IMMP_ boletim_46_MAR 2017

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL BOLETIM INFORMATIVO MARÇO 2017

Nº 46

Shin

Zen

Bi

Verdade

Bem

Belo

“A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento” Meishu-Sama ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA

A

Ser amado por Deus

essência da Fé, em poucas palavras é: “Ser amado por Deus” ou “Ser do agrado de Deus”. Deste modo, devemos saber que tipo de pessoa é amada por Deus. Mas deixemos isso para depois; devemos, primeiramente, conhecer a missão da nossa Igreja. Ela está relacionada com o Juízo Final, profetizado por Cristo e à extinção do budismo, profetizado por Sakyamuni, factos esses que estão prestes a acontecer. Deus e as entidades búdicas estão manifestando o seu grande amor misericordioso, fazendo com que um maior número de pessoas ultrapasse a grande transição do mundo. E como é que Deus atuará? Naturalmente, Ele utilizará os Homens e acredito que fui escolhido para assumir essa grande missão. Como é uma grande missão, jamais vis-

ta ou ouvida, acabo até por acha-la difícil demais de ser realizada; porém, como foi o grandioso Deus Supremo que me outorgou essa missão, não tenho alternativa. Inicialmente, duvidei e até resisti, mas não havia meio de a recusar, pois estava acima das minhas forças. Deus utiliza-me livremente. Não são poucas as vezes em que Ele me fez sentir alegrias extremas e aquelas em que me obrigou a enfrentar situações infernais. Porém, cada vez que isso ocorria, percebia a Sua mão invisível, o Seu indescritível poder de atração e experimentava o gratificante sabor da vida. É uma sensação impossível de ser expressa em palavras que, provavelmente, somente eu tenha vivido na face da Terra. O mais importante é procurar saber o que devemos fazer para sermos do


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agrado de Deus. Qualquer pessoa de bom senso sabe que o que desagrada a Deus é agir fora do Caminho, mentir, fazer os outros sofrer e causar incómodo à sociedade. Contudo, atualmente existem muitas pessoas que não se importam com ninguém, achando que basta o próprio bem-estar e manifestam esse egoísmo na prática. Por se tratar de uma atitude das mais condenáveis, não há como estar do agrado de Deus. Assim, cada um precisa saber se está sendo amado por Deus ou não. É algo extremamente simples: “Para mim, nada vai a contento. Sofro de necessidades materiais; o meu trabalho não progride; o meu crédito é fraco; não consigo rodear-me de pessoas; a minha saúde também é insatisfatória; do

EXPERIÊNCIA DE FÉ

"Estava a cuidar do dinheiro como se fosse meu, esquecendo-me de reconhecer que afinal, tudo pertence ao Supremo Deus!" Chamo-me Cátia Domingas David Sumalgy e tenho 22 anos. Sou natural de Moçambique e vivo em Portugal há 6 anos. Dedico atualmente no Johrei Center de Coimbra como líder jovem. Nos últimos tempos passei por sérias dificuldades financeiras. Mesmo possuindo a quantia necessária para pagar algumas faturas, acabava sempre por gastar o dinheiro com outras coisas, deixando de 2 | www.messianica.pt

jeito que trabalho, não entendo porque não dá certo”. As pessoas que fazem esse tipo de comentário não estão sendo do agrado de Deus. Basta ser do agrado d´Ele e o nosso trabalho desenvolve-se satisfatoriamente; as pessoas juntam-se ao nosso redor a ponto de nos incomodar; os recursos materiais chegam-nos em tão grande quantidade, que mal os podemos utilizar na sua totalidade. O mundo então torna-se um lugar agradável de se viver. A fé só tem realmente valor quando somos felizes. Se a praticamos, mas não alcançamos a felicidade, é porque o motivo, infalivelmente, encontra-se no nosso próprio espírito. 25 de maio de 1949

atender as prioridades como, por exemplo, a propina da faculdade; acumulando assim mais dívidas. A minha família está toda em Moçambique, por isso vivo sozinha e dependo financeiramente de mim mesma. Estou a tirar uma Licenciatura em Engenharia Informática e estou a fazer um estágio não remunerado. Mesmo nessa difícil situação financeira, estipulei o objetivo no início do ano, de dobrar o valor do meu donativo mensal de 15 para 30% de tudo o que chegasse às minhas mãos através de trabalhos temporários e ajudas que recebesse. Numa conversa com o Ministro Responsável, foi-me explicado que não estava com o Sonen correto e por esse motivo não tinha força para cumprir com os meus deveres financeiros; que estava a cuidar do dinheiro como se fosse meu, esquecendo-me de reconhecer que afinal, tudo pertence ao Supremo Deus e só depois de materializar a minha gratidão, deveria pedir a Sua autorização para utilizar o restante do valor. Durante essa entrevista ficou definida a visita do Ministro à minha casa. Há tempos que vinha solicitando esta


visita, mas sempre acontecia algum imprevisto que impedia a sua realização. Foi então que recebi, finalmente, a visita no dia 31 de janeiro. Fiz uma dedicação especial de limpeza neste dia e depois de fazer oração diante da Imagem Consagrada de MeishuSama e receber Johrei, consegui abrir o meu coração explicando o que estava a sentir. Comuniquei a minha situação de viver num piso oferecido pela Câmara que, como foi tramitado quando a minha mãe ainda vivia comigo, fui comunicada que o devo deixar no mês de agosto. Relatei também a mágoa que sentia de não ter apoio do meu pai com relação à minha situação financeira e da impossibilidade da minha mãe auxiliar-me nesse sentido. Fui orientada a devolver esses sentimentos a Deus em nome do Messias e desapegar desse sofrimento, pensando em como me esforçar para merecer não depender mais dos meus pais. Foi aí que a mudança começou. No dia seguinte da visita tomei a decisão de fazer difusão de porta em porta nas imediações de minha casa e preparei algumas Flores de Luz. No início tive receio de fazer essa dedicação e pensei em colocar as flores numa bandeja e deixá-las com um aviso para que as pessoas do prédio as levassem. Comuniquei à Professora de Ikebana esta minha dificuldade e ela incentivou-me a desafiar. Consegui vencer os meus medos e, com o Sonen de encontrar, escutar e ministrar Johrei, distribuí 9 das 10 Flores de Luz que havia preparado. Nessa prática vivi duas experiências que me marcaram. A primeira foi de ver o sorriso no rosto de um vizinho, que é tido como o mais conflituoso do prédio. Anteriormente já lhe tinha oferecido Johrei, mas ele sempre recusou. Desta vez, também recusou mas disse-me que uma amiga dele poderia recebe-lo. Então, deixei-lhe uma flor a mais para essa amiga. Dias depois estava a mudar a Ikebana do hall de entrada do prédio e ele dirigiu-se a mim dizendo que gostaria de conhecer a nossa Igreja, pelo respeito que sente a ver-me tratar das flo-

