CONFERÊNCIA VINEYARD RIO DE LOUVOR E ADORAÇÃO | CONTEMPLAÇÃO Afinal de contas porque mais uma conferência de adoração? Essa foi uma das primeiras questões que surgiram quando nos mobilizamos na organização desse momento que vamos repartir no dia 24 de janeiro de 2009. Depois de alguns anos, a impressão que temos é que tudo que tinha de ser dito e ministrado sobre louvor e adoração no Brasil, já o foi pela infinidade de irmãos e irmãs capacitados pelo Espírito para servir à Igreja. Porém, como tudo que nos motiva é o que procede das infinitas fontes do Deus Triuno, discernimos que este é o momento para juntos, compartilhar e explorar características deste Mestre manso e humilde de coração. A busca por intimidade com Jesus tem nos levado a entender que hoje, mais do que nunca, faz-se necessário uma ruptura com tudo que se constituí como obstáculo nessa ponte relacional que a Graça estabeleceu entre nós e o Sagrado. É fato que as prerrogativas da agenda pós-moderna não suprem a vida imersa em oração, jejum e outros habitos espirituais, que tornam nossa caminhada como discípulos mais vibrante e piedosa. Encontramos na adoração um viés para descobrir significado em meio ao ativismo proposto por conferências, discos, livros e uma série de ferramentas que lamentavelmente, tornaram-se muletas para aqueles que desejam amar a Deus: Contemplar! Por isso, esta conferência não é voltada apenas para pessoas envolvidas com música, dança e artes em geral na Igreja, mas para todo aquele que deseja cada vez mais ser íntimo de Deus. Nosso convite a você é que se junte a nós nesta jornada de desacelerar e simplesmente adorar na incomparável beleza da Santidade divina. Segue aqui algumas dicas de bons livros para você se aprofundar nos assuntos que abordamos na conferência: ADORAÇÃO BÍBLICA – Autor: Russel Shedd – Editora Vida Nova CELEBRAÇÃO DA DISCIPLINA – Autor: Richard Foster – Editora Vida CRESCER: OS TRÊS MOVIMENTOS DA VIDA ESPIRITUAL – Autor: Henri J.M. Nouwen – Editora Paulinas CAMINHO DO CORAÇÃO – Autor: Ricardo Barbosa – Editora Encontro ADORAÇÃO, UM TESOURO A SER EXPLORADO – Autor: Roger Williams – Editora Betânia O ESPÍRITO DAS DISCIPLINAS – Autor: Dallas Willard – Editora Habacuc MOSTRA-ME O TEU ROSTO – Autor: Inácio Larrañaga – Editora Paulinas A MALDIÇÃO DO CRISTO GENÉRICO – Autor: Eugene Peterson – Editora Vida ESPIRITUALIDADE, CONTEMPLAÇÃO E PAZ – Autor: Thomas Merton – Editora Itatiaia O QUE JESUS ESPERA DE SEUS SEGUIDORES – Autor: John Piper – Editora Vida VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE – Autor: Francis Shaffer – Editora Fiel A VIDA EM CRISTO – Autor: Raniero Cantalamessa – Editora Loyola IMITAÇÃO DE CRISTO – Autor: Thomas Kempis – Editora Círculo do Livro CONFISSÕES – Autor: Santo Agostino – Editora Paulus
O MOVIMENTO VINEYARD A palavra Vineyard em inglês quer dizer Vinha. Vineyard não é uma denominação, mas uma associação de congregações, que cultivam os mesmos valores e princípios, sem abrir mão de sua individualidade. É um movimento crescente de igrejas que busca vivenciar a proposta da plenitude da Igreja através do ensino da Palavra de Deus e da manifestação do Espírito Santo. As igrejas Vineyard nasceram do desejo de atender a necessidade contemporânea de um enfoque mais Cristocêntrico para o poder do Espírito Santo. A Associação das Igrejas Vineyard foi fundada por John Wimber e reúne hoje centenas de igrejas ao redor do mundo. As igrejas Vineyard tipicamente enfatizam: • Ensino Bíblico • Adoração contemporânea • A centralidade de Cristo • Misericórdia, compaixão e graça • Preocupação com o pobre • Oração pelos enfermos • Respeito pelo Corpo de Cristo, com um todo • Treinamento e aperfeiçoamento dos santos para o ministério • Grupos caseiros. No Brasil as primeiras igrejas Vineyard surgiram no final dos anos 90, fruto do relacionamento de pastores brasileiros com igrejas Vineyard dos Estados Unidos. Líderes do Movimento como Bob Fulton e Mark Fields fizerem suas primeiras visitas ao país, conectando estas iniciativas e relacionamentos a partir de 1999. Em 2001, organizou-se a Vineyard Music Brasil, para documentar a grande influência da música da Vineyard no país e gravou-se o primeiro álbum [Vem, Esta É a Hora] genuinamente nacional com traduções de músicas internacionais, na voz de integrantes das igrejas brasileiras. As músicas tornaram-se conhecidas em todo território nacional e em outros países de língua portuguesa. Para nos conhecer melhor visite www.vinhabrasil.com.br VINEYARD RIO No final dos anos 90 Luciano Manga começa um relacionamento com o Movimento Vineyard, fruto da identificação com a caminhada pautada no Evangelho do Reino