Los Indios Tabajaras - Filme

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PROJETO DE DOCUMENTร RIO

Los Indios Tabajaras do Cearรก para o Mundo


a) Visão Original Essa é a história do índio Mussapere, que aos 10 anos de idade, junto com seus pais e irmãos deixou o sertão cearense, onde ficava sua aldeia – Tabajara - e a pé cruzou o país numa viagem de 4000 quilômetros até chegar ao Rio de Janeiro. Aos 15 anos, foi batizado de Natalício Moreira Lima e para sobreviver, tocava violão nas ruas da então capital da república. Analfabeto, já que só falava o Tupi, aprendeu a ler vendo os letreiros de ônibus. O violão, aprendeu a tocar de ouvido. Virou artista de circo, onde negava suas origens para não ser discriminado. O circo o levou aos cassinos do país e depois à América Latina. Aí, aprendeu que ser índio era bom para os negócios. Formou com seu irmão Herundi, o duo Los Índios Tabajaras. No seu repertório estavam músicas populares e folclóricas, até que foi chamado de “ignorante musical”, pelo ator Ricardo Montalbán em um cassino no México. A partir daí, resolveu estudar sozinho partituras de música clássica, que por serem escritas para piano o obrigaram a modificar seu violão, para obter as mesmas notas. Migrou do repertório popular para o clássico, mudou para os Estados Unidos e se tornou o virtuose cultuado nos cinco continentes. Gravou mais de 73 discos e entre os anos 1950 e 1970, vendeu oito milhões de discos. Hoje ele é conhecido como Nato Lima e irá completar 90 anos de idade. Vive em Nova Iorque há 50 anos, porém não apagou seu país e suas origens da memória. Pelo contrário, sempre que tem oportunidade, resgata suas tradições. Uma estória, que se não fosse verdadeira tem contornos de ficção. Após 70 anos de carreira, acaba de sair do estúdio V.U. em São Paulo onde gravou seu primeiro disco solo, o primeiro no Brasil, para mostrar porque é considerado um gênio do violão. O filme é uma homenagem a este bravo guerreiro tabajara, que se prepara para sua derradeira aventura, que é retornar às suas origens e voltar a viver no Brasil. Esse projeto visa reforçar a influência fortíssima que a cultura popular tem sobre as pessoas e como, a partir dela, é possível desenvolver uma arte única, que no caso de Nato Lima é o seu estilo de violão clássico. Ao mesmo tempo essa arte é universal e reconhecida tanto por críticos e especialistas como pelo público em geral.

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b) Proposta de Documentário A história dos Índios Tabajaras será contada na primeira pessoa pelo seu protagonista: Mussapere ou Nato Lima, como hoje é conhecido. Iremos retornar a sua terra natal, ou terra do “litígio”, como ele mesmo chama. Um lugar que ele próprio não sabe o nome, na divisa do Ceará com o Piauí, incravado no interior do Brasil, no “meio do mato”. A equipe irá acompanhar Nato Lima durante toda sua viagem, que será a mesma que ele percorreu a 60 anos atrás, porém no sentido contrário. Sairemos de São Paulo, passaremos pelo Rio de Janeiro, sertão da Bahia, Caruaru, Natal, Fortaleza e a divisa entre o Ceará e o Piauí. Iremos contar de forma cronológica a trajetória que os 17 familliares da aldeia de índios Tabajara fizeram indo do Ceará até o Rio de Janeiro a pé, numa jornada de histórias impressionantes como o encontro com os cangaceiros de Lampião, e de histórias que mudaram o rumo de Nato Lima e seu irmão Antenor. O encontro de um violão no meio da mata, que num primeiro instante pensou ser uma armadilha para passarinhos. Os sons e os coloridos das feiras populares do sertão; a transição da vegetação do interior do Brasil para o litoral, e mais tarde para o cerrado e as cidades grandes: tudo é informação e compõe, hoje cidadão do mundo, Nato Lima. Em momentos específicos, usaremos imagens de arquivo do acervo pessoal de Nato Lima, para ilustrar e caracterizar melhor a grandeza de toda a sua história. São fotos pessoais, capas e fotos de divulgação de discos, vídeos raros de vários momentos de sua vida e de sua carreira. A música, especialmente o violão de Nato Lima será figura constante ao longo do documentário. Aos 89 anos de idade, morando há 50 anos em Nova Iorque, ele ainda demonstra intimidade com as câmeras, característica que adquiriu por participar de diversos programas “talk-show” ao vivo nos Estados Unidos. Por isso, Nato Lima tem um “timing” como poucos: é perspicaz em suas respostas e tem um senso de humor sofisticado. Afinal, foram mais de 26 participações nas décadas de 1950 e 1960, no programa de Johnny Carson, um dos maiores animadores de todos os tempos. Uma referência muito importante para o nosso trabalho é o documentário “Um Filme para Nick” (Lighting Over Water, 1980 - Win Wenders), já que a intimidade com o nosso personagem aumentará durante a convivência na viagem e assim trazer a tona a verdade da vida de Nato Lima que num primeiro momento nos parece fantástica demais. Por ser um artista moldado dentro da televisão, possui ainda esse frescor do improviso, o que vai tornar sua narrativa agradável e nada cansativa. Aliada a esse aspecto positivo, usaremos o estilo do Cinema Direto, como no documentário “Primárias” (Primary, 1960 - Robert Drew). Com a tecnologia da captação digital estaremos com uma equipe bastante enxuta, permitindo maior intimidade na busca de momentos de introspecção. Assim, iremos ilustrar esse mundo que está na memória de Nato Lima de forma não linear, criando elipses de tempo entre as lembranças de sua vida, através das entrevistas espontâneas e informais e imagens de arquivo, e nosso tempo atual durante o percurso de volta ao Ceará. Trazer o espectador para dentro de seu mundo como um convidado, para compartilharmos esses momentos de magia, que são quando ele toca seu instrumento.

