BRASÍLIA-DF | 2019
_ficha técnica Idealização Pastoral Juvenil Organização Jovens Conectados
Foto do Papa Francisco Dicastery for Laity, Family and Life
Revisão/Arte/Diagramação Jovens Conectados
Realização CNBB
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_sumário 6
_apresentação do caminho da JDJ até o DNJ na Igreja do Brasil
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_história das Jornadas Diocesanas da Juventude
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_introdução
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_Jornada Diocesana da Juventude 2019
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_momentos celebrativos
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_sugestões metodológicas JORNADA DIOCESANA DA JUVENTUDE_2019
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_apresentação do caminho da JDJ até o DNJ na Igreja do Brasil
A Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) em nível diocesano é celebrada nas igrejas locais no Domingo de Ramos ou durante o tempo pascal com o objetivo de “fazer a pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem, para que Ele possa ser seu ponto de referência constante e também inspiração para cada iniciativa e compromisso para a educação das novas gerações”. A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, orienta que o início dessa caminhada seja um momento diocesano, iniciando no Domingo de Ramos e terminando em outubro, levando o jovem a acolher Jesus, com sua mensagem. 1º passo (janeiro/fevereiro):disponibilização do subsídio da JDJ no www.jovensconectados.org.br (de domingo de Ramos até o final do tempo pascal). O Papa nos traz como tema neste triênio 2017-2019 as Bem Aventuranças onde o foco está na Virgem Maria (Maria é a bem aventurada). 2º passo (abril e maio): motivar as expressões a estudar o caderno da Campanha da Fraternidade na perspectiva juvenil.
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3º passo (junho e julho): fazer um mapeamento da situação da juventude, com relação ao tema proposto, e foco na Campanha da Fraternidade (CF). 4º passo (agosto e setembro): lançamento do subsídio do Dia Nacional da Juventude (DNJ) nos grupos de jovens, comunidades e dioceses. 5º passo (outubro): visitas missionárias nas comunidades, na perspectiva do assunto trabalhado durante todo o ano. 6º passo (setembro a novembro): celebração do DNJ.
CAMINHO
1º SEMESTRE
JDJ 1- CONHECIMENTO - Estudo do material da JDJ de cada ano 2- MAPEAMENTO - Realidade dos dos jovens a luz da carta do Papa 3- PLANEJAMENTO - Planejar a ação e calendário do que será feito a partir a luz do material da JDJ - Preparar a celebração da JDJ no Domingo de Ramos (ou em um dia próximo)
2º SEMESTRE
DNJ 1- LANÇAMENTO - Divulgação e estudo do subsídio do DNJ 2- MISSÕES - Realizar missões (Igreja em saída) nas paróquias das dioceses 3- CELEBRAÇÃO - Escolher o dia e realizar a Celebração do DNJ
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_história das Jornadas Diocesanas da Juventude
Este tópico inicial de nosso subsídio tem por objetivo principal auxiliar os jovens e adultos do Brasil a compreender o que são as Jornadas Diocesanas da Juventude (JDJ). Sugerimos que, numa primeira oportunidade, a equipe diocesana e/ou paroquial, pastoral, movimento, nova comunidade ou congregação religiosa, possa se reunir e entender o que é uma JDJ. Você poderá organizar este encontro de diversas maneiras: lendo e debatendo as questões ou elencando perguntas do grupo para que sejam respondidas com a ajuda do subsídio.
O QUE SÃO AS JORNADAS DIOCESANAS DA JUVENTUDE? A Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) é a organização das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) em nível diocesano e é celebrada nas Igrejas Locais no Domingo de Ramos (ou em um dia próximo) com o objetivo de “fazer a pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada
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jovem para que Ele possa ser seu ponto de referência constante e também a inspiração para cada iniciativa e compromisso para a educação das novas gerações”. (Carta de João Paulo II ao Cardeal Eduardo Francisco Pironio na ocasião do Seminário sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, organizado em Czestochowa, Polônia).
QUEM CONVOCA E QUAL O TEMA DAS JDJs? A convocação é feita pelo Santo Padre o Papa que sempre propõe uma temática específica aos jovens e encaminha uma carta para que meditem e aprofundem seu encontro com Jesus Cristo e o comprometimento com seu Evangelho. No Brasil, ela acontece no período em que a Igreja celebra a Campanha da Fraternidade, e, quando possível, deve ser realizada em consonância com as reflexões levantadas pelo Episcopado Brasileiro para a quaresma de cada ano.
QUANDO SURGIRAM AS JDJs? Elas são uma atividade mundial e são a JMJ acontecendo nas igrejas locais, portanto, sua história é a mesma da Jornada Mundial da Juventude. O ano de 1985 foi proclamado pela ONU como Ano Internacional da Juventude. Aproveitando a ocasião, o Papa João Paulo II conclamou para o Domingo de Ramos um encontro com os jovens de Roma: 300 mil jovens reuniram-se com o Santo Padre. Esta primeira Jornada Diocesana inspirou as JDJs e propagou-se nos anos seguintes por diversas Igrejas locais.
