CEMP Centro Educacional Modelo de Peruíbe
Joyce Martello RA: C48BFA-0 Orientadora: Arq. Ms. Jaqueline Fernández Alves
Joyce Aparecida da Silva Martello
CEMP: Centro Educacional Modelo em Peruíbe
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado à Universidade Paulista – UNIP Orientador: Profª. Ms. Jaqueline Fernández Alves
Santos 2019
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Comecemos pelas escolas: se alguma coisa deve ser feita para “reformar” os homens, a primeira coisa é “formá-los”. Lina Bo Bardi
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por me proporcionar a vivência de uma vida universitária, ao meu esposo Jose Cicero que durante esses cinco anos foi a minha base e meu apoio em todos momentos desse percurso e nunca me deixou desistir, as minhas filhas Samira Liz e Synarah Liz que apesar da pouca idade sempre ajudou da forma que pode para a conclusão da faculdade em todos momentos, a minha mãe Wilma Martello que nesses anos de curso sempre me apoio e me ajudou nas tarefas de casa, a minha amiga Sonia Matis que também esta na faculdade e nem por isso esquece dos amigos e esta sempre disposta a ajudar, me auxiliou muito nesses anos de curso, e a minha orientadora Jaqueline Alves que sempre acreditou no meu potencial e sempre me ajudou nesse processo de desenvolvimento do trabalho final de graduação, Meu muito obrigada pelos ensinamentos e pelas ajudas em todos os momentos.
“Esse trabalho é dedicado as minhas filhas Samira Liz e Synarah Liz que compreenderam os momentos de ausência. Também dedico ao meu marido Jose Cicero, que contribuiu com a realização desse sonho”
RESUMO LÍNGUA VERNÁCULA
A educação é a base para um crescimento e o progresso de uma população, e a arquitetura colabora em muitos aspectos para o desenvolvimento da educação. O ambiente escolar já se sabe que influencia no aprendizado diretamente, com sua forma, suas escolhas de local, seu conforto, algo que realmente faz a diferença na vida. O estudo do projeto apresentado baseia-se nesses princípios e por isso sugere a necessidade da criação de uma proposta de implantação de uma escola onde além do ensino pretende-se também gerar a qualidade de ambiente colaborando para o desenvolvimento das crianças e adolescente nessa etapa da vida. Onde consiste na criação do projeto de um Centro Educacional Modelo na cidade de Peruíbe, com intuito de trazer a educação em um ambiente confortável e possibilitar a comunidade a sua utilização criando espaços para atividades multiuso além da sala de aula. O projeto se baseia na criação de uma escola em que atenderá alunos do Ensino Fundamental 1 e Ensino Fundamental 2. O colégio conta com espaços multiuso como: o Ginásio de esporte, a Biblioteca, a Piscina e um Auditório que servirá tanto a escola como a população local. A intenção é trazer para Peruíbe uma escola modelo que traga qualidade de aprendizado com influência do ambiente e também proporcionar um espaço com atividades diferenciadas para a população. Palavra chave: Educação. Arquitetura. Vivência escolar
RESUMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
Education is the foundation for population growth and progress, and architecture contributes in many ways to the development of education. The school environment is already known to influence learning directly, with its shape, its location choices, its comfort, something that really makes a difference in life. The study of the project presented is based on these principles and therefore suggests the need to create a proposal for the implementation of a school where, besides teaching, it is also intended to generate the quality of the environment, contributing to the development of children and adolescents at this stage of the project. life. Where it consists in the creation of the project of a Model Educational Center in the city of Peruíbe, in order to bring education in a comfortable environment and enable the community to use it by creating spaces for multipurpose activities beyond the classroom. The project is based on the creation of a school that will attend students of Elementary School 1 and Elementary School 2. The school has multipurpose spaces such as: Sports Gymnasium, Library, Swimming Pool and an Auditorium that will serve both the school and the local population. The intention is to bring to Peruíbe a model school that brings quality learning with environmental influence and also provide a space with different activities for the population. Keyword: Education. Architecture. School experience
SUMÁRIO 1
INTRODUÇÃO
4 REFERÊNCIAS PROJETUAIS Ciep........................................................................38
Apresentação do Tema...............................................14
Ciep Tancredo Neves..............................................40
Localização ................................................................15
Pies Descalzos.........................................................42
Justificativa ................................................................16
Escola Concept.......................................................44
Objetivos.....................................................................17
Faculdade de Medicina da USP ..........................46
Metodologia...............................................................17
Escola Publica Votorantim....................................47 Colégio Miguel Cervantes.......................................48
2 HISTÓRIA DE PERUÍBE
Rachut School ......................................................50
A cidade de Peruíbe....................................................20
Parque Educativo Mi Yuma.................................52 Refeitório da Escola Pajot......................................54
3 A EDUCAÇÃO
Escola St. Nicholas................................................56
Educação no Brasil ....................................................26 Pedagogia Progressiva................................................30 Pedagogia Construtivista.............................................32 Pedagogia Waldorf....................................................34
5 FDE FDE.........................................................................................60 Escola FDE Campinas.............................................................62
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DIAGNÓSTICO Macrozoneamento...................................................66
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Urbanização x Áreas Protegidas..............................67 Equipamentos urbanos x Classificação Viária..........68 Moradores por domicílio..........................................69 Perfil Socieconômico do Município..........................70 Área de Estudo ........................................................71 Análise do setor.........................................................72
O PROJETO Conceito..........................................................80 Partido Arquitetônico.....................................81 O Local ..........................................................82 Fluxograma....................................................84 Programa de Necessidades .............................85 Parâmetros Urbanístico.................................86 A proposta..........................................87
Análise do sítio .........................................................73 Hierarquia Viária....................................................74 Sinopse Escolar........................................................75 Escolas do Município...............................................76 Relação de escolas no Município..............................77
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Referências Bibliográficas e Bibliografia........109
Introdução
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APRESENTAÇÃO DO TEMA O tema educação nos tempos atuais vem gerando uma grande preocupação. Pela disponibilização e fácil acesso a tantos mecanismos de pesquisas, pode-se questionar se a educação com salas de aula vista como antiquada é realmente necessária? O abandono das escolas se torna cada dia mais frequente, por razão da situação social e muitas vezes pela busca de uma fonte de renda para complementar na casa. Será que realmente a escola não cumpri o seu propósito? A escola é um local de extrema importância na formação do indivíduo, pois além do conhecimento proporciona o convívio social. É o primeiro ambiente que você passa a viver com outras pessoas além da família. Um local que para muitos traz boas lembranças e bons momentos. O ambiente escolar já se sabe que influencia no aprendizado diretamente, com sua forma, suas escolhas de local, seu conforto, algo que realmente faz a diferença na vida. O estudo do projeto apresentado baseia-se nesses princípios e por isso sugere a necessidade da criação de uma proposta de implantação de uma escola onde além do ensino pretende-se também gerar a qualidade de ambiente colaborando para o desenvolvimento das crianças e adolescente nessa etapa da vida. Para a realização do estudo desta proposta foi realizado um diagnóstico minucioso da área de implantação pretendida através de pesquisas e levantamentos, onde se descobriu a necessidade de um projeto fundamentado na educação e com foco nos benefícios que um ambiente adaptado pode trazer para cada perfil de estudante no período que ele permanecer no local. Os processos de aprendizagem são múltiplos, contínuos, híbridos, formais e informais, organizados e abertos, intencionais e não intencionais. O ensino regular é um espaço importante, pelo peso institucional, anos de certificação e investimentos envolvidos, mas convive com inúmeros outros espaços e formas de aprender mais abertos, sedutores e adaptados às necessidades de cada um. (MORAN; BACICH, 2018)
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LOCALIZAÇÃO A escolha da localização do Município se deu pelo conhecimento e foi também de acordo com as necessidades encontradas e percebidas na avaliação e na composição do tema para o trabalho final de graduação. Ao analisar a disposição das escolas no município e com os conhecimentos do local, se observou um grande vazio entre duas escolas atuais, onde se deu a primeira observação da escolha do terreno. Explorando área também foi possível estabelecer como local de implantação o terreno escolhido, pois com seu local privilegiado, na Avenida Padre Anchieta uma das principais conexões da cidade, já bem estabelecido e com uma infra-estrutura já definida, proporcionou uma escolha definitiva. Um dos pontos que colaborou para a definição é por se tratar de um local amplo com possibilidades de implantação sem restrições. No local já conta com um ponto de ônibus que na via transita a grande maioria de linhas da cidade.
Mapa do Terreno escolhido
Fonte: Google Earth Layout: próprio autor
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JUSTIFICATIVA Pensar como a escola foi construída, a divisão dos seus espaços, suas dimensões, mudanças físicas do projeto original são questões para as quais busco respostas de meus questionamentos e acredito contribuir para melhoria da escola, porque já se sabe que o espaço não é irrelevante e precisamos ler nas entrelinhas para desvendar o que se encontra oculto (ESCOLANO, 1998)
A arquitetura escolar tem trazidos muitos benefícios para a vida dos estudantes durante sua estadia na escola, uma vez que um ambiente propicio e aconchegante facilita no processo de aprendizagem. O autor defende princípios para o projeto escolar, tais como: ambientes estimulantes, lugar para ensino em grupo, conectar interior com exterior, áreas públicas incorporadas ao espaço escolar, segurança, variedade espacial, interação com o ambiente externo, permitir modificações, flexibilidade, riqueza de recursos, ambientes ativos e passivos, espaços personalizados e espaços comunitários. Assim, destaca-se a responsabilidade do arquiteto e sua contribuição à proposição de soluções para as questões educacionais, bem como a necessidade de estudos mais aprofundados que relacionem a atuação desse profissional com a tipologia arquitetônica escolar, principalmente em razão da sua importância social. (KOWALTOWSKI, 2011, p.163)
Assim como em muitos locais a escola não é meramente um edifício com salas para educar, e sim um espaço harmonioso que traz a necessidade de sua estadia e também algo que vai além de meras paredes e cadeiras, um local de convívio de aprendizado e de muito conhecimento. Partindo do princípio que toda arquitetura bem projetada e bem elaborada ajuda e contribui para um bom desenvolvimento cognitivo, parte então a necessidade de se estudar e ampliar os conhecimentos acerca da arquitetura escolar bem estabelecida no mundo. Hoje temos grandes exemplos de edificações que realmente foram projetadas e pensadas para ampliar e ajudar no desenvolvimento estudantil no seu maior alcance.
O município de Peruíbe é relativamente novo, com sua emancipação e separação do município de Itanhaém realizado a 60 anos, o que trouxe uma nova visão para o município e também logo depois com a qualificação de Estância Balneária trouxe um amplo desenvolvimento, tanto urbano como turístico. Dentro dessa oportunidade Peruíbe necessita de um olhar mais criterioso na área da educação, um dos fatores importantes que traz uma nova perspectiva a educação. Partindo desse pressuposto a escolha do tema e do local se deu pela importância com que uma escola modelo trará para a cidade. Uma vez que a decisão foi agregar todas as fases da vida escolar em um único local, e também trazer os benefícios que hoje o município oferece na área de esportes também unidos ao calendário escolar na mesma unidade.
