Jornal do São Francisco - Edição 132

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Jornal do São Francisco

(77) 3639.5100 LEM, BARREIRAS E RODA VELHA

ARTIGO

AGRONEGÓCIO Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

Alexandre Garcia O Big Brother real PÁGINA 2

Lagarta chega à região do Vale PÁGINA 18

JORNAL DO

De 1o a 15 de julho de 2013 • Ano 7 • Edição 132

Aiba e Ufba acertam acordo

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PÁGINA 19 jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00

São Francisco A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO

Os dois lados da exploração do Tálio PÁGINA 10 VIRGÍLIA VIEIRA

Exploração do metal é vista com ressalvas pela alta toxicidade e pelo perigo que pode provocar ao bioma

Pichações contrárias à exploração podem ser vistas em diversos locais da cidade

LOCAL

ENTREVISTA

Sucesso de público, pecuária e negócios na 31a Expoagro

Renate Maria Wieczorek A psicologia por trás dos protestos

Embora ainda não tenha sido fechado o balanço da feira, a estimativa é de que a exposição tenha recebido aproximadamente 300 mil visitantes. PÁGINA 4

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Um Shopping para todos.


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Jornal do São Francisco

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OPINIÃO

“Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?”

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trecho da música “Comida”, da banda de rock Titãs e que dá título a este editorial, é um questionamento que se ajusta aos reais – mas não muito explícitos – desejos dos brasileiros, em especial àqueles que foram às ruas se manifestar recentemente. Bandeiras por melhorias na educação, mais investimentos em saúde, combate à corrupção, clamor por segurança pública e redução do valor da tarifa do transporte coletivo foram os jargões que ecoaram repetidamente durante os atos. Sim, seguindo a letra da canção dos anos 80, a frase “bebida é água, comida é pasto” soa de maneira óbvia ao projetarmos tal trecho para as reivindicações repetidas à exaustão pelos manifestantes. A ida às ruas impressionou devido à tão reclamada letargia que tomava conta dos brasileiros, desde o Fora Collor, em 1992. Antes disso, havia apenas nove anos entre a então última manifestação (a campanha Diretas, Já!, em 1983). Ou seja, o Brasil passou calado em hiato de 21 anos. Mas qual é a educação, a saúde, a segurança, o transporte que os manifestantes desejam? Não seria cabível perguntar por qual ensino os brasileiros pleiteiam? Educação estaria limitada à construção de escolas, em detrimento de melhorias no ensino, no salário dos professores, no estímulo ao aperfeiçoamento dos educadores ou nas condições dignas da infraestrutura dos estabelecimentos de ensino? Por qual saúde pedem os manifestantes? Resume-se a mais postos de saúde e a um engrossamento no contingente de médicos? Houve reflexão pela medicina preventiva? Viu-se algum cartaz ou faixa reivindicando melhorias em saneamento básico? E quanto à segurança, a população acredita que minando nossas ruas com policiais armados e viaturas em ronda trarão tranquilidade ao cidadão? Ou que a redução da maioridade penal abreviará os índices de violência? Ir às ruas, parar o trânsito, fechar o comércio e, na maioria dos casos, obter êxito como a redução do valor da tarifa do transporte público (principalmente nas capitais) foram conquistas de quem saiu da frente da tela do computador ou abandonou o sofá e desligou a tv para protestar. Prova disso – além da redução da tarifa do transporte – foi o freio no ímpeto dos congressistas (deputados federais e senadores) que votaram de acordo com os anseios da população (e não em causa própria), como no caso da PEC 37 (que tirava o poder de investigação do Ministério Público) e a aprovação da proposta que acabou com a função de segundo suplente no Senado e proíbe parentes dos suplentes no cargo. Diante disso, fica a pergunta por meio de afirmação ainda na música dos Titãs: “A gente quer inteiro e não pela metade”? A evolução destas manifestações se mostrará eficiente via reflexão, debates e fiscalização por parte da sociedade. Quais os projetos, propostas e os resultados das votações nas câmaras de vereadores dos municípios brasileiros? Os orçamentos das cidades, dos estados e da União estão em consonância com as necessidades da população? Há distribuição justa de recursos para cada setor? Como nos representam os deputados estaduais, federais e senadores? Eles, estejam na oposição ou situação, colaboram para que o Poder Executivo evolua em seus trabalhos ou engessam projetos e propostas? Ou seja, não cabe apenas lembrar para qual candidato foi depositado o voto nas últimas eleições, mas qual a sua participação no Legislativo.

CHARGE vizinha fofoqueira! aposto que é uma agente da cia.

Nicélio Ramos

ERRAMOS Na edição 129 (16 a 31 de maio de 2013), página 51 (Esportes), na matéria “Dupla Ba-Vi: cenários bem diferentes na capital baiana”, foi publicado incorretamente o escudo do Sport Recife como sendo do Vitória-BA. Na edição 131 (16 a 30 de junho de 2013), página 30 (Esportes), na matéria “Começa em agosto a Série A do Intermunicipal de Luís Eduardo”, o nome correto da competição é Municipal. Nesta mesma edição, erramos nas informações da Agenda de shows da Expoagro na página 3. Ainda nesta página, na matéria “Concurso movimenta São João”, erramos ao mencionar sobre a quadrilha campeã do concurso, Remelexo Cearense, e divulgar a foto de outra quadrilha. Na matéria “Região Oeste se prepara para Conae”, página 5, a autoria do texto é da repórter Ivana Dias e não de Virgília Vieira como foi publicado.

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ALEXANDRE GARCIA É jornalista das Organizações Globo onde, desde 1996 apresenta o programa Espaço Aberto, na GloboNews, e desde 2001 apresenta e coordena, direto de Brasília, o telejornal local matutino DFTV - 1ª Edição. Faz participações diárias como comentarista político do telejornal Bom Dia Brasil e está no grupo de apresentadores que se revezam na bancada do Jornal Nacional aos sábados e integra a equipe de colunistas do Jornal do São Francisco.

O BIG BROTHER REAL C aiu no colo do governo a história de que os americanos estão espionando nossos telefonemas e nossas mensagens pela internet. Enfim, fomos promovidos a nação espionável - ao lado da Índia. Mas não é apenas essa promoção que alegra o governo. Mas sim a oportunidade em que a bisbilhotagem é anunciada: bem no momento em que o governo já não sabe o que fazer para desviar esse incômodo assunto das ruas, que julgam o ministério grande demais, a corrupção grande demais, a insegurança pública grande demais e a educação, a saúde e o transporte urbano pequenos demais. O governo insiste em não ter entendido. De audição falha, o governo só gerava respostas como pacto e plebiscito. Ficamos indignados ao saber que big brother não é apenas a ficção do George Orwell no seu 1984. Ele existe e é o nosso grande irmão do norte. O governo, que não é bobo, vai aproveitar a chance para unir a nação indignada em torno dele, governo, para ser porta voz da indignação nacional contra o Grande Irmão. Assim unidos, quem sabe os brasileiros aceitem que a presidente contrarie as ruas, teimando que vai importar médicos, vai fazer a Copa, vai insistir no plebiscito e não vai desinchar o ministério. E em lugar de fazer coisas simples, mas urgentes, insiste numa complexa reforma política, na tentativa

inútil de desviar a atenção. À beira do fracasso da estapafúrdia ideia de plebiscito, chega o big brother como mágica diversionista. O Congresso fez diferente: tratou de aprovar em dias o que se arrastava há anos. Só marqueting: a maior parte dos temas aprovados será inútil. Numa sessão presidida por Renan Calheiros, o Senado aprovou, por exemplo, que corrupção é crime hediondo. Irônico, não? Ficha limpa para funcionário público. Mas para fazer concurso já não se exigem certidões negativas da polícia e da Justiça? E que tal a derrubada da PEC 37? Divertido, não? O Ministério Público agora vai precisar de outra PEC para dar-lhe o direito de investigar, que não está na Constituição. Bem que os espiões americanos que guardam tantas ligações telefônicas, poderiam nos presentear com conversas entre corruptores e corrompidos - ambos corruptos. Tem tanta gente curiosa para saber como construíram os estádios, como se reformam aeroportos, como se vencem licitações, como se votam emendas do orçamento, como um assessor do presidente da Câmara fica três dias com 100 mil reais retirados do banco até que seja assaltado... ah, há tanta coisa que esse Grande Irmão arquivou e que poderia clicar num encaminhar aos seus irmãozinhos do sul que saíram às ruas sonhando com mudanças.

Editora: Heloíse Steffens | Repórteres: Ivana Dias, Virgília Vieira, Raul Beiriz e Luciano Demetrius | Diagramador: Nicélio Ramos | Colunistas: Alexandre Garcia, Durval Nunes, Carlos Augusto, Tizziana Oliveira, Romênia Mariani e Denise Pitta| Publicidade: Angélica Rambo e Aline Mello Secretária: Priscila Pereira | Impressão: Imprima Gráfica | Tiragem: 15 mil exemplares


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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 EDITAL

EDITAL DE PRAÇA E INTIMAÇÃO E D ITAL D E PRAÇA E I NTI MAÇ Ã O **PRAZO DE 20 (VINTE) DIAS** **PRAZO DE 20 (VINTE) DIAS** O EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO, LEANDRO DE CASTRO SANTOS, Juiz de Direito em substituição na Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de São Desidério, Estado Federado Bahia, República Federativa do Brasil, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas por lei e etc., FAZ SABER a todos quantos do presente Edital virem ou dele tiverem conhecimento, que será(ão) levado(s) a PRAÇA, na modalidade PRESENCIAL, o(s) bem(ns) penhorado(s) do(a)(s) EXECUTADO(A)(S) AUGUSTO PERUGINI e ARMANDO PRIMO PERUGINI,devendo os licitantes comparecer cientes de que a “a arrematação far-se-á o pagamento imediato do preço pelo arrematante ou, no prazo de até 15 (quinze) dias, mediante caução”, art. 690, CPC e s.s, e ainda na seguinte forma: PRIMEIRA (1ª)PRAÇA: dia 28 de agosto de 2013, às 08h30min, por preço igual ou superior ao da avaliação. SEGUNDA (2ª)PRAÇA: dia 11 de setembro de 2013, às 08h30min, pelo maior lance oferecido, não sendo aceito preço vil. LOCAL: SALÃO DO JÚRI DO FÓRUM MINISTRO ACM Ministro Antônio Carlos Magalhães – Bairro Felisberrto Ferreira dos Anjos – Rua Wandinalva de Carvalho Nunes dos Santos, Log. 19 - CEP 47820-000. Fone: (77) 3623-2102. Se não houver expediente forense nas datas designadas, o PRAÇA realizar-se-á no primeiro dia útil subsequente. CARTA PRECATÓRIA, SOB Nº.: 0000578-17.2012.805.0231, EXTRAÍDA DOS AUTOS DO PROCESSONº.:0450324-77.1992.8.26.0011 – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL TRAMITANDO NA 3ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL XI - PINHEIROS – COMARCA DE SÃO PAULO - SP,emqueéExequente COOPERATIVA AGRICOLA DE COTIA – COOPERATIVA CENTRAL. I- BEM:“Um imóvel denominado de Fazenda Nova Esperança, localizada neste município com área 1.070,00 hectares em condomínio com co-executado Augusto Perugini e outras duas pessoas, sob matrícula 0059 do Cartório do Registro de Imóveis e Hipotecas da Comarca de São Desidério”. Ônus: HIPOTECADO em favor do BANCO DO BRASIL S/A, Agencia Barreiras-Bahia, através da: 1º) CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA Nº 96/70410-1(securitização), valor R$ 992.975,62., vencimento imento imento em 31.10.2005 prorrogada para 31.10.2008 em 1ª grau; Escritura Pública de Confissão de dívidas com Garantia Pignoratícia e Hipotecária, passada em Notas no 1º Ofício de Barreiras-Bahia, no livro 020, fls 186 e vº em data de 22 de agosto de 1996, valor R$ 260.841,49, vencimento imento imento em 31.10.2005 em 2ª grau; Em favor do BANCO DO BRASIL S/A, Agencia Barreiras-Bahia CRPH nº 21/22368-8, valor R$ 300.000,00, vencimento, em 15.05.2011 em 4ª grau; CRPH nº 21/22369-6, valor R$ 300.000,00, vencimento em 15.05.2011 em 5ª grau; CRH nº 21/22888-4, valor R$ 200.000,00b vencimento, em 15.12.2008 em 6º grau; CRH nº 21/62657-X, valor R$ 200.000,00, vencimento em 15.10.2008 em 7º grau; CRH nº 21/25106-1, valor R$ 200.000,00, vencimento em 15.10.2008 em 8º grau; Em favor da URC de Barreiras-Bahia, através da Escritura Pública de Confissão de Dívidas com garantia Hipotecária e Cessão de Créditos, passada em Notas no Cartório do 2º oficio de Barreiras-Bahia, no livro 18-CD., fls 30 a 32vº em data de 31 de julho de 2000, valor R$ 571.000,00, vencimento em 1º de julho de 2.020 em 4º grau; Escritura Publica de Outorga de Hipoteca em Garantia do Cumprimento de Obrigações em Operações de Comercio Exterior, passada em Notas no Tabelionato de 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 33, fls 84 a 86vº em data de 15.12.2004, limite de R$ 1.000.000,00. Escritura Pública de Outorga de Hipoteca em Garantia do Cumprimento de Obrigações em Operações de Comercio Exterior, passada em Notas no Tabelionato de 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 33, fls 81 a 83 vº em data de 15.12.2004, limite de R$ 1.000.000,00. Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70969-0 no valor de R$ 453.972,00 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30.09.2011 em 9º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70970-4 no valor de R$500.000,00 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2011 em 10º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70968-2 no valor de R$200.034,00 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2011 em 11º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70967-4 no valor de R$100.000,00 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2006 em 12º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70964-X no valor de R$100.000,00 com vencimento imento para 15/01/2006 , prorrogado para 30/09/2011 em 13º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70966-6 no valor de R$109.176,86 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2011 em 13º grau; Aditivo de Re-ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70965-8 no valor de R$109.176,86 com vencimento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2011 em 15º grau. Em favor da URR, Agencia Barreiras-Bahia, através da Escritura Pública de Confissão de Dividas com Garantias Hipotecaria, passada em Notas no Tabelionato de 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 035, fls 095 a 097vº em data de 30 de Novembro de 2005, valor R$ 917.592,04, vencimento, em 30.09.2011; Escritura Pública de Confissão de Dividas com Garantia Hipotecaria, passada em Notas no 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 035, fls 092 a 094vº em data de 30.11.2005, valor R$ 1.016.886,46, vencimento, em 30.11.2011; Escritura Pública de Confissão de Dividas com Garantia Hipotecaria, passada em Notas no Tabelionato de 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 035, fls 089 a 091 em data de 30.11.2005,valor R$ 477.200,89, vencimento, 30.09.2011; Escritura Pública de Confissão de Dividas com Garantia Hipotecaria, passada em Notas no 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 035, fls 086 a 088vº em data de 30.11.2005, valor R$ 788.239,36, vencimento, em 30.09.2011; Em favor do BANCO DO BRASIL S/A, Agencia Barreiras-Bahia novamente: CRH nº 21/00292-4, valor R$ 30.570,00, venc, em 30.10.2012; CRH nº 21/00291-6, valor R$ 94.067,00, vencimento, em 30.10.2012, prorrogada para 15.06.2020; CRH nº 21/00293-2, valor R$ 93.970,00, vencimento, em 30.10.2013, prorrogada para 15.06.2020; PENHORADO 401,25ha (quatrocentos e um hectares, vinte e cinco ares) em favor da COOPERATIVA AGRÍCOLA DE COTIA- COOPERATIVA CENTRAL; II - AVALIAÇÃO:R$ 345.000,00 (trezentos e quarenta e cinco mil reais),em 08/11/2010 – oito de novembro de dois mil e dez; III -VALORDADÍVIDA: Cr$ 14.340.861,67 ( quatorze milhões, trezentos e quarenta mil, oitocentos e sessenta e um cruzeiros e sessenta e sete centavos), atualizado no ano de 1992; IV-ÔNUS: eventuais ônus existentes sobre os bens levados a PRAÇA deverão ser verificados pelos interessados junto aos órgão competentes; V- RESPONSABILIDADES: É de inteira responsabilidade do adquirente o pagamento de despesas de transferência de veículos, bem como de eventuais débitos em aberto junto ao DETRAN; da mesma forma, fica responsável pela quitação de valores existentes relativos à alienação fiduciária e, no caso de imóveis, pelo pagamento do ITBI e demais despesas de transcrição, além de taxas, se for o caso a presente, os atrasos tais como condomínio, impostos, energia elétrica, água, etc; VI- LEILOEIRO: ANTONIO JOSÉ DE SOUZA, JUCEB nº 2192; VII - COMISSÃODOLEILOEIRO:Emcasodearrematação,acomissãoseráde10% (dez por cento) sobreovalordaarrematação,aserpagapeloarrematante.INTIMAÇÃO:ficam desde já as partes, seu cônjuges, se casados, credores hipotecários, usufrutuários ou senhorio direito havendo, INTIMADOS pelo presente EDITAL, para todos os atos aqui mencionados, caso encontrem-se em lugar incerto e não sabido ou não venham ser localizados por carta intimatória e Oficial de Justiça, consoante o dispositivo do art. 687, §§3º e 5ª do CPC, bem como as alterações trazidas pela Lei n.º 11.382/2006 no CPCB. Não obstante, antes da arrematação e da adjudicação do(s) bem(ns), poderá(ão) remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios, consoante o disposto no art. 651, caput, do código de ritos, bem como que poderá(ão) oferecer embargos à arrematação ou à adjudicação, dentro do prazo de 05 (cinco) dias. E, para que chegue ao conhecimento de todos e no futuro ninguém possa alegar ignorância, expediu-se o presente edital, que será publicado no DJE, afixação no átrio, em jornal de ampla divulgação, bem como em outros na forma da Lei. DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Desidério, Estado da Bahia, o MM. Juiz mandou eu, [ass.]VINICIUS DE MOREIRA PINHEIRO, Subescrivão, CAD: 901.526-4 digitar. Eu, [ass.], LUIZ FRANÇA GUEDES, Escrivão Titular, CAD: 225.039-0, subscrever. São Desidério-BA, 07 de junho de 2013. LEANDRO DE CASTRO SANTOS/ Juiz de Direito

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Sucesso de público, pecuária

Embora ainda não tenha sido fechado o balanço da feira, a estimativa é VIRGÍLIA VIEIRA

Virgília Vieira

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ealizada pela Prefeitura de Barreiras e instituições parceiras durante os dias 29 de junho a 07 de julho, a 31ª Expoagro teve sucesso de público, pecuária e negócios garantido. Com máquinas agrícolas, parque de diversões, leilões, comércio, provas equestres e espaço para agricultura familiar, a feira contou com aproximadamente 300 mil visitações e superou as expectativas dos organizadores. “Esta feira foi um grande desafio para nós. Barreiras hoje sedia uma das maiores feiras agropecuárias do Oeste baiano e contamos com a presença de autoridades de todo o Estado. Isso mostra a importância da região para a Bahia”, declarou o prefeito Antônio Henrique. O secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ozimar Amorim, justificou o sucesso da feira. “Na nossa área interna, os visitantes encontraram lojas, restaurantes, shows, parque infantil, revendedoras de veículos e máquinas agrícolas, além de leilões e provas equestres”, completou. Durante todos os dias, até às 15h, o acesso ao Parque foi gratuito. A grade de shows diversificada também foi importante para conferir resultados positivos à feira. A programação contou com apresentações dos cantores Frank Aguiar e Michel Teló, além das duplas João Neto e Frederico, João Lucas e Marcelo, Vitor e Léo e Maria Cecília e Rodolfo. Destaques para os shows de Michel Teló – que pela primeira vez se apresentou na cidade e levou mais de 25 mil pessoas ao parque e, Maria Cecília e Rodolfo – que apresentaram som romântico e músicas sertanejas de raiz e reuniram 40 mil pessoas. As duas atrações tiveram os maiores públicos da feira. A Expoagro também abriu espaço para bandas regionais, como Baião de Dois, Farol de Fusca, Amantes do Forró, Helena Lídia e Dieguinho, dentre outras bandas. Presente aos shows, em meio à multidão, o Prefeito Antonio Henrique se disse contente e satisfeito com a feira, especialmente, com o entretenimento oferecido à população. “Estou muito feliz com a Expoagro. Fizemos um ótimo trabalho no parque, com uma ótima estrutura e grandes atrações musicais”, avaliou.

tagem; cadeia avícola do Oeste da Bahia e registro de Produtos SIM/SISB e comércio do Programa de Aquisição de Alimentação (PAA) e PNAE. Caprinocultura de corte – manejo adequado para a região Oeste; cultivo de milho em pequenas propriedades; Programa de Sanidade Equídea; Programa de Sanidade Bovina; piscicultura; importância da Torta do Caroço de Algodão na Produção e Controle da Febre Aftosa e da Brucelose também foram assuntos na grade de palestras da Expoagro. Projeto Colmeia

A feira contou com aproximadamente 300 mil visitações e superou as expectativas dos organizadores separados em 49 lotes, divididos entre os animais de corte e de elite e foram leiloados com as melhores condições de pagamento para o comprador. Para o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ozimar Amorim, a realização do leilão foi apenas o início de um trabalho que deve continuar para resgatar a autoestima do pecuarista. “Hoje o parque está voltado para os criadores e para o fortalecimento da pecuária”, afirmou. Agricultura familiar

Por meio de uma parceria entre Prefeitura

Municipal de Barreiras, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário (SEBRAE), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), durante todos os dias de feira foram realizadas palestras voltadas à agricultura familiar. Entre os temas, estavam a produção de leite; cultivo da mandioca; aplicação de agrotóxico; manejo de pas-