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c) Eleição e Descrição dos Objetos Los Índios Tabajaras Dupla de violão clássico formado pelos irmãos Nato Lima e Antenor Lima (ou Mussapere e Herundi - 3º e 4º filho em Tupi), que são índios da aldeia Tabajara, na década de 1930. Começaram a tocar ainda jovens nas ruas do Rio de Janeiro para ganhar uns trocados. Depois migraram para o circo, onde percorreram todos os países da América Latina, até ir para os Estados Unidos e gravar o primeiro disco. Gravaram juntos 73 discos e venderam mais de 8 milhões de cópias. Herundi faleceu em 1998. Nato Lima Ou Mussaperê, terceiro filho em Tupi. Um dos integrantes da dupla Los Índios Tabajaras. Mora em Nova Iorque há 50 anos e gravou seu primeiro disco solo aos 87 anos. É casado com a japonesa Michiko Lima, com cerimônia realizada em Tóquio em 1971. Aprendeu a tocar violão sozinho, “de ouvido” como ele mesmo diz. Mais tarde, provocado por um ator no México, durante uma excursão pelo circo que trabalhava, começou a estudar violão clássico. Hoje reconhecido mundialmente é referência para diversos artistas como o guitarrista Carlos Santana, o guitarrista Chet Atkins, o concertista Fábio Zanon, a violonista clássica Amanda Cook, Turíbio Santos entre tantos outros artistas. Violão Clássico O primeiro contato do índio Mussapere com o violão foi quando ele achou o instrumento perdido na mata, perto da aldeia tabajara onde vivia. Dias depois teve o primeiro contato com o homem branco e com música. Ouvira Johann Sebastian Bach, o que percebeu 60 anos depois. Nunca mais largou o violão, que foi seu companheiro para eternidade. Começou a tocar músicas populares e folclóricas com o irmão até ser chamado de ignorante musical pelo ator mexicano Ricardo Montalban. Começou a estudar violão clássico e adquiriu um estilo próprio, devido tanto a sua formação clássica quanto ao seu repertório popular, adquirido desde sua caminhada do Ceará ao Rio de Janeiro até sua vida nômade como artista rádio e de circo e de cassinos pela América Latina. Sua dedilhada é tão rápida que apenas o violino chega na mesma velocidade de seu violão. Caminhada pelo Mundo Esse repertório clássico aliado ao conteúdo popular é o que foi determinante no estilo musical de Nato Lima. Essa cultura popular o ajudou durante sua vida profissional de diversas formas: morou em diversos países do mundo, gravou discos nos 5 continentes, aprendeu mais de 6 idiomas, casou-se por 3 vezes, no 2º casamento com uma venezuelana e mais tarde com uma japonesa, Michiko sua atual esposa. Por onde ele passou, suas raízes indígenas e brasileiras sempre estão presentes, no seu cotidiano e na sua música e sempre faz questão de dizer que é índio nascido no Brasil.