res e que imagina a nossa Igreja como uma religião de respeito. Pouco tempo depois passou uma senhora conhecida dele cheia de pressa e ele chamou-a, mas ela não lhe deu atenção. Assim, ele virou-se para mim e disse: “Por que ninguém me escuta como a menina me escuta?” Naquele momento senti que não era eu que o estava a escutar, mas sim Meishu-Sama e, desde então, ele tem sido muito mais simpático. Outra experiência foi com uma vizinha que já não via há muito. No dia da difusão de porta em porta ela estava em casa, recebeu-me com muita alegria e conversamos bastante. Dias depois, disse-me que estava de mudança e ofereceu-me várias coisas que eu necessitava. Na mesma semana consegui uma ajuda do meu irmão mais velho para saldar a dívida da faculdade e, dias depois, recebi um telefonema de uma amiga de minha mãe que se ofereceu a ajudar-me até terminar a faculdade, enviando-me mensalmente uma quantia, exatamente a que eu precisava para não me preocupar em trabalhar até ao fim do curso. Mediante a orientação do nosso Presidente, Reverendo Carlos Eduardo Luciow, na Formação de Líderes Jovens, de sempre termos Sonen grande dentro de todos os aspetos da nossa vida. Decidi tornar-me uma aluna exemplar, fazer o mestrado para crescer profissionalmente e, principalmente, encaminhar 100 pessoas à Igreja até ao fim do ano. Depois dessas experiências maravilhosas, aumentou ainda mais em mim a chama do Servir à Obra Divina. Vou continuar o empenho no donativo diário e mensal de gratidão e dedicar na preparação, participando todos os meses do Culto Mensal na Sede Central, que fica a mais de 100 quilómetros de minha casa. Agradeço a Deus e a Meishu-Sama pela permissão de viver esta experiência, pelas orientações recebidas e a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, participaram do meu crescimento e fortalecimento. Muito obrigada! março / 2017 | 3


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CULTO MENSAL DE AGRADECIMENTO - MARÇO / 2017 PALESTRA DO PRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL REVERENDO CARLOS EDUARDO LUCIOW

B

om dia a todos! Os senhores estão a passar bem? (Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!) Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama! Quero iniciar as minhas palavras, agradecendo a todos os senhores, pela vossa sincera dedicação, que nos permite expandir a Obra de Salvação de Deus e MeishuSama aqui em Portugal! Muito obrigado! (Palmas) Gostaria de saber quem está a vir hoje pela primeira vez, pode levantar a mão? Puxa! Tanta gente! Sejam bem-vindos à casa de Deus e Meishu-Sama e esperamos que essa seja a primeira de muitas outras visitas! Sintam-se em casa! (Palmas) Estamos também a receber membros das seguintes Unidades Religiosas: Amadora e Sintra, Margem Sul, Lisboa, Coimbra, Aveiro, Vila Real, Porto e Gaia, naturalmente, e também do Brasil! Sejam todos muito bem-vindos! (Palmas) Gostaria de dizer, com muita satisfação, que a nossa Caravana para Angola está an-

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dando muito bem e já são quinze as pessoas que compraram a passagem! Aqui de Portugal sete, três da Itália, dois de Espanha, dois do Reino Unido e eu como responsável. Quem deseja ir não perca essa oportunidade de conhecer a maravilhosa difusão dos nossos irmãos angolanos! Muitas vezes, tivemos o privilégio de contatar com eles no Solo Sagrado do Brasil ou do Japão e nesses encontros, podemos perceber claramente, como eles conseguem transformar com sua alegria, a atmosfera espiritual onde quer se encontram. Quem teve essa permissão de estar com eles é contagiante, não é? (Sim) Imaginem participar de um Culto com 15, 20 mil pessoas… eu já tive esse privilégio e posso garantir a todos que é algo inesquecível! Posso também garantir para os senhores uma coisa. Quem ainda estiver em dúvida, se vale a pena ou não, compre o seu bilhete, vá peregrinar e se não gostar, na volta, eu reembolso a despesa do meu bolso! (Risos) (Palmas) Tenho tanta certeza que vão


Ofertório de gratidão pela representante dos participantes, Srta. Eunice Vaz Vieira de Araújo Rego

Experiência de Fé da Srta. Cátia Domingas David Sumalgy

gostar que eu assumo esse compromisso pessoal com todos os senhores! Quem voltar e disser: “Não gostei, foi uma caravana ruim!” Eu reembolso a passagem e a despesa terrestre! É um grande negócio, só não pode mentir na volta! (Risos) Tenho certeza que vão adorar, é algo maravilhoso que nos entra mesmo na alma! Quem daqui já comprou o bilhete pode levantar a mão, por favor? Três pessoas, parabéns! Não vão aproveitar o “satisfeto ou reembolsado?” (Risos) Têm que aproveitar essa grande oportunidade! Parabéns a quem decidiu ir, procurem por favor os seus Ministros e comprem o mais cedo possível, reservando o seu lugar. Tenho a certeza que, quem não for, vai ouvir os testemunhos de quem foi e vai ficar arrependido…(Palmas) E muita gente também pensa assim: “Eu não vou porque não tenho dinheiro…” Mas se criar objetivo e pedir permissão a Deus e a Meishu-Sama, os meios materiais vão chegar, tenho certeza disso! Porque não é uma viagem de turismo, é uma viagem espiritual, feita juntamente com os nossos Antepassados e quando temos a permissão de Deus, Meishu-Sama e dos Antepassados, os meios materiais, automaticamente chegam até nós, com a permissão Deles. Entre o final do mês passado e o início março / 2017 | 5


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desse mês, estive viajando pelas Unidades Religiosas de Lisboa, Oeiras-Cascais, Santarém, Margem Sul, Amadora e Sintra. Foram dias maravilhosos, em que tive a oportunidade de encontrar muitos membros, participei de três Cultos Mensais pela Salvação dos Antepassados, com a presença de mais de 150 pessoas, participei também de reunião com Professoras de Ikebana, reunião com jovens, de dois Dai Johrei Kai e fiz visitas a muitos lares de membros, onde tive ocasião de transmitir Johrei a 76 pessoas. Foi realmente muito bom e pude ouvir várias experiências, encontrar com as realidades locais, que me deram uma noção de como está o “campo da difusão”. Porque se ficamos fechados dentro da Igreja, perdemos o contato com o campo de ação, desconhecemos a realidade individual e dos grupos. Pude assim ouvir as dificuldades, as alegrias, as tristezas, as graças recebidas e conhecer a situação de cada um; até mesmo para depois nas minhas Orações e Prática do Sonen, poder rezar e entregar a Deus e Meishu-Sama. Quero agradecer todo o amor e o cari6 | www.messianica.pt

nho com que eu fui recebido nesses locais, nessas unidades e nessas casas, por todos os membros e frequentadores, muito obrigado! (Palmas) Como aprendemos com Meishu-Sama no mês passado, iniciou o período de purificação (Rishun) e acredito que todos os senhores sabem, fomos apanhados de surpresa por muitas notícias de purificações, seja a nível internacional, institucional e também pessoal. Algumas dessas notícias, inclusive, nos deixaram muito surpresos e chocados, porque não esperávamos, mas entendendo que a purificação é o amor de Deus, vamos aproveitar para, como foi dito no Culto passado, nos purificarmos através da Prática da Fé o máximo possível, sem ter necessidade de sofrer. Quando chegar o sofrimento, mesmo que não desejado, que ao menos possamos sentir gratidão, por mais difícil que possa ser, especialmente, quando é um sofrimento muito severo, acompanhado de dor e de perda, mas é a gratidão que nos liga a Deus. Vamos também, sem julgar as pessoas que estejam a purificar, agradece-las por