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QUANDO PODE SER CELEBRADA A JDJ? A data tradicional da celebração da JDJ é o Domingo de Ramos. Nela, os jovens são convidados a acolher Jesus e sua mensagem, assim como o povo de Jerusalém o acolheu com ramos nas mãos, montado em um jumentinho. O ideal é que seja realizada neste dia, desde que não fira a participação dos jovens nas celebrações da Semana Santa em suas comunidades paroquiais. Se isto ocorrer, pode-se celebrar na tarde do dia anterior, ou em outra data apropriada, a fim de que a maioria dos jovens possa participar. Pede-se, contudo, que seja realizada no primeiro semestre de cada ano, para não conflitar com o DNJ (Dia Nacional da Juventude) a ser celebrado em outubro. Caso ocorra no Domingo de Ramos, pede-se que se considere a reflexão da Campanha da Fraternidade proposta de cada ano, para a qual a Pastoral Juvenil do Brasil prepara subsídio próprio.
COMO ORGANIZAR A JDJ? As Jornadas Diocesanas da Juventude são uma atividade da Igreja Jovem, e como tal, precisam ser preparadas pelas forças vivas da Juventude das dioceses. O processo de construção coletiva é fundamental, especialmente com a presença efetiva e comunhão dos movimentos, pastorais, novas comunidades, congregações e grupos jovens paroquiais que trabalham com jovens. Deve acontecer com envolvimento dos grupos de base e, o quanto possível, com os grupos de crisma. Na preparação de uma JDJ, é preciso considerar: 1) o estudo do tema pelos jovens da diocese e, 2) preparação do dia do evento. As duas últimas partes deste subsídio contemplam estes dois “pilares” da preparação da JDJ.
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COMO A JDJ 2019 SE RELACIONA COM O PROJETO IDE DA PASTORAL JUVENIL? Durante os anos de 2018 a 2020, a juventude brasileira é chamada a preparar-se para viver o IDE, que se fundamenta a partir de cinco eixos: MISSÃO, CAPACITAÇÃO, ESTRUTURA DE ACOMPANHAMENTO, ECOLOGIA e POLÍTICAS PÚBLICAS. Durante esse caminho tivemos dois momentos fortes - o Sínodo dos Bispos em Roma sobre “Os jovens, a Fé e o discernimento Vocacional” – e também a JMJ no Panamá realizada em janeiro de 2019. Esses momentos vem fortalecer a nossa vivência do PROJETO IDE.
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_introdução
A Pastoral Juvenil no Brasil tem uma tradição de celebrar a Jornada Diocesana da Juventude no primeiro semestre e o Dia Nacional da Juventude no segundo semestre. Cada diocese procura a melhor data para realizar. Nesse ano de 2019 celebramos o final do tríduo iniciado em 2017 pelo Papa Francisco, que propôs ao jovens a vivência de três temas marianos: XXXII Jornada Mundial da Juventude 2017 “O Poderoso fez para mim coisas grandiosas” (Lc 1,49) XXXIII Jornada Mundial da Juventude 2018 “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus” (Lc 1,30) XXXIV Jornada Mundial da Juventude 2019 “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38)
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Também nesses três anos o Papa propõe um caminho espiritual com uma forte de conotação Mariana. Os jovens estão sempre a caminhar, por isso, esses três temas quer ajudar os jovens. Os temas para ajudar no caminho são:
1- caminhar olhando para o passado (2017) 2- caminhar olhando para o presente (2018) 3- caminhar olhando para o futuro (2019)
Os três pontos orientam os jovens a fazer memória do passado, ter coragem no presente e ter/ser esperança para o futuro. Esse caminho deve ser animado pelas três virtudes teologais: Fé, Caridade e Esperança. Você pode conferir as mensagens do Papa Francisco para as Jornadas Diocesanas da Juventude através do site do Vaticano: (http://bit. ly/mensagensjmj) Dessa forma, a JDJ 2019 trabalhará o tema XXXIV Jornada Mundial da Juventude 2019 “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38), e ao mesmo tempo as considerações do Papa Francisco na JMJ no Panamá. Aqui no Brasil somos convidados a nos unirmos ao caminho que o Papa propõe enquanto Igreja católica universal e ao mesmo tempo atentos ao Plano Trienal da Pastoral Juvenil no Brasil com o projeto IDE.
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Rezemos para que o Espírito Santo de Deus possa continuar conduzindo os nossos passos para que a Evangelização da juventude no Brasil continue espalhando esperança a todas expressões juvenis da Igreja e ao mesmo atraindo outros jovens para Cristo. Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
SAIBA + sobre o Projeto IDE: jovensconectados.org.br/ide
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_Jornada Diocesana da Juventude 2019 XXXIV Jornada Mundial da Juventude “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38)
APROFUNDANDO O TEMA Papa Francisco (Cidade do Panamá, Cerimônia de abertura da JMJ Panamá 2019)
Queridos jovens, boa tarde! Que bom é encontrar-nos de novo, e fazê-lo nesta terra que nos acolhe com tantas cores e tanto calor! Reunidos no Panamá, a Jornada Mundial da Juventude é mais uma vez uma festa, uma festa de alegria e esperança para toda a Igreja e, para o mundo, um grande testemunho de fé.