e da amizade firmada com alguns pastores ligados ao movimento, como o americano Roger Williams. Junto com alguns irmãos reunidos no bairro da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, Manga inicia a plantação da Vineyard Rio, com encontros onde a música direcionada ao coração do Pai, mensagens com enfoque na espiritualidade cristocêntrica como forma de se conectar com o Sagrado em meio aos revezes da pós modernidade, e a partilha de orações, café e biscoitos, geraram a comunhão entre um diversificado grupo de pessoas de várias partes do Rio de Janeiro. Este grupo foi se consolidando até o ano de 2003, com a mudança para o bairro do Recreio dos Bandeirantes e o estabelecimento de grupos caseiros para a formação de discípulos através de um convívio mais íntimo e confessional. Neste mesmo ano, a Vineyard Rio é reconhecida junto ao VIC (Vineyard International Consortium) como igreja local e juntamente com isso a equipe de louvor começa a se dedicar ao serviço ao Corpo de Cristo através de conferências e seminários de louvor, viajando juntamente com Luciano Manga para várias localidades do país, compartilhando valores e princípios do Reino de Deus, através de músicas apaixonadas ao Senhor e mensagens inspiradas pela Graça. Desde então, o desenvolvimento da comunidade tem fluído de acordo com o direcionamento do Pai, com o discipulado se intensificando nos grupos caseiros [nos bairros do Recreio, Jacarépagua e Tijuca], , a vivência do princípio "da Igreja para a Igreja" através do vínculo com irmãos de todo o Corpo de Cristo, e a plantação de duas novas comunidades ligadas em mentoreamento à Vineyard Rio: em Balneário Camboríu [SC] e em Belford Roxo [RJ].
VIDA CONTEMPLATIVA Por Luciano Manga Certa vez alguém disse que “vida contemplativa e contemplação constituem a coroa e a plenitude da vida cristã”. A intenção nessa conferencia que estamos tendo é de produzir no interior dos participantes o desejo de fazer com que os momentos de oração sejam momentos de verdadeiros encontros com Abba. “A oração, feita a modo de encontro, faz parte da vida cristã com um fenômeno de transformação , pois o encontro é uma realidade que sempre nos torna diferentes do que éramos anteriormente. Na oração, o encontro nos coloca diante de um tu completamente distinto de nós mesmos”- Jairo Ferradin Definição: Teologicamente a contemplação consiste em um estado místico em que o individuo tem uma visão direta de Deus, ou seja, participa do plano divino. Por estado místico, na teologia, compreende-se, o êxtase, a interrupção dos sentidos e a suspensão da ordem racional com uma experiência direta e imediata do divino. Não que se dê uma negação da razão e do sensível, mas são ultrapassados pela excelência da percepção que, sem descartar o corpo e a mente, exaurindo-os, alcança dar-lhes a plenitude harmônica de integração perfeita com o todo. Vida Contemplativa: Um texto que nos ajuda na jornada da vida contemplativa é Lucas 10:38-42 aonde nos fala do encontro de Marta e Maria aonde percebemos que a vida ativa e vida contemplativa dividem adequadamente a vida humana. Vemos que na atitude de Maria, a contemplação, “é a melhor parte”. O Senhor espera que dediquemos tempo para contemplá-lo. No nosso dia-a-dia temos que ter espaço para a contemplação. Como discípulo de Jesus, devo dedicar, todos os dias, algum tempo á oração interior, ter encontros. Momentos de solitude, para perceber a presença do Amado Senhor, que está “no segredo” (Mt 6:6). A intenção é que seja produzida em nós uma profunda intimidade com o Senhor. O autor Brennam Manning, apresenta um ensino precioso, no livro “Sentindo os Tesouros Infinitos do Amor do Senhor”, onde ele diz da importância de nos lembrarmos da presença do Senhor. Escreveu assim: ”Lembre-se da presença do Senhor ressurreto com você. Diga-lhe que crê que ele está presente ao seu lado. Reflita no fato de que ele o ama e aceita como você está agora mesmo. Gaste tempo para sentir seu amor incondicional por você enquanto ele o olha amorosa e humildemente. Fale com Jesus – ou simplesmente permaneça em silencio e em amor e comunique-se com ele para além das palavras”. Lectio Divina: -As quatros fazes da Lectio Divina 1-Leitura 2-Meditação 3-Oração 4-Contemplação Contemplação e Ação: Contemplação é conhecimento e amor e o amor transborda em ação e serviço. A contemplação tem que nos levar a ações ao nosso próximo.Li em um artigo que “toda oração contemplativa cristã remete constantemente ao amor do próximo, à ação e à paixão, e, precisamente dessa maneira, aproxima mais a Deus”. A contemplação faz com o texto de Mateus 25:35-36 se torne em algo pratico em nossas vidas.