estarem purificando por nós como nos ensina Kyoshu-Sama, que quem purifica, não purifica só por si, mas também por toda a humanidade. Com muito amor e gratidão, vamos rezar por eles e suas famílias, que estão enfrentado esses momentos difíceis. Gostaria de agradecer à Cátia Sumalgy, pela sua maravilhosa Experiência de Fé! Uma jovem de apenas 22 anos, que está tendo a permissão de ter experiências maravilhosas, que servem de exemplo para todos nós. Ela estava com dificuldade económica, esperando que o pai e a mãe ajudassem, mas Deus no seu infinito amor, querendo que ela crescesse, não permitiu que os pais dessem dinheiro para ela. Não foram os pais que não quiseram dar! Deus é que disse para ela que estava na hora de crescer, amadurecer na sua própria fé! Enquanto a criança é pequena, ela precisa receber alimento, proteção, carinho, escola, roupa, mas quando a criança cresce e se torna um adulto sadio, precisa aprender a enfrentar a vida para crescer de forma madura, porque senão fica fraco. Dar dinheiro é carinho, deixar enfrentar a dificuldade eco-

nómica é amor. E muitos pais confundem amor com carinho e criam filhos fracos e inseguros. No dia em que esses pais morrerem, esses filhos não vão saber enfrentar a vida. Deixando enfrentar como ela teve que enfrentar, conseguiu crescer e amadurecer, coisa que não teria acontecido se os pais tivessem dado o dinheiro. Mesmo porque se dá um “x”, daqui a pouco ela quer “2 x” e quando ganhar “2 x” quer “3 x” e vai chegar uma hora que não vai ter o que chegue; conheço muitos casos assim. Até o dia em que esse jovem, vai encontrar um limite e vai perder a vontade de viver ou vai pensar em tirar a vida dos pais, para ficar com a herança. Tem casos extremos que chegam a este ponto, não tem? (Sim) Infelizmente! Graças ao grande amor de Deus ela encontrou essa dificuldade e foi conversar com o Ministro e ele falou: “O teu Sonen está errado, tu estás a administrar o dinheiro como teu, mas ele não é teu, pertence a Deus! Não estás a colocar Deus em primeiro lugar!” Nós pensamos que quando abrimos a carteira: “Esse dinheiro é meu!” A gente abre o armário: “Vou vestir essa roupa, porque essa roupa é minha!” A gente entra no carro: “Vou conduzir esse carro porque é meu, está no meu nome, fui eu que comprei!” Vim nessa Igreja: “Essa Igreja é minha!” Acreditamos que tudo o que pensamos seja nosso: o tempo, o emprego, a mulher, os filhos… até quando não perdemos e descobrimos que nada é nosso! Tudo nos é emprestado por Deus para cumprir aquela missão. Quando se coloca Deus em primeiro lugar, todo o resto passa a se encaixar. Podemos comparar com os botões da camisa: quando apertamos o primeiro botão com a primeira casa, o segundo botão vai para o lugar certo, o terceiro vai para o lugar certo e a camisa fica toda abotoada certinha. Se colocarmos o primeiro o botão na segunda casa, o que é que vai acontecer? Lá em baixo vai sobrar um pedaço de camisa, não é? (Sim) Se colocarmos o primeiro botão na terceira casa, como é que vai ficar? Vai faltar um pedação aqui em cima e a camisa fica toda torta! (Risos) março / 2017 | 7


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Isso é o que acontece na vida das pessoas… “Ah! Não sei porquê na minha vida dá tudo errado! Nada dá certo! Nada combina!” Porque sua vida está fora da ordem. Deus não está em primeiro lugar e por isso, tudo o resto não vai dar certo, não vai encaixar e não entende o porquê. Na hora em que ela começou a colocar Deus em primeiro lugar, entendendo que o dinheiro é de Deus, o tempo é de Deus, a casa é de Deus, tudo pertence a Deus, ela teve a permissão de receber o Ministro na sua casa, para fazer a visita: “Encontrar escutar - ministrar Johrei”. É uma visita que muita gente não está querendo receber. Dizem: “Não, não posso receber o senhor na minha casa porque é pequena, é feia e está suja.” Começa a criar desculpas, para não receber a visita do Ministro. Eu sei que não é ninguém daqui, aqui todos querem…(Risos) Na verdade, quem fecha a casa, está fechando o próprio espírito; na nossa casa está impregnado o nosso espírito. Quem acha que a casa é pequena é porque está com o espírito pequeno, quem acha que a casa está suja é porque acha que o espírito está sujo. Quem esconde a própria casa, está escondendo o próprio espírito, os próprios defeitos. Quando o nosso espiríto está bonito, limpo e aberto, mesmo que a casa 8 | www.messianica.pt

seja pequenininha, humilde, quem vem visitar, se sente bem, à vontade e até quer voltar! Uma casa pode ser luxuosa, cheia de obras de arte, de tapeçarias, de quadros caros, mas se o espírito do dono da casa é frio, quem entra alí não se sente bem. A casa transmite o espírito de quem vive. Entretanto, ela recebeu o Ministro e ao abrir a casa, abriu o espírito e confessou o seu sentimento negativo para com os pais, que estava revoltada, porque eles não lhe davam dinheiro. Quando nós temos sentimentos negativos para com os nossos pais, estejam eles vivos ou mortos, esse sentimento faz mal principalmente para nós! É como se o galho tivesse sentimento negativo pelo tronco, mas é do tronco que vem a seiva da raiz que chega até ao galho. Ou seja, é como se o galho rejeitasse o tronco e aí o galho seca. A primeira coisa que temos de fazer para sermos felizes é limparmos o nosso espírito em relação aos nossos pais, avós e antepassados, porque é através deles que recebemos a Luz e a força proveniente de Deus. Infelizmente, neste mundo, muitas pessoas têm mágoas, ressentimentos dos seus pais, muitas vezes por causa de problemas de herança: “Minha mãe, meu pai, deu mais para o meu irmão, do que para mim na di-


visão dos bens…” Essas mágoas precisam ser purificadas! Como? Entregando-as, com sinceridade, a Deus! Quando nós entregamos a Deus as nossas mágoas, o nosso espírito se purifica. Mas porque é que a pessoa não consegue entregar as mágoas? Porque ela tem apego àquela mágoa, conserva-a alí guardadinha, fechadinha dentro de uma caixinha… (Risos) Não consegue se libertar e aquela mágoa vai-se refletir negativamente na sua vida. Quando ela conseguiu entregar aquela mágoa e teve a coragem de começar a fazer a difusão de porta a porta, entregando Flores de Luz, a sua vida começou a mudar! A sua primeira tentação foi: “Vou colocaras as Flores de Luz num cestinho com um cartaz, ‘Quem quiser pegue’… (Risos) Éh! Nosso ego é terrível! Acham que ego é brincadeira? (Não) O ego é das coisas mais assustadoras que existem! Mas ela falou com a professora de Ikebana que lhe disse: “Não, não! Desafia o teu limite!” Aí ela começou, com coragem, a oferecer para os vizinhos e a ministrar Johrei também. Mudou inclusive o sentimento de um vizinho que era chato, muito intransigente, que nem gostava. E no momento que ela se esforçou e começou a se dedicar para fazer outras pessoas felizes, os seus proble-

