CELE FAGÁ

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Centro de Educação Lazer e Esporte CELE FAGÁ

Traçando Futuros Josef Carvalho TGI – ARQUITETURA E URBANISMO


Centro de Educação Lazer e Esporte TGI – Arquitetura e Urbanismo autor Josef orientador

Carvalho

Rosana Folz

UNICEP – Centro Universitário Central Paulista São Carlos - 2016


"A gente tem de sonhar, senão as coisas não acontecem...”

Oscar Niemeyer


ÍNDICE TEMA......................................................................02 SÃO CARLOS........................................................04 ÁREA DE INTERVENÇÃO.....................................07 ANALISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO..............09 UNIVERSO PROJETUAL......................................16 PROGRAMA DE NECESSIDADES.......................27 PROJETO...............................................................31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................52


Agradecimentos aos queridos mestres PELO INCENTIVO aos amigos em especial Isabela, Thamyres, e Gian PELA AJUDA e aos meus pais Marilda e JoĂŁo POR TUDO


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APRESENTAÇÃO O presente trabalho de TGI propõe a implantação de um Centro de lazer educação e esporte, no Bairro Maria Stella Fagá em São Carlos. O projeto tem o objetivo de levar ao bairro Maria Stella Fagá e seu entorno um equipamento público para os adolescentes e jovens da região que não dispõem de nenhum equipamento de lazer. O lote escolhido é um local previsto pelo plano diretor da cidade como um futuro equipamento público para a região. O lazer é algo que está presente na vida das pessoas, más nem todos sabem a importância dessa atividade, que traz muitos benefícios para nossa qualidade de vida, entre os seus benefícios podemos citar o combate ao estresse, facilita a circulação do sangue promovendo assim uma homeostase, ou seja, um equilíbrio no meio interno do corpo, colaborando na manutenção da saúde. As vezes por falta de informações, as pessoas ignoram sua importância e isso não pode acontecer, pois todos têm direito ao lazer. As crianças praticam essa atividade e recebem seus benefícios constantemente, pois o principal ato da criança é o brincar. (MARCELINO, 2002)


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TEMA O Estado e as Instituições Sociais têm o objetivo de

vista à prevenção de problemas sociais, tendo como alvo prioritário sua ação na família e na comunidade.

assumir um interesse no âmbito da proteção dos direitos sociais

A proposta tem a finalidade de proporcionar à

dos cidadãos, assim como na promoção do respetivo bem-estar e

comunidade local do bairro uma integração social que possibilite

qualidade de vida.

o desenvolvimento de novas formas de viver, estar e de se

As Instituições das comunidades que visam servir, assumem um papel de fruto da relação de proximidade entre as pessoas, e têm demonstrado construir as mais atentas, válidas e eficazes formas de rentabilização de recursos e otimização das respostas no âmbito da prevenção e resolução dos problemas sociais que afetam as pessoas, famílias e grupos, especialmente os que se encontram em maior vulnerabilidade social ou econômica. (MELO, 2003)

Um centro de esportes com espaço para educação, é uma ótima ferramenta para crianças e adolescentes se afastarem da criminalidade. A partir dessas atividades, pode-se aprender a ter respeito, disciplina, companheirismo, solidariedade e amizade para os próximos. Ajuda na criação de um cidadão, qualidades que serão levadas para toda a vida. O lazer, numa suposta escala hierárquica de necessidades humanas, seria menos importante que a educação, a saúde e o saneamento (com certeza tidas essas dimensões humanas são fundamentais, mas por que seria o lazer menos importante? Além disso, existe relação direta entre lazer e saúde, lazer e educação, lazer e qualidade de vida, as quais não podem ser negligenciadas. (MELO, 2003)

relacionar, baseadas no conhecimento, apoio, afeto e ação, promovendo novas formas para uma saudável socialização entre as pessoas. O esporte e lazer constitui uma resposta social cuja metodologia de intervenção assenta, essencialmente, em princípios-chave que devem orientar o seu funcionamento de forma a tornar-se um verdadeiro polo de desenvolvimento social e dinamizador das solidariedades locais. Quando se ouve falar em lazer não se imagina a dimensão que esse assunto pode abordar, e como ele pode influenciar na qualidade de vida do ser humano. Para começar a falar de lazer e qualidade de vida devemos antes refletir sobre as classes sociais, e tomar conhecimento que a classe mais favorecida economicamente é bem menor que a menos favorecida. Sendo assim a classe maior que seria os menos favorecidos socioeconomicamente, precisa antes de tudo de saúde, educação adequada, e em seguida um lazer digno, o que muitas vezes não acontece, que por serem carentes as oportunidades de lazer não chegam até a eles. (MELO, 2003)