ENTRE DOMINGOS: cotidiano de um adorador Por João Costa Há alguns anos, a idéia de que adoração é um estilo de vida, e não apenas música, tem circulado constantemente entre os seguidores de Jesus. Nos encontros e celebrações, a expressão musical de louvor e adoração a Deus, em muitos lugares já não é vista como entretenimento ou como um momento para ‘preparar’ o coração dos ouvintes para a pregação, mas sim, uma expressão viva da Igreja que busca dignificar o nosso Senhor. A questão é que liturgicamente, essa didática funciona, mas no dia-a-dia a todas as declarações de um desejo constante de habitar todos os dias na presença de Deus, adorar 24hs ininterruptamente e tantas outras tornam-se por vezes vazias ou até mesmo hipócritas. Vivendo de forma naturalmente sobrenatural Ao lançarmos nossos olhos no que é o tratado sobre adoração estabelecido por Jesus, em João 4.24, percebemos várias nuances que tem como base a formação espiritual: “Deus é espírito”. O sopro sagrado vindo do fundo de quem é o próprio Deus vivo é quem determina a nossa vida de adoradores. Todo diálogo do Mestre com a mulher samaritana partiu de elementos do cotidiano de ambos: etnia, religião, questões relacionadas a casamento. Foi a partir de questões de cunho natural, abordadas com a ótica profética de Jesus que se manifestou o sobrenatural na vida daquela mulher. E a conversa prossegue “... e é necessário que os adoradores o adorem em espírito e verdade”. Não poucas vezes nós, assim como a mulher samaritana, desprendemos muita energia com resultados, com o que podemos alcançar na nossa espiritualidade, mas o princípio que torna o etéreo, o sobrenatural, o espiritual em algo palpável, natural e verdadeiro é a adoração. John Wimber costumava dizer que “a adoração é o ato de livremente dar amor para Deus, e esta ação dá forma a todas as atividades na vida do cristão”. Talvez o nosso anseio por resultados, até mesmo dentro da esfera de um cristianismo relacional, não apenas no que tange à nossa intimidade com Deus, mas também à nossa vida comunitária, comprometa uma vivência mais espiritual e verdadeira com o Senhor. O aspecto da proclamação missional também é outro fator relevante, pois pode nos levar a um ativismo distanciador de conhecer a Deus, por muitas vezes cair no engano de se envolver tanto com a cultura ao nosso redor, com o objetivo de fazer Deus conhecido aos outros. Por isso antes de abordamos o que seria uma manifestação da ‘verdade’ de João 4.24 na nossa adoração, vamos observar algumas disciplinas espirituais, caminhos antigos que fazem do nosso coração um lugar de ensino, onde o ‘espírito’ é quem nos direciona. Fazendo do coração um lugar de ensino Necessitamos estar a sós com Deus e nos calar para ouvi-lo. No meio do burburinho e das intensas vozes que clamam pelo cumprimento de ritos religiosos, temos que ter a mesma postura de Jesus: “Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente” [João 5.19]. Não por acaso esse diálogo surge um capítulo depois do período de quarenta dias em que Jesus se retirou no deserto. O fato dele ter permanecido em jejum por quarenta dias sempre é algo que olhamos com maior atenção e até admiração, almejando um dia, talvez, fazer o mesmo.