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Lembro-me que, em Cracóvia, alguns perguntaram-me se estaria presente no Panamá, tendo-lhes respondido: «Eu, não sei; mas Pedro estará lá certamente. Pedro estará…» Alegra-me poder-vos dizer hoje: Pedro está convosco, para celebrar e renovar a fé e a esperança. Pedro e a Igreja caminham convosco e queremos dizer-vos que não tenhais medo, que prossigais com esta energia renovadora e esta inquietação constante que nos ajuda e impele a ser mais alegres, mais disponíveis, mais «testemunhas do Evangelho». Prossegui, não para criar uma Igreja paralela, um pouco mais «jovial» e «atrevida» numa modalidade para jovens, com alguns elementos decorativos, como se isso pudesse deixar-vos contentes. Pensar assim seria faltar ao respeito devido a vós e a tudo aquilo que o Espírito, por vosso intermédio, nos tem vindo a dizer. Ao contrário, queremos descobrir e despertar, juntamente convosco, a novidade incessante e a juventude da Igreja, abrindo-nos sempre a esta graça do Espírito Santo que tantas vezes realiza um novo Pentecostes (cf. Sínodo dedicado aos jovens, Documento final, 27/10/2018, 60). Isto só é possível, se, como há pouco vivemos no Sínodo, soubermos caminhar escutando-nos e escutar completando-nos uns aos outros, se soubermos testemunhar anunciando o Senhor no serviço aos nossos irmãos; que, naturalmente, é sempre um serviço concreto. Não se trata dum serviço em banda desenhada: é um serviço concreto. Se começarmos a caminhar, jovens, sempre jovens como na história da América... Penso naqueles de vós que começaram primeiro a caminhar nesta Jornada: vós, jovens da juventude indígena, fostes os primeiros na América e os primeiros a caminhar neste encontro. Um grande aplauso, forte! E ainda vós, jovens descendentes de africanos: também vós fizestes o vosso encontro, antecipando-vos a nós. Outro aplauso! Bem! Sei que, para chegar aqui, não foi fácil. Conheço os esforços, os sacrifícios que fizestes para poderdes participar nesta Jornada. Muitos dias de trabalho e dedicação, encontros de reflexão e oração, cuja recompensa é o próprio caminho. O discípulo não é apenas aquele
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que chega a um lugar, mas quem começa com decisão, quem não tem medo de arriscar e pôr-se a caminho. Se alguém se põe a caminhar, já é um discípulo. Se ficas parado, perdeste… Começar a caminhar, estar a caminho: esta é a alegria maior do discípulo. Vós não tendes medo de arriscar e caminhar. Se hoje podemos estar em festa, é porque esta festa já começou há muito tempo em cada comunidade. Como ouvimos há pouco na apresentação e constatamos pelas bandeiras que desfilavam, vimos de culturas e povos distintos, falamos línguas diferentes, vestimos roupas diversas. Cada um dos nossos povos viveu histórias e circunstâncias distintas. Quantas coisas podem diferenciar-nos! Mas nada disso impediu de nos encontrarmos; tantas diferenças não impediram de nos encontrarmos e estarmos juntos, de nos alegrarmos juntos, de celebrarmos juntos, de confessarmos Jesus Cristo juntos. Nenhuma diferença nos deteve. Isto é possível, porque sabemos que há Alguém que nos une, que nos faz irmãos. Vós, queridos amigos, fizestes muitos sacrifícios para vos poderdes encontrar, tornando-vos assim verdadeiros mestres e artesãos da cultura do encontro. Com isso, tornastes-vos mestres e artesãos da cultura do encontro, que não é «Olá! Como estás? Adeus, até breve». Não, a cultura do encontro é aquela que nos faz caminhar juntos com as nossas diferenças, mas com amor, todos unidos no mesmo caminho. Vós, com os vossos gestos e atitudes, com as vossas perspectivas, desejos e sobretudo a vossa sensibilidade, desmentis e refutais certos discursos que se concentram e empenham em semear divisão, aqueles discursos que procuram excluir e expulsar quantos «não sejam como nós». Como dizemos em vários países da América: «Não são um GCU [gente como um (que eu conheço), gente como nós]. Vós desmentis isto. Todos são pessoas como nós, cada qual com as próprias diferenças. Assim é, porque tendes um olfato capaz de intuir que «o amor verdadeiro não anula as diferenças legítimas, mas harmoniza-as numa unidade superior» (Bento XVI, Homilia, 25/01/2006). Repito-o: «O amor verdadeiro
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não anula as diferenças legítimas, mas harmoniza-as numa unidade superior». Sabeis quem disse isto? Sabeis ou não? O Papa Bento XVI, que está a acompanhar-nos. Façamos-lhe um aplauso. Mandemos-lhe daqui uma saudação! Ele está a ver-nos na televisão. Uma saudação (todos, todos com as mãos) para o Papa Bento! Entretanto sabemos que o pai da mentira, o demônio, prefere sempre o contrário: um povo dividido e litigioso. Ele é o mestre da divisão e tem medo de um povo que aprenda a trabalhar em conjunto. E isto é um critério para distinguir as pessoas: os construtores de pontes e os construtores de muros. Os construtores de muros que, semeando medo, procuram dividir e amedrontar as pessoas. Mas vós quereis ser construtores de pontes. Que quereis ser? [os jovens respondem: «Construtores de pontes!»] Aprendestes bem, gostei! Vós ensinais-nos que encontrar-se não significa mimetizar-se, pensar todos a mesma coisa, viver todos de forma igual fazendo e repetindo as mesmas coisas. Isto, fazem-no os papagaios. Encontrar-se significa saber fazer outra coisa: entrar na cultura do encontro é apelo e convite a termos a coragem de manter vivo e em conjunto um sonho comum. Entre nós, há tantas diferenças, falamos línguas diferentes. Todos nos vestimos de forma diferente, mas, por favor, procuremos ter um sonho em comum. Isto, podemos fazê-lo. E isto não nos aniquila, mas enriquece. Um sonho grande, um sonho capaz de envolver a todos. O sonho, pelo qual Jesus deu a vida na cruz e o Espírito Santo, no dia de Pentecostes, foi derramado e gravado a fogo no coração de cada homem e mulher, no coração de cada um, no deste, no daquele, no daqueloutro…, no meu, também no teu, gravou-o com a esperança de aí encontrar espaço para crescer e desenvolver-Se. Um sonho, um sonho chamado Jesus, semeado pelo Pai: Deus como Ele, como o Pai, enviado pelo Pai com a confiança que crescerá e viverá em todo o coração. Um sonho concreto, que é uma Pessoa, que corre nas nossas veias, faz exultar e dançar de alegria o coração sempre que escutamos o man-