Durante todos os dias da feira, o projeto de formação desenvolvido pela Secretaria Municipal do Trabalho e Promoção Social esteve aberto para visitantes conhecerem e também comprarem artesanatos produzidos com matérias-primas do Cerrado. “Este projeto de sustentabilidade ambiental é fantástico, porque a gente produz um artesanato belíssimo, preserva a natureza e garante a capacitação de quem precisa”, destacou a secretária de Trabalho e Promoção Social, Antônia Pedrosa. O Programa Colmeia compõe uma série de programas sociais voltados para a capacitação profissional. Toda renda obtida com a comercialização é destinada para a manutenção das oficinas em cooperação com as beneficiárias do projeto. Até o fechamento desta edição, a organização da 31ª Expoagro não havia divulgado o balanço da feira. ■

Indústria de reciclagem acerta parceria na Expoagro

RAUL BEIRIZ

Ideia é montar fábrica nas regiões Oeste ou do Vale e passar a produzir até dormentes de trem a partir do descarte de garrafas plásticas de óleo e outros materiais usados na produção

Leilões

Com transmissão ao vivo pelo Canal do Boi, o leilão da Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia (Acrioeste), da seleção Guzerá, foi o primeiro a acontecer, no quarto dia da feira, 02. O espaço Tathersal Sebastião Ferreira, reservado para os leilões, reuniu centenas de pecuaristas que arremataram lotes de 300 animais que estavam disponíveis para comercialização. A seleção Guzerá do rebanho do Oeste da Bahia, da cidade de São Desidério, advém da fusão de quatro grupos: Agropecuária Jacarandá, Fazenda Canoas, Guzerá Eg. e Guzerá Martino. “A partir deste evento desejamos mostrar as qualidades da raça Guzerá e o quanto esta é adequada para a região”, disse um dos organizadores do evento, Geraldo Melo Filho. Os bovinos foram

Raul Beiriz A 31ª Expoagro rendeu frutos para a região. A empresa Eco2Corp prepara-se para desembarcar no Oeste da Bahia. No sábado, dia 6 de julho, diretores da empresa firmaram acordo com a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), com o apoio da Prefeitura Municipal de Barreiras e o Governo do Estado da Bahia, no penúltimo dia de realização da feira. A previsão da empresa é de que já esteja operando em Barreiras ou na Região do Vale a partir do próximo ano. Participaram da reunião com os empresários, entre outros, o deputado federal João Leão; o prefeito Antonio Henrique; o secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa;

Da esquerda para direita: Edson Barros, Henrique Martins, Júlio Busato, Plínio Filho e Helmuth Kieckhofer diretoria da Aiba, além de mestres da Universidade Federal da Bahia (Ufba). A Eco2Corp, basicamente, transforma todo o descarte de material a base de polietileno e similares, como garrafas plásticas de óleo e de água ou refrigerantes e o transforma em material que pode ser usado nas lavouras, especialmente as de maracujá e tomate. Nesta lista de produção estão tutores, que servem para ordenar a plantação, telhas, pavimentos e até cruzetas para fiação. A empresa reutiliza

resíduos industriais, tais como plástico e borracha, além de investir na área de recuperação energética de resíduos. A grande vantagem, segundo os participantes da empresa e da cadeia produtiva local, é que a Eco2Corp, além de resolver o problema da região de descarte de resíduos sólidos, também trará impulso econômico ao Oeste e ao Vale. “Mantemos na Aiba uma estrutura de pessoas para manter contato com indústrias ligadas ao agronegócio. Esta


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e negócios na 31 Expoagro a

de que a exposição tenha recebido aproximadamente 300 mil visitantes ideia surgiu porque hoje nós temos um volume grande de embalagens, que está sendo reciclado, mas que o produtor tem que levar até as empresas que fazem isso, distante da região”, disse o presidente da Aiba, Julio Busato. Entre o grupo de pessoas que trabalha nesta captação de empresas e de investidores para a região, o presidente da Aiba destacou a participação do assessor da diretoria, Helmuth Kieckhofer, na elaboração deste projeto. A ideia original é a de que a Eco2Corp passe a coletar todo o material descartado pelos agricultores e os transforme em outro que possa ser utilizado nas culturas agrícolas e pecuaristas. Antes de dar como sacramentada a questão da instalação da empresa, Julio Busato disse que era necessário primeiro entender como o mecanismo da empresa funciona, a necessidade de matéria-prima que a empresa precisa e, depois, fechar o acordo com a Associação do Comércio de Insumos Agrícolas (Aciagri). Júlio Busato disse que o local onde ficará a fábrica será decidido pelos empresários. “Uma vantagem é que esta indústria coleta diretamente na fazenda de cada produtor. A Aciagri vai continuar este entendimento para instalação da fábrica. Um dos locais é a região do Vale. Esta

fábrica deve absorver todo este material de reciclagem”, disse, lembrando que há dupla vantagem na instalação da indústria de reciclagem na região. “A ideia é usar estes produtos que nós descartamos e transformar em algo que nós possamos usar na nossa própria propriedade. Isso pode acontecer, inclusive, no Vale, os tutores servem para alinhar a cultura do tomate e cruzetas instaladas nos postes de iluminação ou de telefonia. Ou seja, há uma gama muito grande de produtos da empresa que podem servir aos produtores da região”, disse. Entre os produtos fabricados pela Eco2Corp estão dormentes para linhas férreas. Como funciona o sistema

Na verdade, segundo explicou o empresário Henrique Carlos Martins, o processo de reciclagem é simples. “Todas as subsidiárias do nosso grupo trabalham de maneira integrada, em busca de um resultado unificado, capaz de auxiliar na preservação de todas as áreas e na integração com a cadeia produtiva”, disse, ressaltando que a empresa já foi premiada em 2012 por sua atividade de reciclagem pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Deste prêmio participaram mais de 1,5 mil empresas.

Segundo contou, uma empresa faz a coleta do material, como embalagens de óleo lubrificante, filtros, estopas contaminadas e os resíduos da caixa separadora de água e óleo; outra faz a separação e os encaminha para a destinação adequada e, uma terceira produz o material a partir da matéria-prima descartada, no caso, pelos agricultores. “Nosso material é conhecido pela sigla PPAD, que significa polietileno polipropileno de alta densidade... Reciclado; o mais importante é isso”, disse Henrique Martins. Outro sócio da Eco2Corp, Plínio Ghirello Filho, disse que não é apenas o material usado pela agricultura que pode ser destinado à produção de PPAD. “Há uma série de embalagens que você usa em casa que podem seguir para a nossa produção”, informou. Plínio e Henrique informaram que já estão iniciando as operações na região Sudoeste da Bahia, no município de Firmino Alves, mas a área do Cerrado e do Oeste da Bahia interessa ao grupo. Firmino Alves fica entre as BRs 101 e 116, duas das principais rodovias do País, próximo à Vitória da Conquista, a 798 quilômetros de Barreiras e a 522 quilômetros de Salvador. “Na verdade, foi em razão da nossa atividade em Firmino Alves que a Aiba tomou conhecimento do nosso trabalho,

que é feito em parceria com a Secretaria da Indústria e Comércio do Estado da Bahia. Como aqui existe matéria-prima em abundância e problemas ambientais porque a coleta de lixo é insuficiente, houve interesse das duas partes”, disse. O diretor financeiro da empresa, Edson Barros, confirmou que a empresa quer atender a região com a instalação de uma fábrica, que demanda investimentos da ordem de R$ 4 milhões só em maquinário, com a geração de 100 empregos diretos e 500 indiretos. “Já estivemos em Barreiras em outra ocasião, mas só desta vez, depois de feito um estudo, é que acertamos nossa entrada no mercado”, disse Barros, destacando que o produto da empresa já é consolidado. Plínio Ghirello Filho afirma que o agricultor vai ganhar duas vezes com a entrada da empresa na região. “Além do descarte dos resíduos, da matéria-prima, o agricultor vai ganhar com a eliminação de fungos, que acontece com o uso de tutores, que podem servir por 20 safras seguidas ou até mais, desde que higienizados com o hipoclorito de sódio, um desinfetante”, informou, lembrando que a maior vantagem dos tutores é o fato de que, quanto mais distantes estiverem do solo, melhor será a qualidade dos frutos. ■

Feira mostrou pujança econômica da região VIRGÍLIA VIEIRA

Deputado, prefeito, secretário estadual e presidente da Aiba elogiaram Expoagro de Barreiras como evento para realização de novos negócios Raul Beiriz A 31ª Expoagro de Barreiras foi considerada um marco para o desenvolvimento da região. Autoridades e representantes dos empresários presentes à exposição consideraram a feira um bom exemplo para mostrar a todo o País, a pujança da economia regional e a força do Oeste da Bahia. Durante toda a feira, vários negócios foram firmados entre empresas locais, associações regionais, companhias de capital estrangeiro e órgãos de fomento da economia. O deputado Federal João Leão, do PP, classificou a Expoagro como “maravilhosa”. Em seu entendimento, a 31ª Expoagro foi uma das melhores da história da cidade. “A estrutura está boa, muito boa. O nível dos estandes está muito bom, com a participação de órgãos representativos como Aiba, Prefeitura, Governo do Estado, Secretaria de Agricultura, Codevasf e grandes empresas. A feira está nota 10”, disse. Sobre a participação de diferentes empresas dos mais diversos segmentos fechando acordos em relação ao desenvolvimento regional, na 31ª Expoagro, João Leão foi enfático: “O Oeste da Bahia vai dar uma arrancada muito maior”, disse. “A

feira demonstra a capacidade de gestão de todos em trazer pessoas, empresas novas para a região e aumentar o progresso”, completou. Em seu discurso, o deputado elencou como principal fator de desenvolvimento para a região Oeste, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). “Estão para serem liberados os lotes 5 e 5A; de Caetité até Gunambi e de Guanambi até o Rio São Francisco, com a ponte sobre o Rio São Francisco. Nós queremos atravessar o rio para chegar ao lote 6, que vem até Barreiras”, adiantou, deixando claro que, a seu ver, a grande arrancada da região vai acontecer quando a Fiol atravessar o município e São Desidério. “Tudo isso vai fazer com que venham mais empresários; mais pessoas de todas as áreas, não só na agricultura, mas também na área de minério, de serviços, enfim, a economia irá ganhar vigor”, afirmou. Questionado sobre a possibilidade de a burocracia estar emperrando o projeto, o deputado disse que não. “Acontece que a Fiol é um projeto de mais de R$ 10 bilhões. O Ibama vai liberando devagar os lotes, enquanto o Tribunal de Contas da União vai analisando os pontos e as vírgulas para que uma obra não saia superfaturada”, disse, informando que já esteve

Prefeito Antônio Henrique: “A intenção da gente era retomar a feira como um programa da cidade. Fica claro que o objetivo foi conquistado" nos canteiros de obras e viu que estão a todo vapor, nos lotes 1 e 2. Leão aproveitou a entrevista exclusiva ao Jornal do São Francisco para sugerir que haja um maior distanciamento entre as datas da Bahia Farm Show e da Expoagro. “As duas feiras acontecem praticamente na mesma época. Eu acho que deveríamos mudar um pouco isso. Botar uma para setembro, que é um mês seco ainda. Quanto maior o prazo entre as duas, maior será o alcance das duas”, disse. Para o secretário Estadual da Indústria Naval e Portuária da Bahia (Seinp), Carlos Costa, “a feira mostra a pujança, a capacidade de gestão da região Oeste da Bahia.

É o momento em que a gente sente que esta região da Bahia é diferenciada das outras. Aqui estão instaladas empresas economicamente ativas e pessoas com visão de futuro”, disse o secretário. Carlos Costa foi outro a destacar que esta realidade do desenvolvimento econômico do Oeste da Bahia pode ficar mais visível com a chegada da Fiol. “Quando a ferrovia chegar, todos os empresários estarão, ao desembarcar sua produção no Porto, com as portas abertas para o mundo. É o caminho mais rápido para que a produção chegue à Europa e à África”, destacou. Costa informou ainda que a participação do Governo Estadual só tende a aumen-


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tar nas próximas feiras de Barreiras. “O papel da secretaria hoje é fomentar as iniciativas. É estar perto do empresário para juntos atingirmos o desenvolvimento e o crescimento”, garantiu. Prefeito e presidente da Aiba

O prefeito de Barreiras, Antônio Henrique, concorda com o deputado federal e com o secretário de Indústria Naval e Portuária do Estado. “A intenção da gente era retomar a feira como um programa da cidade. Fica claro que o objetivo foi conquistado. Estamos felizes com o resultado”, disse o prefeito, em visita ao estande da Aiba. Antônio Henrique também destacou que a feira mostrou que todas as iniciativas de trazer empresários e empreendedores para a região são válidas. “Prova disso é a quantidade de visitas que recebemos de pessoas interessadas em investir na região. O sucesso foi alcançado com a ajuda de todos”, reforçou, informando que um dos principais objetivos da sua administração é aumentar os contatos com os setores produtivos e empreendedores para investirem em projetos que gerem receita, empregos e desenvolvimento à região. O presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, disse que a exposição deste ano foi consagrada pelo volume enorme

de pessoas. “A Aiba montou seu estande para divulgar as suas ações e buscar empresas para desenvolver a região. A ideia é mostrar àqueles que nos visitam quem somos, o que pensamos e o que fazemos”, enfatizou. Busato disse que a ideia de montar o estande e dar todo alicerce para o ingresso de novos parceiros é mostrar, ainda, que o agricultor tem todo um comprometimento com a região. “Nós não somos nômades. Viemos, nos instalamos, crescemos muito aqui, geramos nossos filhos e nossos netos e, um dia, provavelmente, seremos plantados nesta terra que nos acolheu”, complementou, lembrando que todo agricultor tem por obrigação lutar pelo engrandecimento da região. Julio Busato, assim como o deputado João Leão, também sugeriu que a Bahia Farm Show e a Expoagro Barreiras tenham algumas alterações, como a transformação desta última em um evento regional. “A Expoagro poderia ter outro foco, como pequenas empresas, pequenas indústrias, coisas ligadas ao agronegócio e à pecuária, principalmente, que é muito forte na região”, ressaltou. Segundo o presidente da Aiba, a instituição está “satisfeitíssima” com a Expoagro. “Ano que vem, é nosso compromisso estarmos presentes novamente, pois a feira foi um sucesso total”, finalizou. ■

Dr. Liptus: a árvore que fala chegou à cidade REPRODUÇÃO

Estima-se que cerca de 5 mil estudantes tenham visitado a Árvore Encantada Dr. Liptus, durante a 31a Expoagro Virgília Vieira Foi apresentada na 31ª Expoagro, mas a Árvore Encantada veio para ficar. Dr. Líptus – que é o nome da árvore - é um projeto de Preservação Ambiental que visa ensinar, de forma lúdica, as crianças sobre sustentabilidade e preservação do planeta. Criada há três anos, a árvore já esteve em várias cidades baianas, levando educação ambiental para muitos estudantes. Segundo o que explica o apresentador do projeto, Fernando Garcia, a Árvore Encantada recebeu da mãe natureza o dom da fala e, assim, passou a divulgar em todo o Estado, os cuidados que a população deve ter com a Terra. Durante a apresentação da árvore, as crianças dialogam com o fantoche Timóteo sobre o desperdício de alimentos, cuidados com a água, energia e o lixo. Na tarde do dia 1° de julho, Dr. Liptus

recebeu crianças e adolescentes na faixa etária dos dois aos 18 anos de idade, do Centro Municipal de Educação Infantil e do Lar Batista, respectivamente. Na noite do dia 02, o projeto teve continuidade com a visitação de crianças, acompanhadas de seus pais, no parque Engenheiro Geraldo Rocha. Estima-se que cerca de 5 mil estudantes tenham visitado a Árvore Encantada Dr. Liptus, durante a 31ª Expoagro. Satisfeita com a iniciativa, a diretora da creche, Maura Ronise, disse da importância de despertar nos pequenos a necessidade de ações sustentáveis em prol da natureza. Um espaço lúdico para o desenvolvimento de atividades pedagógicas com os estudantes foi mantido na Expoagro pelas Secretarias de Meio Ambiente e Sustentabilidade e também de Educação. A vinda do projeto foi possível a uma parceria firmada com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA). ■

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Barreiras sediou Congresso Brasileiro sobre cavernas

O evento aconteceu pela primeira vez no Nordeste

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Gruta do Catão em São Desidério Ivana Dias No período de 11 a 14 de julho, aconteceu em Barreiras a 32ª edição do Congresso Brasileiro de Espeleologia (CBE), no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). O principal objetivo foi reunir pessoas interessadas no estudo e proteção das cavernas e do meio na qual se inserem, além de formar multiplicadores e disseminar conhecimento espeleológico. O evento realizado pela primeira vez no Nordeste foi organizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com a Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE). Na abertura foi apresentado o 2º Simpósio de Sustentabilidade no Manejo e Gestão do Turismo em Áreas Cársticas e Cavernas. Além da primeira fase com o trabalho de campo no município de São Desidério, o evento contou com mesa redonda, conferências, apresentação de trabalhos técnicos e científicos com debates sobre o papel das unidades de conservação em áreas cársticas ou com cavernas. “No congresso expomos experiências sobre a criação e gestão das unidades de conservação, além de debater estratégias do manejo e gestão do turismo em caverna”, observou o professor e coordenador do Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (Icads), e presidente do SBE, Leonardo Morato, que declarou também os fatores da escolha da região Oeste para sediar o evento. “A escolha em realizar o trabalho aqui foi um passo muito importante para difundir a espeleologia nessa localidade. Em muitos lugares existem cavernas, mas poucas pessoas estudando sobre o tema. É interessante que a população local conheça mais, assim haverá valorização do que elas têm, além de ser uma forma de incentivar as pessoas a trabalharem e conhecerem o assunto. Visamos a possibilidade de São Desidério, por exemplo, ser conhecida pelo Brasil inteiro e até mesmo por pessoas de fora”, disse. Quanto às expectativas, Morato disse que o evento permite a possibilidade de intercâmbio entre pesquisadores e pessoas atuantes do turismo de modo a encontrar formas de facilitar os procedimentos de manejo, uso, gestão, licenciamento e monitoramento dos impactos em áreas voltadas ao turismo cárstico. Durante o Simpósio, o representante da consultoria Scala - Estação Floresta, José Scaliante, ressaltou a importância da criação de unidades de conserva-

ção em áreas cársticas para preservação desse bem, independente de ser privada, municipal ou estadual, assim como a constituição do conjunto de ações para que essa unidade seja criada e utilizada de forma sustentável. “Temos que ter equilíbrio. Esse resultado só é possível a partir de um conjunto de pensamentos e entendimentos de todo os envolvidos. Quando se pensa em sustentabilidade de uma área ela deve ser pensada por profissionais que já tenham experiência, que estejam envolvidos e tenham maior tempo de pesquisa na área, para evitar que sejam tomadas iniciativas que não levem à sustentabilidade do ambiente e para a sociedade local”, pontua Scaliante que chama a atenção dos participantes para os avanços tecnológicos. “Devemos atender a evolução tecnológica. É importante não ficarmos presos as diretrizes, a burocracia e não nos abrirmos para atender as evoluções tecnológicas do momento para suprirmos o mínimo da necessidade do ambiente das cavernas e ambientes cársticos, que são muito frágeis. As vezes tomamos decisões que protegem o ambiente cavernículo, mas que não protegem quem está lá fora”, conclui. Participaram do evento: acadêmicos, pesquisadores, profissionais da área, empreendedores, órgãos fiscalizadores e população local. Um grupo de seis pessoas integrantes da Associação das Pessoas com Deficiência de Montes Claros (MG), veio para participar da programação do Congresso. Entre eles, Argemiro Domingo dos Santos, deficiente visual, jogador da seleção de goallball, que participou de toda a programação. “É uma experiência nova. Eu não vejo, mas vou tocando com as mãos e percebendo a natureza bem pertinho de mim. A mente trabalha para entender a natureza, a descrição do momento. Achei muito interessante. Foi gratificante o nosso esforço no desenrolar da caminhada dentro das cavernas uma vez que há a dificuldade da locomoção. É meio difícil, mas valeu a pena a experiência”, relatou Argemiro, admirado com a experiência que realizou na companhia dos seus amigos – todos portadores de deficiências. A Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) é uma associação sem fins lucrativos, que congrega interessados na exploração, pesquisa e preservação de cavernas, assim como em todas as ciências e atividades correlatas ao meio ambiente. A SBE incentiva, organiza e difunde todas as atividades relacionadas à espeleologia, seja no campo esportivo, social ou científico. ■


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Manifestações continuam no Oeste Com paralisações, bloqueio de ruas e pontes, passeatas e greves, a população clama por mudanças VIRGÍLIA VIEIRA

Virgília Vieira

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pós uma série de manifestações, iniciadas em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães no dia 20 de junho com passeatas e protestos que levaram mais de nove mil pessoas às ruas, a população demonstrou que quer e precisa ser ouvida. Com pautas e reivindicações, manifestantes voltaram às ruas e, desde então, tentam de todas as formas chamar a atenção dos poderes públicos para os problemas e deficiências existentes na região. Recentemente, no dia 11 de julho, convocados pelas Centrais Sindicais, os trabalhadores e a população em geral foram às ruas com passeatas, greves e discursos, aderindo ao denominado “Dia Nacional de Lutas”. Em Barreiras, o movimento paralisou estradas, bancos e escolas e levou para as ruas a força dos movimentos sindicais da região Oeste, representados pela CUT/BA, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Oeste da Bahia (SINDIOESTE), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Alimentar e afins (SINTIAB), Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Barreiras (Sintracarpas), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR’s), União de Jovens Socialistas (UJS’s), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Sindicato dos Bancários do Oeste, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outras instituições.

