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Período termal vai decorrer até 30 de Novembro Termas de Alcafache reabriam ao público três meses depois

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As Termas de Alcafache reabriram ao público a 22 de cumprem todas as normas de segurança que Junho, quase três depois da data prevista. A afluência definimos. Aliás, nós contactamos todos os nos primeiros dias tem sido boa, com os utentes a nossos clientes antes de virem e explicamos mostrarem-se “confiantes” e a “cumprirem todas as as novas normas e o que tivemos que adaptar normas de segurança que definimos”, salientou Heface ao atual momento. Deste modo, quando lena Marcos, administradora daquela estância termal. chegam sentem-se seguros, porque sabem que Contudo, os prejuízos são elevados e esperam, pelo estamos a cumprir tudo ao máximo e é para sua menos, “minimizar” os danos até 30 de Novembro, segurança. data prevista para o encerramento da época termal, Para além de todos os padrões de qualidade que pode ser alargada, dependendo da situação que já tínhamos, nomeadamente de limpeza, hinessa altura. gienização e desinfeção, com as orientações que de de o fazer. É que alguns têm uma época especifica vieram da Direção Geral de Saúde tivemos que

Na conversa com a Gazeta Rural, Helena Marcos safazer algumas adaptações. lienta o facto das Termas de Alcafache serem as As mudanças são muitas. Desde logo na parte únicas no concelho de Viseu e, mesmo aqui, ainda serem de fora da entrada está um placard com as novas pouco conhecidas. “Deveria haver uma aposta maior na normas. À entrada há locais de desinfeção dos nossa marca”, sustenta. pés e das mãos e é medida a temperatura.

Gazeta Rural (GR): As Termas de Alcafache reabriram ca, tem que haver distanciamento social e não há com três meses de atraso? acompanhantes, a não ser para crianças ou para

Helena Marcos (HM): A data marcada para o início despessoas com mobilidade reduzida. Para além dista época balnear era a 29 de Março e reabrimos apenas so, nas zonas de tratamento, todos os utentes usam a 22 de Junho, três meses depois. Para além do prejuízo um tapa sapatos. financeiro gravíssimo, com necessidade de recorrermos Na chamada telefónica que antecede a vinda do ao lay off, tivemos que arcar com os custos fixos, não só utente é feito um questionário para tentarmos percom pessoal, mas também todos os outros. ceber a sua situação. Temos critérios muito aperta

A isto juntamos os clientes que perdemos, os que podos para o bem de todos, pelo que os nossos cliendem já não voltar, uma vez que não terão oportunidates podem vir descansados. Nas instalações têm que usar mascara cirúrgipara fazer termas. Por exemplo, há clientes que vêm no GR: As Termas de Alcafache, depois de um períomês de Maio, por só podem vir nesta altura. do de menor fulgor, voltaram à normalidade e é a

única estância termal do concelho de Viseu. Que im

GR: O que tem sentido nos primeiros dias de aberportância atribuiu a este facto?

tura? HM: O facto de sermos as únicas termas no concelho

HM: As pessoas que vêm mostram-se confiantes e de Viseu deveria dar-nos uma visibilidade maior. Ain-

da há muita gente no concelho e na região que não sabe onde ficam e pensam que outras termas ficam mais perto. Falta-nos

até ao limite de 95 euros. Não têm que esperar pelo reembolso da Segurança Social, pois é um processo muito mais fácil que os nossos serviços administrativos tratam.

chegar ao público de Viseu.

Há contactos com o Município, há alguGR: Acha que é possível minimizar as perdas até final da mas conquistas, mas falta-nos ainda muita época termal? coisa. Somos uma entidade prestadora de HM: Recuperar é impossível, mas minimizar é possível. Porém, serviços de saúde única no concelho de Viisso não depende só de nós, mas do comportamento de toseu e julgo que deveríamos ter mais prestídos. Se a situação não estabilizar os clientes não vêm, porque gio e visibilidade. Deveria haver uma aposta têm receio. Na sua maioria são de regiões como Lisboa, Porto, maior na nossa marca. Alentejo, etc.