mas materiais de falta de dinheiro, de mobília de casa, se resolveram. A vizinha mudou de casa e deu a mobília para ela, a amiga da mãe ofereceu dinheiro para ela não precisar trabalhar… Um grande milagre! (Palmas) Quando nós mudamos o nosso espírito, muda a matéria! Mas a gente quer mudar a matéria continuando com o mesmo espírito. Esse é que é o problema e por isso não melhora. Meishu-Sama, no Ensinamento de hoje diz algo maravilhoso: “A fé só tem realmente valor quando somos felizes. Se a praticamos, mas não alcançamos a felicidade, é porque o motivo, infalivelmente, encontra-se no nosso próprio espírito.” Agora vou fazer uma pergunta de um “milhão de euros”: “O que é o espírito?” Quem sabe-me explicar o que é o espírito? Será aquilo que a gente pensa? Não… Isso é o raciocínio, é a mente… É aquilo que a gente sente? Não… Isso é o sentimento… Quando se fala no espírito dos mortos, a gente lembra daquele fantasma dos filmes de assombração… (Risos) Para entender o que é o espírito, há um exemplo muito válido: Imagina uma fruta; qualquer fruta tem do lado de fora a casca, dentro a polpa e no núcleo o caroço. A casca é o pensamento, a polpa é o sentimento março / 2017 | 9


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e o caroço é o espírito. O problema é que a gente fica praticando a fé com a “casca” e com a “polpa”, mas não chega ao “caroço”. A gente quer mudar a “casca”, o nosso modo de pensar; quer mudar a “polpa”, que é o sentimento; mas não quer mudar o “caroço” que é o espírito. Devemos receber Johrei no espírito, mas recebemos Johrei com a mente e com o sentimento, não com o espírito; buscar o que é o espírito, porque se o espírito estiver forte, o pensamento e o sentimento serão fortes; se o espírito estiver fraco, o pensamento e o sentimento serão fracos; se o espírito está elevado, o pensamento e o sentimento serão elevados. Mas a gente quer mudar ao contrário, atráves do pensamento e do sentimento, queremos mudar o espírito; mas é pelo espírito que se muda o sentimento e o pensamento, é justamenteo contrário! Nós, na verdade, porque não o vemos e não o sentimos, não acreditamos na existência do espírito… Acreditamos na existência do pensamento, porque pensamos; acreditamos na existência do sentimento, porque sentimos. Mas o espírito só ouvimos falar que existe! Kyoshu-Sama nos ensinou uma coisa 10 | www.messianica.pt

maravilhosa; que temos dentro de nós, da nossa alma, do nosso espírito, um Paraíso; mas a grande maioria das pessoas que a gente conversa, não acredita nisso, que tem um Paraíso dentro. Porque é que não acredita nisso? Porque têm o pensamento conturbado ou disturbado; um sentimento sofredor, com mágoa, com ressentimento; não acredita na existência do Paraíso dentro dele, porque os seus pensamentos e os seus sentimentos não são paradisíacos, não chegam ao espírito; esse paraíso interior não está no centro do pensamento, nem no centro do sentimento, está no centro do espírito. Nós relacionámo-nos com os nossos pensamentos e com os nossos sentimentos, mas não nos relacionamos com o nosso espírito. Nós relacionámo-nos com a mente dos outros e com os sentimentos dos outros, mas não com o espírito dos outros e é por isso que não vemos o Paraíso dentro das outras pessoas. “Está nervoso, está irritado, está num inferno...” Você mesmo Cátia, quando estava deprimida, angustiada, cheia de dívidas na faculdade, etc. Como é que você se sentia naquele período em que precisava de dinheiro e não tinha? Sentia o inferno, certo?


(Sim) Mas era o inferno do espírito? Não! Era o inferno da sua mente perturbada com o pensamento: “Como é que vou pagar as dívidas?” Quando entregou as suas mágoas e começou a fazer os outros felizes, mudou o espírito, chegou no “caroço”, no núcleo… Aí, misteriosamente, o irmão se ofereceu para pagar… a vizinha deu as mobílias, a amiga da mãe deu o dinheiro, etc. Isso não é um milagre? (Sim) Mas um milagre de quê? Da sua mudança! Nós queremos praticar a fé para que os nossos problemas se resolvam, sem que nós tenhamos que mudar o nosso espírito; aí a pessoa diz: “Eu não sei porquê, dedico tanto, faço tanto, faço donativo, etc e os meus problemas não se resolvem…” Porque o objectivo da fé, não é para resolver problemas; o objectivo da fé é praticar a fé para purificar e elevar o espírito; a solução do problema vai ser uma consequência natural disso. Parece simples, mas o nosso ego levanos para essa armadilha de querer resolver os problemas, sem mudar o espírito; parece a mesma coisa mas, na prática, é completamente diferente. Ela tinha até aumentado o donativo de 15 para 30% e não

resolveu o problema… Porque, aumentar donativo, não é para resolver problema económico; aumentar donativo é para restituir a Deus o que Ele nos dá… Donativo não é dar dinheiro para Deus, é devolver o que Ele nos dá, para Ele utilizar para salvar o mundo! Quem acha que faz donativo para ajudar a Igreja, está ofendendo Deus, como se Deus precisasse da ajuda dele, como se Deus fosse um mendigo, um sem abrigo que vou dar para ajudá-lo; não dêem dinheiro para ajudar Deus, porque Deus não está com um chapeuzinho esticado para pedir esmola… Dos 100% que Ele me dá, vou retirar 10, 20, 30% e vou devolver para Ele, dos 100% que Ele me dá. O dia tem 24 horas, então Deus dá-me 24 horas, dessas 24 horas eu vou devolver a Deus 2, 3 horas que Ele me dá, dedicando, para fazer as outras pessoas felizes; vou devolver porque Ele me dá. Porque 100% é d’Ele, mas como eu não consigo devolver a Ele os 100%, porque eu vou precisar de alguma coisa para viver, então eu restituo a Ele o máximo que eu puder para Ele construir o Paraíso na Terra. Deus me dá 100% da minha casa, toda ela é de Deus! Então, um dia ou dois por março / 2017 | 11


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semana, vou abrir a casa que é de Deus, que Ele está-me emprestando para eu viver dentro dela, abrirei algumas horas por semana para fazer um Núcleo de Johrei, para receber as pessoas que Ele vai mandar, para que elas sejam felizes! Tudo é de Deus! Nada nos pertence! “Vou receber um Johrei com fulana”? Não! “Vou receber um Johrei com Deus, que vai utilizar fulana para me transmitir aquele Johrei”; se dissermos: “Vou receber um Johrei dela, então vamos receber a energia dela; mas eu vou receber um Johrei de Deus, então vou receber a Luz de Deus; não é a luz dela, mas sim a Luz de Deus! “Fulano, vem cá que eu vou-te dar Johrei”; eu não te vou dar nada, não é meu, “Eu vou-te transmitir a Luz de Deus”. São aparentemente pequenos pontos, mas de profunda importância, que ao longo do tempo a gente veio se distanciando e depois, no final, não se consegue sentir o Paraíso no nosso espírito, porque nem pensa no espírito… Às vezes nem acredita que ele existe; sabe que existe a mente, sabe que existe o sentimento, mas não sabe que existe o espírito porque não o vê e não o sente. Um dia perguntei para um Reverendo: “O que é a alma, pode-me explicar, por favor?” Ele respondeu assim: “Tudo aquilo 12 | www.messianica.pt

