NĂşmero UM Julho 12 1
Marcello Gouvea
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Ollie
Renan Monteiro
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Yuri “Formiguinha”
Noseslide de front
Rodney Costa
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E aí, beleza? Partiu rolé!
6 Ilustração: Rafael Polon
Número Um Colaboradores: Antonio Pedro Tebyriçá Cauã Csik Pedro Orelha Rodney Santos Fabio Tirado Andre Lisboa Dalmo Rogério Louise Martins Renan Monteiro
Agradecimentos: Raphael “Pharrá” Wilson Domingues Tio Verde Gerson Júnior Marcelo Gouvea Dig Barbosa Felipe Távora Clissa Raiany
Capa: Renan Monteiro flagra Ionir “Mera”.
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Lorran “Sujinho”
Rockslide de front
Pedro Macedo
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ร NDICE 10
14 Tru
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80 Praรง
uculência Crew
Backstreet Boys do inferno
0 Anderson Pedrete
Conexão Brasil x Irlanda
54 A verdade e o Skateboard
Bob Burnquist & OiVert Jam
ça XV
Subversão do uso
98 Kuque arte, vida e brasilidades
116 Muleque Chato Sérgio Santoro
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Humberto “Zero”
Wallride
Tio Verde
Seriam eles os Backstreet Boys dos infernos ? O Nsync das trevas ?
Ou apenas mais um grupo de bebados gritando por ai ?
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Foda-se, isso pouco importa!
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Dalmo Rogério
Munidos de suas garrafas que parecem nunca ter fim, e de suas loucuras que geram conflitos mentais e fisicos por onde passam, o fruto de toda essa putaria são muitas ressacas e boas historias sempre regadas a muito alcool e truculencia. 1- Fala Thiagueira. Como você está ae por SP e o que você manda? Então, por SP está tudo certo, Roger. Trabalhando, andando de skate, saíndo a noite. Sinto falta do RJ as vezes, de dar mais continuidade no meu projeto musical com meus amigos, o Truculência Crew, mas a gente vai segurando as pontas. 2- Por que gêmeos idênticos têm impressões digitais completamente diferentes? Porra, sei lá! Mas é uma boa pergunta pra se pensar sobre quando tiver chapadão no sofá, com uns amigos. 3- Teria alguma música do Truulência para falar desse tema?
Sempre rola. Fim de semana, por mais que eu saia na rua, pra algum rolé ou até mesmo transtornar na Rua Augusta, eu vou estar com meu carrinho, se aquele filho da puta do São Pedro permitir e não mijar a porra da cidade toda. Mas no mais, tenho mantido tudo sob controle, dando um trampo, escrevendo umas letras … não pode parar nunca, certo?!
Nunca terão. Na truculência a gente só fala de putaria, personagens e fatos que acontecem na cena alternativa do Rio de Janeiro, tais como a Miss baldeação, Maria Vip, e tantos outros.
6- Vamos falar das coisas que realmente interessam aos leitores. Qual foi daquele papo de que bebidas quentes não refrescam?
4- Ham?
Porra, bebida quente só estufa. Merda do caralho. Mas quando o budget é curto na sessão, ou o mercadinho é precário, a gente tem que se conter com o que a vida oferece.
Presunto? hahaha. Isso “mermo” que tu ouviu, viado.
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5- Como você tem mantido toda essa coisa de banda, trampo e saídas rolando? Está rolando tempo para o carrinho?
‘‘boa pergunta pra se pensar sobre quando tiver chapadão no sofá, com uns amigos”
geram conflitos mentais psicologicos e fisicos por onde pas toda essa putaria são muitas ressacas e boas historias se mt alcool e truculencia. 7- Paulistinha e No Comply. Não, isso não é uma pergunta! Curtiu o videozinho né viado? Gordo desse jeito, só os no-complies mesmo pra me divertir. E tem vagabundo que ainda acha impressionante. É divertido. 8- Fat. Voltando a falar do Truculência. Com quem vocês estão colando para produzir esse som e apresenta o pessoal todo ae?
Então parceiro, a situação é a seguinte. A gente fecha com o nosso amigo Davi, mais conhecido na noite carioca como o Joel Mahrola. Ele que grava com a gente, acompanha na maioria dos ensaios, pra verificar se tá tudo correndo certinho, pra quando a gente for fazer merda no palco, fazer bem feito.
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Já no grupo, constituimos de 4 Mc’s e o nosso Dj, Gustavo Hipster Straight-Edge, a.k.a Velho Escroto, o Eronides, mais conhecido também como Mc Eroder, Vinicius Fontes, que atende por Mc Tesfon, nosso integrante mais fanfarrão, Felippe Augusto, conhecido pelas ninfetas da noite carioca como Mc Foxxx a.k.a. Raposão, e eu, Thiago, ou Fat como a galera do skate carioca conhece, e que em cima dos palcos atendo por Mc Parrudo.
