Arret - Missão Vogga Sandler e-book

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Arret MISSテグ VOGGA SANDLER J.P. COSTA

Versテ」o ESTENDIDA



Nota de Edição Este E-book foi produzido depois de muito trabalho desenvolvendo desde arte de capa até a produção final do conteúdo. Promover ao leitor de ficção científica algum prazer pela temática abordada pelos olhares do escritor nacional J.P. Costa. Produzido pelo estúdio de Edição do Literafics Literatura, o E-book trás o tradicional formato de leitura disponibilizando de forma gratuita o Universo Arrret. Este livro exclusivamente para formato e-book trás mais informações sobre o universo pensado pelo autor e cerca de 1655 caracteres de conto além do proposto pelo concurso em que este texto esta participando. Textos informativos e material extra. Boa Leitura.

COSTA, João Pedro da, Arret – Missão Vogga Sandler, versão estendida Ed. Literafics Literatura Estúdio, Agudos São Paulo, Brasil 20 de julho de 2013

Literafics Literatura – Todos os Direitos Literários Reservados


Sumário Nota de Edição........................................................................................................................................... 01 Texto Conto................................................................................................................................................ 03 O planeta Arret.......................................................................................................................................... 10 Ycaros o Cyborg......................................................................................................................................... 12 O Reator Tórus........................................................................................................................................... 13 Sobre o Autor.............................................................................................................................................. 16


Missão VOGGA SANDLER A porta retrátil girou as engrenagens de leve, era tão velha e cheia de poeira que parecia muito àquelas usadas no século XXI antes da morte da estrela. Capitão Pontes estava disfarçado, era território da Supremacia, apesar de estar longe de uma das capitais de província. Tinha marcado hora com um sicário, a muito conhecido de campanha quando a Companhia Anarquista ainda engatinhava no seu berço. - Quando estará claro para você Capitão? - Ycaros não tinha convencido Pontes de que seu preço era alto, já se passava das quatro horas de escuridão, e nada. - Eu já tive a chance de jogar dos dois lados. A Supremacia na primeira vez em que me destaquei me deu essa merda - Apontou para o braço esquerdo mecanizado. -, agora nenhuma vênus se deita comigo senão por um bom preço. - Tomou mais um gole de whisky. - Os Anarquistas, bem. Se eu pudesse apertava o pescoço de Annai Yn com minhas próprias mãos. Se ela já não estiver morta é claro. - Pontes ponderou, olhou para os lados e suspirou firme. - Te coloco na ativa de novo. Se me ajudar a destruir a Central te dou um posto como agente do Panteão, e mais um bônus... Um braço orgânico. O que me diz? - Porque ainda estamos conversando mesmo, recruta zero? - Sorriram juntos, horas depois estariam os dois na porta dos dutos da Central. Era liberar o fungo, resgatar Sandler, e torcer para voltar todos vivos, ou pelo menos a maior parte deles. Mas antes passariam pela ponte de comando para pegar a equipe. Ycaros tinha sido um bom soldado, mas desertou, entrou na Supremacia e na primeira chance, desertou. Detestava seguir ordens, vê-se a raiva de Annai Yn. Mas notou que muita coisa tinha mudado depois de três anos pegando apenas alguns free lancers. Estavam mais organizados, armamento de primeira, o Panteão tinha seus melhores homens agora. Além é claro de estarem bem equipados. Entraram em uma sala, um escritório improvisado, na mesa de Pontes, um palmmer acrílico estava ligado. Suas luzes azuis mostravam no idioma comum: “Assalto a Subúrbio”. Ycaros se assustou com os números de baixas e perguntou. - Estávamos trabalhando bem em subúrbio, parecia que a Supremacia não desconfiava de nossas ações – Os subúrbios eram como cidades marginais, funcionando sobre as leis da milícia, em torno das grandes capitais do continente ensolarado. – trabalhávamos em uma região de tratamento de lixo tóxico. Tínhamos um ataque previsto para a Central em três semanas, mas não tivemos tempo de salvar nossas armas, foi tudo por terra, muito menos