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d) Eleição e Justificativa para as Estratégias de Abordagem Entrevistas Espontâneas e Informais Como se trata de um documentário em que iremos acompanhar o personagem durante vários dias seguidos, é fundamental que as entrevistas sejam informais e espontâneas, para sempre resgatarmos as lembranças mais significantes, tanto do ponto de vista narrativo como para buscarmos o máximo de conversas interessantes e motivantes. O nosso personagem, Nato Lima, ajudará muito nesse quesito, por se tratar de uma pessoa eloquente, com boa comunicação e pela sua própria história como artista, já que ele cresceu em sua carreira perante as câmeras e talk-shows americanos. A voz do diretor não aparecerá no corte final, apenas teremos a voz de Nato Lima e seu violão, que conduzirá nossa história através de uma maneira sensível e particular.

Fotografia e Equipamentos de Movimentos Câmera Nossa intenção é usar uma fotografia naturalista, mas com bastante nuances cromáticas e com texturas dos diferentes lugares que passaremos pelo Brasil, para pontuarmos o tempo e o espaço dentro do documentário. Para atingir nossa intenção de ser ágil com a equipe e com o equipamento, não usaremoss refletores de luz nem equipamentos de movimentos de câmera, como travelling ou steadycam. Assim, teremos uma equipe bastante reduzida sem grandes custos para a produção. Essa simplicidade de produção se traduzirá em uma linguagem cinematográfica.

Câmera na Mão Nossa principal referência é o cinema direto. Com isso buscamos sempre mobilidade e dinamismo nas ações da câmera, porém sem movimentos rápidos ou bruscos. Momentos contemplativos buscando a visão do índio e sua relação com a natureza são fundamentais e a vivacidade da câmera na mão nos dará essa sensação pois ela não estará totalmente fixa. Cada momento junto de Nato Lima é de extrema importância, pelas conversas descontraídas, pelas lembranças que virão naturalmente ao se deparar com a paisagem da natureza brasileira e é essencial que tenhamos facilidade nos movimentos de câmera. A câmera na mão também é vantajosa para o nosso documentário pois assim conseguimos o maior número possível de planos. Para tal mobilidade e dinamismo usaremos a câmera Panasonic HVX-200, rodando a 24 quadros por segundo, no formato 720p, que é o formato mais próximo do HD Full e de melhor qualidade que podemos atingir com esse modelo.

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d) Eleição e Justificativa para as Estratégias de Abordagem Duas Linhas Narrativas As duas linhas narrativas que teremos durante o filme são fundamentais para o entendimento da história. A primeira linha narrativa é a jornada de volta de Nato Lima para o lugar onde nasceu, no Ceará. Durante a viagem, que será contada em ordem cronológica, captaremos as suas impressões e lembranças do tempo que era mais jovem, como aprendeu a tocar o violão, além de revelarmos as referências e o seu repertório popular, não apenas musical, mas principalmente de experiências de vida. Sua vida foi uma eterna viagem, onde obteve contato com muitas pessoas e tradições e isso é indispensável para entendermos seu estilo musical. A segunda linha narrativa são as digressões sobre a carreira de Nato Lima e dos Índios Tabajaras. Cada lembrança, cada imagem de arquivo, cada música, nos mostra a evolução musical da dupla. Assim, conseguimos entrar nesse universo multicultural dos Índios Tabajaras, nossa percepção vai ficando mais aguçada junto com o refinamento de sua obra.