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9- Você poderia falar um pouco de suas experiências com o Jorge Levi? HAHAHA Willians Dentinho a.k.a. LIL’ TOOTH é meu ídolo. É ublack! 10 - Você sabe que esse sofrimento não está nem na metade, não é?
“pego um prato fundão, encho de arroz, boto strogonhoq em cima e depois batata palha” Na real, acho que está na metade sim, pois essa é a pergunta nº 10, e você havia me dito antes que seriam 20 perguntas. Mas como vc é imprevisível, pode ser que tenha mudado de ideia. Bem, eu não ligo, não é sofrimento pra mim, estou me divertindo aqui hahaha. 11 - Agora que você aceitou o embate, gostaria de saber o que você responderia para alguém que ligou para o telefone fixo da sua casa e perguntou onde você está? Eu simplesmente falaria - “você tá de sacanagem né maluco? na casa da sua prima, caralho” 12- Sabemos da preferência do nosso amigo Precisely por Chicken Nuggets. Qual é o seu prato favorito? Strogonhoq. 13- Fale-me mais sobre isso! Eu sou um ligeiro fã de strogonhoq. Quando chego em casa pego um prato fundão, encho de arroz, boto strogonhoq em cima e depois batata palha. Fica um prato tão grande, mais tão grande, que eu até se escondo atrás dele. Sabe como é?
14- Um mineiro está num boteco, tomando um café com seu amigo gaúcho e eles começam a falar de mulher. Por alguns momentos o gaúcho se sente ofendido por ter a sua masculinidade questionada. O maluco dá um porrada na mesa e diz... - Na minha terra só tem macho, […] disse o gaúcho indignado. O mineiro respira por alguns segundos e responde. -Na minha tem metade macho e metade fêmea e nóis tá achando é bão dimais da conta sô! Allan Sieber. Já tinha ouvido essa. hahaha. Só ter macho é osso. Na Tijuca tem macho, mas tem as preparadas também. 15- A conquista do oprimido é um traço marcante da ação antidialógica. Você acredita que por meio dela os opressores matam a admiração que os oprimidos têm pelo mundo, inculcando neles a admiração por um falso mundo? Eu num itindi nada duquêle falô.
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16- Truculência ou Peso? Os dois andam junto meu parceiro. No nosso bonde não tem peso pena. Só mc 3 dígitos bolado, o terror das magrinhas! 17- Gostaria que você falasse a sua visão sobre as variáveis importantes, que diferem o skateboard em São Paulo e no Rio de Janeiro? …se é que existe essa diferença! Cara, quando vim morar aqui por meados de 2008, eu achava essa cidade o máximo. Vários picos de rua, a cena é forte a vera, muito skatista bom. A cidade é muito corrida, e as vezes a gente não consegue acompanhar completamente. Nesses 4 anos morando aqui, fiz muitos amigos, consegui me inserir no mercado do skateboard e ando de skate em ótimos spots. Mas nem tudo são flores, porque aqui o que tem de zé povinho, é de doer. Tem muito vagabundo invejoso e falso também. As vezes penso que seja por causa da panela que rola … e de por ser uma cidade tão grande e a cena tão vasta, ninguém realmente conhece ninguém. Já o RJ, sempre visei mais união entre a galera, que se mexe para fazer o que tem que fazer, e ninguém fica secando ou julgando ninguém, é muito mais acolhedor. Sempre achei que todo o skatista deveria ter essas qualidades, mas aprendi em SP que não é bem assim. De qualquer forma, sinto saudade da vibe da galera do RJ, mas ainda amo SP e a galera que realmente corre comigo. Também amo o RJ, e todos meus parceiros.
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18- Porque que quem trabalha no mar se chama marujo? …então quem trabalha no ar deveria se chamar Araújo? Você não acha que nós que trabalhamos na terra deveríamos ter um nome legal também? … Eu queria com essa pergunta interessantíssima falar dos nossos amigos Piratas. Cadê os Piratas? hahaha. A pirataria tá espalhada. Engraçado que foi algo que surgiu por um período da nossa adolescência mas todos ainda tem no sangue, e alguns, até na pele. O bonde sempre fechou junto, e sempre vai fechar, não importa o rumo que cada um tomar. O Def está em Portugal, o Gengiskank tá no Canadá, eu estou em SP, o Defon, Paul, Godoy, e Ezekiel continuam no RJ … Não falo com o Mib à muito tempo, mas ainda assim ele tá no meu coração, é irmão. De qualquer forma, geral tá junto, mesmo estando longe, e mesmo vivendo vidas diferentes agora que tá todo mundo crescido. Somos família! 19- Queria falar um pouco sobre a inteligência feminina com você meu amigo Fat Masta. Eu já ouvi nessa minha vida várias vezes que todo homem é igual, que todo homem é safado. Estou cansado dessa porra! … se todos os homens são iguais, porque as mulheres escolhem tanto? Porra, fico pensando. Se elas conhecem todos os homens da face da terra pra falar que todos são safados, elas não são nem um pouco santas também porque provaram todos esses homens para ter tanta certeza.