para deslocar nosso pessoal para uma região melhor. Ycaros. Chamei você aqui porque estou desesperado! – Pontes tinha ares preocupados. – Eu vi coisas no campo de batalha que ainda não tinha me deparado. Estamos acostumados a combater clones da milícia, cyborgs comando e androides artificiais, mas não aquilo – Colocou fotos no visor do palmer. – Eu não sei que coisas são essas, se parecem com os androides, mas são inteligentes, alguns são grandes e tem armas embutidas, jet packs, incendiárias, se viram melhor em situações que exigem algo que essas coisas não têm. Estou falando de cérebro. – Antes que Ycaros perguntasse, Pontes tratou de não permitir que falace. – Pode parecer uma loucura o que vou te dizer, é confidencial. Esses esqueletos de metal sangram se acertar aqui, se é posso chamar isso de cabeça. A conversa na sala do Capitão Pontes abalou um pouco o mercenário. Ele, mais que nunca combatia em sua lida diária, apenas clones e androides, era raro aparecer um cyborg para se divertir um pouco mais. Mas aquelas máquinas, como mesmo Pontes mencionou e mostrou em fotos e vídeos do Assalto a Subúrbio era o tipo de coisa que nem a milícia, muito menos a Companhia Anarquista e quem dera o Panteão, pudesse combater. Elas

pensam Ycaros, e sangram. Repassaram varias vezes com a equipe os planos, mas já era hora de ação, estavam voando sobre Nova Gaia, a maior capital do continente ensolarado. Estavam com os trajes especiais. Entrariam pelos dutos de ventilação do reator de energia da Central. Eram cinco homens além de Ycaros e Capitão Pontes, que estava no comando. Vestiam primeiramente trajes anttemperatura, armaduras que passariam pelos sensores de calor dos dutos, e ao mesmo tempo em que mantinham o lado de fora frio e corpo quente, carregava o suporte para o restante da missão. Foram deixados em um prédio menor que levava aos dutos. O hud mostrava que uma leve corrente de vento vinha de dentro para fora, eram os ventiladores repetidores. O duto tinha emendas sobressaltadas, assim o apoio da missão diminuiria a potencia do dínamo, dando tempo para andarem mais um pouco e se escorarem contra a proteção, pois se estivesse operando quando chegassem a menos de dez metros dele, ele lançaria um vento congelante que mataria e lançaria o patrulheiro direto contra as grades de sua saída. O apoio afirmou o momento de agir, o ventilador de cinco metros parou e ficaria assim por quarenta segundos, tempo suficiente para a engenharia não notasse. Tempo suficiente para congelar com uma bomba de fusão o aço e quebrar uma das pás passando para o outro lado. Êxito.


Conforme andavam na câmara externa do reator energético colossal de seus dez metros, o gelo se quebrava sob as botas da armadura. O hud estava condensando aos poucos conforme permaneciam ali naquele inferno de gelo. Era possível escutar o sistema da armadura funcionar com toda capacidade. Todos estavam apreensivos enquanto dois homens preparavam uma passagem segura pela carapaça de ferro do reator. - Estamos quase lá. – Depois de segundos o ferro se partiu em um retângulo em meio à branquidão do salão cilíndrico em torno do reator. Do outro lado uma escuridão muito espeça impedia de se enxergar a menos de um palmo. Pontes carregava consigo uma maleta que tirou das costas. Começou a despir a armadura e ficar apenas com a roupa militar própria de um centurião, e acionou uma engrenagem no meio do peito. Um exoesqueleto feito de nano aço bem temperado, que acompanhava todo o tórax, do esterno á clavícula medular. Com todas as suas infindáveis peculiaridades. O momento havia chegado, era hora de dividir as tarefas. O apoio anunciou no rádio que em trinta minutos o cargueiro aéreo passaria a duzentos metros acima da torre principal da Central, momento em que o Arduino Transpositor de dados deveria estar bem espetado no storage da Central. Os dados passariam pelo store and forward disfarçado de cargueiro de lixo, e tudo seria armazenado na base dos Anarquistas. - Ycaros, virá comigo – Disse Pontes dando as ordens – Carter e Morfeu irão por o vírus em ação. E Tanner, prepare nossa saída de emergência, deveremos esperar por cinco horas após a infecção do fungo zumbi. – Ycaros se assustou, apesar de gostar de ler os quadrinhos retros de (nome do roteirista de The Walking Dead) sobre mortos vivos – suas relíquias. – imaginava que não passava de ficção. O Fungo (nome do fungo em latim) era a maior descoberta dos Anarquistas, e ali na Central, seria seu primeiro experimento em grande escala. Anos de pesquisa no polo leste de Arret, levou a descoberta de seres humanos mortos, perfeitamente conservados pelo gelo invernal. A equipe de busca foi infectada por algo horripilante. Ali era a antiga Mata Atlântica e antes da supernova, formigas se tornavam zumbis. Os remanescentes da equipe abriram os corpos e encontraram uma estranha e genial arma. Nutridos pelo transposon dos estômagos humanos, o fungo aumentava a colônia e se replicava infectando seres vivos, insetos, animais. A anomalia matava a criatura hospedeira, e tinha o estranho poder de controlar seus corpos – com debilitações, é claro – por vinte e quatro horas, depois, o fungo consumia seus corpos em uma fétida decomposição lenta e corrosiva de longos cem anos. - Temos um problema Capitão – Tomou Morfeu com sua voz rouca, um asiático de cabelos tigela. -, as disparates. Elas se quebraram com o frio. –


