Jornal do São Francisco
(77) 3628 5855 LEM E BARREIRAS
De 15 a 30 de abril de 2013 • Ano 7 • Edição 127
LUÍS EDUARDO
ENTREVISTA
Comissão estuda grade de cursos PÁGINA 7 da Ufoba
João Leão tem maiores aspirações PÁGINA 15 políticas
Ed. 127, de 15 a 30 de abril 2013
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jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00
São Francisco A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO
Oeste violento
Proporcionalmente, Luís Eduardo e Barreiras têm mais homicídios do que grandes cidades Nos três primeiros meses de 2013, 14 pessoas foram assassinadas em Luís Eduardo Magalhães. Este número representa que a cada seis dias, 10 horas e 25 minutos, uma pessoa perde a sua vida, uma média de 4,66 homicídios por mês. Em Barreiras, 16 pessoas foram vítimas de homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte) e lesões corporais seguidas de morte nos primeiros 90 dias do ano, o que equivale a uma média de 5,33 homicídios por mês. O índice de homicídios na região Oeste é superior ao das capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo. PÁGINA 8 a 13 AGRONEGÓCIO
Ampliação de energia para irrigação
Passarela da soja e do milho atrai mais de mil produtores
Produtores querem maior prazo para usarem pivôs
Agricultura sustentável foi um dos principais temas
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PÁGINA 24
EXCLUSIVO
Ministro dos Transportes quer melhorar rodovias no Oeste PÁGINA 20
Edsom LeitE / divulgação
VIRGÍLIA VIEIRA
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OPINIÃO
A violência no Oeste da Bahia
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ão propagandeada pelo avanço no agronegócio, a região Oeste – principalmente as cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães – depara-se com um problema comum aos grandes centros urbanos: a violência. Somente nos três primeiros meses de 2013, 30 pessoas perderam a vida nas duas cidades vítimas de homicídio (16 em Barreiras e 14 em Luís Eduardo Magalhães). Em 2012, o índice de homicídios na região Oeste foi de 33,5 por 100 mil habitantes. Segundo apurou o Jornal do São Francisco, houve 127 crimes violentos na região, dos quais 58 ocorreram em Barreiras e 45 em Luís Eduardo Magalhães. Em termos proporcionais, os números impressionam: segundo dados da Polícia Civil, Luís Eduardo teve, ano passado, 74,77 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Em Barreiras, a taxa foi de 42,17 mortes violentas. Taxas superiores à média da Bahia (33,2 homicídios ao ano) e até mesmo a mundial (que é de 6,9 mortes violentas a
cada ano). O aumento da violência em cidades de pequeno e médio porte verifica-se em escala crescente, em grande parte do país, face o desenvolvimento econômico em alguns polos. Cidades em crescimento econômico, que se beneficiam com investimentos de grupos empresariais e industriais, têm o atrativo da oferta de emprego, mas sofrem com os riscos sociais. E, devido às dificuldades encontradas nos grandes centros, é comum que a oferta em outras cidades atraía mão de obra. Porém, como as oportunidades não comportam a procura, ligeiramente formam-se, nestas cidades, as favelas e aumentam as taxas de desemprego. As promissoras cidades tornam-se atrativo também para o crime organizado. E é justamente nos bairros com moradores de menor poder aquisitivo e baixa escolaridade em que há a maior parte dos homicídios. Jovens com rara oportunidade de inserção no mercado de trabalho e com difícil acesso ao
notas
ensino são atraídos para as drogas (seja para comercializá-las ou consumi-las). Ou seja, estão sob risco constante uma vez que ou devem aos traficantes, como consumidores, ou têm compromisso a cumprir com os chefes do tráfico, quando submetem-se a trabalhar para o crime organizado. Para piorar, a ação policial em cidades menores é prejudicada pelo restrito efetivo e pelas, na maioria das vezes, péssimas condições de trabalho. O descaso do poder público, seja na prevenção como na repressão ao crime, agrava o quadro e deixa lacunas à violência. Somam-se a isso a lentidão da justiça e a impunidade. Diante disso, fica o alerta do sociólogo Julio Jacob Waiselfisz, entrevistado em reportagem especial desta edição, que aborda a violência no Oeste baiano: “Se as atuais condições forem mantidas, em menos de uma década as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas do país”.
recolhimento. A multa é de R$ 3,51 para aqueles que estão nas demais cidades do país. Essa quantia será cobrada pela ausência a cada eleição, mas, caso o eleitor não tenha condições econômicas de pagar a taxa, a isenção se dará por meio do termo de declaração de insuficiência econômica, documento que deve ser requerido durante o atendimento. Aqueles que deixaram de votar e justificar nas últimas três eleições podem ter o título cancelado do Cadastro Eleitoral caso não regularize até a data determinada. Na hora da regularização será necessário apresentar os documentos de identidade (RG), original e cópia, ou carteira de órgão de classe, além de comprovante de residência. Os eleitores devem procurar os cartórios eleitorais ou um dos postos do TRE-BA nos Serviços de Atendimento ao Cidadão (SAC) para regularizar a sua situação. A não regularização até 25 de abril de 2013 implicará o cancelamento automático da inscrição eleitoral.
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BB pode entrar em greve A Comissão de Empresa dos Funcionários convocou todos os bancários do Banco do Brasil para uma greve de 24h no dia 30 de abril, com a alegação da falta de postura do Banco do Brasil, ao não negociar o plano de funções comissionadas, implantado de forma unilateral. Conforme o calendário de luta e mobilização, construído pelo Comando Nacional dos Bancários, no dia 12 de abril deveria ter acontecido uma reunião com federações e sindicatos para discutir o plano de funções. Segundo o Sindicato dos Bancários da Bahia, o Banco do Brasil não apareceu.
Nova fuga de presos Na madrugada do último dia 15, aproximadamente 40 detentos fugiram do Complexo Policial de Barreiras. Segundo informações da Polícia Militar, a fuga foi descoberta através de uma denúncia anônima que afirmava ter visto alguns homens saltando o muro e correndo em uma das ruas nos fundos do Complexo Policial de Barreiras, após a meia-noite. Os detentos cerraram as grades das celas e fizeram uma abertura de aproximadamente 35 cm, na coluna de concreto da cela de número seis, e posteriormente usaram uma corda confeccionada com lençóis, conhecida por 'tereza', para descerem o pavilhão.
Consumindo mais álcool Cresce em 20% o número de brasileiros que ingerem álcool pelo menos uma vez por semana. Os dados referentes ao período entre 2006 e 2012 fazem parte do LENAD (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas), realizado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O estudo aponta ainda que dois, em cada dez bebedores entrevistados, apresentaram sintomas de dependência ou abuso
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no álcool. Aproximadamente 4.607 pessoas, com idade acima de 14 anos, foram entrevistadas em 149 municípios. Deste total, 1.157 pessoas, pouco mais de 25% dos entrevistados, eram adolescentes. Entre o sexo feminino, o índice atingiu 39% em 2012, contra 29% em 2006. Os 56% de bebedores homens em 2006 deram lugar a 64% em 2012, segundo LENAD. Apesar dos números, houve decréscimo de 21% na proporção de pessoas que relatam ter dirigido após beber. Um dos efeitos positivos da Lei Seca.
III Corrida Tiradentes Será realizada em Barreiras no dia 21 de abril, a III Corrida Tiradentes. O evento é realizado simultaneamente em toda a Bahia em homenagem ao Patrono da Polícia Militar da Bahia, alferes Joaquim José da Silva Xavier - Tiradentes. As inscrições poderão ser feitas até o dia 19 de
abril, na sede do 10º Batalhão da Polícia Militar, 1ª Cia/PM - Vila Brasil, 2ª Cia/PM -Barreirinhas, Praça do Hospital Municipal Eurico Dutra e Praça Castro Alves. Os atletas que desejam participar devem contribuir com dois quilos de alimentos não perecíveis, que serão distribuídos nas instituições sem fins lucrativos que visam o acolhimento de crianças, jovens e adultos. Crianças e adultos poderão participar do evento. Além do trajeto de oito quilômetros, a programação prevê café da manhã para os atletas a partir das 7h e premiação para os primeiros colocados na categoria geral, masculino e feminino.
Isenção de multa de eleitor As pessoas que estão com o título sob risco de cancelamento têm até o dia 25 de abril para regularizar a situação. Para os irregulares que se encontram sem condições financeiras de pagar o valor da multa, o Juiz Eleitoral poderá dispensar o
chefia-edicao@jornaldosaofrancisco.com.br redacao@jornaldosaofrancisco.com.br Praça Dr. Augusto Torres, 38 - Centro Histórico Barreiras - Bahia - CEP 47.805-230 FONE/FAX: (77) 3612-3066
Ascom TRE/BA
Posto SAC em reforma Até o dia 19 de abril, o Posto SAC/ Barreiras estará fechado para reforma. As pessoas que necessitarem dos serviços oferecidos pelo posto, deverão procurar a sede dos órgãos na cidade. O retorno do atendimento ao público está previsto para o dia 22 de abril, no horário das 06:30 às 15:30h. Durante o período de reforma, o SAC Móvel fará atendimento no pátio do Centro Empresarial Barreiras (CEB) - antigo Shopping Center Rio de Ondas. Entre os serviços oferecidos, estão: emissão de Carteira de Identidade (o cliente cidadão deverá levar a certidão original, de acordo seu estado civil, duas fotos 3x4 coloridas e com fundo branco); antecedentes criminais; inscrição de Cadastro de Pessoa física (CPF) e todos os serviços das unidades do CEPREV e PLANSERV. Os demais serviços realizados pelo SAC Barreiras são: Jurídicos, Secretaria da Fazenda, TRE, Detran e SINEBAHIA.
Editora: Heloíse Steffens | Repórteres: Ivana Dias, Virgília Vieira, Raul Marques, Luciano Demetrius | Diagramador: Nicélio Ramos | Colunistas: Durval Nunes, Carlos Augusto e Tizziana Oliveira | Publicidade: Angélica Rambo e Aline Mello | Secretária: Priscila Pereira Impressão: Imprima Gráfica | Tiragem: 15 mil exemplares
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Bancos reduzem dinheiro em caixas eletrônicos Medida foi adotada por duas agências bancárias do município que estão localizadas em pontos considerados críticos e que têm maior incidência de ataques REPRODUÇÃO
VIRGÍLIA VIEIRA Do Jornal do São Francisco
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a tentativa de desestimular as ações das quadrilhas especializadas, as agências do Banco do Brasil (BB) e Bradesco, de Barreiras, diminuíram o dinheiro disponível no período da noite nos caixas eletrônicos que estão localizados nos pontos considerados críticos e que têm incidência maior de ataques – prática já adotada em outras cidades do Estado. No município, a redução feita pelo BB chega a 70% e, o Bradesco, por sua vez, não divulgou o percentual. Para o diretor da Federação dos Bancários da Bahia, Sérgio Aderbal Batista, a iniciativa coíbe os assaltantes, mas penaliza a população. “Os bancos devem investir em medidas que protejam os cidadãos. Reduzir o montante não adianta, uma vez que o assaltante sempre vai mudar de estratégia”, justifica. Ele diz ainda que, mesmo durante o dia, a população e os bancários não estão livres da violência, mas sim continuam correndo sérios riscos com os constantes assaltos e “saidinhas bancárias”. De acordo com o delegado de Polícia Civil, coordenador do Grupo Avançado de Repressão à Crime Contra Instituição Financeira (Garccif), Marcos Antônio Gonçalves, a ação dos bancos é praticamente ineficaz. “Não adianta diminuir o dinheiro dos caixas eletrônicos. Esta ação é como “tampar o sol com peneira”. O que o país precisa é de legislação que puna es-
Explosões de caixas eletrônicos assustam bancos e clientes em toda a Bahia ses criminosos”, reforça. Fragilidade na segurança Em 2012, o Estado registrou 167 ocorrências contras as instituições financeiras, com 98 ataques aos caixas eletrônicos. Neste ano, em menos de cinco meses, já foram registradas 54 ocorrências, com 32 arrombamentos e explosões aos terminais, em todo o Estado. Somente na região Oeste, já foram registradas dez ocor-
rências, o dobro do ano passado. Segundo o Sindicato dos Bancários da Bahia, o aumento das ocorrências se deve, sobretudo, à falta de investimento em segurança. Os números apontam que os ataques a bancos são mais frequentes no interior. Basta saber que, do total de casos, apenas dez ocorreram em Salvador e, 44, nas demais cidades do Estado, onde as agências funcionam precariamente, a maioria sem câmeras de segurança e portas-giratórias.
A primeira ocorrência registrada neste ano aconteceu em janeiro, no município de Cotegipe. Uma quadrilha fortemente armada explodiu o caixa eletrônico do Banco do Brasil e fugiu levando R$ 30 mil reais. Em fevereiro, as agências de Baianópolis e Malhada também foram assaltadas. Entre as ocorrências mais recentes, registra-se o assalto a duas agências – em Barra e em Cocos. Nesta última cidade, um bando de 20 homens rendeu os funcionários e clientes, levou dinheiro e coletes à prova de balas dos vigilantes e fugiu em seguida levando os reféns. Segundo informou o delegado Marcos Antônio, o trabalho preventivo realizado pela Garccif com o apoio do serviço de inteligência contribuiu para que todas as quadrilhas envolvidas em crimes contra instituições financeiras na região Oeste fossem identificadas. “Como forma de prevenção, temos concentrado os policiais nos locais mais propícios a assaltos e arrombamentos. Estamos trabalhando com o serviço de inteligência, que tem identificado e desarticulado as quadrilhas que atuam na região. Essas ações efetivas é que coíbem os criminosos. Porém, infelizmente, contamos com uma legislação que favorece o criminoso. É preciso mudá-la”, afirmou. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), por sua vez, anuncia que cerca de R$ 1,5 bilhão são investidos por ano em segurança, ao passo em que, o lucro líquido das instituições bancárias chega a R$ 45,7 bilhões – como ocorreu em 2012. ■
I Seminário de Planejamento Estratégico Evento teve por objetivo planejar as ações do governo municipal, que capaz de identificar as áreas prioritárias para melhorar a gestão pública IVANA DIAS Do Jornal do São Francisco Com o objetivo de traçar novas propostas institucionais para a construção de um perfil de crescimento sustentável e estabelecer um modelo de democracia participativa, secretários municipais, coordenadores e assessores técnicos responsáveis pela implementação da cultura participaram no último dia 06, do I Seminário de Planejamento Estratégico Municipal, realizado no Hotel Solar das Mangueiras. O evento contou com a realização de oficinas para definição dos planos prioritários de governo e abordou assuntos como equilíbrio político-econômico, ambiental e social na perspectiva de uma gestão baseada em resultados e flexibilidade e simplificação da burocracia. “Vamos aproveitar este momento para construir uma agenda de planejamento das ações do governo municipal, que seja capaz de identificar as áreas prioritárias para me-
lhorar a gestão pública da cidade”, enfatizou o prefeito Antonio Henrique. Também presente na abertura, o secretário Carlos Augusto Barbosa Nogueira (Paê) destacou a importância do evento. “A atividade desenvolvida visa desenhar os caminhos aos colaboradores do governo municipal e buscar medidas e planejamento para lidar com as variadas situações - o que permitirá decisões essenciais para soluções de dificuldades na área pública e, principalmente, criar alternativas para o desenvolvimento da cidade”, avalia. Assuntos como as novas formas de prestação de serviços públicos por meio de parcerias, novo padrão de gestão de pessoas, descentralização de ações, fortalecimento do núcleo estratégico e mudanças nas relações governo-sociedade, também foram abordados durante o evento. interesses da Bacia do Rio Grande “Construindo a Bahia com a voz de todos nós”. Este foi o tema do 2º Diálogo Territorial – evento realizado no último dia 04 de
abril para apresentar as ações do Governo do Estado da Bahia no território de identidade da Bacia do Rio Grande e as suas metas até 2015. Promovido pela Secretaria Estadual do Planejamento, o encontro reuniu prefeitos, lideranças políticas, instituições e sociedade civil no auditório do Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Rio Grande (CETEP). Na oportunidade, o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli apresentou os avanços obtidos nas áreas da educação e social, como a erradicação da extrema pobreza, criação de vagas formais de emprego e melhoria das estradas. “É necessário que os municípios com mais de 20 mil habitantes elaborem o seu Plano Plurianual alinhado às ações do Governo Estadual e Federal. Hoje neste diálogo aprendemos com quem conhece melhor os municípios da Bacia”, comentou. O prefeito Antonio Henrique destacou a importância do evento para discutir os interesses da nossa Bacia. “Geraldo Rocha dizia que o Oeste seria o grande celeiro
de alimentos para o mundo e hoje nós estamos vendo isso acontecer. Mas ainda existem problemas. Em Barreiras, estamos com a obra de esgotamento paralisada e falta concluir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o HEMOBA e a sede do Corpo de Bombeiros”, disse. Durante o evento, grupos de trabalhos elencaram propostas e ajustes na execução das políticas de desenvolvimento territorial. Territórios de Identidade Os 27 territórios de identidade da Bahia serão consultados por meio dos Diálogos Territoriais. Esses territórios são demarcados conforme critérios sociais, culturais e geográficos reconhecidos pela população como espaço historicamente construído ao qual pertence. Compõem a Bacia do Rio Grande: Wanderley, Cotegipe, Cristópolis, Baianópolis, Catolândia, São Desidério, Barreiras, Angical, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Formosa do Rio Preto e Buritirama. ■
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Por amor aos bichos Ong Lobo cuida de animais domésticos abandonados e maltratados e promove adoções Raul Marques
que não tem a possibilidade de manter um animal dentro de casa”, justifica. A Ong Lobo envia periodicamente, via internet, fotos e informações sobre os animais adotados para os padrinhos dos animais, usando também a rede social Facebook, na qual tem uma página de relacionamento.
RAUL MARQUES Do Jornal do São Francisco
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uanto mais eu conheço os homens, mais eu amo os animais”. Esta é uma das frases mais postadas na maior rede social do mundo - o Facebook. A frase chega a ser agressiva para alguns, mas soa como um questionamento do comportamento dos seres humanos e uma forma de chamar a atenção para quem necessita de seus cuidados, os animais, especialmente os domésticos, como cães e gatos. A Liga de Ordem dos Bichos Órfãos (Lobo), com sede em Barreiras, tem exatamente este objetivo. A entidade que funciona como uma Organização Não Governamental (ONG), sem fins lucrativos, tem a missão de abrigar, cuidar e proteger cães e gatos vítimas de maus tratos e abandono, enquanto aguardam pela adoção. Recentemente, a Lobo foi declarada órgão de utilidade pública pelo Executivo Municipal. “Quase todos os dias, recebemos um animal retirado das ruas, entregue por alguém por estar bem velho ou doente”, disse a diretora e fundadora da Ong, Janete Lauck, que realiza o trabalho desde 2005. Já a entidade - fundada em 2007, conseguiu a adoção de mais de quatro mil animais abandonados ou entregues por não estarem completamente saudáveis. “Fora isso, temos convênios com clínicas veterinárias da cidade para que sejam feitas castrações sem que haja qualquer custo para o adotan-
Janete Lauck, fundadora da Ong Lobo, procura conscientizar as pessoas da responsabilidade com os animais te. Isso é importante para evitar problemas posteriores”, evidencia Janete Lauck, acrescentando que a Ong Lobo paga somente pelos medicamentos e equipamentos usados nas cirurgias,
EDITAL DE CONVOCAÇÃO Convoca-se todos os interessados em criar a Cooperativa de Transportes e Logística do Oeste da Bahia (TRANSCOOP) para a Assembleia Geral de sua Costituição (fundação), a realizar - se na Av. Benedita Silveira, Edifício Portinari, sala SEBRAE na Cidade de Barreiras, Estado da Bahia no dia 22 de Abril de 2013, ás 19h00min, em primeira e segunda convocação respectivamente, para com um mínimo de vinte pessoas presentes, deliberar sobre os seguintes assuntos: 1. Leitura, análise e aprovação do estatuto social; 2. Eleição do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal; 3. Subscrição e Integralização do Capital; 4. Assuntos gerais; Barreiras, 02 de Abril de 2013 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO
sem qualquer acréscimo por conta da mão de obra. Sempre atenciosa com os bichos, Janete prestava atenção em uma cadela, de raça não definida, semelhante a um poodle, que se encontrava doente em um pequeno cercado e, do lado de fora, outra cadela - a Lobinha, que a classificou como desconfiada. “Ela foi maltratada por alguém. Basta mostrar segurança e atenção que o bicho não ataca”, assegurou. Adoção é coisa séria Para habilitar-se a adotar um dos animais da Ong Lobo, não basta simplesmente ter vontade. Janete Lauck entende que é preciso gostar de bicho e mostrar que pode cuidar bem do animal, tal qual se faz, respeitadas as inúmeras diferenças, com a ado-
ção de uma criança. “Fazemos todo o processo seletivo para a adoção que vai da entrevista às respostas de um questionário. Nossa equipe analisa e só então chamamos o interessado em adotar o animal”, conta. Ela continua dizendo ainda que, depois de o animal ser encaminhado ao novo lar, são feitas visitas para checar se está sendo bem cuidado e se adaptando ao ambiente. “Pode acontecer de um animal não se adaptar a um determinado dono. Não há problema. A gente indica outro animal”, explica. A Ong também trabalha com os chamados padrinhos. Ao adotar, a pessoa passa a cuidar do bicho, enviando a sua colaboração financeira diretamente para a entidade. “É uma forma de ajudar aquela pessoa
Campanha de incentivo à adoção Para estimular a adoção de animais, a Lobo realiza periodicamente a chamada Feirinha de Adoção, em diferentes pontos da cidade. “Todos os animais são vacinados, castrados e tratados. Pretendemos realizar doze feirinhas este ano; uma a cada mês. Antes, a gente realizava seis por ano, uma a cada dois meses”, relembra. A Ong Lobo também tem promovido campanha de conscientização nos locais mais carentes de Barreiras para destacar a importância da posse responsável e de se castrar os animais. “Isso é necessário para que não haja problemas econômicos para as famílias por terem muitos bichos. Quem não dispõe de muitos recursos costuma cuidar muito bem dos seus animais”, frisa. A diretora ressalta que a grande quantidade de animais trazidos a Ong se deve ao fato de muitos donos – em boa situação econômica e financeira – os deixarem no abrigo em razão de viagem. Doações A entidade gasta cerca de 100 quilos de ração por semana. A despesa total, incluindo os gastos com funcionários, devidamente registrados, é de R$ 6 mil por mês. Como não tem fins lucrativos, a Lobo sobrevive dos recursos de suas sócias-fundadoras e de doações. “Conscientizar as pessoas de que nosso trabalho também visa o bem-estar da sociedade é um trabalho bastante difícil”, lamenta. No local – de aproximadamente dois mil metros quadrados, vivem cerca de 50 cães e gatos. Os felinos, por sua vez, não podem ser mantidos em cativeiro, por isso, vão ao local para comer e se abrigar, protegidos por um arame que os separa do canil. ■ ■
A Ong Lobo está localizada na Rua do Bambuzinho, 120. Para se habilitar a adotar ou patrocinar um animal, os interessados devem entrar em contato pelos telefones (77) 9975-2338 ou 9907-0535.