“A pirataria tá espalhada”
hahahahaha. Po, sei lá irmão. Falem o que quiser dos homens, porque nos dias de hoje as mulheres não tão muito distantes nessa corrida não, tá ligado? hahahahaha. 20- Você sabe escrever Zero em algarismos romanos? Cara, me perdoe se eu estiver errado, mas acho que não existe zero em algarismos romanos. Quer dizer, me perdoe é um caralho! Hahahaha 21- Eu gostaria muito de saber o motivo da escolha do nome Truculência Crew. Você poderia falar um bocado sobre isso, ou vai continuar me dando resposta curtas?
Eu sou o último Mc a entrar no grupo, mas tem uma história que um dos nossos integrantes, estava na Casa da Matriz, completamente transtornado, chegando em todas as meninas da casa. Aí outro brother, que mais tarde também viraria um dos nossos Mc’s, citou: “Coé neguin você tá muito TRUCULENTO hoje ein!” Daí essa palavra acabou fazendo parte do dialeto da galera. No começo o bonde não tinha intuito algum de fazer funk, a galera simplesmente se reunia pra beber e sair na night. Saindo sempre, certas vezes a gente voltava para a casa do Eroder, com pérolas do que aconteceu na noite, e como geral era envolvido com música, a gente escrevia uns funks de zoação.
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29- Pode me escrever alguns versos da sua música favorita da banda? 24- O que existe de design entre o peso do som da banda e a flatulência dos integrantes? HAHAHAHAHA 25- Agora sério, o que tem de novo aí pra sair, como estão os projetos? Temos uma nova música pra soltar aí na net, chamada “melhor que nada” Retrata que estar no 1 a 0, é melhor do que está no 0 a 0. Que gol não precisa ser bonito, precisa apenas ser gol. Se é que você me entende, D-Rog. Esta nós já tocamos nos shows. Além disso, temos outras músicas para adicionar ao repertório, e shows a marcar, em SP e no RJ. 26- Qual a primeira conduta visando reduzir eventos coronarianos que a banda deseja adotar ao ficar extremamente famosa? Na real eu não sei. Apenas sei que queremos camarim com toalhas brancas, garrafas de blacklabel e mad dog para acompanhar, além de tequilas e muita cerveja, tudo isso acompanhado de muitas fêmeas e brenfa de qualidade no recinto. 27- Am I a good man? You are a very good man, Dalmo. I like you very much as a friend, and I also like your treflips. 28- Queria saber quais dos truculentos, já teve o desprazer de se envolver com o skateboard além de você Fat Masta?
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Bem, todos são apreciadores do esporte e do lifestyle, mas acho que nenhum realmente se envolveu da mesma forma que eu. Geral mete o naipe, curte o visu, mas ninguém anda, só eu mesmo. hahaha
Eu gosto de todas, pelo fato de fazer parte é difícil escolher uma favorita. Mas tem o verso da primeira que escrevi para o grupo que se chama “from uk”, dedicada para todas as modernas fanchas da atualidade “as from uk, gostam de piru que eu sei, mas elas num andam com macho, elas só tem amigo gay!” para dar um confere, acho válido visitar nosso soundcloud - soundcloud. com/truculenciacrew, onde estão todas as nossas músicas. 30- Posso encerrar essa merda? … Noe No Comply Fat Masta! … É isso meu parceiro Roggie! Obrigado pela oportunidade, o bonde agradece! Nós.
