo no quinto ano. Um caminhão adaptado vai realizar o trabalho através dos contêineres espalhados pela cidade. Outra expectativa é a respeito da coleta seletiva, mas essa parece ter uma meta mais tímida. Está previsto um serviço porta a porta para recolhimento de matérias recicláveis. Aliado à Unidade de Triagem, espera-se que até o vigésimo ano seja coletado pelo menos 20% desse tipo de material. Outra novidade é a obrigação de desenvolver um aplicativo para celular, no qual moradores poderão registrar a demanda e encaminhar para a empresa. Hoje, as responsáveis por executar parte do serviço previsto na PPP são as empresas EngeUrb e Emec. Perguntada sobre o que será feito com ambas, a Prefeitura da Serra informou que o atual contrato de concessão da EngeUrb será finalizado; no entanto, não informou por parte da Emec. FOTO: ARQUIVO TN

parceria Público-Privada terá valor estimado de 2,5 bilhões e m 30 anos

Vereadores preveem relação pacífica com Executivo neste ano Em2018,arelaçãodoPoderExecutivo com a Câmara da Serra foi marcada por intempéries que atrapalharam o andamentodemuitosprojetosdeleiechegou a dificultar a governabilidade do prefeito Audifax Barcelos (Rede). Esse ano, a expectativa é de uma relação mais harmonizada com a Câmara, uma vez que não é um ano de eleição, o que ajuda a amenizar as instabilidades políticas. Grande parte dos vereadores defende essa tese, inclusive parlamentares que estiveram no campo da oposição nos últimos nos.

Mas ainda existem alguns deles que preveem dificuldades. Sobre o assunto, Audifax falou por meio de sua assessoria. “Temos uma parceria com a Câmara de Vereadores da Serra em prol do desenvolvimento da cidade. Respeitamos a independência dos poderes e nossa relação é republicana”, refletiu o redista. O vereador Nacib Haddad (PDT) ocupou por alguns anos o título de oposição. Mas pondera que, em 2019, houve um alinhamento no diálogo com o Execu-

tivo. “Acho que a relação dele [prefeito] com a Câmara melhorou muito; abriu um diálogo maior com a oposição, comigo e com outros vereadores, visando uma Serra melhor. Ele tem nos visto com outros olhos, talvez, e atendido as demandas que chegam a nós; isso facilitou muito. A única reclamação ainda é sobre a saúde; porém, estamos vendo que está tentando melhorar. Ainda não nosreunimoscomoprefeito,mashaverá uma reunião com a Câmara”, afirmou. O vereador Miguel da Policlínica

(PTC) também acredita que será um ano tranquilo. “Está de muita paz, pois hoje vereadores que estavam na oposição estão do lado da administração”, explicou. Do lado oposto, está o vereador Aílton Rodrigues (PSC). “Acho que a partir do Carnaval as coisas começam a tomar um rumo, pelo fato de ele [Audifax] não ser mais candidato a prefeito. Acho que começa cada um [vereador] tomar um rumo, até porque qualquer um pode ser candidato a prefeito da Serra. Acho que

2018 foi mais tranquilo. Essa é a minha reflexão; esse ano vai ser mais difícil manter todo mundo na mesma unidade. Cada um vai buscar seus interesses”, analisou. Outro que também duvida da harmonia absoluta é Basílio da Saúde (Pros), que preside a Comissão de Finanças da Câmara. “Não vai ser fácil, a começar pela urgência na tramitação das matérias. Isso acabou, porque a Comissão não vai liberar. Os vereadores, aos poucos, estão conhecendo o prefeito”, frisou.


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Meio Ambiente

dessalinização é um Prefeitura proíbe banho “Aseguro para a gente” em córrego de praia após contaminação de pessoas M BRUNO LYRA

FOTO:DIVULGAÇÃOLEITOR

bruno lyra

A

prefeitura da Serra interditou para banho a foz do córrego Laranjeiras, entre as praias de Bicanga e Manguinhos. A decisão da interdição foi divulgada no final da tarde de ontem (14). No local, um grupo de 20 moradores de Nova Carapina passou mal e precisou de atendimento médico após tomar banho no último dia 29 de janeiro no córrego. Duas crianças chegaram a ficar internadas na UPA de Serra Sede com sintomas de diarreia, febre e vômito. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura da Serra, a decisão de interditar o local veio após a análise da qualidade das águas do córrego, que drena regiões como Laranjeiras, Morada de Laranjeiras, Chácara Parreiral, Jardim Limoeiro e São Diogo antes de chegar entre as duas praias. E além de esgoto não tratado, recebe efluentes das estações de tratamento de esgoto de Manguinhos, Valparaíso e Laranjeiras, operadas pela Parceria Público-Privada (PPP) Ambiental Serra/Cesan. A prefeitura não detalhou o resultado da análise. Disse que instalou uma placa informando a interdição no local e que outras placas de balneabilidade que existiam ali eram constantemente vandalizadas. Informou, ainda, que a Comissão

[JOãO BOSCO REIS DA SILVA] Esta-

de Saneamento do município e diversas secretarias vão, juntas, avaliar os próximos passos. E acrescentou que, desde 2017, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) já notificou seis mil imóveis que não estavam ligados à rede de esgoto na Serra. O caso do córrego Laranjeiras ganhou grande repercussão após publicação de reportagem no site do

Tempo Novo sobre o grupo que passou mal e precisou de atendimento na UPA da Serra Sede. Principalmente porque, apesar de poluído, o córrego não apresenta cor estranha e mau cheiro quando chega à foz entre as praias de Bicanga e Manguinhos. Por essa razão, muitos dos que vão à praia tomam banho no riacho, de águas calmas e rasas.