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SAÚDE
Dengue coloca Barreiras em situação de alerta Maiores índices de infestação do mosquito estão no centro e nos bairros JK e Vila Brasil VIRGÍLIA VIEIRA Do Jornal do São Francisco O Levantamento Rápido do Índice de Infestação (LIRA) – que identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação – apontou um índice de 2,19% de infestação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, em Barreiras. Segundo o padrão do Ministério da Saúde, índices entre 1% a 3,9% colocam a cidade em situação de alerta, pois qualquer descontinuidade nas ações de controle da dengue pode alterar o quadro para uma situação de risco. Os maiores índices de infestação estão no centro e nos bairros JK e Vila Brasil. O levantamento também apontou que 39,8% dos criadouros do mosquito estão nos lixos e resíduos sólidos, como sacolas, caixas de papel e garrafas pet. Em seguida, com 28,7%, estão criadouros localizados em depósitos móveis, como vasos, pratos, frascos com plantas e bebedouros de animais. Somente nos três primeiros meses do ano, o município registrou 639 notificações suspeitas, que aguardam resultados de exames para comprovação. Atualmente, a secretaria de Saúde, através do Centro de Controle de Zoonoses e Endemias, coordenado por Antônio Luís de Moraes Pedroza, aumentou o número de agentes e trabalha com mutirões nos bairros e povoados para tentar comba-
ter o mosquito. “Estamos ampliando o número de agentes e temos trabalhado com os mutirões, onde já passamos pelos bairros Aratu, Buritis e Morada da Lua. O índice de infestação está diminuindo, o que significa que as ações estão trazendo resultados”, disse. Além dos mutirões, o departamento trabalha ainda com a orientação à população, distribuição de sacos de lixo e recolhimento do material que possa acumular água parada e servir de criadouro do mosquito. Apoio da população Ainda de acordo com o coordenador, o trabalho de combate está sendo feito pelo Centro de Controle de Zoonoses e Endemias, mas os principais fiscais devem ser os moradores. “O combate à dengue é uma ação conjunta. Temos feito a nossa parte, mas cada morador precisa se preocupar em fiscalizar a sua própria casa e a casa do seu vizinho. Se a cidade, o bairro e o morador não tiverem essa consciência, não conseguiremos combater a dengue e a tendência é se alastrar”, ressaltou o coordenador, que chama a atenção para a importância das denúncias. “A comunidade não precisa ter medo de denunciar. Se alguém perceber que existe água parada no quintal do vizinho, piscinas abandonadas ou qualquer outra situação que gere foco para a dengue, denuncie que faremos a notificação”, frisa. ■
Campanha de Vacinação contra Gripe Meta é vacinar 80% da população do município de Barreiras IVANA DIAS Do Jornal do São Francisco
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o período de 15 a 26 de abril será realizada em Barreiras, a 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, sendo o dia 20, a data de mobilização nacional. Um total de 23 mil doses da vacina que protege contra os três subtipos do vírus da gripe (A / H1N1; A / H3N2 e Influenza B), estará disponível para a população nos 35 postos de saúde distribuídos nos bairros, dos quais 18 são de atendimento de rotina, além de equipe para atender as pessoas privadas de liberdade. De acordo com a coordenadora do Programa de Imunização (Copim), Isabel dos Apóstolos, a meta é vacinar 80% da população. Tem prioridade, as pessoas com 60 anos ou mais, crianças com idade de até um ano, 11 meses e 29 dias, gestantes em qualquer idade gestacional, indígenas, trabalhadores de saúde da rede pública ou privada e os portadores de doenças crônicas (como cardiopatas, pneumopatas, insuficiência renal, anemia falciforme, entre outras). As pessoas pri-
DADOS DE VACINAÇÃO Vacinados Previsão em 2012 para 2013 Idosos 7.848 8.959 Crianças 3.632 4.134 Gestantes 1.370 2.067 Doentes Crônicos - 2.769 Puérperas - 340 Informações da Copim
vadas de liberdade, mulheres no período puerpério (com até 45 dias após o parto) e portadores de Síndrome de Down serão vacinados pela primeira vez durante a campanha. “É importante a população saber através dos dados estatísticos que a vacina diminui os casos de internação hospitalares por doenças respiratórias, principalmente, em crianças e idosos, que são as maiores vítimas de infecções. Quem lembra da vacina se protege da gripe”, enfatizou a coordenadora. As pessoas que não se vacinarem no período da campanha podem procurar os postos de rotina para receberem a dose da vacina. ■
Sorria! Luiz Augusto Cunha Especialista em Ortodontia, Pós-Graduado pela New York University College of Dentistry
Viva com intensidade... sorria mais!!!
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á quanto tempo você não visita o seu dentista? Se não tem ideia, definitivamente, é hora de marcar uma consulta. Afinal, não é preciso estar com dor de dente para ir ao dentista. Na verdade, existem fatores, além desse incômodo mais evidente, que indicam a necessidade de ir, com urgência, ao consultório. É verdade que ainda existe muita gente com medo de ir ao dentista, com receio de sentir dor. O ‘’motorzinho’’ ainda assusta. Mas, hoje, os consultórios são ambientes agradáveis e cercados de tecnologias que aliviam a tensão do paciente e possibilitam que o trabalho seja o mais confortável possível. A associação entre dor e tratamento dentário ficou no passado. Para evitarmos problemas comuns, como cárie simples ou canal, crianças e adultos devem visitar ao dentista, pelo menos, duas vezes ao ano. No entanto, se tiverem problemas que necessitam de acompanhamento, o profissional de sua confiança irá determinar a regularidade. Mas, deve-se ficar atento aos sete sinais que podem significar uma visita inesperada ao dentista: 1. Dor de dente. "Um levantamento do Departamento de Saúde Pública dos Estados Unidos revelou que os estudantes perdem mais de 51 milhões de horas-aula ao ano por causa de problemas dentais. De fato, a dor de dente costuma ser tão pouco suportada por jovens e crianças que, quando não faltam à escola, não conseguem prestar atenção na matéria. A cárie é a causa mais comum de dor de dente." 2. Sangramento. "Se persistir por mais de dois ou três dias, o sangramento deve ser investigado. Geralmente, ocorre quando a pessoa coloca muita força na escovação. Mas, as principais causas incluem gengivite, traumas, distúrbios hemorrágicos, próteses móveis mal ajustadas e doenças como a leucemia e o escorbuto." 3. Feridas. "Elas podem ter várias causas. Desde as mais simples, como quando há o aparecimento de aftas e do herpes labial até as
que sugerem algo mais complexo. Infecções por bactérias, vírus ou fungos devem ser investigadas, assim como as leucoplasias (manchas ou placas esbranquiçadas mais frequentes em fumantes de cigarro, charuto e cachimbo e em pessoas que abusam do álcool). A propósito, a associação de ambos potencializa o surgimento desse tipo de lesão." 4. Sensibilidade nos dentes. "Bebidas quentes ou geladas podem provocar dor em pessoas com dentes hipersensíveis. Isso pode resultar em cáries, dentes fraturados, doenças na gengiva, esmalte desgastado ou uma raiz exposta. O tratamento levará em conta a causa do problema e o grau de sensibilidade." 5. Dor durante a mastigação. "Quando o paciente sente dores persistentes durante a mastigação, deve-se procurar um dentista sem demora para chegar ao diagnóstico correto do problema. Esse tipo de sintoma pode estar associado a doenças como sinusite, artrite, gengivite, bruxismo ou ainda a uma disfunção da articulação temporomandibular." 6. Fratura. "Com o aumento da expectativa de vida e a incorporação de novos hábitos alimentares, os dentes estão sendo cada vez mais exigidos. Como os dentes trincados ou fraturados apresentam sintomas diversos, é importante procurar um especialista na presença de dor localizada, ao mastigar e ao entrar em contato com bebidas muito quentes ou frias. Esse tipo de diagnóstico depende em grande parte da regularidade das visitas ao dentista, pois o desconforto vem e vai e, nem sempre, o problema é visualizado no raio-X." 7. Abcesso. "Esse tipo de problema também é bastante comum e geralmente se manifesta quando há um acúmulo de pus em torno da raiz do dente (resultado de uma infecção bacteriana). O tratamento consiste em drenar a secreção, limpar e desinfetar a cavidade pulpar. Em casos muito graves, a extração do dente pode ser necessária."
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Jornal do São Francisco INFORME PUBLICITÁRIO
ORTOGRAFIA PORTUGUESA Minicurso trouxe as novidades do novo acordo Como o próprio nome diz, o Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada.
FACULDADE ARNALDO HORÁCIO FERREIRA
O
que muda com o novo acordo ortográfico que unifica o idioma português em Angola, Brasil, Cabo Verde, GuinéBissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste? Os questionamen-
Aderlan Messias de Oliveira
tos, com certeza, são muitos. Para esclarecer as novas normas de ortografia do sexto idioma mais falado no mundo, a Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (FAAHF) de Luís Eduardo Magalhães promoveu na segunda-feira, 09, o minicurso "Os Entraves da Língua Portuguesa na Educação Superior: Nova Ortografia em Debate". Ministrado pelo professor dos colegiados de Direito, Pedagogia e Letras da FAAHF, Aderlan Messias de Oliveira, a temática lotou o auditório da IES, atraindo, além de acadêmicos da IES, a comunidade local. Licenciado em Letras Vernáculas, bacharel em Direito e especialista em Psicopedagogia, Aderlan trouxe aspectos gerais da história do idioma e as principais mudanças no novo acordo, com obrigatoriedade a partir de 2016. Segundo ele, as maiores dificuldades enfrentadas ainda estão no uso do hífen. Como o próprio nome diz, o Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não eli-
Acadêmica de Engenharia de Produção é eleita representante da ABEPRO/Bahia
Larissa Giotti, acadêmica do 3° período de Engenharia de Produção da Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira de Luís Eduardo Magalhães está entre os estudantes brasileiros que irão representar a Associação Brasileira de Engenharia de Produção Jovem (ABEPRO Jovem) no mandato de 2013. O objetivo da ABEPRO Jovem é integrar as regiões brasileiras, através dos núcleos regionais e contribuir para o progresso da Engenharia de Produção. A acadêmica da FAAHF representará a Bahia, entre as 29 instituições de ensino superior do estado que oferecem o curso de Engenharia de Produção. A FAAHF é única IES que oferece o curso no oeste do Estado, em um raio de 800 quilô-
metros. Entre as principais funções do representante estadual, está representar a ABEPRO Jovem em seu estado; difundir a Engenharia de Produção na região; participar de eventos estaduais com o objetivo de divulgar a ABEPRO e integrar os alunos; participar de projetos e atividades delegadas pelo Diretor Regional; divulgar o Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP) que neste ano ocorre nos dias 08 a 11 de outubro em Salvador. Atualmente, Larissa auxilia no novo projeto educacional do Centro Educacional Maria Cardoso Ferreira (CEMAC) que utiliza a robótica como ferramenta de aprendizagem. da Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira e do CEMAC.
FOTOS:ASCOM/FAAHF
Aproximadamente 250 pessoas acompanharam as dicas do professor Aderlan
mina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, porém segue em direção da unificação ortográfica portuguesa. Ação Social Como investimento, os participan-
tes colaboram com a doação de alimentos não-perecíveis. Segundo a organização, 160 quilos de alimentos foram arrecadados no evento e que serão doados às entidades mantenedoras dos programas sociais, Meninas dos Olhos de Deus e Meninos dos Olhos de Deus de Luís Eduardo.
O desafio: construir uma ponte móvel. A proposta lançada há pouco mais de um mês aos alunos do Centro Educacional Maria Cardoso Ferreira - Rede Salesiana de Escolas em Luís Eduardo Magalhães, já tem impressionado professores envolvidos no novo projeto educacional que utiliza a robótica como ferramenta de aprendizagem. Para Liege Saraiva Freitas, professora responsável pelas aulas de robótica, o projeto “é um importante instrumento pedagógico, pois permite que o aluno visualize que o conhecimento teórico tem aplicações no nosso cotidiano”, pontua. A robótica também proporciona a socialização a partir do trabalho em equipe; desenvolve raciocínio lógico, empreen-
dedorismo, liderança, criatividade, capacidade psicomotora, além de incentivar a busca de novos conhecimentos e a troca de informações entre colegas e professores. Segundo Liege, a cada semana o aluno é desafiado a uma nova função. “Cada grupo é composto por seis pessoas, com funções específicas (líder, organizador; dois construtores e dois eletricistas), alternadas entre os participantes a cada semana”, complementa. Nesta fase introdutória de robótica (mecânica e eletromecânica) os alunos interagem com as disciplinas de matemática e ciências (ensino fundamental) e matemática e física (ensino médio) com aulas semanais.
ROBÓTICA faz parte da grade curricular do CEMAC
Jornal do São Francisco
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MUNICÍPIOS
Ufoba é tema de debate em Luís Eduardo Curso de agronomia deve ser um dos escolhidos LUCIANO DEMETRIUS
Luiz Rogério, Marcos Alecrim, Arthur Maia, Oziel Oliveira, Cabo Carlos e Verinha Stresser LUCIANO DEMETRIUS Do Jornal do São Francisco
A
universidade além do ensino de graduação. Este foi o ponto destacado pelo vice-reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), professor Luiz Rogério Bastos Leal, durante a audiência pública sobre a criação da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufoba) na tarde de sexta-feira, 12, no auditório da Câmara de Vereadores de Luís Eduardo Magalhães. “A universidade pública é aberta à comunidade. Ela tem que ter centros de ensino, pesquisa e extensão. Toda a população precisa se apropriar da universidade”, disse o professor que também é presidente da Comissão de Instalação da Ufoba. “Importante, além do ensino, é também a pesquisa e a extensão. A universidade não pode só ter aulas”. Além de Luiz Rogério, participaram o relator do projeto de lei de criação da Ufoba, deputado federal Arthur Maia (PMDB-BA), o deputado federal Oziel Oliveira (PDT-BA), o vice-prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Marcos Alecrim, a secretária municipal de Educação, Verinha Stresser, o presidente da Câmara de Vereadores, Cabo Carlos (PMDB) e o pró -reitor de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil da UFBA, Dirceu Martins. Arthur Maia salientou que é urgente que a prefeitura agilize a área em que será erguido o campus da instituição em Luís Eduardo Magalhães. “É preciso definir a engenharia e encaminhar o projeto, paralelamente à escolha dos cursos e dos
professores”. Em novembro de 2012, foi apresentada pela secretaria de Eduação de Luís Eduardo Magalhães à comissão, área de 50 hectares, atrás do bairro Cidade Universitária, que será doada por empresários à Prefeitura e repassada à Ufoba. Cursos A escolha dos cursos foi o item mais debatido na pauta da audiência, tanto pela mesa quanto por participantes da plateia, em sua maioria estudantes do ensino médio e professores. Para Arthur Maia, o curso de agronomia é quase certo para integrar a grade do campus de Luís Eduardo. “Devido à vocação da cidade para o agronegócio é razoável que as ciências agrárias fiquem em Luís Eduardo Magalhães e em Bom Jesus da Lapa”. Durante a audiência, foi cogitado que o campus de Barreiras terá o curso de medicina. A secretária de Educação de Luís Eduardo Magalhães, Verinha Stresser, adiantou que já foi feita entre os alunos da rede municipal de ensino um levantamento sobre quais os cursos preferidos pelos estudantes. “Tão logo tenhamos o resultado, o encaminharemos para a comissão analisar”, afirmou. Durante o espaço aberto ao público, a professora Regina Cândida Führ ressaltou a importância da pesquisa e defendeu a implantação do curso de serviço social. “Nossa cidade, apesar da expansão, tem muitas contradições, principalmente no aspecto socioeconômico e precisa de um curso que cuide dos cidadãos”.
SÃO DESIDÉRIO
Comissão Municipal de Cultura é eleita O primeiro encontro com os representantes da Câmara Territorial de Cultura do território da Bacia do Rio Grande foi realizado no Centro Cultural Celso Barbosa, para realizar a escolha da Comissão Municipal de Cultura que irá integrar a Câmara de Cultura do Colegiado do Território da Bacia do Rio Grande. Além da comunidade cultural de São
Desidério, estiveram presentes também representantes de quinze segmentos culturais do município: quadrilha junina, teatro, artes visuais, produtores culturais, músicos, escritores, empresários, arte educativa, artesão, gestores culturais, patrimônio, biblioteca, comunicadores, conselho de cultura e agente financeiro.
Comissão é eleita para acompanhar obras do Programa Minha Casa Minha Vida Em reunião realizada entre representantes da secretaria de Assistência Social de São Desidério e 42 contemplados do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, foi eleita a Comissão para Acompanhamento de Obras (CAO). Entre os representantes para acompanhar e fiscalizar as obras estão Adriana Vieira da Silva, Francineia Correia dos Santos e Joaquim Pereira dos Santos, representantes dos beneficiários e Lucineia Nunes da Silva Lima, representante do poder público. De acordo com a assistente social Lucineia Lima, mais uma etapa foi concluída. Foram comtempladas 50 pessoas que possuem lotes na sede e se inscreveram no programa. “A reunião foi proveitosa devido ao número de beneficiários que compareceram para formalizar a comissão. Essas obras contemplam pessoas que se encontram em área de risco, idosos e deficientes”, disse Lucineia Lima. A lista com os nomes das famílias beneficiadas está disponível na Secretaria de Assistência Social. Com a documentação encaminhada para a secretaria, agora resta apenas aguardar o pronunciamento do Ministério das Cidades para o início das obras.
Projeto Arte em Jogo recebe novas modalidades A equipe administrativa do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), reuniu no Ginásio de Esporte Professor Almiro Almeida aproximadamente 300 famílias assistidas pelo programa, para apresentar os instrutores, as duas novas modalidades e a importância do comprometimento dos pais e usuários assistidos no Programa Arte em Jogo. Além das modalidades esportivas (futsal e karatê), coral e violão, as crianças, jovens e adolescentes cadastrados no programa poderão participar também das modalidades de capoeira e xadrez. Cada usuário poderá escolher entre duas modalidades, sendo uma esportiva e outra cultural. De acordo com o técnico de referência, Eric Gamaliel, no ano passado eram atendidas crianças e adolescentes entre sete e 17 anos. Para 2013, o atendimento se estenderá para os jovens de até 24 anos. “As modalidades esportivas e culturais desenvolvidas pelo projeto são uma forma de aproximação com o público do Cras. A partir desse trabalho, torna-se possível o acompanhamento das famílias, a realização dos grupos de convivência e o fortalecimento dos vínculos, objetivos primeiros deste serviço”, pontua Eric. As aulas tiveram início no dia 8 de abril, com previsão para encerramento em dezembro. Uma vez ao mês haverá reunião com os pais dos alunos e encontro com famílias e alunos do Projeto Arte em Jogo. Na ocasião, o Cras realizará um centro de convivência com a participação de psicólogo e assistente social. Para a coordenadora
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Fabiane Martins de Souza, o projeto tem a finalidade de conquistar as crianças e famílias. “É por meio de uma busca ativa que podemos acompanhar de perto as necessidades de cada família que dentro da nossa área de abrangência, localizadas nos bairros Tangará, Alto do Cristo e Vila do Padre”. O adolescente Gustavo Pereira de Oliveira, de 13 anos, participa das atividades no Cras há dois anos e pratica a modalidade esportiva de futsal. “A atividade física me deixa mais saudável. Eu não consigo viver sem isso e participar é maravilhoso porque aumenta o número de amigos”, disse.
Jaborandi
Doação de equipamentos para abastecimento de água Após assinatura do termo de doação pelo superintendente regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Bom Jesus da Lapa, Lourival Gusmão, e do presidente da Associação dos Produtores Rurais da área de sequeiro da Fazenda José Alves, Vilmar Bispo de Souza, foi realizada a entrega de equipamentos e materiais para abastecimento de água para a população. Aproximadamente 200 famílias do município de Jaborandi serão beneficiadas com a doação realizada pela Codevasf. Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar e totalizam R$ 45,3 mil. No total foram doadas 28 caixas d´água, com capacidade para armazenar 10 mil litros e 3 mil tubos. “Esses equipamentos serão usados tanto para o armazenamento de água para consumo humano quanto para a irrigação. O que beneficia os agricultores familiares da região, que plantam hortaliças, e os pecuaristas que necessitam irrigar os pastos”, pontuou o presidente da associação, Vilmar Souza. As doações de tubos de PVC, bombas submersas e reservatórios metálicos ou de fibra para abastecimento de água, via recursos de emendas parlamentares, são realizadas durante todo o ano pela Codevasf.
Santa Maria da Vitória
Abrigo de idosos e APAE são beneficiados com obras O Fundo para Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Bahia (Fundesis), mantido pelo Banco do Nordeste em parceria com a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), financiou em Santa Maria da Vitória, a construção de um novo pavimento no Abrigo do Idoso - Casa da Divina Providência e uma quadra poliesportiva na APAE. A inauguração foi realizada no dia 6 de abril, com a participação dos representantes do Banco do Nordeste, Aiba, o prefeito Padre Amário, representantes da entidade e população local.
