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Adega de Penalva

Come Ou O Ano Com Tr S Medalhas De Ouro

A Adega de Penalva do Castelo obteve três medalhas de ouro no IX Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, cuja entrega ocorreu em meados deste mês de janeiro, o que deixou o presidente da Cooperativa bastante satisfeito. José Frias Clemente, em conversa com a Gazeta Rural, diz que foi uma boa forma de começar 2023, ano em que espera “continuar a ver os nossos vinhos premiados”. Sobre a vindima de 2022, José Clemente diz que “foi das melhores dos últimos anos”.

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Gazeta Rural (GR): Três prémios a abrir o ano de 2023 é um bom prenúncio para a Adega de Penalva?

José Frias Clemente (JFC): Naturalmente que sim. Ficamos muito satisfeitos com estes prémios, mas, para ser sincero, já estávamos a contar porque são grandes vinhos. Recebemos uma medalha de Ouro no tinto Reserva 2017, um vinho com uma grande elegância, e duas, também de ouro, nos brancos Encruzado e Reserva, que são vinhos frescos, que estão num patamar elevado de qualidade.

Claro que estes prémios são um bom prenúncio, como disse, para este ano, onde esperamos continuar a ver os nossos vinhos premiados, sinal de que os nossos associados e todo o staff da adega estão a trabalhar muito e bem.

GR: Muito se falou da vindima de 2022. Nesta altura já é possível ter uma noção real do tipo de vinhos aí resultantes?

JFC: A vindima de 2022 foi das melhores dos últimos anos. Nos primeiros dias de vindima, diria na primeira semana, as condições climatéricas não ajudaram nada. A partir daí tivemos bom tempo e chegaram à adega uvas de grande qualidade. Não tivemos as chuvas que em alguns anos ocorrem por essa altura e isso ajudou. Foi um ano muito bom e, acre- ditamos, temos vinhos de alta qualidade. A vindima de 2021 não foi tão boa, embora também tenhamos vinhos bastante bons.

“A guerra da Ucrânia tem-nos trazido alguns problemas”

GR: Depois da pandemia, o mercado de vinhos está a voltar à normalidade?

JFC: Tal como toda a gente, nós também sofremos os efeitos da pandemia, talvez não tanto quanto outros agentes do setor, muito menos do que estamos a passar agora por causa dos efeitos da guerra da Ucrânia, que nos tem trazido alguns problemas, nomeadamente com o cancelamento de algumas vendas que teríamos feito para alguns mercados. Diria, que, ainda assim, nos últimos dois anos as nossas vendas, sem terem sido aquilo que queríamos, foram boas e não tivemos problemas de maior.

GR: Como está a começar o ano de 2023?

JFC: Está a começar bem, com as restrições inerentes provocadas pela guerra, pois tínhamos algumas exportações previstas antes do conflito começar, que estão em suspenso, nomeadamente para os países nórdicos, para onde estávamos a vender bem, para onde continuamos a exportar mas em menor quantidade.

GR: E o mercado nacional?

JFC: Já esteve melhor. Os custos e fatores de produção, nomeadamente as matérias secas, como as garrafas, aumentaram significativamente, estas na ordem dos 20%constando-se que pode vir aí mais um aumento. Mediante tudo isto, a nossa grande dificuldade é fazer refletir estes aumentos no preço final do vinho. Teremos de o fazer, mais dia menos dia, mas com alguma prudência.

Através de um protocolo com a Associação de Criadores de Gado da Beira Távora

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