Órgão diz que Petrobras deveria ter removido lixo radioativo no TIMS em agosto de 2018 A Petrobras deveria ter começado a remover os 942 tonéis de rejeitos da extração de petróleo contendo substância radioativa (Radio 226 e Radio 228) em agosto do ano passado. O material estava num depósito temporário e acabou atingido pelo incêndio, que aconteceu entre os dias 28 e 29 de janeiro deste ano na área da empresa TIMS, região de Carapina. Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a petrolífera recebeu autorização para remover o material para depósito temporário de alvenaria construído nas próprias instalações da empresa no TIMS; mas não o fez. No dia 29 de janeiro, após o incêndio, uma comissão do CNEN veio do

aior consumidora do principal rio que abastece a Serra, o Santa Maria, a ArcelorMittal Tubarão anunciou em janeiro que irá dessalinizar água do mar. O diretor de sustentabilidade da empresa, João Bosco Reis da Silva, revela nesta entrevista concedida no último dia 29 que a ação vai produzir 138 litros por segundo (l/s). Hoje, a empresa consome 608 l/s de água doce (511 l/s do Santa Maria e 97 l/s de poços artesianos), além de cerca de 13.800 l/s de água salgada do mar para resfriamento.

[TN] Por que a decisão de investir R$ 50 milhões na dessalinização?

O LOCAL é muito frequentado por banhistas, principalmente crianças

Rio de Janeiro até a Serra para inspecionar o local e recolher amostras de água e solo. E até a última quinta-feira (14), não tinha finalizado as análises laboratoriais para saber se houve contaminação radioativa e em que nível. A reportagem procurou a Petrobras, que até o fechamento desta edição, às 18h de ontem (14), não respondeu aos questionamentos. Na semana passada, o físico nuclear e pesquisador da UFES Marcos Tadeu Orlando disse que foi com uma equipe ao local assim que soube do incêndio pela imprensa. Segundo Marcos, drones foram usados para verificar a situação do ar, uma vez que o incêndio emanou imensa cortina de fumaça por mais de 24h, que podia ser vista a quilômetros de distância;

noentanto,opesquisadornãoconstatou radiação acima do que seria natural. Alertou, porém, para riscos de contaminação da água e do solo. Principalmente por ser o solo da região de turfas, portanto poroso, e pelas águas da região drenarem a baía de Vitória. Marcos disse que a avaliação laboratorial do CNEN poderá dizer se houve ou não essa contaminação. Embora o CNEN afirme que a Petrobras possui plano de emergência, liderança do bairro vizinho ao depósito disse que nunca foi informado da presença de materiais radioativos na área. “Nunca fomos nem comunicados. É um negócio escondido e perigoso”, afirma o presidente da Associação de Moradores de Carapina Grande, Luiz Carlos de Oliveira.

foto: arquivo tn/bruno lyra

mos fazendo um debate junto à sociedade para avaliar diferentes fontes alternativas, e a dessalinização é uma delas. Antes da crise hídrica em 2015 e 2016, consumíamos 2.850 m3/hora (791 l/s) do rio Santa Maria. Durante a crise, a pedido da Cesan, fomos reduzindo até chegar 1.840 m3/hora (511 l/s) e hoje permanecemos neste patamar. A planta de dessalinização vai começar produzindo 500 m3/h (138 l/s); mas é modular, poderá ampliar no futuro. Vamos começar nesse patamar de produção por uma questão de equilíbrio energético. Quando começam as obras? Falta finalizar a contratação da empresa que irá fornecer a tecnologia e fazer a implantação, além da licença ambiental. Será um licenciamento simplificado, pois além de trazer impacto positivo, temos características que diferem de outros locais. Já temos canal de captação de 50.000 m3 por hora e devolução de água do mar para resfriamento. E vamos descartar a salmoura neste canal. Para a dessalinização, serão captados 1.260 m3/h ( 350 l/s) e descartados 760 m3/h (211 l/s) em forma de salmoura. A diferença de 500 m3 por hora é a produção de água dessalinizada. E os impactos na sucção de vida marinha e na temperatura e salinização da água devolvida ao mar? Não muda, pois iremos captar desse canal, que já tem o sistema de peneiras. E a distância do canal para o mar já contribui para que não haja sucção de peixes e outros animais maiores. Quanto à temperatura, hoje devolvemos a água para o mar em torno de 310, 320. Isso não vai mudar. A lei permite devolver a

joão B osco diz que Arcelor quer reduzir dependência do Santa Maria

água com até 400. A dessalinização nessa proporção será vanguarda no país, servirá para a academia e a formação de know how no ES. Estará aberto para a comunidade científica local, que poderá aplicar em outros projetos futuros. O que será muito útil, se o cenário de escassez hídrica se agravar. A dessalinização é um seguro para a gente. A Arcelor também consome água de poços. Quanto? Durante a crise hídrica entre 2015 e 2016, foram feitos oito poços. Temos outorga para 350 m3/h, mas hoje estamos usando 180 m3/h (97 l/s). São poços com cerca de 150 metros de profundidade, que não competem com nenhum outro uso, como aquíferos que mantém rios. Durante os incêndios nas turfas, houve questionamentos se o uso de poços em Tubarão não estaria ressecando o solo no entorno do Mestre Álvaro... Os poços começaram a ser operados no final de 2015 e, no início, era só um poço. Somente em 2016 começamos a fazer os outros. É impossível ter acontecido isso com uma vazão de 180 m3/h e ter havido o rebaixamento do lençol lá [nas turfas]. A Arcelor paga quanto pela água bruta do rio Santa Maria enviada pela Cesan a Tubarão? A gente paga pelo serviço de captação e bombeamento. Por cláusula de contrato, não podemos divulgar valor. O tratamento, fazemos aqui na planta. Quando o comitê de Bacia definir pela cobrança do uso da água, pagaremos. Estamos apoiando o reflorestamento de 55 nascentes do rio Crubixá, afluente do Santa Maria, em Santa Leopoldina.