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Jornal do São Francisco
SEGURANÇA
A violência está aqui
RAUL MARQUES Do Jornal do São Francisco
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omente nos três primeiros meses deste ano, em Luís Eduardo Magalhães, 14 pessoas foram assassinadas. Isso significa que, a cada seis dias, 10 horas e 25 minutos, uma pessoa perde a sua vida – fato que confere ao município, uma média de 4,66 homicídios/mês. Em Barreiras, não é diferente. Neste mesmo período, 16 pessoas foram vítimas dos chamados crimes violentos letais, como homicídio, latrocínio (roubo
seguido de morte) e lesões corporais seguidas de morte – uma média de 5,33 homicídios/mês. Os números causam preocupação. Demonstram que o índice na região é superior ao registrado na maioria das capitais brasileiras, especialmente as mais populosas, como Rio de Janeiro e São Paulo. O cálculo aponta que os números relativos de Luís Eduardo Magalhães são bem mais assustadores que os números
absolutos. Em 2012, foram 45 mortes por homicídio e, em Barreiras, o número de vítimas chegou a 58. A média de assassinatos por mês em 2012 foi de 3,75 e de 4,83, respectivamente e, proporcionalmente, inferiores ao registrado nos três primeiros meses de 2013. Mantendo-se a média registrada neste ano, a cidade de Luís Eduardo pode fechar o ano com quase 56 mortes por homicídio – número que seria 24,3% acima ao de 2012.
VIRGÍLIA VIEIRA
ESPECIAL
Jornal do São Francisco
O
último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, feito em 2010, aponta que o município de Luís Eduardo Magalhães conta com 60.179 habitantes. A partir deste dado, feito o cálculo com base no total de assassinatos, o número de homicídios seria de um por mês para cada 12.913,94 moradores, enquanto que, em Barreiras, é de um assassinato para cada 25.783,67 pessoas, quase o dobro da cidade vizinha. Usando-se a metodologia aplicada por instituições que monitoram a violência pelo mundo, se Luís Eduardo Magalhães mantiver a média de seis assassinatos por mês ao longo do ano e tivesse 100 mil habitantes, o índice de homicídios na cidade seria de 99,92 - superior ao das principais cidades brasileiras e -, também, maior do que o Estado mais violento do Brasil – Alagoas – que registrou 76,3 na taxa de homicídio em 2011. A taxa de homicídio em Luís Eduardo, em 2012, segundo dados fornecidos pela Polícia Civil, foi de 74,77 para cada 100 mil habitantes. Já em Barreiras, este número é bem menor: 42,17 mortes a cada ano. A média mundial é de 6,9 mortes por homicídio a cada ano, enquanto que, no Estado da Bahia, a média é de 33,2 homicídios por
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TAXAS DE HOMICÍDIOS EM CAPITAIS Número por 100 mil habitantes 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Var. % São Paulo 64,8 63,5 52,6 52,4 39,8 28,3 23,2 17,4 14,8 15,1 13,0 -80,0 Rio de Janeiro 56,6 55,5 62,8 56,1 52,8 41,9 46,4 35,7 31,0 31,3 24,3 -57,1 Porto Alegre 39,2 36,5 40,5 36,4 40,3 40,1 35,5 47,3 46,8 40,7 36,8 -6,4 Curitiba 26,2 28,0 32,2 36,6 40,8 44,3 48,9 45,5 56,5 57,1 55,9 113,2 Florianópolis 10,2 17,0 24,7 27,1 28,9 24,4 19,4 19,5 22,6 20,4 22,8 122,9 Brasília 37,5 36,9 34,7 39,1 36,5 31,9 32,3 33,5 34,1 39,2 34,2 -8,8 Salvador 12,9 21,3 23,2 28,6 28,5 39,7 43,7 49,3 60,1 67,0 55,5 330,2 Recife 97,5 97,2 90,5 91,4 91,8 88,2 90,7 87,5 85,2 71,9 57,9 -40,7 Fonte: Mapa da Violência 2010
ano, segundo o Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal (Sinesp-Jc)/Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp)/Ministério da Justiça; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Este número de 33,2 mortes por morador representa 4.684 assassinatos por ano. 127 crimes No Oeste baiano, região que engloba 13 municípios, o índice de homicídios em 2012 foi de 33,5 por 100 mil habitantes.
Neste mesmo ano, segundo o que apurou o Jornal do São Francisco, houve 127 crimes violentos letais na região, dos quais 103 ocorreram apenas em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. A região engloba, além das duas cidades, São Desidério, Catolândia, Angical, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Formosa do Rio Preto, Cristópolis, Wanderley, Baianópolis e Cotegipe. No total são 71.119 quilômetros quadrados, com 378.577 habitantes. O total de veículos furtados e roubados em Barreiras é o maior da região. Foram 103 carros furtados - quando o carro simplesmente
desaparece de onde está estacionado - e 70 roubados - mais conhecido como assalto. Apesar da taxa de 33,2 homicídios por ano no Estado da Bahia e de 33,5 no Oeste, a cidade campeã no Brasil em crimes deste tipo é baiana: Simões Filho com 146,4 mortes por 100 mil habitantes. A polícia local atribuiu o número alto à disputa dos traficantes por pontos de bocas de fumo e os vários locais ermos que permitem a desova dos corpos dos assassinados. Simões Filho fica a 22 quilômetros de Salvador e serve de base para os traficantes que atuam na capital da Bahia.
Taxa de homicídio é 8,56 vezes superior à de São Paulo Se comparados à maior cidade do Brasil em população, os totais assustam ainda mais. A cidade de São Paulo tem 11.316.149 habitantes e viu 787 assassinatos nos dois primeiros meses deste ano, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. O total da capital paulista equivale a uma morte a cada 14.378,84 moradores. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes em São Paulo é de 11,67, embora as autoridades da maior cidade brasileira reconheçam que houve aumento da violência.
Isso significa que Luís Eduardo Magalhães é 8,56 vezes mais violenta do que São Paulo e, a taxa de homicídio é 756,21% maior do que a capital paulista. Em relação a 2011, a taxa de homicídio do Estado de São Paulo é 10,2 para cada 100 mil habitantes. Até 2010, segundo o Mapa da Violência de 2012, era de 13 por 100 mil. O índice do crime em Luís Eduardo Magalhães, no ano passado, foi 633,03% superior ao do Estado paulista. Em relação ao Estado do Rio de Janeiro, o índice é 2,89 superior, quase o triplo. O estado fluminense teve
taxa de homicídio de 25,8 em 2011. As duas metrópoles brasileiras apresentaram queda no índice de homicídios ao longo dos anos, fruto de investimento por parte dos governos estaduais na área de segurança pública. De acordo com dados do Mapa da Violência 2012, do Instituto Sangari, órgão que tem como missão disseminar o conhecimento científico e faz mapas estatísticos sobre a violência no Brasil, ligado ao Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e ao Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unocd), o Rio de Ja-
neiro teve em 2010, a 5ª menor taxa de homicídios entre capitais no país. O número representa uma redução de 53,7% na comparação com o ano de 2000. A redução da taxa de homicídios foi ainda maior na cidade de São Paulo, que alcançou uma redução de 80% do índice entre 2000 e 2010, o que a levou ao último lugar entre as capitais mais violentas ou a capital menos violenta do Brasil. Entre as capitais, a mais violenta do Brasil é Maceió, com 109,9 homicídios por 100 mil habitantes e, em seguida, aparece João Pessoa com 80,3.
A violência caminha para o interior O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz ratifica o aumento da violência em cidades de pequeno e médio porte. A seu ver, a violência tem saído das capitais e rumado para o interior dos Estados. “Houve o deslocamento dos polos dinâmicos da violência: de um reduzido número de cidades de grande porte para um grande número de municípios de tamanho pequeno ou médio. Se as atuais condições forem mantidas, em menos de uma década, as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas do país”, alerta. Na opinião de Waiselfisz, os dados mostram o que ele denomina de “desconcentração da violência”. “A violência migrou para outros estados do país acompanhando novos polos de desenvolvimento local, a exemplo de Suape, em Pernambuco e, Camaçari, na Bahia, que além da mão de obra também atraem violência,” completou. Waiselfisz é sociólogo formado pela Universidade de Buenos Aires e mestre em Planejamento Educacional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, coordena a área de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e também já foi coordenador de Pesquisa e Avaliação do setor de Desenvolvimento Social da Unesco, no Brasil. “Temos uma epidemia de violência em todo o Brasil e sabemos o perfil de quem ela atinge mais: são jovens, negros e, geralmente, de baixa renda”, disse o sociólogo, responsável pela publica-
ção. Entre as causas da morte por arma de fogo entre os jovens, ele cita o abandono da escola e a baixa inserção no mercado de trabalho. “Hoje temos nove milhões de jovens que não estudam, não trabalham e que estão vulneráveis às situações de violência”, disse Waiselfisz em entrevista à Agência Brasil. Um dado para o qual o Mapa da Violência chama a atenção é o fato de contrariar, como citado na publicação, “a visão amplamente difundida, principalmente nos meios ligados à segurança pública, de que a violência homicida do país se encontra imediatamente relacionada às estruturas do crime e mais especificamente à droga”. Publicação do Conselho Nacional do Ministério Público, feita em 2012, com base nos inquéritos policiais referentes a homicídios em 2011 e 2012, em 16 diferentes estados brasileiros, confirma o quê o Mapa da Violência mostra. O estudo aponta que as principais causas de homicídios foram brigas, ciúmes, conflitos entre vizinhos, desavenças, discussões, violências domésticas e desentendimentos no trânsito. O sociólogo Jacobo Waiselfisz, por sua vez, atribui o alto índice de homicídios com armas de fogo a três fatores, entre os quais, destaca-se a cultura da violência existente no Brasil. Muitas pessoas consideram normal resolver os seus conflitos com armas. Os outros dois fatores citados pelo sociólogo referem-se à facilidade no acesso às armas de fogo e os elevados
níveis de impunidade. A pesquisa estima que existam cerca de 15,3 milhões de armas com a população, das quais 8,5 milhões não são registradas. Como causa da sensação de impunidade, Jacobo cita os reduzidos índices de elucidação de crimes de homicídio no Brasil; que representam entre 5% e 8% do total de óbitos. Nos Estados Unidos, esse percentual sobe para 65%. Quatro municípios superam a marca dos 100 óbitos por arma de fogo
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em cada 100 mil habitantes; dois ficam na Bahia: Simões Filho e Lauro de Freitas. Outros dois encontram-se no Paraná (Campina Grande do Sul e Guaíra). Nestes estudos não constam dados específicos sobre Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. O Estado de Alagoas aparece em primeiro lugar no ranking das mortes por armas de fogo, com 55,3 mortes a cada 100 mil habitantes. Em quarto lugar está a Bahia, com 34,4.
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O País mais violento A Pesquisa Mapa da Violência 2013, divulgada no dia 7 de março deste ano, mostra que o Brasil é o país com mais mortes por arma de fogo, entre os 12 países mais populosos do mundo. O crescimento foi de 346% de 1980 a 2010. Em números, o total de homicídios por tiros em 2010 foi de 36.792, contra 17.561 do segundo colocado, o México, também em 2010, superando países como a China e a Índia. Segundo este mesmo estudo, a média nacional por morte de armas de fogo está em 19 mortes a cada 100 mil habitantes. De cada três mortos, dois estão na faixa dos 15 a 29 anos, representando 67,1% dos mortos por arma de fogo. A publicação, feita pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, analisou as mortes por armas de fogo decorrentes de agressão intencional de terceiros (homicídios), autoprovocadas intencionalmente (suicídios) ou de intencionalidade desconhecida, cuja característica comum foi a morte causada por arma de fogo. As informações mostram que, entre 1980 e 2010, 799.226 pessoas morreram vítimas de armas de fogo, dos quais 450.255 mil jovens tinham faixa etária entre 15 e 29 anos de idade, o que equivale a 56,33% das mortes. Só em 2010, 75.553 jovens foram mortos, dos quais 22.694 perderam suas vidas por armas de fogo – percentual que equivale a 30,03% do total.
ESPECIAL
Jornal do São Francisco
Arma não serve para se defender RAUL MARQUES
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ara o delegado titular de Luís Edu- cidade também é lembrado pelo deleardo Magalhães, Rivaldo Almeida gado. “Só este ano já apreendemos dez Luz, há uma série de fatores que armas. É um número alto para uma leva à explosão da violência na região. cidade em que muita gente tem arma “Luís Eduardo Magalhães é uma cida- acreditando que vai se defender. Arma de fronteiriça. Fica perto de fogo não protege você de vários estados e serve de murros, de socos ou de de passagem para muita uma briga. Arma é para gente. O tráfico de drogas atacar”, explica. lidera o motivo dos assasA questão das drogas, sinatos. É bandido mapara ele, vai um pouco tando bandido, embora a além do tráfico ou acerto violência seja um fato que de contas com fornecedoperturba a todos”, disse Quanto mais res de maconha, cocaína e o delegado Rivaldo Luz, crack, entre outras. “Existe logo após fechar as esta- velho, menores também a questão da betísticas da criminalidade alcoólica, uma droga as chances de bida no município. Apesar de lícita, mas que, se usada o delegado atribuir boa ser vítima de em demasia, pode levar o parte dos crimes ao tráa fazer coisas imum homicídio” sujeito fico de drogas, segundo pensadas. Imagine alguém ele, uma série de outros armado e que tenha bebifatores justificam as estatísticas da de- do demais”, disse. As proximidades das legacia onde atua. BR 020/242 estabelecem outro fator “Falta policiamento ostensivo. Você levantado pelo delegado. “Há muito não vê a Polícia Rodoviária Federal pa- ponto de prostituição e de venda de rar um ônibus para verificar se tem ar- drogas em todas as rodovias. Isso todo mas. Você não consegue enxergar po- mundo sabe. E ninguém disputa estes lícia na rua. Falta material e homens, locais apenas com palavras”, avalia. enfim, investimento. Tudo é difícil para O perfil das vítimas de homicídio a polícia. Faltam policiais civis, milita- segundo informou o delegado Rivalres e rodoviários; gente para combater do Luz é de homens de até 35 anos de o crime, investigar e abordar”, recla- idade, especialmente os mais jovens. ma. O fato de haver muitas armas na “Quanto mais velho, menores as chan-
Delegado Rivaldo Luz ces de ser vítima de um homicídio”, conta Rivaldo, que não vê solução em curto prazo, exceto se houver uma ação completa das polícias Rodoviária, Civil e Militar. “Isso depende de recursos”, completa. Ele também lembra que a questão da violência não é um problema só da polícia. “O cidadão tem que participar e denunciar quem está armado para que a polícia possa agir. O engajamento da sociedade é fundamental”, frisa. De acordo com o delegado, a maioria dos crimes ocorreu no bairro Santa Cruz, que sofre outro problema social vivido pela cidade, e que é destacado por ele: o desnível social.
Violência e tráfico andam de mãos dadas O comandante da 5ª Companhia de Polícia Militar, capitão Cristiano Andrade da Gama dá a sua explicação para o aumento do número de homicídios que, segundo ele, é resultado direto da expansão da população em Luís Eduardo Magalhães e, por consequência, do tráfico de drogas, que busca posicionar-se mais efetivamente em todas as cidades pujantes e crescentes ou que sirvam de rota para a chegada da droga aos grandes centros. “Em janeiro e fevereiro deste ano tivemos 12 homicídios. Deste total, 75% aconteceram em razão do tráfico de drogas. A briga é entre eles. Este problema ultrapassa um pouco a esfera de ação da polícia. É uma questão também social, onde nem o policiamento preventivo talvez tivesse reduzido estes números”, avalia. Ainda de acordo com ele, “é preciso parar de culpar a polícia por algo que cresce em proporções geométricas ante uma polícia que faz o que pode para dar segurança ao cidadão de bem”. Para melhor explicar o seu pensamento, o capitão deu como exemplo a questão do crack - uma droga que, a seu ver, está mais acessível do que outras usadas nos anos anteriores. “O crack é, como eu diria, uma droga democrática. Ao contrário da maconha e da cocaína, o crack atinge todas as classes sociais e praticamente todo o País. É uma explosão que está estampada nas grandes capitais, onde existe até cracolândia. Parece que a polícia está enxugando gelo, pois todo dia há mais gente entrando no vício e gerando mais lucro aos bandidos. Onde há lucro e bandido, há mortes, crimes e homicídios”, justifica, lembrando que só 25% dos assassinatos tiveram
RAUL MARQUES
Capitão Cristiano Andrade da Gama motivos fora do eixo do tráfico de drogas. “Este percentual estaria dentro dos padrões de uma cidade pouco violenta”, ressaltou. A questão das diferenças sociais em Luís Eduardo Magalhães é avaliada com cautela pelo Capitão Gama, no município desde 2009. “É preciso lembrar que a cidade cresce muito. É uma taxa desenfreada de expansão de muita gente que vem procurar estabilidade econômica, financeira, enfim, base para a sua vida. Devem chegar umas 20 mil pessoas por ano e ir embora boa parte que não obteve êxito, a maioria, sem preparo técni-
co”, analisa, complementando ainda que, dessas pessoas, nem todas estão bem intencionadas e que, muitas delas, acabam seduzidas pelo mundo da criminalidade. “Eu não diria só seduzido, mas disposto a fazer disso um meio de vida”, reforça. Ele lembra ainda que, em Luís Eduardo Magalhães, uma família inteira chegou a ser presa por ter no comércio de drogas ilícitas, em especial, o crack, a sua fonte de renda.
setembro liderou com nove crimes, enquanto o bimestre maio e junho liderou a criminalidade em 2012. Este ano, infelizmente, houve uma explosão de homicídios nos dois primeiros meses do ano”, analisa. O fato de a BR 020/242 ser um vetor da violência em Luís Eduardo Magalhães, Cristiano Gama acredita que a estrada sirva de canal de passagem de drogas e de armas, sem que isso desague nas estatísticas do município diretamente. Quarenta meses “O que falta é maior fiscaliApesar da justificativa social, zação das rodovias pela PoCapitão Gama reconhece o lícia Rodoviária, o que não aumento no número total de acontece. Já houve uma dehomicídios nos 40 meses que núncia anônima na qual a esteve à frente da compa- Onde há lucro Cipe-Cerrado apreendeu um nhia no município. “Desde caminhão com 90 quilos de a segunda quinzena de 2009, e bandido, pasta-base de cocaína em quando cheguei à cidade, há mortes, um caminhão”, relembra. 123 crimes foram cometidos. Sobre a falta de efetivo poNeste período, foram apre- crimes e licial, o capitão destaca que endidas 238 armas de fogo. homicídios” essa é uma realidade crônica Se você fizer a conta, usando em vários locais do Brasil. como base também os 100 “As Organizações das Nações mil utilizados para calcular o índice de Unidas (ONU) recomendam 250 pessoas homicídio de cada lugar, vai ver que tal- para cada policial. Em Luís Eduardo, este vez Luís Eduardo Magalhães seja a cidade número seria próximo a 1 mil por um hamais armada do Brasil”, disse. Também bitante. Agora, neste caso específico, não neste período, foram presos 310 indivídu- é mais policiais que vai resolver. É preciso os por tráfico de drogas e entorpecentes. haver policiamento preventivo e ostensiQuestionado se os meses de janeiro e fe- vo, além da colaboração de todos. O que vereiro historicamente são os mais vio- não dá para acontecer é você prender, lentos – 12 homicídios em Luís Eduardo entregar à Polícia Civil e a soltura aconMagalhães, seis em cada mês - Cristiano tecer quase que imediatamente após a Gama disse que não. captura. Isso não pode ocorrer. Se pren“Em 2009, o mês mais violento em ho- deu com drogas, tinha que estar preso; se micídios foi agosto. Em 2010, os crimes é viciado, aí sim, coloca-se em tratamendeste tipo foram distribuídos. Em 2011, to”, reclama.
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Bandido matando bandido no Oeste O delegado coordenador da 11ª Coordenadoria da Polícia do Interior (Coorpin), José Resende de Moraes Neto, vê nas desigualdades sociais um dos maiores problemas enfrentados por Luís Eduardo Magalhães. “Muita gente vem pra cá seduzida pela promessa do milagre do Oeste baiano, mas não é bem assim. É um entra e sai constante de pessoas em busca de oportunidades. Este ponto é fundamental para que a criminalidade esteja tão elevada”, justifica o delegado, sediado no Complexo Policial, em Barreiras. Apesar disso, Resende concorda com o delegado Rivaldo Luz, atribuindo ao tráfico de drogas, o maior vetor de homicídios em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. “Eu lido com crimes todos os dias, e não vejo nas estatísticas, gente de fora do crime envolvida em assassinatos ou ocorrências graves. Quem mata ou é morto, em sua maioria, tem ou já teve passagem pela polícia. Isso significa que é bandido matando bandido”, explica. A questão do avanço do tráfico de drogas associada ao maior número de consumidores de substâncias ilícitas, de acordo com ele, seria
EXPRESSO
Delegado José Resende a principal causa do crescimento do número de mortes na região Oeste. A falta de efetivo policial também é outro ponto que precisa ser levado em consideração antes de analisar friamente os números, lembrou Resende. “Em qualquer cidade do Brasil é preciso levar em conta a quantidade de policial pelo número de habitan-
tes. No Distrito Federal é um policial para fundamental para qualquer um”, avalia. cada 180 moradores. Em Luís Eduardo Apesar do crescimento do número de Magalhães é quase um para 900 pessoas”, crimes letais em Luís Eduardo Magalhães, evidencia, lembrando ainda que existe Resende considera que a delegacia local falta de efetivo ideal para tenha um nível elevado de combater a criminalidade. crimes solucionados. “De Ainda de acordo com ele, 45 homicídios ocorridos em a participação do povo no Luís Eduardo Magalhães no combate ao crime é essencial ano passado, 27 estão elucipara a redução da violêndados, o que significa 60% de cia na região Oeste. “A gente homicídios com autoria, quasabe que a violência atinlificação e inquérito pronto. ge principalmente quem se Há mais quatro para entrar envolve com o crime, mas é Quem mata ou nesta estatística, o que eleva preciso manter distância do é morto, em o percentual de elucidação a que se considera perigoso. 68,8%, número que se aproEu, que sou policial e, você, sua maioria, xima ao do FBI, nos Estados que é jornalista, nós temos tem ou já teve Unidos”, disse Resende, expliconhecimento de que ela (a cando ainda que a taxa de criviolência) existe e tomamos passagem pela mes deste tipo, solucionados nossas precauções. Isso é polícia nos Estados Unidos, varia enpreciso ser lembrado por totre 75% e 80%. Em Barreiras, dos que acham que o crime esta taxa é de 48% e, na região só existe quando bate à sua porta. É ne- Oeste, especificamente na 11ª Coorpin, a cessário saber onde, quando e como fre- taxa de homicídios é de 59%, segundo inquentar determinados locais e com quem formações do delegado José Resende de nos envolvemos. Não se expor ao crime é Moraes Neto.