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damento que Jesus nos deu: «Que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos». Como se chama o nosso sonho? [os jovens respondem: «Jesus!»] Não ouço… [repetem: «Jesus!»] Não ouço… Mais forte! [repetem mais forte: «Jesus!»]. Um santo destas terras – ouvi isto – um santo destas terras gostava de dizer: «O cristianismo não é um conjunto de verdades para se acreditar, nem de leis para se observar nem de proibições. O cristianismo, visto assim, seria muito repugnante. O cristianismo é uma Pessoa que me amou tanto, que deseja e pede o meu amor. O cristianismo é Cristo» (Santo Óscar Romero, Homilia, 6/11/1977). Podemos repetir todos juntos? O cristianismo é Cristo. Outra vez: O cristianismo é Cristo. Mais uma vez: É Cristo! É continuar o sonho pelo qual Ele deu a vida: amar com o mesmo amor com que Ele nos amou. Não nos amou a meias, não nos amou um pouco… Amou-nos totalmente, cumulou-nos de ternura, de amor; deu a sua vida. Perguntemo-nos: O que é que nos mantém unidos? Por que é que estamos unidos? Que nos impele a encontrar-nos? Sabeis o que nos mantém unidos? É a certeza de saber que fomos amados com um amor cativante que não queremos nem podemos calar; um amor que nos desafia a responder da mesma maneira: com amor. O que nos impele é o amor de Cristo (cf. 2 Cor 5, 14). Olhai! Um amor que une é um amor que não se impõe nem esmaga, um amor que não marginaliza nem obriga a estar calado nem silencia, um amor que não humilha nem subjuga. É o amor do Senhor: amor diário, discreto e respeitador, amor feito de liberdade e para a liberdade, amor que cura e eleva. É o amor do Senhor, que se entende mais de levantamentos que de quedas, de reconciliação que de proibições, de dar nova oportunidade que de condenar, de futuro que de passado. É o amor silencioso da mão estendida no serviço e na doação; é o amor
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que não se vangloria nem se pavoneia, é o amor humilde que se dá aos outros sempre com a mão estendida. Tal é o amor que nos une hoje. Pergunto: acreditas tu neste amor? E faço outra pergunta: acreditas que este amor vale a pena? Uma vez Jesus, respondendo a uma pessoa que O interrogara, terminou dizendo: «Se acreditas que é assim, vai e faz o mesmo». Em nome de Jesus, eu digo-vos: Ide e fazei o mesmo. Não tenhais medo de amar, não tenhais medo deste amor concreto, deste amor que tem ternura, deste amor que é serviço, deste amor que dá a vida. E esta foi a mesma pergunta e a chamada que recebeu Maria. O anjo perguntou-Lhe se queria trazer este sonho no seu ventre, se queria fazê-lo vida, fazê-lo carne. Maria tinha a idade de muitos de vós, a idade de tantas jovens como vós. Ela respondeu: «Eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Fechemos nossos olhos, todos nós, e pensemos em Maria. Ela não era estúpida, sabia o que sentia o seu coração, sabia o que era o amor, e respondeu: «Eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra». Nestes breves momentos de silêncio, em que Jesus diz a cada um – a este, àquele, àqueloutro –: «Estás disposto? Queres?» Pensa em Maria e responda: «Quero servir o Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra». Maria soube dizer «sim». Teve a coragem de dar vida ao sonho de Deus. E o mesmo nos é pedido hoje: queres encarnar com as tuas mãos, os teus pés, o teu olhar, o teu coração o sonho de Deus? Queres que seja o amor do Pai a abrir-te novos horizontes e levar-te por sendas nunca imaginadas nem pensadas, sonhadas ou esperadas, que alegrem e façam cantar e dançar o coração? Temos a coragem de responder ao anjo, como Maria, «eis-nos aqui, somos os servos do Senhor, faça-se em nós…»? Agora não respondais; cada qual responda no seu coração. Há perguntas a que se responde apenas em silêncio. [...]
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Amigos – amigos e amigas –, que Jesus vos abençoe! Vo-lo desejo com todo o coração. Que Santa Maria la Antigua vos acompanhe e proteja, para podermos dizer, sem medo, como Ela: «Eis-me aqui. Faça-se em mim».
PARA REFLETIR No início deste triênio, em 2017, fomos incentivados pelo Papa Francisco a olharmos o passado com gratidão, recordando a vida de santos e santas da Igreja do Brasil que marcaram a história. No ano passado, em 2018, a reflexão do Papa nos convidou a olhar para o presente através do ano do laicato com o tema “Cristãos Leigos e Leigas comprometidos com a Evangelização”. Também a partir dessas palavras, os jovens foram motivados a serem protagonistas em sua realidade, na Igreja, na sociedade, na família. Já nesse ano de 2019, somos chamados a caminhar olhando para o futuro. Para os jovens, pensar no futuro pode até em alguns momentos dar um “frio na barriga” devido a tantas incertezas e questionamentos. Contudo, se caminhamos olhando para o futuro, confiantes no projeto de Deus para cada um de nós e nos deixarmos conduzir por suas mãos, viveremos com mais ânimo e coragem nas tomadas de decisão. É preciso também confiar na sabedoria daqueles que já percorreram os caminhos que vamos percorrer. Com a conclusão da XV Assembleia Geral do Ordinária, o Sínodo dos Bispos com seu olhar sobre as juventude, somos chamados a caminhar com a Igreja. Um Sínodo que foi realizado não somente sobre os jovens, mas com os jovens e para os jovens, e que deseja caminhar em profunda sintonia com os questionamentos, desafios e alegria dos jovens.