Somos uma empresa privada, o que nos liEmbora estejamos num território de baixa densidade pomita, pois aqui todos os cêntimos contam. As pulacional, onde houve muito poucos casos, as pessoas têm nossas receitas provêm exclusivamente dos receio de sair de casa. Podemos minimizar, mas não são só as nossos utentes e precisávamos de apoio, não termas que têm que trabalhar nesse sentido. Temos que ser digo financeiro, mas sim na projeção da nossa todos, para bem da economia. imagem.

GR: Pensam estender a época termal?

“O facto de sermos as únicas HM: Para já a nossa expetativa é que vamos estar abertos até 30 de Novembro, tal como em 2019. Se virmos que justermas no concelho de Viseu devetifica, podemos alargar o período termal para além daqueria dar-nos uma visibilidade maior” la data. Contudo, sabemos que Dezembro é, por norma, um mês frio e com isso as pessoas já não querem fazer GR: Os tratamentos que fazem são para as vias respiratórias e músculo-esqueléticos? termas, devido ao choque térmico, que é grande e não é benéfico. Veremos.

HM: Sim. Este ano, tal como em 2019, - isto já não acontecia, salvo erro, desde 2011, - os tratamentos termais são comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde e isso é o reconhecimento importantíssimo das propriedades das nossas águas.

Os nossos clientes podem pedir ao seu médico de família que lhe prescreva termas. Basta chegarem, trazerem a credencial devidamente autenticada e validada e têm uma comparticipação direta de 35%

Entre 21 de Julho e 21 de Setembro em 18 locais da cidade Viseu com mais de 500 propostas para retoma económica e cultural no Verão

O projeto multidisciplinar “Cubo Mágico”, criado pela gente de preparação da cidade ao fluxo Câmara de Viseu, vai ocupar 18 locais da cidade até Sede visitantes”, recebendo sempre todos tembro, com mais de 500 propostas para a retoma ecoos anos, para além de turistas, muitos nómica e cultural do concelho. O presidente da Câmara, emigrantes que regressam à sua terra por Almeida Henriques, enunciou ainda os três princípios esta altura, esclareceu. O programa conta, que definem o modelo de organização do programa, sobretudo, com atividades e propostas deque são a “desconcentração geográfica das atividades, senvolvidas pela comunidade artística local a distribuição temporal alargada e a microescala dos e regional, que “já estava envolvida na proeventos, que assumirão uma vocação familiar”. gramação de primavere e de Verão da cidade e que foi afetada pela pandemia”, salien

O“Cubo Mágico” é uma resposta do município aos efeitos tou. da pandemia, que levaram ao cancelamento da agenda Apesar do cancelamento da Feira de São cultural de Viseu, em especial a Feira de São Mateus, procuMateus, o projeto do município permite uma rando retomar a programação artística, mas também a ativiabertura parcial do bairro da restauração asdade económica associada à hotelaria, restauração, turismo e sociado ao certame, farturas e alguns divercomércio local, afirmou o vereador da Câmara de Viseu com timentos, bem como um palco com plateia lio pelouro da Cultura, Jorge Sobrado. mitada e controlada. Apesar da “esmagadora

Entre 21 de Julho e 21 de Setembro, 18 locais da cidade maioria” dos eventos ser gratuita, será necesvão acolher programação, sendo metade de cariz cultural sária uma reserva prévia para controlo e gestão - como exposições, oficinas, micro-espetáculos, teatro de das lotações, referiu. rua ou cinema ao ar livre - e outra metade virada para uma Uma das prioridades de programação do Cubo experiência turística, onde estão previstas iniciativas assoMágico é a revitalização da Rua Direita, através ciadas à gastronomia ou aos vinhos, entre outros. O invesda reocupação de 15 lojas devolutas. Durante o timento público será de cerca de meio milhão de euros no Verão, esta artéria receberá ainda uma instalação “Cubo Mágico”, sendo que a Câmara de Viseu tem a persdecorativa e de luz que tem por inspiração uma petiva de vir a ter um apoio de 350 mil euros de fundos arte e ofício tradicional de Viseu, que é a cestaria. comunitários para este evento. O evento gastronómico “Viseu Estrela à Mesa”