Neste contexto, o esporte e o lazer surge como uma

Este tipo de projeto é uma estrutura onde se desenvolvem

estrutura, onde se desenvolvem ações tão diversificadas quanto

atividades que tendem a constituir um polo de animação com

as necessidades sentidas pela população, não sendo apenas o


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somatório das atividades dirigidas as pessoas e grupos de diversas faixas etárias, mas uma modalidade integrada e global de responder aos problemas das pessoas e das famílias. Pensando nisso, a escolha do sítio para o referido projeto foi baseada na classe social e na falta de equipamentos públicos locais. Para um Centro desse tipo fazer sentido, essa localidade deveria ser de classe baixa ou média. E a região escolhida, bairro Maria Stella Fagá e seu entorno, possui deficit de equipamentos de públicos voltados a cultura e lazer e esporte.


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SÃO CARLOS São Carlos é um município brasileiro localizado no interior do estado de São Paulo, na região Centro-Leste, e a uma distância rodoviária de 230 quilômetros da capital paulista. Com uma população recenseada em 241.389 habitantes (IBGE, 2015) distribuídos em uma área total de 1.137.332 km², é a 13ª maior cidade do interior do estado em número de residentes. A cidade é um importante centro regional industrial, com a economia fundamentada em atividades industriais e na agropecuária. A cidade possui dois campi da Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e a FATEC, além da instituição de ensino superior particular, o Centro Universitário Central Paulista (UNICEP), assim tornam intensa a atividade universitária no município, que conta com uma população flutuante de mais de vinte e nove mil graduandos e pós-graduandos, boa parte atraída de outras cidades e estados. Os principais equipamentos de esporte, lazer e cultura da cidade se encontram distantes da área de intervenção do projeto conforme o mapa 01 localização geral. Os bairros carentes e distantes do centro São Carlos não possuem equipamentos públicos de lazer e esporte adequados e o bairro Maria Estela

Fagá foi escolhido por ser um deles, e que ainda se encontra separado pela rodovia Washington Luís que é quase uma barreira física que separa os moradores da região do centro da cidade. A partir da Constituição de 1988, o lazer passou a ser direito social de todos os cidadãos brasileiros. Isso é assegurado também, praticamente, em todas as constituições estaduais e leis orgânicas de municípios de nosso país. (BRASIL, 2013)


DAMHA

ARARAQUARA PRETO UNICEP UFSCAR 01

FE RR

CIDADE JARDIM 02

OV I

A

Lote

USP II

USP

04

VILA NERY

CENTRO 03

VILA PRADO

DESCALVADO

05

CRUZEIRO DO SUL

CAMPINAS ANTENOR GARCIA

N

Principais Vias Equipamentos Semelhantes Esc 1:60000


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LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO – mapa 01 localização geral

01 UFSCAR. Fonte: Autor

02 Kartódromo. Fonte: São Carlos Dia e Noite

03 SESC. Fonte: Autor 04 Campo do Rui. Fonte: FESC

05 SESI 407. Fonte: Autor


ÁREA DE INTERVENÇÃO


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ESCOLHA DA ÁREA O lote está localizado ao nordeste de São Carlos-SP no

distantes do centro de São Carlos sendo necessário a travessia da barreira física, a rodovia Washington Luís, para seu acesso.

Bairro Maria Stella Fagá. Partindo de um levantamento feito na

Para um centro comunitário fazer sentido ele precisa se

cidade de São Carlos verificou-se demanda por equipamentos

localizar num local de população com renda média ou baixa, que

públicos voltados ao lazer e esporte na região do bairro Maria

é o caso do Maria Stella Fagá composto por trabalhadores de

Stella Faga, que possui apenas um Centro Comunitário com uma

renda média ou baixa.

sala para a associação dos moradores nos fundos de uma igreja.

O lote fica localizado entre a rua Bruno Lazarine e

A região contando com seu entorno possui 20000

Domingos Juliano, possuí 8580m² conforme o mapa topográfico.

residentes (IBGE, 2010). Os bairros são Maria Stella Fagá,

É um lote de carácter institucional destinado a receber um futuro

Jardim Munique, Res. Itamarati, Jardim dos Coqueiros, Res.

equipamento público ainda não definido pela prefeitura de São

Astolpho Luiz Prado, São Carlos VIII, e possuí também uma

Carlos. Hoje se encontra no lote um campo de Futebol, um

conexão com o Jardim Tangará.