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OBJETIVOS E METODOLOGIA Metodologia
Objetivo Geral Elaborar um projeto de um complexo escolar que seja capaz de servir de referência para a cidade de Peruíbe, no qual possa vir ser uma escola modelo para a cidade e para a RMBS atraindo assim, não só alunos, mas realizando uma integração com a comunidade em seu entorno.
Realizar Estudo de casos para conhecimento das escolas existentes. Realizar levantamento diagnóstico da cidade conhecendo assim sua deficiência na área da educação e também quais as necessidades existentes. Realizar pesquisa na RMBS para conhecimento das escolas existentes elencando as similaridades com a cidade escolhida.
Objetivos Específicos
Criar um projeto onde possa integrar a escola e comunidade.
Realizar visitas as escolas existentes para assim conhecer em loco os problemas e sucessos encontrados. Realizar pesquisa e estudos sobre os tipos de pedagogia para assim definir a melhor forma de aplicação.
Elaborar blocos bem definidos assim podendo gerar um projeto específico para cada área de estudo. Criar ambientes no qual possa ser integrado ao mesmo tempo independente, preservando o processo de aprendizagem.
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História de peruíbe
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A CIDADE DE PERUÍBE O município de Peruíbe tem sua origem relacionada à trajetória dos jesuítas pelo litoral do estado de São Paulo. Martin Afonso estabeleceu as bases da povoação de Itanhaém, entre os rios Itanhaém e Peruíbe. Perohybe começa a partir de um riacho que está ao lado da aldeia, chamada no dialeto dos índios Tapyjramma. A Aldeia de São João Batista, a partir de 1640 passou a ser conhecida com essa designação, porém a aldeia perdeu o direito de vila, passando-o aos portugueses que residiam em Itanhaém. Pelo fato de os jesuítas estarem protegendo demais os indígenas, foram expulsos no século XVII, em meados de 1648.
Rua Padre Leonardo Nunes Antigamente
Os índios então em maior quantidade foram consultados sobra a possibilidade da aldeia se tornar lugarejo, assim sendo comandada por um padre ou permanecer tutelada por religiosos franceses. Fonte: h p://jornalbemtevi.blogspot.com - Foto: Márcio Ribeiro
Igreja Matriz de São João Batista
Rua Padre Leonardo Nunes Hoje
Fonte: Google Earth
Fonte: h p://www.cidadeperuibe.com.br/historia
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A construção da estrada de ferro da Southern São Paulo Railway Company, se deu no início do século XX, e logo depois converter-se Estrada de Ferro Sorocabana. Em 1.914, inaugura-se a estrada de ferro e com ela vem também os primeiros imigrantes. Com isso aumentando assim o avanço comercial no litoral sul. Com a crise cafeeira a imigração se intensifica onde os fazendeiros procuram novas terras para nova opção agrícola. O primeiro trecho implantado inicia-se na cidade de Santos, ponto original da ferrovia, terminando em Itanhaém. Até meados dos anos 40, a estrada de ferro constituía quase o único meio de comunicação por não se poder contar como certos outros caminhos entre os quais principalmente: a praia extensa desde Praia Grande até Itanhaém. De um lado e de outro da Estrada de Ferro encontrava-se exclusivamente poeira e pouquíssimas casas até a estação de Peruíbe; as habitações eram na maioria casas dos operários da Sorocabana, uma ou outra cabana de pescadores caiçaras.
Estação Ferroviária em 1989
Fonte: h p:www.estacoesferroviarias.com.br/p/peruibe Antiga ferroviária
Publicidade da antiga ferroviária
Fonte: h p:www.maisperuibe.com.br
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Fonte: h p:www.maisperuibe.com.br - Foto: Mauro Sergio Araújo
A CIDADE DE PERUÍBE Um fator extremamente importante na história da cidade foi a estrada de ferro, onde foi primordial para o progresso da região na época grandiosa da banana, sendo seu escoamento feito através da linha férrea até o Porto de Santos. A mesma linha férrea serviu muito tempo para os serviços de correio, uma carta de Itanhaém a São Paulo, demorava na década de 50, para alcançar seu destino cerca de uma semana. "Inaugurada em agosto de 1914 pela Southern São Paulo Railway, integrando a linha Santos-Juquiá, a Estação de Peruíbe é uma das poucas da região que ainda exibem o padrão arquitetônico adotado pela empresa inglesa, responsável pela implantação das ferrovias no País no início do século passado. Apesar do valor histórico, o imóvel está abandonado. Além das pichações, o telhado está comprometido e as paredes apresentam sinais de infiltração. Porém, certos detalhes da construção sobrevivem ao vandalismo, como a grade de ferro da bilheteria e a placa de identificação do local" (A Tribuna de Santos, 27/06/2006).
O cultivo da banana na região inicia-se em 1927 quando alguns cidadãos de fora resolveram subir o rio Itanhaém, e iniciar, no baixo curso do rio Branco, as primeiras derrubadas para o plantio e cultivo de um produto que de há muito era a principal riqueza agrícola do litoral paulista. Por disposições da lei nº 5282, de 18 de fevereiro de 1959, o território de Itanhaém foi novamente desmembrado para formação dos Municípios de Mongaguá e Peruíbe.
Estação Ferroviária hoje
Estação Ferroviária com o expresso Ouro em 1950
Fonte: h p://www.estacoesferroviarias.com.br/p/peruibe.html Fonte: h p://www.estacoesferroviarias.com.br/p/peruibe.html
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Praia de Peruíbe em 1970
de bens capital, seja em mão-de-obra. Finalmente, em 22 de junho de 1974, através da Lei Estadual, Peruíbe passou a ser reconhecida como Estância Balneária, devido à suas peculiaridades naturais. Como estância balneária é garantido aos municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. O município conquista o direito de agregar junto a seu nome o título de “estância balneária”, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo departamento municipal oficial quanto pelas referências estaduais. Praia de Peruíbe hoje
Fonte: h p://www.maisperuibe.com.br - Foto: Mauro Sergio Araújo
Milhares de pessoas procuravam as praias da Baixada Santista desde o início do século, com adensamento desta população turística à procura de novas praias vem crescendo, e como opções a direção sul. Mas somente a partir dos anos cinquenta, é que Itanhaém/Peruíbe passam a ser procuradas mais regularmente pelos veranistas. Com a crescente saturação e deterioração das praias santistas, a ocupação turística em Peruíbe aumenta. A Via Anchieta teve sua primeira pista terminada em 1947 e a segunda em 1950, enquanto que a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, que liga Santos a Peruíbe teve sua obra iniciada em 1951, mas que ficou paralisada até o final da década, sendo inaugurada somente nos anos sessenta, com a conclusão da BR-116, a bananicultura impõese como principal linha produtiva, seja em área cultivada, em valor da produção, em consumo
Fonte: h p://www.viagensecaminhos.com
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A educação
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EDUCAÇÃO NO BRASIL A educação no Brasil se confunde a própria história do país. Onde se inicia o processo de educar com os Jesuítas. Seu objetivo ao chegar ao Brasil era educar e catequisar. Os Jesuítas ficaram incumbidos de catequisar os índios e ensinar as primeiras letras aos filhos dos colonos. “O seu projeto inicial era missionação. Conversão de almas, conquistas de almas, fosse primeiro de fiéis, depois de gentis, para a salvação.” JORGE COUTO (UNIVERSIDADE DE LISBOA) Mas foi através de muitas pressões das elites católicas que a companhia de Jesus aceitou também se dedicar ao ensino. E a partir desse momento que se dá o primeiro passo para todo o desenvolvimento da educação Brasileira. Cria-se então uma estrutura educacional com escolas/ colégios com um sistema educacional planejado. Com a reforma de Portugal, Marques de Pombal fica incumbido de expulsar os Jesuítas de todas as terras portuguesas, e após 210 anos no Brasil os Jesuítas são expulsos. Com isso a educação passa a ser monopólio do estado, passando assim a ser responsabilidade pública.
Logo depois tem a vinda da Família Real do Brasil, com isso cria-se uma estrutura cultura semelhante a Europeia, assim criando a imprensa real, a primeira Biblioteca (logo depois se torna a Biblioteca pública), cursos de graduação. Biblioteca Nacional em 1910
Patio do Colegio em 1862
Fonte: h ps://pt.wikipedia.org/
Com a proclamação da independência, o país passa por um novo período político e surge a 1ª Constituição Federal em 1824, e nela a educação Brasileira elementar (anos iniciais e ensino Médio) passa a ser responsabilidade das províncias/estados ficando a responsabilidade da União o Ensino Superior. Porém pouca coisa mudou, a educação continua a ser um privilégio de alguns membros da elite. Durante a República Velha (1889-1930) houve uma onda de modernização no País. Foi onde se originou o 1º movimento dos professores, onde exigiam que o estado criasse uma educação pública, obrigatória, laica e gratuita, esse movimento originou o documento “manifesto dos pioneiros da educação” em 1932, um documento sem caráter oficial. O pais passava por grandes acontecimentos durante os anos de 1930 e 1936, na educação não seria diferente com o surgimento do direito a Escola Nova que defendia a universalização da escola pública e também o direto a educação de forma gratuita a todos. Fonte: h ps://pt.wikipedia.org/
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A arquitetura acompanhava as modificações que aconteciam no país, surgindo então uma maior necessidade de organização escolar. Foi então que cria-se a Comisão Permanente, que fica a cargo de estabelecer novas diretrizes para as construções de edifícios escolares. Com isso foi se intensificando e a organização do sistema educacional e aumenta as construções de edifícios escolares. Na década de 50 foi marcada por discussões sobre as Leis de Diretrizes e Bases da Educação com base no populismo e nacionalismo em alta Em 1951 – com uma nova filosofia no ensino, Getúlio Vargas iniciou a especulação sobre o conceito de “Escola – Classe / Escola – Parque”, em que a escola simulava uma fonte de integração com a comunidade. Escola Parque em 1950
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Fonte: h p://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo
Ainda no governo de Getúlio Vargas, a educação passou a ser administrada por meio o Ministério da Educação e Cultura (MEC). Ainda centralizado no modelo do MEC até 1969 o sistema educacional brasileiro modificou com a aprovação a primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB), assim descentralizando da união o sistema passando a ser de
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autonomia dos estados e municípios.
