I Foi após uma grande tempestade Que Zarco e Tristão aqui aportaram! Chegaram a um porto seguro Por isso de Porto Santo a ilha nomearam. II Foram logo visitar essa ilha abençoada A dourada, fina e macia areia tocaram e o céu azul apreciaram! Também viram majestosos dragoeiros Que por toda a ilha se propagaram.
III Foram dar a feliz notícia ao Rei e ao Infante. Agora, o novo território era preciso povoar. Bartolomeu Perestrelo foi encarregado dessa tarefa E como Capitão Donatário foi para a ilha a navegar. IV Uma coelha prenha levou consigo E ao chegar ao Porto Santo libertou! Os coelhos reproduziram-se rapidamente E em pouco tempo essa praga a vegetação dizimou!
V O povo da ilha rasgou o solo duro com o arado afiado Com o seu suor regou a terra ressequida! Conseguiu o seu sustento com grande sacrifício A sua incansável labuta nunca será esquecida! VI As estiagens eram constantes E o sol escaldante o seu aliado impiedoso! Epidemias assassinas, invasões de piratas violentos e corsários crudelíssimos Não desencorajaram este povo audacioso!
VII E muito se fez com o pouco existente na ilha! Era preciso vencer os constrangimentos, era preciso sobreviver! Prepararam-se as alfaias agrícolas, ergueu-se um forte, A grande fé em Deus e nos Santos os cereais fez nascer e crescer! VIII A terra generosa oferecia os seus doces frutos A quem regasse o seu coração sequioso Com as águas cristalinas da chuva abundante Que corriam em levadas de solo arenoso.
IX Explorou-se, intensamente, a resina do dragoeiro Para vernizes, curtumes e uso medicinal! Em pouco tempo, os velhos dragoeiros sucumbiram Pois o “Sangue de Dragão” esvaiu-se de forma fatal! X Desenvolveram a agricultura, a pecuária, os transportes, A indústria da olaria, chapéus de palha de palmito, fornos da cal e cimento. Fabricaram telhas e tijolos, entre outros objetos! Construíram igrejas, capelas e moinhos de vento.
XI Existiu uma Fábrica de Água Mineral Gaseificada! A Fábrica das Conservas também perdura na memória! Construíram um cais, um aeroporto, várias unidades hoteleiras E outras infraestruturas que honram a nossa história! XII Mas deixem contar-vos outra odisseia: A dos intrépidos barqueiros e dos fantásticos barcos carreireiros! Eles navegavam no perigoso Mar da Travessa Para que nada faltasse à população e aos merceeiros.
XIII O Porto Santo é uma ilha turística muito visitada! Cristóvão Colombo também aqui veio aportar. Desse navegador se enamorou Filipa Moniz Quando na praia o viu a desembarcar! XIV O maravilhoso povo do Porto Santo É há muitos anos alcunhado de “Profeta”! Na origem desse epíteto esteve Fernão Nunes Que dizendo-se profeta inspirado pelo Espírito Santo deixou o povo em alerta!
XV Neste ano, a ilha do Porto Santo celebra um acontecimento especial! Foi no Dia de Todos os Santos de 1418 que este percurso foi iniciado. Comemoramos o sexcentésimo aniversário do seu achamento ou descoberta Que por todos nós será sempre recordado. XVI Já seiscentos anos se passaram Após a chegada de Zarco e Tristão! Esta é uma data muito especial Vamos comemorá-la com muita dedicação!
Trabalho realizado pela turma do 1.º CEB Recorrente da:
PORTO SANTO Por favor, digitalize o CÓDIGO QR com o Smartphone!
Prof. José Raimundo Vasconcelos