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Economia

FOTO: DIVULGAÇÃO VALE

PORTO DE TUBARÃO, onde minério da Vale é exportado: redução de 30% com fechamento da mina de Brucutu

Empresários locais e Arcelor temem impactos com queda de produção na Vale A Associação dos Empresários da Serra aponta riscos para cadeia de fornecedores e prestadores de serviço do Complexo de Tubarão Clarice Poltronieri

A

paralisação de cinco dias de parte das atividades da Vale é mais ummotivodepreocupaçãopara a Serra, que deverá ser impactada pela redução da exportação de minérios em 30% no Porto de Tubarão em virtude do fechamento da Mina de Brucutu e outras nove em Minas Gerais. Sem contar o impacto ainda não dimensionado em Tubarão do fechamento de outras nove barragens devido à repercussão do trágico rompimento da barragem de Brumadinho em Minas Gerais, no último dia 25 de janeiro. Tudo isso preocupa empresários da Serra e até a gigante do aço ArcelorMittal Tubarão.

Segundo o presidente da Associação de Empresários da Serra (Ases), Djalma Quintino Neto, a redução da produção da Vale preocupa. “Tudo que atinge grandes empresas nos deixa receosos com os impactos econômicos e sociais. Mas ainda não dá para dimensionar como o fechamento dessas barragens pode afetar as empresas da Serra; se haverá redução de faturamento e demissões. Torcemos para que a Vale acerte essa situação”, conclui. Sobre o embargo de cinco dias imposto a parte das atividades da Vale em Tubarão por questões ambientais, Djalma disse não haver possibilidade de impactar a economia da Serra.

“Temos muitos fornecedores de produtos e prestadores de serviço parceiros da Vale. A paralisação em Tubarão deu um enorme prejuízo à mineradora, mas não deve afetar as empresas da Serra, pois a Vale foi rápida nas negociações e logo voltou a operar”, avalia. Além das fornecedoras e prestadoras de serviço, outra grande preocupação é com a ArcelorMittal Tubarão, gigante instalada na Serra que depende do minério de ferro da Vale para produzir aço. Em nota à reportagem na tarde da última quarta-feira (13), a empresa disse que, diante da redução da produção, “acredita que a Vale conseguirá priorizar o mercado interno e seus clientes brasileiros”.

Arrecadação de impostos e empregos em risco A siderúrgica informou, ainda, que está operando normalmente e que não sentiu os impactos da paralisação parcial da Vale por cinco dias imposta pela Prefeitura de Vitória, por conta da poluição. A Prefeitura da Serra informou que

a Vale pagou, em 2018, cerca de R$ 5 milhões em impostos municipais diretos. E a Arcelor, R$ 36 milhões. Só a Arcelor gera 7,5 mil empregos diretos. E a Vale, 8 mil, segundo informação dada em 2018 pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgi-

cos do ES, Max Célio de Carvalho. O presidente do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metal Mecânico (CDMEC), Durval Vieira de Freitas, na Serra há 129 empresas do setor que fornecem para Vale, Arcelor e Petrobras, com estimativa de 3,8 mil empregos gerados.

Prefeitura projeta R$ 53 milhões em arrecadação com IPTU este ano

Cerca de R$ 53 milhões. Esse é o valor que a Prefeitura da Serra projeta arrecadar em 2019 com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). As entregas dos carnês já começaram e devem ser finalizadas até o final de março. A entrega está sendo feita por agentes comunitários de saúde à noite e também aos sábados e domingos. A data de vencimento do IPTU é no dia 12 de abril para cota única ou para a primeira parcela de quem desejar dividir o valor do imposto. Para quem optar por pagar em cota única, há um desconto de 10% sobre o valor total. Já o parcelamento pode ser feito em até seis vezes - com a última parcela a ser paga em setembro -, mas no valor integral. Quem não receber o carnê, deve retirar a segunda via do imposto no site da prefeitura pelo link: http:// sefa.serra.es.gov.br:8080/tbw/loginWeb.jsp?execobj=ServicoPesquisaDebitoUnico. No site é preciso digitar o número de inscrição do imóvel ou o CPF/CNPJ do proprietário. Também podem ser emitidos boletos em atraso. Se o boleto aparecer em vermelho, quer dizer que a dívida está ajuizada ou protestada e é preciso se dirigir pessoalmente à Procuradoria Geral da Serra, no prédio da prefeitura, com a documentação pessoal e do imóvel para regularizar a situação. De acordo com a assessoria de im-

prensa da prefeitura, neste ano serão distribuídos cerca de 170 mil carnês de IPTU, com expectativa de arrecadação em torno de R$ 53 milhões. Em 2018, até novembro a arrecadação com o imposto foi de R$50,7 mi, segundo dados do Tribunal de Contas do Estado, pouco mais de ¼ do total dos impostos municipais recolhidos (R$399 mi). ISS e taxas anuais Também começou a entrega do carnê do Imposto sobre Serviços (ISS) fixo (para autônomos) e taxa anual (para empresas), que será feita pelos Correios com previsão de término até meados do mês de março. O ISS e a taxa anual poderão ser pagos em cota única ou parcelados em até três vezes. A cota única e a primeira parcela vencem no dia 29 de março. foto: divulgação

carnês e stão sendo distribuídos até à noite e nos finais de semana

comunicado SERRAPARK LOGISTICA E ARMAZENS GERAIS S/A, CNPJ n°. 10.564.964/0005-40, torna público que REQUEREU da SEMMA, a Licença Municipal de Operação (LMO), para a atividade de “Pátio de estocagem, armazém ou depósito para cargas gerais em galpão fechado (exceto produtos/resíduos químicos e/ou perigosos e/ou alimentícios e/ou combustíveis), e materiais não considerados em enquadramento específico, inclusive para armazenamento e ensacamento de carvão, SEM atividades de manutenção, lavagem de equipamentos e unidade de abastecimento de veículos” com inscrição imobiliária 011.2.081.0169.001, na localidade de Rodovia Governador Mário Covas, nº 7270, Km 264,57, Área 02 e 03, Taquara II, Município da Serra – ES.