Ycaros sorriu. Mudança de planos, e agora Pontes? – Teremos que aplicar diretamente. - Merda! – Disse o Capitão. – Sugestões Ycaros? - Sabotagem de um agente incrustrado da Supremacia – Era óbvio. – Vamos ter que fazer do meu jeito se quiser que dê certo. – Pontes sabia bem que Ycaros atirava primeiro em vez de ser sorrateiro. Matar, não era do seu feitio o plano “B”, mas se assim fosse, seria bem vinda. Ycaros não dividiu a equipe, ignorou os concelhos do apoio e mandou traçarem a rota mais perto do storage que passasse pelo maior aglomerado dentro da Central. Esta pensando em infectar um monte de gente e sair ileso?

Ele é suicida! O corredores da Central veriam o ataque iniciar, em questão de minutos estariam cercados e mortos. E ainda não teriam tempo de resgatar Vogga. Mas Ycaros usava a cabeça de gato velho para a missão. O lado sicário falou mais alto. Pulseiras Pilhéria. Esse é seu plano? Usariam as pulseiras e passariam por membros da marinha galáctica da Supremacia. Enquanto Tanner que tinha mais chances de fugir caso desse errado pensava na loucura, a equipe de patrulheiros da marinha transitava pelos corredores da Central. Disfarce. Momentos antes tinham conseguido alguns cartões de acesso para passarem pelas portas e setores, com alguns colegas de trabalho da Supremacia. Não queriam matar, mas um deles tinha dado muito trabalho à Carter. Ycaros teve de intervir. Estavam quase no local onde pretendiam chegar. Os corredores estavam vazios, apenas os saguões reservavam um ambiente laboral repletos de pessoas. Os oficiais, em maioria clones passavam e logo assumiam o sentido, cumprimentando os supostos superiores. Chegaram ao elevador, logo depois de passarem pelo centro de pesquisas estariam próximos do primeiro objetivo, um refeitório comunal. Durante a subida de dez andares de pesquisa, algo chamou a atenção do Capitão Pontes. Depois de saírem de uma coluna metálica do elevador, as paredes acrílicas revelaram a Ponte de Incubação da central. Os tubos de cultivo estavam mais turvos que o normal, mais densos que o comum. Muitos homens transitavam ali e aqui, com palmers fazendo conferência nos cultivos. Não eram humanos. De repente o setor foi encoberto por mais uma coluna cônica e oca de ferro, sem solavanco, ou sulco imperceptível. Sairão. Andaram pelo corredor até findar em uma porta, usaram os passaportes e passaram. Era o refeitório. Fizeram como esperado e se sentaram para comer. Os injetores nos bolsos com o sinal de Pontes se revelaram, cada um em um alvo distinto e aleatório. Depois de aplicada a dose mortífera do coquetel de fungo e transposon.