“Enquanto o desenvolvimento caminha fundamentalmente no sentido da expansão do capitalismo industrial no Brasil, a educação escolar continuava a estruturar-se em bases, valores e técnicas próximas da mentalidade pré-capitalista (...) A opção pelas reformas de base-agrária e urbana com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais, acabou agregando os setores mais conservadores da sociedade até a deposição de João Goulart pelo golpe militar de 1964 e a perseguição aos movimentos populares e de estudantes até serem, extintos”. (NASCIMENTO, histed br 2015)
Surgiu um Movimento da Cultura Popular de Pernambuco, que trabalhava com a alfabetização de crianças e adultos, o movimento foi repercutido por todo país, inspirado pela metodologia aplicada, são elaboradas o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, porém o caráter democrático implantado nessa época foi sufocado em 1964 pelo golpe militar. Foi então que a educação ficou estagnada e toda intensão de revolucionar o setor educacional foi anulado. Na ditadura se estabeleceu um programa educacional que incluía a modernização da universidade brasileira a expansão do ensino obrigatório para oito anos e a instituição do sistema de vestibulares para ao cesso ao ensino superior, porém ainda não existia ordem classificatória para garantir o ingresso do candidato. Com os rumos que o país seguia com a intervenção militar o governo brasileiro firma um acordo com o EUA chamado “Acordod MEC-USAID” ( Ministério da Educação e Cultura – United States Agency for International Developed), onde fazem contratos que favorecem o Brasil no auxilio e cooperação financeira para a implantação de novas reformas na sociedade. Foi uma importante mudança no cenário político brasileiro o fim da ditadura, assim promovendo a “transição democrática” que consistia em uma abertura lenta, gradual e segura do país. Assim, a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais foi reestruturada através do princípio da universalização do ensino.
EDUCAÇÃO NO BRASIL A expansão da instituição obrigatória até o ensino médio, a autonomeia universitária e a valorização doa profissionais da aérea pedagógica também foram consolidadas nessa época, visando à articulação e o desenvolvimento da educação em seus diversos níveis.
Os 4 pilares da educação criado na Comissão
Com o fim da ditadura militar, o movimento estudantil voltou às ruas para defender suas bandeiras históricas e a consolidação da democracia no pais. Em 1984, a UNE das “diretas Já”, com manifestações e intervenções importantes nos principais comícios populares daquele período. A entidade também apoiou a candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República. Em 1985, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto, de autoria do deputado e ex-presidente da UNE Aldo Arantes, que trazia a entidade de volta para a legalidade. Durante as eleições de 1989, a UNE se posicionou contra o projeto defendido pela candidatura de Fernando Collor de Melo, criticando seu aspecto neoliberal e distante das reformas históricas defendidas pelo movimento social. (UNE. 2015)
Um novo ciclo de expansão do capital foi desenvolvido, abrindo espaço para a ideologia neoliberalista que incentivava a redução dos gastos sociais, a fim de adequar a educação do novo paradigma de acumulação capitalista, criar mecanismos de controle (avaliação e autonomia) do ensino e da produção cientifica e, tornar a forma de organização e gestão em campo de domínio do capital e da produção de mercadorias. No campo educacional, a liberdade concedida ao capital traduziu-se na continuidade e ampliação de tendência privatizante da Ditadura Militar, promovendo a consagração de uma nova tendência: legislar de forma fragmentada, sem tratar de grandes questões num mesmo processo, como por exemplo, a criação da Lei de Diretrizes e Bases (LBD 1996), a qual, embora tenho sido importantes lacunas para serem preenchidas por uma legislação complementar, se configurando em uma lei minimalista e enxuta. Entre 1993 e 1996, foi realizada a Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI com o objetivo de analisar a educação mundial e identificar os problemas particulares de cada pais a fim, de elaborar um relatório que sustentasse as reformas necessárias. Nesse momento, tal relatório esclareceu que a educação promove paz, desenvolvimento econômico, democracia, entre outras vantagens, colaborando para a tentativa do ingresso de todos os países no campo da ciência e da tecnologia, enquanto uma adaptação das sociedades e das culturas a era da informação se tornava imprescindível.
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Desse modo através de programas e projetos na educação, o MEC implantou modificações no âmbito da gestão educacional, financiamento, currículos escolares (PCNParâmetros Curriculares Nacionais), legislação, planejamento, avaliação, entre outros, como também, em 1996, por meio de uma centralização dos recursos financeiros em novel federal, criou a FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental) voltado para o ensino fundamental. Apesar de muitas reformas “ganharem nome” nesse período, as mesmas foram concebidas de forma muito acelerada, fazendo com que o governo tomasse decisões isoladas e sua regência, ignorando o posicionamento das instituições brasileiras. Assim, ao serem avaliadas, tais medidas não apresentaram bons resultados, uma vez que não supriam o número de vagas necessárias e não proporcionaram uma melhorai salarial dos professores, gerando insatisfação.
Ao chegar a presidência do pais em 2002, Luís Inácio Lula da Silva trouxe a ideia da “escola do tamanho do Brasil” baseada na preparação para a cidadania, expandindo o sistema educacional. Dessa maneira, a nova proposta de ensino foi sustentada por três diretrizes: democratização do acesso e garantia de permanência na instituição escolar; qualidade social da educação, sendo fundamental a valorização e formação do professor, a infraestrutura e a inclusão do aluno e , por último; a instauração do regime de colaboração e democratização da gestão, aproximando o MEC da sociedade. Cartilha do programa
Fonte: h p://csbh.fpabramo.org.br
O Fórum Nacional da Educação foi criado nesse âmbito, formalizado pelo MEC um tempo depois, sua finalidade é de discutir assuntos relacionados à instrução do ensino brasileiro que custeava as politicas educacionais, e também sugerir, avaliar e acompanhar o andamento do Plano Nacional da Educação (PNE). Houve também a ampliação do FUNDEB na mesma época que passou a atender o ensino básico além, do fundamental. Foi apresentado como uma politica educacional de Estado em 2007, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e assim ganhou espaço no cenário brasileiro, encaminhando os investimentos para a educação básica profissional e superior. Depois disso o ProUni (Programa Universidade para Todos) e o FIES (Financiamento Estudantil) foram criados, tornando-se assim os responsáveis pela transferência de renda governamental para a
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instituição privada sem antes, consolidarem as públicas. O governo Dilma deu continuidade ao plano de educação definido, onde criou um novo PNE, e em 2009 implementou uma emenda constitucional que ampliou a obrigatoriedade do ensino gratuito, a partir dos quatro anos com intuito de consolidar uma formação mais completa. A transformação e redefinição na configuração da instituição escolar, bem como a natureza e as funções da reorganização capitalista que configura um novo modelo econômico, faz com que o Estado deixe de ser o principal executor e passe a constituir uma instância coordenadora e controladora através de mecanismos como Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), os quais estão em vigor até os dias atuais.
PEDAGOGIA PROGRESSIVA Um dos maiores pedagogos americanos foi John Dewey (nascido em 1859 em Vermount - EUA) com suas ideias sobre educação desenvolveu os conceitos para a “Escola Nova” ou “Escola Progressista”. A educação tradicional com ênfase a memorização a ao intelectualismo era severamente criticada por Dewey, acreditava que na educação não era o fim, mas sim um meio, uma experiência. O fator principal defendido por Dewey era a experiência do aprendizado, para ele a escola não era para preparação para a vida, era a vida.
Representação simbólica da "Escola Moderna" idealizada por Dewey
Dewey influenciado pela experiência, criou uma escola-laboratório conectado à Universidade de Chicago, onde lecionava para testar métodos pedagógicos. A Escola Laboratório fundado por Dewey cresceu rapidamente. A educação progressiva de Dewey se fundamentava-se na experiencia e tinha nas salas-laboratório a união desse conceito de aprendizagem com a experimentação, pois acreditava que as hipóteses teóricas só tem sentido se aplicadas no dia-a-dia. A partir de Dewey se tem uma educação direcionada para aluno, a partir do aluno, a partir do interesse do aluno a partir da experiência do aluno. Na educação tradicional tem o foco no professor no interesse do professor e na experiência do professor. A partir de Dewey muda o foco, é o aluno com a sua experiência, com sua vida, com seu conhecimento que passa a ser o elemento central, não que a educação se resuma a isso. Dewey acreditava que a escola fosse um laboratório da vida social, visto que ela representava todas as variantes da sociedade. No progresso Dewey defende a ideia de um progresso pessoal, que se deve ter na evolução humana com seus meios sociais.
Fonte: h ps://webpages.ciencias.ulisboa.pt/
“O conceito central do pensamento de Dewey é a experiência, que consiste, por um lado, em experimentar e, por outro, em provar.”
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LabSchool em 1904
LabSchool em 1904
Fonte: h ps://webpages.ciencias.ulisboa.pt/
Fonte: h ps://webpages.ciencias.ulisboa.pt/
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PEDAGOGIA CONSTRUTIVISTA O Construtivismo é o método alternativo de ensino mais difundido no Brasil. Onde o foco do ensino está no aprendizado como construção, onde a criança entende o mundo por assimilação e como referência o uso da sua realidade, ou seja, ela utiliza de conhecimentos que já possui para compreender o novo. Construtivismo significa isto: a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento. (Becker, 1993. p.88)
Os objetivos pedagógicos são centralizados no aluno e em suas funções. Não é planejado o programa dos conteúdos, são desenvolvidos naturalmente, o método tem como prioridade o conhecimento da criança. Para Piaget a assimilação e a adaptação são uma forma como a inteligência é construída, assim possibilitando a criança uma forma dinâmica que interage com a realidade e aprende com a construção e descobertas. Na teoria construtivista temos alguns fatores importantes; O Aluno é tomado como um ser pensante, com desenvolvimento próprio. O Professor procura ser um orientador que facilita a aprendizagem criando situações estimulantes e motivadoras de resposta e a Escola é o espaço para transmissão do saber e integração do indivíduo à sociedade e à cultura.
No início do século XX surgiu a teoria do Construtivismo com o suíço Jean Piaget, que estudou a origem e a evolução do pensamento humano e da vida. A educação na teoria Piagetiana deve possibilitar à criança um método de amplo e dinâmico estímulos as experiências significativas. É preciso utilizar o espaço físico ligado ao ensino através de técnicas de assimilação, atividades desafiadoras que proporcionam descobertas, espaço que não sejam opressores, dinâmicos que façam que as crianças consigam interagir com a realidade, contato com meios naturais através dos sentidos do tato e olfato. O construtivismo é incompatível sim com um método fechado, do tipo dos que são tradicionalmente usados na aprendizagem da leitura e da escrita, porque este tipo de instrumento didático veicula uma generalização de conhecimento que todos sabemos não ser verdadeira: as crianças na alfabetização não se encontram todas no mesmo ponto de partida e nem aprendem, ao mesmo tempo, a ler e escrever. (Pimentel, 1991. p.30)
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O projeto do ESPAÇO LÚDICO nasceu a partir de uma iniciativa pública de converter o espaço até então degradado e abandonado em ambiente de lazer e aprendizado para as crianças. Foi inspirado no conceito
Maquete 3d
pedagógico de blocos lógicos, um jogo didático composto por peças geométricas coloridas.