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«Derramarei o meu Espírito sobre toda a criatura; os vossos filhos e as vossas filhas hão de profetizar; os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos terão sonhos» (At 2, 17; cf. Jl 3, 1)
TRABALHAR EM GRUPOS Agora é hora de partilhar em grupo as experiências a partir dos textos anteriores e depois partilhar em plenária. GRUPO 01: Como ter um olhar confiante sobre o futuro assim como Maria fez ao dizer sim ao plano de Deus? GRUPO 02: Como ser um sinal de esperança nos lugares onde estamos? (Igreja, sociedade, família…) GRUPO 03: Quais ações podem ser realizadas em grupo e individualmente com o olhar no futuro?
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_momentos celebrativos
VIGÍLIA EUCARÍSTICA ORIENTAÇÕES GERAIS 1. Esta celebração poderá ser presidida por um bispo, presbítero ou diácono. 2. Preparar o local com simplicidade, de modo que todos fiquem bem acomodados. Todas as funções devem ser previamente distribuídas, para uma maior harmonia da Celebração. 3. Sugerimos que, se possível, esta Vigília seja antecedida por uma Celebração Eucarística. Será necessário combinar com o pároco ou bispo para sua organização. 4. Se não for possível a celebração da Eucaristia, nem haja presença de um ministro para expor o Santíssimo Sacramento, os jovens podem se reunir na Igreja ao redor do sacrário e ali passar a noite.
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ROTEIRO 1. Vivência inicial 2. Celebração Eucarística (utilizar os subsídios litúrgicos de costume) (Se a exposição for mais solene e prolongada, a hóstia seja consagrada na Missa que precede imediatamente a exposição e colocada no ostensório sobre o altar depois da comunhão. A missa terminará com a oração depois da comunhão, omitindo-se os ritos finais. Antes de se retirar, o sacerdote coloca o sacramento (a hóstia consagrada no Ostensório) sobre o trono, se for o caso, o incensa). (cf Ritual: A Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, n. 94). 3. Exposição Logo após a oração pós-Comunhão, sem dar a Bênção Final, o que preside a Missa expõe o Santíssimo Sacramento no ostensório, colocando-o sobre o altar. Enquanto isso, pode-se cantar o refrão meditativo: “O pão da vida és tu Jesus, o Pão do céu. O caminho, a verdade, via de amor, dom de Deus, nosso Redentor” (ou outro canto). Em seguida, pode-se motivar um momento de silêncio para que todos se coloquem na presença do Senhor na Eucaristia.
* Você pode encontrar estas orientações mais desenvolvidas e com mais detalhes em https://pjpira.wordpress.com/2009/03/04/oficio-divino-da-juventude/
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Dirigente: Senhor Jesus Cristo, presente e vivo neste Santíssimo Sacramento, nós vos agradecemos por vossa infinita misericórdia. Vós nos amastes por primeiro! Vós sois a expressão visível do amor invisível do Pai! Obrigado por nos amar mesmo sendo pecadores, e ajudai-nos a termos um coração semelhante ao vosso! Vós que viveis e reinais com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém! (O Dirigente poderá motivar os jovens neste momento a dizer suas intenções ou fazer outras meditações. Encerra-se este momento com a jaculatória “Graças e louvores”. A Vigília terá prosseguimento com a Adoração Eucarística). 4. Sugestões para as atividades da noite Aqui fazemos sugestões para o aproveitamento do tempo desta Vigília, que poderá ser realizada conforme a realidade local (noite inteira ou parte dela, com ou sem a Celebração Eucarística, ou na Capela do Santíssimo sem exposição do Santíssimo, etc.). • Rezar ou cantar salmos e intercalar com cantos, refrãos meditativos e silêncios. • Leitura Orante da Palavra de Deus. Sugestões de textos de Lucas sobre Maria (Lc 1,26-38. Lc 1, 39-56). Para saber como realizar a Leitura Orante da Sagrada Escritura veja como preparar a Leitura Orante no site: http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br ou siga os passos apresentados a seguir, na continuidade deste subsídio). • Meditação da Mensagem do Santo Padre para a Jornada Mundial da Juventude 2019 (http://bit.ly/mensagensjmj). Pode-se escolher partes da mensagem e intercalar com cantos e orações. A mensagem se encontra disponível no site da Santa Sé, na página especial das JMJs. • Momento Mariano com a Oração do Terço de forma criativa, utilizando velas, ou símbolos dos Continentes ou em procissão pela Igreja, etc. JORNADA DIOCESANA DA JUVENTUDE_2019
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5. Bênção com o Santíssimo (se houver Ministro Ordenado) Conclua o momento de vigília realizando a Bênção com o Santíssimo Sacramento, caso seja possível e haja Ministro Ordenado presente.