parquinho infantil, e uma área de aquecimento, que estão em

A população-alvo são todos os moradores da região que poderiam participar das atividades culturais e de lazer oferecida pelo novo centro de esporte e lazer. Hoje são aproximadamente 1110 adolescentes de 15 à 17 anos, e 1410 de 11 à 14 anos de idade. Já o número de crianças são 1572 de 7 à 10 anos, 371 de 6 anos de idade, 667 de 4 à 5 anos, 1200 de 0 à 3 anos de idade(IBGE, 2010). Totalizando 6330 entre criança e jovens que não possuem fácil acesso à um equipamento de lazer público. São Carlos como vimos no mapa 01 possui poucos equipamentos de lazer e o bairro Maria Estela Faga é um dos mais

péssimo estado, tomados pela grama alta e falta de manutenção. Numa cidade grande existem muitas opções de lazer como, por exemplo: shoppings, parques de diversões, jogo de futebol, corrida automobilística, boates entre outros, mas um dos problemas para a prática desse tipo de lazer é a localização, pois geralmente em uma cidade grande são todos distantes uns dos outros. Isso acaba dificultando o acesso, acontecendo muitas vezes pelo crescimento desordenado das cidades, tornando-se difícil para algumas pessoas que querem praticar um lazer diferente do que já estão acostumados. (MARCELINO, 2002).


ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO


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DA MOBILIDADE URBANA

sua maioria composto por edificações de no máximo 2 andares

Na área de intervenção conforme o mapa de tipo de vias

com exceção do bairro São Carlos VIII que possui um Conjunto

mostra que os bairros vizinhos São Carlos VIII e Jardim Tangará

habitacional popular. O entorno do lote é composto por

possuem ligação ao bairro Maria Stella Fagá e linhas de ônibus,

residências de no máximo 2 andares, influenciando diretamente

que podem ser utilizadas para a locomoção até o CELE. O

no projeto que deve respeitar o gabarito local para que não se

entorno do lote é composto por vias locais e possui uma linha de

sobreponha demais em relação as outras edificações.

ônibus que passa em frente ao lote. TOPOGRAFIA EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

O projeto tem que se atentar ao desnível do terreno por

Existe na região próximo ao lote do futuro CELE, uma

mínimo que ele seja, no caso no lote como veremos no mapa

associação de moradores, uma escola de 1º a 8º série SESI, três

topográfico possuí 8848m² 158 metros de comprimento com 3

unidades básicas de saúde, dois centros municipais de educação

metros de desnível resultando em um leve declive no terreno.

infantil, e uma escola de ensino fundamental e médio e está previsto a construção de mais uma escola estadual para atender a

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

demanda da região conforme o mapa de equipamentos públicos.

O lote possui algumas benfeitorias da prefeitura, porém

Esses dados mostram como a população de região está

estão todas abandonadas e sem manutenção. O local possui um

crescendo sem acesso a um equipamento público de lazer. O local

parquinho e um espaço para aquecimento que estão tomados pela

praticamente não possui praças ou áreas de convívio, aumentando

grama alta e um campo de futebol em péssimo estado com as

a necessidade da construção de um centro de lazer e esportes.

estruturas enferrujando conforme veremos a seguir.

GABARITO E USOS O bairro é predominantemente residencial, com alguns pontos de comércio e serviços nas vias coletoras. O bairro é na


BOSQUE DO MUNIQUE

Uso Residencial

Acesso ao bairro Via Coletora

Escola Sesi Escola Infantil Escola Estadual

Uso Institucional Sistema de Recreio

Igreja

N

Esc 1:17000


VILA NERY

Acesso ao bairro

Via Coletora Via Local

N

Tipos de Vias Esc 1:17000


BOSQUE DO MUNIQUE

N Acesso ao bairro Via Coletora

Loteamento Social 3 pavimentos Uso Institucional Sistema de Recreio

Gabarito Esc 1:17000


2

1

3 6

5

4

Cotas 1m Cotas 5m Via Coletora

Fotografias

N

Esc 1:1150


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LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

1 Campo de Futebol. Foto do Autor

4 Área de Aquecimento. Foto do Autor

2 Campo de Futebol. Foto do Autor

5 Parquinho infantil. Foto do Autor

3 Grama Alta. Foto do Autor

6 Grama Alta. Foto do Autor


UNIVERSO PROJETUAL


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VISITA A EQUIPAMENTOS

qualificadora ou permanente, objetivando assegurar a cidadania,

FESC (Campo do Rui)

entendendo-a como o exercício pleno e indissociável dos direitos

A FESC Vila Nery (Campo do Rui) localiza-se na área

civis, políticos, econômicos e socioculturais.