Idéias para o projeto
Fonte: h ps://fabianosobreira.arq.br Ideia do projeto Lúdico
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Planta do projeto
Fonte: h ps://fabianosobreira.arq.br
Fonte: h ps://fabianosobreira.arq.br
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PEDAGOGIA WALDORF O sistema Waldorf de educação foi criado e desenvolvido no inicio do Séc XX, pelo Alemão Rudolf Steiner. Steiner também desenvolveu o conceito de antroposofia, que parte do principio de que todo o Universo não é composto somente por todo tipo de matéria física, aquilo que podemos realmente tocar e sentir, mas também por um mundo espiritual. Assim sendo Rudolf Steiner definiu a antroposofia como “um caminho de conhecimento para guiar o espiritual do ser humano ao espiritual do universo”. Assim acredita que o ser humano está sempre em busca de mais conhecimento para chegar cada vez mais perto do autoconhecimento prezando a individualidade e a liberdade de cada um. Assim sendo, a antroposofia pode ser aplicada em diversas áreas incluindo a pedagogia – criando então o espaço para o desenvolvimento de toda a Pedagogia Waldorf. As características da pedagogia é o desenvolvimento físico, espiritual, artístico e intelectual dos alunos. Além de respeitar a individualidade e o tempo de cada aluno, também aprende a ter uma consciência social melhor, sabendo como viver em grupo e comunidade. A Pedagogia Waldorf realmente prepara as crianças para a vida. Também acredita que aprender, estudar, como conhecemos tradicionalmente não será o bastante para a formação de um ser humano por completo, justamente por isso, que eles incentivam outros métodos, como a expressão artística, que é muito importante e está presente em todos os momentos de aprendizado. Com o estimulo de atividades artísticas, onde a criança pode aplicar aquilo que foi aprendido, todo o processo se torna mais completo. Na rotina comum de uma escola podemos observar alguns métodos que são extremamente comum como, notas em avaliação ou a repetência do aluno em um ano caso o desempenho não alcance o desejado, o que não ocorre nas escolas Waldorf. Além disso, o Ensino Médio tem 4 anos de duração, um ano a mais do que em escolas convencionais. Em 2019 a pedagogia completa 100 anos de está em expansão no Brasil.
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O projeto nasce da necessidade de ampliação da escola, e do desejo da comunidade em
Planta do projeto Ecoara
permanecer no atual endereço. Assim, as novas salas de aula deixam de ser ambientes adaptados na antiga residência e ganham instalações apropriadas: salas hexagonais, seguindo aspiração do corpo pedagógico por uma arquitetura antroposofia. De acordo com o pensamento de Rudolph Steiner, deve-se evitar a adoção de ângulos retos e sim trabalhar os ambientes com formas mais orgânicas – o que seria mais acolhedor aos alunos. Daí a opção por salas de aulas em formatos de hexágonos e telhados inclinados.
Fonte: h ps://www.shieh.com.br Representação do projeto Foto aérea da construção
Fonte: h ps://www.shieh.com.br
Fonte: h ps://www.shieh.com.br
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ReferĂŞncias projetuais
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REFERÊNCIA PROJETUAIS CIEP Com a conquista da eleição de 1983 para Governador, Leonel Brizola como principal meta de Governo para o Estado do Rio de Janeiro era um investimento total na educação, seu objetivo principal era de melhorar a situação da educação pública no Rio de Janeiro, com isso trouxe ao seu Governo Darcy Ribeiro (foi um antropólogo, escritor e político brasileiro, conhecido por seu foco em relação aos indígenas e à educação no país) como Secretário de Educação, criando assim uma rede para se estabelecer novas formas de educar, Darcy assim criou o projeto CIEPs, (Centro Integrado de Educação Pública) trouxe como inspiração o Projeto Escola Parque de Anísio Teixeira (foi um jurista, intelectual, educador e escritor brasileiro) instalado na Bahia e que teve êxito e muitos benefícios. Foi criado então o CIEP, uma estrutura de escola padronizada que atenda a população carente e que traga benefícios a todos, para a instalação desse projeto de educação foi convidado o Arquiteto Oscar Niemeyer para a elaboração do projeto arquitetônico das escolas. Com isso foi criado assim um grupo para a elaboração das ideais de Darcy unificando com o projeto de Oscar. Surge então o modelo de CIEP, elaborado de forma rápida e econômica, utilizando de materiais pré-moldados, o que barateou a obra o possibilitou a padronização, podendo assim instalar em vários locais que necessitavam do CIEP. O CIEP, trata-se de uma escola em tempo integral para atender a comunidade e também a proposta era de o ensino e diminuir a taxa de analfabetismo e evasão. Com o CIEP toda a comunidade podia usufruir de seus programas, uma vez que a criança entrava de manhã e era oferecido toda a infraestrutura e materiais necessários, servia as alimentações e também dispunha de banhos. No Brasil, antes da criação dos CIEPs, nunca se fez uma escola popular de dia completo. Em lugar disso, adotou-se o desdobramento do regime escolar em vários turnos, numa solução falsa para o crescimento populacional. Essa deformação do sistema de ensino, com o tempo, tirou as qualidades já escassas da antiga escola pública e deixou-a despreparada para atender as desafio de adaptar-se à crescente clientela oriunda das zonas rurais ou das comunidades pobres da periferia das metrópoles. (RIBEIRO, D. p. 41)
sua implementação de jornada integral e possibilitando aos professores uma melhor capacitação foi se tornando um modelo ideal de educação. Foram instalados cerca de 500 CIEP'S espalhado pelo Rio de Janeiro durante o governo de Leonel Brizola, com isso atendendo muitas crianças e diminuindo assim as taxas de analfabetismo e evasão escolar. As crianças que eram atendidas pelo CIEP estudavam em um horário e praticava atividades extras no outra, o CIEP também oferecia curso noturno para jovens e adultos que não conseguiram terminar seus estudos normalmente. A ideia principal era construir escolas diferenciadas que possibilitasse uma adesão grande e também melhorar a qualidade de ensino e assim criar pessoas conscientes. Por estar muitas vezes localizados em áreas de risco, os CIEP's trouxeram uma outra realidade para seus frequentadores, pode trazer uma nova perspectiva de futuro.
“Os CIEP' são escolas bonitas, grandes dando as crianças mais pobres que os frequentam a ideia que o mundo vai mudar e que elas poderão usufruir tudo que até hoje só as crianças mais ricas é oferecido.” (NIEMEYER. O).
O projeto do CIEP's consistia em criar 3 blocos onde seria dividido em partes as utilizações. · O edifício principal com três pavimentos, no térreo há um refeitório com capacidade para 200 pessoas, uma cozinha no outro extremo do térreo fica o centro médico, os pavimentos superiores abrigando as salas de aulas, auditório e as instalações administrativas. · Salão Polivalente como ginásio desportivo coberto, com arquibancada, vestiário e deposito e que também pode receber atividades artísticas e culturais. · O edifício da Biblioteca para atender aos alunos serve para consulta dos alunos e também da comunidade sobre a biblioteca há os alojamentos com dormitórios para os residentes. Foi elaborado padrões de construções possibilitando uma construção acelerada, fazendo assim a construções de muitos modelos em pouco tempo. Utilizando a técnica de concreto pré-moldado em usina possibilitou a rapidez na execução, em apenas seis meses.
Foi assim que o CIEP se tornou uma das referências em educação no país, pois com
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Segundo Oscar Niemeyer, da ideia de construir escolas em série surgiu naturalmente a utilização do pré-fabricado, para torna-las multiplicáveis, econômicas e rápidas de construir: nesses casos, é a economia que exige a repetição e o modulado.
Outro fator que o CIEPs possibilitou foi disponibilizar moradia temporária as crianças que estavam em situação de vulnerabilidade, crianças que por algum motivo foi separada da família ou que sofria alguma ameaça, no CIEPs elas eram atendidas e podiam dormir nos dormitórios disponibilizados para tal, o CIEPs tinha uma estrutura que podia atender 24 crianças, 12 meninos e 12 meninas, separados por dormitórios. Assim as crianças tinham a possibilidade de uma estrutura que estava ali para acolher e também continuar seus estudos sem interferência. O programa do CIEPs foi além do que muitos esperavam, focou na educação de uma maneira ampla e assim conquistando excelentes resultados. Segundo NIEMEYER, “O CIEP's foi um sucesso é a escola que nós precisávamos que mantem o aluno o dia inteiro que não tem casa não tem nada.” BRIZOLA, J
“O mais importante nesse programa de escolas que o Governador Brizola criou é, sem dúvida, o sentido social, o desejo de levar às classes mais pobres, às crianças tão esquecidas deste país, o apoio indispensável, instruindo-as, ocupando-as, dando-lhes a possibilidade de uma participação futura nos problemas da vida brasileira.” Oscar Niemeyer
O primeiro CIEP foi inaugurado em 08/05/1985, com nome de CIEP Tancredo Neves com uma ampla quadra esportiva, consultório médico e odontológico, salas e ainda dormitórios para os alunos residentes. A escola atendia crianças das primeiras séries do Ensino Fundamental, 1ª a 4ª série, nos horários de 8 as 17h. A escola se tornou uma referência todos moradores próximos queriam estudar lá, por conta das atividades extras oferecidas. Foi então com sucesso do CIEP Tancredo Neves (Brizolão – como ficou conhecido) que pode se comprovar todas as propostas sugeridas no inicio do programa. Segundo Oscar Niemeyer: Esta é uma escola piloto. Uma escola pré-fabricada cujos elementos estruturais e detalhes de arquitetura serão obrigatoriamente utilizados nas diversas escolas a construir. O projeto do CIEPs, não era somente de construir um edifício para a educação, e sim muito além, o CIEP também se preocupava com a estrutura familiar da criança, disponibilizava uniforme e material, aqueles que não tinha possibilidade de adquirir, assim tornando possível seu desenvolvimento escolar, o Governo firmou parceria com as empresas de ônibus para assim viabilizar a sua locomoção para a escola, criando um programa de passagem de graça para estudantes. Porém a preocupação não se dava a apensa as crianças, mas também a qualidade de ensino, com isso criou o programa de valorização do magistério, que procurou igualizar os salários dos professores para sanar as distorções salariais, também ofereceu uma melhor qualificação aos professores possibilitando um maior aprendizado para uma educação mais satisfatória. Outra preocupação do governo era com a qualidade de alimentação das escolas, uma vez que criança mal alimentada não produz bem, não aprende, assim criou-se uma ampliação na oferta de alimentos e também criou um programa que disponibilizava leites a família para assim uma completa nutrição alimentar.
Carta que Leonel Brizola Apresenta CIEP’s
Fonte:www.niemeyer.org.br
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS CIEP TANCREDO NEVES Oscar Niemeyer cria uma escola ampla, bonita, funcional e 30% mais barata que um prédio escolar convencional. Conciliando Custo, Beleza e Rapidez. Para implantar no Estado um grande número de CIEPs com êxito, era necessário um projeto de arquitetura que desse origem a uma escola bela, ampla, que fosse economicamente viável e permitisse velocidade na construção. Esse desafio de conciliar beleza, baixo custo e rapidez de execução foi confiado ao talento de Oscar Niemeyer - que resolveu a equação da nova Escola Pública de maneira brilhante.