LECTIO DIVINA (Leitura Orante da Bíblia) em grupo ORIENTAÇÕES INICIAIS 1. Organizar bem os ambientes: que tenham estampas ou imagem de Nossa Senhora que são padroeiras de paróquias de sua diocese. 2. Se possível, providenciar cópias deste roteiro de Lectio Divina para todos os participantes. MOMENTOS INICIAIS Refrão Meditativo: “Ó Luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós.” (Repete-se várias vezes e em diversos tons até que estejam todos em silêncio. Acende-se a vela). ACOLHIDA Assim como Maria, somos inspirados por essa JDJ a dizer sim ao plano de Deus, a olhar o passado com gratidão, a assumir o presente com
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coragem e a construir o futuro com esperança. Com o tema “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38), somos incentivados a sermos Igreja em saída, jovens que anunciam a alegria do Evangelho através de sua vida e testemunho. Todos: Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Peçamos as Luzes do Espírito Santo para que estejam entre nós e em cada um/a de nós. Invocação do Espírito Santo: Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém (também pode ser cantada). Canto: canto suave que expresse o tema e/ou de acordo com a experiência do grupo. ENCONTRO COM TEXTO a) Leitura do texto (Lc 1,26-38): lemos uma/duas vezes o texto por vozes diferentes. Podemos ler por diferentes traduções da Bíblia. b) O que diz o texto em si? (Momento de relembrar o texto, em si, recontando-o com as próprias palavras, cuidando para ser fiel ao texto. Ainda, não é o momento de tirar mensagens do texto. Cada participante pode tentar falar novamente, com suas palavras, o texto, sem cair na tentação de explicar. De vez em quando, repetir um refrão de algum canto meditativo).
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c) Reler o texto mais uma ou duas vezes, cantar os refrãos meditativos entre as leituras. d) Partilha sobre o significado do texto: agora é hora de partilhar, com poucas palavras. É importante nos determos na expressão: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38) e) Aprofundando Mesmo diante daquilo que parecia ser impossível Maria se coloca como uma humilde e obediente serva do Senhor. Sua bondade em confiar no chamado de Deus a ser mãe do Salvador, nos inspira a sermos colocados como instrumentos nas mãos de Deus. Maria também nos inspira a sermos proativos, onde logo após a receber o anúncio do Anjo, foi levar a boa nova a sua prima Isabel. Deus também nos chama a anunciar a Boa Nova Cristo como discípulos-missionários. Como nos recorda o Papa Francisco (mensagem convocatória para a Jornada Mundia da Juventude no Panamá) “para colocar-se ao serviço dos outros não basta estar pronto para a ação, é preciso também entrar em diálogo com Deus, numa atitude de escuta, como fez Maria. Ela escutou o que o anjo Lhe dizia e, depois, respondeu. A partir deste relacionamento com Deus no silêncio do coração, descobrimos a nossa identidade e a vocação a que nos chama o Senhor; a vocação pode expressar-se em várias formas: no matrimônio, na vida consagrada, no sacerdócio… Mas todas elas são caminhos para seguir Jesus. O importante é descobrir aquilo que o Senhor espera de nós e ter a audácia de dizer ‘sim’. Maria foi uma mulher feliz, porque generosa com Deus, estava aberta ao plano que tinha para Ela. As propostas de Deus para nós, como a que fez a Maria, não são para satisfazer sonhos mas para acender desejos; para fazer com que a nossa vida dê fruto, faça desabrochar muitos sorrisos e alegre muitos corações. Responder afirmativamente a Deus é o primeiro passo para ser feliz e tornar felizes muitas pessoas.”
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A PALAVRA DE DEUS NOS FALA HOJE a) Reler o texto Bíblico b) O que o texto me diz? Reflito sobre o que Deus nos fala através de Maria. Em silêncio. c) O que o texto diz à nossa realidade? Quais são as graças que Deus tem realizado na vida da juventude? Como ser disponível ao projeto de Deus como Maria? d) Partilha: Cada um pode falar de uma graça que recebida através de Nossa Senhora. A PALAVRA DE DEUS NOS FAZ ORAR a) O que o texto me leva a dizer a Deus? A partir do texto contemplo e misturo a minha vida com ele - a realidade onde estou, os questionamentos, as angústias, os medos, os sonhos e procuro ir aquietando na medida que vou olhando com os olhos de Deus a cena do cotidiano em que estou envolvido(a). Fazer silêncio. b) Preces: Cada um faz a sua prece, que é direcionada a Deus. Após cada prece, o grupo responde: Querida Mãe minha Rainha, coloque Tuas mãos antes da minha. A PALAVRA DE DEUS NOS FAZ AGIR O que o texto me leva a fazer? Cada pessoa pode partilhar:
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a) um compromisso de vida para si; b) um compromisso proposto para o grupo, a partir da leitura da Palavra. Encerrar com o Pai Nosso e um canto mariano. Sugestão: Hino Oficial JMJ Panamá 2019 (Faça-se em mim a Tua Palavra) “Hágase en mí según tu palavra” Composição: Abdiel Jiménez Versão em português: Ziza Fernandes
Somos peregrinos e viemos hoje aqui De tantos continentes e cidades Queremos ser missionários do Senhor Levar sua palavra e sua mensagem Ser como Maria, que um dia disse: SIM Quando foi chamada ao seu projeto Todo céu se alegra e exulta de alegria E toda terra canta os teus prodígios Eis aqui a serva do Senhor Faça-se em mim a Tua palavra Eis aqui a serva do Senhor Faça-se em mim a Tua palavra Tua serva eu sou Tua filha eu sou Teu filho eu sou