Bares e a cultura da arma Para o juiz de Direito da Vara Crime de construídas seis, sete, até oito moradias. Luís Eduardo Magalhães, Claudemir da É um empilhamento de gente em um loSilva Pereira, o problema do número ele- cal onde caberia somente uma família. vado de homicídios em Luís Eduardo Ma- Esse crescimento desorganizado também galhães não está no tráfico gera violência”, aponta. Ele de drogas, mas em vários farelembra que, recentementores, entre os quais, elencou te, o número de viaturas pocomo o principal, o grande liciais que circulam nas ruas número de bares irregulares da cidade aumentou conna cidade. “Não há fiscalisideravelmente. “Isso não zação por tratar-se de meacontecia há algum tempo. A didas impopulares”, explica, polícia de Luís Eduardo tem alertando que boa parte dos obtido ótimos resultados no crimes acontece nas imedia- Isso não que concerne à elucidação ções de estabelecimentos tem relação dos crimes, mas isso só não comerciais irregulares. Ele basta. É preciso haver uma citou como exemplo a his- nenhuma com série de mudanças na cidade tória de uma senhora cujo o tráfico de e até uma maior participafilho morreu nos seus braços ção do Governo Estadual”, em meio a uma discussão na drogas, tem analisa. porta de um bar. “Isso não com a falta de Acerca dos homicídios, o tem relação nenhuma com o juiz informa que apesar de tráfico de drogas, tem com a fiscalização boa parte dos suspeitos de falta de fiscalização dos ba- dos bares autoria confessar os crimes res”, reclama. na delegacia, em juízo, cerca O crescimento desorganide 70% deles acabam dizenzado da cidade também preocupa o ma- do que agiram sobre pressão. “A história gistrado. “Há lotes no bairro Santa Cruz, muda quando estão em juízo, diante dos de tamanho reduzido, nos quais foram advogados e da Justiça”, completa. Ainda
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Juiz Claudemir da Silva Pereira de acordo com ele, muitos indivíduos – depois de cometerem um crime grave, como homicídio – só se dão conta do acontecido após cerca de uma semana privados da liberdade. “É como se a ficha só caísse bem depois. Por isso, talvez se justifique a diferença gritante entre o nú-
mero de confissões na delegacia e o de confissões em juízo”, avalia. No que concerne às atribuições do Judiciário, o magistrado entende que as leis e a forma como as punições acontecem, também geram problemas para a sociedade. “Agora, crimes com até quatro anos de pena, o delegado pode arbitrar fiança. Não há penitenciária no Oeste da Bahia, nem vagas em Salvador. É preciso rever esta maneira de punir”, evidencia, citando ainda que a função da Justiça Penal é punir, prevenir e ressocializar. “O Estado só cuida da punição. Os outros processos parecem ter sido esquecidos pelas autoridades públicas. Todo o processo punitivo acaba indo por água abaixo por não haver ação das outras partes”, reclama. REINCIDÊNCIA PREOCUPA JUIZ “Temos vários exemplos. Um deles é o de um rapaz que saiu da cadeia após cumprir sua pena, e quatro meses após foi assassinado”, relembra. Para ele, o problema da não reinserção do preso na sociedade pode provocar a chamada reincidência. “Há casos também de indivíduos que cometeram crimes, foram presos, cumpriram pena, voltaram às ruas e ma-
12 Ed. 127, de 15 a 30 de abril 2013 taram outras pessoas. Não dá resultado só punir”, explicou. Um tipo de crime em especial preocupa o juiz. “Hoje o número de homicídios teve forte crescimento e passou a preocupar as autoridades estaduais. Há um crime pior que atinge a sociedade em cheio. É o assalto (roubo) à mão armada, que pode se tornar um latrocínio. Isso me preocupa bastante”, revela. Como solução para o problema, Claudemir Pereira destaca que é preciso haver mudanças estruturais também nas questões que envolvem a evolução das crianças. “Não basta ter colégio. É preciso incentivar nas crianças, a vontade de ir à escola. Um colégio sem quadra, sem bola, sem banheiro, sem água, sem qualquer atração para a criança não funciona como processo de educação”, frisa. “Esta explosão da violência urbana, expressa nos números dos homicídios, está
ESPECIAL diretamente ligada à cultura de andar armado, que é considerada normal na região. São armas clandestinas, ilegais, que não servem para ninguém se defender”, afirma o juiz de Direito da Vara Crime de Barreiras, Gabriel de Moraes Gomes, que entende que a ‘cultura da arma’ na região precisa acabar e, em sua opinião, isso deve acontecer através do combate direto, com maior fiscalização e repressão por parte da polícia. “Imagine a ansiedade pelo fato de que todos podem estar armados. Isso leva à insegurança, ao medo e, até mesmo, ao costume de se acreditar que armas são instrumentos de defesa, e não são”, afirma, completando ainda que o acesso às armas de fogo na região, em geral, costuma ser fácil. Gabriel Gomes não vê o tráfico de drogas como principal causa dos homicídios na cidade. Em seu entendimento, o tráfico pode aumentar o número, mas não
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ser taxado como principal fator do crescimento dos homicídios. “Há questões maiores em relação à explosão da violência, que vão desde problemas individuais aos emocionais”, analisa. Outro ponto destacado pelo magistrado, que ele cita como causa do aumento dos crimes letais, é a difusão de impunidade que existe na sociedade. Para explicar seu pensamento, o juiz lembra que, até pouco tempo, havia o que era batizado de vício jurídico. “Todo mundo se preocupava mais em saber se o acusado responderia em liberdade ou se ficaria preso, ao invés de dar mais atenção ao julgamento do mérito. Este erro era cometido por todos”, disse o juiz. Ele defende ainda que aumentar o número de promotores, juízes e o contingente policial na região, além de aparelhar a polícia, diminuiria a sensação de impunidade na região.
No meio de uma guerra REPRODUJÇÃO
O
presidente da Comissão da Paz de Bar- e teria acusado um empresário da cidade, reiras, Gil Arêas Machado, também de envolvimento com o tráfico de drogas. O usa a guerra entre bandidos para jus- inquérito foi reaberto após a publicação de tificar o alto número de homicídios que, a artigos do periódico e consta do site Repórseu ver, não pode ser visto como aceitável. teres Sem Fronteiras, que policia o total de “Ninguém pode achar isso normal, estar jornalistas assassinados pelo mundo. no meio de uma guerra e ver com passivi“Este crime até hoje não foi esclarecido, dade tanta morte. Isso não existe”, destaca. como tantos outros por aí. Solucionar criNascido e criado na cidade, Gil Arêas dis- mes em que bandido mata bandido é fácil. se que viu a violência crescer Agora, queremos explicações na região e mudar de tom ao para esses assassinatos. Deilongo dos anos. “Hoje, está xar um crime como estes sem muito pior. Não há como fazer respostas é falta de respeito à qualquer elogio. Faltam carros população de Barreiras”, disse. para a polícia. Não há uma dePara Gil Arêas, as autoridades legacia especializada para hodeviam sair dos gabinetes e vimicídios. Faltam homens. O sitar mais as cidades, especialpovo não pode assistir isso do mente, aquelas localizadas no palanque. Temos que parar de Ninguém pode Oeste da Bahia. “Esta distância falar que bandido mata bandi- achar isso entre as autoridades e a realido. Essa violência um dia bate dade precisa diminuir. Uma na população em cheio, como normal, estar cidade não é representada só já bateu. As autoridades pen- no meio de por números e estatísticas. É sam que a gente esquece, mas mais que isso”, frisa. No seu o povo não esquece”, reclama. uma guerra entendimento, existe uma forO presidente faz referência e ver com ma de mudar tudo isso, mas aos casos de pessoas da socieque necessita da participação dade que foram assassinadas passividade ativa das três esferas do poder: e que, até hoje, os crimes con- tanta morte a municipal, a estadual e a fetinuam sem solução. Nesta sideral. “E isso ninguém vê por tuação está, segundo Arêas, o aqui. Não há a presença do exemplo do jornalista Vítor Emanuel Lena, Poder Público”, afirma. morto no dia 26 de março de 1991 com seis Para comprovar o que diz, ele cita exemtiros de bala calibre 7,65 milímetros e en- plos de obras que foram iniciadas, mas emcontrado dois dias depois do seu desapa- perradas na esfera burocrática. “Quantos recimento. À época, o jornalista era editor e colégios estaduais de bom nível tem uma proprietário do semanário Nova Fronteira, cidade do porte de Barreiras? O Eurico
Presidente da Comissão da Paz, Gil Arêas Machado Dutra já nasceu pequeno e despreparado. Cadê o anel viário? A expansão do aeroporto que nunca fica pronta? Se os governos não se envolvem nisso, farão o quê pela violência?”, questionou Gil Arêas. Para o presidente da Comissão de Paz, a solução para a criminalidade passa pela educação. “Não são só os números de agora que refletem um mundo violento. Falta oferecer educação nas escolas para manter os jovens ocupados", disse.
Sociedade está em perigo
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Presidente do Conseg, Jair Francisco O presidente do Conselho Comunitário de Apoio à Segurança Pública de Luís Eduardo Magalhães (CONSEG/LEM), o empresário Jair Francisco, tem opinião quase igual à do presidente da Comissão de Paz de Barreiras. “Hoje, bandido mata bandido. É isso que predomina pela apuração da polícia nas estatísticas de homicídio. Isso pode virar uma rotina e bater às nossas portas com maior intensidade, como já aconteceu, em 2009, quando dois empresários da cidade foram mortos em um assalto”, relembra. Para ele, a solução em reduzir o índice de crimes letais está na melhoria do policiamento, dando condições para que a polícia execute sua missão sem problemas. “Esta é a função do conselho: fortalecer a polícia, que hoje tenta suprir suas necessidades”, destaca, fazendo referência à ausência do Poder Público Estadual na região. Morador da cidade há vários anos, Jair Francisco diz que uma das maiores causas da explosão de crimes letais está no excesso de liberdade que existe nos bares do município, que incomoda a todos. “Não há fiscalização nos bares, com música em alto volume e consumo exagerado de bebidas. Uma coisa atrai a outra”, completa. Em relação ao tráfico de drogas, Jair Francisco reconhece que Luís Eduardo Magalhães funciona como uma espécie de passagem obrigatória para os traficantes e também defende a maior fiscalização das rodovias pela Polícia Federal, bem como o chamado policiamento preventivo. Ele entende que existe má distribuição da renda per capita em Luís Eduardo Magalhães, mas não atribui relação com a criminalidade. “É um fato que pode colaborar, mas não serve como justificativa. Tráfico de drogas existe em todo o Brasil e é um problema que atinge todas as classes sociais”, assegura.
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de A sensação de poder Perfil assassinos REPRODUÇÃO
É
exatamente esta sensação de poder que pode levar muita gente a matar alguém que destaca o psiquiatra Francisco Honorato Leite, que atende em consultório na cidade de Barreiras. “A gente observa que quem usa arma acaba tendo um comportamento bem diferente daquele que não está armado. Esta sensação de poder, dependendo do estado da pessoa, pode causar uma sensação inebriante, de que nada lhe atingirá. Como há facilidade na obtenção de armas em Luís Eduardo e Barreiras, isto é algo bem preocupante”, disse. Assim como o delegado Rivaldo Luz, ele também lembra que arma não tem relação com defesa, sua única utilidade é matar. “Ninguém descasca uma laranja com uma pistola ou conserta um carro com uma arma. Arma é para matar”, ressalta. Aspectos psicológicos que envolvem os bandidos em ação são lembrados pelo psiquiatra. “Quando um bandido está assaltando alguém, ele está com mais medo do que qualquer um. Qualquer ação inesperada do assaltado, um movimento inesperado, pode resultar na morte. O perigo e o medo rondam os dois lados”, explica. Em relação à psicopatia que pode existir em um assassino, Francisco Honorato conta que há diferenças clínicas fundamentais entre um bandido que mata e um psicopata. “Não vejo um matador profissional como um psicopata. Foi uma opção dele. Ele teve consciência desta escolha. Temos que separar o que mata por matar de quem mata por um acesso de fúria ou de raiva, sem controlar o Hulk que existe dentro si”, avalia. Hulk é um personagem de história em quadrinhos que se transformava em um ser gigantesco, verde e furioso ao ser confrontado com adversidades. O cientista Bruce Banner acaba se transformando em um ser gigantesco e que só pensa em esmagar, matar e destruir. “Este instinto é natural nas pessoas. Todo mundo tem um limite de tolerância, que pode ser maior ou menor dependendo do indivíduo. Imagine o lado furioso da pessoa aflorar e ela estiver armada? O resultado não será bom”, destaca. O médico também observou que é preciso separar as questões de psicopatia e de ataques de fúria dos excluídos, que não tiveram opção se não a de abraçar a violência como forma de subsistência. Ele também fez críticas à forma como a Justiça pune os criminosos.
Celas pequenas O psiquiatra Francisco conta que durante um trabalho voluntário realizado por ele na cadeia de Barreiras, ficou horrorizado com o que viu. “São celas que cabem quatro pessoas e há mais de 30 em cada uma delas – o verdadeiro retorno à vida selvagem. A violência aflora mais ainda por causa deste ambiente”, reclama, citando ainda que nos presídios e cadeias, por Lei, deveria existir a obrigatoriedade da presença de um psiquiatra. Ainda de acordo com ele, a função da Justiça não é só punir. Segundo dados da Pastoral Carcerária da Diocese de Barreiras, o espaço destinado para cada preso de 0,5 metro quadrado é igual ao de um campo de concentração usado na Segunda Guerra Mundial. “Como melhorar alguém em locais assim? Não há como!”, assegura. Acerca do fenômeno da explosão da violência em Luís Eduardo Magalhães e Bar-
Hulk é um personagem de história em quadrinhos que se transformava em um ser gigantesco, verde e furioso ao ser confrontado com adversidades Raul Marques
reiras - em menor intensidade, no que relaciona à psiquiatria, Francisco Honorato fez questão de lembrar que há fatores sociais claros que influenciam o aumento do número de homicídios. “É preciso separar Luís Eduardo de Barreiras. São duas realidades diferentes. A primeira cidade é vista como cidade das oportunidades e passa a falsa impressão de que lá tudo é fácil, o
que não é verdadeiro. Há separação e um desnível social muito grande. Um desnível econômico, que acaba escrito nas estatísticas da violência”, relata. No entender do psiquiatra, é preciso reconhecer esta disparidade econômica. “Isso significa que a violência, por fruto da competição que não é visível para quem vai tentar a vida em Luís Eduardo Magalhães, pode ter maior explosão do que a esperada, ou seja, aumentar o número de assaltos, violência, homicídios, tudo que se relaciona à criminalidade”, evidencia. Um ponto lembrado pelo psiquiatra é o alcoolismo, que pode servir de instrumento para o aumento da violência. “Os casos que observei nos meus anos de experiência estão relacionados ao consumo excessivo do álcool. A bebida tem fases como a de poder, depressão e a do coma, esta sim, com efeitos danosos ao ser humano”, encerra. ■
A violência faz parte do ser humano, dizem os psicanalistas. Muitas vezes, segundo vários autores, todos já sentiram vontade de bater em alguém ou ter uma reação impulsiva a uma frase mal dita ou atitude considerada inconveniente. Segundo os psiquiatras, ninguém está livre de se tornar um homicida. Os sinais estão por aí. Vão desde uma simples briga no trânsito a um enfrentamento coletivo, entre rivais. E isso é um passo para o assassinato. A violência, segundo os psicólogos, é um entorpecente. Sigmund Freud, em 1930, foi o primeiro a descrever o conflito existente entre os impulsos animais e a repressão da vida em sociedade. Segundo o psiquiatra americano Jonathan Pincus, autor do livro ‘Instintos básicos, O que faz matadores matarem’ - “os homicídios são os atos que não podem ser simplificados como tendo origem na pobreza, na ignorância ou num momento de descontrole”, o que põe por terra qualquer teoria relativa à violência. A maioria dos crimes violentos é cometida pelos chamados psicopatas. Quatro em cada 100 pessoas seria portador de psicopatia, segundo dados dos organismos internacionais, mas não necessariamente assassinos cruéis. Sabe-se ainda que não existe um motivo único, simples, previamente detectável que leve alguém a se transformar em assassino frio. Doenças mentais, abuso sexual, violência infantil e problemas no sistema neurológico podem levar o indivíduo a se tornar um criminoso. Nestes quesitos, também pode ser incluído o uso contumaz de drogas, como a cocaína e o crack. Para a maior parte das pessoas, especialmente os jovens excluídos, segundo os psiquiatras e psicólogos, ter uma arma na mão dá a sensação de poder. Assim como andar em grupos ou ter muito dinheiro. Um círculo vicioso que acaba seduzindo quem não equilibra o lado social com a adormecida parte selvagem.
Nota da redação. A reportagem do Jornal do São Francisco entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública para obter o mapa da estatística da violência nos municípios da região Oeste da Bahia, mas não obteve resposta. O site da SSP/BA, por sua vez, não está atualizado. A reportagem identificou, ainda, que os dados coletados pelos órgãos que controlam as estatísticas da violência são conflitantes e não seguem uma mesma metodologia.
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BRASÍLIA
JSF no Planalto
Estudantes em foco
Romênia Mariani
No Diário Oficial da União (DOU), o governo federal publicou no último dia 11, uma lei que prevê isenção total e parcial das taxas de inscrição em vestibular, a partir de requisitos socioeconômicos dos candidatos. A Lei número 12.799 garante que alunos com ensino médio completo em escolas da rede pública, que concluíram os estudos em rede particular com bolsa integral e que tem renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio, não precisam pagar inscrição no processo seletivo de ingresso nos cursos.
romeniamariani@hotmail.com
Em tempo de inflação, tomate vale ouro O IBGE, no último dia 10, divulgou que a inflação acumulada em 12 meses chegou a 6,59% e ultrapassou o teto da meta definida pelo governo, que deveria ser de 6,5%. Os alimentos subiram mais que o dobro, aproximadamente 13,4%
C
om a alta da inflação, o tomate se tornou o centro das atenções no País. Em razão do seu grande aumento de preço, o consumidor final se vê obrigado a pagar em torno de R$ 9,00 por um quilo de tomate. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) sinalizou que esta é a maior alta do produto em 15 anos. Os parlamentares da oposição, diante dessa desordem econômica, não deram trégua para a presidente Dilma. Com faixas e carrinhos de supermercado contendo os vilões: tomate, cebola, batata, feijão e farinha de mandioca, os deputados do DEM ocuparam o Plenário e o Salão Verde da Câmara e protestaram contra a inflação. De 2012 para cá esses alimentos são os que mais têm pesado no orçamento da família brasileira. A previsão da alta desses produtos chega a ser surreal. Farinha de mandioca (de 151,4% em 12 meses), tomate (122,1%), cebola (76,5%), alho (53,1%) e assim segue a carruagem. O volume de vendas no varejo diminuiu para 0,4%, contra um crescimento de 0,5% em janeiro. De acordo com Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, o recuo no varejo se deve basicamente ao aumento de preços. Comparado com fevereiro de 2012, o recuo foi de 0,2%. O varejo não apresentava taxa negativa de crescimento e volume desde novembro de 2003, quando também marcou - 0,2%. A última pesquisa nacional divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) nas capitais mostrou que o cidadão que recebe um salário mínimo tem 45% da renda comprometida com a cesta básica e o reajuste do mínimo este ano foi quase irrisório – apenas 9%. Há três anos a cesta básica tinha um percentual sobre o salário mínimo que oscilava entre 15% a 18%, às vezes, chegando a 22%. Hoje, essa mesma cesta alcança 45% do assalariado. A Fundação Getúlio Vargas apontou que 48% do salário está amarrado também com dívidas. O governo incentivou, principalmente, o crédito consignado. Essa é a realidade que o Brasil está vivendo.
REPRODUÇÃO
No último dia 10, o Plenário concluiu a votação da Medida Provisória 589/12, que permite o refinanciamento de dívidas dos estados, do Distrito Federal e dos municípios com a Previdência Social relativas às contribuições sociais. A matéria seguirá para o Senado. Parecer aprovado inclui diversos outros pontos na MP, como o parcelamento de dívidas relativas ao Pasep. Segundo o texto, poderão ser repactuadas as contribuições vencidas até 28 de fevereiro de 2013. A data limite original era 31 de outubro de 2012.Os pagamentos serão feitos com a retenção de parte do dinheiro dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM), em prestações equivalentes a 1% da média mensal da receita corrente líquida. O percentual poderá ser menor se o montante a pagar puder ser dividido em 240 prestações.