Anotações do projeto
Croquis do projeto
Fonte:www.niemeyer.org.br Fonte:www.niemeyer.org.br
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Implantado no Catete, Rio de Janeiro com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer projeto elaborado em 1984 e construído em 1985 "Sonhei com um lugar diferente, um lugar onde as crianças brincavam, estudavam e faziam esportes" Darcy Ribeiro. Croqui do projeto
“Esta é a escola piloto. Uma escola pré-fabricada cujos elementos estruturais e detalhes de arquitetura serão obrigatoriamente utilizados nas diversas escolas a construir. Damos 2 exemplos. Um em terreno mais amplo e outro de dimensões reduzidas e forma diferente. O trabalho a elaborar como o exemplo evidencia, se reduz a uma adaptação lógica e funcional da escola piloto, levando em conta a forma do terreno, os acessos existentes e sua conformação natural. A estrutura prevista procura atender problemas construtivos e econômicos o que explica apoios de 6x5 e 85ºx6 e a própria forma para eles adotada que permite lajes pré-fabricadas de (...) . As divisões internas que obedecem ao programa fornecido (1000 alunos) podem ser alteradas graças à flexibilidade do projeto que prevê recreio coberto e 2 pavimentos. Os apoios estão afastados 06º das esquadrias para lhes dar a continuidade modulada indispensável garantindo espaço para o brise-soleil." (NIEMEYER)
Fonte:www.niemeyer.org.br
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS PIES DESCALZOS vocação como edifício-símbolo: fica no alto de um monte, na intercessão entre um ecossistema de pântano e um de montanha. A expectativa é que a nova construção funcione como barreira ambiental para deter a expansão urbana sobre a natureza na área. A escola possui três volumes de planta hexagonal - cada um com uma saliente estrutura em balanço - com uma original torre, cuja função é a de um pergolado: conformar o espaço e gerar sombra. No projeto, estão previstas três torres - uma sobre cada um dos pátios.
O novo colégio é obra da Fundación Pies Descalzos, organização não governamental criada pela cantora Shakira no fim da década de 1990. Colégio Pies Descalzos
Planta principal
Fonte: www.archdaily.com.br
Além da qualidade dos espaços construídos - ou reformados - o diferencial das instituições entregues pela Pies Descalzos está na oferta de ambientes designados não apenas aos alunos e professores, mas às famílias e à comunidade, visando à implementação de atividades extracurriculares que impulsionem o desenvolvimento da região. O terreno escolhido para o colégio contribuiu para a manifestação de sua Fonte: www.archdaily.com.br
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Para a equipe, os conceitos que nortearam o projeto foram a integração espacial, a inclusão social, a geração de uma forte imagem urbana e a implementação de uma arquitetura bioclimática e ambientalmente sustentável.
Perspectiva explodida
Implantação
Fonte: www.archdaily.com.br
Fonte: www.archdaily.com.br
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Pátio interno
ESCOLA CONCEPT O Sacré-Coeur é um edifício importante da cidade de São Paulo, uma escola tradicional respeitada que formou uma geração de pessoas. Através da Escola Concept este espaço é resignificado. Triptyque Architecture assina o projeto que resgata esta edificação e confere a ela um novo uso e formato no âmbito de demandas contemporâneas e imputs da Escola Concept. Fachada da escola
Fonte: h ps://www.archdaily.com.br
Como uma das proposições arquitetônicas- a criação de uma marquise que percorre o parque e interliga todos os blocos unindo as quadras e a piscina. A longa marquise tem organicidade para atravessar o parque com harmonia, preservando as áreas verdes em sua totalidade.
Fonte: h ps://carbonouomo.com.br
Um ponto importante é a área externa, um parque com árvores de grande porte, vegetação farta e exuberante, um sopro de vento, uma surpresa, é como um elemento de ligação de todos os blocos pulverizados dentro do terreno.
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O edifício, que é tombado, teve sua fachada restaurada e ganhou um escorregador em espiral na lateral. Na área externa um novo jardim e brinquedos como “Parkour”, rampa de skate e o “parasita”, uma espécie de gaiola em volta das árvores mais antigas do local, que permite que as crianças tenham contato bem próximo à copa.
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS FACULDADE DE MEDICINA DA USP A circulação pelo interior da quadra, de articulação entre os diversos blocos, acontecia, no momento do concurso, de maneira imprecisa, definida pelos acessos e pelo espaço residual. As circulações propostas definem-se claramente pelo percurso de conexão externa e de distribuição aos blocos. Esses fluxos e acessos são valorizados como componentes estruturadores do espaço, não mais conformando as áreas residuais do construído. Ganham importância e dimensão física: uma fenda no território distingue-se com precisão da cota do térreo. Situação dos Fluxos
Fonte: h p://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/usp-medical-school#gallery
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ESCOLA PÚBLICA EM VOTORANTIM O tipo de material escolhido para o projeto foi estrutura pré fabricadas em concreto, assim possibilitando uma flexibilidade e também um tempo curto de criação. A opção pela estrutura pré-fabricada, possibilita uma evolução significativa na
A Escola Pública em Votorantim foi feita de acordo com o programa do FDE assim mostrando toda as formas obtidas através do concreto, feita toda em estrutura pré-fabricada, com grandes vãos pode-se observar as suas conecções e as intercessões do concreto.
melhoria de qualidade do produto oferecido aos usuários, visto que a produção das peças em
Destaque da rampa em concreto e os brises de madeira
fábrica garante controle tecnológico, maior resistência e plasticidade em consequência das características do concreto e seu melhor acabamento em função das formas utilizadas, reduzindo assim problemas de manutenção ao longo do tempo. Ao unir as estruturas no local consiste em uma técnica com maior precisão do que a pré-fabricada convencional. Consiste em ligar por armaduras preexistentes nas mesmas as peças estruturais no local, assim como concretagens adicionais que conferem à estrutura acabada constancia e comportamento estrutural correlativo ao das estruturas convencionais totalmente moldadas no local. Com isso tornando mais durável e diminuindo a possibilidade de trincas e outras alterações. Assim surgindo a confiança na estrutura e comoc resultado uma economia significativa. Pátio da Escola
Fonte: h p://www.gruposp.arq.br
Fonte: h p://www.gruposp.arq.br Quadra da escola e toda estrutura em concreto
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Fonte: http://www.gruposp.arq.br
REFERÊNCIAS PROJETUAIS COLÉGIO MIGUEL CERVANTES O CMC tem características próprias no modo de organização projetual: a solução é horizontal e em um pavimento; os ambientes de aula são limitados em três lados, sendo o quarto lado ausente e/ou móvel permitindo a conexão com uma área central comum, possibilitando variações no arranjo interno das salas e sua integração em vários ambientes; a iluminação lateral é complementada pela iluminação por lucernários elevados; cada conjunto de ambientes de aula tem sua própria unidade sanitária, ou ela é compartilhada por não mais que dois conjuntos adjacentes; a organização tendendo ao cruciforme, com pequeno pátio coberto central, implica aberturas das salas de aula para todos os pontos cardeais; as unidades complexas são relativamente autônomas, conectadas entre si e com o restante do conjunto por passarelas cobertas de estrutura autônoma diferenciada; a solução adapta-se a um terreno em declive com patamares discretos e pequenos deslocamentos verticais entre as unidades.
Não há a proposição de um módulo-sala único universal, mas sim de um esquema básico agregando mais de um ambiente de forma complexa: organizados em cruz, sempre acompanhados de secções verticais complexas, atentas à resolução de questões arquitetônicas que, ausentes das soluções em esquema linear-pavilhonar (mais freqüente em escolas), são de extrema relevância na viabilização de esquemas modulares centralizados passíveis de repetição, quais seja: racionalização do caminho das águas pluviais evitando águasfurtadas/rincões; o problema da multiplicação dos apoios, face ao deslocamento na posição de módulos justapostos, resolvidos em ambos os casos pelo emprego de muros portantes; o encontro entre a unidade funcional/aulas e o sistema geral de circulações/passarelas, com atenção para a diferenciação de suas alturas, individualização de seus apoios, e eventualmente opção por materiais construtivos distintos. Os equipamentos especiais são tratados de maneira diferenciada quando há necessidade de vãos maiores (áreas esportivas, auditórios).
Vista aérea da escola
h ps://www.cmc.com.br
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Vista geral da escola
Vista entrada
h ps://www.cmc.com.br Pรกtio interno escola h ps://www.cmc.com.br
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS RATCHUT SCHOOL O projeto reflete o ambiente de aprendizado ideal "Montessori", onde a escola deve se assemelhar a uma casa, muito mais do que a uma típica sala de aula. Portanto, a área de aprendizado é dividida em vários “ambientes” de pequeno porte, onde todas as crianças podem se sentir em casa quando estão na escola. O layout desses "ambientes" foi projetado para estar correlacionado com as atividades de cada aluno. O melhor ambiente de aprendizado para crianças dessa idade é a própria natureza, e por isso o layout do edifício foi cuidadosamente planejado para apoiar a autoaprendizagem das crianças e integrar espaços internos e externos, arquitetura e paisagem, para oferecer diferentes atividades de aprendizado. Esse layout consiste em elementos da "natureza", cada qual adequado para os diferentes estágios de desenvolvimento da criança. Os elementos naturais selecionados, que foram usados para criar um ambiente de aprendizado ideal para este projeto, incluem cavernas, areia, montanhas e árvores.
1. O conceito de "caverna" foi materializado na estrutura de madeira logo na entrada da escola. Os espaços entre os planos permitem que a luz natural penetre, criando uma atmosfera interessante e criativa para as crianças; 2."A areia" é usada no playground em volta da edificação para facilitar o desenvolvimento do tato nas crianças pequenas; 3. A "montanha" de forma livre é usada na quadra e áreas adjacentes, onde as crianças podem correr e utilizar o espaço para uma experiência de aprendizagem ao ar livre. Esta área também conecta todos os edifícios e espaços de aprendizagem; 4. “Árvores” são plantadas para fornecer sombra aos espaços de aprendizagem ao ar livre.
Diagrama do projeto
h ps://archello.com/
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Entrada Escola
Detalhe da circulação externa
h ps://archello.com/ Detalhe da estrutura e dos ambientes abertos h ps://archello.com/
h ps://archello.com/
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS PARQUE EDUCATIVO MI YUMA Este parque educativo faz parte de uma nova rede de edifícios públicos de pequeno porte que foram planejados pela Prefeitura de Antioquia, distribuídos em oitenta de seus municípios. Esta nova rede é, na verdade, um amplo projeto educativo de caráter público em coordenação com as comunidades municipais, e pretende levar educação de qualidade a diversas regiões do estado. Todos os parques educativos possuem programas similares e um espaço público singular. Este tipo de projeto planejado pela Prefeitura de Antioquia permitiu realizar um trabalho colaborativo entre grupos de representantes do município, do governo e os arquitetos. Através de simples reuniões a comunidade expressou seus desejos e necessidades a respeito do projeto educativo e arquitetônico por meio de textos e desenhos O lote destinado ao parque educativo localiza-se na esquina de uma quadra periférica, porém próxima ao Parque, e conectada à Casa da Cultura. Em alguns terrenos baldios ao redor do parque, evidencia-se como a vegetação tropical vai absorvendo as construções abandonadas, tornando-as agradáveis e diversas. Os desenhos e demandas da comunidade concentram-se no desejo de ter um edifício com salas flexíveis, espaços amplos, frescos, e com uma manutenção simples. Tais solicitações foram articuladas com as características urbanas do lote, e com o programa educativo definido pela municipalidade.