central da cidade, à Rua São Sebastião, 2828 com mais de 16.000 m2, antigo Campo do Rui Barbosa. Possui área externa convidativa e agradável, com áreas verdes, amplo estacionamento e muitos espaços esportivos: pista de saúde, academia ao ar livre, parque infantil e vestiários masculino e feminino e piscina aquecida. A Pista de Saúde é adequada para caminhadas e corridas individuais, com equipamentos para exercícios físicos, academia ao ar livre, permanecendo aberta ao público todos os dias: de 2a. a 6a. Feira, das 6 às 21h e aos sábados, domingos e feriados, das 6 às 12 e das 16 às 21h. Seus espaços de ensino compreendem: 7 salas de aula, 1 auditório, 2 salas de atividades físicas, 1 ateliê de artes, 1 Telecentro de Informação e Negócios / Escola de Informática e Cidadania e 1 biblioteca comunitária. As quadras esportivas e os ambientes de ensino são cedidos para uso da comunidade, mediante agendamento prévio e pagamento de contribuição de manutenção. A Fundação Educacional São Carlos tem como missão promover a educação de jovens e adultos em sua função

Campo do Rui. Fonte: FESC


18 Piscina com Iluminação Natural Visita a equipamento ajudou no início do projeto para entender o programa de um centro lazer e esporte, principalmente as áreas administrativas e técnicas do Campo do Rui. Possui Almoxarifado de compras, Direção de gestão, Área Jurídica, Contabilidade, Copa, ADM e depósito e Recepção. Fonte: Autor

Volumetria Esquemática Campo do Rui. Fonte: Autor


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SESI 407 O Centro de Lazer e Esportes do SESI de São Carlos, possui diversas instalações esportivas e de lazer, tais como: Áreas de Convivência (Lanchonete; Solarium; Salão de Múltiplo Uso com 990 m² de área coberta; Sala de Leitura. Balneário (Esplanada para banho de sol; Piscina Semiolímpica; Piscina Infantil; Arquibancada para 300 espectadores. Espaço Externo (03 quadras poliesportivas; 01 quadra de futebol e voleibol de areia; 02 quadras de tênis; 01 quadra exclusiva para voleibol de areia e futvôlei 01 quiosque com churrasqueira e banheiros masculino e feminino; 06 quiosques simples; 01 Play Ground; 01 Estádio com campo de futebol oficial, pista de atletismo, arquibancada para 2.000 pessoas e 03 vestiários. Ginásio com vestiários masculino e feminino e arquibancada para 800 pessoas) sala de ginástica, sala de musculação.

Imagem interna do Ginásio. Fonte Autor

Fonte de iluminação natural através da abertura entre a cobertura metálica e a vedação do ginásio.


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Fonte: Autor

Entrada de visitantes da rua direto para a quadra de esportes.

Croqui Esquemático. Fonte: Autor

Solarium. Fonte: Autor

Solarium elemento que ocupa todo o comprimento do projeto, responsável pela distribuição e organização das funções do equipamento de lazer e estudo.


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CEU Centro Educacional Unificado Os Centros Educacionais Unificados (CEU) são equipamentos públicos voltados à educação criados pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e localizados nas áreas periféricas da Grande São Paulo, no Brasil. Foram concebidos pelo EDIF - Departamento de Edificações/PMSP como um centro local da vida urbana. Seu programa articula os equipamentos urbanos públicos dedicados à educação infantil e fundamental aos dedicados às práticas esportivas, recreativas e culturais cotidianas. O município de São Paulo conta atualmente com 45 CEUs onde estudam mais de 120 mil alunos. (ANELLI,2004)

A proposta arquitetônica do CEU se baseou em questões pedagógicas de amplo valor para elaboração das diretrizes de projeto. Anísio Teixeira que foi um jurista, intelectual, educador e escritor brasileiro. Personagem central na história da educação no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930 idealizou algumas políticas educacionais, defendendo que a escola pública vai além de um espaço que oferece ensino, esta deve ser um espaço acessível a todas as classes sociais, cumprindo assim, um espaço para formação de cidadãos. Anísio Teixeira entendia que a escola deveria ser um centro utilizado pela comunidade existente na região, não apenas um espaço ocupado pelos alunos, mas um espaço onde esteja pressuposta a vida em sociedade. Segundo o arquiteto e urbanista Renato Anelli, o CEU traz em sua essência a importância que Anísio Teixeira destinava para as escolas.