Retiraram as máscaras, ou melhor, as pulseiras, repeliram os olhares curiosos com tiros de nano balas. Armas de Elite. O cetro disparador do centurião era a arma mais eficiente, recarregado autossuficiente. Uma fábrica de fazer projéteis embutida com energia quântica. Sairão do refeitório dispostos. Tanner tratou de trancar a porta. Era agora o momento de dividir a equipe e seguir com o restante do plano. Ycaros, Tanner e Carter foram ao resgate do General Vogga. Apesar do Capitão relutar com Ycaros, teve de seguir a imposição do amigo, sabia bem que ele era capaz de fazer besteira se descordasse. Assim, foi com Morfeu roubar os dados. Tinham de chegar ao storage em dez minutos para não perderem a chance de saber dos planos da Supremacia, o cargueiro iniciava a rota dentro da Alta Capital. Um alarme tinha sido acionado, o sistema de segurança tinha posto todos em prontidão. O Cyborg reordenou que colocassem as pulseiras para o disfarce. Agir naturalmente. Corriam pelos corredores em meio a clones e androides de sistema de AI, em direção ao Setor Carcerário, camuflados de cyborgs comando. Eram centenas de selas, mas todo o setor tinha sido evacuado, as forças se concentravam nos andares superiores. - Tanner – Bramiu Ycaros. – trate logo de achar o nosso alvo e abrir sua solitária. Carter – Olhou para trás latindo como de costume. – Monte guarda. Momentos seguintes que pareceram uma eternidade devido ao alarme ecoando nos ouvidos, Tanner falou “Prisioneiro 65201, liberado!”. Um barulho de aero hidráulico ecoou no setor. Logo depois uma figura musculosa e negra cheia de hematomas saiu pela porta. Não restava dúvida de que era General Sandler. Ycaros desceu uma escadaria com Tanner dando cobertura, o cubículo de quarentena não era longe da Ponte de comando. O homem deformado por experimentos caiu diante deles. Tinha a cabeça enfaixada, e a atadura estava levemente ensanguentada. Estava fraco e franzino. “Saiam antes que seja tarde demais.” Não era a frase que esperava ouvir, mas foi o que soou da garganta cansada do general. Ycaros lançou a arma pesada a tiracolo nas costas e tentou levantar o homem fraquejado. “Não seja tolo soldado. Saia daqui, isso é

uma ordem. Sua missão esta concluída. Informe a Anarquia que eu fui cefaloclonado.” – Resfolegou. – Ycaros se espantou com a palavra. “Cefaloclones.” Pensou. O homem morreu diante de seus olhos. “Pontes não vai gostar nada disso. Merda.”. Ao se virar escutou um barulho de aço sendo destruído. A porta do setor carcereiro se estourou como se fosse um pedaço de papel. Foi rápido e escabroso, sem tempo de ver nitidamente. Um robô nunca visto pelos olhos de Ycaros. O Autômato recebia os tiros de Carter como se fossem apenas de festim, e em um salto, a robusta máquina