Este edifício pretende contemplar a quadra e participar da trama urbana existente, e, por isso, é um edifício regular e compacto. Sua estrutura em concreto reforçado atua de maneira simultânea como suporte, fachada, controle bioclimático e espaço para o crescimento de vegetação nativa. Pilares inclinados e vigas foram dispostos principalmente no perímetro, tornando os espaços internos os mas flexíveis possível. Os fechamentos verticais foram construídos com telas metálicas e paredes perfuradas que permitem a máxima ventilação cruzada. No primeiro pavimento há um espaço múltiplo e flexível, e no segundo salas modulares. Os dois pavimentos são conectados por meio de uma rampa paralela à facada principal em dois patamares. Este é um edifício resistente ao clima tropical e permeável, construído com materiais econômicos e técnicas locais. Vista aérea do projeto
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h p://www.planbarq.com
Vista interna escola
Fachada escola
h p://www.planbarq.com Detalhe da estrutura com aberturas
h p://www.planbarq.com
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS REFEITÓRIO DA ESCOLA PAJOT O projeto está baseado na reorganização do complexo escolar a partir da construção de um novo refeitório e a redefinição do seus espaços exteriores, oferecendo um entorno lúdico e duas atrativas cantinas para os alunos. A demolição do refeitório existente permite a relocação da nova
A grama sintética exterior, que recobre as fachadas ocasionalmente, se estende até o terreno e melhora a criatividade das crianças, a fachada revela grandes vistas do jardim, da cozinha e da área de jogos por todos os lados.
construção em meio a uma configuração espacial focada na aprendizagem. O projeto utiliza a luz natural, libera a área de jogos, introduz um jardim, otimiza as circulações dos alunos e cumpre com os objetivos meio-ambientais e de durabilidade. O edifício é a expressão de sua estrutura e definição. Desde uma moldura de aço e concreto, a envolvente fala através da linguagem das crianças e desempenha um papel importante na forma como as crianças percebem o lugar. A cobertura se assemelha à um origami, se dobra e desdobra a fim de possibilitar a entrada da luz no centro dos comedores, dando-lhes diferentes ambientações ao longo do dia. A cobertura inspirada na técnica do origami foi concebida para trazer dinamismo ao projeto. O origami enfatiza a imaginação, a criatividade e um pouco de ingenuidade. A forma da cobertura ajuda as crianças a perceberem de uma maneira diferente o edifício.
Vista externa Fachada
h p://www.z-architecture.
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Vista externa Lateral
Croquis do projeto
h p://www.z-architecture.
Vista interna
h p://www.z-architecture. h p://www.z-architecture.
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ESTUDO DE CASO ESCOLA ST. NICHOLAS A implantação dinâmica dos volumes permitiu uma privacidade dos pátios para cada grupo de idade, ao mesmo tempo propiciou uma permeabilidade entre eles no meio dos bosques, criando espaços diversos que permitem uma nova descoberta ao aluno conforme vai mudando de nível escolar. O desenho do projeto se dá pela composição equilibrada de espaços ocupados(cheios) e os vazios gerados entre eles.Trouxemos o mesmo DNA da implantação, que explora planos inclinados para a volumetria , que usa essas inclinações ora para gerar terraços nas salas de aula ora para criar um sombreamento nas fachadas dos ambientes ou mesmo nas circulações de acesso as salas que são abertas e integradas com as áreas verdes.
Implantação e corte setorizado
Fonte: h ps://www.arcoweb.com.br/
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O conceito nasceu da criação de uma espinha dorsal que geraria a conectividade entre todos os espaços, assim se interligam a ela os 3 níveis escolares, bem como todos os espaços de uso coletivo como refeitório,quadras, teatro, campo de futebol, complexo de artes e espaços de convívio espalhados no meio do grande jardim que separam os blocos de salas de aulas.
DADOS TÉCNICOS: Local: Santana do Parnaíba – SP Projeto: 2012 Arquitetos: aflalo/gasperini arquitetos Área do terreno: 63.944 m² Área construída: 28.567 m² Pavimentos: 1 / 3 Tipo: Institucional
Vista do campo com vista para os blocos
Trata-se de uma escola de ensino fundamental e médio, logo abrange alunos de 2 a 17 anos. O desafio era criar uma escola que tenha espaços coletivos articulados e ao mesmo tempo garanta um “isolamento parcial” entre os 3 diferentes níveis escolares que se dividem em “Tiny Tots”,”Junior” e “Senior”, em função da grande diferença de idade.
Fonte:h ps://www.arcoweb.com.br/projetodesign Vista geral do colégio
Fonte: h ps://aflalogasperini.com.br
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FDE
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FDE FDE – Fundo de Desenvolvimento da Educação Com a duração do regime republicano no Brasil inicia-se a história das escolas públicas datada de 1890. Boa parte dos edifícios escolares eram prédios adaptados, porém entre 1910 e 1913, projetam-se mais escolas do que nos vintes anos anteriores. Adotando os conceitos de modernidade são marcadas as escolas dos anos 30. Já em 50 ocorre a disseminação da arquitetura moderna nos prédios escolares paulistas. No inicio de 60 há um impulso transformados das escolas com o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo -IPESP. Fica responsável pelas escolas até 1960 o DOP (Diretoria de Obras Públicas), logo mais a incumbência de construir e manter escolas públicas passa a ser Fundo Estadual de Construção Escolar (FECE). A partir de 1976 a responsabilidade para a Companhia das Cidades Escolares de São Paulo (CONESP) ficando responsável até 1987 quando surge o FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação).
No ano de criação do FDE, o setor educacional necessitava de tratamento diferenciado daqueles aplicados até então. Ainda que o Estado suprisse a quantidade de vagas em relação a demanda escolar, oque preocupava a todos era a qualidade do ensino que requeria atenção, em vista dos níveis de analfabetismo e evasão escolar que ainda era preocupante. Para então reverter esse quadro, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE) constituiu um plano de ação que incluiu a criação do FDE, instituição concebida para atuar tanto na área pedagógica quanto na de recursos físicos escolares. O FDE é uma autarquia criada para ser um órgão executor da Secretaria Estadual da Educação, com o objetivo de colocar em prática ações de manutenção, ampliação e qualificação da rede pública.
Fonte: www.fde.sp.gov.br
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Foi através da junção de três órgão que surgiu p FDE, a junção do CENAFOR (Centro Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal para a Formação Profissional) a FNLE (Fundação Nacional do Livro Escolar) e o CONESP (Companhia de Construções Escolares de São Paulo. O FDE (Fundo de Desenvolvimento para a Educação) foi criado em 1987, ficando responsável por propiciar a aplicação das políticas educacional determinadas pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Também tendo comprometimento de implantar, gerir programas, projetos e ações para assegurar o bom funcionamento, o crescimento e o aprimoramento da rede pública estadual de ensino. É de responsabilidade do FDE elaborar pesquisas voltadas ao melhoramento do sistema pedagógico aplicado ao ensino de ferramentas e equipamentos educacionais disponíveis à rede pública, incluindo recursos didático e de informática, entre outros.
Escola de Ensino Fundamental – FDE – Campinas F1 MMBB Arquitetos Escola FDE- Campinas
O papel do FDE é essencial no gerenciamento da educação, ficando responsável pela aplicação das politicas publicas da secretaria da Educação. Assim conta com a maior rede de infraestrutura da educação com 5400 escolas distribuídas pelos 645 municípios paulistas. As principais atribuições do FDE são Ÿ Construir escolas Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ
Fonte: www.archdaily.com.br
O projeto fez parte de quatro projetos pilotos desenvolvidos pelo FDE – para definir o padrão e experimentar a aplicação de um sistema estrutural pré-fabricado. Foi construído em um conjunto habitacional.
Reformar Adequar, manter os prédios, salas de aula s e outras instalações Oferecer materiais e equipamentos necessários à Educação Gerenciar os sistemas de avaliação de rendimento escolar Viabilizar meios e estruturas para a capacitação de dirigentes, professores e outros agentes educacionais e administrativos
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ESCOLA FDE CAMPINAS Localização da Escola Vista Interna da escola
Fonte: www.archdaily.com.br
O terreno localiza-se na entrada do conjunto em uma área reservada para implantação de equipamentos públicos. A escola foi desenvolvida para atender crianças de pequena idade, para atender de 1ª a 4ª série. Como centro do conjunto foi elaborado uma quadra coberta que compõe o programa, construindo assim uma escola ampla e festiva. Com o térreo todo é aberto e fechado por elementos vazados nas fachadas, o espaço central, arejado, não prende nem os alunos nem o som. A quadra delimitou o projeto onde todo o térreo se desenvolve ao seu redor desse modo os andares superiores segue também organizada ao redor do vazio da quadra, assim estabelecendo a conexão do conjunto dos espaços da escola. O sistema estrutural préfabricado de elementos de concreto armado e protendido foi concebido conjuntamente com as equipes dos demais projetos pilotos e com os consultores do FDE e foi definido como um sistema de vigas e pilares de seção retangular solidarizados “in loco” – padrão na indústria brasileira da construção civil. Fonte: www.archdaily.com.br
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Planta implantação com ênfase na quadra
Vista da quadra
Fonte: www.archdaily.com.br
Fonte: www.archdaily.com.br
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Diagnรณstico
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MACROZONEAMENTO De acordo com a Lei municipal nº 100 de 29 de março de 2007, que estabelece o macrozoneamento do município pode-se observar que a área de estudo se encontra ma zona turística de sol e praia, onde possibilita a construção dentro dos parâmetros estabelecidos
Mapa Macrozoneamento Fonte: Prefeitura de Peruíbe
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URBANIZAÇÃO X ÁREAS DE PROTEÇÃO O município de Peruíbe está inserido em uma vasta área de conservação, a região é de domínio da Mata Atlântica, onde 75% é coberto por vegetação nativa e 56% em unidade de conservação. Também se encontra na área o Parque da Serra do Mar (PESM), o maior do Estado de São Paulo, e também a maior unidade de conservação de proteção integral de toda a Mata Atlântica. É a unidade de conservação de suma importância, pois configura o corredor ecológico que conecta os mais importantes resíduos da Mata Atlântica. Emenda nº 30, de 06/07/2017 LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PERUÍBE CAPÍTULO VII Do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Seção I Art. 151. O Município promoverá, sempre que possível com a participação da coletividade, a preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente, nomeadamente.
E por estar inserido em parques com abundante vegetação, possui uma área de urbanização pequena comparada a sua área total municipal. A área de urbanização é delimitada pela sua expansão controlada e pode-se observar no mapa sua superfície, onde esta inserido o terreno escolhido.