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Renan Monteiro
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Fรกbio Tirado
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26 Willians “Dentinho�
Nosegrind de back
Renan Monteiro
Douglas Gonzaga
Nollie lipslide de front
Gerson JĂşnior
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Raphael Índio”
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Hippie jump
Renan Monteiro
Yuri “Formiguinha�
Nosegrind de back
Pedro Macedo
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Dalmo RogĂŠrio
32 Gleuber Cunha
Flip
Pedro Macedo
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Diego Fiores
Crooked
Gerson Junior
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Flavio Zon Zuben Crooked Gerson Junior
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Michael Douglas
Heelflip
Gerson Junior
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Robinho DUO Ollie Renan Monteiro
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“Chove muito aqui, mas tem picos que ninguém nunca andou. Eu sempre ando na rua de olho para achar esses picos” 40
CONEXÃO BRASIL IRLANDA
André Lisboa Marcello Gouvea
A
nderson Pedrete é um skatista paulista de 29 anos e 15 de skate que vive atualmente em Dublin, na Irlanda. Em entrevista para Journal ele descreve quais são as principais diferenças entre o estilo brasileiro e o irlandes de viver e de andar de skate. Para ele a vontade de morar no exterior que sempre foi forte e isso motivou sua saida do país, além do fator de poder ser fluente em outro idioma. O skateboard em terra europeia é bastante diferenciado do encontrado aqui. No Brasil o skatista costumava andar em Itapecerica da Serra e na Praça Duó. Em Dublin, que chove muito, tem diversos picos de rua que podem ser encontrados, basta procurar “Chove muito aqui,mas tem picos que ninguém nunca andou. Eu sempre ando na rua de olho para achar esses picos”, relata ele. Disse também que sua visão do carrinho mudou ao chegar na Europa, tanto que ao deixar o Brasil, Anderson andava meio desacreditado com o estilo de vida. “Era isso que faltava na minha vida, fazer o que realmente amo, que é andar de skate.” Um dos próximos objetivos de Anderson é dar um rolé em Barcelona para ver as famosas bordas de mármore da cidade. Ele já havia visitado anteriormente onde colou na sessão com o Monicão. “Foi uma experiência muito boa, demos varios rolés em Barça. Muita diversão, ele colou aqui na Irlanda também é diversão garantida sem contar que o muleque manobra muito”.
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“Era isso que faltava na minha vida, fazer o que realmente amo, que é andar de skate.”
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“Foi uma experiência muito boa, demos varios rolés em Barça.” 44
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Mattyas Nylon
Aereo de back
Pedro Macedo
Mauricio “Nava�
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Smith de back
Pedro Macedo
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VAI NA BORDA A esquerda: Raphael Gibson Noseslide de front Pedro Macedo
A direita Andre “Monicao”
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Nosebump Renan Monteiro
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Fabricio Matheus Noseslide Pedro Macedo
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A verdade e o Skateboard Fรกbio Tirado Cauรฃ Csik e Clissa Rayane
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Bob apareceu sem avisar numa sexta feira a noite, dia que a praça fica lotada, a galera mais jovem não entendeu nada!
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O churrasco que acontecia na รกrea de street foi praticamente esquecido e geral partiu pro bowl pra ver o cara andar, e te falar que nao andou pouco nao, se jogou, caiu muito, e mandou vรกrias cabulosas!
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Com sua simplicidade e humildade cativante, alguns locais que estavam presentes tiveram o prazer e a honra de fazer uma session a seu lado.
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Essa sexta feira antecedeu o evento Oivert jam, que ja vinha causando bastante polĂŞmica pelo fato de muitos skatistas estarem insatisfeitos com esse tipo de evento, por nĂŁo deixar legado algum pra cidade e pra galera que vive o skateboard no dia a dia.
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Falavasse muito em boicote, revolta e protestos pro dia do evento caso nada fosse resolvido. Nas redes sociais fotos eram postadas com a estrutura do evento sendo montada sobre a área de street. Criou-se ainda mais revolta e protestos, o que acabou fazendo com que chegasse aos ouvidos da organização do evento e eles entraram em contato com a família DuÓ.
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Um pedido de desculpas por parte dos organizadores pela falta de assessoria e, com muita educaçao e respeito, perguntaram quais eram as nossas opiniões para que o evento fosse realizado de forma verdadeira. A galera expôs seus pontos de vista e a produção concordou e decidiu ajudar. Foi doado R$ 40.000, 00 para reforma da praça DuÓ, além de ajudar com contatos e idas a Prefeitura para se conseguir apoios. O evento aconteceu normalmente de forma tranquila, sem protestos.
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O que eu me pergunto sempre é, porque skatistas que estao envolvidos com esse tipo de evento nunca falam nada com os organizadores sobre a possibilidade de deixar algum legado? A grande maioria dos skatistas nao depende do skate pra sobreviver. Eles estão ali todos os dias andando simplemeste porque amam o skate e nunca vão ter o nível de um Bob Burnquist, e sabem disso! Sabe essa galera? Esse é o verdadeiro Skateboard! Vejo pessoas, que não tem o Skateboard como fonte de renda, fazer muito mais pelo Skate do que essas outras pessoas,que se dizem skatistas, que conseguem ganhar a vida trabalhando em eventos como esse e que só pensam em si mesmos. No final, só a verdade permanece, como se diz nas ruas, quem é de verdade sabe! A galera mostrou muita união e consciência ao exigir o legado que lhe é de direito. Esse na minha opinião, foi o maior legado deixado pro Skateboard nacional:
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União, verdade, respeito! Atualmente, o projeto da praça Duó esta pronto, já aconteceram algumas reuniões com a prefeitura que vem sendo muito receptiva e a expectativa é de que até o final do ano o Plaza esteja pronto.