Agora, imagine: será que almejamos ficar quarenta dias em solitude e em silêncio? É sempre bom não confundir ‘estar sozinho’ com solitude. A sociedade da informação nos imprime uma vida ‘umbigocentrista’, mas que não encontra momentos de solitude e silêncio, porque estamos cercados de parafernálias que supostamente existem para facilitar nossa vida. Trocamos por vezes uma boa conversa, momentos de desfrutar da Criação, e, mais drasticamente, nossa intimidade com o Pai, por horas de navegação na internet, telefone, celular, mp3 players, dvd’s, TV e etc. A ausência de ruído apavora a muitos de nós, por dar a impressão de que nada está acontecendo. E é justamente aí que o silêncio pode tornar verdadeira a espiritualidade de nossos momentos a sós, como Henri Nouwen diz: “o silêncio é a forma de tornar a solitude uma realidade”. Na nossa vida frenética, pensar em ter momentos a sós com Deus, em aquietar-se para aguçar nossa sensibilidade em relação à voz divina pode soar pretensioso para alguns, mas certamente são hábitos que pavimentarão uma caminhada cristã de humildade e dependência que terá como conseqüência uma vibrante expressão de adoração, nos tirando da superficialidade de momentos onde louvor, exaltação e alegria estão unicamente atrelados à multidão, barulhos e animação de palco, como lamentavelmente temos visto em tantos locais de reunião da Igreja. Acordar no meio da madrugada, retirar-se para um monte, abster-se por algumas horas de entretenimento plugados em dispositivos de comunicação [pode incluir aí até mesmo os seus discos de adoração de ministros usados pelo próprio Senhor], e até mesmo descansar, configuram cenários onde é possível desfrutar de momentos profundos de relação com o Deus Triuno através da oração, sempre lembrando que orar não é só falar e articular pensamentos o tempo todo, mas também ouvir, pois quanto menos falamos mais profundas são as palavras proferidas na hora apropriada. Chamados para fora Estes hábitos com certeza nos levaram a um cotidiano de adoração que manifestará a verdade na nossa relação com o Sagrado, com os irmãos e com toda a criação que arde em expectativa pela nossa manifestação enquanto filhos de Deus. A belíssima narrativa dos cinco primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos mostra que toda ação da Igreja nascente, em especial a proclamação e a comunhão, teve como influência e condução o poder do Espírito Santo. E quando conectamos isso com a vivência dos discípulos junto ao Amado mestre, entendemos que essa manifestação, esse movimento do Espírito na vida deles foi fruto de saber esperar, e acreditar com o coração imerso em fé, de que a presença dele os acompanharia onde quer que eles estivessem. Inúmeras vezes, numa conversa informal ou até em estudos e debates mais profundos, os relatos do que era a Igreja descrita em Atos parecem ser coisas inalcançáveis, utópicas, e até mesmo pejorativamente primitivas. A ousadia e intrepidez que por vezes são bradadas em cânticos e pregações contornam as nossas vontades e aspirações individuais ao invés de nos colocar no centro da vontade de Deus. Porque não somos intrépidos para nos não se escorar em multidões e em falácias vazias? Porque não somos ousados repartir a mesa diária da vida com outras pessoas, inclusive os que não nossos irmãos? A espiritualidade de ficar em silêncio e em solitude nos choca, porque nos eleva a níveis mais extremos de dependência de Deus. A verdade da proclamação e comunhão nos confronta, porque nos equaliza com o nosso próximo. Que nós hoje, cobertos por este espírito de adoção que nos insere na família de Deus, possamos desfrutar desse mesmo banquete de espírito e verdade, silêncio e solitude, comunhão e conseqüentemente proclamação, porque quando somos cheios dessa realidade do Reino do nosso Deus, não temos como ficar passivos e aí sim chega a hora de expressar com toda nossa força e intensidade esse amor.
TEOLOGIA E ADORAÇÃO: (boa) teoria aliada à (boa) prática Por Eduardo Mano Teologia e adoração são essenciais à Igreja, e sempre foram. Uma boa Igreja depende principalmente de boa teologia e boa adoração. Não no sentido técnico, mas sim no sentido qualitativo. Abordaremos neste estudo alguns aspectos teóricos e práticos da adoração. Por vezes trataremos adoração como música, mas é importante que tenhamos em mente que adoração é muito mais do que música – adoração é a expressão de nossos corações no serviço e louvor ao nosso Deus, seja através da música, nas tarefas que desenvolvemos ao longo do dia ou na busca por justiça e paz. De igual forma, abordaremos a teologia através do seguinte parâmetro: aquilo que foi e é transmitido ao longo dos séculos pela igreja cristã. Aquilo que aprendemos através da palavra de Deus. Aquilo que aprendemos através do estudo de mestres da palavra que empenham suas vidas na glorificação de Deus através do ensino fiel de Sua palavra. Gostaria de começar falando um pouco de teologia. Teologia é o estudo de Deus. Estudamos Deus através daquilo que Ele revelou de Si mesmo, e encontramos essa revelação na bíblia. A Teologia é uma ciência em constante atualização: não que tenhamos novas revelações, mas que a cada dia surgem mais e mais teólogos que acrescentam ao estudo da palavra de Deus novos pontos de vista. Aqui nosso intuito é falar de como a boa teologia (teoria) pode influenciar na boa prática (adoração), e vice-versa. Antes de iniciar o estudo propriamente dito, gostaria de estabelecer alguns parâmetros. Ao falarmos sobre boa teologia, estamos propositadamente falando de qualquer teologia que seja feita com o intuito de dignificar e glorificar a Deus. Não consideraremos como boas teologias aquelas que tentam diminuir a pessoa de Jesus Cristo, negar as verdades eternas do cristianismo, colocar Deus em sujeição à vontade do homem e ainda glorificar ao homem. Essas teologias, além de não serem boas, nos levam a uma adoração (se é que podemos chamar assim) infrutífera. i