Imagens de Arquivo e Letreiros Usaremos imagens de arquivo do acervo pessoal de Nato Lima, que inclui fotografias, 73 albuns gravados nos 5 continentes. Ainda encontramos um acervo sonoro de participações em programas de rádio e diversos documentos históricos, como cartas e passaportes, que mostram a história dos Índios Tabajaras e dos lugares por onde passaram. Em relação a letreiros e arte gráfica, apenas usaremos letreiros para identificar pessoas e lugares. Não teremos nenhuma outra arte gráfica. Trilha Musical, OFF’s e ON’s Usaremos composições do próprio Nato Lima, já previamente autorizadas. Por se tratar de um documentário com forte aspecto musical, a captação do som direto é fundamental, principalmente os ruídos, que serão usados durante as transições da edição e durante a represetação de imagens de arquivo. Vale destacar também que quando usarmos imagens de arquivo, a trilha musical em OFF será de extrema importância para compormos de uma maneira bem realizada o clima do documentário. Também sempre teremos o violão de Nato Lima presente nas entrevistas informais e usaremos as suas composições interpretadas por ele próprio em ON’s e em OFF’s.

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f) Sugestão de Estrutura A linha principal do filme será a viagem de Nato Lima ao lugar que ele nasceu, numa remota região entre o Ceará e o Piauí, na serra do Ibiapaba, chamado pelo próprio Nato Lima de “Terra do Litígio”. Durante nossa viagem e quando estivermos nas terras onde Nato Lima nasceu, as lembranças da trajetória dos Índios Tabajaras e da própria vida de Nato Lima serão mais do que bem-vndas: elas nos guiarão através de digressões de nossa narrativa, em imagens e fotos do arquivo pessoal de Nato Lima. Ao longo de todo o documentário o violão de Nato Lima estará sempre presente, tanto de maneira espontânea, nas paradas que fizermos, como em OFF, além de gravações de arquivo registrado nos arquivos sonoros dele próprio. Dentro dessa linha de raciocínio temos três situações principais: SITUAÇÃO 1 - Início da viagem de volta ao Ceará Nato Lima chega ao aeroporto internacional de São Paulo. Vamos ao encontro dele, que nos parece ansioso para começar a viagem de volta ao lugar que nasceu. Na verdade essa ansiedade se da pelo fato que Nato Lima vai ter a oportunidade de reviver todo um percursso que fez durante sua infância e que levou anos para concretizá-lo. Visitará lugares marcantes, onde esteve somente alguns dias, ou alguns momentos de sua vida. O levamos ao hotel no centro da cidade e ele começa a nos contar de quando morou em São Paulo, num apartamento da Avenida São João. Nos fala sobre sua caminhada do Ceará para o Rio de Janeiro, qual o motivo? Porque sua família resolveu sair do Ceará? Quantos irmãos tinha? Quais as lembranças da aldeia? O que lembra do pai e de seus irmãos Tabajaras? Nos fala de suas heranças indígenas de uma maneira saudosista, porém bem realista. Nos conta do primeiro contato com o homem branco e consequentemente com a música: achou um violão no meio do mato e o homem branco tocou para ele Johann Sebastian Bach, o que ele somente foi descobrir 60 anos depois. Nos conta o início do aprendizado da música e como começou a dupla com o irmão. Embarcamos e chegamos na cidade do Rio de Janeiro, local onde ele acabou sua jornada a 60 anos atrás. Era uma cidade muito diferente, afinal estávamos no final da década de 1940, os costumes e a moral eram completamente diferente. Nato Lima, nos faz comparações com a Rio de Janeiro que viu nos anos 1940 e a que ele vê hoje. Compara com as grandes capitais do mundo, por onde passou: Tóquio, Madrid, Santiago, Caracas e Nova Iorque. Relembra os lugares por onde andou e da decisão de entrar para o circo e excursionar pelo Brasil: não tinha como evitar sua essência de andarilho. Começamos nossa viagem de retorno ao seu local de origem, no “meio do mato”. Nossa intenção no início do documentário é de fazer a introdução e apresentação do nossos objetos apresentados anteriormente no item c deste livro.