empurrou Carter para longe e com o outro braço mecânico atirava balas de alto calibre, estourando o peito do soldado. Com Tanner não poderia ser diferente, com uma das mãos de três dedos segurou o crânio do rapaz enquanto o pobre atirava freneticamente, em questão de segundos seu crânio virou uma porção de sangue. Os braços mecânicos se prolongavam de uma estrutura de um metal muito resistente, a máquina saltou e parou a cem metros de Ycaros, o tórax de metal se elevava e a cabeça ficava pequena incrustada na máquina protegida por um espelho de mercúrio. Começou a andar em passos lentos e em seguida já estavam rápidos em direção a Ycaros. Isso não é nada bom. Pegou a arma do tiracolo e disparou rajadas de tiros correndo em direção ao monstro mecânico, conforme atingiam o autômato ricocheteavam e acertavam as portas de vidro das celas, estourando uma a uma. Os tiros não eram o páreo com a máquina. Ycaros a lançou distante e da cintura retirou duas redondas granadas de combustível. Quando bem próximo da maquina escorregou por entre as pernas mecânicas, escapando de um impacto do braço robótico, assim, fixou as granadas nas costas da máquina e antes que ela voltasse o corpo para um novo ataque a explosão deslocou o ar, lançando Ycaros a metros de distância. Ainda deitado, retirou a mão da nuca e ergueu a cabeça cheia de suor. Levantou-se e olhou para trás para conferir o estrago, mas em meio a fumaça o robô saiu devagar, mas com todas as peças no lugar, estava intacto. No peito da máquina estava escrito “Vogga X-001”. Como se fosse dar um soco no ar, Ycaros transformou o braço cyborg em uma espada embutida que saia por entre os dedos. Feita de nano titânio fundida com diamante. “Venha demônio, como nos velhos tempos.”. Correu em direção ao monstro de lata e saltou sobre seu corpo tentando atingir o espelho de mercúrio. Forçou-se contra ele, mas em vão. O Autômato o lançou ao chão e Ycaros segurava sua enorme mão com esforço para não o esmagar. Se esforçando apenas com o seu braço mecânico, havia apenas uma saída, usar a granada nuclear. Morreria, Pntes deveria ter sucesso. Após a grande explosão Ycaros acordou em enfermaria e por pior que tivesse sido a sensação de ter o corpo corroído pelos hidrogênios, ainda em sua frente era como se pudesse ver Vogga X-001 morrendo diante de seus olhos, vendo a mistura de mercúrio, sangue e cérebro saindo de sua cabeça. “O cefaloclone de Vogga Sendler.” Pensou, apesar de querer que fosse um sonho, pois para ele, a Anarquia não estaria preparada para combater o poder da Supremacia. - Nós vencemos Ycaros – Capitão pontes, fardado dava a boa vinda a ele. – Vencemos. - Onde eu estou? - Estamos e no continente gelado, a dois mil e quinhentos metros de profundida, na antiga Holanda. – Era obvio que a Antiga Holanda não se


tinham resquícios dela há milhares de anos. – Encontramos o Reator Tórus! – A Aliança, não a Anarquia como a Supremacia os intitula, tem um contraataque aos cefaloclones. Os cetros de disparo solar. – A guerra não foi vencida Ycaros, mas estamos a paços largos... - O que houve comigo? – Ycaros ignorou a alegria de Pontes. Não era para eu

estar vivo. Pontes foi com calma. Após a explosão da granada nuclear, Ycaros perdeu toda a sua parte orgânica que restava, mas ele não sabia que eram poucas. Todo o seu organismo era protegido pelo mesmo material das máquinas da Supremacia. Não seria um homem normal. Nunca.



O Planeta Arret Nós, os seres humanos, vivíamos onde sempre vivemos no planeta Terra, mas um colapso estelar de nosso Sol foi o estopim para mudanças drásticas em todo Sistema Solar. No ano de 1998, antes do colapso estelar, a Nasa descobre o fim de nosso sistema de acordo com a progressão do tempo, souberam medir o estágio em que o planeta resistiria no Sistema Solar. Todas as estrelas morrem, existem sete fazes de uma estrela, e o nosso Sol estava no seu fim. No ano de 2033 o Sol se tornou uma supernova e lançou o planeta Terra e os demais deste sistema para vaguear como peregrinos espaciais. Para que a raça humana sobrevivesse, foram criados os ninhos, centros continentais que seriam os responsáveis por proteger a aristocracia enquanto nossa odisseia espacial ocorria. Assim, chegamos ao Sistema Estelar Hazzar, conhecido para nós como Sistema Estelar Vega que na verdade é um complexo de rastro nebuloso de Cisne. Este Sistema assim como os demais do Rastro Nebuloso é comandado pela raça dos Nibur, que acaba por vim ao nosso planeta que na verdade havia mudado e muito. Devido a grande odisseia, nossos continentes se deslocaram e a influencia da Estrela Hazzar transformou Terra em um local completamente diferente e praticamente inóspito. Nossa raça ficou dividida e quase completamente marcial. Ficamos divididos entre o Panteão, formada por aqueles que não aceitavam os Nibur, e a Supremacia, formada pela Aristocracia Humana e os embaixadores Niburnianos. Mudamos de Terráqueos para Arretirs – que não passa da mesma coisa, mas apenas na língua Niburniana -, sendo quase superiores aos inimigos da Supremacia em combate e estratégia. A Supremacia denominou a Aliança do Panteão em Anarquia, uma estratégia de fazer com que os seguidores do Panteão se unissem a raça Nibur. Arret vira um planeta desolado em meio a uma resistência. Seus únicos e dois continentes, o Ensolarado, desértico e poroso e o Escuro, frio e úmido. A alta tecnologia, as descobertas em escala nano, armas de disparo, carros flutuantes e naves com sistemas de elétrons, e muitas outras inovações que hoje não estão mais tão distante de nós como antigamente, esta é Arret, basta saber de que lado você está.