Face à epidemia da Covid-19, a Câmara de Viseu consitambém não falta à chamada e terá a sua terceira dera que este projeto é “uma bóia de salvamento lançaedição no Rossio, ainda que adaptada. Ao longo da à economia local”, ao mesmo tempo que permite, de de dois fins-de-semana, a cozinha gourmet de cheforma “responsável”, organizar os fluxos de visitantes. fs de topo da gastronomia nacional e regional pro“Não ter um programa preparado seria um risco elevamete conquistar o público. O embaixador de Viseu do para uma cidade que está cheia de turistas e visie Estrela Michelin Diogo Rocha será o curador da tantes no Verão”, notou Jorge Sobrado, vincando que iniciativa e a Escola Profissional Mariana Seixas pareste programa permite “distribuir fluxos e procuras de ceiro da organização. interesses por diversos lugares, numa janela temporal Para além das atividades já definidas no “Cubo Mámais alargada”. gico”, haverá também um conjunto de “ações-satéli

Isto significa que, para além do apoio à retoma culte” em freguesias periféricas do concelho, que ainda tural e económica, o programa é “um recurso inteliestá a ser programado, avançou.

Presidente da Mirtilusa diz que se não houver nenhum percalço “Teremos um ano ‘sorridente’ para os produtores de mirtilo”

A campanha do mirtilo está a correr de feição para os produtores da região de Sever do Vouga. Apesar do granizo ter afetado algumas plantações, o ano está a ser “razoável”, nas palavras do presidente da Mirtilusa. José Sousa diz que se não houver nenhum percalço até final, será “um a ano ‘sorridente’ para os produtores”.

Ocancelamento da Feira do Mirtilo é, na opinião do dirigente, “uma perda para a economia do concelho”, que a oferta de armadilhas e de isco, de modo a capturar o máximo de moscas. De resto, o clima tem ajudado e a campanha está a correr bem.

No plano comercial, até ao momento podemos dizer que está razoável, pela positiva, e esperamos que assim se mantenha até final. Se assim for, teremos um a ano ‘sorridente’ para todos os agricultores.

afeta, sobretudo, “os pequenos produtores e os transformadores” de mirtilo em compostas, licores e doçaria. GR: O mirtilo continua a ser um fruto para

exportação?

Gazeta Rural (GR): Estamos a meio da campanha. Como JS: Sim. 95% do fruto que a Mirtilusa recebe é está a decorrer? para exportar.

José Sousa (JS): Está a decorrer, até esta altura, dentro do previsto e pela positiva. Porém, como costumo dizer, GR: Em Portugal o consumo é residual. O a campanha do mirtilo é como um jogo de futebol, pois consumidor ainda não percebeu a importância temos que esperar pelo final para ver o resultado. É que que o mirtilo pode ter para a saúde? muitas vezes fazemos previsões que depois não se conJS: Há muitas pessoas que já têm essa noção. firmam. O mirtilo é um fruto excelente para a saúde, que

Os últimos três anos não foram famosos. Em 2017 houajuda a prevenir algumas doenças, como revelam ve produtores que, em Abril, viram as suas plantações estudos feitos por investigadores de algumas unidestruídas pelo granizo. Em 2018, perto do início da camversidades. Penso que, aos poucos, os consumidopanha, as plantações foram atacadas pela mosca Drores vão estar cada vez mais atentos e o consumo sophila, com perdas de produção na ordem dos 40 a vai aumentar. 50%. O mesmo aconteceu em 2019, mas na parte final da campanha, que afetou, sobretudo, as variedades tarGR: Em Sever do Vouga a produção tem vindo a dias. aumentar, fruto dos novos pomares que entraram