A base da boa teologia é, por exemplo, aquilo que encontramos no Credo Apostólico , belíssima declaração teológica de fé e doutrina que hoje é deixada de lado por grande parte da igreja evangélica. O texto a seguir é aquele utilizado atualmente nas igrejas cristãs ao redor do mundo: 1. Creio em Deus Pai Todo-poderoso, o Criador dos Céus e da terra. 2. E em Jesus Cristo, o seu único Filho, o nosso Senhor; 3. que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria; 4. padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; 5. desceu ao inferno, e ao terceiro dia ressuscitou dentre os mortos; 6. subiu ao céu e está assentado a direita de Deus Pai Todo-poderoso; 7. dali virá para julgar os vivos e os mortos. 8. Creio no Espírito Santo; 9. na santa Igreja católica (universal), a comunhão dos santos; 10. no perdão dos pecados; 11. na ressurreição do corpo 12. e a vida eterna. Amém. A Igreja Reformada manteve a tradição de expor a palavra através de formulações teológicas. Martinho Lutero iniciou a Reforma ao tornar públicas suas 95 teses, que discutiam acerca de temas como penitência, indulgência e a salvação pela fé. Após o estabelecimento da Igreja Reformada, diversos catecismos foram editados, entre eles os catecismos de Westminster (1643), de Heidelberg (1563) e o do próprio Martinho Lutero (1529). Os catecismos eram usados para expor a doutrina da igreja aos cristãos convertidos, e infelizmente foram deixados de lado pela maior parte da igreja evangélica. A boa teoria aliada à boa prática Quando buscamos compreender mais aquilo em que cremos, nosso coração é tomado pela maravilha do mistério e também da revelação de Deus. A Bíblia nos diz que “os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio ii das coisas que foram criadas”. Teologia é algo que se aprende no contemplar a natureza e a criação.
Nosso Deus, em Sua infinita sabedoria, decidiu se manifestar através de Sua criação. A criação não é Deus. Antes, ela é um reflexo de Deus, assim como nós somos. Entender essa manifestação é teologia. E nesse sentido, a teologia nos leva ao próximo passo, a adoração. Em Efésios, temos a revelação de que Deus nos criou e escolheu para o Seu louvor: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a iii redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”. Sem entrar em méritos doutrinários, essa é uma definição de nosso propósito como filhos de Deus: sermos para o louvor da Sua glória. iv
O Catecismo de Westminster nos dá uma excelente explicação teológica acerca de nosso propósito como filhos de Deus: 1. Qual é o fim supremo e principal do homem? Resposta. O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e desfrutá-lo para sempre. Rom. 11:36; 1 Cor. 10:31; Sal. 73:24-26; João 17:22-24. Podemos perceber com isso que a teologia, o conhecimento aprofundado acerca de Deus, nos leva a uma melhor prática da adoração, uma vez que podemos adorá-lo com sentimento e entendimento. De fato, Matthew Henry, em seu Comentário Bíblico, diz, a respeito de Romanos 12:1, que “nosso Deus deve ser servido no espírito e com v entendimento” . Esse é o nosso culto racional. É importante também destacarmos outro ponto. Um dos maiores ataques ao estudo teológico é que ele, de alguma forma, nos torna frios. Essa é uma afirmação longe de ser verdadeira. A teologia pode servir (como certamente serve) de combustível para que nossos corações ardam cada vez mais por e para Jesus. É justamente no entendimento da revelação de Deus que nossos corações são aquecidos com as eternas verdades da palavra, e a resposta a isso muitas vezes é emocional, pois primeiro tocou nosso intelecto, nossa razão. Não há problema algum em sermos cristãos emotivos, desde que entendamos aquilo que nos move às lágrimas. A música no ensino teológico – contextos anteriores A Igreja Cristã tem usado, há séculos, a música como forma de ensino teológico. Os reformadores Martinho Lutero e João Calvino sabiam da importância da música na vida cristã, e davam grande importância ao seu uso. Calvino disse o seguinte: “na verdade, conhecemos por experiência que o canto possui grande força e poder de comover e inflamar o coração dos homens para invocar e louvar a Deus com zelo mais veemente e ardoroso. Há sempre a considerar-se que vi o canto não seja frívolo e leviano; pelo contrário, tenha peso e majestade, como diz Santo Agostinho” . Calvino editou (com a ajuda de outros teólogos, poetas e músicos), para o uso de sua Igreja em Genebra, o Saltério Genebrino, compendio de salmos para serem cantados no culto ao Senhor. Lutero, além de metrificar salmos, compôs hinos que são utilizados até hoje no culto evangélico, como “Castelo Forte”. Lutero sabia da importância da música para o culto público, e não se importava em usar melodias de canções populares e “músicas de bares” em suas canções de louvor a Deus. Nenhuma contribuição ao canto litúrgico foi tão vii fundamental quanto a que Lutero fez ao estimular a congregação a cantar . Posteriormente, os irmãos John e Charles Wesley utilizaram grandemente a música como forma de transmitir a palavra de Deus. Em suas cruzadas evangelísticas, os irmãos Wesley utilizavam cânticos e hinos para melhor explicar aquilo que estavam pregando. Charles Wesley foi um compositor bastante produtivo: estima-se que tenha composto entre 6000 e 8000 hinos, muitos deles usados ainda hoje nas igrejas evangélicas.
