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1'RJIGA UM ~00 Nffi<m\0 Q,.JI>/'00 lMlb, PAlE<E Q..E EU 9) MlNOO ETCIX'6FN!M, mf.É!!EM O ~0, MJTAS DAS COSAS PUBUCJOAS NA ~STA ~ lOBAS DI>DAS POR TOQ.\E!IiAEQJft Q..E TRABili.JoiA.())M)lJMAFJMUAOE FffiMIGAS UM ~ ("' __ __ _ AJUDPNDO OWIROEQ.JilNI:pARl.HAOEUM ~ 011, NOME!MOMOMENTO HA OUTRA FORMI · GUINHAAI PJ!RAftGIIR EAJlll'RAOIRREGM. @TK\YNACOOM ES
QuftNOO COMFJ;/'I'NJS A DISOJllR O TEMA DESTA IDÇÃO FOI OE SENSO CON4.JM A lOBA OE COLOOR NAS PÁGINAS PESSOAS COMUNS, Q!JE PASSIIM DESPER<EBIDAS NA RUA E ESPE· RAV\05 QUE, OE JILGU'viA R:JWA, AJLLEM YOCÊ;AEI'b<ERGI!RSIAASPESSOAS OE VERDI>DE E
1 , o À SIIBERQJETODO~TEMOSBATM..HASINTER· ~ lA?IIIAR.aJ. t
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NAS DAS Q._l,!jS I'WJ F/IUIHlJ5 SOBRE.
TE'NOS A KALA QJE É WNs.<mJA.. E aNTA 5alRE 9..JAMrA.HA MRB.A, NC!iSAHAZEL GRilCE BRASILEIRA, UM EXEMPLO OE 9JPERAÇÃD E roNFiftNÇA NO SEU POTEN OM... BIA, Q!JE TEM UMA !ÍNDROME RARA- ESSAS E OU· TRAS MENINAS Q!JE ~ O SINÔNIMO DE GIRL f'CIIYffi VOCÊ CONHECERÁ NESTA IDÇÕD! E PH, CVRO Q!JE NMl OOXAMOS NOSSAS DICAS OE PRODUTOS, RESENHAS, TESTES E OUTRAS COI51NHAS OE FORA, ENTÃO SE PRE· PME PPRA PEGJ!IR A RE'ASTA E NÃO l.)IRG)IR ENQ!JPNTO NÃO TERMINAR DE LER!
@FERNANOAUEHARA
@LEORINOER
.............................................................................
COMPORTAMENTO 12.
SEU CORPO
14. LADO A E LADO B Duas opiniões diferentes sobre o mesmo tema. De que lado você está? 16. OPINIÃO
O fim de Brangelina nossa conta?
24. 25.
/8 l
AS INSriRAÇÕES_ DO MÊS. MIRELA. 51A E KAILA VAO TE CONQUISTAR\
é da
VÊNUS DESENROLA NA REDE
Aborto: conheca a opinião de meninas sobre o assunto!
39.
PAPO RETO
Pansexualidade: você sabe o que é? 46. VocÊ TAMBÉM É IT Representatividade importa!
SAúDE 13.
SEU CORPO
Você milocea; prá; e contras da pílula anticoncepcional?
40.
PAPO RETO
:niba mais sobre o coletor menstrual
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TRA~SIÇÃO CAriLAR: TUDO O QUE
ENTRETENJMENTO
VOCE rRECISA SAMR
8. 9.
#TA5ABENDO? TESTE
Você
10.
INTRODUÇÃO AO fEMINISMO.
18
VERTENTES DO MOVIMENTO.
E UM TESTE. VOCÊ É fEMINISTA?
A gente mal consegue esperar para ver a Demi no BrasiL E
voee? 11. DICA DA REDAÇÃO 26. INSPIRE-SE
Conheca Malalal
36. 37.
CÔNHEÇA TESTE
Ela( e) está afim de você?