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Phillippe “Gengivao”
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Desconhecido (Marc Johnson)
GAPテグ Bia Sodre Ollie Tio Verde
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Lucas “Cofrinho” Tucknee Pedro Macedo
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Vicinius “Paje” Nollie heel Pedro Macedo
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Fabio “Azul”
Rock`n`roll de back
Pedro Macedo
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“Passar a frequentar aquele lugar mudou a minha vida�
A
XV
Wilson Domingues
XV é um lugar que tem muita importância para a história do nosso país. Além de ser um dos principais portos do país, decisões políticas foram tomadas naquela praça, toda uma carga histórica e cultural que os arredores dali carrega. Depois da reforma do projeto “Rio Cidade” em 1997, a praça se tornou um pico muito agradável com um chão de pedra liso e grandes espaços livres com muitas árvores a beira da Baia de Guanabara de onde vem uma massa de ar puro. Passar a frequentar aquele lugar mudou a minha vida, pois na cabeça de um moleque suburbano skatista, onde na década de 90 qualquer 10m2 de calçada, mais ou menos lisa, valia ouro para dar algumas tricks, ver todo aquele espaço livre com uma arquitetura diferente, onde a mistura modernista com a colonial pinta uma paisagem instigante para explorar com o carrinho de baixo dos pés. E não só pelo aspecto arquitetônico, mas também pelo cultural, pois ali estão os principais museus: CCBB, MNBA, MAM, Caixa Cultural, CCJF e CFB. Passei a frequentar esses picos graças ao skate, na noite frequentava
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a Lapa, cheguei a pegar o final da primeira fase do Circo Voador (fechado pelo Conde) e todas as festas “Zoeira” no extinto Sinuca da Lapa. Em 1999 o prefeito Conde aprovou um projeto de lei que proibiu a prática de skate, bicicleta em qualquer praça. A partir daí começaram nossos problemas, passamos 12 anos batendo boca ou fugindo da guarda municipal. Já aconteceram coisas desagradáveis, um exemplo é a última parte do nosso 1º vídeo ”021”, lançado em 2002, onde um policial (guarda municipal) prende o skate de um amigo meu e ao mesmo tempo uma menina que havia sido assaltada a pouco metros de onde estávamos, foi chorando até o policial pedindo ajuda, dizendo que havia sido assaltada com o namorado e ele ainda estava no local do crime, enquanto isso o meu amigo puxou o skate de forma sorrateira da mão do guarda, que ao invés de esquecer o skate e dar atenção a menina, ele voltou para agredir o skatista. Em 2011 coloquei este vídeo no youtube com o intuito de pressionar as autoridades e o mesmo teve mais de 345.000 acessos. Os protestos na XV começaram em 2008, sempre na semana do dia 21 de Junho (Dia Mundial do Skate), no início a galera do “Avuatauba” deu um gás em fazer o protesto e Best Tricks em picos próximos, em 2010 eu junto ao meu brother Vaguinho, distribuímos giz de quadro negro, para a molecada desenhar no chão as formas do corpo como marcas de “cenas de crime”, meio que dizendo: “Vamos ficar aqui até a morte”, foi algo simbólico para mostrar nosso amor pela praça. Em 2011 nos organizamos de forma difícil de acreditar, quando se trata de um bando de skatistas, mas a coisa deu muito certo. Nos reunimos desde o início do ano uma vez por semana, religiosamente, no Circo Voador e
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planejamos meticulosamente nossa ação para Junho, incluindo um projeto de proposta de adaptação do mobiliário da praça para a prática do skate. Conseguimos contato com o secretário de esporte e lazer, mas foi o sub-prefeito do Centro Thiago Barcelos que nos procurou para o dialogo, além de termos como madrinha do movimento a atriz Cissa Guimarães. Não deu outra, conseguimos a legalização do skate na praça XV e uma promessa de construção de um Plaza na região central do Rio. Agora, passado um ano, continuamos a nos encontrar no Circo Voador, todas as segundas e fundamos a Associação Cultural do Skate que tem o objetivo de desenvolver projetos e firmar o skate como atividade cultural, ferramenta de evolução e mudança independente “Do it yourself”. Terminamos o projeto arquitetônico do Plaza, assinado por nosso membro do grupo skatista/arquiteto Raphael Buarque “Pharrá” e produzimos um evento de arte e debates
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com skatistas, artistas, acadêmicos e representantes da sociedade, além de exibição de filmes e bandas no Palácio da República “Museu da República”. O nome do evento é “República do Skate”, onde fizemos uma exposição com 56 artistas, todos com ligação direta ao skate. O mais foda dessa história é que desde quando comecei a frequentar o centro da minha cidade e em especial a Praça XV para dar rolé de skate, não me beneficiei apenas sob o aspecto territorial, arquitetônico ou cultural, mas principalmente no aspecto do significado de família pois passamos muitas fases ali, nos encontrando toda semana, muitos pararam de andar, outras gerações chegaram, quem se identificou e continuou compõe a família que só cresce. Espero que isso continue se desenvolvendo com verdade e respeito ao próximo, como sempre foi.