A música no ensino teológico – contexto atual Ainda hoje a música, dentro da Igreja, é utilizada como instrumento de ensino. A nota triste é que, ao contrário do que acontecia antigamente, quando hinos eram compostos baseados em boa teologia, hoje os cânticos são compostos baseados meramente em experiências humanas. Há canções que tentam estimular os ouvintes a determinarem coisas a Deus. Há ainda outras que dizem que Cristo se submeteria mais uma vez aos horrores da Cruz, algo reprovável pela palavra de Deus. Creio que essa tendência aconteça por acharmos, muitas vezes, que o fato de irmos dominicalmente a uma igreja nos exime de cometer erros. Além disso, o conteúdo duvidoso de muitas das mensagens pregadas nos púlpitos de nossas igrejas contribui com essa situação. Andy Park, compositor ligado à Vineyard e autor de inúmeros cânticos, nos conta a seguinte história: “No começo da década de 1990, Gordon Fee, professor do Regent College em Vancouver, no Canadá, falou numa conferência da igreja Vineyard em Langley. Ele comentou sobre o poder da hinologia para formar o pensamento das pessoas: ‘Mostre-me as músicas de uma igreja e eu lhes mostrarei qual é a sua teologia’”. Isso é uma verdade incontestável. Aquilo que cantamos é um reflexo da forma como cremos. O Pastor Peter Masters escreveu a seguinte síntese do atual movimento de composições cristãs: “Os compositores e escritores dos ‘cânticos’ do ‘louvor moderno’ não podem ser comparados aos grandes escritores dos hinos tradicionais. [...] Quanto à teologia, os cânticos do ‘novo louvor’ são, com frequência, dolorosamente inconsistentes. No que concerne ao aspecto intelectual, eles ficam aquém de uma expressão adequada e digna. Quanto ao aspecto emocional, estimulam mais os sentidos do que a alma, usando o ritmo e repetições, em vez de verdade espiritual. No aspecto poético, variam do amadorismo ao absurdo. Sem dúvida, combinar o ‘novo estilo’ com o antigo desinstruirá, viii com o passar do tempo, e diminuirá grandemente o nível de inteligência e o conteúdo doutrinário do louvor”. Creio que a análise feita por Masters não está muito longe de ser verdadeira, mas também creio que há bons exemplos de compositores que honram a Deus com o que escrevem. Uma das novas canções da Vineyard Music, lançada pela Igreja Vineyard em Piratininga (São Paulo), chama-se Quebrantado e é uma versão para Sweetly Broken, canção composta por Jeremy Riddle. A letra em português, versão de Beto Tavares, diz o seguinte: Eu olho para a cruz e para a Cruz eu vou / Do seu sofrer participar, da sua obra vou cantar / O meu salvador na cruz mostrou / O amor do Pai, o Justo Deus / Pela cruz me chamou, gentilmente me atraiu e eu, sem palavras, me aproximo quebrantado por Seu amor / Imerecida vida de graça recebi / Por sua cruz da morte me livrou / Trouxe-me a vida e eu estava condenado / Mas agora pela cruz eu fui reconciliado / Impressionante é o seu amor / Me redimiu e me mostrou o quanto é fiel. Para encerrar essa parte do estudo, gostaria de fazer uma rápida análise da letra desta música, mais especificamente em seu refrão (trecho destacado em itálico no parágrafo acima). A Cruz como símbolo do chamado de Cristo ao homem é perfeito. Na Cruz vemos simultaneamente a Ira e a Graça de Deus, manifestadas através do sacrifício de Cristo: Cristo morreu para satisfazer a Ira de Deus, uma vez que todo pecado requer derramamento de sangue para sua purificação. Mas ao mesmo tempo, ao deixar que Seu único Filho morresse na Cruz, Deus mostrou quão gracioso e misericordioso é. A Cruz também nos lembra que Cristo morreu em nosso lugar: nossas mãos e pés deveriam estar pregados a ela. Além disso, ela nos lembra que, estando vazia, significa que Cristo não está mais morto. Estando vazia, há redenção e esperança. O refrão da música nos diz que Deus nos chama pela Cruz, e que gentilmente nos atrai. Isso demonstra duas verdades teológicas: A primeira é que através do sacrifício de Cristo temos acesso ao Pai, e passamos a ter um relacionamento com Ele. É apenas pela Cruz que podemos ouvir a voz de Deus. A outra verdade é que o chamado de Cristo é eficaz, e é Ele que nos atrai. É Ele que vem até nós. É sempre Ele quem inicia o processo de salvação, e não nós. Por fim, o refrão nos diz que nos aproximamos Dele sem palavras e quebrantados por Seu amor. O amor de Deus nos constrange de tal forma que nossos corações, outrora de pedra, tornam-se de carne. Essa é a verdade da teologia cristã. E é isso que estamos cantando ainda no século XXI.