COMUNICADO COMUNICO que a CASTLE ROCK BAR LTDA, CNPJ 30.763.132/0001-36,, torna público que REQUEREU da SEMMA a Licença Municipal Simplificado(LMS), para a atividade de Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas,com inscrição imobiliária nº 011.2.266.0119.001, na localidade de R. MONTE ARARATE Nº 216 – COLINA DE LARANJEIRAS, município da Serra – ES.


Cultura & Lazer foto: fábio barcelos

A mocidade Serrana vai desfilar no primeiro dia de festa no Sambão do Povo, dia 21 de fevereiro, e as fantasias custam R$ 25

Cultura do município e negros inspiram desfiles da Tradição e Mocidade

Ana Paula Bonelli

Q

uatro escolas de samba na Serra entram na avenida do Sambão do Povo na próxima semana: Rosas de Ouro, Mocidade Serrana, Tradição Serrana e Império de Fátima. Na semana passada, o jornal Tempo Novo contou como serão os desfiles da Rosas e da Império. Agora é a vez da Tradição e da Mocidade. A Mocidade Serrana vai desfilar na quinta-feira (21) com o samba-enredo “IsquindôIôIô, IsquindôIáIá: a Serra canta sua cultura popular”, composto por Moacir e que será cantado pelos intérpretes Marcinho, Negro Dell, Anderson Boquinha, Ricardo e Lúcia de Abreu. O desfile está previsto para as 22h, mas a concentração acontece às 20h, no Sambão do Povo. O tema vai mostrar a cultura serrana e irá representar figuras como Dona Coralina, Teodorico Boa Morte, Walter Assis e mostrará padroeiros como São Benedito e toda a história envolvendo o mastro e a comunidade negra. Segundo o presidente da agremiação, Rogério de Yansã, serão muitos estreantes, mas veteranos na cultura da Serra. “Tem pessoas que nunca foram na avenida, mas irão prestar esta

homenagem”, frisa. À frente da bateria estará o Mestre Tim e a rainha é Marinã. Serão cerca de 500 integrantes, distribuídos em 13 alas. A escola foi fundada em 12 de janeiro de 1980 e suas cores são rouxo e amarelo, tendo como símbolo a Fênix. “Somos a agremiação mais antiga da Serra, mas ficamos 26 anos afastados do Carnaval e estaremos voltando com força total, renascendo das cinzas”. As fantasias estão sendo vendidas por R$ 25 e podem ser adquiridas pelo telefone 99861-0508. Já a Tradição Serrana entrará na avenida na sexta-feira (22), às 3 horas da madrugada, e levará o enredo ‘O Grito ecoou, no sorriso e no abraço, no negro a esperança brotou’ que será cantado pelos intérpretes Willians Barbosa e Michel Felipe. A composição é de Flávio Manoel e Jasson Cunha.

No comando da bateria, mestre Cimar Silva, que terá como sua rainha Leidiele Oliveira. Serão 700 a 800 integrantes e 16 alas. Diretora da Tradição, Danielle Jesuino disse que a escola está passando por muitas dificuldades. “Mas iremos com toda garra para fazer um carnaval cheio de cores e alegria”, conta. A Tradição vai completar 19 anos de fundação este ano e suas cores são o azul e o branco, tendo como símbolo o beija-flor e a coroa. Quem quiser desfilar com a agremiação, as fantasias estão sendo vendidas uma por R$ 70 e duas por R$ 100, e podem ser adquiridas pelo telefone 99688-1862, com Tainna Tibúrcio. Danielle conta, ainda, que a escola terá a tradicional presença dos japoneses que já acompanham a Tradição, Yahji Leão e Kouko. FOTOS: DIVULGAÇÃO

na tradição Serrana, as fantasias estão sendo vendidas por R$ 70

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Arte, música e poesia no centro cultural Manguinhos Exposições de arte e artesanato, sarau, música, literatura e palestras. Tudo isso está inserido na programação da Pré-Flic de Manguinhos, no dia 23 deste mês, na Praça do Centro Cultural do balneário. À frente da organização está o presidente da Academia de Letras e Artes da Serra, João Luiz Castello, que conta que a agenda é uma prévia da VI Feira Literária Capixaba, que promete movimentar a UFES, em Vitória, entre os dias 21 e 25 de maio. “Alguns eventos estão sendo planejados, dentre os quais, as pré Flic-ES, que percorrerão alguns municípios do ES, como forma de gerar intercâmbio entre os escritores, artistas e cadeia criativa do estado”, conta. A agenda começa às 10 horas e contará com a presença de autoridades locais durante a abertura da exposição de artes e artesanato. Logo mais, às 10h20, acontecerá o lançamento do livro “Jacaraípe... Esse lugar é o meu lugar”. A obra foi feita por alunos da Escola Maria Istela Modenese, sob a coordenação do professor Márcio Almeida Cypriano. Também haverá outras obras literárias como ‘Tributo a Caraipe’ de João Luiz Castello Lopes Ribeiro, e ‘Macarrão’, de Carlos Magno. A programação segue com apresentação do Coral de Manguinhos. Ao longo do dia tem ainda sarau e show com a banda de congo Jovens