Com pautas e reivindicações, manifestantes voltaram às ruas e, desde então, tentam de todas as formas chamar a atenção dos poderes públicos Entre as reivindicações destacam-se o fim do fator previdenciário; jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial; reajuste digno para os aposentados; investimentos em saúde, educação e segurança; transporte público de qualidade; fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização; reforma agrária e fim dos leilões do petróleo. Para o diretor da Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT/BA) e

coordenador geral do Sindicato dos Eletricitários da Bahia, Regino Marques, o movimento desde o início é legítimo, uma vez que a história do país mostra que todas as grandes conquistas sociais foram obtidas através dos movimentos de rua. “Fiz questão de sair de Salvador e apoiar o movimento em Barreiras, no intuito de somar. As nossas reivindicações são antigas e o poder público precisa ouvir a voz

do povo”, declarou. Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários e da Federação Bahia e Sergipe, Aderbal Batista Neves, a luta do Sindicato tem sido relacionada a novas contratações, redução de juros e mais respeito aos clientes. “Essas são as nossas reivindicações, além de apoiarmos todas as demandas pautadas neste movimento. Precisamos nos juntar e mudar este país”, disse.

Bloqueio na “ponte de cimento” gera confronto entre polícia e manifestantes VIRGÍLIA VIEIRA

Virgília Vieira Em adesão ao movimento nacional da greve geral do dia 1º de julho, manifestantes formados por jovens, estudantes, crianças e adultos invadiram a “ponte de cimento”, em Barreiras, com previsão de liberá-la até à meia-noite deste mesmo dia. Dentre as reivindicações, mais educação, saúde, transporte digno e menos violência. “A pretensão era chamar a atenção para os problemas que afetam a população barreirense de forma pacífica e ordeira”, afirmou uma das organizadoras do evento, Berenice Brasil. O protesto seguia tranquilamente até às 18h, quando o comando da Polícia Militar se concentrou no local na tentativa de um acordo com os manifestantes para a liberação da ponte, a fim de amenizar o caos provocado pelo congestionamento do trânsito. Sem acordo, os manifestantes declararam que só sairiam do local à meia-noite, conforme programado. Por volta das 20h, o comandante do 10º Batalhão, Osival Moreira Cardoso, comunicou que não havia confronto, uma vez que a presença da polícia no local tinha o objetivo de garantir a segurança, inclusive dos manifestantes. “Estamos só observando. Até o momento percebemos que não há radicalismo, até porque são jovens

Manifestantes e população foram surpreendidos com o ataque da Polícia Militar, que enfrentou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, balas de borracha, viaturas, cassetetes e spray de pimenta e muitos até menores de idade. Sabemos que se alguma coisa de pior acontecer, a culpa é da polícia”, afirmou o comandante. Ainda questionado pela imprensa sobre o limite de tolerância, o comandante assegurou que teriam toda a paciência necessária para garantir que nenhum mal acontecesse aos que estavam no local. “São jovens, esse momento é perigoso e existe cuidado por parte da polícia para que nada de pior aconteça. Eu sou

responsável também pelas pessoas que estão do outro lado. Nós estamos mais preocupados com eles do que eles mesmos. Não vamos perder a cabeça em uma atitude descompensada”, disse o comandante. Hora do ataque Eram 21h, quando manifestantes e população foram surpreendidos com o ataque da Polícia Militar, que enfrentou os manifestantes com bombas de gás lacrimogê-

neo e de efeito moral, balas de borracha, viaturas, cassetetes e spray de pimenta para desobstruir a ponte. “Eu estou sentindo muita dor, fui atingido com bala de borracha. Eu sou grande, mas se esse tiro pegasse em um desses meninos, o pior estaria feito”, disse o estudante que preferiu não se identificar, mostrando as marcas deixadas pelas balas de borracha. Indignada, a estudante da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Poliana Ferreira, questionou o que estava acontecendo. “Pra que essa violência? Parece que Barreiras está vivendo uma ditadura. Nós temos uma pauta que deveria ser negociada com o poder público. Quando a polícia invadiu, sentamos e pedimos ‘não à violência’, mas nada adiantou, pois fomos atacados de maneira violenta e truculenta”, lamentou a estudante. Questionado, o comandante respondeu que os manifestantes estavam irredutíveis. “Tentamos desobstruir desde cedo, estávamos com o canal de comunicação aberto. Seguramos enquanto podíamos, não queríamos ferir ninguém. Mas mesmo sendo o comandante, eu também cumpro ordens. A determinação foi deferida, segurei até onde pude. Tentamos todos os limites, mas tivemos que desobstruir a ponte”, afirmou o comandante após o confronto. ■


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Entrevista

A psicologia por trás dos protestos Segundo psicóloga, a massa obedece a impulsos, que vão desde a generosidade à crueldade ARQUIVO PESSOAL

Raul Beiriz

“U

m grupo é impulsivo, mutável e irritável. É levado quase que exclusivamente por seu inconsciente. Os impulsos a que um grupo obedece podem, de acordo com as circunstâncias, serem generosos ou cruéis, heróicos ou covardes, mas são sempre tão imperiosos, que nenhum interesse pessoal, nem mesmo o da autopreservação, pode fazer-se sentir. Tem um sentido de onipotência: para o indivíduo em um grupo a noção de impossibilidade desaparece”. Com este pensamento do pai da psicanálise, o austríaco Sigmund Freud, a mestre em psicologia, Renate Maria Wieczorek, definiu bem o seu entendimento sobre o momento dos protestos nas ruas que o Brasil atravessa. No entender da paranaense de Guaíra e que tem clínica em Luís Eduardo Magalhães, as manifestações foram um basta, como se todos dissessem que não aguentam mais. Com 28 anos de prática de consultório e 19 lecionando em universidades, a psicóloga lembra, no entanto, que as vozes das ruas esbarram em um pequeno problema: “os humanos são naturalmente resistentes às mudanças”, disse em entrevista ao Jornal do São Francisco. A especialista em psicomotricidade lembra, ainda, que existem vários tipos de manifestantes entre aqueles que protestam. A seguir, o texto completo da entrevista. JORNAL DO SÃO FRANCISCO - O que levou esta multidão, principalmente de jovens, às ruas? A motivação é de interesse pela nação ou simplesmente uma moda gerada pelas redes sociais? Renate Maria Wieczorek - O início do movimento não é recente; os interesses são políticos e sociais. As redes sociais foram e continuarão sendo o veículo utilizado para alcançar o maior número de participantes em pequeno espaço de tempo. JSF - As manifestações seriam um sinal de que o brasileiro deixou de ser conformista e está interessado em mudar a configuração da democracia, da sociedade e da política? RMW - As manifestações parecem ser legítimas expressões de pesar frente às dificuldades econômicas as quais o país está sendo conduzido, assim como questões ligadas às condutas éticas diferentes entre si, quando do discurso e de ações observadas em todas as esferas políticas governamentais. Tanto que a própria Presidente da República e os políticos já estão se mobilizando para atender às demandas tão claramente expressas nestas manifestações. JSF - Não é normal que as pessoas pressionadas tenham reações desproporcionais ao tamanho do problema. Neste caso, as passagens de ônibus funcionaram como estopim? RMW - Para quem não conhece os meios de transporte em grandes centros, R$

Mestre em psicologia, Renate Maria Wieczorek 0,25 centavos parece pouco, porém, multiplicando este valor por quatro, seis ou mais ônibus tomados por dia e multiplicando isto por 30, e ainda pelo ano, comparando ao salário mínimo, não é apenas um estopim. Diria antes que foi um basta, não aguentamos mais. Por outro lado, aos que não têm este problema diretamente, pode, sim, ter sido o primeiro item de muitos manifestados. Hoje ainda temos os caminhoneiros e outras camadas profissionais e sociais reivindicando e mostrando as não conformidades de muitos dos brasileiros. JSF - Dá para fazer uma relação histórica entre este movimento e os da década de 80 como o das Diretas Já e o do Fora Collor? RMW - Os estudantes do ensino médio e universitário estão em idade própria em que seus pensamentos, sentimentos e ideais podem ser ditos, vistos ou discutidos. Creio que neste caso haverá mudanças tão ou mais significativas que os ocorridos nas últimas duas décadas. O Hino Nacional na Copa das Confederações, cantado por setenta mil, oitenta mil pessoas em área de som que multiplica as emoções, vê-se pessoas chorando, mostrando a tal emoção inconsciente, parecia mais que o povo bradava por justiça e reparações. JSF - De que forma o movimento pode gerar resultados na vida das pessoas? Ou seja, influenciar as decisões pessoais, a pessoa passar a questionar mais sem aceitar coisas impostas pelos go-

vernos? RMW - O movimento por si só, penso, não traria mudanças comportamentais na vida das pessoas. Porém, dele podem surgir frutos como debates, aulas, discussões e outras formas de informação, ações políticas e mudanças significativas para os eleitores brasileiros. JSF - O jovem não estaria resgatando a autoestima perdida ao se interessar pelo destino do País, desiludido com a política? RMW - Autoestima eu não creio, porém toda conquista resgata crenças latentes ou perdidas. Se assistirmos os jornais vemos como os políticos já se movimentaram para ganhar a confiança dos eleitores, como o projeto que torna corrupção crime hediondo, reforma política anunciada pelo governo, discussão de plebiscito etc; isso é consequência direta das ações destes jovens e população em geral que, como retorno, gratifica os sujeitos pelas conquistas e fomenta novos movimentos de mudança. JSF - O protesto conta para mudar a visão da massa em relação ao seu papel ativo até nas eleições? RMW - Penso que o que conta, ou contaria, será apenas mais informações, e se os organizadores forem sábios, assim o farão. Estas informações devem ser repassadas à população no período de formação de voto. A visão do universo em que vivemos não muda tão prontamente. Humanos são naturalmente resistentes às mudanças. Veja o caso recente do político Marcos Donadon que, mesmo senten-

ciado, culpado por crimes graves contra a sociedade, se reelege, provavelmente pelos mesmos que, paradoxalmente, agora se manifestam contra a corrupção. JSF - Quais são os perigos que um movimento deste pode tomar em relação a um grupo, a uma cidade, uma nação, do ponto de vista psicológico? RMW - Este é um tema interessante. O comportamento de massas é incontrolável. Isto porque as pessoas não são regidas pela razão totalmente, mas sim pelos conteúdos inconscientes. A massa pode se comportar agressiva, gentil, protetora, enfim, toda forma de comportamento que a situação inspira e conduza. Por exemplo, em um resgate de massa, as pessoas se colocam em situações de risco para salvar outras, pois num grupo, todo sentimento e todo ato são contagiosos, e em tal grau que o indivíduo prontamente sacrifica seu interesse pessoal ao interesse coletivo. O que não faria se estivesse só ou em poucas pessoas. Gosto quando leio em Freud que “um grupo é impulsivo, mutável e irritável. É levado quase que exclusivamente por seu inconsciente. Os impulsos a que um grupo obedece podem, de acordo com as circunstâncias, serem generosos ou cruéis, heróicos ou covardes, mas são sempre tão imperiosos, que nenhum interesse pessoal, nem mesmo o da autopreservação, pode fazer-se sentir. Tem um sentido de onipotência: para o indivíduo num grupo a noção de impossibilidade desaparece”. JSF - Há manifestantes mais exaltados, isso é notório. Quem seriam estas pessoas que perdem a mão e o temperamento no meio da manifestação? RMW - Há vários tipos de grupos. Os de frente, que tem mais claro os movimentos sociais; os que querem mudanças, porém ainda não sabem como obtê-las; os que querem sair com os colegas e, os que buscam marginalizar e destruir o que encontram na frente, entre outros. Cada um destes subgrupos agia nitidamente de maneira diferente. Temos que pensar também que a polícia é um grupo que está incluído no comportamento das massas, para um ou outro fim. Em cada grupo, as respostas de comportamento se fundamentam pelas exigências do próprio grupo. Por isso, podemos compreender como alguns quebravam e outros pediam que não o fizessem. Isto é, cada qual mantendo o comportamento exigido por seu grupo, por sua massa. JSF - Quais as diferenças que a senhora vê entre as manifestações nas principais capitais do Brasil e no Oeste da Bahia, do ponto de vista motivacional? RMW - O motivo que leva às ruas pode ser o mesmo, porém a resistência, o expor-se às críticas de pessoas conhecidas, o temor em geral adia a tomada de decisão e minimiza o número de participantes. Grandes centros movimentam massas maiores, o que gesta o fenômeno do inconsciente coletivo. Não ter conhecidos ao seu redor também muda o comportamento de pessoas em massa. ■


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ESPECIAL

Os dois lados da extração do Tálio Exploração do metal é vista com ressalvas pela alta toxicidade e pelo perigo que pode trazer ao bioma VIRGÍLIA VIEIRA

Raul Beiriz

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inguém nega a riqueza do tálio. O tálio é um metal raro somente produzido na China e no Cazaquistão. Recentemente, foi descoberta uma jazida em Barreiras de 60 mil quilos. Só que o tálio, como tudo que é riqueza, tem seu lado negativo. É conhecido como o veneno dos venenos. Pode matar em pequenas porções. Toda e qualquer exploração do metal deve ser feita com muito cuidado. A dona da concessão da exploração do produto é a empresa Itaoeste, que está se habilitando a montante equivalente ao ganho bruto de R$ 810 milhões, conta obtida usando o preço médio do grama de R$ 6 e o dólar comercial médio de R$ 2,25. O total da jazida encontrada em Barreiras equivale ao consumo mundial de seis anos, estimado em 10 toneladas anuais. O sócio majoritário da Itaoeste é o empresário Olacyr de Moraes. Só que a alta toxidade do produto deixa algumas questões entre as pessoas ouvidas pelo Jornal do São Francisco que precisam ser avaliadas. A primeira delas é qual é a utilidade do tálio e como o metal pode mudar o destino de Barreiras; para o bem ou para o mal? A soma de faturamento bruto, baixo no universo de grandes empreendimentos na área de mineração, justifica investir pesado? Mais produção de tálio significa maior oferta e menor cotação. Não estaria a extração do tálio ligada à retirada de manganês e cobalto, substâncias geralmente encontradas com o tálio? Segundo os geólogos, o tálio está sendo substituído gradativamente pelo tungstênio, exatamente em razão da sua toxidade. Há panos para mangas a serem discutidos por geólogos, ambientalistas, geógrafos, produtores rurais, pecuaristas e químicos. Sem falar do lado B desta questão, os pontos mais negativos. O tálio já foi usado como veneno de ratos e de formigas e é tido como cancerígeno - o que levou muitos países a proibir a sua comercialização. Para se ter uma ideia, apenas um grama de tálio pode matar alguém, se ingerido. Em quantidades menores pode danificar o coração, medula espinhal, pulmões e até o cérebro. Historicamente, o tálio é um veneno associado a assassinatos políticos e a heranças milionárias porque não deixa vestígios físicos no sangue e resíduos nas vísceras. Segundo espiões americanos e ingleses, Saddam Hussein, o ditador iraquiano, usava tálio para eliminar seus oponentes. A substância era diluída nas bebidas oferecidas aos prisioneiros. O serviço de espionagem americano informou que Fidel Castro também teria sido envenenado com tálio, como prova, a perda progressiva da sua barba, mas este fato não foi confirmado por agentes britânicos. E o metal teria sido a causa do envenenamento fatal do ex-espião russo Alexander Litvinenko, na Inglaterra, em 2006. Descobriu-se que ele morreu de exposição a um isótopo radioativo. Nos seriados CSI e Criminal Minds, ambos na lista dos dez mais vistos do mundo, há dois casos envolvendo o tálio como instrumento de assassinato. Em um deles, uma enfermeira, uma as-

FOTO: Wikipédia

Val da Boa Esperança, onde recentemente foi descoberta uma jazida de 60 mil quilos REPRODUÇÃO

Metal teria sido a causa do envenenamento fatal do ex-espião russo Alexander Litvinenko, na Inglaterra, em 2006

sassina em série que tem seu perfil desvendado pelos profissionais especializados em traçar personalidades, matava os pacientes velhinhos e terminais. No episódio de CSI, a equipe do Criminal Scene Investigation encontra na Biblioteca de Antiguidades Branch, em Nova York, um livro manchado de tálio. Todo mundo que tocava o livro morria. A dúvida é o preço da incerteza

O engenheiro civil na Universidade Fe-

deral de Bahia (Ufba), Roberto Bagattini Portella, que é doutor em engenharia ambiental, é um dos que lembra que o tálio tem dois lados. “Ninguém nega que o tálio é uma riqueza. O tálio é um elemento químico, é um metal pesado e só há em dois lugares no mundo. Barreiras é o terceiro lugar em que é encontrado. Há uma diferença. Na China e no Cazaquistão, o tálio é encontrado na superfície do terreno. Aqui, está na crosta terrestre”, disse. A grande dúvida de Roberto Portella é no que Barreiras deve ganhar e no que pode

perder com a extração de tálio. “O assunto tálio é meio obscuro. Sabese muito pouco e isso assusta. É preciso discutir melhor, mostrar os efeitos do metal; suas vantagens e desvantagens”, disse, lembrando que há relatos de que, há 40 anos, um senhor de origem asiática já visitava a região do Vale da Boa Esperança para estudar os metais encontrados ali. O interesse pelo estudo não é de hoje, mas o especialista alerta: até nos países mais desenvolvidos, os estudos sobre o metal são raros. Esta associação é que é perigosa no entender do doutor em engenharia ambiental. “Estes oligopólios querem explorar metais raros, em rincões longínquos e distantes, onde ainda não há pleno desenvolvimento. Este é o perigo. Qualquer migalha que for oferecida, mesmo que de forma enganosa, parece valer à pena”, disse. Roberto Portella citou como exemplo o caso da metalúrgica de Santo Amaro da Purificação, que fica a 72 quilômetros de Salvador. “Santo Amaro era um rincão abandonado no Recôncavo Baiano. De repente, chega lá, na década de 50, uma fábrica de chumbo, com a promessa de modificar toda a cidade. A fábrica se instalou e, após alguns anos, começaram os problemas de contaminação. A fábrica funcionou 23 anos, de 1960 a 1993, deixando um rastro de contaminação sem precedentes e abandonando a exploração”, contou. A história contada pelo mestre da Ufba é a da empresa francesa Penarroya Oxide, que é líder mundial na


ESPECIAL

Jornal do São Francisco produção de óxidos de chumbo destinados à fabricação de baterias, cristais, plásticos e tubos de televisão. Atuava no Brasil por meio da subsidiária Companhia Brasileira de Chumbo (Cobrac). Em 1989, a Cobrac foi vendida e incorporada à empresa Plumbum Mineração e Metalurgia Ltda., pertencente ao Grupo Trevo. “A indústria pertencia a um destes conglomerados que se têm por aí. Esta é a minha preocupação”, disse, referindo-se ao fato de que a extração pode aumentar os problemas ambientais na região do Rio de Ondas, além da possível contaminação. Ainda de acordo com ele, o problema pode ser agravado pelo fato de se ter, entre outros, o manganês, o cobalto e o calcário. Portella, no entanto, entende que a exploração do tálio, associada à de outros minerais, pode alavancar a economia. “Vai depender muito do que será feito. Por exemplo, eles poderão explorar o tálio em outro local e não fazer todo o processo aqui”, explica. Em relação ao fato de a jazida estar sobre o aquífero Urucuia, o engenheiro ambiental lembrou mais uma vez dos problemas relacionados à falta de informação sobre o que é o tálio. “O metal é extremamente móvel. Não é tão simples assim não. Ele tem o poder de não ser estático. Ele se locomove pelos poros do solo. Em função disso, teoricamente ele pode atingir os lençóis d´água mais rapidamente. Tudo dependerá dos processos de mineração do tálio”, explicou. Eis uma questão bem preocupante para todos. Os ambientalistas alertam que as reservas ficam às margens do Rio de Ondas, que abastece a cidade de Barreiras e é procurado também para o lazer. O dono da Itaoeste disse, em audiência pública reali-

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zada em Barreiras, em abril, que não é intenção da empresa passar perto desse rio.

RAIO-X DO TÁLIO Utilização do Tálio

Responsabilidade e fiscalização

Mesmo com a promessa do empresário, diz que a exploração do tálio só pode dar certo se houver fiscalização com responsabilidade. “Como esta atividade exige muito dinheiro e há decisões que não são da esfera municipal, é difícil ter controle por parte da sociedade, mas a tecnologia nos permite fazer projeções mais precisas”, lembra. O engenheiro alerta que o Governo costuma incentivar mais o desenvolvimento econômico do que a sustentabilidade. “Há outras questões a serem esclarecidas neste debate. Será que uma empresa que explora tálio em Barreiras seria a marca do desenvolvimento regional? Será que a empresa pode minimizar, de alguma forma, os impactos negativos que o tálio possa trazer?”, questiona. Em seu ver, o ideal é que a mina de tálio ficasse em um lugar só. “Este fato permitiria ter um controle ambiental muito maior. É melhor ter um impacto menor sobre uma área do que em uma espalhada, e o tálio está em uma área bem grande, em todo o Vale da Boa Esperança. O que vamos ter aqui, em vez de ter um ponto de mineração, são vários pontos. Isso é mais perigoso”, reforça. O engenheiro civil destaca outro problema na exploração. “Pode-se retirar o manganês; dele extrairse o tálio. Recoloca-se tudo em cima, mas aí fica uma questão: a chuva. O solo vai lixiviar e as substâncias vão cair no Rio, no lençol freático”, considerou. Roberto Portella defende, por exemplo, que antes de toda e qualquer exploração do tálio,

• Fabricação de fotocélulas. • Nos dispositivos óticos para infravermelho. • Em equipamentos para a detecção de radiação gama. • Como flutuador para a separação de minerais. • Está presente, com chumbo, em alguns tipos de fusíveis. • No tratamento de infecções de pele; este uso foi limitado devido à margem estreita que existe entre a sua toxicidade e o benefício terapêutico. • Na medicina nuclear para diagnosticar doenças coronárias e para a detecção de tumores. • Na produção de vidros de alta densidade com baixos pontos de fusão, entre 125 e 150 °C. • O acetato de tálio é empregado em meios de cultura juntamente com a penicilina para isolamento de micoplasmas - as menores bactérias de vida livre existentes.

PESQUISAS Há pesquisas com o tálio para desenvolver materiais supercondutores em elevadas temperaturas para aplicações como imagem de ressonância magnética, armazenamento da energia magnética, propulsão magnética, geração de energia elétrica e transmissão.