Como diz o meu bom e velho amigo Palito: “Aqui ninguém cobra nada de ninguém”. Cada um tem a sua vida, paralela ao que acontece na XV e a maioria dá duro e sofre as pressões do dia a dia, mas quando está lá, é como se fosse uma outra dimensão. Você esquece de todos os problemas e anda livremente como se não houvesse amanhã. uece de todos os problemas e anda livremente como se não houvesse amanhã.
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Noturna Lorran “Sujinho”
Heelflip de back
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Diego “Korn” Ollie de front Pedro Macedo
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Louise Martins Caua Csik
KUQUE
EVOLUINDO NA ARTE DE SE REINVENTAR 98
Kuque é um daqueles caras que inspira a gente na primeira conversa, seja pela sua trajetória ou pela diversidade de coisas que se mete a fazer. Carioca do subúrbio, reinvenção é a palavra de ordem na sua vida e o que antes começava por necessidade, hoje é o que o torna um dos skatistas mais versáteis que conhecemos. E nessa vibe que a gente curte, de coração aberto e sem problema em falar o que pensa, Kuque cedeu um pedacinho da sua agenda ocupadíssima para ser o entrevistado da vez aqui na Journal e aproveitou pra mandar um recado. Quer saber mais? Só acompanhar o papo!
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“A mídia não quer que as pessoas sonhem e cresçam.”
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KUQUE, VOCÊ É ARTISTA, SKATISTA, GRAFITEIRO, EMPREENDEDOR, PUBLICITÁRIO E TATUADOR. CONTA PRA GENTE UM POUCO DA TUA HISTÓRIA E COMO CONSEGUIU ATUAR EM TANTOS CAMPOS DIFERENTES Minha diversidade vem da necessidade. Antes na verdade quero reforçar uma questão da brasilidade. Somos uma raça vira lata, misturadona e, por sorte, forte pra caramba. E sendo do subúrbio, uma área bem menos privilegiada da cidade, a diversidade das coisas que faço é fruto de necessidade e de garra. Sendo de uma família de classe media baixa, desde criança aprendi a elaborar, fazer e principalmente a cuidar dos meus brinquedos, pipa, pião, carrinho de rolimã... Nos anos 80, tinha uma onde de fazer seu próprio shape de skate, que depois morreu e agora parece que está voltando. Então acho que vem muito disso aí, da necessidade, mas também por uma questão de raça mesmo! Conseguir algo que queríamos era muito difícil fora de natal e aniversários, então a gente fazia. Colava com os tiozinhos que tinham
habilidade daqui, levava no outro que tinha habilidade dali e assim íamos fazendo e aprendendo. Tive a sorte de encontrar pessoas de garra e talento no meu caminho. Por isso pra mim é muito importante valorizar a nossa brasilidade, reconhecer o talento e a garra que o brasileiro tem. Agora, o próprio brasileiro tem que se valorizar. Ouvir mais música brasileira, usar mais roupa brasileira, contratar mais artistas brasileiros. E O QUE VOCÊ VÊ DE MAIS IMPORTANTE NESSA DIVERSIDADE? Se você quer aprender, tem que estar aberto a diversidade. Eu digo sempre: se você quer tocar violão, mas hoje trabalha colando sola de sapato, presta atenção no que você está fazendo porque essa sua experiência certamente vai te ajudar a tocar violão de uma outra forma. Vai ter seu jeito. Tudo que você faz te dá experiência para utilizar numa outra coisa. A diversidade é bem legal, ela agrega em tudo que você faz. QUEM CHEGOU PRIMEIRO NA TUA VIDA: ARTE OU SKATE? A arte apareceu primeiro do que o skate na minha vida, por uma questão de interesse pessoal mesmo. As cores das pipas, as embalagens de biscoitos... sei lá, eu pancava com as composições e gráficos. O skate veio depois: foi ganhar um patinete no natal e no outro dia logo de manhã arrancar o guidão. E lá estava feito o meu primeiro skate! Aí bicho, fudeu! Desce ladeira. Onde é que tem
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“se você quer trabalhar com arte, você precisa mesmo é de dedicação, como na maioria dos trabalhos”
