Edição Especial
Quebra da produção pode chegar aos 15%, relativamente a 2021
Produtores da região do Dão preocupados com os efeitos da seca ção”. Os produtores de vinho do Dão estão preocupados com O presidente da CVR Dão diz que “nas zonas mais os efeitos da seca, situação que é transversal a outras secas, nomeadamente nas encostas mais altas, onde regiões do país. As vinhas sofreram stress térmico, com não há rega, as videiras estão a sofrer um stress hídrias temperaturas acima de 40 graus que se fizeram senco muito grande, além do stress térmico que tiveram tir durante semana e meia, e agora sofrem de stress híe este é determinante na sobrevivência das videiras”. drico por falta de água no solo. É que, acrescenta Arlindo Cunha, “as vinhas na região O que se pode dizer nesta altura é que se não chover durante o mês de agosto, a situação pode ser bastante difícil para os produtores, que já se debatem com a subida dos fatores de produção, para além dos efeitos da guerra.
Quebra da produção pode chegar aos 15% O presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão) estima uma quebra de produção de 10 a 15% na região, relativamente a 2021, ainda que esta situações se possa alterar se, entretanto, houver chuva, que a meteorologia não prevê para as próximas duas semanas. Questionado acerca de uma afirmação de um produtor que dizia: “se as videiras não secarem é uma sorte”, Arlindo Cunha não se mostra “tão pessimista”, mas “pelas informações que temos dos produtores da região, - e eu também sou produtor, - temos que ter a noção de que aquela semana e meia de calor elevadíssimo, como três ou quatro dias com temperaturas acima de 40 graus, vão causar um impacto muito negativo sobre as plantas e sobre a produ-
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não estão preparadas para aguentar, muitos dias seguidos, com temperaturas acima dos 40 graus, o que pode fazer, nas vinhas mais expostas, que algumas videiras possam secar”. O dirigente tranquiliza os produtores, salientando que “não estamos a falar numa escala catastrófica”. Contudo, lembra que o stress térmico “tem um impacto negativo sobre as plantas, que terão mais dificuldades na altura da maturação das uvas, juntando-se aqui o stress hídrico, que tem a ver com a humidade no solo”. Esclarece que o stress hídrico “tem sido uma situação normal em verões muito secos, sobretudo quando não há muita pluviosidade na primavera, e este ano está a ter efeitos consideráveis”. Em consequência das duas situações, Arlindo Cunha estima que “a produção deste ano seja inferior a 2021 na ordem dos 10 a 15%”, mostrando-se, contudo, “preocupado com o impacto da seca na maturação das uvas, pois as videiras estão a recompor-se destas situações e a vindima poderá ser mais tarde”. O dirigente da CVR Dão espera que as chuvas possam che-