de Manguinhos. Às 12 horas, tem pausa para o almoço, e às 13h30 a agenda será retomada com show de Sônia Saadi e conversa com os escritores na sequência. Às 15h30 é a vez do músico e compositor Carlos Bona subir ao palco. Às 16h, palestra com o tema ‘avanços sobre a comercialização dos livros’. Às 17h20, é a vez do trovador Teodorico Boa Morte se apresentar ao lado de Nilson e Kaline Bragio. Em seguida, tem sarau lítero-musical. Participam do encontro os artistas Aurea, Helô, Bete, Sônia, Laerty Tavares,Luciene, Anna Maria, Magdalena, Mariangela, Gláucia, Arleide, Gorety, Isabela, Alelia, RominaKenski, Clea, Bia, Jorge Solé, Carminha, Lola, Marcos Bubach, Mauricio e Maria Luisa Britto ( Malu). Os expositores presentes serão Hipólito Alves, Hiago Silva, Tarcísio Baia, José Roberto Santos Neves, Vila das Artes e Artesanato de Manguinhos. A realização é da Academia Feminina Espírito-santense de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do ES, Academia Espíritosantense de Letras e Academia de Letras e Artes da Serra. O evento tem apoio da Prefeitura da Serra, Associação de Moradores de Manguinhos, Associação Comercial de Manguinhos, UCL, Escola Istela Modenese e Associação de Artes Plásticas da Serra.

Aulão grátis em Limoeiro para dançar hits do Carnaval Neste domingo (17), das 9 às 15 horas, tem esquenta para o Carnaval. Será no Espaço Celebrar, em Jardim Limoeiro.A organização é da Academia Positiva Club, que vai sortear para alunos que levarem convidados um mês de treino no Centro de Treinamento Funcional da academia. A entrada é gratuita e quem for ao local, poderá aprender coreografias das músicas que serão as mais tocadas nos dias da folia de Momo. À frente do aulão de dança estará o professor Weslley, que promete colocar todo mundo para dançar ao som

de ritmos como axé, samba-enredo, funk e vários hits atuais. Além de muita dança, haverá foodtrucks com venda de bebida e comida, sorteio de brindes, piscina liberada para dar aquele mergulho e ainda espaço para a criançada brincar. Já os convidados ganharão na hora 3 dias de passe livre para todas as atividades realizadas na academia. O Espaço Celebrar fica na rua Francisco Souza dos Santos, 46, Jardim Limoeiro. Mais informações no tel (27) 3066-4010 ou (27) 98155-5241. A Positiva fica na rua Dom Pedro ll; 197, Parque Residencial Laranjeiras.


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Geral

foto: agênca brasil

a exigência de carros com no máximo cinco anos de fabricação vai tirar muitos motoristas de circulação, diz a empresa

Uber fica mais caro com nova lei na Serra, diz aplicativo gabriel almeida

C

om o novo decreto municipal que exige carros com até cinco anos de fabricação em aplicativos de transporte, serviços como Uber e similares devem ficar mais caros no município. Quem afirma é a própria Uber, que enviou nota ao Tempo Novo na tarde de ontem (14). Segundo a nota, a imposição de carros com até cinco anos “é muito prejudicial, porque limita o acesso de quem quer dirigir com a plataforma, impactando, sobretudo, em quem mais precisa de oportunidades de trabalho”. Além disso, a Uber disse que “apenas 20% da frota de veículos de todo o Espírito Santo tem menos de 5 anos

e que a redução da oferta de veículos causada por essa limitação deve aumentar o preço das viagens e o tempo médio de espera por um carro”. O decreto foi publicado no último dia 11, já está valendo e também corrige uma injustiça fiscal, pois transfere para a Serra o 1% da cobrança de outorga onerosa sobre cada corrida. A cobrança já existia desde 2016, mas o dinheiro ia para Vitória, que já possuía regulamentação do serviço. Além disso, para atuar na Serra, as empresas deverão se credenciar junto ao município. O decreto ainda prevê a contratação de seguro que cubra acidente de passageiros e que os motoristas tenham atestado de antecedentes fornecido pela Polícia

Federal. Os veículos não poderão estacionar para fazer pontos de parada, devendo as viagens ser solicitadas somente via aplicativos ou plataformas de comunicação em rede. O decreto acrescenta que serviços do Uber e de empresas similares estarão sujeitos ao pagamento de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Em 2017, a Prefeitura já tinha publicado norma prevendo a cobrança, mas faltava a regulamentação. Esta veio com o decreto. Sobre essas cobranças, a Uber não disse se vão impactar o custo da viagem. E acrescentou que está à disposição das autoridades da Serra para colaborar com a implantação de uma regulação municipal moderna.

Explosão fere dois operários na Arcelor Na manhã da última quarta-feira (13), uma explosão deixou dois trabalhadores feridos dentro da ArcelorMittal Tubarão, na Serra. Segundo informações da empresa, os dois são empregados da Imetame, prestadora de serviço que estava realizando uma manutenção programada em área operacional.

A explosão aconteceu quando houve uma sobrepressão numa bolsa coletora de condensado, que os atingiu. Ainda segundo a ArcelorMittal, os atendimentos médicos foram realizados prontamente, sendo que um dos empregados já foi liberado e retornou às atividades normais.

O outro operário ainda estava internado em um hospital da região na tarde de ontem (14). Segundo a siderúrgica, o estado de saúde dele é estável. A ArcelorMittal disse que tanto a empresa quanto a Imetame estão prestando todo o apoio necessário para as vítimas.