A adoração comunitária tem função de expressar a Deus, como corpo, aquilo que sentimos por Ele. Mas aquilo que sentimos está diretamente relacionado a como cremos Nele. Algumas comunidades O enxergam como fonte de bênçãos materiais. Outras O enxergam como um Deus de amor. Estas são tentativas de compartimentar Deus. Deus não pode ser adorado apenas por alguns de Seus atributos, pois essa é uma forma incompleta de olharmos para Ele. A boa teologia nos faz adorá-Lo por Ele ser Deus. E Deus é tudo aquilo que Ele diz ser simultaneamente. Ele é o Deus que dá e o Deus que tira. O Deus da Ira e do Deus de Amor. Ele é o Deus que ama Sua criação e que endurece corações. Nunca iremos completamente entender a Deus, mas devemos adorá-Lo ainda assim, pois Ele nos entende e nos ama profundamente. A boa prática aliada à boa teoria No início do estudo, deixamos claro que adoração não se limita à música utilizada durante as celebrações cristãs. Mesmo assim, muito do que temos falado, e ainda falaremos, é relacionado à música. Também disse que ao falarmos sobre teologia, teríamos alguns parâmetros. Esses parâmetros incluíam a rejeição a teologias que tentam diminuir a pessoa de Jesus Cristo, negar as verdades eternas do cristianismo, colocar Deus em sujeição à vontade do homem e ainda glorificar ao homem. Ao repetir isso, gostaria de fazer a primeira afirmação a respeito de como a prática influencia na teoria. Creio que adoramos a Deus ao nos afastarmos daquilo que não é bíblico. Creio que adoramos a Deus ao demonstrarmos zelo por aquilo que é Dele, tal como Cristo demonstrou zelo ao ix expulsar os mercadores do templo . Uma vida de adoração nos leva a amar a Deus acima de todas as coisas, e ao nosso próximo. O pastor John Piper diz em seu livro Alegrem-se os Povos que o esforço missionário existe pelo fato da igreja não adorar apropriadamente. Penso que isso é verdade. Se todos nós, independente de nossas denominações ou crenças doutrinárias adorássemos a Deus da forma como Ele requer (em espírito e em verdade), duas coisas aconteceriam: a primeira, e óbvia, é que nossos corações arderiam pelos perdidos. A segunda, e mais complexa, é que talvez pudéssemos experimentar aquilo que está escrito em 2Crônicas 7:14: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” Onde a teologia se aplica nisso tudo? Parece claro onde a adoração entra, mas e a teologia? A teologia toma parte no crermos nas verdades bíblicas. Um dos fundamentos da Igreja Reformada é a infalibilidade das Escrituras, ou seja, o que está escrito na palavra de Deus, é verdade. Um dos males do pós-modernismo, e consequentemente da igreja da pós-modernidade é a relativização da verdade. Como dizer que há uma verdade absoluta em uma época onde tudo é relativo? Adoramos a Deus quando cremos que aquilo que procede de Sua boca é verdade. Adoração comunitária: difundindo a boa teologia Já falamos um pouco, de forma teórica, de como a Igreja utilizou a música para alimentar espiritualmente seu rebanho. Mas como se dá consequencia desse ato, desse alimentar? Santo Agostinho diz o seguinte: “quantas lágrimas verti, de profunda comoção, ao mavioso ressoar de Teus hinos e cânticos em Tua igreja! Aquelas vozes penetravam nos meus ouvidos e destilavam a verdade em meu coração, inflamando-o de doce piedade, enquanto x corria meu pranto e eu sentia um grande bem-estar”. O que Agostinho conta neste trecho de suas Confissões é que a verdade cantada na igreja nos move o coração. Move xi porque, tal como o Espírito testifica ao nosso espírito que somos filhos de Deus , a verdade é como a voz do Mestre falando aos nossos ouvidos, e ouvir a voz de Deus é emocionante. Da mesma forma, o jeito como expressamos nossa adoração é de suma importância. Agostinho também disse que: “o cristão canta a Deus menos com palavras do que xii pelo coração. E o canto só é verdade à medida que expressa a emoção interior”.
