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Feira do Fumeiro de Montalegre será em formato presencial

Marcada para acontecer de 20 a 23 de Janeiro

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Feira do Fumeiro de Montalegre será em formato presencial

A Câmara de Montalegre vai levar a cabo a Feira do Fumeiro em formato presencial de 20 a 23 de Janeiro. os visitantes irão poder contactar com os produtores, degustar os produtos expostos, mas com algumas regras. A organização promete cumprir as determinações das entidades de saúde e testagem dos expositores e de todos os membros da organização. Para entrar na feira, que terá sentido único, os visitantes terão que apresentar o certificado digital, comprovativo da tomada da terceira dose da vacina ou teste PCr ou antigénico.

Quem não poder ir à feira pode sempre adquirir fumeiro de Montalegre através da plataforma digital

A Feira do Fumeiro de Montalegre “é fundamental na economia local”

Em entrevista à Gazeta Rural, o vice-presidente da Câmara de Montalegre disse que, após reunião com os produtores, a autarquia decidiu a realização da feira em formato presencial. David Teixeira considera que este certame “é fundamental na economia local”.

Gazeta rural (Gr): A Feira do Fumeiro de Montalegre será presencial?

david Teixeira (dT): Tudo estamos a fazer nesse sentido. Tivemos uma reunião com os produtores e decidimos realizar a feira em formato presencial. Estamos a trabalhar em estreita ligação com a Saúde Pública, determinando as regras a que todos os visitantes do certame vão estar obrigados.

Gr: É importante a presença de visitantes no certame?

dT: É muito importante em duas vertentes. A primeira é para que não se perca a ligação que os produtores e os consumidores tiveram ao longo de 30 anos, que fazem já parte de uma família. A segunda, não menos importante, para ser âncora daquilo que tem sido a promoção estratégica do município, no âmbito do cozido à Barrosã, e ancorar todo o desenvolvimento turístico do concelho de Montalegre, no seu todo, no âmbito da restauração, principalmente.

Gr: Como sentiu os produtores na reunião que teve com eles?

dT: Senti que reagiram muito bem, que estão cientes de que somos capazes de fazer a feira presencial e senti-os com muita vontade de ressuscitar este evento, que é fundamental na economia local, e é sobretudo o garante de toda a experiência que o fumeiro e a sua degustação podem trazer, uma vez que são anos de vivências que proporcionamos aos visitantes e a plataforma digital não permite essa realidade e a experiência de uma feira presencial.

Claro que será em moldes muito diferentes do habitual. Os visitantes terão um circuito de sentido único, que passarão pelos stands dos expositores. Vamos ter muito fumeiro já embalado, para garantir a segurança de todos quantos nos visitam. Vamos, sobretudo, dar segurança aos visitantes, com a testagem dos expositores e de todos os elementos da organização. Queremos, sobretudo, que seja uma boa experiência e todos os visitantes tenham uma boa estadia em Montalegre, durante os quatro dias, com total segurança.

Gr: Basta o certificado digital ou será necessário teste negativo?

dT: Mantendo-se as regras atuais, os visitantes que já tenham sido vacinados com a dose de reforço podem entrar apresentando o certificado digital ou comprovativo da tomada de vacina. Quem não tiver a dose de reforço, terá que apresentar um teste antigénio ou PCR.

Quanto aos produtores e organização, foi um compromisso de todos dar este sinal de segurança e, sobretudo, de preocupação com os visitantes e todos serão testados.

Gr: de uma forma geral, como tem reagido o setor primário do concelho a esta pandemia?

dT: Nós tivemos a coragem de, no ano passado, lançarmos dois grandes projetos de apoio à economia local, no concelho. Um foi a plataforma digital, em parceria com a Associação de Produtores de Fumeiro de Montalegre, que foi capaz de escoar todos os produtos que a feira e os produtores de fumeiro estiveram a produzir. O outro foi no âmbito da produção da carne bovina e do cabrito, em que fizemos parcerias e tivemos, sobretudo na carne bovina, uma grande superfície que foi capaz de escoar e ser a solução para aquilo que seria um grande problema económico para a região.

Com estas duas medidas conseguimos ajudar o nosso setor primário, que reagiu bem e não foi quem mais sentiu a crise, porque se criou um processo paralelo de apoio. Os setores mais afetados com a pandemia foram a restauração e o alojamento. Para isso, o município criou linhas de financiamento e de apoio para a manutenção dos postos de trabalho, que era o mais importante nesta fase pandémica.

Neste momento temos estruturado, com os nossos serviços de cultura e comunicação, uma campanha para dar visibilidade a estes territórios, que não são massificados, que são de um turismo seletivo, de natureza e gastronómico. Vale a pena acreditar que a experiência de vir à montanha, ao sítio onde é feito o fumeiro, se pode fazer sem riscos, ou muito baixos, e sobretudo, usando uma expressão muito nossa, ‘temos uma natureza sem limites’, que deve ser desfrutada.

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