Cresce descarte ilegal de entulho e cidade gasta R$ 7 mi para limpar O município da Serra gastou cerca de R$ 7 milhões para retirar as 100 mil toneladas de entulho que foram descartadas irregularmente, por moradores e empresas, em ruas da cidade no ano passado. O volume é 30% maior que em 2017, quando foram coletadas 70 mil toneladas. A informação é da Prefeitura da Serra, que disse que o dinheiro daria para fazer duas UPAs ou três creches. E pede ajuda da população para combater o problema. Segundo a assessoria de imprensa, o município está apertando o cerco contra os ‘sujões’ que deixam entulho em pontos viciados espalhados pelo município. Em 2018, foram aplicadas 186 multas a pessoas físicas e jurídicas, num valor total de R$ 1,1 milhão. Os bairros onde mais se registraram descartes irregulares em 2018 foram: Civit I, Jardim Limoeiro e Novo Porto Canoa, com 15 ocorrências cada. Em segundo lugar, com 10 ocorrências, está Solar do Porto. Grande parte dos entulhos é formada por resíduos de construção civil, que são encaminhados para o aterro da Marca Ambiental, em Cariacica, na Rodovia do Contorno. A Pre-

feitura da Serra não faz reciclagem desses materiais. O secretário de Serviços, Igor Elson de Almeida, pede a ajuda da população. “É importante que a comunidade saiba onde e como realizar o descarte corretamente de lixo, entulho e recicláveis e que sempre denuncie o descarte irregular, que é prejudicial para toda a população”, destaca. E na Serra existem dois locais onde os moradores podem descartar entulhos corretamente, as Áreas de Transbordo e Triagem (ATT). Um deles é o Projeto João de Barro, que fica localizado na avenida Domingos José Martins, em Novo Porto Canoa. O outro fica na avenida Região Sudeste, em Barcelona. O espaço é a 500 metros da BR-101, próximo ao Posto BKR. Os dois locais funcionam de segunda a sábado, das 8 às 17h. Cada morador pode levar, no máximo, 15 sacos de ráfia ou 15 carrinhos de mão de entulho por dia. Se o volume de resíduos for maior, a pessoa deve contratar uma caçamba de uma das empresas credenciadas pela prefeitura. Se esse material for descartado de forma irregular, a multa pode ser de até R$ 2.224,00.

Buraco gigante volta a abrir em avenida de Colina de Laranjeiras Pela segunda vez em pouco mais de um mês, uma verdadeira cratera se abriu bem no meio da Avenida das Acácias, em Colina de Laranjeiras. O buraco gigante surgiu após uma forte chuva que atingiu a região no último dia 7, e a Prefeitura da Serra ainda não tem uma data específica para resolver o problema. Desde o dia em que o buraco surgiu, a Guarda de Trânsito sinalizou o espaço e a própria população colocou galhos de árvores no local. O trânsito não foi interrompido em nenhum momento, e os motoristas conseguem passar na mesma avenida. Neste mesmo local, em dezembro, um buraco na avenida também se abriu. Só que era bem mais profundo, com cerca de 10 metros de profundidade. Ele foi fechado e ficava exatamente ao lado do que se formou no dia 7.

Morador do bairro, Carlos Eduardo tem medo que aconteça um acidente na avenida e cobra soluções. “Já é a segunda vez que esse buraco se abriu aqui na avenida. Tem alguma coisa errada e a Prefeitura da Serra tem que resolver esse problema de vez. O meu maior medo é de alguém passar pela via e parte dela ceder. Não está profundo como o anterior, mas é bem grande também”, reclama. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura da Serra, que disse que o buraco não se abriu no mesmo local da ocorrência registrada no mês de dezembro. Disse ainda que uma equipe técnica da Secretaria de Obras está trabalhando para solucionar a questão, mas não deu uma data exata para que isso aconteça. Segundo a Prefeitura, a previsão é de que as obras sejam concluídas nos próximos dias.


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geral

Cidade tem janeiro menos violento em sete anos, diz governo FOTO: REPRODUÇÃO FACEBOOK

Thiago Albuquerque

E

m janeiro deste ano, dezessete pessoas foram assassinadas na Serra. Esse número representa uma redução de 29%, quando comparado com o mesmo período de 2018, em que 24 pessoas foram mortas. Esse é o melhor janeiro desde 2012, quando a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) passou a divulgar, mês a mês, os dados de homicídios. Com isso a cidade deixa o posto de mais violenta para ficar em segundo lugar entre as 78 cidades do ES. O número confirma tendência de queda dos assassinatos na cidade, conforme dados da Sesp, que já tiveram redução de 40% em 2018 em relação a 2017. Outro fato a destacar é que em janeiro último a Serra não foi o município mais violento do ES, posto que ocupa há mais de duas décadas. Desta vez, Vila Velha foi a cidade mais violenta, com 19 casos. Cariacica e Vitória tiveram 11 registros cada. Viana (cinco), Guarapari (três) e Fundão (um) fecham a conta dos assassinatos na Grande Vitória em janeiro, que totalizaram 67 casos. Notável também é a redução da participação relativa dos assassinatos na Serra em relação ao total da região metropolitana. Se há dois anos era