Teixeira reconhecia que a escola brasileira deveria se tornar um centro polarizador de uma comunidade existente... A escola passa a ser um instrumento para a estruturação da sociedade e das cidades... A arquitetura dos CEUs procura gerar uma nova urbanidade onde forma e o programa se encontram em um projeto de sociabilidade. (ANELLI, 2004)

O CEU, Centro Educacional Unificado, é hoje um forte exemplo de espaço de uso comunitário na área da educação. A proposta desse centro surgiu na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy, de 2001 a 2004, a intenção era levar equipamentos públicos às grandes áreas da periferia de São Paulo como uma maneira de diminuir a desigualdade social na cidade. Dessa forma, as intervenções dos CEUs foram implantadas nos setores mais pobres do município, o objetivo era que a arquitetura desses edifícios proporcionasse não apenas educação, mas um espaço de uso comunitário para a população dentro dos bairros. É interessante perceber que o CEU nasce de uma proposta onde a presença do espaço comunitário não é somente uma qualidade de projeto e sim uma diretriz determinada pela prefeitura de São Paulo para a elaboração de cada projeto. Esse trabalho desafiou arquitetos e educadores a levar um equipamento público e social com atividades de educação, cultura, esporte e lazer ao alcance de todos, respeitando cada um como cidadão para que o espaço público seja uma das bases de estruturação da sociedade e da cidade.


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CEU Pimentas

sugeridos no térreo, nas pontes no primeiro pavimento e nos

O CEU Pimentas localiza-se em Guarulhos, no bairro dos

bancos. A atmosfera lúdica vem das cores das fachadas internas,

Pimentas (São Paulo, Brasil), um local carente de equipamentos

variantes entre os matizes de verde e amarelo. O arquiteto Mário

comunitários voltados ao ensino, lazer e esporte. O projeto

Biselli justifica que, para chegar a esses tons, houve um elaborado

configura-se em uma linha, materializada em uma grande

estudo cromático.

cobertura metálica que abriga nas bordas de sua dimensão longitudinal os diversos usos, articulados por um vazio central que culmina na área dedicada ao uso esportivo. A construção tira partido do estreito e comprido terreno plano de 30.780 m² que determina o desenho linear da escola destacada pela grande cobertura metálica de 250 m de comprimento e 30 m de largura. Basicamente, ela tem a função de proteger a circulação que interliga todo o programa. Como se fosse uma rua coberta e contínua ao passeio público. Os diversos usos se distribuem em blocos, ora em concreto pré-fabricado, ora em concreto moldado in-loco. Biblioteca, salas de aula e refeitório se localizam no lado oeste do eixo. No lado oposto, localizam-se os volumes das salas de aula, ginástica olímpica, dança e auditórios. O conjunto aquático localiza-se fora deste eixo, em área externa. Praça de convivência O vazio central é a praça que articula, acolhe e dá continuidade aos usos ao seu redor, por meio de percursos

O objetivo era impedir que esse grande eixo se tornasse um espaço monótono e não convidativo. Com relação aos acessos, as rampas assumem papel protagonista direcionando os fluxos internos, enquanto as escadas são apenas estruturas auxiliares para as grandes circulações. (BISELLI, 2012)


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Por ser um espaço de uso público intensivo, os acabamentos são simples e de fácil manutenção, como piso em concreto aparente, paredes pintadas, forros em placas nas salas de aula e estrutura aparente na rua interna. A cobertura é composta por telhas metálicas de aço tipo painel com isolamento térmico e acústico, responsáveis pelo fechamento dos espaços laterais.

Planta Ceu Pimenta. Fonte: Archdaily


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Fonte: ArchDaily

Cobertura metálicas com aberturas para a iluminação natural

Fonte: ArchDaily

Alvenaria aparente e vidros. Materiais de fácil manutenção

Fonte: ArchDaily

Espaço de circulação e convivência como elemento organizador e responsável pela distribuição do projeto. Cores usadas como elemento de organização da função dos ambientes

Fonte: ArchDaily

Cobertura Metálica única para todo o complexo esportivo


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CENTRO COMUNITÁRIO NEVERS – Nevers, França

As formas de acesso ao edifício facilitam o trabalho dos

Localizado em um bairro reestruturado da cidade de

técnicos de manutenção e dos funcionários (através de entradas

Nevers, na França, este equipamento se configura como um

na lateral e na parte posterior), bem como a permeabilidade dos

espaço inteiramente público, aberto à comunidade local e que tem

visitantes (a partir do acesso principal pela praça projetada). O

como principal objetivo atuar como a sede da associação de

zoneamento das atividades do centro cultural foi elaborado de

moradores do bairro, bem como um espaço de eventos, educação

maneira tão simples quanto o seu programa de necessidades. Uma

e cultura.

circulação central direciona o usuário aos diferentes setores do

Projetado pelo escritório Ateliers O-S Architectes, o

prédio que, por ser bastante compacto e por possuir um pátio

edifício do centro cultural é compacto, e foi projetado como um

como elemento integralizador de funções, tem na legibilidade

local de encontro, fincando raízes na comunidade e fortalecendo

funcional um dos seus maiores trunfos. A disposição dos

os laços de vizinhança. Um elemento de destaque do projeto é a

principais ambientes é mostrada na planta baixa a seguir.