que souberes como explicar, não é a alma! Porque tudo aquilo que tem uma explicação é sentimental ou racional e existe na consciência humana”. O espírito não é consciência humana e nós estamos presos nessa consciência humana. O nosso líder espiritual Kyoshu-Sama está sempre, de uma forma maravilhosa, nos levando a essa profunda reflexão; portanto, vamos estudar e aprofundar muito as suas Orientações. Vamos abrir o nosso espírito, onde está o Paraíso, a Luz, onde está Meishu-Sama! Kyoshu-Sama diz que já está lá dentro, uma Luz infinita, mas como esta está soterrada pelo ego, pelos pensamentos e pelos sentimentos, nós vemos dentro de nós só trevas, ou alguém vê Luz dentro de si? (Não) Vê escuro, vê dúvida, vê sentimento negativo, mágoa, raiva, inveja; e isso pertence a quê? Ao mundo do pensamento, ao mundo do sentimento e não ao mundo do espírito que foi criado por Deus no Paraíso. Assim, quando recebemos Johrei, vamos receber Luz, mas como Kyoshu-Sama está orientando, essa Luz já está lá dentro; o acto de receber a Luz é só para reconhecer que a Luz que já está lá dentro de nós; quando vamos rezar na frente do Altar, já tem o Altar lá dentro de nós; vamos no


Solo Sagrado, para encontrar o Solo Sagrado que já tem dentro de nós; vamos fazer a flor, a Ikebana, para encontrar a beleza que já tem dentro de nós… Porque se fazemos tudo isso fora, Johrei fora, oração fora, Igreja fora, Solo Sagrado fora, Ikebana fora e o espírito está nas trevas, não encontraremos a felicidade. No momento em que entra no espírito, abre o espírito e encontraremos finalmente o Paraíso! Todas as dedicações, são ferramentas para abrir o espírito e encontrar o Paraíso; não são o objectivo, são meios para chegar ao Paraíso; nós praticamos Johrei como se fosse um fim, dedicamos como se fosse um fim, vamos ao Solo Sagrado como se fosse um fim, mas não são, são meios de encontrar o Paraíso dentro de nós; porque se não estivermos fazendo tudo isso, com este objetivo, vamos ficar cansados de fazer e não vamos encontrar nem Luz nem Paraíso, vamos encontrar só infelicidade, dúvidas, inseguranças, mágoas e ressentimentos amargurando e entristecendo a nossa existência. Quando muda, tudo muda, de um momento para o outro. Tudo aquilo que não tinha solução, aparece a solução; o problema era permitido por Deus, para que tu chegasse ao teu espírito e não à tua mente, ao teu

sentimento… Religião não é intelecto, não é filosofia, é espírito, é alma! Os grandes religiosos, a começar por Meishu-Sama, e alguns grandes Reverendos e Reverendíssimos da nossa Igreja, tinham grande força espiritual; não era grande força intelectual, nem grande força sentimental; acabavam por ter também, mas como consequência natural da força espiritual. Quem encontrava com eles, não ficava indiferente à força espiritual que tinham, que provinha do espírito e não do intelecto. É essa força que nós precisamos buscar! Mesmo tentando encaminhar outras pessoas, se não tivermos esta força espiritual, elas não se sentirão tocadas e atraidas por nós. O vizinho da Cátia disse assim para ela: “Porque é que ninguém me escuta como a menina me escuta?” Porque será que ele sentiu a diferença dela em relação aos outros vizinhos? Porque ela estava a escutá-lo com o ouvido de Meishu-Sama! Quando nós começarmos a praticar o Meishu-Sama vivo na nossa vida, tudo vai começar automaticamente a mudar; essa é que é a prática espiritual! Não mental e muito menos sentimental. O espírito precede a matéria, não a mente nem o sentimento. Portanto, este período do Rishun, que é um período de grande purificação, é também a purificação e elevação do nosso entendimento, da prática da fé. Da mesma forma que não são mais toleráveis neste período determinadas quantidades de máculas, também não serão mais toleradas certas ignorâncias ou incompreensões; é exigido um nível superior da prática da fé. Até hoje dedicando intelectualmente ou sentimentalmente, talvez andava bem. A partir de agora, cada vez mais, tem que ser espiritualmente, com o espírito, com a alma. Vamos juntos aprofundar, a partir desta semana, nas nossas unidades religiosas, com os nossos Ministros, essa prática e tornarmo-nos pessoas capazes de verdadeiramente praticar, na sua essência, o que Meishu-Sama nos ensinou. Muito obrigado e um bom mês para todos! março / 2017 | 13


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O segredo é conquistar o pergaminho mágico

A FORMAÇÃO DO PARAÍSO NO LAR 9ª Parte Continuação da entrevista à revista Izunome (edição Japão) do Revmo. Tetsuo Watanabe

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urante o ano de 2010, a rede de teledifusão japonesa NHK apresentou uma novela intitulada “A história de Ryoma Sakamoto1” e, logo após esta, foi transmitida a série “Saka no Ue no Kumo2” [Nuvens sobre a colina], com roteiro original de Ryotaro Shiba3. Ou seja, as atenções ultimamente estão voltadas para personagens que viveram durante o período final da era Edo (1603 – 1868) e na era Meiji (1868 – 1912). O xogunato Tokugawa, que durou cerca de 260 anos, deparou-se com a abertura do país (em 1854) e, com a devolução do poder ao imperador, chegou ao seu fim. Esse facto marcou o início da era Meiji. Para se equiparar às grandes potências mundiais, o Império do Japão entra em guerra contra a China e, posteriormente, contra a Rússia. Tenho a impressão de que os personagens que atuaram nesse momento revolucionário do Japão possuíam visão, sensibilidade e criatividade muito maiores que as do homem contemporâneo. Em 1904, quando teve início a Guerra Russo-Japonesa, Meishu-Sama tinha apenas 22 anos e, profundamente interessado pela filosofia de Henri Bergson, de William James e de outros pensadores ocidentais, entregou-se totalmente ao seu estudo. No ano seguinte, abriu a loja de miudezas Korin-do e, dois anos depois, foi à cidade de Izura, na província de Ibaraki, visitar um dos ícones do pensamento japonês, Tenshin Okakura. Nessa época, Okakura, que estava no Japão e mantinha uma amizade próxima com intelectuais respeitados, se empenha-

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Meishu-Sama, após vencer inúmeras dificuldades, volta-se para a concretização de seus sonhos e dá o primeiro passo como jovem empresário (1907).