COMUNICADO “MARIA IZABEL BIS ME”, CNPJ n°. 36.357.028/0001-28, torna público que REQUEREU da SEMMA, através do processo nº 26.156/2014, a Licença Municipal de Regularização (LMR), para a atividade de “MATERIAL DE CONSTRUÇÃO COM PÁTIO DE ESTOCAGEM E ARMAZENAMENTO DE MERCADORIAS COMO MADEIRA, AREIA, BRITA E OUTROS” , na localidade do Bairro Vista da Serra I, Município da Serra – ES. COMUNICADO TEMPONI DEDETIZAÇÕES LTDA, CNPJ nº 24.492.063/0001-70, torna público que requereu da SEMMA, a LICENÇA MUNICIPAL DE REGULARIZAÇÃO , para a atividade de IMUNIZAÇÃO E CONTROLE DE PRAGAS URBANAS, com Inscrição Imobiliária 010.7.068.0210.001, na localidade Rua Pituba, nº 42, Morada de Laranjeiras, CEP 29.166-823, Município de Serra – ES. COMUNICADO RECKITT BENCKISER (BRASIL) COMERCIAL DE PRODUTOS DE HIGIENE, LIMPEZA E COSMETICOS LTDA, CNPJ nº 27.668.893/0006-09, torna público que REQUEREU da SEMMA, as licenças LMPI e LMO, para atividade de “Pátio de estocagem, armazém ou depósito para cargas gerais (com produtos/resíduos químicos e/ou perigosos e/ou alimentícios e/ou combustíveis) e materiais não considerados em enquadramento específico, inclusive para armazenamento e ensacamento de carvão vegetal, com atividades de manutenção e/ou lavagem de equipamentos e/ou unidade de abastecimento de veículos”, com inscrição imobiliária n° 011.2.081.0169.001 na localidade de Rod Governador Mario Covas, n° 7270, KM 264 - Parte RB, Taquara II, Município de Serra - ES. COMUNICADO SANLORENZO ENGENHARIA EIRELI ME, CNPJ 27.261.959/0001-37, torna público que está REQUERENDO da SEMMA à Licença Municipal de Regularização (LMR) para atividade de Serralheria - somente o corte, registrado na inscrição imobiliária nº 012.1.191.0090.001¸ situado na Rua, n° 700, Bairro Rua Conselheiro Pena, Parque Residencial Mestre Álvaro/Serra-ES.

corpo de homem assassinado encontrado no dia 24 de janeiro na Rodovia Audifax Barcelos: município registrou dezessete casos no primeiro mês de 2019

comum que mais de 40% dos casos acontecessem na cidade, que é a mais populosa do ES, dessa vez foi 25%. Em novembro último, o comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Roberto Mauro, responsável pelo policiamento da cidade, elencou como razões da tendência da queda a apreensão de armas e prisão de homicidas que atuavam nos bairros mais violentos. Já o número total de assassinatos no ES em janeiro chegou a 107. Segun-

do a Sesp, 103 por homicídio doloso, três por latrocínio e uma por lesão corporal seguida de morte. Dessas 107 pessoas mortas, nove eram mulheres. E dessas mulheres assassinadas, seis foram por feminicídio e três por homicídio doloso. Duas mulheres foram vítimas de homicídio na Serra. Os municípios de Vila Velha, Cariacica, Guarapari, Viana, São Mateus, Guaçuí e Nova Venécia registraram um assassinato de mulher cada em janeiro.

Homossexual é espancado em banheiro de terminal do Transcol em Laranjeiras Um ato covarde cometido contra o jovem L.C.M aconteceu na noite da última terça-feira (12), no banheiro do Terminal de Laranjeiras, na Serra. Ele foi espancado com socos e coronhadas por um homem e teve celular e documentos roubados. Seguranças do terminal o socorreram. A vítima foi levada a um hospital da Serra, e uma amiga que a acompanhava no hospital na última quarta-feira (13) conversou com a reportagem. Segundo ela, trata-se de um espancamento, motivado pela orientação sexual do rapaz. L.C.M disse a essa amiga que desceu do ônibus e foi ao banheiro. Lá havia um homem que perguntou ao rapaz o que ele estava olhando. L.C.M respondeu dizendo “nada”. Foi aí que as agressões começaram. “Elenãotevecomonemreagirdiante da força do agressor. Ficou ensangüentado, no chão, sem conseguir se mover e quase inconsciente. Até que os seguran-

COMUNICADO NILED BRASIL LTDA., CNPJ n°. 02.960.895/0001-31, torna público que REQUEREU da SEMMA, a Licença Municipal de Regularização (LMR), para a atividade de “Fabricação e/ou montagem de material elétrico (peças, geradores, motores e outros) ” com inscrição imobiliária 007.5.100.0350.001 na localidade de Rodovia Governador Mário Covas (BR-101), 955, Km 269,80, Jardim Carapina, Município da Serra – ES.

ças do terminal ouviram os gritos de socorro e entraram no banheiro para ajudar. A partir daí, ele não lembra de mais nada”, conta a mulher. “Ele ficou inconsciente. Foi levado para o hospital quase em coma. Tomou vários chutes e coronhadas na cabeça. Teve que fazer até tomografia para descartar complicações do trauma crânio-encefálico. Ele ainda está tonto e com muita dor. Deram remédio para ele dormir, pois está muito nervoso e com medo. Ele deu entrada no hospital como não identificado. O agressor levou o celular dele e os documentos”, disse a amiga. A mulher disse que a vítima trabalha como auxiliar de serviços gerais e que é uma pessoa tranquila, educada, não tem histórico de confusão e brigas e é incapaz até de elevar a voz para alguém. Na última quarta –feira (13) L.C.M passou por uma cirurgia e teve que levar pontos na cabeça. O rapaz teve alta ontem (14).