escadaria externa voltada para uma praça, estabelecendo um vínculo entre o edifício e o espaço urbano. Para os autores do projeto, a possibilidade de uso para eventos, reuniões, jogos, conversas e piqueniques faz do espaço uma espécie de lugar de reunião comunitária. Sua implantação recuada no lote permite uma maior permeabilidade no edifício, além de garantir uma maior integração entre o elemento arquitetônico e o seu entorno. O conceito do projeto consiste na resolução do programa arquitetônico em torno de um pátio central a partir de um prisma irregular de concreto armado revestido por sarrafos de madeira e vidro. A grande cobertura vegetal garante um eficiente isolamento termoacústico do edifício, protegendo os usuários do frio típico da região. (ALVES, 2014)

Concebido para atender uma demanda local, o Centro Comunitário de Nevers possui traços simples e programa enxuto, de modo a ser explorado intensamente pela comunidade. A arquibancada voltada para a praça coroa essa relação cordial com o espaço público, consolidando a ideia de que a arquitetura e o urbanismo caminham entrelaçados na busca pelo bem-estar comum. (ALVES, 2014)


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Fonte: ArchDaily Fonte: ArchDaily

Espaços organizados no entorno do pátio central, funcionando também como área de convivência.

Fonte: ArchDaily

Fonte: ArchDaily

Imagem mostrando apenas a circulação do edifício e as entradas secundárias, principal e dos funcionários

Imagem mostrando os espaços separados através de cores, no entorno do pátio central

Fonte: ArchDaily

Praça e escadaria como elemento de integração do projeto.


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O funcionamento do centro de lazer, deve ser “moldável”

PROGRAMA DE NECESSIDADES Em arquitetura, um programa de necessidades é o

e

caracterizar-se

por

uma

oferta

diversificada

de

conjunto sistematizado de necessidades para um determinado uso

serviços/atividades, de acordo com a dinâmica desenvolvida com

de uma construção. No caso será um centro de lazer educação e

a comunidade e na comunidade. A programação das atividades

esporte que será produzido no TGI.

deve ser concebida de modo a corresponder às constantes

O programa de necessidades é a expressão das metas das necessidades dos futuros usuários da obra. Um documento que descreve quais as funções que serão abrigadas, os prédimensionamentos, padrões de qualidade desejados, recursos disponíveis. É usado nas fases iniciais do projeto a fim de nortear as decisões a serem tomadas. É um dos principais determinantes do projeto, juntamente do partido. (CAVALCANTE, 2014)

O equipamento público abordado como tema do TGI é um Centro de Lazer Esporte e Educação no bairro Maria Stella Fagá. Com base na estrutura funcional de alguns programas de centros comunitários é apresentado um rol de elementos que dependendo das carências sociais da comunidade alvo, poderão ser adicionados ou excluídos do programa básico para o centro de lazer e esporte objeto do estudo. O centro de lazer é constituído por um conjunto de espaços articulados entre si, concentrados ou não num mesmo edifício, rentabilizando espaços já existentes, abertos à comunidade e onde se possam desenvolver, entre outras, as atividades específicas, que se consideram nucleares.

alterações da realidade e às necessidades emergentes. Quanto maior for a flexibilidade, maior é a facilidade de adequação dos programas de ação à evolução das situações.


Espaço

Descrição

Complexo Lazer/Esportivo

Agrega as instalações e ambientes destinados a prática esportiva e lazer abrangendo atividades educativas, recreativas e comportamentais.

01 Quadra poliesportiva

Oficial coberta com arquibancada (futsal, basquete, vólei e handebol 30,00x45,00m).

01 Piscina Semiolímpica

Adequada para prática de natação (25,00x20,00m).

01 Sala de ginástica

Academia de musculação e aeróbicos.

02 Vestiários Masculino/Feminino

Um vestiário masculino e um feminino com armários e chuveiros.

01 Sala Professores

Sala para avaliação médica.

01 Sala Técnica

Sala com aquecedor gás vestiário.

Conjunto Educacional

Agrega os ambientes com funções variadas para realizando atendimentos às demandas da comunidade, abrangendo ações de inserções social e educacional.

01 Ateliê

Salas educacionais reversíveis para oficinas e trabalhos em grupo.

01 Laboratório de informática

Laboratório de informática para pesquisas escolares.

02 Sanitários Masculino/Feminino

Sanitários para atender o conjunto Educacional

01 Hall de exposições reversível para Espaço itinerante com o intuito de receber possíveis apresentações e exposições. apresentações 01 Biblioteca

Espaço dedicado a leitura

04 Salas de aula

Realização de atividades educativas, culturais e de lazer, compreendidas em atividades artísticas, socioambientais, de promoção da saúde, cidadania e sociabilização.