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f) Sugestão de Estrutura SITUAÇÃO 2 - Experiências de vida: formação de referências e repertório Estamos no interior de Pernambuco. A imagem árida se contrasta com o colorido de barracas e frutas. Estamos na feira de Caruaru. A paisagem natural é mais chamativa neste momento. Ela lhe remete lembranças da sua caminhada. Lembra de como os sons da natureza, do vento, dos rios, dos pássaros e do próprio homem inserido nesse meio é importante para a criação da música. Nos explica o ato de compor música clássica. Quais os recursos necessários para compôr? Como foram os estudos do violão clássico? Qual a importância dos elementos populares e folclóricos na no seu estilo do violão clássico? E suas experiências durante essa sua caminhada de 3 anos pelo interior do Brasil? Como você exerga essas influências na sua vida atual e no seu repertório musical? Vemos que suas experiências de vida, como suas passagens por toda a América Latina foram importantes para o enriquecimento de seu repertório popular, não apenas musical, mas de experiências concretas. Chegou a morar na Venezuela e casar com uma venezuelana, sua segunda esposa. Nos fala dos elementos culturais da América Espanhola em seu trabalho e no seu cotidiano. Nos conta da verdadeira motivação que o fez a começar por conta própria o violão clássico: o ator mexicano Ricardo Montalbán o chamara de ignorante musical, por apenas tocar músicas populares e folclóricas. Foi o estopim para os Índios Tabajaras começarem uma carreira de sucesso. Foram para os Estados Unidos onde gravaram o primeiro disco na década de 1950. Depois disso foram mais de 73 discos em toda a carreira musical.

Voltamos à nossa jornada rumo ao Ceará e estamos numa região com o clima visivelmente mais tropical. A cidade em questão é Natal, no Rio Grande do Norte. Disseram que lá podiam conseguir passagens de navio para o Rio de Janeiro de graça e por lá ficaram mais de 20 dias procurando até desisitirem e seguirem adiante. Batucavam no violão cantando músicas indígenas, fazendo apresentações no pier do porto; essa necessidade de ganhar dinheiro foi a primeira apresentação da dupla. Seguimos para Fortaleza, a primeira grande cidade que Nato Lima esteve, ainda criança. Lembra de fatos marcantes nesses dias na cidade, ficou impressionado com a arquitetura e dos hábitos das pessoas urbanas. A visão do mar e de seu horizonte. Ubajara é uma pequena cidade na divisa entre o Ceará e o Piauí, no pé da Serra da Ibiapaba. Foi lá a primeira “cidade”, apenas uma rua com algumas casas, que eles conheceram, até então só conheciam aldeias índigenas. Lá eles tiveram primeiro contato com diversos elementos da civilização, como um cachorro. De tanto achar estranho e mexer com o animal foi mordido. Lá também conheceram um caminhoneiro, que foi quem deu carona para conseguirem chegar em Fortaleza. Ubajara é o local mais próximo de onde Nato Lima, ou melhor dizendo Mussapere, nasceu.

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f) Sugestão de Estrutura Nesse momento do documentário, nossa intenção é mostrar a rica referência popular e folclórica que Nato Lima tem em seu repertório cultural. Essas referências só foram possíveis graças as suas viagens pelo mundo, ao contato com inúmeras pessoas e as experiências que obteve, musicais ou não. Isso ocorreu tanto na sua caminhada a pé do Ceará até o Rio de Janeiro, como nas suas andanças pela América Latina, na sua vida nos Estados Unidos e nas viagens pelos 5 continentes. Tudo isso, associado ao seu estudo do viloão clássico, formaram o estilo musical de Nato Lima. Preservando a nossa linha narrativa paralela, nossa jornada será entrecortada com as imagens de arquivo do acervo de Nato Lima, como fotografias, músicas e imagens de vídeos antigos também do próprio Nato Lima. SITUAÇÃO 3 - Chegada ao Ceará, na Serra da Ibiapaba - Em Ubajara no mirante da Serra, relembra da familia, toca Johann Sebastian Bach - Escuta rádio, uma música regional, nos conta das referências sonoras e visuais da região - Tocando e Andando na mata, nas cachoeiras, sons da natureza, pássaros Estamos no local do início da vida de Mussapere. Nossa jornada foi necessária para reconstruirmos a vida de Nato Lima, para buscarmos as referências que criaram a personalidade desse homem, que transformaram um índio pobre do interior do Brasil em um reconhecido e cultuado violonista clássico. E mais do que isso, de como um homem consegue lapidar sua própria vida através de suas atitudes e consegue entender o mundo civilizado do homem branco através da mais universal e complexa das artes, a música. Créditos Finais.

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g) Desenho de Produção (anexo 2)


h) Orรงamento (anexo 3)


i) Cronograma de Produção (anexo 4)


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