HISTÓRIA O tálio (que deriva da palavra latina "thallus", que significa "rebento") foi descoberto por Sir William Crookes em 1861 na Inglaterra, quando fazia determinações espectroscópica dotelúrio em resíduos de ácidos derivados de algumas plantas. O nome vem da linha verde brilhante do seu espectro. Em 1892, Crookes e Claude-Auguste Lamy isolaram o metal independentemente. Embora o metal seja razoavelmente abundante na crosta terrestre em uma concentração estimada de aproximadamente 0,7 mg/kg, existe, na maior parte, associado com o potássio nos minerais de argilas, solos e granitos, não sendo comercialmente fontes deste elemento.

faça-se um estudo sobre os efeitos que o minério tenha gerado na população do Vale da Boa Esperança. “Este estudo poderia dar sinais de como fazer de forma correta a exploração do tálio”, disse. Diante dos prós e contras da exploração do metal, o engenheiro entende que se há o risco, por menor que seja, de causar dano ao meio ambiente e à vida de alguém, a

exploração deve ser bem pensada. “Se estes riscos existirem, incluindo o bioma, os estudos devem ser aprofundados. Bem aprofundados”, disse. A reportagem entrou em contato com a Itaoeste e elencou uma série de perguntas à empresa. Até o fechamento desta edição, a redação não obteve o retorno da assessoria de imprensa da empresa. ■

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LOCAL

Jornal do São Francisco

OAB quer melhorias de trabalho Manifesto e abaixo-assinado estão sendo organizados para demonstrar a insatisfação da classe no município IVANA DIAS

Ivana Dias

TJ/BA é considerado o segundo mais lento de todo o País

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Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Barreiras (OAB) realizou uma reunião extraordinária no último dia 08 de julho no auditório da Subseção, para deliberação da mobilização da classe contra a morosidade do Poder Judiciário do Oeste baiano e sobre a designação de juízes substitutos aprovados no último concurso do Tribunal de Justiça – (TJ/BA) para a região. Dos 583 advogados inscritos na Subseção de Barreiras, apenas 22 profissionais compareceram. O encontro debateu assuntos de importância para o desenvolvimento e avanço dos trabalhos jurídicos. De acordo com a presidente da OAB Subseção de Barreiras, Dr.ª Cristiana Matos Américo, existem 8.921 mil processos tramitando apenas nos Juizados Especiais Cível e Criminal. “O número de processos é maior. Ainda não temos os dados totais”, pontuou. O atual quadro de juízes da Comarca de Barreiras é composto por seis magistrados, distribuídos nas varas de Juizado Cível e Criminal (1); Vara Crime (1); Fazenda Pública (1); 1ª Cível (1); 2ª Cível (1) e 3ª Cível (1) - que não é suficiente para a demanda populacional. Para suprir a carência de profissionais no município e região, a presidente defende que seria necessário trabalhar com a proporção de 100 juízes para cada 1 milhão de habitantes. “Barreiras deveria ter no mínimo 12 juízes. Na prática, temos apenas cinco. O juiz da 2ª vara está em gozo de licença médica desde o início do ano e, em razão da gravidade do seu caso, não existe uma previsão de retorno”, observou. Dos 99 juízes que tomarão posse em setembro de 2013, segundo informação extraoficial, a presidente declara que apenas dois magistrados virão para a região, nos municípios de Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia. “Apresentaremos a nossa reinvindicação ao presidente do Tribunal de Justi-

Apenas 22 profissionais compareceram à reunião ça em Salvador antes da data da posse, para que providências sejam tomadas em relação à carência e necessidade de mais juízes para o Oeste”, garantiu. O manifesto contra a Morosidade do Poder Judiciário, organizado pela instituição no intuito de chamar a atenção do Tribunal de Justiça da Bahia e que seria realizado nos dias 11 e 12 de julho, foi adiado. A data provável para a realização do movimento é dia 29 de agosto. No dia 25 de julho, uma reunião será realizada para apresentar as decisões referentes ao manifesto. “Além deste manifesto, faremos um abaixo-assinado para o TNJ e demais órgãos para demonstrar a insatisfação da classe com a morosidade dos trabalhos jurídicos e da falta de juízes. A população é a principal prejudicada. Tentaremos mobilizar também as comarcas vizinhas”, adianta. Além da manifestação da classe na Praça Castro Alves, será realizado o lançamento do livro “As reformas processuais penais”, autoria de Fabiano Pimentel, e um ciclo de palestras jurídicas com professores da Escola Superior da Advocacia (ESA). O evento é gratuito e tem como público alvo, advogados, estagiários inscritos na OAB e demais estudantes, na respectiva ordem e possibilidades de vagas. ■

Barreiras deveria ter no mínimo 12 juízes. Na prática temos apenas cinco” Dra Cristiana Matos Américo Presidente da OAB na Subseção de Barreiras

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) obteve a segunda colocação no rol das cortes no quesito prestação de serviços. Foi considerado o tribunal que menos julgou processos por improbidade administrativa e crimes contra a administração pública. De acordo com o levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o TJ-BA cumpriu apenas 7,16% da Meta 18, perdendo apenas para o Tribunal do Piauí, que atingiu somente 4,8%. Os dois quesitos somam 4.387 processos com 314 julgados. Dos 1.313 processos de improbidade da Bahia, 162 foram julgados e 1.151 estão pendentes. Dos 3.074 criminais, 152 foram avaliados, enquanto 2.922 aguardam apreciação. A corte de Sergipe obteve 91,9% da meta cumprida. De 2012 até o momento, os tribunais estaduais, federais e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgaram 46.621 processos de improbidade administrativa e ações penais de crimes contra a administração pública em tramitação há mais de um ano e meio na Justiça. Espera-se que até o final deste ano outros 74.557 sejam julgados para que o Judiciário consiga cumprir integralmente a Meta 18. Entre as ações julgadas, 19.883 são de improbidade e 26.738 refere-se a crimes contra a administração pública - corrupção, peculato e sonegação previdenciária. Meta 18 A Meta 18 foi estabelecida no VI Encontro Nacional do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em novembro de 2012. E tem a finalidade de julgar os processos contra improbidade administrativa distribuídos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), à Justiça Federal e aos Estados e crimes contra a administração pública até 31 de dezembro de 2013. Da redação com informação da Tribuna da Bahia.

Solenidade marca os 41 anos o da chegada do 4 BEC a Barreiras Ivana Dias

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4º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) comemorou no dia 12 de julho, em uma solenidade que reuniu militares, oficiais da reserva, exgenerais, ex-coronéis, ex-comandantes, autoridades políticas da região e pioneiros civis, que chegaram junto com o batalhão, os 41 anos da sua chegada em Barreiras. No período da manhã foi realizada a formatura com a participação de cerca de 300 militares. De acordo o comandante Thadeu Luiz Crespo Alves Negrão, foi uma solenidade muito importante, pois marca a chegada do Batalhão à cidade. “A criação do batalhão foi no mês de janeiro, mas aqui por tradição comemoramos o aniversário na data de chegada ao município. Estamos há 41 anos em uma região

que nos acolheu muito bem. Valorizamos muito isso. Temos orgulho de estar aqui, no Oeste na Bahia”, pontuou o comandante. “O 4º BEC veio para essa região na década de 70 integrar Brasília ao resto do País, particularmente ao Nordeste. Essa ação tem um significado muito maior do que parece. O Batalhão trouxe o desenvolvimento para a região Oeste da Bahia, que hoje é potência econômica no agronegócio. Um papel que achamos simples, mas que teve grande repercussão: a ligação à estrada. Éramos dependentes do rio Grande para chegar aqui, tivemos um crescimento vertiginoso da região”, observou sobre a importância da instituição para a região. O comandante Negrão foi transferido do Rio de Janeiro para Barreiras há seis

meses e, apesar do pouco tempo, mostra-se satisfeito. “É surpreendente como o batalhão é querido na cidade”, disse. Na carreira militar há 30 anos, o Comandante ressaltou a importância da influência do Exército Brasileiro no desenvolvimento do país. “A Engenharia Militar participou dos processos políticos ao longo desses quase 200 anos de independência. O Exército continua sendo um fator muito importante para o desenvolvimento nacional. Principalmente, quando voltado para o aspecto interno do Brasil, na parte de integração. A grande preocupação era integrar as regiões do país, que está relacionado às ações de defesa. Para ter uma defesa nacional eficiente, todas as regiões devem estar integradas, é a engenharia se interessou desde o início, até mesmo na época colonial, em construir os seus pos-

tos. Foi um dos primeiros trabalhos que se concretizaram aqui, o de integração pelas rodovias”, observou. De acordo com o Comandante Negrão, os militares do 4º Batalhão estão atuando na construção da duplicação da BR 101, no Estado do Sergipe, e no próximo semestre será iniciada a perfuração de poços no Estado da Bahia, nas principais áreas atingidas pela seca. “Temos uma obra grande de duplicação e, agora, vamos entrar com um trabalho de apoio de perfuração de poços. Não especificamente na região de Barreiras, mas na Bahia. Um trabalho em conjunto com o Ministério da Integração. Não iremos executar diretamente, mas vamos contratar e fiscalizar o trabalho”, disse. Será assinado convênio para restaurar as estradas que passam na divisa da Bahia com o Estado do Tocantins. ■


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tecnologia

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Molde a partir de impressão em 3D pode substituir o gesso Cortex, criado na Universidade de Wellington, Nova Zelândia, é leve, ventilado ​​e pode ser reutilizado

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uando ocorre uma fratura é sempre o mesmo problema: com o gesso vem a coceira e o mau-cheiro, em função do local da fratura ficar abafado. Um projeto desenvolvido pela Universidade de Wellington (Nova Zelândia), liderado por Jake Evill, promete acabar com isso. Denominado de Cortex, eles criaram um molde impresso em 3D - leve, ventilado, lavável e que pode ser reutilizado - que substitui o gesso. Além do departamento de design, o departamento de ortopedia, também participou do projeto. A ideia é que um software receba as imagens de raio-x da fratura, mais o escaneamento 3D do membro, e determine a forma e a medida ideal do Cortex para ser aplicado na fratura. "No momento, a impressão 3D do molde leva cerca de três horas, enquanto um molde de gesso leva só três a nove minutos, mas exige 24 a 72 horas para ficar totalmente firme. Com os avanços da impressão 3D, poderemos ver uma grande redução no tempo necessário para imprimi-lo no futuro", disse o designer. As partes mais densas do molde ficam concentradas em torno da fratura em si. O molde poderia então ser impresso em duas partes, e depois montado usando prendedores permanentes, até que o processo de cura esteja completo. Para retirá-lo, como de costume, ele teria que ser serrado. O procedimento deve ser feito num hospital.

Fonte: terra.com.br

REPRODUÇÃO

Sem direito de ser esquecido Segundo a Justiça europeia, o Google não precisa deletar as informações pessoais do índice de buscas

Cortex é leve e pode ser reutilizado

Impressão 3D do molde leva cerca de três horas

Software recebe as imagens de raio-x da fratura

Firefox OS: conheça o novo sistema da Mozilla para smartphones

Reprodução/pocket-lint

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Firefox OS finalmente está pronto para chegar às lojas. É o que anunciou a Fundação Mozilla, responsável pelo sistema de código aberto, na segundafeira (1º). Os dois primeiros aparelhos equipados com ele, o ZTE Open e o Alcatel One Touch Fire, começaram a ser vendidos na, terça-feira (2). O Firefox OS é baseado em HTML5 e possui código aberto. A Mozilla espera que estes fatores, aliados à proposta de ser atrativo ao consumidor, sejam suficientes para atrair usuários de outros sistemas. A empresa não perdeu a oportunidade e lançou, ainda em 2012, um simulador do sistema. O grande diferencial do Firefox OS, segundo a Mozilla, é o Adaptive App Search (busca adaptável de aplicativos), que se adapta ao que o usuário está procurando para fornecer resultados melhores. Além disso, o smartphone terá recursos comuns nos telefones atuais, como um sistema de mensagens, players de música e navegação por mapas.

Para tornar a disputa ainda mais acirrada, a Mozilla preparou ainda a loja de aplicativos Firefox Marketplace, similar aos concorrentes App Store e Google Play. Outras companhias também estão de olho no potencial do Firefox OS e no seu impacto no mercado. O Twitter, por exemplo, já anunciou um aplicativo oficial para o sistema. Conforme o TechTudo já havia anunciado, o Brasil é um dos países que receberão as primeiras remessas dos smartphones. A estratégia de divulgação inclui vendas na América Latina, leste e centro da Europa e, em seguida, na Ásia. Espera-se também que as empresas Huawei e LG também lancem aparelhos com o sistema. Enquanto isso, a Sony já anunciou um modelo que deve ser lançado no início de 2014. Na Espanha, o lançamento foi dia 2. O

Novos aparelhos da Alcatel e ZTE começam a chegar às lojas ZTE Open foi anunciado no país por cerca de 69 euros (aproximadamente R$ 200) para planos pré-pagos. Fonte: techtudo.com.br

O Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu, na terça-feira 25, que o Google não precisa apagar detalhes pessoais do seu índice de buscas, uma decisão com ramificações importantes para a privacidade na internet, que impossibilita as pessoas terem o direito de “serem esquecidas”. O conceito do “direito de ser esquecido” parte do princípio de que cidadãos de países da União Europeia deveriam ter o controle total sobre seus dados pessoais, inclusive o direito de pedir que fossem apagados das bases de dados de grandes companhias. O processo tinha sido trazido à Corte pela Agência Nacional de Proteção de Dados Espanhola, depois de ter recebido reclamações sobre a segurança das informações pessoais, encontradas com facilidade na internet. A agência havia pedido à filial espanhola do Google e à matriz, a retirada dos resultados das buscas. A empresa tinha argumentado em uma corte espanhola que não deveria ter de decidir quais páginas deveria ou não censurar. “Os provedores de ferramentas de busca não são responsáveis, com base na Diretiva de Proteção de Dados, pelos dados pessoais que aparecem nas páginas processadas”, disse o advogadogeral Niilo Jääskinen em seu parecer. A lei mencionada por Jääskinen é a que rege atualmente a proteção de dados na União Europeia. “A diretiva não estabelece um direito de ser esquecido abrangente”, disse o advogado, acrescentando que o sistema de indexagem do Google “não permite sequer que seja feita a distinção entre dados pessoais e outros”. Bill Echikson, um dos gerentes do Google para a Europa, festejou a decisão de Jääskinen. “Ficamos contentes de saber que o seu parecer sustenta nossa visão de longa data, segundo a qual, pedir a ferramentas de busca a supressão de informação legítima e legal, seria uma forma de censura”, disse Echikson. A ação teve início quando um cidadão espanhol tentou tirar do Google os links com informações sobre um leilão da sua residência, cancelado após ter renegociado as suas dívidas. Fonte: cartacapital.com.br


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Moda

Pulseiras de mão – Novo acessório é hit entre os fashionistas

Denise Pitta

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de lã para enfrentar o frio com estilo. Não gosta de usar terno? Que tal usar as tradicionais calças de alfaiataria com camisa, gravata e um moletom? Ótimo e confortável para quem pode trabalhar com um look mais descolado. Se quiser experimentar outro look descolado, tente uma calça jeans, uma camisa ou camiseta, um moletom aberto e um blazer por cima – perfeito para o inverno. O look também funciona com moletons fechados. Se possível, opte pelos modelos com capuz para um charme a mais. FOTOS: REPRODUÇÃO

oletom é praticamente um item obrigatório no guarda-roupa masculino – mesmo que seja para ficar jogado em casa, lavar o carro ou levar o cachorro pra dar uma volta. O que muitos homens ainda não perceberam é que dá pra criar um look super estiloso com algumas peças de moletom. Uma calça de moletom, por exemplo, ganha um novo status se for coordenada com uma camiseta e um blazer – até mesmo com uma camisa pode ficar interessante. Para um look mais casual, aposte numa calça de moletom com uma blusa

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em muita gente que diz que na moda, não há mais o que se inventar. Mas será mesmo? Não quando o assunto se refere aos acessórios. A novidade da vez são as pulseiras de mão, já ouviu falar? Com diferentes designs, elas foram concebidas para serem usadas bem na altura da palma da mão. O primeiro modelo foi desenvolvido por uma designer de joias chamada Ana Khouri, que logo conquistou celebridades como Madonna e Carine Roitfield. E depois de aparecerem nas mãos das famosas, os acessórios ganharam as ruas em looks de fashionistas e também ficaram populares entre as blogueiras. Confira modelos e inspire-se!!! REPRODUÇÃO

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EXPOAGRO A abertura da Expoagro foi realizada no sábado, 29 de junho, no Parque de Exposições Engenheiro Geraldo Rocha. A 31ª edição da feira agropecuária contou com programação para todos os dias da feira, com os shows de Frank Aguiar, Michel Teló, João Lucas e Marcelo, João Neto e Frederico, Vitor e Léo, Maria Cecília e Rodolfo, entre outros. No dia 05 de julho, durante a 31ª Expoagro, a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) reuniu produtores associados, autoridades, lideranças locais e população em geral para um coquetel.

Pitt, Eduardo Sales, João Leão, Humberto Santa Cruz, Walter Horita, Fátima Horita e o secretário estadual Carlos Costa.

Da esquerda para direita: Sérgio

Pitt, Diana Macedo, Antônio Henrique e Carlos Augusto Paê

Da esquerda para direita: Sérgio

Higaki, Matilde Horita, Cristina Suzuki, Marisa Uemura e Alex Uemura

Da esquerda para direita: Vilma

Posse no Rotary O Rotary Clube de Luís Eduardo Magalhães realizou no sábado, 6, às 20h, no Buffet Olavo Nascimento, a solenidade de posse do presidente Adilton dos Santos Gomes e do novo Conselho Diretor para o ano Rotário 2013/14, formado por Reginaldo Luís Arita, vicepresidente; Talvani Chiapetti, secretário; Marçal Eiji Tsukamoto, tesoureiro; Renato João Sulzbach, protocolo; Fernando Kowalski, administração; Andrea Souza Lima Santos, quadro associativo; Maria do Rosário Oliveira Chiapetti, Fundação Rotária; Jair Francisco, imagem pública; Zilda Maria Maróstica Vendrúscolo, prestação de serviços; Vanda Marli Besen Sulzbach, novas gerações. O evento teve a presença de associados e cidadãos luiseduardenses.

Souza, Mari Luza, Solania Didomenico e Solange Zanettim

Da esquerda para direita: Maristela

Zanella, Carlos Costa, Humberto Santa Cruz, Júlio Cesar Busato, João Leão, Odacil Ranzi e Eduardo Salles

Da esquerda para direita: Celestino

Gatto, Neibia e Rosa Maria

Da esquerda para direita: Elisete

Melo, Jessica Melo e Thiago Melo

Da esquerda para direita: Rodrigo

dos Santos Gomes e a esposa Vanderlucia

Da esquerda para direita: Adilton

Feijoada VIP 242 A terceira edição da Feijoada VIP 242 aconteceu no dia 29 de junho, no Cais & Porto, em Barreiras. Essa edição trouxe uma produção mais ousada com um toque delicioso de atrações. Proporcionando um ambiente descontraído com a galera jovem, familiares e amigos. Bosco Fernandes abriu a festa, em seguida a atração principal Batifun e, para finalizar, Elano Santarém e convidados.