Eixo de Serviços

Agrega ambientes destinados a acolher serviços de apoio logístico e administração central, oferecendo condições para o funcionamento do CELE.

01 Sala Direção 01 Almoxarifado/ Serviços Gerais

Lugar destinado à armazenagem em condições adequadas de produtos para uso interno.

01 Administração/ Jurídico

Gerencia, nos aspectos de materiais, finanças, recursos humanos, logística, organização e métodos e sistemas.

01 Recepção

Local para recepcionar, atender as pessoas e informar os visitantes.

02 Sanitários Masculino e Feminino

Sanitários para atender o eixo de serviço e o público externo

01 Copa

Sala de alimentação dos funcionários.

01 Sala dos Professores

Sala de reunião dos professores.

01 Espaço de espera/ convivência

Espaço de espera para visitantes.

01 Lanchonete

Espaço de alimentação com mesas


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FLUXOGRAMA

Conjunto Educacional

Educação

Serviços

Circulação

Convivência

Esportes

Praça

Lazer

Lazer

Serviços

Complexo Esportivo


PROJETO


2. Cobertura continua com rasgos para

marquise. Amadurecendo cobertura

Croquis do autor


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MEMORIAL O projeto se molda em um eixo longitudinal materializada em uma grande cobertura metálica que abriga na sua dimensão os

própria na volumetria de todo complexo. Outro ponto de destaque é o volume de serviço que tem sua particularidade, e se comunica com a cobertura através de suas curvas nas extremidades.

diversos usos, articulados por um vazio central que organiza e distribui as funções pelo o complexo. A construção tira partido

A materialidade é simples e de fácil manuteção como alvenaria aparente, telhas metálicas, forro nas salas de aula.

do estreito e comprido terreno e explora a área pública externa

Quadra de poliesportiva, piscina, academia, se encontra

atráves de uma grande praça central que funciona como porta de

na ala norte do eixo, na ala sul se encontra ala educacional, com

entrada para o complexo.

espaço

para

exposições,

apresentações,

laboratorio

de

Os diversos usos se distribuem em blocos que ocupam

informática e salas de aula. No eixo de serviço se encontram as

longitudinalmente todo o lote, o edifício organiza-se em volumes

áreas administrativas e áreas de suporte para o funcionamento do

sequenciais conforme o terreno, a cobertura com sheds está

CELE. No vazio central se encontra a área de convivência e

presente no eixo de serviço e na área de exposições, já o

circulação, responsável pela ditribuição e organização do CELE.

complexo esportivo possui telhas termoacusticas sobre treliças. O

O projeto ainda conta com uma praça central que por sua

terreno tende a descer devido a topografia dando origem a suaves

caracteristica de ser um espaço livre pode receber apresentações

rampas conforme as funções dos ambientes mudam. A forma

itinerantes, uma marquise saindo do CELE e invadindo praça tem

linear do terreno foi determinantes para este partido.

a intenção de interligar a edifícação com o espaço público aberto

Um ponto de destaque na volumetria do projeto se da na iluminação natural que é executada através de sheds que se aproveitam da inclinação das telhas metálicas termoacústica. Esse segmento se extende por todo eixo da edificição atigindo com luz natural todos os ambientes internos. A ala esportiva é abraçada por brises horizontais metálicos, com vidros basculantes coloridos, a fachada dinâmica do ginásio ganha identidade

compondo o espaço paisagístico.