va na preparação do catálogo da exposição de pintura japonesa do museu de Belas-Artes de Boston e promovia a exposição das obras de Yokoyama Taikan e Hishida Shunso, apresentando, assim, a excelência da arte japonesa. O ideal artístico de Tenshin não era japonês nem ocidental, tampouco buscava um “acordo” entre Oriente e Ocidente; preferencialmente, pode-se dizer que era a proposta de um “desenvolvimento natural”. O pensamento de Tenshin, que, desta maneira, tentava criar um novo patamar para a Arte, deve ter influenciado muito o sentimento do jovem Meishu-Sama e não podemos negar que há pontos correspondentes na filosofia do Izunome, nascida


posteriormente. Meishu-Sama, que nasceu em 1882, era um grande patriota, porém agia sempre com o olhar voltado para o mundo, como todos os grandes personagens de sua época. Posteriormente, como um religioso que estava para além da religião, abriu novos campos com extrema vitalidade. São os jovens que, no mundo de hoje, levarão a cabo o desejo de MeishuSama. Bem, esta introdução já está longa demais. Hoje gostaria de falar sobre a formação desses jovens e convidar os leitores a refletir comigo sobre este assunto. OS TRÊS PRÍNCIPES DE SERENDIP No Culto do Natalício de Meishu-Sama de 2010, falei sobre o Prêmio Nobel de Química, Dr. Akira Suzuki, que afirmou que sua premiação se devia à pura serendipidade, que é um termo originado da palavra inglesa “serendipity”. Serendipidade refere-se à capacidade de fazer descobertas maravilhosas por acaso. A palavra “serendipidade” foi criada pelo escritor inglês Horace Walpole, no século XVIII, ao se referir à lenda persa “Os Três Príncipes de Serendip”. Esta obra contém uma mensagem que considero muito importante para os jovens, por isso, gostaria de apresentar aqui suas linhas gerais. Era uma vez, um país insular chamado Serendip4. Certo dia, o rei de Serendip enviou seus três filhos em busca de um pergaminho mágico, necessário para exterminar o dragão, que vivia causando tempestades nos mares que circundavam a ilha. Os três príncipes, que no palácio haviam aprendido os assuntos mais variados e recebido educação esmerada, partiram para colocar em prática tudo o que haviam aprendido até então. Os três irmãos partiram, escondendo sua verdadeira identidade. Chegaram primeiro à Pérsia, onde encontraram um comerciante que liderava uma caravana, mas que estava em grande apuro, pois havia perdido um camelo. Os príncipes, então, arriscaram descrever algumas característi-

cas do animal perdido: “Por acaso, era um camelo cego de um olho, sem um dente, manco, transportando uma mulher grávida e carregando um fardo de mel e outro de manteiga?” Diante de tão precisa descrição, o comerciante interpretou que eram eles os ladrões e mandou prendê-los. Quando estavam prestes a ser executados, o camelo em questão foi encontrado e o mal-entendido, esclarecido. O rei persa, surpreso com tamanho equívoco, perguntou aos príncipes o que havia acontecido. Estes responderam que, enquanto andavam, perceberam que somente o pasto de um lado do caminho havia sido comido. Além disso, nos restos mastigados, havia sempre um resto ainda verde que não havia sido digerido, correspondendo exatamente ao tamanho de um dente. Notaram também que o rastro deixado pelo animal mostrava que este arrastava uma das patas e, ainda, que de um lado, as formigas se amontoavam devido à gordura da manteiga e, do outro lado, insetos que preferiam o mel, voavam em grande quantidade. No local onde o camelo se sentara, havia uma marca de calçado feminino, o que os fez acreditar ser uma mulher. As marcas de mão sugeriam que a mulher havia se apoiado para sustentar o peso, e isto fez supor que ela estava grávida. O rei ficou impressionado com tamanha sagacidade e capacidade de observação e análise e os recebeu como visitantes especiais, dispensando-lhes todas as honras possíveis. Após o episódio, os três príncipes, agindo mais uma vez como hábeis detetives, descobrem que um dos altos oficiais da corte planejava assassinar o rei, envenenando-o. Os príncipes, então, previnem Sua Majestade de tal facto e salvam-no da morte. Os três jovens, que conquistaram a total confiança do rei, recebem a missão de recuperar o “espelho da justiça”, Tesouro Nacional que se encontrava em poder da Índia. A rainha da Índia, desejando manter a paz em seu país, via-se incapaz de devolver tal espelho. Os três príncipes, mais uma março / 2017 | 15


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vez, com discernimento sem par, conseguiram resolver os problemas que assolavam o país e recuperar o “espelho da justiça”. Ao retornar à Pérsia, os três príncipes souberam que o rei estava muito doente e, para curá-lo, mandaram construir sete palácios, instalando em cada um deles uma bela princesa de um país estrangeiro e um contador de histórias. O rei deveria passar um dia em cada palácio, onde, durante o dia, conversava com as princesas e, à tarde, ouvia as mais fantásticas lendas e episódios de aventuras narrados pelos contadores. No final do sétimo dia, o rei já havia recuperado a saúde. No momento em que os três regressavam ao próprio país, o rei da Pérsia entregou-lhes uma carta de agradecimento a ser entregue ao rei de Serendip, que dizia: “A simples presença de seus filhos trouxe beleza e requinte a meu palácio. Sua coragem e sabedoria trouxeram paz e tranquilidade a mim e a meu país. Graças a isso, hoje meu império vive em paz.” No final das contas, o pergaminho que expulsaria o dragão de seus mares não foi encontrado, mas o rei viu que os príncipes regressaram a Serendip após terem vivido inúmeras experiências, nas quais puderam dar vida a todo o conhecimento adquirido no palácio. Graças a tal conhecimento, eles descobriram quão importante era tratar aqueles que sofriam com amor e consideração, retornando a Serendip amadurecidos e nobres – esta foi a maior alegria do rei, pai dos três príncipes. Posteriormente, os príncipes partiram, conquistaram seus próprios reinos e se casaram com lindas princesas – de beleza pura e suave, alegres e de sagacidade e discernimento à altura de seus maridos. Sempre com amor, coragem e sabedoria, eles viveram junto ao seu povo, felizes para sempre. UM INCENTIVO AO “ESTUDO VIVO” Esta lenda descreve o processo pelo qual os jovens passam até se tornarem ativos na sociedade. 16 | www.messianica.pt

Alunos dedicados ao estudo no cursinho messiânico (Kyusei-Gakushu Juku). A leitura de Ensinamentos não pode faltar (Izunome Center em Yokkaichi).

Primeiro, assim como os príncipes receberam, no palácio, a mais esmerada educação, desde o que diz respeito às regras sociais e à boa conduta até o aprendizado das mais variadas ciências, os jovens precisam receber em seus lares e escolas uma boa educação. Issai Sato, um educador da era Edo, se destaca como uma das pessoas que mais influenciaram as grandes personalidades do período tardio do regime feudal japonês e da era Meiji. Dentre as escolas controladas diretamente pelo xogunato, a instituição educacional onde ele ensinava, a Shoheizakagakumonsho5, era considerada a melhor, contando com mais de mil discípulos. Entre eles, havia Shozan Sakuma e Shonan Yokoi, que, posteriormente, tiveram como discípulos Shoin Yoshida, Kaishu Katsu e Ryoma Sakamoto entre outros importantes nomes do cenário político, filosófico, educacional e empresarial japonês. Para estes jovens, os ensinamentos de Issai serviram como um gatilho, como a luz que iluminou a escuridão desvelando novos conhecimentos e despertando-lhes o desejo ardente de absorvê-los em sua amplitude. Naturalmente, o objetivo de tais personagens não era aprender por aprender, mas aprender com o objetivo de mudar a realidade em que viviam. Creio que tal motivação foi o que fez com que conseguissem realizar grandes feitos.