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JSF RURAL

Lagarta chega à região do Vale

Poder de migração da praga num raio de 500 quilômetros exige atenção especial dos produtores Raul Beiriz

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a outra. Isso não aconteceu”, garante. Para confirmar sua tese, o engenheiro agrônomo cita o trabalho realizado pela Embrapa, que constata a presença dos dois tipos de lagarta nas armadilhas. “Não existia relato da helicoverpa armígera no Brasil e a questão da zea era minimizada, porque esta última tem como inimiga natural, a lagarta do cartucho do milho - a spodoptera frugiperda. O problema cresceu e precisa ser combatido”, destaca, lembrando que é preciso olhar para frente. “A pergunta que se faz é se a helicoverpa armígera também era inimiga natural da spodoptera frugiperda, mas nos países em que ela existe, não!”, frisa. O engenheiro agrônomo defende que qualquer tese sobre o aparecimento da helicoverpa armígera no Brasil não passa de inferências e especulações. “Ninguém tem certeza de nada”, acrescenta, reforçando que o importante não é mais a origem, mas as ações futuras para enfrentar este problema. Outro fato que, em sua opinião, é um problema, é o agravamento da situação com a seca. “Hoje, é difícil mensurar o prejuízo provocado pela seca e pela lagarta. A seca complica ainda mais a vida do agricultor”, lamenta.

lagarta chegou à região do Vale – da qual fazem parte os municípios de Wanderley, Baianópolis, Cristópolis, Muquém do São Francisco, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, Coribe e Ibotirama, entre outras cidades. Segundo técnicos, embora este não seja um fato preocupante, requer atenção especial dos produtores, especialmente o de sementes, em vista do poder de migração da praga num raio de 500 quilômetros. “Nas áreas de pastagens estabelecidas não haverá muitos problemas; a questão maior está na produção de sementes, exatamente pela lagarta ter preferência e alimentarse da parte de reprodução das plantas”, justifica o engenheiro agrônomo, Adriano Luppinacci, acerca da ocorrência da lagarta no capim da região vizinha – problema que, ao menos por enquanto, não deve afetar diretamente os pecuaristas. “Quando o capim é usado para alimentação do gado, não tem problema porque a lagarta vai atacar a semente. Por outro lado, na área da produção de sementes não. Esta poderá ser atingida”, explicou Luppinacci. O pecuarista, no entender do engenheiro agrôMigração da lagarta nomo, não deve se preocupar, No que diz respeito às ações pois que a lagarta não ataca as futuras para combate à lafolhas, mas sim as sementes. garta, Luppinacci insiste que “O que a gente viu nas cultunão se deve pensar apenas em ras da soja e do algodão é bem eliminar o problema aqui, da diferente do que vai acontecer região. “Não estaremos livre com a semente de capim”, asda praga. Devemos levar em segura. Ainda de acordo com conta o raio de migração da laele, o combate à lagarta não garta e a infestação no Cerratem uma fórmula mágica e, do e no Vale, podendo chegar teoricamente, o período de à Brasília, Tocantins, Goiás, seca inibiria a proliferação da Piauí e Maranhão”, explicou. lagarta, mas neste momento, Segundo especialistas austraqualquer teoria feita agora selianos, o raio de migração da ria “chutômetro”. lagarta é de 500 quilômetros. “O problema da lagarta é Para resolver esta problemáque ela pode atingir todas as tica, o agrônomo lembra que culturas do Cerrado. No caso existe outro entendimento da região do Vale, a agricultura Adriano Luppinacci que classifica como equivocapredominante é a de peque- Engenheiro agrônomo do por parte de quem trabalha no porte. Tirando Baianópodiretamente com a questão. lis, onde existe um pouco de agricultura “O especialista australiano, David Murray, comercial, nos outros municípios o que lembrou que não se combate uma praga existe é agricultura de subsistência: a agri- com um único método, com um único cultura familiar. As coisas são quase arte- defensivo. É o que tem sido feito aqui”, resanais. Então, o risco de uma proliferação clama. da lagarta é pequeno”, disse. Para LuppiDefensor do manejo integrado de pranacci, a preocupação deve estar em ações gas, que envolve um conjunto de medipara que a lagarta não se desenvolva e re- das, Luppinacci diz que este “é um sistetorne ainda mais forte à região do Cerrado ma antigo, que já existe há algum tempo, – onde a problemática maior tem sido a só que, por uma questão de relaxamento, agricultura do milheto. todos, inclusive os engenheiros agrônoNas palavras do mestre em agronomia, mos, preferem lançar mão de um produto “esta é uma cultura (milheto) que tem sido a elaborarem estratégias”. O correto, a seu difundida na região e que tem facilitado à ver, seria abrir várias frentes de combate, propagação da lagarta”, onde a própria como uso de agentes de controle biolóorigem da lagarta helicoverpa - se é zea gico, como outros insetos, fungos, bacou armígera – ainda é incerta. “Existem as térias e até vírus que eliminem a praga. duas. É uma tolice dizer que uma eliminou “Para ter sucesso no manejo integrado de

...por uma questão de relaxamento, todos, inclusive os engenheiros agrônomos, preferem lançar mão de um produto a elaborarem estratégias”

pragas, você precisa ter uma equipe com capacitação técnica. Precisa ter conhecimento. Por que está se falando tanto em benzoato? Parece que é só jogar o produto e o problema está resolvido. Não é bem assim”, destaca, reforçando que o uso do benzoato não resolveu o problema da praga na Austrália. “Se você usá-lo repetidas vezes, o benzoato perde o efeito. A molécula é perdida”, explica. Adriano Luppinacci lembra que muitas comparações foram feitas entre os dois países, mas que a Austrália – diferente do Brasil -, dispõe de pesquisa mais desenvolvida e também de incentivos aos estudiosos do assunto. “Se o Ministério Público tivesse vontade real de resolver a questão, teria ido aos Estados Unidos, à Austrália, para saber o que fazer, e não simplesmente proibir a importação como fez”, disse. O agrônomo lembra ainda que todos os produtos existentes têm efeito tóxico e que só este argumento não poderia servir de suporte para a proibição do uso do benzoato. “É como o sal – se usar demais pode causar problemas de saúde. O benzoato é um problema? É um problema para nós porque ele não foi liberado. A liberação foi pedida há uns seis anos”, destaca. Críticas ao governo brasileiro

O engenheiro agrônomo não poupou o governo brasileiro nas críticas. “Da mesma forma que comparamos as questões da liberação, a participação do governo australiano nos problemas dos agricultores é centenas de anos luz à frente do governo brasileiro. O governo prefere proibir a ter uma ação efetiva no combate à lagarta”, disse. Luppinacci destaca ainda a necessidade de rever o modelo usado no Oeste da Bahia para que a produtividade prossiga por mais alguns anos. “Está se apostando muita coisa sem avaliar os riscos. O uso excessivo de matéria orgânica e de defensivos pode trazer problemas futuros como a contaminação do lençol freático. Nossos modelos são

muito simplistas”, avalia, declarando-se um defensor incondicional de modelos mais duradouros e sustentáveis. “Outro problema da região que precisa ser verificado pelos produtores é a qualificação da mão de obra. Investir na qualificação de profissionais é essencial para que dê tudo certo. Não há como evoluir na plantação e no modelo, sem que haja mão de obra qualificada”, encerra. Vespas contra lagartas

A vespa de 0,25 mm de comprimento, do gênero Trichogramma spp, pode ser a solução para eliminar a lagarta helicoverpa armígera das plantações. A helicoverpa armígera já causou prejuízo de quase R$ 2 bilhões aos agricultores da região Oeste da Bahia. Como a lagarta devora soja, algodão, sorgo, milho, tomilho, feijão e tomate, o inseto pode ser usado no combate à praga já que come as lagartas. A lagarta helicoverpa armígera é uma velha conhecida dos agricultores europeus, indianos e australianos. Segundo agrônomos, pode ter chegado ao Brasil por meio de mudas ou naturalmente. Estimativas dão conta que a lagarta já causou estragos em 11 estados brasileiros. A vespa, produzida por uma empresa, são multiplicadas em laboratório por meio de ovos de traças presentes em grãos. Para a viagem, elas vão em forma de pupa (estágio intermediário entre as fases de larva e adulta), acomodadas em cápsulas dentro de cartelas, dois dias antes de nascerem. Quando soltas, elas impedem o nascimento das lagartas destruidoras de plantação e dão origem aos novos descendentes que vão somar esforços na atuação contra as pragas. Na idade adulta, a vespa deposita seus ovos dentro dos ovos da lagarta. As vespas somente são parasitas dos ovos de borboletas e de mariposas. Neste sentido, quando acabam os ovos da lagarta, a população de vespas também é reduzida por não encontrar o local ideal para depositar seus ovos. ■


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Aiba e Ufba acertam acordo para protocolo de intenções Reunião na Expoagro, em Barreiras, foi o primeiro passo para definir convênio entre as duas instituições acerca da instalação da Universidade Federal do Oeste (Ufob) na região Raul Beiriz

Raul Beiriz

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m convênio deverá resultar do acordo firmado no último dia 2 de julho, durante a Expoagro, entre a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba) acerca da instalação da Universidade Federal do Oeste (Ufob) na região. As instituições deverão unir-se para a elaboração de um protocolo de intenções. Produtores rurais e diretores da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) também participaram do encontro. De acordo com o diretor do Campus Reitor Edgard Santos, da Ufba, em Barreiras, Jacques Antonio de Miranda, a elaboração de um protocolo de intenções vai possibilitar a transformação do acordo em convênio. “Todos sairão ganhando. A ideia é que a Ufob seja um instrumento de fomento do progresso da região, com visão de médio e longo prazos, tendo como parceiro quem desenvolve a região”, disse referindo-se à Aiba. Miranda aproveitou a oportunidade para lembrar que já no próximo ano deverá haver vestibular para a nova universidade e que a sua criação é um sonho antigo que deve ser abarcado por toda a sociedade. “Começou em 2005 e foi se sedimentando. Agora, precisamos acertar como será o seu funcionamento”, disse, evidenciando que é preciso prever a distribuição de várias unidades por um espaço regional. “Nós teremos a sede (reitoria) em Barreiras e campus em Luís Eduardo Magalhães, Barra, Bom Jesus da Lapa e Santa Maria da Vitória”, explicou. Sobre a polêmica que incide sobre o oferecimento dos cursos em cada um dos campi, o diretor é enfático: “Isso é outra questão. O importante é que a universidade vai se instalar na região. Isso tem uma intenção. O Oeste da Bahia é, hoje, uma região estratégica economicamente. A universidade não pertence a nenhum município, mas à região”, frisa. A tendência para determinar a localização dos cursos, segundo o diretor da Ufba, deve ser a logística, com distribuição lógica na temática, para que se possa, por exemplo, facilitar a fixação de servidores. No entanto, isso tem que ser visto com foco no futuro e não no presente. “Nós temos uma vocação para o agronegócio, mas precisamos ir mais além do que a visão neste momento. A região carece de médicos porque está se desenvolvendo. Os Ministérios da Saúde e da Educação sinalizaram positivamente para a criação do curso de Medicina em Barreiras, já pensando no forte desenvolvimento da região”, complementa. Miranda exemplificou. “A gente não consegue implantar o curso de Medicina em Barreiras e ter um centro de saúde em Luís Eduardo. Se este centro estiver em Barreiras, o curso de Medicina tem que fi-

A ideia é que a Ufob seja um instrumento de fomento do progresso da região, com visão de médio e longo prazos, tendo como parceiro quem desenvolve a região car aqui, assim como os demais relacionados à área de saúde, como Nutrição, Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia, entre outros”, ressalta. O diretor da Ufba explicou que, no caso de Luís Eduardo Magalhães, não é porque a vocação do município é para o setor do agronegócio que a unidade da cidade deverá ter cursos relacionados ao setor. “A cidade carece é de tecnologia. É preciso dar ênfase aos cursos deste setor, explorar a área de tecnologia avançada na cadeia de agronegócios. Por exemplo, um curso de engenharia biotecnológica é necessário para Luís Eduardo Magalhães. O curso de agronomia já existe em Barreiras”, analisou, destacando a importância de dar ênfase às carreiras que possam agregar valores aos agronegócios, incluindo, nestes casos, os cursos que levem às melhores políticas sociais. “A tendência é que você tenha grande investimento, grande potencial de crescimento e necessite de apoio para sustentar o desenvolvimento regional. Estruturar a região é fundamental para dar suporte ao desenvolvimento”, disse. Sobre a reclamação de investidores de que na região falta mão de obra qualificada para o mundo dos agronegócios, Jacques Miranda lembra que isso é uma questão pontual. “A universidade não pode pensar só no agora. A universidade tem que pensar no longo prazo. A tendência, agora, é a de agricultura de precisão. O investimento é em tecnologia”, assegura. Apoio da Aiba O diretor de Integração, Projetos e Pesquisa da Aiba, Ernani Sabai, era outro que, ao sair da reunião, demonstrava otimismo com a parceria. “Precisamos de muitos profissionais na área técnica na atualidade, mas temos que pensar em um âmbito maior. A criação da Ufob fará a formação

dos profissionais que precisaremos em vários setores nos próximos anos, em médio prazo, em setores que hoje temos carência”, destacou. Em relação ao convênio a ser firmado com a Ufob, Sabai diz que é preciso acertar as demandas do setor produtivo com as da universidade, que deve ajudar a desenvolver e a fortalecer o agronegócio na região, lembrando que há muitas demandas dos produtores e da sociedade que ainda não foram atendidas e que poderão ser resolvidas com a

chegada da Universidade Federal. “Uma destas demandas é a pesquisa. Nós não temos como desenvolver pesquisas sem que exista uma entidade capacitada na área”, enalteceu, destacando que o papel da universidade não é só fornecer mão de obra para a cadeia produtiva, mas fornecer alternativas que tornem o processo mais eficiente. Ernani Sabai disse que o acordo ainda está sendo desenhado. “A partir deste primeiro protocolo de intenções é que cada instituição vai desenhar como pode contribuir neste contexto de desenvolvimento”, disse. Segundo informou, a ideia é estender o acordo também a todos os integrantes do setor universitário que queiram trabalhar em prol do desenvolvimento do Oeste da Bahia. Em relação à grade de cursos, Sabai destacou o curso de engenharia civil, já que a região carece destes profissionais, por exemplo. “Hoje, já existe consenso para a implantação do curso de Engenharia de Produção em Luís Eduardo Magalhães. Biologia estaria nesta lista”, disse. Também o vice-presidente da Aiba, Odacil Ranzi, explicou que a reunião realizada durante a Expoagro teve caráter preliminar no intuito de elaborar um projeto conjunto para a Ufob. “Será desenvolvido um projeto de interesse da comunidade, que envolva todos os sistemas, como Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o aquífero em relação à agricultura e outros tantos. Precisamos avaliar cada ponto de nossa realidade para que a universidade seja inserida neste sistema”, completou. ■

Armazém da Conab não tem local definido Luciano Demetrius Apesar de confirmada instalação em Luís Eduardo Magalhães, ainda está em debate o local para o armazém público da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na quinta-feira, 27 de junho, o superintendente da Conab, Rafael Bueno, e dois assessores do órgão, João Bertolino de Oliveira Neto e Luiz Antônio de Castro, estiveram na cidade em reunião com o secretário municipal de Agricultura, Renato Faedo, a fim de debater quais os prováveis locais para instalação do armazém. Não foram divulgados os possíveis pontos aptos a sediar o graneleiro. O armazém terá capacidade para 150 mil toneladas de grãos e o investimento para sua construção é de R$ 47,8 milhões. O graneleiro, que será

construído em Luís Eduardo Magalhães, servirá como suporte para o abastecimento, especialmente de milho, durante estiagens prolongadas como esta da safra 2012/13. “A Conab tem muito interesse em construir essa unidade de armazenagem, pois o Governo Federal entende que Luís Eduardo Magalhães é um ponto estratégico para o desenvolvimento das ações, dentro de um plano de crescimento das regiões agrícolas do país”, disse o superintendente. A localização estratégica do município – por sua proximidade da BR 020 – foi fundamental para a escolha da Conab. A unidade terá o foco de multimodalidade, com uma série de acessórios para suportar a exportação via porto seco e exportação através da Ferrovia de Integração Leste Oeste (Fiol).


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Bom cenário para a agricultura regional Alta do dólar e juros em elevação não devem influenciar custo da produção; pecuaristas poderão ter problemas no próximo ano em função de seca e abate antecipado de animais Raul Beiriz

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tadores deve ter efeito aí. Pode ser que a gasolina suba, mas não acredito em elevação do valor do diesel. A pressão é muito forte”, disse. O especialista em finanças lembra que no Brasil paga-se um dos valores mais elevados pelo combustível do mundo. Medrado diz que a lagarta helicoverpa armígera pode trazer problemas para os agricultores. “O maior entrave é que nós não conseguimos importar o defensivo para matar a lagarta a tempo. Não acredito que vai ser tão devastador como este ano, mas existe a possibilidade da praga aumentar de tamanho”, lembrou. Quanto ao clima, o engenheiro agrônomo aposta em melhorias para o produtor nos próximos dois anos. “Não existe a previsão de um terceiro ano de chuvas difíceis na região. O ano (safra) passado foi mais seco do que este. Tivemos dois períodos de seca nesta safra. O primeiro, em dezembro, prejudicou o milho no início de colheita, pegou a soja precoce toda; a segunda, em fevereiro, interferiu na soja e no algodão. Então, ele conseguiu acertar as três culturas”, destaca.

ólar em valorização, juros em elevação, inflação acima da meta com aparentes sinais de novas altas, economia com sintomas de desaceleração, a praga da lagarta e a oscilação dos preços das commodities nos mercados internacionais. Tudo isso, além da onda de protestos que acontece no país, traz um novo cenário para o produtor da região. No entanto, não há motivos para temer segundo Ápio Cláudio Medrado, engenheiro agrônomo que atua na área de planejamento agroambiental, mercado de grãos, planejamento e estratégia financeira. A seu ver, sobra fôlego ao mercado e os produtores não terão um ano tão difícil como o período 2012/13. Perguntado sobre qual seria o cenário para as commodities para o resto de 2013, Medrado disse que uma série de fatores das conjunturas externa e interna beneficiaram os produtores e devem ter reflexo nestes próximos meses. “Deus é um cara fantástico, pelo menos para a Bahia! A lavoura local vinha acumulando perdas nos últimos dois anos, só que os Estados Unidos tiveram problemas em Rodízio das culturas suas safras e áreas plantadas, Sobre a sugestão dada na o que beneficiou diretamenBahia Farm Show por técnite o milho e a soja. Como as cos de aumentar a particireservas de grãos dos Estados pação do milho na cadeia de Unidos estão muito baixas, produção, equilibrando as nós teremos um impacto já três principais culturas – mino final do ano, o que pegará lho, soja e algodão -, Medrado a próxima safra”, disse, lemdestacou que este fato não brando que a política monedeve acontecer. “Todo o platária adotada pelo governo nejamento de quem trabalha Barack Obama em relação ao com os três produtos é feito câmbio, pressionando o valor em cima do algodão. É comdo dólar, também terá conseplicado haver mudanças na quências favoráveis aos proforma como eles produzem. dutores brasileiros. Você tem toda uma estrutura Ainda de acordo com ele, a Ápio Cláudio Medrado montada para o algodão. Ao alta do dólar no Brasil, na fai- Engenheiro Agrônomo reduzir a área plantada do xa de R$ 2,30, terá impacto no algodão, significa que você mercado agropecuário brasivai estar com um ativo imoleiro. “Se a elevação do dólar se ampliar, bilizado grande. Lembrando que todo o terá impacto somente no próximo ano, maquinário usado no algodão é muito não nesta safra, para a qual a maior par- caro. Se você não usa o maquinário, você te já está com os insumos comprados. Só fica com o ativo parado”, explica. O engeterá impacto em 2014”, explicou. O enge- nheiro diz que não consegue enxergar a nheiro ambiental entende que não deve necessidade de aumentar a área do mihaver muita pressão nos custos, ao con- lho por causa da lagarta. “Se o manejo trário das vendas, que devem ser benefi- for bem feito, a lagarta vai existir em níciadas pela elevação da moeda estrangei- veis suportáveis. Não é por aí. Tivemos o ra. Em relação aos custos da produção, mesmo problema com a ferrugem e com o engenheiro não acredita em uma forte o bicudo, e foi resolvido de outra forma”, elevação de preços dos combustíveis, explicou, defendendo o uso da transgemesmo com a alta nos mercados de Lon- nia no plantio da região. “É a técnica mais dres (Brent) e de Nova York (WTI). “A pres- recomendável para segurar os ataques de são feita pelos caminhoneiros e transpor- pragas”, garante.

Se a elevação do dólar se ampliar, terá impacto somente no próximo ano, não nesta safra, para a qual a maior parte já está com os insumos comprados”

No curto prazo, Medrado vê tendência de baixa para o milho, já que ainda existe produção passada armazenada. “A safra do próximo período deve ficar entre 10% e 11% acima desta safra. Isso, em relação ao país. A safra do Oeste não deve cair, mas deve crescer entre 5% e 6%. Como deve aumentar consideravelmente a área, não teremos uma queda efetiva, mas uma produtividade menor”, disse. Em médio prazo, no que diz respeito ao milho, a tendência de preços será definida pela pecuária e como ela vai se portar, incluindo, a suinocultura, a caprinocultura e a bovinocultura, entre outras. “Os estados da Região Nordeste devem ampliar o consumo de grãos em função da seca em médio prazo e o preço poderá ter recuperação no final do ano”, explicou. Quanto à soja, o engenheiro lembra que o preço da commoditie está diretamente ligado ao mercado internacional. “A China não vai reduzir a compra. A Europa, agora, viu que não tem condição de comprar farelo suficiente e abriu mercado para comprar a soja grão. Não vejo muito fator que possa afetar o preço da soja. O que pode acontecer é haver uma flutuação natural dos preços no mercado”, disse. A previsão para o algodão já é diferente. É de que continue em elevação. “Como o algodão é uma lavoura em que se vende muito antecipado, a alteração de preços não deve beneficiar muita gente”, disse, lembrando que o preço do produto não deve sofrer muitas alterações em razão de qualquer problema interno. Pecuária O setor também preocupa Medrado. “Este ano, como foi muito ruim de chuva, a lagarta chegou antes do boi lá na região do Vale. Depois, o Nordeste como um todo viveu uma forte seca. Boa parte dos produtores ficou sem pasto. E a região foi o recurso dos pecuaristas, que trouxeram os animais para cá. Então, tivemos no ano passado uma sobrecarga de animais muito grande”, explicou. Com isso, o engenheiro entende que os pecuaristas da região terão problemas em função destes dois fatores: sobrecarga e pasto. Ele lembrou ainda que dois terços do total de animais abatidos foram de fêmeas, o que não é normal, já que deixa o pecuarista com menos potencial de renovação do rebanho. “E não foi o primeiro ano. Isso aconteceu pelo segundo ano seguido e é bastante preocupante”, disse. Em seu ver, regionalmente o preço da carne pode disparar, mas o mercado deve ser equalizado pelo abastecimento de outras praças, principalmente por Tocantins, que não teve problema de seca e tem rebanho muito grande. “Muitos pecuaristas optaram por abater antecipadamente os animais, com peso menor do que o normal, o que acabou trazendo prejuízo”, finaliza. ■

LUCIANO DEMETRIUS

Economista e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola

“Não há risco de caos na economia”, diz Loyola Ex-presidente do Banco Central não vê motivo para fatalismo no cenário econômico, mas defende que Brasil terá baixo crescimento por longo tempo Luciano Demetrius

“N

ão vejo nenhum risco de queda da demanda do algodão. O Brasil tem potencial natural e de recursos humanos, mas precisamos abandonar a herança paternalista de aguardar que o Estado mantenha tudo. É isso que trava nossa economia. O Estado não serve para substituir os mercados. Isso leva a erros sérios de política econômica”, disse o economista e ex -presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, ao ministrar no último dia 28, a palestra “Economia global e as tendências para o agronegócio com ênfase no algodão”, no Espaço Quatro Estações. O evento foi promovido pela Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa). Otimista quanto à alta da produção algodoeira em 2013, o economista, que esteve à frente do Banco Central em duas ocasiões (entre 1992 e 1993, no governo Itamar Franco e, entre 1995 e 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso), não é fatalista quanto às incertezas do cenário econômico mundial. “As mudanças que acontecem no mundo refletem imediatamente no Brasil, mas este processo não pode ser visto como tragédia. Diria que se trata de um terremoto”, disse, como forma de tentar minimizar a incerteza na economia mundial. Sua expectativa é de que haja redução no preço das commodities, mas não a ponto de prejudicar os produtores rurais brasileiros. “É um processo natural a queda no valor cobrado (das commodities), assim como no mercado de títulos, bolsas e de moedas, fruto da valorização do dólar e do aumento da taxa de juros”, explicou. A China, um dos maiores compradores dos grãos brasileiros, não será uma ameaça às commodi-