Quadro Negro
Protesto de parlamentares da oposição Nos últimos meses, inúmeras medidas de desoneração fiscal foram tomadas para atenuar o impacto desse movimento de aumento de preços. Em primeira mão foram os eletrodomésticos da linha branca e os automóveis. Depois veio a energia elétrica (que aumentou antes de diminuir), a cesta básica e a folha de pagamento de alguns setores específicos. Nas entrelinhas esse movimento visa atingir dois objetivos: reduzir custos para o consumidor final mantendo os níveis de consumo que sustentam o atual modelo de crescimento econômico e garantir a manutenção de um cenário positivo, já que problemas na economia e período eleitoral é um casamento nada apropriado para os políticos que querem permanecer no poder. Apesar de toda essa movimentação, que se pode considerar superficial, vê-se que o comportamento do governo em relação à inflação tem sido de tolerância e de pouco-caso. A presidente Dilma tem se mostrado mais interessada em reverter a sucessão de “pibinhos” do que em opor-se a inflação. Recentemente, em visita à África do Sul, chegou a condenar políticas de aperto monetário (alta dos juros) por destruírem empregos e força de produção. O desmentido que veio depois não invalidou a percepção geral de que
Refinanciamento de dívidas
o atual governo optou por ser leniente com a inflação. A estratégia dos panos quentes não vingou. Querer segurar a onda da inflação com desonerações tributárias, como a dos produtos da cesta básica e dos veículos e, com adiamento de remarcações (como dos combustíveis e da condução) ao invés de controle, gerou mais distorções. O padrão de impostos que o brasileiro paga é absurdo se comparado ao serviço que é dado em contrapartida à sociedade. Dessa forma, a princípio, toda desoneração deveria ser muito bem vinda. Entretanto, diante dos desdobramentos, o que se evidencia é que as articulações estão sendo mal direcionadas – são meramente paliativos. Enfim, a verdade nua e crua é que o quadro econômico do Brasil anda bem capenga. O governo precisa tomar uma posição firme para que não venha à tona o pesadelo da inflação deixado nos idos de 94. O governo tenta maquiar e não consegue. A inflação voltou, o que dá a entender que o governo não soube agregar uma política de desenvolvimento do Brasil com o controle inflacionário. O tomate vale ouro, é o símbolo da vez e prova inconteste de que algo está errado. Alguma coisa precisa ser feita o quanto antes para acalmar o Dragão. ■
Levantamento revela que em 72% das comarcas do Brasil, não existe o serviço de assistência jurídica gratuita para quem não tem condições de pagar um advogado. Congresso analisa instalação de defensorias em todo o país no prazo de oito anos. Os dados mostram que a defensoria só está presente em 754 das 2.680 comarcas do país. O déficit total de defensores no Brasil é de 10.578.
A lenga lenga da Reforma Política
Por falta de consenso entre os partidos no último dia 09, não foi votada a Proposta de Emenda à Constituição 3/99, que prevê coincidências dos mandatos e das eleições gerais e municipais. Apesar da redução no conteúdo da reforma política, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, destacou que a votação da coincidência de eleições seria “o primeiro passo” para mudanças mais amplas do sistema político eleitoral. Alves, no entanto, se disse frustrado com a não votação. “Já estou cansado de esperar acordo a respeito da reforma política. É hora de começar a votar. A Casa não pode ficar a vida inteira empurrando com a barriga esse assunto.” O presidente da Casa espera dar um ultimato na questão nos próximos 30 dias. ■
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“Quem não quer ser governador da Bahia?” Em entrevista exclusiva ao Jornal do São Francisco, o deputado federal João Leão não esconde o desejo de candidatar-se a governador ou mesmo a senador nas próximas eleições Raul Marques
RAUL MARQUES Do Jornal do São Francisco
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ido como o idealizador da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), o deputado federal João Leão não descarta a possibilidade de sair candidato a governador do Estado da Bahia ou a senador nas próximas eleições, em 2014. Em entrevista exclusiva ao Jornal do São Francisco, João Leão revelou que, se fosse governador, seguiria o exemplo de Juscelino Kubitschek, trabalhando 50 anos em apenas cinco de mandato, no caso, quatro anos. No entanto, para o momento, o deputado demonstra preocupação é com o andamento das obras da Fiol e a geração de economia para os produtores baianos. Ele alertou, durante a entrevista, que as mais de 100 cidades que serão cortadas pela ferrovia devem estar preparadas para receber o aporte de investimentos, com infraestrutura adequada para a provável instalação de indústrias. Por isso, João Leão faz questão que o ministro das Cidades compareça ao seminário que acontecerá em Barreiras, no próximo dia 26 de abril, no Hotel Solar das Mangueiras, em Barreiras. Acompanhe a entrevista. Jornal do São Francisco - Como está o projeto da Fiol? De que forma ele pode alavancar ainda mais a economia da região Oeste da Bahia? João Leão - Hoje, produzir nesta região é caríssimo. Muito caro, mesmo. A ferrovia vai mudar isso. Vai mudar toda a estrutura das cidades da região. A gente precisa preparar estas cidades do Oeste da Bahia - como Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério - para receberem este volume de progresso que virá com a instalação de empresas na região. Melhorando o escoamento da produção, deve vir uma grande empresa para a região. Virá uma fábrica de tecido para cá por causa da produção de algodão. Não vem hoje porque nós não temos logística. Faltam meios de transporte para a produção. E isso encarece a atividade de qualquer um. JSF - Como é que acontece isso hoje? JL - É simples. Hoje, o produtor manda o algodão para portos do Sudeste e do Sul do Brasil para depois embarcar para o exterior sem ser competitivo neste ponto. Não que seja caro produzir aqui. É caro o escoamento desta produção. Somos o maior produtor do mundo em algodão, milho e soja. Da porteira da fazenda para dentro, nós somos os melhores. Da porteira da fazenda para fora, nós somos os piores. A carga sai da fazenda, o caminhão atola, carreta atola, capota, se chama o trator para desatolar... Então é isso que encarece. JSF - Em sua opinião, esta mudança no modal de transporte não deveria ter sido feita mais cedo? JL - Sim. Há 15 anos eu estou lutando por isso. Há 15 anos eu brigo para que seja feita a ferrovia. Agora, ela está se tornando
Desidério, ela (a ferrovia) vai gerar algo em torno de sete mil empregos. Você precisa se preparar. São sete mil famílias que virão morar na região, das quais, a metade terá um profissional especializado, sem falar da mão de obra que não é contratada diretamente, como o cara que vai trabalhar no caminhão, um servicinho aqui, outro ali, que são os trabalhos indiretos gerados pela ferrovia. Contando com isso tudo, praticamente dobra. Então, você tem que trazer o Ministério das Cidades para estudar e preparar a região para os impactos que esta ferrovia trará para a região. Em todos os pontos. Água, luz, asfalto... Enfim, melhoria da qualidade de vida como um todo. O Ministério das Cidades tem que vir e ajudar os municípios. Então, o ministro tem que fazer parte do nosso seminário da ferrovia, agora no final do mês. JSF - O senhor tem alguma pretensão política maior do que ser deputado? JL - Não, olha aqui... Quem é que não deseja ser governador da Bahia? Quem é que não deseja ser senador da República? Quem é que não deseja ser vice-governador da Bahia? Não sei! Eu sou deputado federal já pelo quinto mandato. Já são 20 anos naquela casa. Está na hora de eu sair de lá. O que eu vou ser, eu não sei. Vai depender dos amigos. Um homem sozinho não é ninguém. JSF - Mas e o homem? Sem colocar vontade política no meio, o homem não tem a pretensão de ser governador do Estado da Bahia? JL - Lógico que tem. Se eu dissesse que não tenho, eu estaria mentindo. Se eu dissesse que eu não quero ser governador da Bahia eu estaria mentindo. É lógico que eu quero.
Deputado federal, João Leão viável. Esta ferrovia é um marco histórico em toda a Bahia. É um divisor de águas para os produtores locais. Para toda a região. Para todo o Brasil. Com esta ferrovia, você vai ligar Ilhéus com Itabuna; o porto; o mundo a Barreiras e, o Centro-Oeste ao Tocantins. Você vai ter uma interligação entre produtor e comprador.
do um porto que um prático ganha R$ 10 mil, R$ 15 mil - o que é um grande salário para um prático. Isso é assim no mundo inteiro; no Brasil, não! JSF - Qual a importância da malha rodoviária quando já existir a Fiol? JL - Minha preocupação é alimentar a ferrovia. Com a melhoria das estradas, você vai ganhar uma malha rodoviária de boa qualidade ao lado da ferrovia, que funcionará como malha viária de manutenção da ferrovia. Por exemplo, a Fiol corta 234 quilômetros de São Desidério. A cidade vai ganhar uma estrada boa de igual proporção, o que é importante para este município.
JSF - E o que mudaria nesEu sou ta ligação entre produção e transporte da carga deputado federal para o exterior? já pelo quinto JL - Se você tiver um porto competente, que já está mandato. Já são nascendo privatizado, en- 20 anos naquela quanto está se falando aí em privatização de por- casa. Está na hora tos, você ganha. O priva- de eu sair de lá” do quer saber de lucros. É inadmissível, hoje, que um prático de um navio, trabalhando ali para colocar o navio dentro de um porto para JSF - As cidades também precisam se carregar e levar para fora, ganhe por mês preparar para receber a mão de obra, R$ 300 mil! Isso é impraticável. O que é então? Como isso vai acontecer? isso? Em nenhum sistema de logística isso JL - A ferrovia vai gerar 30 mil empregos é possível. Essa é a diferença. Está nascen- diretos. Aqui, na região de Barreiras e São
JSF - Já nas próximas eleições? JL - Quem sabe... Se os companheiros disserem: ‘Leão, esta vez é sua’, aí eu dava jeito na Bahia. Porque eu sou um sonhador e sou um realizador. Eu sonho e realizo. E meu exemplo está aqui no Oeste da Bahia e na Bahia inteira. Em todos os cantos, no Extremo Sul, Norte, Nordeste, Litoral Norte e no Litoral Sul. O que acontece é que a Bahia tem condições de ultrapassar São Paulo, que hoje é a locomotiva do Brasil. Nós somos vagões. A Bahia caminha para superar São Paulo. Como secretário de Infraestrutura eu fiz quatro mil quilômetros dos sete mil anunciados pelo Governo de Jaques Wagner. Cuidei de luz para as cidades, telefones para as cidades... Então, é aquela velha história... Juscelino conseguiu fazer um governo no Brasil de cinco anos, mas ele fez cinquenta. Minha meta, se chegar a governador, é de fazer um trabalho como o de Juscelino Kubitschek. Quero ajudar. Cuidar de hospitais, casas, educação... Não é possível que os índices de educação sejam piores do que o de muitas nações subdesenvolvidas. Estes problemas não se resolvem sentado em gabinete. Tem que dar exemplo. Aí a coisa passa a andar. ■
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REGIÃO
Encontro estimula mobilização para seminário “Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa” Prefeitos, deputado João Leão e associações de classes se unem para que a obra seja liberada e transforme a realidade da região RAUL MARQUES
RAUL MARQUES
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emos que juntar mais de duas mil, três mil pessoas, para que a ferrovia saia do papel e se torne realidade, para que se libere o quanto antes e a coloquem (a ferrovia) em operação”. Esta foi à frase utilizada pelo deputado federal João Leão, do Partido Progressista (PP), para defender a importância da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) no último dia 5 de abril, na sede da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a uma plateia com mais de 100 pessoas, entre as quais estavam prefeitos, líderes de associações de produtores e profissionais da região. O encontro pretendia estimular a mobilização em prol do seminário “Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa”, que será realizado em Barreiras, no Hotel Solar das Mangueiras, no próximo dia 26 de abril. O seminário deverá contar com a participação do governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner, das secretarias do governo estadual e de diversos ministros, como o do Transportes, César Borges. Em seu discurso, João Leão convocou os representantes das prefeituras das cidades próximas ao traçado da Fiol para que organizem caravanas para mostrar às autoridades, a necessidade da ferrovia. “Quanto maior a quantidade de pessoas, melhor”, disse. A obra, considerada importantíssima para o desenvolvimento da região, liga o Estado de Tocantins ao Porto Sul, no município de Ilhéus. Segundo consta, a obra está parada por problemas técnicos e também por questões ambientais. “Precisamos lembrar ao governo que o projeto é essencial para o desenvolvimento de toda a região, um marco histórico para toda a região”, frisou o deputado, destacando ainda que tem convicção que isso se concretize em breve. “Quando Deus quer, Deus conspira. A Fiol tem
Durante reunião preparatória para o seminário, deputado federal João Leão, prefeito de Barreiras, Antônio Henrique e presidente da Aiba, Júlio Busato tudo para sair agora, neste período. O novo ministro dos Transportes é baiano e prometeu comprar esta briga com a gente”, enfatizou. Presente no evento, o presidente do Crea-BA, Marco Antonio Amigo evidenciou a participação e parceria das instituições do Estado. “A Fiol só depende de vontade política. O seminário irá sensibilizar os órgãos responsáveis para garantir a obra que mudará a forma como hoje é feito o escoamento da produção. O seminário do dia 26 representa o fim da etapa política deste projeto”, avaliou. União e participação O deputado aproveitou a oportunidade para cobrar a participação e divulgação do que entende ser um marco histórico
para toda a região. “Quero lembrar que a Fiol beneficiará mais de 140 municípios baianos. Somente em São Desidério terá mais de 200 quilômetros de ferrovia. Já contratamos o transporte de 52 milhões de toneladas de produtos, entre os quais minérios e grãos do Oeste do Estado”, informou Leão, acrescentando que cada locomotiva poderá puxar até 180 vagões ao Porto de Ilhéus.
Já o prefeito de Luís Eduardo Magalhães e presidente da União dos Municípios do Oeste da Bahia (Umob), Humberto Santa Cruz destacou a transformação pela qual a região Oeste passará com a criação da Fiol. “É muito importante para o produtor como para as cidades envolvidas no projeto de criação da Fiol. Temos que nos unir”, disse. Também presente, o prefeito de Barreiras, Antonio Henrique Moreira reiterou o apoio da cidade ao evento e sua participação no projeto. “É uma obra que deve ser considerada um marco para o desenvolvimento da região”, disse. Nas explanações, o ponto de vista que mais deixou os participantes animados foi à transformação econômica que pode ocorrer com a criação da ferrovia. “As cidades precisam estar preparadas para as empresas, para o progresso e para a mão de obra que virão para a região. Isso será um marco na região”, disse João Leão. Além do deputado João Leão, dos prefeitos dos municípios de Barreiras, Antonio Henrique Moreira e, de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, o evento contou com a presença de representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea -BA), da União dos Municípios da Bahia (Umob), da Associação dos Engenheiros e Técnicos Ferroviários da Bahia e Sergipe (AELB), da Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Barreiras (CDL), entre outros. Convite ao governador Grupo envolvido no projeto da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) esteve no gabinete do governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner, no dia 8 de abril, para formalizar o convite para participação no seminário. O governador confirmou presença. ■
UMOB realiza assembleia extraordinária Assuntos foram apresentados e discutidos pelos gestores da região Oeste IVANA DIAS
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União dos Municípios do Oeste da Bahia (UMOB) realizou na noite do último dia 09 de abril, assembleia geral extraordinária para apresentação, discussão e aprovação das propostas de alteração do Estatuto e do protocolo de Intenções do Consórcio Intermunicipal, além da definição dos critérios de contribuição dos associados. Desde 2005, ano de criação da entidade e seu estatuto, não ocorreram alterações referentes à atual presidência e ao CNPJ - o que inviabilizou até mesmo o cumprimento das obrigações tributárias. De acordo com o advogado e colaborador na reestruturação da UMOB, Bruno Martinez, para regularizar a representa-
ção da entidade é necessário que a ata de eleição do prefeito do município de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, seja atualizada no Cartório de Pessoa Jurídica e, em seguida, na Receita Federal. “A entidade existe e tem CNPJ. A atualização não foi feita antes devido à dificuldade em encontrar o estatuto matriz no cartório. Até então achavam que sequer estava registrado, que a UMOB não existia. Mas ela existe sim, achamos a matrícula. Porém, está irregular por não ter sido atualizada desde 2005. É uma obrigação da representação da entidade, fazer sua atualização e ajustes para que possa continuar a representá-la do ponto de vista legal. A declaração e a regularização devem ser feitas anualmente”, esclareceu o advogado.
A atualização do estatuto compõe uma série de elementos que facilitarão a gestão da entidade. Após a apresentação e discussão, os prefeitos receberam cópias do estatuto que devem ser devolvidas em até 15 dias, com sugestões ou alterações, do contrário, prevalecerá a atual redação. Contribuição dos associados Considerando as despesas da entidade, o presidente Humberto Santa Cruz sugeriu que o valor da contribuição da Umob represente 70% da contribuição à União dos Prefeitos Baianos (UPB). Dessa forma, o município de Angical - que na tabela da UPB tem o índice de 1,0 e colabora mensalmente com o valor de R$ 1000 – passará a contribuir com R$ 700 para a Umob. A medida foi aprovada pelos prefeitos.
Consórcio O protocolo de aprovação do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste Baiano (CIS - UMOB) e o consórcio que envolverá diversas políticas públicas nas áreas de educação e infraestrutura foram apresentados e, posteriormente, serão encaminhados eletronicamente para cada prefeito. Após a aprovação, os gestores terão o prazo de dez dias para retornar o documento para a entidade. De acordo com a legislação 141/2012, que consagra os consórcios intermunicipais com características jurídicas focadas em saúde, o município poderá movimentar os recursos federais e, através do consórcio, realizar a compra de serviços, como diagnósticos, consultas e medicamentos. ■
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Prefeitos do Oeste assinam termo da Junta do Serviço Militar A Lei estabelece a responsabilidade de instalação e manutenção aos municípios administrativos Ivana Dias Do Jornal do São Francisco
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4º Batalhão de Engenharia de Construção Batalhão General Argolo realizou a posse da Junta do Serviço Militar e uma solenidade alusiva ao Dia da Engenharia, com a presença de prefeitos da região Oeste, autoridades jurídicas e militares, no último dia 10. Após o juramento de posse, os prefeitos das cidades de Barreiras, Cotegipe, Riachão das Neves, Catolândia, Cristópolis, Santa Rita de Cássia, São Desidério, Baianópolis, Buritirama, Barra, Mansidão, Brejolândia e os vices de Luís Eduardo Magalhães e Wanderley assinaram o Termo de Posse da Junta Militar. O termo refere-se à Lei que regulamenta os serviços militares nos municípios – Lei 4.375/64 Artigo 11, combinado com o Artigo 29 do Decreto nº 57.654/66, que trata da recondução do presidente da Junta de Serviços Militar (JSM), na qual os atuais prefeitos assumiram a presidência das referidas cidades citadas. A Lei estabelece que nos Municípios Administrativos, as Juntas de Serviço Militar serão presididas pelos prefeitos, assim como a responsabilidade de instalação e manutenção das JSM que, em qualquer caso, é da alçada do Município Administrativo.
“Os prefeitos que assinaram hoje a posse como presidente da Junta do Serviço Militar realizaram um ato importante para o nosso país porque assumem a participação deles na defesa nacional. Mesmo distante das fronteiras do nosso mar territorial, temos aqui no interior da Bahia as cidades participando da defesa nacional, justamente por causa da ligação que elas têm com o serviço militar previsto na Constituição e nas Leis do País”, ressaltou o Comandante do 4º BEC, Thadeu Luiz Crespo Alves Negrão. Durante a solenidade alusiva ao Dia da Engenharia, os soldados receberam de seus familiares o Chapéu Tropical - símbolo do orgulho do Batalhão aos soldados. “Agradeço aos nossos soldados que receberam o Chapéu Tropical, e gostaria de expressar o orgulho de recebê-los como nossos engenheiros, prontos para assumir com os demais integrantes do batalhão as nossas missões. É importante que cada soldado tenha consciência da responsabilidade de pertencer ao Batalhão do 4º BEC, pois um integrante do Batalhão General Argolo deve ter sempre em mente seu compromisso com a execução das missões do Batalhão e dos três ideais a serem praticados: o trabalho em equipe, a metodologia e a persistência”, agradeceu o comandante Negrão.
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EDITAIS
POLÍTICA AMBIENTAL A Empresa Plant Fert Indústria e Comércio de Fertilizantes LTDA – Plant Fert reconhece que deve buscar constantemente a valorização dos critérios de sustentabilidade na consecução da gestão ambiental de empresa visando a melhoria contínua na operação de suas atividades, levando em conta os valores fundamentais da Responsabilidade Social e Ambiental, sem deixar de assumir as ações para a proteção e a preservação do meio ambiente, bem de interesse comum a todos os habitantes do país. Ao clamar a observância destes valores para si, a empresa tem o objetivo de preparar e distribuir seus produtos considerando o desenvolvimento de soluções de fertilização adequadas às exigências das culturas, direcionando a atuação responsável de sustentabilidade aos aspectos sociais, de meio ambiente, de segurança e saúde ocupacional e criando valores para os acionistas, trabalhadores, clientes, fornecedores, organizações governamentais, não governamentais e ao público. Sendo assim a Plant Fert declara comprometida em: • Atender a Constituição Brasileira, às leis, os regulamentos, às normas e as diretrizes ambientais aplicáveis e vigentes em nível federal, estadual e municipal bem como em todos os seus compromissos empresariais; • Apurar, e monitorar as atividades da empresa visando eliminar e/ou minimizar quaisquer impactos ambientais e os riscos que lhe são derivados, de forma a atender os critérios de operacionalização responsável da empresa; • Atender à todas as condicionantes estabelecidas nos procedimentos de licenciamento ambiental; • Definir, elaborar e modernizar continuamente de modo à implementar o sistema de gestão ambiental cada vez mais adequado nas suas instalações; • Estabelecer metas anuais de monitoramento e avaliação para fim de reduzir as atividades ambientalmente impactantes; • Realizar inspeções para o controle dos objetivos e metas ambientais garantindo os meios necessários ao seu cumprimento, de modo a melhorar continuamente o seu desempenho ambiental; • Buscar continuamente a capacitação, pesquisa e informações visando a utilização de melhores técnicas que possam ser aplicadas no desenvolvimento, e na operação das atividades e/ou desativação das instalações; • Orientar os colaboradores na aplicação de boas práticas ambientais e na prevenção de acidentes industriais e ambientais; • Prezar pela aquisição de produtos e serviços levando em conta o cenário ambiental e o cumprimento dos procedimentos reconhecidos na política interna da empresa fornecedora; • Comunicar ao órgão ambiental competente, de imediato, as situações anormais e/ou emergenciais que possam provocar qualquer forma de degradação do meio ambiente • Orientar e comunicar aos seus clientes e consumidores a forma correta de aplicação dos seus produtos de forma a minimizar o seu impacto no ambiente; • Divulgar o seu desempenho ambiental junto das autoridades, dos outros parceiros sociais e do público em geral de forma transparente e aberta, salvaguardando aqueles considerados sigilosos. À Diretoria.