Este ano a campanha está a decorreu de modo saem produção? tisfatório. Não houve ataques da mosca Drosophila, JS: Os novos pomares que começaram a produzir embora os produtores tenham reforçado o número de foram instalados em terrenos cedidos pela Bolsa de armadilhas com o isco aconselhado. Neste aspeto, é Terras. Daí resultou a criação de uma nova associação de salientar o apoio do Município de Sever do Vouga (Bagas de Portugal). Nós não sabemos qual a produaos produtores do concelho de pequenos frutos, com ção que daí resulta.

A Mirtilusa tem por hábito, ao longo dos de seguros como isso seria feito e organizado, de forma a ressaranos, divulgar no final da campanha as tocir os agricultores que tivessem prejuízos com o granizo ou com neladas de fruto recepcionado e comerciaoutra intempérie. lizado e dos valores a pagar ao produtor. Era importante pensarmos nisto e juntar, em parceria, várias Não vejo mais nenhuma entidade do conceentidades, nomeadamente o Município de Sever do Vouga, que, lho a fazê-lo, pelo que não sei se o devemos penso, mostra abertura nesse sentido. Poderia haver a comparcontinuar a fazer. ticipação do produtor; do Estado, - que anda na ordem dos 50 ou 60%, - e uma ajuda por parte do Município no valor do

GR: Faz sentido haver duas cooperativas prémio. Isso seria uma ajuda direta ao produtor e, desse modo, em Sever do Vouga de produtores de mirtilo reforçava-se a produção no concelho e a marca “Capital do ou de pequenos frutos? Mirtilo”. Penso que isso é possível e acredito que haverá aber

JS: Se analisarmos bem são três: a Mirtilusa; tura do Município para, pelo menos, discutir este assunto. a Bagas de Portugal e a Quinta da Boucinha. Ao todo são muitas toneladas de mirtilo que GR: Este ano não houve Feira do Mirtilo. O que se perde? se produzem e comercializam no concelho. JS: Foi uma situação excecional, e compreensível, que levou ao cancelamento da Feira. Falando pela empresa que

GR: Seria importante a junção de todas esrepresento, a nível comercial a Mirtilusa não perde. Há uns sas entidades? anos para cá que, no final da feira, fazemos contas e as re

JS: Mais importante que a junção das três enceitas não cobrem as despesas. Porém, perde-se o mais imtidades, seria saber qual a quantidade de fruto portante, que é a divulgação do mirtilo de Sever do Vouga que é produzida e comercializada no concelho. e a sua qualidade. O mirtilo não é igual em todo o lado e o Isso seria interessante também para o município. fruto produzido no nosso concelho tem características úniNeste campo, só posso falar pelos produtores da cas. Os espanhóis dizem-nos que o ‘grau brix’ do mirtilo de Mirtilusa. Sever do Vouga é muito superior ao que eles produzem. Temos um microclima único e isso faz toda a diferença.

GR: Essa união faria sentido, por exemplo, - e A Feira do Mirtilo serve para divulgar e promover o frué um assunto muito discutido, - no seguro de coto aqui produzido e, nesse sentido, perdemos bastante, lheitas? nomeadamente os pequenos produtores, que vendem

JS: Penso que é uma possibilidade. Há várias mona feira algum do mirtilo que produzem, mas também dalidades para fazer o seguro de colheitas, desde quem já o transforma em compotas, licores e doçaria. o produtor de forma individual ou através de uma Estes terão que encontrar alternativas para suprir estas empresa, como é a Mirtilusa, ou associação. perdas, pois a receita que faziam na feira era importan

Se fosse feito em conjunto, de forma global, teria te no seu orçamento. Diria que, de uma forma geral, outro impacto. Teríamos que ver com as companhias perde a economia do concelho.