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JSFRURAL ties, segundo Loyola. “Antes o crescimento naquele país era de 9% ao ano e agora a taxa prevista é menor do que 7,5% para o período entre 2013/14. Mesmo assim, o risco da China capotar é mínimo, pois sua taxa de crescimento pode ser menor, mas sem risco de crise. O ciclo de crescimento daquele país é longo e compreende o mesmo da alta das commodities. Diante disso, não vejo a China como ameaça, mas como consumidor das commodities e motor do crescimento mundial”, frisou. Quanto à Europa, que ao mesmo tempo enfrenta três crises (fiscal, bancária e de crescimento econômico), a dúvida é quanto a quem arcará com o ônus da instabilidade atual. “Qual país vai assumir a crise enfrentada por países do bloco União Europeia? A Alemanha, que está estável e conseguiu se manter, mesmo diante da instabilidade de seus vizinhos, como a Grécia?”, questionou. Apesar do cenário crítico da Europa, Loyola não acredita em turbulência para aquele continente. “A crise vai perdurar um pouco, mas o pior já passou. Não há risco de provocar graves consequências para o mundo. As perspectivas econômicas são positivas, mas sem a pujança pré-2008”, disse, referindo-se ao caos na economia, puxado pela crise bancária nos Estados Unidos. No que diz respeito a este país, o economista vê como fato positivo a sua recuperação econômica. “Os mercados deveriam receber bem isso, uma vez que a economia de lá reflete em outros países”, disse. Segundo Loyola, tal reação vai levar o Banco Central dos Estados Unidos a mudar o sinal da política monetária. Brasil Após ilustrar as perspectivas econômicas dos países que interferem diretamente no cenário internacional, Loyola não é pessimista quanto ao Brasil. “O risco de desastre é baixo. Há elementos que inibem os erros e a nossa sociedade tem mecanismos de correção”, pontuou. Ele criticou determinadas ações do atual governo, tais como a alta taxa de juros, a intolerância do Banco Central quanto ao risco de alta da inflação e a ação concentrada no estímulo ao consumismo. “Faltou criatividade na administração das contas públicas. A desoneração tributária gerou confusões e o controle de preços para cumprir metas de inflação é uma medida ineficaz e perigosa”, criticou. Em sua opinião, o protecionismo que o atual governo praticou para manter a economia causou insegurança nos investidores e no mercado. “Os investidores não gostam de incertezas. Houve perda de qualidade na política fiscal, pois não há transparência. Voltaram o medo da inflação e a piora no sistema tributário. O Brasil corre risco de aceleração inflacionária e de piorar as expectativas dos consumidores e das empresas. Assim, o risco é de baixo crescimento por um longo período de tempo”, avalia. Certificados A abertura do evento teve os pronunciamentos da presidente da Abapa, Isabel da Cunha, e do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso. O secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, esteve presente na plateia. Na ocasião foi realizada a entrega dos certificados do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) – que é financiado com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão, implantado na Bahia pela Abapa, com a coordenação da Abrapa. ■

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As novidades no Dia de Campo de Algodão Três cultivares e resultados de grupos de trabalho fitossanitário foram os destaques do evento LUCIANO DEMETRIUS

Murilo Pedrosa (Fundação Bahia) durante exposição de resultados da BRS 368-RF Luciano Demetrius

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rês tipos diferentes de cultivares e e os resultados do Projeto Fitossanitário foram os destaques durante o Dia de Campo do Algodão 2013 realizado no dia 29 de junho, no Campo Experimental da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães. Foram apresentadas ao grupo de participantes as cultivares BRS 368RF, que são tolerantes ao herbicida glifosato, ideal para o cultivo no Cerrado baiano; as BRS 335, próprias para produção de fibra de comprimento médio; e a BRS 336, específica para alta qualidade de fibra média e longa. De acordo com os organizadores do evento, Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Fundação Bahia, Fundeagro e Embrapa, cerca de 500 pessoas entre produtores, gerentes de fazendas, técnicos, consultores, instituições de ensino e pesquisa, entidades do agronegócio, autoridades e multinacionais participaram do evento. A cultivar BRS 368RF foi apresentada na Estação 1 pelos palestrantes Alexandre Ferreira, da Embrapa; Camilo Morello, da Embrapa Algodão; e Murilo Pedrosa, da Fundação Bahia. Eleusio Freire, da Cotton Consultoria, expôs as vantagens, desvantagens entre as cultivares convencionais e as transgênicas disponíveis. “A estratégia, já para a safra 2013/14, é aumentar para 80% o uso de transgênicos. Os Estados Unidos já utilizam 90% de suas cultivares com essa tecnologia. Desde a safra de 2010, o Brasil faz uso de 50% de suas cultivares com transgenia. Não podemos nos expor mais ao risco”, disse referindo-se às perdas com a lagarta Helicoverpa. “O ideal é o uso de transgênicos de segunda geração para baixar o custo. Isso porque não devemos nos enganar que não iremos mais aplicar inseticidas”, alertou. Segundo Alexandre Ferreira, o uso da BRS 368RF necessita de prudência pelo produtor. “Temos que ter cautela na adoção de estratégias para não fazer uso indevido do produto”, afirmou. Na Estação 2, foram apresentados os resultados dos grupos de trabalho do Projeto Fitossanitário. Formado há cinco meses, o grupo técnico atuou com cerca de 40 voluntários, consultores, produtores e pesquisadores, além de viajar para fazer pesquisas em todo o território nacional e em alguns países do exterior. “A equipe se comprometeu a montar um programa fitossanitário ideal e eficiente”, afirmou o engenheiro agrônomo e líder dos grupos de trabalho, Celito Breda. Ao seu lado, e à frente do grupo, esteve o também engenheiro agrônomo Pedro Brugnera, que observou a necessidade do uso da biotecnologia no campo. “A biotecnologia vai ser a espinha dorsal do novo manejo. Seja para algodão, soja ou milho”, disse. O engenheiro agrônomo Luiz Henrique Kasuya lembrou

que a criação do grupo não se restringiu ao combate à praga Helicoverpa. “Criamos os grupos para as pragas de sistema”. Segundo ele, a proposta é ampliar o vazio sanitário da soja de 1º de julho até 15 de outubro (ante o atual período que é entre 15 de agosto e 15 de outubro). “Estamos ofertando alimento para as pragas o ano todo, devido ao calendário completo das culturas”, afirmou. Porém, apesar dos estragos provocados pela helicoverpa, Kasuya vê a praga como alternativa para estudos futuros. “Por incrível que pareça, a helicoverpa veio para melhorar o sistema. Causou prejuízos, mas vamos preservar os insetos benéficos”, disse em alusão aos insetos considerados predadores de espécies mais nocivas às plantações. Na Estação 3, os temas foram as causas e prejuízos do ataque do bicudo na safra 2012/13 e a emergência fitossanitária no Oeste da Bahia. Segundo o diretor da Abrapa, Celito Missio, somente o trabalho e a conscientização coletiva nas propriedades irá garantir o combate ao bicudo. “Todos têm que estar imbuídos do controle desta praga: os gerentes de fazenda, os agrônomos e os produtores. Se não houver colaboração, a conta será alta”, alerta. Para exemplificar os danos, Missio apresentou um painel com uma nota de dólar devorada pelo bicudo. “Se não fizermos a lição de casa, vamos rasgar dinheiro. Não há inseticida que dê jeito se não tivermos consciência. O que vai onerar o produtor não é o custo do veneno, mas a falta de produtividade”. Por isso, ele alertou para a busca por métodos de controle e pelo vazio sanitário. “Assim, iremos gastar menos e com mais inteligência”, ressalta. Na abertura do evento, no auditório da Fundação Bahia, o presidente da Interagrícola, Antônio Vidal Esteve falou sobre o cenário do mercado de algodão nacional e internacional. EDITAL

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL DE ALTERAÇÃO O Sr. Claudimar Mauri e Outros CPF nº 603.386.449-20, torna publico o requerimento à Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de São Desidério – BA da Licença Ambiental de Alteração (LA) para a atividade de agricultura de sequeiro com cultivo de soja e milho numa área de 534,1176 ha nas Fazendas Céu Azul (matrículas 1346 e 1448).


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JSFRURAL

Governador convida Aiba para contribuir na definição dos rumos do Estado ASCOM/AIBA

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Aiba foi a única entidade de todo o interior da Bahia presente na reunião com o governador Jaques Wagner, realizada no último dia 11, em Salvador. Estiveram representadas oito entidades do setor empresarial que foram convidadas para dar continuidade ao diálogo com os diversos segmentos da sociedade civil e debater a atual situação do país. Durante o encontro, os participantes elogiaram a iniciativa do governo em criar um espaço democrático para debater com os setores organizados a conjuntura atual e sugeriram a criação de uma agenda mínima para construção de um grande acordo nacional. Presente à reunião, o vice-presidente da Aiba, Odacil Ranzi, destacou a necessidade de estar atento ao chamado das ruas e pensar o que se deseja para o futuro do Brasil. “Tivemos a ditadura, depois a estabilização da moeda, em seguida a reforma social, e agora? A nossa agricultura é pujante, mas enfrenta diversos entraves como a falta de infraestrutura e a insegurança no campo. O que fazer? Precisamos pensar que rumo queremos dar ao nosso país”, disse Ranzi, enfatizando que a inclusão da Aiba no debate mostra o respeito que o agronegócio do Oeste da Bahia conquistou no Estado e no País. Estiveram presentes na reunião, além da Aiba, a Associação de Dirigentes de

A Aiba foi a única entidade de todo o interior da Bahia presente na reunião com o governador Jaques Wagner Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado

da Bahia (Fecomércio-BA), Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte e do Convention Bureau.

A primeira reunião foi realizada no dia 6 de julho, com as centrais sindicais e associações profissionais. As próximas terão a participação de lideranças dos movimentos sociais, da juventude e dos setores religiosos e acadêmicos. ■


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REGIÃO

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Conselho retoma articulação para revitalização do Turismo Objetivo é tornar a região Oeste da Bahia um atrativo polo turístico, evidenciando municípios que fazem parte do roteiro Caminhos do Oeste

Parque Municipal da Lagoa Azul em São Desidério. Município é o único que apresenta um produto pronto voltado para o turismo Virgília Vieira

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região: São Desidério, Barreiras, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Barra, Bom Jesus da Lapa, Lapa, Correntina, São Felix do Coribe, Ibotirama e Santa Maria da Vitória. Para o empresário da área de Turismo, Rogério Sodré, a região apresenta forte potencial, porém, existem vários fatores preponderantes para que as coisas não “andem” na velocidade que deveriam. “O polo turístico Caminhos do Oeste é um polo novo, com excelentes atrativos, riquíssimo em belezas naturais, mas que, como qualquer outro destino turístico que se inicia, esbarra na falta de infraestrutura tanto dos atrativos quanto das cidades que o envolvem. Aqui no Oeste baiano não é diferente”, afirma.

om o objetivo de tornar a região Oeste um atrativo polo turístico, representantes dos municípios por meio do Conselho Regional de Turismo Caminhos do Oeste, tem articulado a retomada de ações para revitalizar o turismo na região. “Cachoeiras, rios, grutas, trilhas, corredeiras, comunidades tradicionais, religiosidade e o agronegócio fazem do Oeste da Bahia uma região com grande potencial turístico. O turismo traz emprego e renda, mas precisa de incentivos. Vamos correr atrás disso”, garante o presidente do conselho, Demósthenes Júnior. De acordo com ele, que também é secretário de Turismo do município de São Desidério, a região Oeste carece de empresários que acreditem no setor e invistam na região. Dificuldades e soluções “Temos um potencial grande. Sodré cita o fato de a região não Temos o turismo religioso em ter uma roteirização concluída Bom Jesus da Lapa, ecoturise com sequência realmenmo em São Desidério, rios e te aplicada - o que dificulta a cachoeiras em Barreiras e Forcriação dos pacotes turísticos mosa do Rio, grutas em Riaque levem as pessoas ao ‘Cachão das Neves, e muitos ouminhos do Oeste’. “Devemos tros atrativos. Mas, a gente não também lembrar que estamos Demósthenes Júnior pode tratar de turismo falando numa região relativamente Presidente do Conselho apenas de municípios isola- Regional de Turismo grande. Com exceção de São dos. É preciso articular e pro- Caminhos do Oeste e Desidério, a maioria das cidagramar isso de forma regional, Secretário de Turismo de des que compõem o destino daí a necessidade da integra- São Desidério fica a mais de 100 km da sede, ção do conselho”, enfatizou. que no caso é Barreiras. Isso Em 2007, o Ministério do Tudificulta a roteirização”, explirismo criou o Programa de Regionalização ca. Para o secretário de Meio Ambiente e do Turismo, que objetiva intensificar o tra- Turismo de São Desidério, a solução é um balho de regionalização, fazendo com que planejamento que leve em consideração o turista visite todos os atrativos da região a característica geográfica de um municíe não apenas um só lugar. Assim, foi cria- pio para outro. “Temos o exemplo de São do pela Bahia Tursa – órgão do Governo Desidério e Barreiras. Sempre procuramos do Estado da Bahia - o roteiro ‘Caminhos trabalhar com um roteiro integrado, que do Oeste’, composto por 13 municípios da facilite a logística. Ficaria complicado in-

O turismo traz emprego e renda, mas precisa de incentivos. Vamos correr atrás disso”

tegrar esse roteiro com outros municípios mais longes”, evidencia. Produto consolidado

Atualmente, o município de São Desidério é o único que apresenta um produto pronto voltado para o turismo. “São Desidério já tem um produto turístico consolidado. A Unidade de Conversação de Proteção Integral, Parque Municipal da Lagoa Azul, é um produto pronto, com critérios de visitação, trilhas e todas as regras existentes para que uma Unidade de Conservação desse tipo seja criada”, afirma Demósthenes. O Parque Municipal da Lagoa Azul tem visitação monitorada, com capacidade de carga e números de pessoas. “Este é o primeiro produto de ecoturismo na região Oeste, pronto e comercializado, com receptivos, sinalização e monitoramento”, informa. Esses critérios são considerados uma forma de transformar um atrativo natural em produto turístico. No município de São Desidério existem três operadoras do turismo. “São pessoas da própria cidade que já vivem desse ramo de atividade. Quando iniciamos o desenvolvimento do ecoturismo no município, não tínhamos nenhuma operadora, portanto, isso já representa um avanço”, afirma o secretário. Segundo o diretor de Turismo de São Desidério, Silvio Reis, o município recebeu no ano passado em torno de 120 mil visitantes, incluindo os três principais eventos, São João do Sítio Grande, Festa da Paz e Ano Novo. “Deste total, 15 mil pessoas visitaram o Parque Municipal Lagoa Azul. O nosso potencial é enorme. Dispomos de logística favorável e boa divulgação. Podemos aumentar consideravelmente o número de visitantes. Para este ano, já reservamos a instalação de placas de sinalização turística para a cidade”, adianta Reis. São Desidério e Barreiras

Com o objetivo de estabelecer uma parceria para hospedagem, alimentação e lazer, representantes da secretaria de Meio Ambiente e Turismo de São Desidério e Se-

Rapel no Paredão do “Deus me Livre”

Descida de bote no Rio de Ondas brae de Barreiras se reuniram com empresários que fazem parte do trade turístico regional. No encontro, ficou firmado um programa de capacitação com dez empresas de turismo de Salvador, para a venda dos destinos turísticos do município de São Desidério, que visa aumentar o fluxo turístico regional. Para a vinda das operadoras, São Desidério fez parceria com a Passaredo Linhas Aéreas. O roteiro de apresentação já está definido e engloba visitação no Parque Municipal Lagoa Azul e Gruta do Catão, ao Sumidouro e Sítio Arqueológico das Pedras Brilhantes, passeio de bote no Rio Grande e esportes radicais que compreendem a prática de tirolesa e rapel no Sítio Grande. Haverá ainda hospedagem, almoços e jantares em bares, restaurantes e hotéis na cidade de Barreiras. “Estas iniciativas são muito importantes para que os empresários confiem e acreditem no turismo como atividade rentável e distribuidora de renda. Por isso, o Sebrae apoia este evento”, disse o gerente regional do Sebrae, Emerson Cardoso. ■

FOTOS: VIRGÍLIA VIEIRA

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REGIÃO

COTEGIPE

Município comemora aniversário de 88 anos de emancipação política Para celebrar esta importante data, a população foi presenteada com três dias de muita cultura e animação

O prefeito parabeniza Cotegipe pelos seus 88 anos de história

Multidão se diverte no aniversário de Cotegipe

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otegipe comemorou em grande estilo os seus 88 anos de emancipação política nos dias 28, 29 e 30 de junho. Para celebrar esta importante data, a população foi presenteada com três dias de muita cultura e animação na Praça Mário Hermes, que ficou lotada durante toda a programação. Entre as atrações, subiram ao palco as bandas Moleca Sem Vergonha, Batukerê, MG2 e Hilário Passos, além de talentos locais e regionais. Música, danças e poesia também não faltaram. As apresentações das quadrilhas e os estandes montados no circuito da festa pelas escolas e secretarias do município deram o tom cultural do evento em comemoração ao aniversário. Visitantes e cidadãos cotegipanos puderam mergulhar na história e sentir a beleza do lugar por meio da descrição de fatos pitorescos, das fotografias, dos doces, dos biscoitos, da famosa Cacha-

Implantação de Companhia Independente é compromisso de novo comandante da PM Luciano Demetrius

ROMÊNIA MARIANI

Romênia Mariani

LUÍS EDUARDO MAGALHÃES

ça Cotegipana, dos licores expostos e muito mais. A intenção, segundo o prefeito Marcelo Mariani, é não perder a originalidade e preservar os traços culturais do município, por isso, no intuito de reforçar a ideia, fez questão de valorizar o trabalho artesanal - construiu uma ‘Barraca de Bambú’ para recepcionar os amigos, as lideranças e a população em geral. “Não podemos deixar de homenagear a nossa Cotegipe. Temos que manter as festividades tradicionais vivas. Precisamos consolidar dia a dia a nossa identidade cultural”, disse. Ainda de acordo com o prefeito, o aniversário da cidade é uma data importante e oportuna para mostrar o que a cidade tem de melhor. “Precisamos enaltecer o nosso potencial socioeconômico. Temos que apresentar o nosso boi gordo, a nossa boa pinga, a nossa literatura, a nossa gente, as nossas ações e os nossos projetos”, encerrou.

SIGIVILARES

Tomou posse na manhã de quarta-feira, 10, o novo comandante da 5ª Companhia de Polícia Militar de Luís Eduardo Magalhães, o capitão Cesar Elpídio do Sacramento Almeida. Ele substitui o tenente Edjean Sabino Ferreira da Silva, que havia assumido em 25 de abril, mas que segue na companhia, agora como subcomandante. Com 20 anos de atuação na Polícia Militar, o comandante Elpídio reside na região Oeste da Bahia desde 1994. “Já conheço a cidade há muito tempo e, assim, espero realizar um bom trabalho por aqui”, disse em encontro com o vice-prefeito de Luís Eduardo, Marcos Alecrim. No mesmo dia em que tomou posse, o novo comandante participou de reunião com integrantes da Comissão dos Moradores do Novo Paraná, juntamente com o vice-prefeito e com o secretário de Indústria e Comércio, Ondumar Marabá. Durante a reunião, o capitão Elpidio garantiu que um de seus pilares será a implantação da Companhia Independente da Polícia Militar na cidade. “Quero instalar essa Companhia Independente aqui em Luís Eduardo Magalhães. Não justifica uma cidade com o potencial de Luís Eduardo não ter uma Companhia de Polícia Independente. A cidade tem poderio econômico de sobra, basta observar que daqui pra divisa temos pelo menos três fronteiras agrícolas”, disse. Segundo o capitão, a independência da companhia representa uma autonomia gestora e financeira e a possibilidade de um incremento substancial no efetivo policial que atende o município. O novo comandante avisa que existe a possibilidade de inclusão de vagas para Luís Eduardo Magalhães no próximo concurso da Polícia, previsto para o segundo semestre deste ano. “Com a independência da Companhia podemos gerar de 200 a 300 empregos na cidade”, afirmou. Conseg À noite, o capitão Elpídio reuniu-se com membros do Conselho Comunitário de Apoio à Segurança de Luís Eduardo Magalhães (Conseg/LEM) e com o comandante do 10º BPM, tenente-coronel Osival Moreira, e com o subcomandante, major Camilo Uzêda. O presidente do Conseg/LEM, Jair Francisco, aproveitou a presença do comando do 10º BPM para cobrar mais policiais militares

para a cidade. “Já tivemos efetivo de 82 policiais, mas atualmente Luís Eduardo conta com 69 PMs”, observou. O comandante do 10º BPM, Tenente Coronel Osival, está confiante na independência da 5ª CIA. “A expectativa é que isso aconteça o mais rápido possível, pois hoje a cidade é a cidade que mais cresce na região”, disse. No final da reunião ficou acertada ainda uma operação conjunta das polícias do município nos pontos mais críticos da cidade. Viatura na oficina A viatura policial que será deslocada para a comunidade do Novo Paraná já está na oficina e tem previsão de ficar apta para rodar em no máximo 30 dias. A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães se comprometeu em arcar com a manutenção do veículo. Enquanto a viatura ficar no conserto, um veículo alugado irá atender a comunidade. A expectativa é que já a partir da segunda-feira, 15, a 5ª CIA de PM desloque dois policiais para trabalhar em regime provisório. A intenção é que, com a independência da companhia, a polícia e o governo municipal possam incrementar ainda mais o trabalho em prol da segurança da população, tanto da zona urbana, quanto rural.