PEDIDO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO A Empresa Plant Fert Indústria e Comércio de Fertilizantes LTDA – Plant Fert, CNPJ 07.646.604/0001-59 torna público que está requerendo ao Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA a Licença de Operação para a atividade de Indústria e Comércio de Fertilizantes para a unidade localizada à ROD BR 020, km 12, s/nº, Zona Rural, próximo ao Povoado do Rosário no Município de Correntina – BA. Orlando Carlos Misael Diretor
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Ministro dos Transportes quer melhorar rodovias César Borges diz que o contorno de Barreiras deve estar pronto até o fim de 2013 Edsom Leite
RAUL MARQUES
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mpossado no último dia 3 de abril como novo ministro dos Transportes, César Augusto Rabello Borges, do Partido da República, disse em entrevista exclusiva ao Jornal do São Francisco que pretende melhorar as rodovias que servem aos produtores do Oeste da Bahia, especialmente as BR-135, 242 e 020. Destaque para a reabilitação e manutenção da BR-020, desde Goiás a Barreiras, em um trecho de mais de 310 quilômetros; a pavimentação de 49 quilômetros da divisa entre a Bahia e Tocantins e o entroncamento da BA-460 (próximo a Luís Eduardo Magalhães), bem como as obras da travessia de Luís Eduardo Magalhães – confirmadas pelo novo ministro. César Borges informou ainda que as obras do chamado contorno de Barreiras - com 4,1 quilômetros de extensão - devem estar prontas até o final do ano, com a construção da ponte sobre o Rio Grande, no modal hidroviário que serve a região. Quanto à Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), César Borges destacou a construção do pátio ferroviário em Ilhéus e a construção de pátios intermodais para movimentação de cargas na região dos municípios baianos de Tanhaçu, Caetité, Correntina e Barreiras. Jornal do São Francisco - Quais são os seus principais planos à frente do Ministério dos Transportes? César Borges - Minha intenção à frente do Ministério é dar continuidade ao trabalho que vinha sendo feito de forma ainda mais eficiente. Por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), vamos fazer investimentos pesados em infraestrutura, para que ela atenda às necessidades do país. Por isso, é fundamental que o governo trabalhe com a iniciativa privada. Portanto, com o Programa de Investimentos em Logística - Rodovias e Ferrovias (PIL) - vamos atrair investimentos da ordem de R$ 133 bilhões para a duplicação de 7,5 mil km de rodovias, além da construção de 10 mil km de ferrovias. A ideia é somarmos os esforços do setor público com o privado, visando o desenvolvimento da infraestrutura do país. JSF - A região Oeste da Bahia vive um problema com a logística do deslocamento da produção aos portos do Brasil, que sofre com as intermináveis filas de caminhões. Como o Ministério pretende resolver este problema? César Borges - O Ministério dos Transportes pretende minimizar os problemas de logística de deslocamento da produção com obras como a BR-135, que contará com um PAC para a construção, ligando a divisa da Bahia com o Piauí à divisa da Bahia com Minas Gerais. Este trecho tem a extensão total de 468,1 km. Na verdade, a meta do PAC é de construção e pavimentação de 321 km, pois 147,1 km foram concluídos antes do PAC. Neste projeto está incluída a situação dos sete
Ministro César Borges lotes, um dos quais já está concluído; dois com obras paralisadas (sem licenciamento no trecho de cavernas próximo a São Desidério e Ação Popular contra a localização da ponte em Correntina); e quatro com projeto em readequação para licitação de obras até o segundo semestre de 2013. Na BR-020, há o Contrato de Reabilitação e Manutenção de Rodovias (Crema) para a 2ª Etapa no Distrito Federal e Goiás até a divisa com a Bahia (próximo a Posse, no Estado de Goiás, perfazendo extensão de 310,4 km. Na Bahia tem contrato de conservação do km zero, também Posse/Goiás, ao km 300,3 (próximo a Barreiras) com término previsto para novembro deste ano de 2013. Há previsão de licitação de novo Crema 1ª Etapa até maio de 2013. Quanto à BR-242, está prevista a pavimentação de 49 km da divisa entre Bahia e Tocantins e o entroncamento da BA-460 (próximo a Luis Eduardo Magalhães), com licitação homologada em vias de assinatura de contrato e início das obras com previsão até o final de abril. Também está prevista a travessia de Luís Eduardo Magalhães, que já teve as obras iniciadas. Ainda no Oeste da Bahia, haverá o contorno de Barreiras, com extensão de 4,1 km. pavimentação concluída e em obras de construção da ponte sobre o Rio Grande com previsão de conclusão até dezembro de 2013. Não se pode esquecer ainda dos contratos de manutenção do subtrecho do quilômetro 116, em Paraguaçu, Minas Gerais, entre Santo Estevão e Itatim, ao km 514,5 próximo a Ibotirama), em um total de 398,5 km e, a 2ª Etapa para o subtrecho do km 516,9 (próximo a Ibotirama) ao km 905,3, na divisa da Bahia com Tocantins, cuja extensão é de 388,4 km. No que diz respeito ao modo hidroviário, está sendo licitado pelo DNIT um Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) para a hidrovia do São Francisco (englobando também os rios Paracatu,
Grande e Corrente). Após a avaliação das condições do corredor hidroviário, tanto nas questões de infraestrutura física como na de transportes, analisando-se as demandas atuais e futuras na sua área de influência, serão identificados os segmentos que necessitem de dragagem, sinalização e balizamento de forma sistemática, em trechos longos e contínuos, para realização de um programa de manutenção hidroviária em ciclos de cinco anos, com o apoio de supervisão e gestão ambiental de forma a garantir condições seguras e permanentes de navegabilidade para o escoamento da produção da região. Como ação imediata está sendo realizado, também pelo DNIT, um estudo ambiental ao longo da hidrovia para que o IBAMA emita uma licença possibilitando a dragagem já este ano, caso não haja prejuízo em função da janela hidrológica do ano. Tal hidrovia em condições de navegabilidade permanente pode constituir importante alternativa logística.
Há, ainda, a travessia de Juazeiro (BR-407/ BA), com extensão de nove km, cujos serviços foram iniciados em janeiro de 2013.
JSF - A duplicação da BR 020 é considerada essencial para facilitar a logística de escoamento da produção. Está em seus planos duplicar a rodovia? César Borges - Está em fase final de licitação o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para o trecho compreendido entre o km 0,0, na divisa dos estados de Goiás e Bahia ao km 302,1, em Barreiras. O EVTEA tem como objetivo principal a identificação da alternativa mais viável para a sociedade dentre as possíveis soluções. Através deste estudo será possível identificar qual tipo de intervenção que deverá ser realizada de modo a atender as demandas atuais e futuras num prazo predeterminado. Há previsão de assinatura de contrato, até o final deste semestre, para realização desse estudo.No segmento posterior, há trechos pavimentados e coincidentes com a BR-242/ BA e com a BR-135/BA, até Monte Alegre no km 401,3. Deste ponto ao km 787,3, O Ministério perfazendo 386,0 km foi redos Transportes alizado EVTEA, aprovado no início de 2012, com previsão pretende de licitação de projeto e liminimizar os cenciamento até o final do exercício corrente. problemas de
JSF - O ministro pretende dar apoio à recuperação das chamadas rodovias vicinais, vitais para o escoamento da produção agrícola na região do São Francisco? César Borges Encontra-se em vigência o Programa de Máquinas e Equipamentos para Recuperação de Estradas Vicinais do Ministério de Desen- logística de JSF - O projeto da Ferrovia volvimento Agrário (MDA), de Integração Oeste-Leste deslocamento através de convênio com (Fiol) também poderia auo Programa de Aceleração da produção xiliar os produtores locais, do Crescimento (PAC), em especialmente com a consque municípios com até 50 trução dos chamados pormil habitantes se cadastram manifestan- tos secos. Quais os planos do ministério do interesse em adquirir equipamentos, em relação à Fiol? César Borges - Com retroescavadeiras e motoniveladoras, a relação à questão da FIOL, além do pátio fim de que esses promovam a manuten- ferroviário do porto em Ilhéus, a princípio ção e a recuperação de suas estradas vi- está projetada a construção de pátios incinais. No que diz respeito ao Ministério termodais para movimentação de cargas dos Transportes, esclarecemos que não na região dos municípios baianos de Tapossui ações de recuperação de rodovias nhaçu, Caetité, Correntina e Barreiras. vicinais. As ações do MT que estão no PAC, na região do rio São Francisco, são a JSF – É verdade que existem projetos de Pavimentação da BR-235/BA da divisa de construção de ferrovias já em andamenBahia com Sergipe à divisa de Bahia com to nos estados de Goiás, Tocantins, MiPiauí, com extensão de 663,6 km, cujos nas Gerais e São Paulo? Quais são eles? lotes ligando Canché a Uauá (74,1 km) e César Borges - Os projetos de construção Barragem a Nova Remanso (65,9 km) es- de ferrovias em andamento nos referidos tão concluídos e entregues à sociedade. estados são a Ferrovia Norte-Sul, entre ToOs demais seis lotes estão em ação prepa- cantins e Goiás, e da Extensão Sul da Ferratória, sendo que quatro serão licitadas rovia Norte-Sul, que engloba Goiás, Minas as obras até o segundo semestre de 2013. Gerais e São Paulo. ■ Biografia César Augusto Rabello Borges nasceu em Salvador. É formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Bahia. Foi presidente da Junta Comercial do Estado da Bahia, na gestão do governador João Durval. Filiado ao Partido da Frente Liberal (PFL), foi eleito deputado estadual por dois mandatos consecutivos. Ocupou o cargo de secretário de Recursos Hídricos na governo de Antônio Carlos Magalhães . Em1994, foi eleito o vice-governador de Paulo Souto. Em 1998, foi eleito governador da Bahia, mas não terminou o mandato. Em 2002 elegeu-se senador. Em outubro de 2007, filiou-se ao Partido da República (PR). Desde maio de 2012 ocupou a vice-presidente do Banco do Brasil até abril de 2013.
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Os primeiros resultados da Muvuca A Fazenda Liberdade, a 22 km do centro de Luís Eduardo Magalhães, serviu de local para a experiência piloto da técnica da Campanha APP 100% Legal. Os dados do experimento foram apresentados durante Dia de Campo no sábado, realizado no último dia 6 LUCIANO DEMETRIUS
LUCIANO DEMETRIUS
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s primeiros resultados da Muvuca foram apresentados durante o Dia de Campo no sábado, 6, na Fazenda Liberdade, a 22 km do centro de Luís Eduardo Magalhães. A fazenda, de propriedade do produtor Vilson Gatto, serviu de local para a experiência piloto da técnica da Campanha APP 100% Legal, que consiste na restauração de áreas degradadas que precisam ser recuperadas por meio de uma mistura de sementes nativas do Cerrado com areia ou serragem. Cerca de 135 hectares de áreas degradadas em Áreas de Preservação Permanentes (APPs) já foram diagnosticados e recuperados desde o ano passado em propriedades de Luís Eduardo Magalhães. A iniciativa faz parte da Campanha LEM APP 100% Legal, que tem a realização da Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, do Instituto Lina Galvani e da Conservação Internacional, com parceria da Monsanto. O engenheiro florestal Paolo Sartorelli, da Baobá Consultoria Florestal, explicou que antes de plantar a muvuca é necessário avaliar quantas sementes serão plantadas por unidade de área. “Para cada 330 mil hectares ou 30 metros quadrados de
área, por exemplo, será produzida uma muda por metro quadrado após quatro meses de implantação da técnica”, disse. Segundo ele, a técnica não é um processo engessado. “Tudo vai depender do quanto for planejado. Não se pode aplicar a técnica de maneira aleatória, pois antes, como em qualquer plantio, é necessário fazer uma avaliação da área”, explica. Nos primeiros quatro meses de implantação da técnica foi detectada a redução da perda das espécies, principalmente durante a estiagem. As sementes de espécie agrícola e de adubação verde, utilizadas para a muvuca, ajudam a conter o carecimento da capoeira, mantêm a umidade do solo e o recobrem contra processos erosivos, além de serem fontes de alimentos para formigas cortadeiras. A relação da mistura é de 1 quilo de semente para cada quilo de areia ou de serragem. Na Fazenda Liberdade, o experimento teve início em dezembro de 2011 com o plantio de 170 mil sementes por hectare. Durante os primeiros quatro meses choveu 707 mm na região e foram cultivadas 21 espécies e 12 famílias de sementes. “Durante as etapas de implantação da muvuca, o mais importante foi à aceitação e o diálogo com o produtor rural
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Engenheiro Florestal, Paolo Sartorelli (Vilson Gatto)”, afirmou Sartorelli. Além da recuperação das áreas degradadas, a muvuca tem custo inferior ao de plantio tradicional de mudas. Por utilizar maquinários agrícolas das próprias fazendas para recuperar grandes extensões de terra com espécies nativas, o plantio da muvuca tem curso de R$ 5.500 /hectare, contra a média entre R$ 12 mil e R$ 15 mil/ hectare do plantio tradicional. Além da Fazenda Liberdade, a técnica é experimentada em outras três propriedades rurais e dois assentamentos da região. No total, já foram plantadas 1, 9 milhão de sementes em 5,7 mil hectares. Sartorelli reforça que a muvuca, por estar em caráter piloto, não apresenta resultados que darão garantias de recuperação das áreas degradadas e necessita de adaptações, por meio de outros experimentos. “A técnica é experimental, já apresentou resultados satisfatórios, mas ainda há muito por fazer. A muvuca não tem receita pronta, precisa de um preparo especial da terra pelo menos um ano antes e o monitoramento é fundamental para o seu sucesso”, evidencia. Resultado positivo “É uma técnica que já deu certo. É fácil de fazer e que proporciona agilidade para o produtor”, definiu o proprietário da Fazenda Liberdade, Vilson Gatto. A propriedade tem 2.371 hectares e nela são plantados milho, soja e feijão. Ele conta que a implantação da muvuca na fazenda aconteceu por acaso. “Eu fui buscar informações nas secretarias de Meio Ambiente e da Agricultura de Luís Eduardo Magalhães para melhores técnicas de plantio. Em minha propriedade, as plantações eram feitas sem técnica alguma. Para minha surpresa, me apresentaram o projeto da muvuca”, disse. “Eu perdi cerca de três anos querendo fazer tudo pelo que eu imaginava ser correto. O produtor rural deve procurar a orientação de técnicos para não cometer os mesmos erros que cometi”, ressalta. Na Fazenda Liberdade, três funcionários atu-
am diretamente nos trabalhos de acompanhamento da muvuca. Para o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, o próximo desafio é a construção da casa de sementes. “A coleta de sementes beneficia as comunidades rurais e proporciona o crescimento com sustentabilidade, que tem como tripé a preocupação ambiental, econômica e social”, explica. Outros temas debatidos durante o Dia de Campo foram os riscos ambientais e trabalhistas em uma propriedade rural, detalhados por Rodolfo Rabonik, do Banco Rabobank, especialista em investimentos no agronegócio. Ele frisou que os impactos ambientais (escassez de recursos naturais, erosão e perda da biodiversidade), os riscos ambientais (desmatamento não autorizado, ausência das licenças ambientais e excessos cometidos contra a fauna e flora que acarretam notificações e multas aos proprietários rurais) e as exigências trabalhistas (situação regular dos funcionários e uso adequado de equipamentos) são itens que jamais devem sair do alcance dos produtores. “O importante é que o produtor faça o diagnóstico de sua área, que ele reconheça os riscos para não enfrentar problemas futuros que comprometam a sua produção”, aconselha. Estiveram presentes para apresentação dos primeiros resultados da técnica, o prefeito Humberto Santa Cruz; o empresário Sérgio Pitt; a secretária de Meio Ambiente de Luís Eduardo Magalhães, Fernanda Aguiar, os secretários municipais de São Desidério, Demóstenes Junior (Meio Ambiente) e José Marques Batista (Agricultura); o secretário de Meio Ambiente de Angical, Genésio da Silva; o diretor de gerência de reforma agrária de Angical, Pedro Roque; as equipe da Galvani Fertilizantes, Instituto Lina Galvani e da ONG Conservação Internacional; professores pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e representantes do Sindicato Rural de Barreiras. ■
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Produtores querem ampliação de energia para a irrigação O desejo dos agricultores é de que a energia para irrigação seja usada fora do horário de pico das concessionárias, no caso, a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) REPRODUÇÃO
RAUL MARQUES Do Jornal do São Francisco
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rodutores do Oeste da Bahia estão insatisfeitos com a formatação final da Lei 12.787/2013, que regula a Política Nacional de Irrigação. Isso porque a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei, que foi publicada no Diário Oficial da União do dia 14 de janeiro, mas vetou o parágrafo único do artigo 18. Em sua redação, o artigo permitia que concessionárias e permissionárias do setor de distribuição de energia pudessem ampliar o horário em até 40 horas semanais, o fornecimento de energia com desconto para irrigação de áreas produtoras, ainda que sem o custeio do desconto adicional sem o repasse às tarifas ou de qualquer outro encargo adicional. O veto presidencial tomou como base os pareceres dos Ministérios de Minas e Energia, da Fazenda e da Justiça, justificando que a medida possibilitava às concessionárias e permissionárias tomarem decisões descentralizadas, sem vínculo com o planejamento do setor energético. Do outro lado da questão, os produtores entendem que o veto foi puramente burocrático, sem qualquer base técnica. A discordância motivou a ida de um grupo de produtores a capital federal no dia 2 de abril, a fim de explicar as vantagens da lei aos ministros e esclarecer que o veto não tinha qualquer relação com a avaliação técnica feita por um estudo realizado pela Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Fizeram parte deste grupo, os produtores Sérgio Pitt e Walter Horita, o prefeito de Luís Eduardo Magalhães e presidente da União dos Municípios do Oeste da Bahia (UMOB), Humberto Santa Cruz e, o deputado federal João Leão (PP/BA). Eles estiveram reunidos com os Ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho e, das Minas e Energia, Edison Lobão. Em entrevista ao Jornal do São Francisco, o produtor Sérgio Pitt disse que não vê motivo para o veto da presidente. “Foi como se a gente tomasse um gol ilegal, na prorrogação, em uma partida de futebol. Não há sentido em vetar-se o parágrafo de uma lei com justificativas totalmente burocráticas”, reclama. Ainda de acordo com ele, o desejo dos agricultores era de que a energia para irrigação fosse usada fora do horário de pico das concessionárias, no caso, a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). “Foi detectado que não há pico do uso de energia, essencial para irrigação, entre 22h30min e 10h30min. O uso desta energia, nos moldes que estavam propostos no parágrafo único da lei, não traria qualquer prejuízo ao abastecimento”, assegura. Se o artigo não tivesse sido vetado, os agricultores teriam mais 40 horas por semana de energia com desconto para irrigação, podendo operar até aos sába-
Lavoura de soja irrigada RAUL MARQUES
Produtor Sérgio Pitt dos, domingos e feriados. “O que uma indústria não pode fazer”, disse. Pitt critica, ainda, a inclusão de um parágrafo, no qual, está determinado que a ampliação das horas semanais de desconto tarifário não poderá comprometer a segurança do fornecimento de energia à sociedade e a operação das usinas hidrelétricas. “Isso já está subentendido no texto anterior da lei. Foi pura burocracia”, acrescenta. Energia não gasta A utilização desta energia pelos produtores, alerta Pitt, pelo modelo que estava proposto, seria benéfica para todos os segmentos, incluindo as distribuidoras. “Ninguém armazena energia para vender
depois. É só uma questão de gestão, o que não foi observado por quem deu o parecer que gerou o veto do modelo proposto. Você não tem como ligar e desligar uma turbina. O fornecimento pode ser mantido e consumido pelo setor produtivo”, explica, lembrando que a ampliação do horário de fornecimento visa utilizar a energia perdida com a falta de uso. “É uma forma de aproveitar o tempo perdido na hora em se consome menos energia. Todas as concessionárias e distribuidoras apoiam este Projeto de Lei”, disse Sérgio Pitt. O produtor citou como exemplo o seu próprio projeto, pelo qual utilizaria somente de um tempo adequado das 40 horas semanais propostas para aumentar
a irrigação, sem que houvesse qualquer despesa adicional ou algum gasto desnecessário. “É só cada produtor adequar-se ao horário estipulado para consumo da energia destinada à irrigação”, aconselha. Para Pitt, a irrigação é uma questão que vem se arrastando há alguns anos no Congresso Nacional, para a qual, inclusive, chegou a ser realizada uma audiência pública e, a aprovação da lei fora bem mais ágil no Senado do que na Câmara dos Deputados. “Vamos aguardar um novo parecer dos ministérios para ver o que devemos fazer”, disse Pitt, não descartando a adoção de uma medida adicional, por meio de uma Medida Provisória, para que seja aprovada a lei. O deputado federal João Leão, que também esteve na reunião com os ministros, disse que vai batalhar junto ao Congresso Nacional e na esfera dos Ministérios para que a ampliação do horário de fornecimento de energia seja aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente. Mudanças A Nova Política Nacional de Irrigação permite que os projetos públicos e privados possam receber incentivos fiscais, especialmente os voltados para o desenvolvimento regional. Pela lei sancionada em janeiro, há a previsão de que o governo venha estimular a contratação de seguro rural para produtores que pratiquem a agricultura irrigada. Ela permite também a obtenção de crédito para aquisição de equipamentos que modernizem o processo de irrigação. A expectativa do Governo é que com a nova lei a área de agricultura irrigada dobre em cinco anos. ■ ■
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Mais de mil participantes na Passarela da Soja e do Milho
Participantes tiveram a oportunidade de conhecer técnicas de manejo LUCIANO DEMETRIUS Do Jornal do São Francisco
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m sua 15ª edição, a Passarela da Soja e do Milho, realizada no sábado, 13, na Fazenda Maria Gabriela, em Roda Velha, contou com 1.013 participantes entre agricultores, representantes de empresas do agronegócio e estudantes de Agronomia. Entre os temas debatidos, a agricultura sustentável com alta produtividade, o manejo de pragas e a implementação do manejo da resistência (com ênfase para a Helicoverpa), diretrizes para controle de pragas e alerta para controle de doenças da soja. O evento foi promovido pela Fundação Bahia e Embrapa. Durante toda a manhã, cada uma das quatro estações com os temas em debate apresentavam palestras a cada 30 minutos, a fim de que os participantes pudessem participar de todos os encontros. “É uma oportunidade para aproveitarmos bem cada assunto que está no programa”, disse o representante de uma empresa de defensivos agrícolas, Alfredo Gomes. “O útil é que além de ampliar os conhecimentos, você tem ainda tempo para verificar as novidades do mercado e trocar experiências com outros participantes”, disse Gomes enquanto conversava com outros participantes em uma estação erguida para servir de praça de alimentação do evento. Na palestra “Agricultura sustentável com alta produtividade – cultivares de
soja”, o pesquisador da Embrapa Soja, Sebastião Pedro abordou as novas opções da cultura para a competitividade da agricultura brasileira. Segundo ele, os agricultores brasileiros têm capacidade de evoluir devido à facilidade que têm para enfrentar os limites bióticos, abióticos e econômicos. Em “Desafios e estratégias para manejo de pragas com a tecnologia Bt no sistema de produção soja-milho” e “Relevância da implementação de estratégias de manejo da resistência (com ênfase para Helicoverpa), o entomologista da Esalq/ USP, Celso Omoto tomou como exemplo a experiência da Austrália, que também enfrentou problemas com a mesma praga. “Lá, aprendemos sobre questões de organização e se não fosse pela junção de três fatores (união, organização e determinação), nenhum programa fitossanitário teria tido êxito. Os produtores australianos sofreram demais com esta praga e, a partir daí, se uniram para montar o melhor programa fitossanitário mundial”, contou. “Acredito que diante de tantos enfrentamentos que o produtor brasileiro tem, ao longo dos anos, é possível vencer essa batalha contra a Helicoverpa”, completou. A entomologista da Embrapa Cerrados, Silvana Paula Moraes palestrou sobre “Manejo na cultura do milho, diretrizes eficientes para o controle de pragas”. O fitopatologista da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Daniel Cassetari
Experimentos com cultivares de soja foi o palestrante de “Alerta para o controle de doenças da soja (ferrugem, mancha alvo e antracnose”. Segundo ele, o monitoramento da ferrugem está à disposição do produtor em qualquer fase da lavoura. “Para isso, é necessário treinamento de mão de obra e adoção de técnicas de previsão e alerta, para melhor aplicação de fungicidas”, frisou. Já para o controle da mancha alvo e da antracnose, Cassetari orientou o uso de sementes sadias ou tratadas com mistura de fungicidas sistêmicos logo na instalação da lavoura.