Em nossos cultos comunitários não é preciso que sigamos um roteiro, uma ordem pré-estabelecida para que as coisas fluam, para que o Espírito flua em nosso meio. Muitas vezes, a preocupação com a forma e a condução dos momentos de culto nos deixa em um ambiente espiritualmente e teologicamente estéreis. Nada vai acontecer pelo simples fato de fecharmos nossos olhos para a revelação de Deus enquanto nos preocupamos com execução. C.S. Lewis, famoso escritor e teólogo irlandês, disse o seguinte: “O culto perfeito seria aquele do qual praticamente não tivéssemos xiii consciência, pois nossa atenção estaria apenas em Deus”. Por fim, retorno ao exemplo de Romanos 1:20, “os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas”.A adoração auxilia a teologia no sentido que ajuda a mente lógica a enxergar a beleza e a poesia, para que haja uma resposta emocional. A adoração auxilia a teologia, pois inunda de lágrimas os olhos daquele que se esforça em permanecer fiel ao seu Senhor, e ouve Sua voz, em meio ao estudo da palavra, e essa voz traz conforto, segurança e paz. A adoração auxilia a teologia, pois nos permite sair das paredes do quarto de estudo devidamente munidos para plenamente amarmos a Deus e ao nosso próximo. Conclusão Algo de extrema importância a ser enfatizado é o seguinte: uma vida de estudo teológico, sem uma vida de adoração, torna-se algo improdutivo, pois embora Deus seja honrado com o intelecto, ele não é honrado com a vida. Igualmente, uma vida de adoração sem o devido embasamento bíblico e teológico, pode nos levar a uma vida de idolatria, como Calvino nos explica com sabedoria: “Todos sabem que existe um Deus e que devemos cultuá-lo; mas tal é o vício e a ignorância que reinam em nós, que desse confuso conhecimento passamos imediatamente para um ídolo, e assim o adoramos no lugar de Deus. E até mesmo no culto devido a Deus, nos desviamos, particularmente no xiv primeiro dos mandamentos”. Que Deus nos ajude a permanecermos fiéis a Ele e à sua palavra, buscando a cada dia adorá-lo em espírito e em verdade, pois é esse tipo de adoradores que o Pai procura.
NOTAS
i
Desde o tempo apostólico, a Igreja teve que lidar com falsas doutrinas, percebendo que era urgente produzir uma declaração de fé que reprimisse
o desenvolvimento das falsas doutrinas, especialmente no que concerne a Santíssima Trindade. Por exemplo, houve um movimento chamado arianismo (cerca 318-381 d.C.), que afirmou que o Filho não era Deus, mas que havia sido criado pelo Pai. Outra seita também pregava que o Filho não era Deus, mas que era uma espécie de emanação procedente da divindade. Assim, criam que todo o mal se encontrava no mundo material, enquanto que tudo o que era bom e belo estava no mundo espiritual. Seguindo esta linha de pensamento, concluíram que o Filho de Deus não poderia fazer-se homem, porque isto lhe exigiria assumir um corpo material mal. Isto os levou a dizer que o Filho teve um corpo que somente parecia ser um corpo físico, mas que na realidade não era (docetismo), e disseram que o Filho possuiu um homem comum chamado Jesus em seu batismo e depois o abandonou antes de sua crucificação. João teve que enfrentar estas idéias (1 Jo 4:1-6,15). Foi por isto que o Credo teve que formular a sua doutrina com base na estrutura trinitária. ii
Romanos 1:20
iii
Efésios 1:3-7
iv
v
http://www.monergismo.com/textos/catecismos/catecismomaior_westminster.htm Matthew Henry’s Commentary on the Whole Bible, Volume VI (Acts to Revelation) - http://www.ccel.org/ccel/henry/mhc6.Rom.xiii.html
vi
João Calvino, As Institutas, Livro III.9
vii
Nathaniel Micklem (Editor), Christian Worship, London: Oxford University Press, 1936
viii ix x
Peter Masters, Louvor em Crise, São José dois Campos: Editora Fiel, 2002
Marcos 11:15-17 Agostinho, Confissões, 9.6.14, p. 247
xi
Romanos 8:16
xii xiii xiv
Agostinho, Carta 48.3. In: Philip Schaff, Ed. The Confession and Letters of Augustine, with a Sketch of his Life and Work, p. 559 C.S.Lewis, Letters to Malcoolm, Chiefly on Prayer, Londres: Fontana, 1966, p.6 João Calvino, Exposição de Efésios (Ef 4:17), p. 135