Prefeito busca soluções para término do aeroporto ASCOM

Prefeito quer acelerar ainda mais o processo de término e possíveis ajustes de ampliações Da Assessoria Com adaptação | JSF O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, reuniu-se em Brasília no último dia 10, com o deputado federal Arthur Maia (PMDB/BA), o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco e o prefeito de Guanambi, Charles Fernandes. O encontro teve como objetivo tratar da situação do aeroporto municipal. O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, sugeriu ao prefeito Humberto Santa Cruz e ao deputado Arthur Maia, que articulassem maneiras de desenrolar a obra com o Governo Estadual, uma vez que este detém o poder sobre o aeroporto. Moreira Franco sugeriu também que o governo de Luís Eduardo Magalhães solicite essa demanda ao Governo Federal, para acelerar ainda mais o processo de término e possíveis ajustes de ampliações. Humberto Santa Cruz e o deputado federal Arthur Maia combinaram de agendar uma visita ao secretário de Infraestrutura da Bahia, Otto Alencar. Humberto destacou que o município tem uma demanda grande de viagens aéreas. “A população que necessita viajar de avião se desloca quase 100 quilômetros até o aeroporto mais próximo, que está localizado no município de Barreiras”, disse o prefeito corroborando a conversa do deputado e o ministro da Aviação Civil.


Jornal do São Francisco

Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

BRASÍLIA

JSF no Planalto Romênia Mariani

romeniamariani@hotmail.com

CARTA CURINGA PARA OS PEQUENOS AGRICULTORES REPRODUÇÃO

Senadores e deputados aprovaram na Comissão Mista, o relatório apresentado pelo Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Agora, a matéria segue para apreciação no plenário

T

ramita no Congresso Nacional a Medida Provisória (MP) 610/2013, mais conhecida como ‘MP da Seca’. A medida trata de ações emergenciais para socorrer municípios atingidos pelos efeitos da estiagem no Nordeste. No último dia 09, senadores e deputados aprovaram na Comissão Mista, o relatório apresentado pelo Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Agora, a matéria segue para apreciação no plenário. Os produtores rurais, em decorrência das constantes estiagens, têm sofrido com a perda das lavouras e morte dos animais. Por ser uma atividade de risco e que depende da solidariedade da mãe natureza, que nem sempre é tão amigável, é justo que o governo aponte normas mais flexíveis e se mobilize para fazer algumas concessões. Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, até 7 de novembro de 2012, 2.491 reconhecimentos de calamidade pública e estado de emergência foram registrados no País. Desse total, ao menos 52% dos casos ocorreram no Nordeste: 1.285 municípios tiveram estado de emergência e um reconhecido por estado de calamidade pública pelo Governo Federal. As chuvas que pouco chegam ao nordeste é uma realidade que sufoca os produtores e os deixam de mãos atadas. Plantam, mas não colhem. Sem colher os frutos do trabalho, ficam estagnados. Num beco sem saída, não conseguem nem recursos para garantir a sobrevivência, muito menos para honrar com os compromissos pactuados nos bancos. Os empréstimos viram uma bola de neve e quitá-los torna-se algo impraticável. Sendo aprovada, a MP deverá beneficiar cerca de 500 mil famílias do Nordeste e calcula a distribuição de milho a pequenos criadores. Amplia o valor do Benefício Garantia-Safra destinado à safra 2011/12. Também estende o Auxílio Emergencial Financeiro de que trata a Lei nº 10.954, de 29 de setembro de 2004, referente aos desastres ocorridos

em 2012. A medida provisória prevê a concessão de um adicional de até R$ 560 ao valor do benefício Garantia-Safra, por família, aos agricultores que aderiram ao programa. O valor deverá ser pago em até quatro parcelas mensais de R$ 140. Autoriza também, excepcionalmente, no caso de desastres ocorridos em 2012, a ampliação do valor do Auxílio Emergencial Financeiro, que hoje é de R$ 720, em até R$ 800 por família. Com a MP 610, as portas se abrem para o homem do campo. Não será o fim dos problemas, mas ajudará a amenizá-los. As quatro medidas que foram colocadas como essenciais no relatório, se forem postas em prática como estão estabelecidas, prometem dar uma guinada na vida dos agricultores lesados pela seca. A primeira autoriza a suspensão das execuções das dívidas contratadas junto ao BNB e aos demais bancos, suspensão dos seus prazos processuais e do seu prazo de prescrição até dezembro de 2014. Enquanto a segunda concede desconto de até 85% para a liquidação de operações de crédito rural contratadas até 2006, com valor original de até R$ 35

mil por mutuário com recurso do FNE, ou mistas, ou ainda com recursos do Orçamento Geral da União, nos mesmos moldes praticados no âmbito do Pronaf. Já a terceira permite a abertura de linha de crédito para a composição de dívidas contratadas até 2006, com valor original de até R$ 200 mil, para pagamento em até dez anos, com taxa de juros de recursos do Fundo Constitucional do Nordeste, do FNE. Por fim, a quarta admite a renegociação de operações contratadas a partir de 2007 e que estavam inadimplentes em dezembro de 2011, em até dez anos, com três anos de carência. Com essas medidas, a expectativa é que 301.166 produtores com dívidas contratadas até R$ 15 mil na origem liquidem e refinanciem aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Além disso, os 126.194 produtores com dívidas até R$ 35 mil na origem poderão liquidar ou refinanciar suas dívidas que chegam a R$ 2,1 bilhões. Para os produtores com dívidas originalmente contratadas superiores a esse limite, a possibilidade de renegociação chega a R$ 1 bilhão. Como num jogo de baralho, em que para um dos participantes tudo parece estar perdido, chega a carta curinga e muda a realidade da partida. Por exemplo, a permissão de os produtores poderem renegociar as dívidas, com descontos de até 85%, oferece condições para que esses cidadãos possam reiniciar as suas atividades produtivas e se engajar na comunidade. O senador Eunício enfatizou em seu texto que nenhuma renegociação de dívidas pode prosperar se o produtor rural não tiver sua capacidade de pagamento recuperada, se as distorções provocadas pelas intempéries ocorridas não forem ajustadas, se os expurgos meramente financeiros não forem corrigidos e, sobretudo, se os excessos imprevisíveis não forem expurgados. A MP 610-2013 é uma espécie de carta curinga para os agricultores castigados pela seca. A MP, se aprovada no Congresso Nacional, de acordo com o relatório apresentado pelo Senador Eunício, dará uma nova chance ao homem do campo de se recompor, não só do ponto de vista econômico, mas também social. E como o próprio relator fez questão de externar: “o mais importante disso tudo é poder oportunizar aos produtores que recuperem a sua capacidade de pagamento e sustentabilidade produtiva”. ■

PONTOS IMPORTANTES DO RELATÓRIO Renegociações

Dívidas Rurais

Até R$ 15 mil De R$ 15 mil a R$ 35 mil De R$ 35 mil a R$ 100 mil

Rebate – Semi-árido 85% 50% 45%

Rebate-Demais regiões 75% 65% 40%

1. Todos os agricultores da Região da SUDENE com contratos de até R$ 35 mil serão beneficiados pelas mesmas regras do PRONAF. Além disso, agricultores com contratos entre esse valor e R$ 100 mil terão o benefício diferenciado por faixas de rebate. 2. Em relação às renegociações de contratos com valor original de até R$ 200 mil, o PLV garante uma linha de financiamento com recursos do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) para pagamento do excedente em 10 anos, com três anos de carência. Outro avanço em razão da negociação do senador Eunício foi a definição de renegociar os contratos em caráter individual. 3. Depois de concedido o desconto, caso o produtor tenha interesse, poderá refinanciar o saldo remanescente em até dez anos, com carência mínima de três anos e taxa de juros de 3,5% ao ano. Essa condição também foi incluída por Eunício Oliveira 4. Ainda conforme o parecer do relator, os mutuários poderão refinanciar operações de crédito rural contratadas até 31 de dezembro de 2006, no valor original de até R$ 200 mil, em dez anos.

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NOTAS REPRODUÇÃO

XVI MARCHA DOS PREFEITOS De 08 a 11 de julho, Brasília sediou a XVI Marcha dos Prefeitos. O evento que reúne milhares de prefeitos de todo o Brasil teve como tema este ano "O desequilíbrio federativo e a crise nos municípios". Gestores municipais da Bahia marcaram presença. Em reunião na Câmara dos Deputados com os parlamentares da bancada baiana, os prefeitos do Estado fizeram questão de reivindicar um Pacto Federativo mais justo, compatível com as obrigações de cada ente federado. Até então tudo recai no município e os recursos desaparecem dia a dia. A queda da arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios - FPM e a pior seca dos últimos 50 anos deixou a Bahia sem chão. No Senado para fortalecer os municípios foi lançada a Subcomissão Permanente de Assuntos Municipais, que funcionará ligada à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O município sofre com a falta de verbas e a alta carga de responsabilidades. Na saúde, por exemplo, os municípios têm a obrigação de investir 15% das receitas e os estados são obrigados a destinar 12% do orçamento, enquanto não há uma porcentagem para a União. O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, na ocasião, em defesa do municipalismo, reforçou pedido de aumento de dois pontos percentuais na parcela de tributos que cabe ao FPM como medida democrática por atingir todos os estados brasileiros. Outra reivindicação importante é o reajuste de valores dos programas federais repassados aos municípios e reposição de perdas com IPI e Cide. Que a Marcha gere um saldo positivo. Chega de palavras ao vento!

ESTATUTO DA JUVENTUDE No último dia 09, deputados e senadores aprovaram o Projeto de Lei 4529/04, que institui o Estatuto da Juventude. O texto define princípios e diretrizes para o Poder Público criar e organizar políticas para cidadãos de 15 a 29 anos de idade. A matéria será enviada à sanção. Projeto prevê benefícios como meia-passagem em ônibus interestaduais e meia-entrada em cinema e eventos culturais para jovens de famílias de baixa renda.


28 Ed. 132, de 1 a 15 de julho 2013

Jornal do São Francisco

o

A

CRÔNICA

moça dirige por uma estrada desconhecida, viaja em imaginação e relembra experiências vividas junto ao grande rio, ora com profunda saudade, ora com imensa mágoa de sonhos irrealizados, oportunidades perdidas... mas consciente de que não há ganhos importantes sem perdas e abandonos. Junto à curva, sob um majestoso jatobá, estanca abruptamente o carro. Desde criança observava seu avô, de pouca cultura e grande sabedoria, aumentar o patrimônio. Sua vivência na sala de aula foi mais um palco da vida real tão visceral, que buscou se revelar em minudências, analisando e copiando atos atrevidos do avô. Teve um professor que enxergava seu azimute muito além e a orientava a encontrar o ponto ideal entre a teoria e a prática, e buscar as oportunidades onde quer que elas se apresentassem. Diana viera passar férias no interior, às margens do rio São Francisco, onde moravam seus avos e tios; foi muito bem recebida, reviu os amigos/as de infância, já crescidos, mas todos amarrados imperceptivelmente àquela submissão da vida quotidiana. Há oito anos ela fora para Brasília estudar e conseguiu passar na UNB - uma efeméride. Queria fazer enfermagem, mas depois de torça de ideias com colegas e muita pesquisa na internet, optou por administração. Boa aluna que foi, mal concluída a graduação entrou no mestrado de gestão da empresa rural. Antes mesmo da dissertação já estava contratada por uma multinacional do agronegócio, que explorava a macaúba para biodiesel no norte de Minas, isso há dois anos. Em sua cidadezinha conheceu o professor Eudório numa conferência, promovida pelo MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário, onde ele discorreu sobre a “Viabilidade econômica de pequenos ruminantes”. Terminada a palestra ela se apresentou e foi questionar sobre o que ouvira. Depois de mais de hora de verdadeira inquisição, rendeu-se à evidência do que o mestre falara. Não havia dúvida, a região havia

Câncer. Uma virada radical no projeto de vida poderá gerar tensão, mas, a partir do dia 7, a oportunidade de crescer em direção a um futuro brilhante será excitante. Respostas poderão atrasar, com Mercúrio retrógrado, até o dia 19. Apartir do 20, terá mais certeza das suas escolhas. Aceite um novo desafio e não tenha medo de aumentar suas responsabilidades. A vida sexual aquece a partir do dia 22. Terá apoio do parceiro para tomar decisões na vida íntima. Se estiver só, um novo amor chegará entre 28 e 30. Leão. Tente quebrar a rotina e dar mais atenção aos sentimentos. Aproveite os últimos dias antes do seu aniversário para rever hábitos e escolhas. Uma viagem na primeira quinzena será divertida, além de trazer chances para o amor. Tome a iniciativa para resolver pendências do passado, na segunda quinzena, surgirão boas soluções, entre os dias 16 e 20. Os melhores momentos na vida íntima virão com a Lua Cheia, no 22. No mesmo dia, o Sol entrará em seu signo, inaugurando um ciclo de um ano que fortalecerá vínculos afetivos e a base familiar. O dia 28 e o 30 trarão oportunidades de desenvolvimento e acordos financeiros positivos. Virgem. Preocupações e imprevistos poderão tumultuar o início do mês. Talvez tenha de encarar novas relações e se afastar de velhas amizades. Até o dia 20, Mercúrio retrógrado dificultará a vida social. Mas amizades iniciadas na Lua Nova, no dia 8, prometem criar um ambiente acolhedor. Marte trará conquistas na carreira, até o dia 13. Na segunda quinzena, terá mais segurança nos relacionamentos e mais empolgação no trabalho. Vênus entrará em

Minha Cara Mãe Calina DURVAL NUNES durval.chicha@hotmail.com

Diana, a cabrita REPRODUÇÃO

mudado muito nessas três décadas e a economia tinha que se adaptar. O professor Dório lhe recomendou algumas leituras, sobretudo os artigos: “Caprinos, uma pecuária necessária no Semiárido nordestino”, do eng° agrônomo João Suassuna, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco – PE; e “O agronegócio das peles caprina e ovina”, de Enéas Reis Leite, engenheiro agrônomo,Ph.D., da Embrapa Caprinos, que começava assim:. “A cadeia produtiva da ovinocaprinocultura tem se ajustado rapidamente às transformações da economia. O Brasil tem um grande mercado potencial para

seu signo no 22, aumentando seu poder de atração. Aproveite para cuidar da beleza e ousar mais no visual. Se o coração estiver livre, a última semana trará um encontro encantador e instigante. Poderá se apaixonar para valer entre os dias 28 e 30! Libra. Escolhas definitivas e evolução da carreira darão um ar sério a este período. Aproveite a Lua Nova, no dia 8, para decidir o futuro e iniciar uma fase mais construtiva em sua vida. Um empreendimento próprio ou uma nova posição profissional ganharão força, a partir do dia 13. Mas espere até o movimento direto de Mercúrio, no 20, para assumir o novo desafio. A Lua Cheia, no 22, trará mais poder de liderança no trabalho e emoções fortes na vida íntima. Comemore suas conquistas, com mais autoconfiança, muita paixão e cumplicidade com o parceiro. Amigos também apoiarão seus novos projetos. Os últimos dias do mês prometem realizar antigos sonhos e renovar seus sentimentos. Confie na sua inteligência e siga em frente! Escorpião. A vontade de superar limites criará um clima excitante neste mês. Aproveite a Lua Nova, no dia 8, para viajar, decidir uma formação acadêmica ou embarcar numa aventura romântica. Seja qual for sua opção, a fase promete entusiasmo e projetos atraentes. Um encontro inesperado, no dia 7, abrirá os caminhos profissionais. Conversas com o parceiro, também nesse dia, inspirarão planos em comum para o futuro. A segunda quinzena trará mais prestígio e projeção social. Realize um antigo desejo, no dia 22. No fim do mês, encontros agradáveis com amigos de fora ou que andavam distantes darão um sabor intenso à vida. Aceite convite para uma viagem rápida e descubra novidades de trabalho.

produtos derivados das peles desses pequenos ruminantes, e ainda apresenta condições favoráveis para a produção de calçados e vestuário, em quantidades suficientes para suprir a demanda interna e gerar excedentes exportáveis. A possibilidade de produzir caprinos e ovinos, notadamente nas fronteiras em expansão no semiárido Nordestino e nos Cerrados, com custo de produção relativamente baixo, pode favorecer este mercado”. Seu avô, um autodidata que tinha faro para ganhar dinheiro, havia aprendido bastante nas andanças que fizera por esse imenso país. Era respeitado como homem esperto e empreendedor. Mas sua fã de carteirinha, agora com algum conhecimento e experiência, o via sob uma nova ótica. Muito mais depois daquela conferência. Começou por questionar o Vô Abdias sobre as novas opções de investimento. O velho, do alto de seu pedestal, esnobou a pequena Diana, que considerava ainda a menina que ele carregara na garupa do cavalo pra fazenda da Mata Verde até bem pouco tempo. ― O meu negóço é boi! Tenho quase 300 cabeças, minha fia; e o armazém e as casas de aluguel. Dinheiro nunca foi problema aqui. ― Mas vô, e as despesas e os custos operacionais e os preços de mercado, o senhor já pensou nisso? ― Oh menina... quando ocê nasceu seu avô já tinha andado muitas légua. Agora qué mi dá lição? Ra ra ra ra ra... ― Meu avô, se o senhor topar, eu faço uma parceria para investir em caprinos e ovinos, o equivalente a um lote com

horóscopo Sagitário. Gastos imprevistos com filhos ou com o seu lazer provocarão tensões entre os dias 1 e 5. Talvez tenha de abrir mão de um plano preestabelecido, mas logo no dia 7 surgirão soluções originais que permitirão seguir seu roteiro. Lua Nova no dia 8 esquentará a vida sexual com emoções fortes. A segunda quinzena trará tranquilidade emocional e pensamentos mais leves. Fantasias românticas poderão se realizar e intensificar a relação, entre os dias 16 e 20. Aproveite a Lua Cheia, no 22, para fazer novas amizades e contatos profissionais, as comunicações estarão ativadas! Entre os dias 28 e 30, visualizará um negócio lucrativo. O mês terminará com perspectivas financeiras positivas e surpresas deliciosas na vida íntima. Capricórnio. Os encontros deste mês mudarão seus conceitos sobre a vida. A Lua Nova do dia 8 será o melhor momento do ano para começar um relacionamento amoroso ou para tornar o já existente mais intenso. Amizades também chegarão facilmente nesta fase. Vários planetas na sua área afetiva atrairão novas relações e ampliarão sua rede de influências. Aproveite para agitar a vida social entre os dias 16 e 20, poderão surgir convites e oportunidades de parceria em projetos relevantes. Entre os dias 22 e 30, conexões com pessoas de outros lugares ampliarão perspectivas e apoiarão seus planos de expansão. O desejo de morar fora ou de mudar o estilo de vida poderá inspirar decisões radicais no dia 30. Aquário. O sucesso no trabalho trará recompensas, mas a primeira semana será

gado bovino. Vamos fazer um contrato de dois anos e o senhor me paga a metade do que exceder sobre os resultados financeiros do lote dos bovinos. Topa? ― Ra ra ra ra ra... tá feito, minha filha. Mas, quem te deu essa confiança toda? ― Foi a palestra que ouvi do professor Eudório. ― E esse dotô é o que? ― Sociólogo.. ― E sociólugo intendi di cabra? - Run! Se omenos fosse Veterináro ou Agrônimo... mas sociólugo... ― Mas ele trabalhou muitos anos na Paraíba e aprendeu com a Embrapa. Meu vô, com lotes de 20 hectares, não se pode criar nem 20 vaca. Só gado de leite, de alta produtividade e com muita tecnologia! Do contrário, é como se vê todo mês de novembro: Um cemitério de vacas por toda a beira da rodovia. E tem ainda o fator econômico: - Com quantos anos uma vaca dá a primeira cria? - Três anos. – Quantos meses de gestação – Nove. – Quantos bezerros ela pare? – Um. – E quanto vale uma arroba? – R$ 80/90,00. Pois bem: - A cabra pare com um ano; com gestação de cinco meses; geralmente dois e até mais; e o preço é de R$ 5 / 6,00 o quilo vivo, o que dá de $ 150 a 180 por arroba. Topa a minha proposta? - Tá bom. Se dé prijuizo eu te dou uma pensãozinha. Diana escolheu um lote de 20 hectares, subdividiu-o em piquetes com cercas de tela, plantou andu, cunhã, mandioca e algaroba. Adquiriu um rebanho de boas cabras e reprodutores bôer; fez um capril rústico, cochos para sal e bebedouros e adquiriu tudo sobre caprinos com a Embrapa. Nem chegou ao fim do contrato. A seca apertou, a chuva foi embora cedo, morreu muito gado, a cabra alcançou preços nunca vistos. Toda a região passou a criar cabras e ovelhas. E o vô Abdias implantou um abatedouro, um curtume e um laticínio. Os queijos chabichou “Diana” estão fazendo sucesso em Brasília.

tensa, com fatos inesperados e confrontos. A partir do dia 8, a Lua Nova destacará seu brilhantismo e fortalecerá sua posição no trabalho. O período entre os dias 16 e 20 promete expansão profissional e financeira. Respostas serão positivas, a partir do dia 20, com Mercúrio em movimento direto: poderá firmar novos contratos ou contar com resultados positivos. Um novo romance poderá começar de maneira inusitada neste mês. No dia 22, inicia-se uma época animada na vida pessoal. Lua Cheia em seu signo trará decisões importantes e mais clareza nos relacionamentos. O cotidiano ficará mais gostoso nos últimos dias do mês, com a inspiração do amor. Incluirá uma nova atividade em sua rotina, no dia 30. Peixes. Autoconfiança e muita criatividade tornarão este mês especial para desenvolver projetos autorais ou iniciar um trabalho em parceria. O dia 7 trará uma oportunidade financeira inesperada. Momentos deliciosos no amor, temperados com muita paixão, inaugurarão uma fase de maior satisfação e prazer na vida íntima, a partir do dia 8. Se estiver só, poderá se apaixonar intensamente nesse dia. Os dias 28 e 30 também prometem fortes emoções, encontros encantadores e mais cumplicidade com o parceiro. Se quiser engravidar, neste mês será mais fácil, vários planetas em harmonia com seu signo garantirão fertilidade e a realização dos sonhos. Tudo aberto também para viajar, reencontrar amigos de longe e fazer novas amizades. Áries. Mesmo que pareça ameaçador, abandonar os padrões do passado abrirá espaço para você viver com mais proteção e segurança. Se não der para fazer um ano sabático ou morar em outro país, poderá

dedicar mais tempo à vida íntima e familiar. Documentos e organização da casa pedirão atenção, com Mercúrio retrógrado, até o dia 19. Um novo ambiente social, que surgirá na Lua Cheia do dia 22, inspirará projetos de trabalho. Parcerias firmadas entre os dias 28 e 30 agilizarão os planos de crescimento. Os dias 7, 15, 26, 28 e 30 serão os mais positivos para encontrar um novo amor ou se comprometer mais com o atual. Touro. Fase de aprendizado. Mude as regras! Os encontros deste mês mexerão com a sua cabeça. Se estiver aberta às novas ideias, tudo fluirá melhor. Problemas de comunicação ou com burocracias e contratos, do dia 1 ao 4, poderão abalar o seu prestígio ou impedir uma viagem. Mercúrio retrógrado, até o dia 19, exigirá atenção aos detalhes e à comunicação. Já na vida íntima, a fase trará mais estabilidade. Aproveite a segunda quinzena para falar de amor e traçar planos de longo prazo com seu par. Se estiver disponível, uma paixão ardente poderá balançar suas certezas na última semana. No dia 30, uma viagem a dois apimentará a vida sexual. Gêmeos. Desafios financeiros e reviravoltas nos relacionamentos profissionais marcarão os primeiros dias do mês com angústias e ansiedade. Tente resolver um assunto de cada vez. Lua Nova, no dia 8, e a passagem do Sol por Mercúrio, no 9, na sua área do dinheiro, trarão boas soluções para organizar o orçamento. Se estiver em busca de trabalho, uma proposta irrecusável virá na segunda quinzena. Contratos firmados a partir do dia 20, com movimento direto de Mercúrio, serão mais positivos. Aproveite a Lua Cheia, no 22, para viajar ou curtir o parceiro! O mês terminará com mudanças na equipe ou no ambiente social.