Estandes Dentre os participantes, a Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (Faahf) apresentou o novo complexo de laboratórios gastronômicos que a instituição inaugurará ainda em 2013. Os laboratórios oferecerão aos produtores da região, serviços de análise física (granulometria e densidade do solo) e química (determinação dos macro e micronutrientes) do solo. O foco é primar pela qualidade dos serviços prestados à comunidade e realizar pesquisas acadêmicas desenvolvidas pelos acadêmidos da instituição.
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1008 - Uma fazenda na Coaceral com 7.300 hectares, sendo 5.300 abertos. Valor 180 sacas de soja por ha em 1+4
1009 - Uma fazenda de 6.700 ha com 4000 ha de lavoura no Município de São Desidério. Valor 300 sacas de soja por ha em 1+5. 1011 - Uma fazenda de 35.000 hectares na Coaceral. Valor 120 sacas de soja por hectare em 1+3
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Moda
Estilista queridinho de Lady Gaga é eleito novo diretor artístico da Diesel
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Looks da delegada Heloísa de Salve Jorge
REPRODUÇÃO
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Giovanna Antonelli está simplesmente arrasando na pele da delegada Heloísa da novela Salve Jorge. Além de sua beleza natural, os looks da “delegata” estão arrancando suspiros, tantos dos marmanjos, quanto das mulheres que buscam inspiração de moda e estilo. Em Salve Jorge, Heloísa tem um estilo clássico contemporâneo. A personagem já ganhou destaque apenas pelos acessórios, já que virou sua marca registrada usar dois cintos no mesmo look, além de anéis, pulseiras e brincos grandes e vistosos. Os dourados estão entre os prediletos. E uma verdade, Heloísa não tem medo de ser perua, muito pelo contrário, ela adooora!!! Fazem parte do seu figurino calças pantalonas, muitas camisas estampadas e muito animal print, das onças às cobras, com diversas cores e escalas. Heloísa também é fã dos vestidos estilo kaftan e túnicas, normalmente longos.
Dando continuidade a “dança das cadeiras” da moda, apenas dois dias após anunciar sua saída da Thierry Mugler, o estilista Nicola Formichetti foi anunciado como o novo diretor artístico da grife italiana mais famosa no segmento de jeanswear – a Diesel. Diferentemente de um di-
retor criativo, o cargo de Formichetti terá aval sobre as decisões gerais da grife de denim, influenciado não apenas nos produtos, mas também no marketing, comunicação, visual merchandising e etc. O designer de moda é um dos favoritos da cantora Lady Gaga.
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Aniversário de Ricardo Campos
O
empresário Ricardo Campos comemorou o seu aniversário no sábado, 6, em sua chácara às margens do Rio de Ondas, em Barreiras. Cerca de 250 convidados estiveram presentes e vestiram azul e branco ― as cores temáticas da festa. Jorge e Bosco Fernandes animaram o badalado evento.
Em Miami
Minicurso na FAAHF
Fabricio Prado Monteiro, alergista e imunologista, irá viajar para Miami, EUA, no dia 23 de abril. O médico participará da reunião anual da Sociedade de Imunologia Clínica (Clinical Immunology Society). O objetivo da reunião é discutir o diagnóstico e gestão da regulação e desregulação da imunidade. Fabricio apresentará um pôster sobre tratamento de Dermatite Atópica.
Para esclarecer as novas normas de ortografia, a Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (FAAHF) de Luís Eduardo Magalhães promoveu no início deste mês, o minicurso "Os Entraves da Língua Portuguesa na Educação Superior: Nova Ortografia em Debate". Ministrado pelo professor Aderlan Messias de Oliveira - a temática lotou o auditório da IES que trouxe aspectos gerais da história do idioma e as principais mudanças no novo acordo, com obrigatoriedade a partir de 2016.
Rosa Bonita Na terça-feira, 2, às 10h, as empresárias Luciene Santana e Rejane Matos reinauguraram a loja Rosa Bonita, exclusivamente dedicada à moda feminina, incluindo moda íntima e acessórios. Um coquetel foi servido para apresentar a nova coleção. A loja “Rosa Bonita” está localizada na Rua Dom Pedro II, 264, no centro de Barreiras.
Salão das Artes Visuais Luciana Vasconcelos, coordenadora de Artes Visuais da FUNCEB Fundação Cultural do Estado da Bahia, esteve na terça-feira, 9, em Barreiras, no Palácio das Artes, promovendo um encontro que reunirá a classe artística da região. Luciana visita cidades onde as exposições do projeto se realizarão para convocar artistas e orientar sobre as participações. O objetivo é de mobilizar os artistas visuais locais para a participação na edição 2013 dos Salões de Artes Visuais da Bahia. A exposição em Barreiras acontecerá de 25 de outubro a 8 de dezembro.
Rodrigo Campos, Ricardo Campos e Thais Campos
Spa Sunset O Spa Carpe Diem juntamente com a Live Produções irão promover o evento Spa Sunset. O evento “Spa Sunset” acontecerá na quarta-feira, 1º de maio, feriado, a partir das 17h, onde será montado uma estrutura prime, contando com deck, piscina, bartenders, drinks especiais, hashi express e muito mais. A famosa banda Yow, Elano Santarém e Dj Marsciano animarão a festa. “É um grande sonho fazer um evento desse porte no nosso jardim, para unir todas as pessoas que curtem o Spa”, disse Cristiane Hendges Tosta, umas das proprietárias do Spa.
Carla Luza, Juliana Sena, Michele Freire e Aruana Barbosa
Adryano Modica, Vinicius Quirino e Gabriel Modica
Cindy Modica, Paula Busato, Fernanda Busato, Thais Campos, Manoela Modica e Mariane Pompeu
Kedna Gobbi e Thiago Melo
Racco em Barreiras A empresária Liliam Ester Baumgartner inaugurou na terçafeira, 2, uma unidade de distribuição dos cosméticos Racco em Barreiras, que está localizada na Rua Coronel Magno, 215, em frente a casa Lotérica Boa Sorte. Foram apresentados alguns produtos da linha bem como algumas novidades e curiosidades sobre a marca, além do lançamento nacional da parceria da Racco com a marca francesa de cosméticos Bourjois (há mais de 150 anos no mercado). Luciana Vasconcelos
Luciene Santana, Sergio Cardoso e Rejane Matos
Fabricio Prado Monteiro
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Jornal do São Francisco
ESPORTES REPRODUÇÃO
Mundo da Bola Carlos Augusto herock caherock@hotmail.com
Opinião Comentários de Roger revoltam jogadores
V
ocê, caro leitor, já deve ter acompanhado no canal fechado SPORTV, os comentários do ex-meia esquerda Roger não é? Pois bem, as últimas colocações do ex-jogador irritaram muitos atletas. Num jogo do Fluminense, seu ex-clube, Roger disse que os jogadores do atual time tricolor "treinam pouco, por isso erram tanto". A colocação irritou vários excompanheiros que chegaram a citar o ex-jogador como um "chinelinho" do futebol, aquele que pouco usa chuteiras no clube. Edinho, que segundo Roger "precisaria de um revólver 38 para matar uma bola", era um dos mais chateados. Segundo ele, "críticas tudo bem, agora gracinhas de má fé", ele não aceita. Mas a "acidez" dos comentários sobrou para mais gente. Vitor Junior do Botafogo por exemplo. Roger disse que o jogador começou bem, mas se perdeu "nas farturas" da noite carioca. A revolta é tamanha por parte dos jogadores que o Sindicato dos Atletas Profissionais já estaria encaminhando um documento ao canal onde Roger trabalha, pedindo esclarecimentos sobre as opiniões do ex-jogador e agora comentarista. O que parecia mais um artifício para ganhar audiência na "guerra" entre os canais esportivos no horário nobre, teve bem mais repercussão do que muita gente imaginava! E você amigo, concorda ou discorda do Roger?
Como não administrar Tem muito rubro-negro de cabelo em pé. Como se não bastasse a eliminação precoce no Campeonato Carioca e as seguidas apresentações ruins do time treinado por Jorginho, os dirigentes do clube anunciaram que a gestão Eduardo Bandeira de Mello tem uma dívida atual para administrar de R$ 750 milhões. O rombo é enorme, mas os mandatários do Flamengo acreditam que é possível administrar a dívida, mesmo que para isto não estabeleçam prazo. Mas não há como negar que a dívida fora dos padrões brasileiros, vai ter consequências diretas no futebol do Flamengo. Sem dinheiro em caixa, como trazer reforços? O técnico Jorginho mira a solução formando um time competitivo com jogadores que tenham condições de jogar dentro da atual realidade do clube. Então amigo rubro-negro, nem
adianta sonhar com o time na Copa do Brasil e, principalmente, no Brasileirão que se aproxima. O Flamengo de 2013, pelo menos em nome, vai ser bem diferente daquele que você queria. A esperança é de que dias melhores virão para esta enorme torcida.
Argentinos tranquilos A metade das eliminatórias sul -americanas já foi jogada e, após 11 rodadas, enquanto os argentinos confirmam o favoritismo, uruguaios e paraguaios correm sério risco de não jogarem a Copa de 2014 no Brasil. As duas seleções tradicionais do futebol sul-americano estão em colocações inexpressivas na classificação geral. O Paraguai anda tão mal que está na lanterninha! A grata surpresa até agora é o Equador, que caminha a passos largos para carimbar o passaporte entre os classificados da América do Sul.
Perguntinha Quando vamos ter novamente um futebol de alto nível no Estádio Geraldão, em Barreiras?
Você Sabia? Que o "ex todo poderoso" Boca Juniors é vice-lanterna do atual campeonato argentino de futebol, e com Riquelme no time?
Qual é o verdadeiro Vitória? O
fanático torcedor do rubro-negro baiano não poderia estar mais eufórico depois da inesquecível vitória no Ba-Vi de inauguração da Fonte Nova, pelo histórico placar de 5x1, não é verdade? Mas o que ninguém entendeu é que logo depois do clássico, os comandados de Caio Junior conseguiram perder para o Mixto pela Copa do Brasil e também para o Botafogo, na Arena Fonte Nova, dando adeus à invencibilidade no Baianão. E aí, é lógico que vem a pergunta: mas
qual é o verdadeiro Vitória? O da goleada no Ba-Vi ou o das duas derrotas consecutivas pós Ba-Vi. É claro que ainda eufórico pelo massacre no clássico, o torcedor rubro-negro acredita que as duas derrotas foram "coisas do futebol", mas não há como negar que incomodaram e muito o treinador Caio Junior que, até a semana passada comemorava mais de 70% de aproveitamento e agora busca soluções para o que já parecia resolvido no time titular. É por isto que o futebol é tão imprevisível e tão apaixonante assim.
Bahia continua jogando pouco Se o Vitória perdeu duas, o que dizer do Bahia? Primeiro foi aquele vexame no clássico Ba-Vi, depois uma vitória insossa contra o Maranhão pela Copa do Brasil e depois um empate sem graça contra o Vitória da Conquista pelo Baianão. Joel Santana, o novo técnico, chegou com o discurso de que muita coisa vai mudar dentro do Fazendão, até que o time "entre nos eixos", mas a julgar pelas últi-
mas apresentações da equipe, dá pra ver, sem fazer esforço, que o "papai Joel" vai ter muito mais trabalho do que imagina. Quem sabe a partir da reintegração de Souza ao time titular, as coisas comecem a melhorar, se bem que, cá pra nós, depender do futebol do Souza para sonhar com dias melhores é querer demais não é verdade amigo torcedor do Bahia?
Fernandão de casa nova O ex-jogador Fernandão, que já treinou o Internacional de Porto Alegre, está de mudança, prevista para o final deste mês. Vai morar na Flórida (EUA). Ele escolheu a localidade de Boca Ratón, onde também vive o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Fernandão pretende cursar inglês e se aperfeiçoar, fazendo reciclagens sobre esquemas táticos usados por clubes europeus. Ao contrário do que se pensa, não pre-
tende voltar ao Brasil tão cedo. Quer ficar nos Estados Unidos pelo menos por três anos. Anda tão entusiasmado com a ideia, que não descarta a possibilidade de treinar interinamente um time universitário para ter mais contato com o futebol longe do Brasil. Enquanto estiver nos EUA, os negócios de Fernandão vão ser administrados em Porto Alegre e Goiânia pelos irmãos e um cunhado.
Rebaixamento, O fantasma está de volta a Campinas O Guarani de Campinas, um dos mais tradicionais clubes do nosso futebol e campeão brasileiro de 78, está de volta ao inferno! O clube campineiro caiu para a segunda divisão do futebol paulista depois de uma campanha vexatória neste ano, num dos principais campeonatos regionais do país. Este foi o segundo rebaixamento do clube em apenas cinco meses, o nono em doze anos e o décimo de sua história no futebol. Em novembro do
ano passado, o bugre - como é conhecido em Campinas - já tinha caído para a Série C do Brasileirão. Restou agora a Copa do Brasil, mas a fase anda tão ruim que o Guarani corre sério risco de não passar para a segunda fase, já que na estreia perdeu em Sergipe para o Confiança de 1x0. Está aí o exemplo de que é preciso ter time, elenco e planejamento. Só o nome e a fama não são suficientes para jogar futebol.
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ESPORTES
NOTICIAS REGIONAIS cantes no Oeste baiano. A Sodesf considera que juízes bem preparados influenciam, e muito, no sucesso das competições esportivas. Parabéns pela iniciativa!
SODESF A Sociedade Desportiva São Francisco (Sodesf ) promoveu em Barreiras, na Câmara de Vereadores, um encontro entre os árbitros que apitam jogos na região Oeste da Bahia. O evento contou com a presença de dirigentes de clubes, secretários municipais de esporte e presidente de ligas de futebol. A reciclagem tem como ponto principal, o futebol, mas o futsal e o society também foram incluídos, pois são modalidades que Ccontam com um número grande de prati-
Seleção de Santa Rita Depois de sete anos afastada das competições esportivas, a seleção de futebol de Santa Rita de Cássia está de volta aos gramados para disputar a Copa Oeste de Seleções deste ano. A inscrição já foi confirmada. Os dirigentes santaritenses trabalham para ter todo o apoio
logístico necessário para disputa dos jogos. A seleção vai terá Carlão como treinador e, como auxiliar técnico, Leives, além do diretor técnico, Hilair. Cerca de 18 atletas foram convocados e mais quatro devem ser contratados nos próximos dias para fechar o plantel de 22 jogadores. Além de Santa Rita, Luis Eduardo Magalhães, São Desidério, Santa Maria da Vitória e Cocos já confirmaram participação na Copa, que deve reunir oito cidades da região Oeste. A atual campeã da Copa Oeste é a seleção de Paratinga.
CBF divulga tabela do Brasileirão 2013 sem clássicos na reta final Rodadas ainda não estão subdivididas e não têm horários definidos. Pausa para a Copa das Confederações vai de 9 de junho a 7 de julho A CBF divulgou a tabela básica do Brasileirão 2013. A primeira rodada está marcada para o dia 26 de maio e tem três confrontos entre cariocas e paulistas: o Vasco enfrenta a Portuguesa, o Corinthians recebe o Botafogo e o Santos duela com o
Flamengo. Até o fechamento desta edição, nem todos os locais e os horários dos jogos haviam sido divulgados. As duas últimas rodadas, diferentemente das edições de 2011 e 2012, não terão clássicos regionais. A 38ª jornada do Brasileirão
será no dia 8 de dezembro. Haverá intervalo de um mês entre a quinta e a sexta rodada. Entre os dias 9 de junho e 7 de julho, o campeonato ficará paralisado por causa da realização da Copa das Confederações no país.
Primeira rodada
Jornal do São Francisco
Curtinhas Vasco Precisando de muita grana para saldar compromissos e pagar o salário dos jogadores, o Vasco da Gama vai mesmo emprestar o estádio de São Januário para as seleções do México, da Espanha e da Itália, que vão jogar a Copa das Confederações. O estádio vascaíno será centro de treinamentos destas seleções que vão pagar uma grana para terem conforto e gramado em boas condições de uso no mês de junho no Brasil. Já o Vasco, por orientação de Paulo Autuori, aproveitará o período em que São Januário estiver ocupado para excursionar, muito provavelmente, pelo Oriente Médio. Santos Problemas de saúde mudaram a rotina de Muricy Ramalho como treinador. Portador de uma diverticulite (inflamação no intestino grosso), o técnico do Santos foi aconselhado pelos médicos que cuidam dele, a "maneirar" na dedicação ao trabalho e evitar viagens muito desgastantes até se curar da doença. Por causa disso, o auxiliar técnico Tata, que trabalha com Muricy desde que ele começou a carreira como técnico, vai dividir o trabalho "com o chefe", até que ele esteja plenamente recuperado. Então, torcedor santista, não se surpreenda se Tata estiver no banco de reservas e o Muricy descansando em casa. Botafogo Depois da saída de Loco Abreu, que voltou para o Nacional do Uruguai, seu time do coração, o torcedor alvinegro apostava que seria difícil a missão do Botafogo no Campeonato Carioca. Pois não é que coincidentemente outro uruguaio está ganhando o título de ídolo em Marechal Hermes? Sim, é isto mesmo: Lodeiro, de 24 anos, contratado no ano passado, já marcou seis vezes com a camisa 9 - e não para de receber elogios da torcida e da imprensa carioca. Nada como um dia após o outro. Internacional Com dinheiro em caixa, o Inter vai articulando "na surdina", como se diz em bom gauchês, para montar um time capaz de vencer o Campeonato Brasileiro depois de um jejum que já dura 34 anos. O primeiro nome da extensa lista de reforços é Ibson, que atualmente veste a camisa do Flamengo e está há cinco meses sem receber os direitos de imagem na Gávea. O problema é o salário de Ibson. O meia que Dunga quer ver com a camisa colorada recebe a bagatela de R$ 600 mil por mês.
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ENTRETENIMENTO meu amor dorme como um anjo!
POIS Trate de acordar, não estou gostando nenhum pouco desse sonho.
mas com que ele está sonhando?