Unidades de conservação Parque estadual Serra do Mar Estação Ecológica Juréia - Itatins Área de Proteção Ambiental - Cananéia - Iguape - Peruíbe lha do Ameixal
Perímetro urbano
Zonas de Amortecimento
Terreno escolhido
Mapa Perímetro Urbano X Áreas de proteção Fonte: Prefeitura de Peruíbe
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EQUIPAMENTOS URBANOS X CLASSIFICAÇÃO VIÁRIA O município de Peruíbe é um município com uma forma linear com suas três avenidas principais: Luciano de Bonna , Padre Anchieta e Mario covas (antiga Beira – Mar), que cruza a cidade no sentido vertical o que delimita os seu sistema viário trazendo uma uniformidade a cidade, nesse mesmo processo linear se encontra a linha férrea hoje desativada, mas também no mesmo segmento da cidade. Na cidade também é identificado uma ampla rede de ciclovia, seguindo o mesmo princípio da linearidade do município. Por se tratar de um município com seus limites bem definidos os equipamentos urbanos foram locados de forma que facilitasse seu acesso e se encontra a grande maioria na região central do município por seu fácil acesso e seu deslocamento ágil.
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Fonte: Prefeitura de Peruíbe - Modificações: próprio autor Mapa Equipamentos Públicos e Classificação Viária
MORADORES POR DOMICÍLIO Apresentado a Sinopse realizada pelo IBGE no último censo em 2010, onde foi identificado os moradores por domicílio ocupado. O que pode-se observar que a área é considerada turística e possui poucos moradores, e a parte que esta mais adensada se localiza nas extremidades da área urbana do município. U n id ad es d om ésticas, p o r tip o, to tal e resp ectiva d istrib u ição p ercen tu al p or o rg an iz ação fam iliar, seg un d o o s m u nicípio s e as classes d e tam anh o d a p o p ulação do s m u nicípio - Ssão P aulo - 2010 M u nicíp ios U n id a d es d om éstica s, p o r tip o e c lass es T o ta l P ro p o rç ão N u c le ar d e tam a n ho de T o ta l D is trib u iç ã o p e rc en tu a l po r da u n ip ess o a is fam iliar (% ) p o p u laç ão (% ) Casal C a sa l c om H o m em dos s em filh o(s ) c om m u nicíp ios filh o(s ) filh o(s ) (h a b ita ntes )
M u lh e r c om filh o(s )
P E R U ÍB E
16,5
19 273 15,9
12 412
28,7
52,3
2,5
org an iza ç ã o
Sinopse censo 2010
*Fonte : Censo IBGE 2010
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PERFIL SOCIECONÔMICO DO MUNICIPIO O município tem uma população de 59.773 pessoas, de acordo com o ultimo censo realizado em 2010, com base nas informações coletadas já possui uma estimativa de população que é de 67.548 pessoas em 2018, uma estimativa até o valor real do próximo censo que será realizado em 2020. Densidade demográfica [2010]
O Município de Peruíbe possui uma ampla área rural onde se encontra boa parte dos parques estaduais e também grande área de preservação, porém mesmo com sua maior área municipal ser rural a população se encontra a maior parcela urbana. Onde mais de 90 % da população é urbana.
184,40 hab/km²
De acordo com as pesquisas realizadas pelo Seade com base no censo demográfico em 2010, o município engloba um atendimento de 91,5% de abastecimento de água e com 38% de esgotos sanitário e abrange 98,85% da população no atendimento da coletora de lixo.
*Fonte : Censo IBGE 2010
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ÁREA DE ESTUDO A definição de estudo da área para análise socioeconômico e normativos foi definida por setor censitário, assim estabelecendo um limite geográfico para estudo. Mapa Setores Censitários
setores censitários terreno escolhido
Fonte: Próprio autor
71
ANÁLISE DO SETOR De acordo com os dados levantados nas pesquisas realizadas, o campo de estudo se encontra em uma área residencial com uma população já fixada, e analisando os dados podemos concluir que a população que se encontra no campo estudado é a maioria de cor branca, e também com uma variação grande em idades, onde encontra-se pessoas de todas as idades. O setor estudado por estar bem localizado e em uma das principais vias de acesso da cidade já encontra-se com uma rede de infra-estrutura bem estabelecida com abastecimento de água em 100%, juntamente com a coleta de esgoto, em relação a coleta de lixo também é realizado em sua totalidade.
População Residente - Cor ou Raça Branca = Preta = Amarela = Parda =
*Fonte : Censo IBGE 2010
72
86 % 3% 2% 9%
ANÁLISE DO SÍTIO A análise da área escolhida mostra uma grande ocupação de 90% bem estabelecida e analisando as tipologias pode-se observar que o terreno se encontra em uma região de predominância residencial e onde serviços e comércios são vinculados a via de maior movimento. De acordo com a legislação vigente a área escolhida se trata de uma região com amplo interesse turístico, que fica localizado na Macrozona turística de Sol e Praia, e por estar nessa área é estabelecido gabarito máximo de 15m, porém podemos observar que a predominância se encontra entre 1 e 2 pavimentos, porém na via de maior tráfego é onde se encontra as maiores taxa de gabarito. O que se considera um ponto positivo em vista do projeto escolhido, a implantação de uma escola. Mapa de Gabarito
Tipologia
Mapa Cheios e Vazios
m
m
CHEIOS VAZIOS
Residência Comércio Serviço Praça Terreno escolhido
*Fonte: Próprio autor
73
m
PAV. TÉRREO 2 PAVIMENTOS 3 PAVIMENTOS 4 PAVIMENTOS 5 PAVIMENTOS ÁREA VERDE VAZIO TERRENO ESCOLHIDO
HIERARQUIA VIÁRIA De acordo com o código brasileiro -CTB- as vias são classificadas por questão de segurança no trânsito, onde algumas vias de maior velocidade que outras, à vias que conectam a residências onde não há muita movimentação de carros. Assim fica definido a classificação das vias. O município foi urbanizado de forma linear e a vias de maior movimento é aquelas que cortam a cidade de uma extremidade a outra como a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega uma via de transito rápido sem semáforo e com acessos ao município. também temos três vias importantes na cidade a Luciano de Bonna paralela a antiga linha férrea, a Av. Padre Anchieta grande ligação da cidade e a Mario Covas Jr. via na orla da praia.
Via de transito rápido Via arterial Via coletora Via local Ciclovia Antiga ferrovia
Mapa Hierarquia Viária
N
0
Fonte: Prefeitura de Peruíbe - Layout: próprio autor
74
0,5
1
2
3 km
SINOPSE ESCOLAR De acordo com os dados levantados pelo censo demográfico de 2010 e analisando o panorama do município pode-se observar um avanço com relação a educação identificando que houve uma diminuição na taxa de analfabetismo da população no município, porém também pode-se observar um maior abandono nas séries iniciais do Ensino Fundamental. O que mostra uma preocupação com a alfabetização, porém essa mesma preocupação não persiste em ter uma formação e continuar os estudos. Na análise quanto ao desempenho das escola contata-se que as notas do IDEB- Índice de Desenvolvimento da Educação No Brasil, é considerado alto nos anos iniciais e mediano nos anos finais. e a procura de matrículas também é considerada satisfatória.
TAXA DE ESCOLARIDADE DE 6 A 14 ANOS (2010) IDEB - Anos inciais do ens. Fundamental (2015)
6,1
IDEB- Anos finais do ensino fundamental (2015)
4,7
Matriculas no ensino fundamental (2017)
10.445
Matriculas no ensino Médio (2017)
3.138
Docentes no Ensino Fundamental (2015)
613
Docentes no Ensino Médio (2017)
256
Número de estabelecimentos de ensino fundamental (2017) 43
*Fonte: IBGE
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ESCOLAS DO MUNICÍPIO O município de Peruíbe dispõe de uma ampla rede escolar, com a rede publica temos: Escolas Municipais atendendo crianças de 3 aos 10 anos, onde é realizada os estudos de Ensino Fundamental I; o seguimento da educação pública se dá através das Escolas Estaduais, atendendo crianças de 11 aos 17 anos, com os Estudos do Ensino Fundamental II e também Ensino Médio. No município também tem uma rede de escolas particulares onde atende crianças da primeira infância, com creches a partir de 6 meses até a ultima etapa da educação Básica com o Ensino Médio.
escolas municipais escolas estaduais escolas particular terreno escolhido
Mapa Escolas no Município - Fonte: Próprio autor
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RELAÇÃO DE ESCOLAS NO MUNICÍPÍO de 2017 é possível verificar que o município de Peruíbe atende a maior parte da educação em sua rede pública, e igualmente verificamos que o maior número de estudantes é da rede municipal, que atende as primeiras séries de ensino.
Foi realizado um levantamento, onde foi constatado os numeros de matriculas realizados durante o ano de 2017, e com os dados levantados pode-se realizar uma tabulação onde foi feito uma análise e agrupamento dos dados. A rede municipal de ensino realiza o atendimento as crianças de primeira infância, e atende crianças de 6 anos ao 10, onde se trata dos primeiros anos de educação infantil. A rede estadual de ensino atende a crianças e adolescente de 10 a 18 anos, completando a formação da educação básica no município. A rede particular de ensino atende a todas as faixas etárias no processo de ensino, onde atende a partir da primeira infância dos 2/3 anos ao ensino médio 17 anos, o que se pode definir como um ensino completo. Analisando os dados levantados e obtidos no site da secretaria de educação no ano
Tome-se como exemplo o art. 208, IV, da Constituição Federal de 1988, que impõe ao Poder Público o dever de garantir a educação infantil em creche e pré-escola, estipulando um insofismável direito subjetivo. Em seguida, o art. 211 ££ 3º e 4º, também da Constituição, indicam que os Municípios devem atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil; ao passo que aos Estados e ao Distrito Federal compete atuar no ensino fundamental e médio. (FONTE, 2015, p.180)
77
78
O projeto
7 79
PROJETO CONCEITO A partir de um descontentamento pessoal surgiu a ideia de um projeto escolar, também uma preocupação com o sistema vigente e o papel da escola como origem constituinte de uma sociedade. Partindo do pressuposto que a arquitetura escolar pode atuar como intervenção urbanista decidi incorporar a escola como uma condição de equipamento público para a comunidade vinculando atividades complementares, esportivas, culturais e ambientais. Definindo 2 diretrizes de projeto que nortearam o processo criativo: a primeira determinando uma escola modelo para a cidade que trouxesse a criança não só a um edifício de estudo e sim a um processo de crescimento. A segunda definir uma escola aberta um lugar de todos, podendo dispor de seus espaço não somente ao aprendizado comum e sim um amplo espaço para novas possibilidades de conhecimento através da arte do esporte e do convívio em comunidade. Uma escola pública que seja realmente pública no sentido mais valioso que essa palavra pode representar.