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Ser como Maria, disponíveis a sair Igreja peregrina do Amor Jovens, testemunhas e discípulos Com alegria, fé e vocação Eis aqui a serva do Senhor Faça-se em mim a Tua palavra Não tenham medo, não Não tenham medo De levar o amor de Deus Comprometidos, sim, como Maria Que soube ser a serva do Senhor Eis aqui a serva do Senhor Faça-se em mim a Tua palavra
ROTEIRO DE OFÍCIO DIVINO DA JUVENTUDE* ORIENTAÇÕES INICIAIS O Ofício Divino da Juventude (ODJ) é um instrumento de oração, inspirado no Ofício Divino das Comunidades (ODC). Pode ser usado na Celebração da Palavra, nos momentos de oração, encontros de formação, *Informações do site: https://pjpira.wordpress.com/2009/03/04/oficio-divino-da-juventude
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nos cultos semanais e dominicais, nas assembleias pastorais, nas reuniões dos grupos de jovens, nas visitas às pessoas doentes, vigílias, etc. AS PARTES DO OFICIO DIVINO DA JUVENTUDE Ambientação e chegada: é um momento de oração pessoal e de silêncio para “reunir o coração” e constituir uma assembleia em oração. Importante preparar bem o ambiente de oração, com símbolos especiais. Preparar o coração com refrãos meditativos. Abertura: O ofício começa sem nenhum comentário. Assembleia se põe em pé e quem coordena entoa os versos e todos/todas repetem. Recordação da vida: Na recordação da vida, faz-se memória de nossa realidade, social e cotidiana. Nesse momento, quem coordena pode perguntar: “O que aconteceu de importante nestes dias que gostaríamos de recordar?” Hino: No ofício o hino é um canto que tem a função de expressar de forma orante, poética e popular a relação entre o mistério pascal de Jesus, a hora do dia, a hora da vida (que foi lembrada na recordação da vida) e/ou do tempo litúrgico. Salmo: Depois do hino, alguém introduz o salmo. O salmo é um dos elementos centrais no Ofício Divino. O cantor ou a cantora entoa e a assembleia entra alternando com vozes de mulheres e homens, ou de cantor(a) e comunidade. No final do salmo há um tempo de silêncio e de repetição de alguma palavra que tocou em nossa experiência pessoal… para curtir a palavra de Deus e deixar que ela se torne a palavra da nossa oração. Leitura bíblica: Além do salmo, há no ofício uma leitura bíblica que pode ser dos evangelhos ou de outros livros do Antigo ou do Novo Testamento. Para a JDJ sugerimos a leitura do texto: Lc 1,26-38.
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Meditação: Depois da leitura, há um tempo para meditação. Este tempo é para deixar que a palavra caia mais profundamente no coração e se encontre com a nossa experiência de vida. Após um tempo de silêncio, pode haver partilha de sentimentos, compromissos e apelos que a boa nova do Senhor fez surgir em nós. Preces, Pai-Nosso e Oração: Nas preces a comunidade louva, agradece, pede, suplica, intercede ao Pai por toda a humanidade. Alguém faz o convite e propõe a resposta, de preferência cantada. As pessoas podem acrescentar espontaneamente as suas preces. No final, quem coordena faz um breve convite à oração do Pai-nosso, para que todos possam iniciar Juntos: “Pai-nosso…”, acompanhado da doxologia, “pois vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre”, ou cantar a versão ecumênica. A seguir conclui com a oração final, podendo, para isso, usar as palavras que estão no roteiro, ou fazer outra espontânea. Benção: O ofício termina com a benção. Quem coordena o ofício convida a assembleia a prolongar o louvor, bendizendo o Senhor ao longo do dia, em nossos trabalhos ou no descanso da noite. Saideira: Uma canção que encerra o ofício. AMBIENTAÇÃO Para ambientar o lugar da celebração, sugere-se que seu grupo forme um círculo com fotos de jovens e grupos de jovens – pode-se, inclusive, utilizar as fotos dos membros do grupo. Decore o ambiente também com panos roxos, em várias tonalidades – em respeito às cores litúrgicas –, velas coloridas, um crucifixo, uma Bíblia. Acrescente outros elementos importantes para o grupo, tomando sempre o cuidado para não poluir visualmente o ambiente.
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MANTRA “Ó Luz do Senhor que vem sobre a Terra, inunda meu ser; permanece em nós!” ABERTURA - Venham, ó nações, ao Senhor cantar Ao Deus do universo, venham festejar - Seu amor por nós, firme para sempre Sua fidelidade dura eternamente - Céus e terras dancem de tanta alegria! Deus com sua justiça nos governa e guia! - Glória ao Pai, ao Filho, e ao Santo Espírito Glória à Trindade Santa. Glória ao Deus bendito - Lembra-te, Senhor, dos oprimidos! Pedimos misericórdia do povo sofrido! RECORDAÇÃO DA VIDA O coordenador do grupo faz memória da páscoa do Cristo, presente em nosso cotidiano. HINO Oração de São Francisco Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
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Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz. ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; Compreender, que ser compreendido; Amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, É perdoando que se é perdoado, E é morrendo que se vive para a vida eterna. REZAR O MAGNIFICAT – Lucas 1 (Bíblia CNBB) “A minha alma engrandece o Senhor...” LEITURA BÍBLICA – Acolhida da Palavra “Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor! Lâmpada para os meus pés, Senhor, luz para o meu caminho! Lâmpada para os meus pés, Senhor, luz para o meu caminho”. – Leitura: Lc 1,26-38: (Bíblia da CNBB) – Meditação – silêncio, partilha...