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pista? Que desenho é esse aqui nessa revista? Constrói jump ramp, tenta pular carro, que música é essa no vídeo de skate??? Tudo isso com 11, 12 anos de idade. Naturalmente o skate fez parte da minha evolução. Desenho desde criança e tatuo profissionalmente há quase 20 anos, mas hoje estou numa fase que definitivamente quero trabalhar com marcas de skate, fazer arte pra skate. A Element chama artista brasileiro, mas tem marca brasileira que chama artista de fora. Já fiz trabalhos pra várias grandes marcas e clientes de diversos segmentos, mas até hoje não trabalhei com nenhuma marca brasileira de skate. E isso definitivamente é o que quero. COMO VOCÊ ENTROU PRO UNIVERSO DA TATUAGEM E O QUE TE INSPIRA NELE? Tatuei uns 10 anos num estúdio de tatuagens na tijuca, A Supernova. Aprendi muita coisa lá e eles foram motivadores da evolução do meu trabalho no inicio. Obrigado Marcos Ribeiro, Luga, Henrique Mattos, Cláudio e Rita. Obrigado. Depois acabei saindo pra montar meu primeiro estúdio, que perdi pra um cara que eu ajudei. Aí o que fiz? Vendi meu carro e na raça recomecei do zero. Nessa montei a LOVE TATTOO, entitulada “A Primeira Galeria de Arte SUBurbana do Rio de Janeiro”. A tatuagem abriu muitas portas para mim. Conheci diversos outros desenhistas, me aprofundei em outros
estilos e fui absorvendo. Por causa da tatuagem tive a oportunidade de viajar pra tatuar em Portugal, e depois Barcelona. Minha família nunca teria condições de me dar uma viagem dessas, mas meu trabalho me permitiu. Barcelona foi como uma dose cavalar de arte na minha veia! Voltei de lá e disse: Foda-se. É isso que eu faço, é disso que vou continuar vivendo! E tô aí, vivão. O mais legal de tudo é dizer que virei tatuador por causa da cultura do skate. Logo o Skate foi o primeiro a começar a abrir as portas para mim. Definitivamente minha melhor escola de artes foi os desenhos silkados dos shapes de skate da década de oitenta. E QUAL É A RELAÇÃO DA TUA FAMÍLIA COM SEU TRABALHO? PERGUNTO, POIS, SE HOJE AINDA HÁ MUITOS PAIS QUE OLHAM TORTO, IMAGINA QUANDO VOCÊ COMEÇOU... Meu pai é militar e minha mãe dona de casa. No início não entendiam muito onde é que esse negócio de tatuagens ia dar… nem eu! Lembro do meu pai tentando me alertar, dizendo “cuidado com ese negócio de tatuagens, vai começar andar com um monte de viciados”. Hahahahahha! Ô Mídia maldita! Enquanto isso neguinho de terno e gravata roubando e cheirando pó malhado em tampa de privada de banheiro social... merda! Mas conforme o tempo foi passando, meu pai passou a respeitar e admirar mais o que eu fazia. Só não teve
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FALA MAIS SOBRE ESSE LADO MAIS “MERCADOLÓGICO” DO “VIVER DE ARTE” Quem não faz arte ou não trabalha com arte, acha que artista não trabalha e acaba não valorizando. É importante também, para ambos os lados, se informar bastante, sempre! Por isso novas exposições, novas revistas, novos músicos são importantes, e isso a mídia não quer divulgar. Informação é importante pro artista saber melhor sobre o que está fazendo, mas serve também pra quem consome arte fugir da picaretagem. O estudo, como sempre, é bom pra tudo. E trabalhar um pouco também ajuda nos negócios. Acho que por último, saber reconhecer o que surge, estar sempre aberto para o novo e sempre se considerar aprendiz, independente da experiência que tem. O teu aprendiz de hoje pode ser o teu professor amanhã. E A CENA DE ARTE UNDERGROUND NO RIO, COMO ESTÁ? GENTE DEMAIS, QUALIDADE DE MENOS? MUITA BANALIZAÇÃO? Banalização sempre existiu. Se as pessoas não aprenderem a valorizar a própria arte, banaliza. A banalização tá ligada a pagamento. Cabe ao artista se prostituir ou não. Eu não quero me prostituir, não quero virar puta! Com todo respeito a elas, adoro a franqueza do
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trabalho delas. Eu não preciso de rios de dinheiro e se as pessoas percebessem que elas também não precisam, a coisa não estaria tão banalizada. E NESSA RELAÇÃO DO MERCADO X CULTURA UNDERGROUND, QUAL É O PAPEL DAS MARCAS? Acho que chegou a hora das marcas olharem menos pras pessoas que ditam e fazem o estilo e passarem a dar mais valor aos artistas e skatistas. Em Barcelona tive a oportunidade de ver marcas que estão patrocinando artistas como fazem com os skatistas. Isso é muito legal, é reconhecimento! E se você aí, dono duma marca que está pensando que a solução pra aumentar os negócios é importar shape, rodas e tênis da china, vale a pena repensar, porque novas marcas estão surgindo. Essa molecada que está aí, vai crescer.... e aí a fila vai andar! Depois não vai mais adiantar querer vir dar boné e adesivo no dia do campeonato não. Uma marca quando se queima, se fode. E skatista por natureza é fiel pra caramba com as coisas que acredita. É um ótimo momento para as marcas se posicionarem no mercado do skate brasileiro. A mídia não quer que as pessoas sonhem e cresçam. Se as marcas não fizerem isso, ninguém cresce. Nem as pessoas, nem as marcas. Só a mídia.