Morte estelar: Supernova Solar

Supernova do Sistema Solar


YCAROS – O cyborg Ycaros Ranche tem um passado que o condena. Desde o início um dos membros do Panteão recrutado por Annai Yn que o tira das ruas de um Subúrbio e o leva para a bases de recrutamento da Aliança. O talento de Ycaros era notável, trabalhando como assassino de aluguel e matando as horas como cafetão encontra Annai Yn disfarçada de prostituta acaba levando sua vítima não para uma noite de prazer, mas para um regime marcial. Ycaros achando ainda ter chance com Annai Yn acaba aceitando trabalhar para a Aliança, apenas para manter proximidade, mas quando vê que os interesses da Tenente eram apenas militares deserta e se rende a Supremacia, onde se torna um notável líder de milícia dos subúrbios, passando a caçar os agentes disfarçados do Panteão. Seu objetivo é encontrar Annai Yn e mata-la, vingando sua desilusão. Mas em um acidente a Supremacia recupera apenas os resquícios de seu corpo, para não perde-lo para a morte o transforma em um cyborg de comando, mas antes do experimento de uma nova arma terminar, foge impossibilitando o fim de sua transformação, mantendo o braço mecânico esquerdo a mostra. Pensando ter apenas uma prótese mecânica passa a trabalhar como contrabandista e sicário nos subúrbios entre as capitais da província do continente Ensolarado. A Missão Vogga Sandler, faz com que o antigo soldado, Pontes Artin, busque das sombras da margem da lei para trabalhar novamente como agente do Panteão, com a condição de dar a Ycaros um novo braço orgânico, quando na verdade o fim inesperado trás a tona a verdade a Ycaros. Um completo cyborg, pré-projeto dos cefaloclones.



O REATOR TÓRUS O reator mencionado neste conto é uma ficção, mas também é uma parcela de uma realidade que já vivemos nos dias de hoje. Tokamak é o nome da base de pesquisar do JET, em que Tórus, um tipo de reator, é capaz de gerar vinte vezes a mais a temperatura encontrada no centro do sol. Em Arret, imaginando que as pesquisas foram bem sucedidas, conseguiram criar um mini Sol, ou uma “mini estrela”, com energia limpa e infinita. Esta é a arma do Panteão. As “mini estrelas” seriam usadas no cetro de disparo de plasma, a energia mais poderosa do universo. Hoje em dia o reator tem pesquisas na Inglaterra.

Em 1945, foi criado o primeiro reator experimental de fissão, e vinte anos depois começaram a surgir as usinas comerciais. Hoje, todas as usinas funcionam à base da fissão. Em contrapartida, só em 1991 foram produzidas as primeiras gotas de energia de fusão.


Representação gráfica do reator no centro da JET/TOKAMAK


Representação real do reator de fusão para criação de plasma.


SOBRE O AUTOR

J. P. Costa, pseudônimo de João Pedro da Costa, nascido na cidade de Bauru, interior do estado de São Paulo. Escreve contos, poesias, crônicas e romances, seus contos são um ensaio aos projetos ambiciosos de romances e criação de universos literários inspirados em grandes autores e roteiristas. Atualmente, estudante do segundo ano da Faculdade de Direito, concilia a vida de estudante entre a vida de escritor, entre a que prefere, a vida de escritor é a mais prazerosa. Escreveu contos selecionados pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, o selecionado Conhaque Martell, e na categoria poesia, o texto selecionado foi Presse de Prosaísta. Seus trabalhos mais ambiciosos são Sangue do Imperio, As Crônicas da Luz e da Treva, Arret Saga. Vive na cidade de Agudos com a família.


Em breve...

Arret Assalto a SubĂşrbio J.P. COSTA




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