Issai Sato pregava a importância de o estudo estar sempre adequado à realidade, afirmando o seguinte: “Quando teoria e prática se fundem, nós nos convencemos de que o estudo jamais pode se afastar do cotidiano”. Ou seja, os idealistas que estudaram com ele e desejavam o fim do sistema feudal e a renovação do país, aprenderam, conforme MeishuSama nos orienta no Ensinamento “Inadequação do Estudo”, que “(...) existe o estudo vivo e o estudo morto. (...) Aprender por aprender é estudo morto, enquanto aprender algo para ser utilizado na sociedade é estudo vivo.” Esta maneira de pensar também se aplica ao estudo dos ensinamentos. Existe a leitura que fazemos fervorosa e exaustivamente como prática religiosa; entretanto, existe também aquela que realizamos combinando leitura e prática dos Ensinamentos de Meishu-Sama com a leitura de obras deixadas por outros santos e sábios. Com o estudo aliado à realidade, conseguimos fazer com que a vontade de Meishu-Sama tome assento dentro de nós e, por meio dos nossos sentimentos, palavras e actos, poderemos transmitir corretamente o sentimento de Meishu-Sama ao homem contemporâneo, conectando-o com a salvação. A vontade de evoluir é particularmente importante para um jovem. O grande desejo de Nidai-Sama era que aprendêssemos e vivêssemos o maior número possível de experiências, sempre harmonizando o que aprendemos com o que vivenciamos. Por isso, nos orientou: “(...) Nossa elevação é o que mais agrada ao Criador. Os jovens que se encarregarão da Nova Era devem vivificar sua ilimitada energia na leitura e na obtenção de experiências. Desejo que se preparem para o futuro e, quando forem ao exterior, estejam com o ‘Tie Shokaku’ (Inteligência da Percepção Verdadeira) polido, para poderem responder e explicar sob qualquer ângulo os Ensinamentos de Meishu-Sama de maneira satisfatória.”

A PARTIDA Um dia, o rei de Serendip envia os três príncipes em uma viagem cheia de aventuras sob o pretexto de que deveriam encontrar meios de expulsar um dragão, mas seu desejo real era que os jovens vivificassem tudo o que haviam aprendido no palácio. Há um dito que diz: “Se você ama seu filho, deixe-o bater asas”. Para que eles amadureçam e se tornem verdadeiros adultos, é importante que experimentem o mundo, que encontrem muitas pessoas, que vivam a realidade. Quando o xogunato chegava ao seu final, surgiu um grupo de jovens chamados de Os Cinco Choshu6. Eram Kaoru Inoue, que posteriormente foi chamado de pai da diplomacia japonesa; Kinsuke Endo, patrono da moeda; Yamao Ouzo, patrono da engenharia; Hirobumi Ito, um dos políticos mais importantes da história do Japão; e Massaru Inoue, o pai da ferrovia no Japão – todos pertenciam à classe samurai do domínio de Choshu. Estes jovens foram enviados ao exterior no período mais tardio do xogunato Tokugawa. A maioria foi para Londres, para estudar no University College London. Foi um acto de extrema coragem em meio aos problemas acarretados pelo isolacionismo japonês da época. Graças a esta atitude, os jovens entraram em contato com a avançada cultura do Ocidente e, junto com o susto e a surpresa, conseguiram vislumbrar o caminho a ser seguido pelo Japão, desempenhando um grande papel nesse sentido. Por outro lado, como estão os jovens de hoje em dia? Apesar de estarmos vivendo uma era globalizada, a maior parte deles não demonstra muito interesse pela cultura de outros países. Isso se explica porque talvez haja mais criminalidade e riscos no exterior. Uma vez que também existe a barreira da língua, muitos preferem continuar em seu país. Parece que o homem moderno perdeu o espírito de aventura, além de se proteger exageradamente. Tenho a sensação de que, no Japão, o espírito dos jovens regrediu a um estágio anterior à Restauração Meiji, março / 2017 | 17


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quando, por volta dos anos 1800, o país ainda vivia isolado do restante do mundo. Tenho a impressão de que, até certo ponto, o descontentamento com a própria situação impulsiona o crescimento dos jovens. Afinal de contas, somente ao partir, ao sair para ver como é lá fora, é que conseguimos enxergar de maneira clara e objetiva o mundo em que vivíamos, bem como a nós mesmos. Agir assim significa cultivar um olhar objetivo, como se fosse aquela “segunda pessoa” à qual Meishu-Sama se refere quando nos orienta: “É necessário que o homem aprenda a se analisar objetivamente, isto é, crie em si uma ‘segunda pessoa’ que o veja e critique. Tal prática lhe evitará muitos problemas.” (Alicerce do Paraíso – Subjetivismo e Objetivismo). Conhecer, experimentar e harmonizar o que é familiar e o que é estranho é extremamente importante para o amadurecimento e aperfeiçoamento do ser humano. É muito importante que, de forma semelhante à do rei de Serendip, nós, adultos e pais, proporcionemos aos filhos a oportunidade de conhecer o mundo lá fora, de entrar em contato com diversas realidades. “Conhecer o mundo” não significa, somente, viajar por países estrangeiros. Sair de casa já é estar fora. Encontrar novas pessoas, adquirir novos conhecimentos, viver novas experiências também são factos fora do âmbito do já conhecido. ALEGRIA QUE SUPERA QUALQUER DIFICULDADE Naturalmente, sair para ver o mundo também implica dor. Conhecer e conviver com novas pessoas pode gerar conflitos. Corremos riscos, perigos. Também nos deparamos com outras tristezas. Contudo, a alegria sentida ao conhecer e vivenciar um mundo novo, até então jamais visto, é maior que qualquer um destes sofrimentos. É algo grandioso, incomparável. Desde a juventude, dei muita preocupação aos meus pais. Acredito que meu pai tenha ficado bastante apreensivo quando 18 | www.messianica.pt

O Revmo. Tetsuo Watanabe (centro), aos 21 anos, quando partia para fazer difusão no Brasil. Os membros foram despedir-se dele no porto.

parti do Japão para o Brasil. Mas acredito que, por trás disso, ele tinha certeza de que, mesmo que eu perdesse a vida nesse país tão distante, lá encontraria o que me faria crescer e amadurecer como ser humano. Hoje, mesmo após tantos anos, sinto profunda gratidão pelo amor e coragem de meu pai, que me deixou partir. No Brasil, passei fome, a ponto de invejar os sem abrigo, que tinham coragem de revirar latas de lixo para encontrar o que comer. Passei por situações muito perigosas, nas quais poderia até mesmo ter levado um tiro. Sofri preconceito racial e religioso. Entretanto, foi passando por isso tudo que senti verdadeira gratidão por meus pais, irmãos e minha terra natal. Vieram à tona vários sentimentos como sensação de impotência e arrependimento por não ter estudado mais. Porém, pude experimentar o amor daqueles que, ultrapassando qualquer barreira racial ou religiosa, tinham grande compaixão. Fiz verdadeiros amigos, com os quais eu podia me abrir completamente. Quando isto aconteceu, experimentei uma felicidade jamais sentida até então. Meu maior ganho foi a oportunidade de ampliar minha visão de mundo ao me dar conta, de corpo e alma, da existência de diversas culturas e diversos povos, que vivem intensamente, ora na alegria ora na tristeza. Fala-se muito de amor universal, de amor para com a humanidade. Creio que o caminho mais curto para senti-lo, é conhecendo muitas pessoas, amando-as e sendo ama-