Rua Domingos Juliano

ALA Rua Armando Peronti

ESPORTIVO

Rua Owsvaldo Denari

ESCALA 1:750


Rua Domingos Juliano

ALA Rua Armando Peronti

ESPORTIVO

Rua Owsvaldo Denari

TOPOGRAFIA ESCALA 1:750


LANCHONETE

CORTE B-B

CORTE B-B

Rua Domingos Juliano

ATENDIMENTO CORTE A-A

CORTE A-A

COMPLEXO ESPORTIVO

RAMPA

Rua Bruno Lazarini BANCO

BANCO

Rua Armando Peronti

ALA

CORTE B-B

CORTE B-B

Rua Owsvaldo Denari

ESCALA 1:700


17,85

33,75

9

10 3 ACADEMIA 4 ARQUIBANCADAS 5 QUADRAS POLISPORTIVA 6 PISCINA

6

3,50 7,65

11

COMPLEXO ESPORTIVO

10

8 SALA PROFESSORES

7,65

8

10 VESTIARIOS

1

26,55

4

7

2,70

5,75

3,45

2 5

15,00

20,00

21,60

3

PLANTA COMPLEXO ESPORTIVO

5,00

4

7

ESCALA 1:250


1 HALL ENTRADA PRINCIPAL 3 CONVIVENCIA 4 LANCHONETE 5 COPA 6 MESAS LANCHONETE

9 ADM / SECRETARIA 3,80

9

6,61

7

5,10

6,61

5

11 PROFESSORES 12 BEBEDOURO

4,43

10

3,80

6,40

8

4

12

10,51

11

7,50

4,75

7,35

7,83

3

2 6 1

ESCALA 1:250


4 2 BIBLIOTECA

3

3

5

4 SALA AULA 5 SALA AULA 6 SALA AULA 7 SALA AULA

2 6 1 7

8

9 ESCALA 1:250


FACHADA LESTE ESCALA 1:550

CORTE A-A ESCALA 1:550


1 - FECHAMENTO EM VIDRO 3 - TELHA TERMOACUSTICA 4- VIDRO COLORIDO, DESLIZANTE SOBRE TRILHOS

3 5

2 1

4,00

3,60

3,04

4

CORTE A-A DETALHE ESCALA 1:250


2 - ALVENARIA

5 - LAJE

1

2

4

5

3

3,60

3,00

4,00

4

CORTE B-B ESCALA 1:200


1 - VIGA CALHA 2 - PERFIL HORIZONTAL DE ALUMINIO 4- VIDROS COLORIDOS, BASCULANTES 6 - PILARES DE CONCRETO 7 - LOCAL CAIXA D' AGUA 8 - MEZANINO ACADEMIA

5

1

7 8

6

2 3 4

CORTE C-C ESCALA 1:200


FACHADA OESTE ESCALA 1:550









BIBLIOGRAFIA ARTIGAS, R. Paulo Mendes da Rocha - Projetos 1957 – 1999. São Paulo SP, Cosac Naify 2006. ARCHDAILY – Site de Arquitetura e Urbanismo. Site Oficial Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/>. Acesso em: 12 out. 2016 BRASIL. MINISTERIO DO ESPORTE. Programa esporte e lazer da cidade PELC. Disponível em: <http://portal.esporte.gov.br/arquivos/snelis/esporteLazer/diretrizesPELCEdital2013.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2016. BRASIL. MINISTERIO DO ESPORTE. Programa esporte e lazer da cidade Volume 1. Disponível em: < http://www.esporte.gov.br/arquivos/publicacoes/livroV1.pdf >. Acesso em: 10 abr. 2016. BISELLI KATCHBORIAN arquitetos associados. Site Oficial do escritório. São Paulo. Disponível em: < http://www.bkweb.com.br/>. Acesso em: 14 nov. 2016 ASSIS, G. P. G. Lazer: Fundamentos, Estratégias e Atuação Profissional. Jundiaí SP, Fontoura 2003. CAMARGO, L. O. L. Educação Para o Lazer. São Paulo SP, Moderna 1998. DIAS, L. A. M. Aço e Arquitetura - Estudo de Edificações no Brasil. São Paulo SP, Zigurate 2001. LATORRACA, G. RISSELADA, M. Arquitetura de Lelé: Fábrica e Invenção. São Paulo SP, Imprensa Oficial 2011. MARCELINO, N. C. Estudo do Lazer: uma introdução. Campinas SP, Autores associados 2002. MELO, V. A. Introdução ao Lazer. Barueri SP: Manole, 2003. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA <http://www.ibge.gov.br/home.>. Acesso em: 20 fev. 2016.

E

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Senso

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Disponível

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MACHADO, Débora. Público e Comunitário: Projeto Arquitetônico como Promotor do Espaço de Convivência. 2009. (Dissertação de mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade São Judas Tadeu. São Paulo, 2009. VITRUVIUS – Site de Arquitetura e Urbanismo. Site Oficial Disponível em: < http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos>. Acesso em: 12 out. 2016 PINTO, Gabriela. B; PAULO, Elizabeth; SILVA, T, Cristina Os Centros Culturais omo Espaço de Lazer Comunitário: o caso de Belo Horizonte – Cultura (Revista de Cultura e Turismo) 25. abr. 2012. SÃO CARLOS – SP. Lei nº 13691, de 25 de novembro de 2005. Institui O Plano Diretor do Município de São Carlos. São Carlos, SP, Disponível em: <http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/utilidade-publica/planodiretor>. Acesso em: 03 abr. 2016. SÃO CARLOS – SP. Lei nº 15958, de 29 de dezembro de 2011. Institui O Código de Obras do Município de São Carlos. São Carlos, SP, Disponível em: < http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/utilidade-publica/161183-codigo-de-obras-e-edificacoes>. Acesso em: 09 set. 2016. SÃO PAULO – SP. Decreto nº 12342, de 27 de setembro de 1998. Institui O Código de Sanitário do Estado de Paulo. São Paulo, SP, Disponível em: < http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1978/decreto-12342> . Acesso em: 10 set. 2016.


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