No dia 4 de Julho, com o Chef Hélio Loureiro

“Tondela Brancos 2020 On Live”

com show coocking e harmonização de vinhos do Dão

A Câmara de Tondela não quis deixar passar em falso o evento que promove anualmente no início de Julho dedicado aos vinhos brancos. A situação que o mundo vive obriga à criatividade e a autarquia tondelense, cumprindo com todas as normas que o momento obriga, optou por um evento diferente.

Assim, no dia 4 de Julho terá lugar o “Tondela Brancos 2020 On Live”, que poderá ser visto no site da autarquia e nas diversas redes sociais. O evento terá dois momentos, às 12 e 18 horas, com sessões de show coocking, com o Chef Hélio Loureiro, harmonizadas com vinhos da Casa de Mouraz e Quinta dos Grilos.

“Este evento tem crescido ao longo dos últimos quatro anos e estamos na fase final de implementação do mesmo. Este ano contávamos ter mais duas regiões demarcadas e prevíamos em 2021 tê-las todas presentes em Tondela”, começou por referir o vereador da Câmara de Tondela com o pelouro responsável pela organização do evento.

Pedro Adão diz que “infelizmente, por força do momento que vivemos, não é possível realizá-los nos moldes habituais, mas não quisemos deixar de ‘marcar’ a data”. É que, acrescenta, “este evento tem a capacidade de promover um território e um produto que é muito importante na nossa economia, mas também para o desenvolvimento económico e turístico de Tondela”.

Assim, justifica Pedro Adão, “encontrámos um modelo mais calmo, que cumpre com todos os requisitos que o momento exige, mas que permite a quem assim o pretender, em sua casa, saborear os fantásticos brancos que o Dão tem”.

Aquele responsável explicou os moldes em que o mesmo vai decorrer. Assim, “vamos ter dois momentos que acreditamos irão marcar esta iniciativa e faça com que as pessoas se lembrem que em Tondela, por esta altura do ano, há um grande evento a nível nacional dedicados aos vinhos brancos. Ao meio dia, o chef Hélio Loureiro vai fazer uma sessão de show cooking, com produtos locais.

No decorrer do mesmo haverá uma harmonização com vinhos da Casa de Mouraz, produzidos em modo biológico. O segundo momento decorrerá pelas 18 horas, com uma segunda sessão de show cooking com o chef Hélio Loureiro, desta vez com o acompanhamento de vinhos da Quinta dos Grilos”, explicou Pedro Adão.

Esta edição “on live” poderá ser vista e acompanhada no site da Câmara e das diversas redes sociais.

“O pormenor é que as primeiras 40 pessoas que se inscreveram recebem em sua casa um kit, com uma garrafa de vinho branco, um copo barro preto de Molelos, e um outro produto endógeno do nosso território. Os 40 inscritos poderão assistir ao show cooking e a toda a harmonização, provando um bom vinho branco”, referiu o vereador da Câmara de Todela.