dos por elas; aprendendo a amar e a valorizar a cultura que elas prezam. Se agirmos dessa maneira, começará a brotar, naturalmente, no fundo de nossos corações, o tão almejado amor universal, o amor pela humanidade. ESFORÇAR-SE O MÁXIMO PELO BEM DO PRÓXIMO E DA HUMANIDADE Os três príncipes encontraram-se com pessoas que tinham os mais variados problemas. Para resolvê-los, dedicaram-se a elas diligentemente, valendo-se de todo conhecimento e habilidade de que dispunham. Quando somos úteis ao próximo, nós nos aperfeiçoamos e crescemos. Atualmente, em países como o Japão, o índice de desemprego entre os jovens, inclusive os récem-graduados, continua alto. Dizem mesmo que o mercado de trabalho encontra-se congelado. Será que é isso mesmo? No caso do Japão, a maioria dos jovens, tão logo sai das universidades, almeja empregos estáveis em grandes empresas. Entretanto, em meio à crise econômica pela qual passamos, isto não seria querer demais? Justificando que ainda não encontraram o emprego que desejam, muitos continuam morando na casa dos pais e vivendo às suas custas. Contudo, em minha opinião, tão logo se forme, um jovem deve buscar sua independência financeira. Mesmo que não encontre o emprego dos seus sonhos num primeiro momento, ele deve começar a trabalhar. Se, de facto, tiver um sonho, certamente, conseguirá conciliar emprego e estudo a fim de realizá-lo. Aqueles que continuam morando com os pais devem oferecer uma parte de seu salário para contribuir com as despesas domésticas. Trabalhar já é, em si, uma forma de contribuir para a sociedade. O labor é algo sagrado e significa trabalhar em prol da sociedade, da empresa em que se trabalha e também das pessoas. Nidai-Sama nos orienta: “(...) O ser humano, que é Seu instrumento [de Deus],

deve cumprir alguma função em prol do progresso da sociedade e do seu semelhante. O ser humano é, sem exceção, um trabalhador e podemos dizer que o trabalho é sagrado. (...) Mesmo que pareça uma tarefa insignificante, se for feito com todo o amor, infalivelmente ela se comunicará a Deus, tornando-se um serviço prestado a Ele. Isso vem a ser a sinceridade, que acabará retornando para a própria pessoa. (...) Em suma, o verdadeiro homem é aquele que se empenha o máximo na função que lhe foi designada. Se ele assim proceder, esteja onde estiver, Deus o estará observando e, infalivelmente, lhe concederá proteção e elevação. Por se tratar da coisa mais importante da vida, gostaria que os jovens guardassem firmemente em seus corações o que eu acabo de dizer.” (A Fonte da Sabedoria: “Realizar o esforço máximo de acordo com o Jishoi (Tempo, Espaço e Posição”). Não é necessário perder as esperanças só porque não conseguiu ser admitido pela empresa que desejava ou porque não foi designado para o sector que queria. Como Nidai-Sama nos orientou, o trabalho é sagrado. Portanto, o emprego que temos agora nos foi concedido por Deus. Nele encontraremos tudo o que precisamos aprender e desenvolver neste momento. Deus nunca concede experiências desnecessárias. Pelo contrário: é o ser humano quem desperdiça as experiências vividas. Por vontade própria, esquiva-se dos problemas e desafios que lhe são postos à frente e, por este motivo, deixam de evoluir. Se ele enfrentar o problema resolutamente, arregaçando as mangas, o mundo espiritual começa a atuar. Mesmo que seja uma empresa pequena, tente trabalhar com muito amor e objetivo. Pense: “Vou desenvolver um produto maravilhoso que traga felicidade a muitas pessoas e transformar esta empresa na melhor de todas!”. Seja qual for a posição que ocupe, se alguém se empenha o máximo possível pelo bem do mundo e do próximo, é reconhecido e amado por todos. Aliás, o mais impormarço / 2017 | 19


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tante de tudo: Deus reconhece seu esforço. Se formos amados por Ele, a porta do sucesso se abrirá naturalmente e seremos abençoados com inesperadas graças e sorte: a chamada “serendipidade”. Confiando na Vontade Divina, gostaria que seguíssemos nosso caminho sempre buscando evoluir, para que nos tornemos pessoas que amam e são amadas. A propósito, o final da lenda não faz nenhuma menção ao “pergaminho mágico essencial para exterminar o dragão”. Será que isto não aconteceu porque, na realidade, o segredo para exterminar o dragão seriam a Sabedoria, a Coragem e o Amor Altruísta assimilados pelos jovens príncipes ao longo da viagem? Como testemunhou o rei da Pérsia na carta que enviou ao pai dos príncipes, só a presença destes jovens já fez com que o palácio real se tornasse mais belo e requintado. Só de eles estarem por perto, estabeleceuse a paz. Não seria isto uma “força mágica”? Se, ao menos, este “pergaminho mágico” for conquistado, será muito fácil difundir

o Johrei e o desejo de Meishu-Sama para as pessoas do mundo, conduzindo-as à felicidade. Aos jovens, gostaria de pedir: não vivam reclusos dentro de suas próprias cascas; alcem longos voos pelo mundo! Pais: apoiem seus filhos e deem-lhes o empurrão necessário. Tenho certeza de que Deus e MeishuSama estão preparando maravilhosas experiências, sonhos e novos horizontes! Bem, só me resta desejar “bon voyage”! Uma boa viagem! 1. Ryoma Sakamoto (1836 – 1867) foi um samurai do final da era Edo. Considerado o “pai da Marinha Japonesa”, foi um importante articulador no processo de restabelecimento do poder ao imperador e da construção de um Japão livre do feudalismo. 2. Saka no ue no kumo é uma das principais obras do escritor Ryotaro Shiba. Tratase de um romance épico, publicado originalmente em série, entre 1968 e 1972. Conta a história de três personagens que viveram durante a era Meiji. O título é uma alusão ao Japão, que abandonava o feudalismo e escalava uma ladeira muito íngreme, rumo à consolidação de uma nação moderna. 3. Ryotaro Shiba (1923 – 1996) é considerado um dos escritores mais lidos em todo o Japão. Ficou conhecido, principalmente, por seus romances de época. 4. Atual Sri Lanka. 5. Gakumonsho – Instituições educacionais da época feudal japonesa. Caracterizavam-se por serem postos que funcionavam como escolas diretamente ligadas ao poder feudal. 6. Choshu foi um domínio feudal do Japão do período Edo (1603-1867) que ocupava o local onde hoje se encontra a província de Yamaguchi. Este domínio exerceu um papel importante no fim do xogunato Tokugawa.

PEREGRINAÇÃO AO FUTURO SOLO SAGRADO DE CACUACO – ANGOLA PORTUGAL – ESPANHA – REINO UNIDO – ITÁLIA – SUÍÇA 29/06 a 05/07/2017

SÍNTESE DA PROGRAMAÇÃO:

- Culto Mensal de Gratidão da Sede Central de África, com a participação do Presidente Mundial Rev. Masayoshi Kobayashi. - Visita e dedicação no futuro Solo Sagrado de Cacuaco. - Visita à Escola Agrícola Mokiti Okada. - Visita e dedicação num Johrei Center de Luanda. A inscrição é considerada válida após a compra do bilhete de avião. Mais informações junto dos Ministros responsáveis de sua Unidade Religiosa. 20 | www.messianica.pt


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