Nicélio
CRUZADAS
Horóscopo Áries. Novo projeto pessoal dará um sentido maior à vida. Inspire-se com a passagem de vários planetas por seu signo para se reinventar e SURPREENDER a todos com uma virada radical no visual, na carreira e no estilo de vida. No dia 10, a Lua Nova em seu signo trará PLANOS AMBICIOSOS que se tornarão viáveis perto do fim do mês. Na segunda quinzena, Sol e Vênus na sua área do DINHEIRO favorecerão negociações e acordos financeiros. Os dias 21 e 22 não serão fáceis. Mas no 24, surgirá oportunidade de aumentar seus recursos e o seu PODER. A Lua Cheia, no 25, impulsionará mudanças e transformará valores. Uma maior sintonia com sua sensibilidade trará mais CONFIANÇA e tranquilidade para assumir novos desafios Touro. Sensibilidade amplificada marcará a primeira quinzena que será positiva para dissolver antigos medos. Ótimo período para iniciar uma terapia ou prática espiritual e compreender melhor seu percurso. Entre os dias 15 e 20, Vênus, Sol e Marte entram no seu signo, será mais fácil tomar decisões e expor seus sentimentos. Um encontro no dia 19 promete momentos mágicos no amor, mas poderá rolar insegurança no 22. Aproveite o 24 para armar uma viagem a dois. Se estiver só, um encontro especial nesse dia, ou na Lua Cheia no 25, terá boas chances de se tornar um relacionamento estável. No início, poderá haver desconfianças. Gêmeos. As novidades do mês virão acompanhadas de mais responsabilidades de trabalho e agitos sociais. Na primeira quinzena, a programação com amigos e a aproximação de pessoas que compartilham dos seus ideais motivarão associações e atividades em grupo. Mudanças poderão ocorrer, pois você vai assimilar conceitos inovadores que influenciarão seu estilo de vida. Problemas de relacionamento com a equipe de trabalho provocarão instabilidades nos dias 21 e 22. A partir do 24, otimismo e confiança garantirão o bem-estar. A Lua Cheia no 25 alterará rotinas e abrirá caminhos para o futuro. Aproveite para iniciar um projeto de longo prazo. Câncer. Sucesso e oportunidades de crescimento profissional darão um sabor de vitória à primeira quinzena. Lua Nova na sua área da carreira, no dia 10, inaugurará uma etapa de grandes conquistas. Poderá assumir uma posição de destaque ou começar um empreendimento próprio. Os resultados superarão as expectativas, apesar das inseguranças iniciais. O mês promete recompensas pelos esforços. Um sonho da vida íntima poderá se realizar. Se estiver só, um novo romance surgirá de uma amizade, entre os dias 24 e 25. Numa relação já assumida, aproveite a última semana para viajar. Prazer e paixão na Lua Cheia do dia 25. Leão. Assuntos jurídicos poderão ser resolvidos com mais facilidade neste mês, que também promete viagens e aventuras românticas. Vários planetas em harmonia com seu signo manterão o astral em alta na primeira quinzena, que será repleta de novidades. Os dias 7, 19 e 24 trarão chances para o amor. Tensões e desafios abalarão o humor e provocarão inseguranças, entre os dias 19 e 22. Aproveite a segunda quinzena para decidir mudanças. Um encontro poderoso no 24 abrirá caminhos, é hora de apostar num novo empreendimento. A Lua Cheia no 25 trará soluções para antigas pendências. Encerrará processos do passado. Virgem. Uma oportunidade inesperada de expansão na carreira, logo no início do mês, permitirá promover mudanças positivas no estilo de vida. A Lua Nova, no dia 10, trará decisões corajosas que favorecerão o crescimento profissional e a vida íntima. A sintonia com o amor ficará mais forte a partir do dia 19. Até o 26, prepare o coração para fortes emoções. Se estiver em busca do amor, uma viagem proporcionará um encontro mágico. Numa relação já estabelecida, os sentimentos fluirão mais livremente, num cenário encantador, próximo à natureza, entre os dias 24 e 26. Vários planetas em harmonia com seu signo, na segunda quinzena, aumentarão o seu prestígio e poder. Libra. Decisões da vida íntima marcarão esta fase como um novo começo. Aposte nos planos da relação e na sua capacidadede conquista. Se estiver só, a Lua Nova, no dia 10, na sua área afetiva, será um dos melhores momentos do ano
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
para iniciar um relacionamento que mudará seus conceitos sobre o amor e realizará seus desejos mais secretos. O mês também trará abertura para parcerias e associações de trabalho. Lua Cheia na sua área do dinheiro, no 24, apontará limites do orçamento, mas também iluminará soluções que proporcionarão maior estabilidade financeira no longo prazo. Bom período para somar recursos e aproveitar oportunidades. Contará com o apoio familiar para viabilizar seus projetos. A sorte estará do seu lado!
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Escorpião. O rítmo acelerado de trabalho, na primeira quinzena, promete resultados brilhantes e boas perspectivas para ampliar sua independência financeira. Na segunda quinzena, o destaque será o amor, com a passagem de Vênus, a partir do dia 15, e do Sol, a partir do 19, por sua área afetiva. Bom período para resolver divergências e inseguranças. Os dias 19 e 24 prometem emoções à flor da pele e momentos românticos, perfeitos para falar de sentimentos profundos e intensificar a vida sexual. A Lua Cheia em seu signo, no 25, virá acompanhada de mais responsabilidades e preocupações com o futuro a dois. No 26, a paixão falará mais alto que a razão e a vida em comum ficará mais gostosa.
Unidade militar de onde saem os caças
Sagitário. Uma nova atividade ampliará sua rede de relações e tornará o cotidiano mais agradável. Neste mês, o dinheiro poderá ser curto para tantos sonhos, mas não faltará entusiasmo para reinventar a vida e contornar os obstáculos. Decisões a dois aumentarão o prazer e a confiança no relacionamento. Se o coração estiver livre, a primeira quinzena promete paixão instantânea, num encontro casual e divertido. A partir do dia 15, as relações de trabalho estarão aquecidas. Poderá iniciar um empreendimento em parceria ou harmonizar a convivência em equipe. Propostas de curta duração serão mais atrativas do que um trabalho estável, já que neste ciclo desejará se dedicar aos planos da vida íntima que incluirão viagem e rotina mais leve. Capricórnio. Novo começo na vida familiar e um contato maior com suas origens fortalecerão a autoestima e trarão grande motivação para o trabalho. Decisões sobre moradia ou investimentos na casa movimentarão o período entre os dias 7 e 17. A segunda quinzena terá mais cumplicidade com o parceiro. Aproveite o dia 24 para impulsionar mudanças que tornarão a vida íntima mais gostosa. Um velho sonho com a relação poderá se concretizar. Os compromissos sociais aumentarão, a partir do dia 25. No dia 26, terá inspiração para escrever; com harmonia entre Marte e Netuno, intuição e ideias criativas enriquecerão um projeto pessoal. Se estiver em busca do amor, o período entre os dias 24 e 26 promete encantamento e paixão. Aquário. Muitos contatos e encontros instigantes criarão um clima excitante neste mês e vão temperar a vida social com ótimas novidades. Atividades comerciais e estudos estarão favorecidos. Na primeira quinzena, poderá firmar um contrato importante ou começar um curso de curta duração no dia 10. Antigos amores darão notícias a partir do dia 15. Na segunda quinzena, maior proximidade com a família garantirá a segurança emocional. No dia 25, os caminhos para o futuro se iluminarão com a Lua Cheia, que trará uma oportunidade de evolução na carreira. No amor, aconchego e carinho contarão pontos. Na última semana, não assuma compromissos sociais, desejará mais privacidade para curtir as coisas boas da vida a dois, sem interferências alheias. Peixes. Fase positiva para adquirir bens e por ordem nas finanças. O mês começará com conexão positiva entre Sol e Júpiter, que favorece compra ou venda de imóvel. A Lua Nova, no dia 10, trará decisões de negócios, inaugurando uma fase de crescimento material. Conte também com despesas imprevistas. Assuntos jurídicos darão trabalho na segunda quinzena. A formalização de um contrato importante para sua segurança pessoal só acontecerá no dia 24. Aproveite a Lua Cheia, no 25, para comemorar suas conquistas e vitórias. Um novo amor nascerá de uma amizade, se estiver só. Numa relação já estabelecida, poderá enfrentar problemas de comunicação, entre os dias 21 e 22. Mas no 24, tudo será resolvido e a vida sexual ficará mais gostosa.
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Deserto da África Depósito de armas Feminino de fogo de "seu"
Simples editor de textos do Windows (Inform.)
Traços típicos do caráter de uma pessoa Hiato de "real"
Fazer parar; deter
Estado da Região Norte (?) Raia, atriz
Sufixo de "lipase"
Construção para moradia
Reza
Vento
Grito de súplica; queixa A viola, por seu interior
Sílaba de "rango" De autor ignorado
Proteção do boxeador
Dupla; casal Local de anel
(?) do Amor: Vênus (Mit.) Liga de basquete dos EUA (sigla)
Os sacos rompidos
Infrator como o pichador
Local de visitação a animais
Post-(?), adesivo para recados
Percorrido (caminho) (?) elétrico: agita o Carnaval
Projétil usado em arma de fogo
Leandra (?), atriz brasileira
Conteúdo da piscina cheia
Uma das estações do metrô de SP (?) Toledo, piadista Dieta (?): é composta por frutas, legumes e verduras
Guia o pirata na busca do tesouro
Apartamento (bras.)
Minuto (abrev.) Processo que transforma o café em pó São Caetano, na sigla ABCD
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RESPOSTA
BANCO
S B A C L A O R O C A O D E E N B Z O O T B A L S E A B A L
9 7 1 8 4 9 1 6 8 3 6 2 1 4 8 3 1 2 3 6 9 2 1 5 5 4
Sudoku é um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números. O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das células vazias numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades. Os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grade.
3/nba. 4/ater — luva. 5/paiol — rotos. 6/moagem.
FÁCIL
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CULTURA
‘Oz - Mágico e Poderoso’ promete agradar adultos e crianças
“O
Mágico de Oz” (The Wonderful Wizard of Oz, 1939), filme baseado no livro homônimo de L. Frank Baum, certamente é um dos mais cultuados da história do cinema, seja pelo seu roteiro, tecnologia de ponta utilizada na época ou pela primorosa fotografia. Quase 74 anos depois, o diretor Sam Raimi (da trilogia “Homem-Aranha”) se debruçou sobre a obra de Baum para entender as origens do enigmático feiticeiro Oscar Diggs. O resultado pode ser visto em “Oz Mágico e Poderoso”, que chegou aos cinemas de todo o país no última dia 8 de abril. Com um elenco de estrelas, o filme tem o intuito de apresentar a história pregressa do famoso mágico, que na versão atual é interpretado por James Franco. Ao todo, L. Frank Baum escreveu 14 romances entre 1900 e 1920 sobre a Terra de Oz, porém, nenhum deles revelava inteiramente o passado do personagem. Em “Oz - Mágico
e Poderoso”, Diggs é um inexpressivo mágico de circo, de ética duvidosa, que foge de Kansas para Oz. Lá, ele conhece as bruxas Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams). Filmado em 3D, o filme impressiona pela bela fotografia e pelos efeitos visuais. Logo no início, as cenas em que o mágico foge de Kansas em um balão são de tirar o fôlego. O público é brindado, na sequência, com a sua chegada à espetacular Terra de Oz, quando conhece e seduz a doce Theodora, que acredita tratar-se do grande feiticeiro que todos aguardam e herdeiro de uma grande fortuna. Ambicioso, ele finge ser “o cara”, mas precisa convencer a malvada Evanora e a injustiçada Glinda de que ele é o homem que todos estão esperando. A notória dedicação de Franco aos papéis que interpreta já lhe rendeu uma indicação ao Oscar pela atuação em “127
Star Wars: Quadrinho do roteiro original conta as aventuras de Anakin Starkiller REPRODUÇÃO
A Dark Horse Comics anunciou um dos quadrinhos mais interessantes já feitos baseados na Saga Star Wars: a adaptação do roteiro original da ficção científica, criado em 1974, bastante diferente do que foi mostrado nas telonas em 1977. A empresa está prestes a perder a licença de Star Wars, mas, enquanto isso não acontece, conseguiu convencer George Lucas a ter suas primeiras ideias reveladas ao público. J.W. Rinzler, editor-executivo da LucasBooks, adaptou o texto original e Mike Mayhew cuida das ilustrações. Para quem não sabe, a história apresenta personagens bastante diferentes da versão das telonas. O protagonista seria o Jedi Anakin Starkiller, o sábio mentor seria o veterano General Luke Skywalker e o mercenário Han Solo seria um alienígena reptiliano. Sem falar nos inimigos, os numerosos cavaleiros Sith. Os quadrinhos ainda não têm data de lançamento, mas um rascunho do visual foi divulgado. Veja ao lado.
horas”. Agora, participando de um filme de realidade fantástica, a entrega foi a mesma. “Aprendi tudo que deveria saber sobre o universo da mágica”, conta o ator, que durante duas semanas trabalhou com o mágico de Las Vegas, Lance Burton. Considerada uma das mulheres mais belas da atualidade, Mila Khunis igualmente se empenhou para incorporar Theodora que, enfeitiçada, transforma-se na famosa bruxa amarga e verde (a Bruxa Má do Oeste da primeira versão). Embora “Oz - Mágico e Poderoso” não tenha uma ligação direta com “O Mágico de Oz”, quem assistiu ao filme de 1939 vai encontrar referências e se deliciar com a identidade da Bruxa Má do Leste – no primeiro filme, ela somente aparece com as pernas de fora e os mágicos sapatos de rubi. Curiosamente, os pés de Evanora não tiveram destaque na produção de Sam Raimi.
REPRODUÇÃO
Obra chegou aos cinemas no dia 8 de abril
ESTREIAS REPRODUÇÃO
Bilheterias Brasil
INVASÃO À CASA BRANCA
Sinopse: Mike Banning (Gerard Butler) é um ex-oficial do serviço secreto com um passado sujo, que tem a chance de se redimir ao se tornar a única esperança dos EUA contra terroristas que tomam o controle da residência oficial do presidente americano, a Casa Branca.
UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA
Sinopse: A história narra o amor entre Janaína e um guerreiro indígena que, ao morrer, assume a forma de um pássaro. Durante seis séculos, a história do casal sobrevive, atravessando quatro fases da história do Brasil: a colonização, a escravidão, o regime militar e o futuro, em 2096, quando haverá uma guerra pela água. Em todos estes períodos, os dois lutam contra a opressão.
VEM AÍ ALVO DUPLO
Sinopse: Depois de verem seus parceiros morrerem, o matador de aluguel Jimmy Bobo (Sylvester Stallone) e o detetive de polícia Taylor Kwon (Sun Kang), de Nova York, formam aliança para se vingar do responsável pelas mortes, nas ruas de Nova Orleans e nos bastidores de Washington.
VOCÊS AINDA NÃO VIRAM NADA
Sinopse: Após sua morte, o dramaturgo Antoine (Denis Podalydès) convoca em testamento seus amigos e atores que participaram de diferentes versões de sua peça Eurydice. Em uma gravação realizada em vida, ele pede que todos capturem sua visão das repetições desta peça, que deve ser mais uma vez encenada.
OBLIVION
Sinopse: 2077: Jack Harper (Tom Cruise) trabalha na manutenção de equipamentos de segurança, baseado em uma Terra que foi evacuada. Parte de uma gigantesca operação para extrair recursos vitais, depois de décadas de guerra com uma aterradora ameaça alienígena que ainda recolhe o que restou do nosso planeta, a missão de Jack está quase completa. Em duas semanas, ele vai se juntar ao resto dos sobreviventes em uma colônia lunar, longe do mundo destruído pela guerra que ele há muito tempo chamou de lar. Mas a existência pairada nas alturas de Jack é abalada depois que ele resgata Julia Rusakova (Olga Kurylenko) de uma espaçonave abatida. Atraída para Jack por meio de uma conexão que transcende a lógica, sua chegada inicia uma cadeia de eventos que o força a questionar tudo que sabe. Fonte: Cineclick
1 Os Croods 2 G. I. Joe 2: Retaliação 3 Vai Que Dá Certo 4 Jack: O Caçador De Gigantes 5 Invasão À Casa Branca 6 Mama 7 A Hospedeira 8 Oz, Mágico E Poderoso 9 Anna Karenina (2012) 10 Dentro Da Casa
Bilheterias EUA
1 42 (2012) 2 Todo Mundo Em Pânico 3 Os Croods 4 G. I. Joe 2: Retaliação 5 A Morte Do Demônio 6 Jurassic Park 7 Invasão À Casa Branca 8 Oz, Mágico E Poderoso 9 Tyler Perry's Temptation 10 The Place Beyond The Pines
Atualizado em 15/05/2013
Jornal do São Francisco
Ed. 127, de 15 a 30 de abril 2013
ARTE
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Barreiras receberá Salão de Artes Visuais Artistas regionais poderão se inscrever até o dia 8 de maio REPRODUÇÃO
VIRGÍLIA VIEIRA Do Jornal do São Francisco
A
cidade de Barreiras sediará o Salão de Artes Visuais 2013, que tem como objetivo apresentar ao público a diversidade da atual produção baiana em Artes Visuais, divulgar e valorizar o trabalho dos artistas e estimular a reflexão sobre temas atuais da área. A exposição está prevista para acontecer entre os dias 25 de outubro a 8 de novembro. A ação é promovida pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado (SecultBA), com o apoio do governo municipal. Performance Projeções sobre o inacabado Artistas regionais que tiverem interesse em participar, deverão se inscrever até o dia 08 de maio. Podem ser inscritos A minuta do edital, bem como seus trabalhos de livre temática, de artistas ou coletivos, nas modalidades de arte e anexos, está disponível no site da FUNtecnologia, assemblage, cerâmica, cola- CEB: www.fundacaocultural.ba.gov.br. gem, desenho, design gráfico (ilustração, humor gráfico e quadrinhos), Entrevista escultura, fotografia, grafitti, A coordenadora de Artes Visugravura, instalação, intervenais da Fundação Cultural do ção urbana, objeto, perforEstado da Bahia (FUNCEB), mance, pintura, tapeçaria e Luciana Vasconcelos, veio à videoarte. Barreiras participar de um As propostas serão avaliadas encontro que reuniu a classe quanto à qualidade artística e artística da região no dia 09 ao currículo do proponente, de maio. Durante o encontro, e o número de selecionados a coordenadora sanou possídependerá das características veis dúvidas sobre os Salões físicas das obras inscritas, asde Artes Visuais 2013, que sim como dos espaços expositivos em questão, podendo Luciana Vasconcelos acontecerão em cinco cidades da Bahia. A cidade de Barchegar a 25 por mostra. reiras foi uma das escolhidas. Na abertura de cada Salão, uma comissão de premiação específica anunciará três obras premiadas entre as O que são os Salões de Artes Visuais da expostas, que receberão prêmios de R$ 7 Bahia? Luciana Vasconcelos - Criado há mil cada. Serão investidos, portanto, um 21 anos, com o nome de Salões Regionais total de R$ 105 mil em premiações para 15 de Artes Plásticas da Bahia, o projeto da artistas (66% a mais que em 2012). Além FUNCEB realiza, anualmente, exposições disso, cada expositor receberá um auxílio abertas à visitação pública em cidades do para o custeio da sua participação no va- interior do estado, apresentando a prolor de R$ 800. Há também os prêmios sim- dução recente de artistas visuais residenbólicos: as Menções Honrosas, indicadas tes na Bahia. As obras que compõem as pela comissão de premiação e, o Prêmio exposições são selecionadas através de edital público. do Público, pela escolha dos visitantes.
Quantas obras vão participar dos Salões? O número dependerá das características físicas das obras inscritas, bem como dos espaços expositivos envolvidos, podendo chegar a 25 por mostra. Assim, no total, até 125 obras poderão ser selecionadas.
Onde e quando os Salões de 2013 vão acontecer? Nesta edição, o projeto foi ampliado e vai realizar exposições e atividades de formação em cinco municípios de diferentes regiões. Até 2012, os Salões alcançavam três cidades. Esta ampliação reforça sua relevância no incentivo à difusão de produção artística e à dinamização dos espaços expositivos do interior do Estado. Feira de Santana: Centro de Cultura Amélio Amorim, de 26 de julho a 8 de setembro; Teixeira de Freitas: Centro de Cultura Teixeira de Freitas, de 16 de agosto a 29 de setembro; Lençóis: Casa Afrânio Peixoto, de 4 de outubro a 17 de novembro; Barreiras: Palácio das Artes, de 25 de outubro a 8 de setembro e, Vitória da Conquista: Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, de 8 de novembro a 15 de dezembro. Além disso, em 2014, as obras premiadas e as menções especiais deste ano vão compor uma mostra especial no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em Salvador, completando a lista que faz com que os Salões passem a estar presentes em todos os seis Macroterritórios da Bahia. Que tipo de obra pode ser inscrita? No campo das Artes Visuais, podem ser inscritos trabalhos de livre temática, de artistas ou coletivos, criados a partir de 2012, nas seguintes modalidades: arte e
LIVRO
Os Homens que Não Amavam as Mulheres por Stieg Larsson
V
em da Suécia um dos maiores êxitos no gênero de mistério dos últimos anos: a trilogia Millennium - da qual este romance, "Os Homens que não Amavam as Mulheres", é o primeiro volume. Seu autor, Stieg Larsson, jornalista e ativista político muito respeitado na Suécia, morreu subitamente em 2004, aos cinquenta anos, vítima de enfarte, e não pôde desfrutar do sucesso estrondoso de sua obra. Seus livros não só alcançaram o topo das vendas nos países em que foram
lançados (além da própria Suécia -onde uma em cada quatro pessoas leu pelo menos um exemplar da série -, a Alemanha, a Noruega, a Itália, a Dinamarca, a França, a Espanha e a Inglaterra), como receberam críticas entusiasmadas. Um dos segredos de tanto sucesso é a forma original com que Larsson engendra a trama, conduzindo-a por variados aspectos da vida contemporânea: do universo muitas vezes corrupto do mercado financeiro à invasão de privacidade, da
tecnologia, assemblage, cerâmica, colagem, desenho, design gráfico (ilustração, humor gráfico e quadrinhos), escultura, fotografia, grafitti, gravura, instalação, intervenção urbana, objeto, performance, pintura, tapeçaria e videoarte.
violência sexual contra as mulheres aos movimentos neofascistas e ao abuso de poder de uma maneira geral. Outro é a criação de personagens extremamente bem construídos e originais, como a jovem e genial hacker Lisbeth Salander, magérrima, com o corpo repleto de piercings e tatuagens e comportamento que beira a delinquência. O terceiro é a maestria em conduzir a narrativa, repleta de suspense da primeira à última página.
Como será feita a seleção? A seleção será realizada por uma Comissão composta por cinco membros de reconhecida atuação na área de Artes Visuais, sendo um da FUNCEB, três da sociedade civil da Bahia e um de outro estado do Brasil. As propostas serão avaliadas quanto à qualidade artística e ao currículo do proponente, definindo as obras que vão compor cada uma das cinco exposições. Como acontecerá as premiações? Na abertura de cada exposição, uma Comissão de Premiação indicará três obras premiadas, que vão receber prêmios de R$ 7 mil cada, e poderá indicar menções especiais. Além disso, durante todo o período de cada mostra, os visitantes também poderão votar em sua obra preferida. Ao final, a FUNCEB irá apurar os votos e anunciar o "Prêmio do Público", que é apenas honorário, sem remuneração em dinheiro. Haverá uma Comissão de Premiação específica para cada mostra, cada uma delas composta por três integrantes de reconhecida atuação na área de Artes Visuais, sendo pelo menos um do Território de Identidade da cidade-sede da exposição e um de outro estado do Brasil. Existe alguma previsão com auxílio financeiro para os selecionados? Sim. Os artistas selecionados receberão um auxílio para o custeio da sua participação no valor de R$ 800, depositado na conta bancária do artista. A entrega e retirada da obra é de total responsabilidade do selecionado. ■
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