Um Boletim de Ocorrência já foi aberto sobre o caso e, segundo a amiga de L.C.M, também deverá será acionada a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Ceturb tem imagens do terminal que devem ser usadas na investigação. foto: divulgação

o jovem, que é auxiliar de serviços gerais, precisou fazer uma cirurgia


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Esporte

Serra faz história e encara Vasco, mas antes tem duelo com a Tiva foto: adriano barbosa

thiago albuquerque

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Serra fez história na noite da última quarta (13) ao bater o time do Remo por 1x0, no Robertão, e se classificar para a segunda fase da Copa do Brasil. E já na próxima quartafeira (20), terá um desafio gigante pela competição nacional: encara o Vasco da Gama, no Kléber Andrade. Mas antes disso, tem outro desafio. Neste sábado (16), o Cobra Coral vai até o Engenheiro Araripe enfrentar a Desportiva, às 17h. O clássico é pela quarta rodada do Campeonato Capixaba. E nessa competição, o Serra precisa voltar a vencer. O time vem de derrota em casa para o Atlético de Itapemirim e acumula dois reveses em três partidas. Com três pontos marcados, o tricolor é o sétimo colocado. Para esse jogo contra a Desportiva, o treinador Cleiton Marcelino disse que não vai mandar a campo o time titular. “Estamos recuperando os jogadores depois do jogo da Copa do Brasil e, por isso, vamos com um time alternativo contra a Desportiva. Vamos poupar os jogadores que atuaram contra o Remo, já visando o jogo contra o Vasco pela segunda fase da Copa do Brasil, na próxima quarta”, destaca. Sobre as três primeiras rodadas, Cleiton também falou do rendimento da equipe. “Tivemos três jogos no Capixabão. O primeiro foi muito ruim (2 x 3 Real Noroeste); no segundo (1 x 0 Rio Branco - VN), conseguimos uma importante vitória fora de casa; e depois, jogamos contra um Atlético (0 x 1) descansado e nosso time mais cansado. Nós fomos

artilheiro do t ime hexacampeão capixaba ano passado, Rael marcou contra o Remo e é esperança do torcedor diante do poderoso Vasco

bem abaixo pelo desgaste físico e, depois, focamos na Copa do Brasil”. Além do jogo do Serra, outras quatro partidas acontecem neste final de semana pela quarta rodada do Capixabão. Às 16h deste sábado, acontecem dois jogos. No Salvador Costa, o Vitória recebe o time do Estrela do Norte. Já no Sumaré, o Atlético-ES recebe o Castelo. No domingo (17) pela manhã, às 10h30, o Tupy-ES recebe o Rio Branco, no estádio Engenheiro Araripe. Fechando a rodada, jogam Rio Branco de Venda Nova e o time líder Real Noroeste, às 16h, no Olímpio Perim. Após o jejum de 24 anos sem um time capixaba passar pela primeira fase, o Serra, após vencer o Remo por 1 a 0 com gol do artilheiro Rael diante

de 1.500 torcedores no Robertão, agora terá pela frente o gigante Vasco. “A gente sempre tratou como prioridade a Copa do Brasil, por que envolvia várias situações, como a parte financeira. Nosso segundo semestre dependeria muito dessa receita e, claro, da visibilidade nacional da competição”, frisou o treinador, Cleiton Marcelino. Além de R$ 525 mil pela participação na Copa do Brasil, o Cobra Coral levou mais R$ 625 mil por ter se classificado. O jogo contra o Vasco será no Kleber Andrade, às 21h30 da próxima quarta (20). Segundo o presidente do Serra, Piol, os valores do ingresso e locais de venda iriam ser definidos em uma reunião na noite da última quinta (14), após o fechamento desta edição.

De Central Carapina, vítima de incêndio no Flamengo tem melhora Sobrevivente do incêndio no CT do Flamengo, ocorrido no último dia 08 no Rio de Janeiro, o morador de Central Carapina, Jonathan Cruz Ventura, teve melhora no seu quadro, segundo último boletim médico do Hospital Pedro ll divulgado na quinta-feira (14). O hospital fica na capital fluminense. Dos três sobreviventes da tragédia que matou 10 garotos da base do time Rubro-Negro, Jonathan foi o que ficou em situação mais grave. O jogador, que teve 35% do corpo queimado e sofreu graves lesões nas vias aéreas, saiu do coma e já começou a respirar sem ajuda de aparelho. Natural de Vila Velha, Jonathan Ventura é zagueiro da base do Flamengo e tem 15 anos. Apesar da melhora, o jogador ainda não tem previsão de alta médica e continuará sob cuidados médicos. Mas segundo médicos, Jonathan poderá voltar a jogar.

O atacante Lincoln, dos profissionais do Flamengo e ex-morador de Feu Rosa, se manifestou sobre a tragédia pelas redes sociais. “Não tem palavras pra descrever essa tristeza, mas eu peço a Deus que conforte e abençoe o coração de todos os familiares. Oremos por todos nesse momento tão difícil”. FOTO: DIVULGAÇÃO

jonathan é zagueiro, tem 15 anos e está internado no Rio de Janeiro

Jacaraípe e Etiópia duelam por taça no torneio de Alterosas Neste domingo (17), a bola vai rolar na praça do bairro Alterosas. Vai ser a final do Torneio de Verão de Futebol de Campo. O duelo é às 8h entre o Projeto Futebol Jacaraípe e o Etiópia. O torneio tem apoio da Associação de Moradores de Alterosas, Rede Doctum, Point Cristão e do Goleiro Mão, serrano da Seleção Brasileira de futebol de areia. “É sempre importante contribuir

para o crescimento do esporte amador, sempre focando no desenvolvimento social. Nosso grande objetivo é resgatar a credibilidade do esporte em geral no município da Serra. Hoje temos um apoio de extrema importância, que é da Elisângela Nascimento - líder comunitária do bairro -, que também faz parte da organização da competição”, frisou Mão.


P12 | TN | SERRA (ES), 15 a 22 de fevereiro de 2019 |


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