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Cultura
from Edição 308
Bem, a moda de entrar em escolas e matar professores e alunos começou nos Estados Unidos e parece que chegou por aqui. Sempre importamos as piores ideias.
A mídia dá destaque aos crimes e eles viralizam com rapidez espantosa. Na maioria das vezes são menores de idade que os cometem.
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Jovens influenciados por postagens de ódio na Internet onde ações violentas são incentivadas e seus autores tratados como heróis. A pergunta é que tipo de famílias engendra filhos assim? O que faltou no ambiente familiar desses
Sugest O De Leitura
O sistema proporcional faliu?
Em “Democracia no Brasil”, cientista social e advogado Milton Soares de Souza aponta caminhos para maior participação cidadã
Com eleições não unificadas no país, a cada dois anos os brasileiros voltam às urnas para escolher seus representantes aos cargos públicos. Em 2024, será a vez de eleger prefeitos e vereadores. No caso do legislativo, nem sempre o mais votado é quem de fato, ocupará uma das cadeiras, característica do atual sistema proporcional.
Neste sentido, o cientista social, advogado e mestre em Ciências da Comunicação, Milton Soares de Souza, analisa o sistema eleitoral proporcional brasileiro no livro Democracia no Brasil - Falência da representação proporcional e o voto distrital. O pesquisador levanta o debate sobre o voto distrital como opção para simplificar, aos olhos do eleitor, o resultado do pleito e o posterior acompanhamento dos mandatos.
“A população tem dificuldade de entender o sistema como um todo, porque o cálculo é complicado. As pessoas em sua maioria não se lembram em quem votaram e muito menos fiscalizam seus parlamentares nas diferentes esferas do poder legislativo”, comenta o autor, sem pretensão de apontar um caminho taxativo, e sim de levantar o debate perante as ameaças de ruptura institucional. Com experiência profissional de 35 anos na área social na cidade de São Paulo, Milton apresenta os conceitos do sistema eleitoral e suas classificações; os fundamentos jurídicos do sistema eleitoral; e, a partir daí, discute os rumos para o amadurecimento da democracia brasileira. Caminhos que, segundo ele, passam necessariamente por uma formação cidadã.
FICHA TÉCNICA
Formato: 21x15 cm
Páginas: 176 - Preço: R$ 35,00
Onde comprar: www.amazon. com.br/ | https://www.martinsfontespaulista.com.br/ jovens assassinos para que chegassem a tais extremos? Uma boa pergunta ainda sem boas respostas. Notese, são filhos da chamada classe média, por definição privilegiados socialmente.
Na maioria das vezes, vem uma explicação recorrente envolvendo o ambiente nocivo nas escolas. Esses jovens teriam sido vítimas de bullying continuado (intimidações sistemáticas) dentro desses estabelecimentos. Bem, aqui estamos às voltas com a falta de uma orientação administrativa escolar mais rígida que impeça provocações, humilhações e desrespeito sistemático entre os alunos e dos alunos com os professores. As diretorias são lenientes quanto a isso e quando esse quadro de humilhações diárias nas escolas se transforma em crime, simplesmente emitem notas oficiais lamentando o ocorrido. Mas, não explicam porque deixaram que se criasse um ambiente nocivo e deletério de perseguições dentro da escola. Hoje não se expulsam mais alunos como antigamente, mas também não há nenhum programa de reabilitação psicológica desses ofensores no ambiente escolar.
Lembremos, então, da importância crucial da existência de psicólogos educacionais e comportamentais e de assistentes sociais no corpo de funcionários das escolas em nosso país. Uma de suas funções é justamente detectar esses alunos desajustados, procurando ajudá-los e recuperá-los enquanto ainda é tempo. Na gestão bolsonarista, criminosamente, negou-se verba para o quadro de psicólogos e assistentes sociais escolares, alegando-se argumentos técnicos formais. Um grande erro. Um erro que custa vidas.
Quando se vai à escola e não sabemos mais se voltaremos vivos, é evidente que a deterioração do tecido social atingiu todos os espaços possíveis. Hora de repensar a família, a escola e o mundo em que vivemos. Não basta apenas um minuto de silêncio pela professora Elisabeth Tenreiro. Somos, de alguma
*Mestre em Filosofia pela USP. Membro da APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte. Autor de “Um Passeante pelas Mostras de Arte: Ensaios Críticos”, Editora Penalux. Escritor e ensaísta. waddeo@uol.com.br maneira, cúmplices por essa morte.
VEM AÍ: 1° FESTIVAL GUAYPACARÉ DE CULTURA INDÍGENA
OInstituto Uka junto e misturado com o Coletividade Vale realizarão o primeiro festival de cultura indígena de Lorena, no Vale do Paraíba. Guaypacaré é o nome tradicional da cidade, e diversos artistas indígenas que representam a cultura originária em São Paulo se farão presente nesse território ancestral no mês dos Povos Indígenas.
O intuito é promover o encontro, democratizando o acesso à cultura celebrando a ancestralidade.
*Confira a programação:
Apresentação: Nani Braun
9h - Rito de abertura
10h - Toré Wassu (Guarulhos)
11h - Coral Guarani (Ubatuba)
12h - Almoço
13h - Xondaro e Xondaria
14h - Pintura Corporal
15h - Toré Wassu
16h - Coral Guarani (Bertioga)
17h - Owerá MC (São Paulo)
18h - Encerramento
Feira de Literatura Indígena e artesanato tradicional o dia todo.
*Atividades gratuitas
Data: 15 de abril
Local: Praça Arnolfo de Azevedo - Centro - Lorena/SP
Idealizador: Daniel Munduruku
Realização: Instituto Uka e Coletividade Vale
Parceria: Espaço Eco’s
Apoio: Secretaria de Cultura de Lorena SP