Jornal do São Francisco

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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

ENTRETENIMENTO

Nicélio Ramos

CAÇA-PALAVRAS

© Revistas COQUETEL 2013

Caixa (?) Verispara simo, guardar escritor tesouros brasileiro

(?)-benta, bolinho feito com coco e ovos

Ponto alto da festa junina Frutos da 502, em videira romanos

Pessoa muito parecida com outra

Notícia colocada no mural escolar Criadas A energia ausente no blecaute

Aplicar; empregar Tive vontade de Última vogal

Cachorros

C

Contorno do gol

Ã

Fora de (?): descontrolado

E

S

3a nota musical Tenente (abrev.)

Chá, em inglês O "prato" do operário (pl.)

Líquido fecundante; esperma

Sentença como "Vaso ruim não quebra"

Exame do MEC (sigla)

Morador; residente Sandra de (?), cantora da MPB (?) Spoladore, atriz brasileira Negrinho folclórico Peritos (fig.)

Faixa de rádio mais popular Membro do elenco Santo (abrev.) Porém; entretanto Consoantes de "sebo"

Sobras (de comida)

Título inglês de nobreza Pais da mãe ou do pai

Capital de Portugal

Sílaba de "vocal" Realizar viagem aérea

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O

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O V

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Opõe-se ao "off"

S I R

SOLUÇÃO

Tira-gosto de beira de praia Pessoa que age com curiosidade (pl.)

C A S A M E N T O N A R O Ç A

Sudoku é um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números. O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das células vazias numa grade de 9x9, constituída por 3x3 subgrades. Os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grade.

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T P Q B S Z Q Y A D S D T Q U K M S A L O J A M E N T O O O

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A X A C O S Q T R A B A L H O G O F M K D D B G C N E L A A

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H D F V A M X A L M Q R E L A C I O N A M E N T O A I C C C

M A R M I T A S

V K P U L F A C S J K D L U I S E D U A R D O A D N A O A N

N B E L H A R A U I S C Ã E T O L R S E A B I T V I R E S I S A C A A MA S S E S T O S B O A

C M P A L T N N T Z H H T D J S T L U B I X L K F G L C Z A

C A U S Q U D I N H D A D E O S I R L I

2 7 5 1 3 9 8 6 4

6 4 1 7 5 8 9 3 2

8 9 3 2 6 4 1 7 5

1 5 6 8 4 2 7 9 3

7 2 9 3 1 6 4 5 8

3 8 4 5 9 7 2 1 6

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9 1 2 6 8 3 5 4 7

5 6 8 4 7 1 3 2 9

6 3 4 2

C G Z U D U I A M P P G E V A F H T W K F K Q D I A W I I D

2/on. 3/sir — tea. 5/osama — sêmen.

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T P Q B S Z Q Y A D S D T Q U K M S A L O J A M E N T O O O

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A X A C O S Q T R A B A L H O G O F M K D D B G C N E L A A

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30 Ed. 132, de 1 a 15 de julho 2013

Jornal do São Francisco

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ESPORTE

Santa Rita de Cássia é campeã da Copa Regional Título foi conquistado na disputa de pênaltis após empate por 1 a 1 na decisão OESTE MANIA

Luciano Demetrius

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seleção de Santa Rita de Cássia fez prevalecer a marca de melhor campanha da Copa Regional de Seleções do Oeste e conquistou o título da competição diante de Santa Maria da Vitória, no domingo, 7. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, em jogo disputado no Estádio Municipal de Santa Rita de Cássia, a definição do campeão foi para a disputa de pênaltis (uma vez que na partida de ida, em 30 de junho, em Santa Maria da Vitória, também houve empate por 1 a 1). Durante o tempo regulamentar, Gabriel marcou a favor de Santa Rita a um minuto do primeiro tempo; Lindomar, aos oito minutos do segundo tempo, empatou para Santa Maria da Vitória. A arbitragem foi de Genivaldo Santos do Amor Divino, auxiliado por Wiliam Pais e Marilza Silva (trio de Barreiras). O quarto árbitro foi Genivaldo da Cunha Santos (Santa Rita de Cássia). Em oito jogos disputados na competição, Santa Rita de Cássia venceu quatro, empatou três e perdeu apenas uma vez (para Santa Maria da Vitória, na primeira fase, por 5 a 0). A seleção campeã marcou 12 gols e sofreu 11. Este é o primeiro título de Santa Rita de Cássia desde que a Sociedade Desportiva São Francisco (Sodesf) assumiu a

Jogadores e comissão técnica comemoram título de Santa Rita de Cássia organização da competição, em 2010. Os campeões anteriores foram São Félix do Coribe (2010) e Paratinga (2011 e 2012). A Sociedade Desportiva São Francisco (Sodesf) anunciou, logo após o término da segunda partida da decisão, a lista dos melhores atletas da competição. São eles:

Cárcio (artilheiro; Santa Maria da Vitória); Gleidson (melhor goleiro; Santa Rita de Cássia); Marcos Gudela (melhor jogador; Santa Rita de Cássia); Quédimo (melhor técnico; Santa Rita de Cássia) e Delton dos Santos (melhor dirigente; Santa Maria da Vitória).

Três equipes classificadas às quartas de final da Segundona de LEM Ipiranga, Tamandaré e Flamenguinho estão garantidos nas quartas de final da Segundona Manoel Padeiro (Série B) do Campeonato Municipal de Luís Eduardo Magalhães. O Ipiranga venceu Mimoso III por 2 a 1, no sábado, 13, no CT da Bunge, e Tamandaré e Flamenguinho garantiram vaga no domingo, 14, no Estádio Coronel Aroldo, após derrotarem Selem (5 a 0) e Aliança/Novo Paraná (3 a 2), res-

pectivamente. O jogo entre Florais Léa e Xique-Xique na manhã de domingo, 14, foi interrompido no primeiro tempo devido à contusão de um atleta da equipe do Florais Léa, que sofreu fratura de maxilar após choque com um jogador adversário. A Liga Desportiva de Luís Eduardo Magalhães (Ldlem) optou por suspender a partida para prestar atendimento ao

atleta e vai anunciar data e local de novo confronto. As oitavas seguem no sábado, 20, com Chapada Diamantina x Oliveira, no CT da Bunge, às 15h30. No domingo, 21, mais três jogos: Palmeirinhas x Toque Final, no CT da Bunge, às 8h30; Grêmio Oeste x Maclaren, no Estádio Coronel Aroldo, às 16h; Missão x MEC, no Estádio Coronel Aroldo, às 18h20.

Bahia: intervenção é boa ou ruim para o clube? Há décadas, talvez desde que Paulo Maracajá saiu do Bahia, a torcida pede mudanças na forma das pessoas gerirem o clube. Muitos escândalos foram levantados desde a histórica conquista do Brasileirão, o clube amargou sérias crises, viveu dias de incerteza e fez seu torcedor sofrer como nunca. Agora, quando tudo parecia mais calmo, principalmente por causa da boa campanha da equipe no Campeonato Brasileiro deste ano, surge a

intervenção judicial no Fazendão. O advogado Carlos Rátis é o interventor nomeado pela justiça para averiguar detalhes da administração Marcelo Guimarães Filho. Até aí, tudo bem! Nada mais justo, pois se existem dúvidas é preciso esclarecê-las, mas quanto isto vai custar ao time de futebol? Será que os jogadores vão "sobreviver" ao momento turbulento que se vive no Fazendão, sem que o clube pague um preço

muito caro na tabela de classificação do Brasileirão? Cristovão Borges, que tem feito um trabalho brilhante no comando da equipe, ganhou mais um "pepino" daqueles para descascar. Vai ser preciso muita habilidade para manter o grupo de jogadores alheio às chuvas e trovoadas que vão se abater sobre o Bahia nos próximos dias até que a intervenção no clube tenha acabado.

Equipe de vôlei vencedora do Campeonato Baiano 2013 REPRODUÇÃO

Equipe de vôlei masculino da Aceo Barreiras foi a vencedora da primeira etapa do Oeste do Campeonato Baiano 2013, disputada em Luís Eduardo Magalhães, em 15 e 16 de junho. A conquista aconteceu após vitórias diante da UFBA (2 a 0) e Formosa do Rio Preto (2 a 1). No feminino, a liderança é da seleção de Luís Eduardo Magalhães que derrotou a Aceo por 2 a 0. A segunda etapa está prevista para ser disputada em Barreiras, nos dias 10 e 11 de agosto. Além da Aceo Barreiras e das seleções de Luís Eduardo Magalhães e de Formosa do Rio Preto, também participa da fase regional a seleção de Santa Rita de Cássia. Classificam-se para a fase final as duas melhores classificadas em cada categoria (masculina e feminina).

Sodesf abre inscrições para Copa Regional Interclubes Prevista para começar na segunda quinzena de agosto, a Copa Regional Interclubes está com inscrições abertas. Segundo a Sociedade Desportiva São Francisco (Sodesf ), que promove a competição, a preferência pela inscrição será às equipes campeãs e vice-campeãs dos campeonatos municipais das cidades da região Oeste e Vale São Francisco. Porém, caso não haja interesse de uma ou das duas equipes finalistas de cada município, serão abertas vagas para as outras melhores colocadas da competição da cidade da equipe desistente. Segundo a Sodesf, não haverá limite de idade para atletas participantes. “Recomendamos que as equipes deem oportunidade para jovens talentos, a fim de que possam ser projetados para o futebol profissional”, disse o dirigente da entidade, Deusdeth Vilas Boas. Para a edição 2013, serão permitidos até três atletas profissionais por equipe, desde que não estejam com contrato em vigor. As equipes que não tiverem estádios em boas condições poderão jogar em cidades vizinhas, quando estas estiverem aptas a sediar a partida. Em 2012, com a participação de 20 equipes, o título ficou com o Morada da Lua (Barreiras) que, na decisão, derrotou o Juventus (Luís Eduardo Magalhães). Na primeira edição, em 2011, o campeão foi o Verde Angical (Angical). Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 77-3021-0125 / 9968-3099 / 9929-8681 / 9115-4400 ou pelo e-mail sodesf@hotmail.com.


ESPORTES

Jornal do São Francisco

Seleção Brasileira estilo Felipão

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urante três anos seguidos, Mano Menezes procurou uma seleção adequada. Não achou o traço, apesar dos testes em quase uma centena de jogadores. Trabalhou muito, mas não deu certo. Em apenas sete meses, o conterrâneo Felipão fez uma ao seu estilo, com a cara e a coragem que o faz ser detestado por muitos críticos e amados por milhares de torcedores nos clubes por onde passou. Do seu jeito bronco, meio grosso e, às vezes, até estúpido, vendo fantasmas onde há bandeiras brancas, Felipão consegue ser um personagem único do futebol brasileiro. Não deixará nenhuma tática revolucionária como herança, não oferecerá qualquer contribuição para o futuro dos esquemas táticos no mundo do futebol. Tudo isso é verdade, mas uma coisa é inegável: seu modo de treinar clubes e seleções é único, daqueles que lutam até o último segundo para coroar uma vitória conquistada em 90 minutos. O suor é a sua marca. O seu legado é a determinação, a garra extrema. Nunca a Seleção Brasileira foi tão estilo Felipão. A conquista da Copa das Confederações, a alegria estampada na cara do torcedor que canta de novo o hino nacional com o maior orgulho do mundo não surgiu por sorte, competência ou destino. Nada disso. Esta é só mais uma vitória do jeito Felipão de ser e isso ninguém pode negar.

REPRODUÇÃO

Mundo da bola caherock@hotmail.com

Flamengo: até Mano Menezes perdeu a paciência

Q Luiz Felipe Scolari Quem tinha dúvida sobre a capacidade deste gaúcho de Passo Fundo, agora se curva mais uma vez diante da dedicação de um senhor sexagenário que começa de novo a escrever mais uma entre tantas páginas vitoriosas numa carreira onde as derrotas desaparecem diante de tantas conquistas. Dá-lhe Felipão, você merece!

Walter Cirne, que administra a carreira de André, não aguenta mais ver o desespero do atleta que implora por um contrato no país onde nasceu. Sabem por quê? Além de não se adaptar ao idioma e principalmente à culinária, André Lima até hoje não conseguiu o visto que precisa para tirar a carteira de motorista. Assim, é preciso percorrer todos os dias quase nove quilômetros de bicicleta para ir de casa ao estádio do clube que defende, para treinar. Dizem que os poucos gols que fez por lá, têm uma explicação: André Lima anda esgotado de tanto pedalar. De segunda a sexta-feira são 90 quilômetros por semana em cima da bike. Aí não há preparo físico que aguente!

Brasileirão: gordinho vira sensação em Goiás Ele foi revelado pelo Inter de Porto Alegre, mas no Sul ficou famoso não só pelos gols que fez. O atacante Válter também gostava de festas e não foram poucas as críticas que recebia da imprensa gaúcha. Bastava jogar mal para repórteres e comentaristas "caírem em cima" dele associando o futebol ruim dentro do campo às baladas fora das quatro linhas. Saiu do Inter há quase três anos, jogou fora do país e voltou para vestir a camisa do Cruzeiro. Ultimamente está no Goiás, onde vive "brigando" com a balança. Atualmente, garante estar pesando 92 quilos.

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Carlos Augusto herock

Futebol chinês: ouro de tolo para atacante brasileiro Quem não lembra de André Lima, centroavante de pouca técnica, mas raçudo ao extremo e que fez muitos gols nos clubes por onde passou (Botafogo, Fluminense, São Paulo e Grêmio)? Pois bem, seduzido por uma proposta milionária para jogar na China, André Lima não titubeou e ano passado se mandou para a Ásia. Foi buscar a independência financeira num país emergente no mundo do futebol, pelo menos em termos de grandes salários. Lá está há exatos nove meses, mas o que pouca gente sabe é que há quase dois meses o atacante busca um jeito de voltar para o Brasil (e, se possível, para um clube da primeira divisão). O empresário

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Tá gordinho, mas tem feito gols (o último foi contra o Vitória no Serra Dourada) e, mesmo acima do peso, se transformou num dos destaques do time. Como os dirigentes goianos sabem que se conseguir emagrecer, Válter tem grandes chances de melhorar o seu desempenho, eles já prometeram "bicho extra" ao atacante por cada quilo de peso perdido. Segundo a imprensa que cobre o Goiás, se até agosto Válter estiver pesando 80 quilos (12 a menos do que o peso atual), o salário, que é de R$ 140 mil mensais, pode passar dos R$ 200 mil. Emagrece, Válter!

uando chegou à Gávea, o meia Carlos Eduardo era uma das grandes esperanças do Flamengo para "arrumar" o meio campo da equipe rubro-negra. Quase três meses depois, o garoto revelado no Sul do país empilha críticas ao seu jeito dispersivo de jogar e principalmente pela falta de comprometimento com o grupo. Além de não ter até hoje conseguido atingir a forma física ideal, Carlos Eduardo constantemente é visto em peladas de futevôlei na praia de Copacabana, onde mora. Se isto não bastasse, a torcida anda pegando no pé do atleta, porque ele é dono de um dos maiores salários do grupo. Fontes ligadas ao Flamengo admitem que mensalmente Cadu embolsa pelo menos R$ 500 mil e pouco tem feito para justificar a fortuna que recebe. A relação azedou até com o técnico Mano Menezes que o revelou para o futebol no Grêmio. Embora os dirigentes não admitam, desde que Renato Abreu foi mandado embora, Mano Menezes não para de pedir um meia qualificado para vestir a camisa que é de Carlos Eduardo por pura falta de opções dentro do grupo rubro-negro.

Grêmio: ídolo faz crescer venda de camisas na lojinha do clube Verdade seja dita: nenhum torcedor gremista aguentava mais Vanderley Luxemburgo e suas justificativas para o futebol ruim jogado pelo Grêmio. Pois bem: Fábio Koff (mesmo a contragosto) demitiu o treinador pouco antes do fim do recesso do Brasileirão e trouxe de volta a Porto Alegre o maior ídolo da história do futebol gremista, o ex-jogador Renato Portaluppi. A torcida adorou a ideia. Se vai dar certo, isto só o tempo vai dizer. Mas uma coisa não dá pra negar: a idolatria dos gremistas por Renato continua a mesma desde quando o tricolor gaúcho ganhou o Mundial de Clubes em 1983 na final contra o Hamburgo, quando Portaluppi marcou os dois gols da vitória por 2x1. A prova está no movimento de camisas vendidas na Arena do Grêmio. Desde a chegada de Renato, a camisa retrô número 7, que ele usava como jogador, já vendeu quase o triplo em relação ao uniforme atual do time. E olha que o preço é bem salgado: cada uma sai por R$ 219. Ídolo é ídolo, não é verdade?

Vitória: Caio Júnior pede e diretoria atende A surpreendente campanha do Vitória no Brasileirão não ilude o técnico Caio Júnior. Mais do que ninguém, o treinador rubro-negro sabe que para se manter no topo da tabela vai precisar bem mais do que um time de futebol. O Vitória terá que ter um elenco capaz de permitir que seu torcedor

sonhe com uma grande campanha, algo que o time tem feito até agora. Por isso, Caio Júnior não se cansa de pedir reforços à diretoria do clube baiano e, recentemente, ganhou dois de uma só vez: Daniel Borges, lateral direito que veio do interior paulista e, o meia Camacho. Pode parecer pouco, mas diante do alto valor gasto no início do ano para montar um time competitivo, os dirigentes rubro-negros dão prova que não vão medir esforços para fazer do Vitória uma grata surpresa no Brasileirão deste ano.

Técnico é efetivado para surpresa da própria torcida Quando Muricy deixou a Vila Belmiro, muita gente imaginava que Claudinei Oliveira, técnico interino do Santos, não seria nada além de um mero interino, e que bastava um outro treinador ser contratado para ele voltar à condição de auxiliar ou comandante das categorias de base do clube. Até aí nenhuma novidade. O Santos tentou Marcelo Bielsa, Carlos Bianchi e até Gerardo Martino, paraguaio que está no Newells Old Boys. Todos pediram uma fortuna para assinar contrato, além de garantias de que o time seria reforçado com jogadores indicados por eles. Os dirigentes não aceitaram as exigências e mudaram de tática. Ao invés de pagar uma grana preta para o novo treinador, mantiveram o interino e agora vão gastar o dinheiro da venda de Neymar qualificando o time. Se partirmos da lógica de que quem joga é o jogador, o Santos está fazendo rigorosamente tudo que deve ser feito para voltar à elite do Brasileirão.


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Jornal do São Francisco

www.fasb.edu.br

A Revista Campo Jurídico, primeiro periódico científico na área do oeste da Bahia, recebe até o dia 10 de agosto, inscrições de artigos para a sua próxima edição. Lançada pelo curso de Direito da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB) em abril, a publicação é o projeto do curso de direito com periodicidade semestral, nos formatos eletrônico e impresso, focada principalmente em Direito Agroambiental e Teoria do Direito. Os artigos deverão ser submetidos diretamente no site da revista pelo endereço eletrônico www.fasb.edu.br/revista/index.php/campojuridico. A segunda edição da revista está prevista para novembro. Os interessados deverão encaminhar artigos focados nos dois Eixos Temáticos da revista: Direito, Sociedade Agrária e Ambiente e Teoria Jurídica e Evolução Social. A publicação também contará com o espaço para um artigo de acadêmicos. A Coordenadora do Curso de Direito, Cristiane Pacheco, afirma que a proposta vai incentivar e fomentar a pesquisa no curso da FASB para que os acadêmicos se envolvam e escrevam artigos. “A revista está aberta para a participação de pesquisadores do Brasil e do mundo”.

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Revista Campo JurídicoJurídico da FASB Revista Campo da FASB seleciona artigos para sua próxima edição seleciona artigos para sua próxima edição


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