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TRECHO DA CARTA DE IR. ROGER (Taizé, França) “Juntos às fontes da alegria” São tantos os jovens através da terra que têm dentro de si uma sede de paz, de comunhão, e de alegria. Estão também atentos à insondável dor dos inocentes. E não ignoram o aumento da pobreza no mundo. Não são somente os responsáveis dos povos que constroem o futuro. O mais fraco e pequeno pode contribuir para a construção de um futuro de paz e confiança. Mesmos com pouquíssimos meios, Deus nos dá como levar a reconciliação onde há oposições, a esperança onde há inquietação. Deus nos convida a tornar acessível, através de nossa vida, sua compaixão pelo ser humano. Onde houver jovens que se tornem artesãos da paz através de sua própria vida, aí haverá luz em volta deles. PRECES ESPONTÂNEAS Resposta: Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segunda a tua Palavra. PAI NOSSO (rezado)
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TERÇO MISSIONÁRIO Ao rezar o terço missionário com os jovens, pedimos que Nossa Senhora cuide da vida de todos os nossos jovens do Brasil e de todas as nações e para que possamos fortalecer o nosso sim ao projeto de Deus assim como Maria se colocou como serva do Senhor. 1) Montar um altar com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Entregar uma vela para cada participante. 2) Escolher 50 jovens para que cada um reze uma Ave Maria (todos respondem Santa Maria). Escolher também 5 mulheres mais velhas (anciãs) para rezar o Pai Nosso (cada Pai Nosso se coloca uma vela maior). 3) Marco no chão com um barbante o formato do terço. 4) Veja o modelo que ajudará a rezar o terço na página a seguir:
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_sugestões metodológicas
Preparamos a seguir, algumas sugestões de atividades que podem ser realizadas para ajudar sua Comunidade Jovem Diocesana a celebrar a JDJ. Este momento da vida da Igreja é uma ótima oportunidade de comunhão entre as Juventudes da sua Diocese, então aproveite para pensar e fazer uma JDJ de Comunhão e Unidade. Dentro da realidade de cada Diocese este evento pode ter mais ou menos atividades; ser mais concentrado ou menos centralizado; ainda assim a sua criatividade será fundamental para que todos se sintam tocados pelo Espírito Jovem de sua Igreja local. • Realizar uma Vigília: que tal reunir a juventude para uma vigília de adoração e oração? No olhar de cada jovem para Deus podemos ver refletido o rosto jovem de Cristo. Pense em como ambientar um espaço acolhedor para receber os jovens de sua Diocese. • Missa com procissão de Ramos: a Eucaristia é o símbolo maior de pertença ao Corpo de Cristo. Fique atento a vida das comunidades paroquiais para que elas tenham suas atividades preservadas, mas com caridade busque reunir toda a Pastoral Juvenil para juntos partilharem Deus vivo, quem sabe até junto ao seu Bispo.
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• Via-Sacra: a JDJ é uma ótima oportunidade para incentivar os jovens a mergulharem no Projeto de Vida de Jesus. A Via Sacra desperta um olhar cuidadoso aos desafios e escolhas que a juventude faz a cada dia em sua realidade. Prepare as estações com carinho e aproveite para buscar ideias em JMJs do passado. • Caminhada Celebrativa Mariana: o rosto jovem de Cristo nas ruas de sua Diocese! Uma Caminhada Celebrativa é uma ótima chance de inspirar a comunidade local a buscar uma vida em Deus. Lembre-se, a JDJ também quer ser um farol para os jovens que não estão vivendo na Igreja. Com simplicidade e alegria cada jovem é um Sentinela da Manhã, anunciando a chegada do sol, Cristo Ressuscitado. • Show de talentos mariano: que tal usar os dons das expressões juvenis e jovens para alegrar e fazer de sua JDJ um momento de festa e celebração? Junte a galera da música de todos os recantos da Diocese para juntos partilharem a vida plena que se encontra na Igreja. • Gincana mariana cooperativa: Fortaleça seu Setor Juventude pensando-o e criando-o juntos. Nunca é tarde demais para brincar e fortalecer os laços de amizade. Use esta atividade para os jovens se aproximarem uns dos outros através de jogos e brincadeiras que tragam coisas boas aos mais necessitados. O grande prêmio e os vencedores da Gincana certamente serão a Juventude Viva de sua Diocese. • Experiência Missionária: a comunhão a serviço da Missão! Revise as diversas ações missionárias da diocese e incentive os jovens a conhecerem os projetos uns dos outros, ou crie projetos específicos para este momento. O que importa mesmo é todos estarem de mãos dadas na missão maior que todos estão inseridos: a construção do Reino de Deus .
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• Conhecer outras pastorais: Procure saber com seu grupo se, na sua paróquia ou diocese, estão articulados grupos de ação da Pastoral do Povo da Rua, da Pastoral Carcerária, da Pastoral da Saúde, da Pastoral do Menor, os Vicentinos, etc. Faça um mapeamento dos grupos existentes, entre em contato com seus responsáveis e procure participar de suas reuniões e ações. Estimule os demais jovens de seu grupo a também participarem. • Colocar-se em saída: Faça um levantamento na região de sua paróquia ou diocese sobre as principais necessidades da população (de rua, carcerária, migrante, doente, etc.), buscando formas criativas de intervir na realidade descoberta pelo grupo. • Campanhas de arrecadação: Realize campanhas de arrecadação de roupas, alimentos e água potável em sua comunidade. Agende com seu grupo uma visita a algum centro de atendimento a pessoas carentes (pode ser um centro paroquial, um asilo, uma escola pública, um orfanato, etc.), lá entregando as doações levantadas.
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