80
PARTIDO anos, possuindo assim seu jogo de salas desenvolvidos para atender crianças nessa idade com mobiliário especifico, sala de música, sala de artes e laboratório de informática, também nesse núcleo se encontra um parque ao ar livre destinado as atividades recreativas dessa idade. Ligando os dois núcleos de ensino fica o Refeitório onde possui espaço coberto e aberto e amplo convívio com a natureza com uma praça onde fica disponível aos alunos seu desfrute. A parte administrativa da escola foi definida um núcleo separado e no parte frontal da escola, posicionada de forma estratégica na entrada da escola, assim possibilitando aos pais e responsáveis fácil acesso sem a necessidade de adentrar a escola. Na área administrativa fica localizado a secretaria com atendimento ao público, a diretoria, coordenação pedagógica, sala dos professores, almoxarifado e espaços afins. Assim sendo a escola foi definida em núcleos distintos assim possibilitando um maior aproveitamento dos espaços.
Para atender aos objetivos do projeto, a proximidade da escola com a comunidade é fundamental, o que determinou a necessidade de um maior aproveitamento do terreno. A partir das análises realizadas, das condicionantes do terreno e entono, do programa de necessidade e das diretrizes projetuais, o partido arquitetônico adotado foi de “Escola: lugar de encontro”. Sendo assim, o projeto deve criar ambientes que proporcionam o encontro do aluno com o conhecimento, com a comunidade e com a imaginação. Além disso, a edificação deve possuir grandes conexão com ambientes externos, permeabilidade visual e espacial entre setores e mobiliários que estimule encontros informais para evitar a sensação de confinamento, permanência dos alunos nos espaços de circulação e respeito a escala da criança. Assim definindo que a escola seria dividida em núcleos podendo aproveitar o terreno e possibilitando aos alunos maior circulação com vegetação e menor sensação de confinamento. Assim criando blocos específicos. E as áreas semipúblicas também seguiu o mesmo conceito de modulação assim tornando uma planta solta, essas áreas seriam definidas por uma biblioteca, um ginásio e um auditório. A ideia é que esses espaços possam ter usos dirigidos e específicos definidos para a sociedade, enquanto que estejam sempre disponíveis para a escola. A Biblioteca possui seu acesso periférico na planta da escola, então é possível controlar seu uso aos fins de semana sem que haja entrada efetiva na escola. O auditório possui acesso único que fica independente da escola, assim possibilitando seu uso sem a necessidade de acesso a escola. O ginásio, equipado com duas quadras poliesportiva, piscina e espaço para esportes diversos, possui seu acesso externo. Esse acesso, em dias de aula, deve estar trancado, dando exclusividade de uso para os alunos em período de aula. Nos fins de semana, então o ginásio pode ser compartilhado com a comunidade, através da abertura desse acesso externo. A estrutura da escola possui núcleos bem definidos e separados de acordo com a evolução da educação, assim sendo foi discriminado na parte inferior o núcleo do Ensino Fundamental ll que atende crianças de 10 a 16 anos, onde possui seu jogo de salas de aula, laboratório de informática, laboratório de ciências e também a sede do grêmio estudantil, nas áreas abertas possui um pátio com ampla visão da escola e um convívio com a natureza. No outro extremo fica localizado o núcleo Ensino Fundamental l que atende crianças de 6 a 10
81
PROJETO O LOCAL
1
5
4
6
1
2
2
3
3
82
4
5
6
83
PROJETO FLUXOGRAMA
84
PROGRAMA DE NECESSIDADE
ADMINISTRAÇÃO Atendimento Secretaria Almoxarifado
1 1 1
25.70m² 38.80m² 12.96m²
SUPORTE PEDAGÓGICO Sala dos Professores Sala de reuniões Orientação educacional Coordenação Pedagógica Diretoria
Refeitório Cozinha Cantina Despensa
1 1 1 1
293.00m² 26.30m² 26.00m² 12.70m²
Sala multiuso Quadra Vestiário Sanitários Depósito Ed. Física
1 1 1 1 2 1 1
51.72m² 40.90m² 10.80m² 34.40m² 11.70m² 13.60m² 255.00m²
Recepção Administração Vestiário Sanitários Área da piscina
1 1 1 1 3 4 2 1
32.60m² 22.50m² 47.90m² 45.00m² 10.30m² 65.00m² 245.00m² 44.40m²
SERVIÇOS GERAIS 1 2 2 1 1
73.70m² 30.10m² 25.95m² 12.95m² 25.95m²
Grêmio Depósito de limpeza Sanitário apoio Func. Copa dos Func. Sanitário Func. Vestiário Func. Pátio Coberto
17 2 1 2 1 1 1
51.85m² 34.55m² 38.85m² 73.45m² 51.85m² 51.85m² 51.85m²
BIBLIOTECA
ESPAÇO DE ENSINO Sala de Aula Conj. Sanitários Alunos Sala de leitura Sala de Informática Laboratório de ciências Sala de música Sala de artes
GINÁSIO
ALIMENTAÇÃO
Hall acesso externo Hall acesso escola Recepção Sala de informática Sala estudos Indiv. Sala estudos em grupo Sala de Leitura Estoque/depósito
85
1 2 2 2 1
623.00m² 1100m² 17.40m² 19.60m² 19.30m²
1 1 2 2 1
62.40m² 24.00m² 80.00m² 44.00m² 1300m²
1 1 1 1 1 1
502.00m² 102.00m² 14.00m² 66.50m² 32.00m² 30.40m²
PISCINA
AUDITÓRIO Sala de Espetáculo Palco Conj. Sanitários Hall Depósito Sanitário Func.
PROJETO PARÂMETRO URBANÍSTICOS De acordo com a Legislação (Plano Diretor Municipal- Lei Complementar nº100, de 29 de março de 2007) vigente no Munícipio, o terreno escolhido esta estabelecido em uma Macrozona Turística de Sol e Praia assim sendo fica então estabelecido os seguintes parâmetros urbanísticos:
Parâmetros para construção Macrozona turística de Sol e P raia Coeficiente de Apr oveitamento (CA )
2
Taxa de Permeabilidade (TP)
20%
Taxa de Ocupação ( TO)
65%
Taxa de Arborização
0%
Gabaritos
15m
Recuos
Frontal 5m lat (h-2)/4
Fonte: Anexo VI do Código de Obras do Município (Lei 143 de 2009)
86
IMPLANTAÇÃO O projeto segue uma escolha pela implantação com blocos definidos e possibilitando seu acesso sem a necessidade de adentrar na escola, foi então definido uma implantação distinta com seus módulos espalhados pelo terreno aproveitando assim sua totalidade. A implantação conta com Módulos de Salas de aulas, módulos Salas de atividades extra, Módulo de alimentação que interliga as salas e conecta os espaços escolares, Possui o módulo da biblioteca com entrada diretamente pela rua e também uma entrada pela escola, possibilitando o acesso dos alunos ainda no período de aulas. Conta com um complexo esportivo que contém duas quadras poliesportiva, salas multiusos e uma área com piscina. A escola conta também com um auditório que pode ser utilizado tanto para apresentações escolares como para usos diversos. Assim fica estabelecido a implantação da escola.
87
PROJETO ESPAÇOS DE ENSINO Sala de aula Ensino Fundamental 1
88
Corte
Fachada Leste
Fachada Oeste
89
PROJETO ESPAÇOS DE ENSINO Sala de aula Ensino Fundamental II
90
Corte
Fachada Oeste
Fachada Leste
91
PROJETO ESPAÇOS DE ENSINO Salas Atividade Extra
Detalhe sala de Música
92
Corte
Corte
Elevação Oeste
Elevação Leste
93
PROJETO ADMINISTRAÇÃO E SUPORTE PEDAGÓGICO
94
Corte
Elevação Leste
Elevação Oeste
95
PROJETO ALIMENTAÇÃO
96
Corte 1Â
Corte 2
97
PROJETO ALIMENTAÇÃO
Fachada Leste
Fachada Oeste
98
Fachada Sul
99
PROJETO GINÁSIO DE ESPORTES
100
Corte
Fachada Oeste
Fachada Norte
101
PROJETO AUDITÓRIO
102
Corte
Fachada Oeste
103
PROJETO BIBLIOTECA
Planta biblioteca tĂŠrreo
Planta biblioteca Mesanino
104
Corte
Fachada Oeste
Fachada Leste
105
PROJETO COMPLEXO NO GERAL (MAQUETE 3D)
106
107
108
Referências bibliográficas e bibliografia
8 109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A REVISTA DA MULHER. Conheça a pedagogia waldorf, método de ensino que associa arte ao aprendizado. D i s p o n í v e l e m : <http://arevistadamulher.com.br/familia/content/2276434conheca-a-pedagogia-waldorf-metodo-de-ensino-queassocia-arte-ao-aprendizado>. Acesso em: 22 mai. 2019. ANTES QUE ELES CRESÇAM. A verdade de uma escola waldorf. Disponível em: <https://antesqueelescrescam.com/2014/05/26/a-verdade-deuma-escola-waldorf/amp/>. Acesso em: 28 mai. 2019. ARCHDAILY. Escola de ensino fundamental fde campinas f1 / mmbb arquitetos. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-25980/escola-de-ensinofundamental-fde-campinas-f1-mmbb>. Acesso em: 28 mai. 2019. BUFFA, Ester; PINTO Gelson de Almeida. Arquitetura e Educação: Organização do Espaço e Proposta Pedagógica, 1893/1971. São Carlos, 2002 CIDADE de Peruíbe. Disponível em: http://www.peruibe3.sp.gov.br/cidade-de-peruibe/. Acesso em: 20 mar. 2019. ESCOLA WALDORF SÃO PAULO. A pedagogia waldorf. Disponível em: <https://www.waldorf.com.br/index.php/pt/>. Acesso em: 28 mai. 2019. ESTADÃO. Ensino waldorf completa 100 anos em expansão no brasil. Disponível em: <https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,ensinowaldorf-completa-100-anos-em-expansao-nobrasil,70002834558>. Acesso em: 14 mai. 2019. FDE. Apresentação. Disponível em: <http://www.fde.sp.gov.br/pagepublic/interna.aspx?codigomen u=318>. Acesso em: 22 mai. 2019.
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PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PERUÍBE. Plano diretor nº 100, de 29 de março de 2007. INSTITUI O PLANO DIRETOR, DEFINE PRINCÍPIOS, OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DAS AÇÕES DE PLANEJAMENTO NO MUNICÍPIO DE PERUÍBE. Peruíbe, 29 mar. 2007. Disponível em: http://www.peruibe3.sp.gov.br/portal/wpcontent/uploads/2017/04/LC100.2007-PLANO-DIRETOR.pdf. Acesso em: 21 mar. 2019. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - CASA CIVIL - SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei. 23 out. 1997. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm. Acesso em: 30 mar. 2019. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - CASA CIVIL - SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS. Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000. Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências. 8 nov. 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10048.htm. Acesso em: 29 mar. 2019. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - CASA CIVIL - SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 20 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm. Acesso em: 29 mar. 2019.
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