”até hoje não trabalhei com nenhuma marca brasileira de skate. E isso definitivamente é o que quero.”
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TEM MUITA MARCA QUE PATROCINA CAMPEONATO DE SKATE, QUE ESTIMULA ESSE TIPO DE COMPETIÇÃO. O QUE VOCÊ ACHA DISSO? Acho esse universo do skate como esporte de competição bem complicado. A competição que te põe lá no topo do pódium é a mesma que vai fazer questão de te jogar no chão. É natural, porque eles sempre vão precisar de novos ídolos. Por isso, ande de skate pra se divertir com seus amigos, ande por prazer. Se você ganhar um campeonato, que bom! ARTE, SKATE E TATUAGEM. PRA VOCÊ, QUAL É A PRINCIPAL RELAÇÃO ENTRE ESTES 3 MUNDOS? Evolução. Apesar de acharmos o contrario, acho nós, os seres humanos, muito atrasados evolutivamente
em relação as outras espécies vivas. A arte tem a capacidade de abrir novos caminhos, abrir canais pra respirarmos melhor, sentir novas sensações, ouvir, ver e muitas vezes nos ensina até a sermos criticados. Assim a gente se auto questiona, se modifica, e se modificando pra melhor, evoluimos. O skate é uma forma de arte e acho que tá nisso que eu falei. A tataugem vem do desenho, que tambem é arte. “O mundo precisa de arte”. Ouvi essa frase uma vez de uma importante pessoa e lembrei pra sempre, porque é isso mesmo. Arte pra evoluir.
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“Se você quer aprender, tem que estar aberto a diversidade.” 107
E PRA FINALIZAR, COM TODA ESTA TUA BAGAGEM, QUAL MENSAGEM VOCÊ PODE DEIXAR PRA ESSA GALERA NOVA QUE QUER VIVER DE ARTE E SKATE? Seja Honesto
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Seja honesto.
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Lucas Cofrinho Smith de back Pedro Macedo
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Willians “Dentinho� Wallride Renan Monteiro
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Muleque Chato
Sergio Santoro
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Rodney dos Santos Pedro Macedo e Rodney dos Santos
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Qual a sua idade?
O que te motiva a andar de skate?
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Amor pelo esporte e a satisfação na hora de acertar uma manobra nova
Onde prefere andar de skate?
Você pensa em sobreviver do skate?
Qualquer lugar com os amigos
Não pretendo abandonar os estudos mas o futuro so Deus sabe
Como você define seu estilo?
Já viajou pra gringa pra andar?
Espontâneo
Qual manobra você mais gosta de mandar? Backside flip
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Comecei a andar lá morando 5 anos no sul da California
Quem sao seus ídolos no skate? Aqueles que promovem a evoluçao do esporte
Vai mandar um beijo pra quem? Para os meus pais que sempre me apoiaram
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Mauricio “Nava”
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Boneless nee
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Victor Cardoso
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Feeble
Pedro Macedo
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Raphael “Indio” Heelflip de front Pedro Macedo
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Yan Felipe
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Flip
Pedro Macedo
Ionir “Mera”
Switch nosebump
Dhani Borges
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128 Frederico Vegele
Marc Recco
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Felipe Peruca
Arte coletiva: Fábio Tirado, Antônio Tebiryça, Dig Barbosa
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132 Julia Murad por
Mariza Fonseca