Adquirida em 2018 pela família Amorim ‘Nova’ Quinta da Taboadella

foi apresentada e deu a conhecer os novos vinhos do Dão

A Taboadella é a nova adega da família Amorim barricas. As duas naves (vinificação e barricas) no Dão que acabou de lançar os seus vinhos nesta foram concebidas para manter um equilíbrio grande região clássica em Portugal. Dois anos deperfeito entre luz e sombra, permitindo apenas pois da sua aquisição, o Grupo Amorim apresenta a entrada de luz natural necessária para criar o ao mercado a sua primeira gama de vinhos do Dão, ambiente e a temperatura ideal. Com uma forte oito vinhos clássicos e de grande complexidade e ligação à Natureza os revestimentos em madeira frescura, abrindo as portas da nova adega e ao enoe cortiça assumem uma posição relevante neste turismo. projeto, onde a vinha tradicional não é regada, “O investimento na Taboadella é pensado e muito desejado”, refere Luísa Amorim. “Há 20 anos que nas 25 parcelas de vinha em modo de produção integrada e uma densidade média de 3500 plantas estamos no Douro com a Quinta Nova de Nossa Senhopor hectare. ra, mas nunca escondemos que tínhamos pelo Dão uma O maciço montanhoso no Dão protege bem as grande admiração. É uma região clássica de vinhos em encostas da Taboadella no Vale do Pereiro e do SePortugal e a primeira a ser demarcada para vinhos não liqueiro, localizada entre os 400 e os 530 metros de corosos, e foi aqui nesta região vizinha do Douro que enaltitude. À semelhança de outros terroirs de grandes contrámos este território de altitude, detentor de solos regiões vitivinícolas no mundo, a Taboadella benefide granito e microterroirs de excelência. A Taboadella cia de uma enorme interação entre solo granítico do tem uma mancha de vinha única, que permite produzir tipo porfiróide de fácil meteorização e a sua topograndes vinhos, com uma tipicidade notável conseguingrafia com elementos grosseiros associados à inclido manter este caráter ancestral do Dão que é o que nação das encostas, que permitem uma drenagem e realmente queremos”. escoamento rápidos e em profundidade nos meses de

A adega de 2500 m2, perfeitamente enquadrada no Julho, Agosto e Setembro, mesmo antes da vindima. E planalto da floresta, foi projetada por Carlos Castaé por esta combinação perfeita, entre as temperaturas nheira, uma referência na arquitetura nacional, oferecendo uma capacidade de vinificação para 290.000 litros por vindima. Quem visita a adega da Taboadella compreende a precisão da vinificação por gravidade ao atravessar o Barrel Top Walk, um passadiço em madeira construído em altura sobre a sala das num sistema bastante sustentável de dry farming,

elevadas no Verão aliada à drenagem e frescura do solo granítico, que resultou da alteração de dois tipos de granitos de idade paleozóica, permitem uma evolução de maturação mais lenta e homogénea, originando vinhos que evoluem de forma suave e equilibrada.

O coração da Taboadella encontra-se nas castas antigas e nas videiras-mãe: Jaen, Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Pinheira, que sempre deram origem a novas estacas contribuindo para o encepamento original, provenientes de videiras muito resistentes e perfeitamente adaptadas ao lugar. Nos anos 80 do sec. XX a vinha foi parcialmente replantada, introduzindo-se novas castas como a Tinta Roriz, o Encruzado, o Cerceal-Branco e o Bical. Hoje, a idade média das videiras é de 30 anos e é todo este património genético que deixa uma marca de grande elegância e um carácter próprio deste terroir único.

Luisa Amorim diz que “para desenhar os rótulos dos vinhos da Taboadella inspiramo-nos muito na alma deste lugar com o designer Eduardo Aires. Aqui descobrimos uma villae, que ainda hoje preserva um dos lagares de vinho mais antigos do Dão, uma peça única de natureza rupestre que foi moldada pelos romanos. Começamos pelo nome, Villae. Estes são vinhos mais leves, de castas tradicionais brancas e tintas da vinha da Taboadella, com taninos suaves sem nunca perder o seu caráter. Em regiões clássicas como Dão onde a casta tem elevado destaque, parecia-nos fundamental enaltecer as castas endémicas e decidimos por isso criar uma gama de quatro reservas monovarietais: Encruzado, Touriga Nacional, Alfrocheiro e Jaen. Por fim, sabemos que uma grande região merece grandes vinhos e eis que surgem os Grande Villae, vinhos de estrutura clássica rara, que atravessam o tempo, as gerações, a vida nesta comunidade de outros tempos”, lembrou Luisa Amorim.

Deste modo, o Enoturismo da Taboadella, projetado pela arquiteta Ana Vale, passa agora a ser palco de uma visita obrigatória no Dão. Também a Wine House é local que merece uma visita à adega, fazer uma prova de vinhos acompanhada por uma tábua de queijos Serra da Estrela ou conhecer as obras de arte dos melhores ceramistas da região e alguns produtos regionais.

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