38. 47. 48.
RESENHA REPÓRTER TEEN NAS ESTRELAS
Previsões astrológicas para o seu mês
50. 6
é fã da Rihanna?
FANDOM
CRÔNICA
_____JJ.~-----
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AlEliA 6AIIII.LY. l1 _ _ _ ___J
,"1-------U~~---~~~·· 1 KAICEI AC.. 20
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APÓS QUASE UM ANO fORA DOS PAlCOS. ED snEERAN VAI fA1ER UM EM UM HOSPITAL QUE CUIDA DE CRIANÇAS COM DOENÇAS TERMINAIS. A GENTE NÃO AGUENTAVA DE ~RUNO
GAGLIASSO E GIOVANNA ~W~ANK fORAM A POlíCIA PRESTAR QUEIU DE RACISMO CONTRA AfiLHA DElES, DE DOIS ANOS. NAS REDES. NÃODÁ MAIS PRADEIXARPASSARl
EM
~Qi~~~ SAUDADE DESSE RUIVO! APARENTEMENTE TIAGO IORC VOOU ATÉ OS EUA SÓ PARA ENCONTRAR TATÁ WERNECK. A GENTE ACREDITA NA AMIZACE, MAS TAMBÉM TORCE POR ALGO A MAIS! E VOCÊS?
EMPODER~D~
ENTREVISTA PARA A VANITY
f AI R, ADELE REVELOU QUE HÁ MAIS DE UM MÊS NÃO DEPILA SUAS PERNAS E QUE SÓ DEPILOU, POIS IRIA USAR UM VESTIDO CURTO EM UM DOS SEUS SHOWS E ACHOU QUE AS PESSOAS DA PRIMEIRA FILA PODERIAM REPARAR. EM RESPOSTA, A REVISTA PERGUNTOU O QUE SEU NAMORADO ACHAVA DESSE HÁBITO. NÃO TINHA COMO SER MAIS LACRADORA COM SUA RESPOSTA. A CANTORA DISSE QUE: "ELE NÃO TEM ESCOLHA. HOMEM NENHUM VAI ME MANDAR DEPILAR AS PERNAS. DEPILE AS SUAS".
SAIU OTRAILER DO NOVO fiLME A&ELA E A FERA E A GENTE NÃO PODIA TER AMADO MAIS! EMMA WAlSON (QUE ~NDOU 11ESCONDEND0'1 UVR05 fEMINIST~5 NO METRÔ DE LONDRES) ESTÁ MARAVILHOSA COMO &ELA.
VEM LOGO Z017\H
nasceu nos 1 Rihanna Estados Unidos. ( ) Verdadeiro ( ) Falso
ft Rihanna ganhou o concurso ~ de talentos em sua escola
interpretando Mariah Carey. ( ) Verdadeiro ( ) Falso
l!f Na infância, Rihanna tinha J como ídolo Madonna. ( ) Verdadeiro ( ) Falso ~ Se_:u pr~m~iro single. "Pon de Replay" ,
-v nao atmg1u o top cmco. ( ) Verdadeiro ( ) Falso
I! Seu primeiro Grammy foi W a canção "Umbrella". ( ) Verdadeiro ( ) Falso
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"Believe Foundation " é a fundação criada pela Rihanna com intuito de ajudar as crianças carentes. ( ) Verdadeiro ( ) Falso ·o~I30V0~3A "9 ·o~I30V0~3A ·s ·wn dOl o n!ÕU!ll? ,.Áe]da~ ap uod, essa wo:J 'sooz w3 ·oslV.:l ·o~l3ava~3A ·< · om3ava~3A ·z ·sopeqJeg wa na:Jseu e13 "OSlV.:l · ~
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Oelllt ~ • Z Fe611ut;t 20f61
Em dezembro vai rolar o Z Festival 2016 no Allianz Parque, em São Paulo!
A garota, que estreou a sua carreira com apenas nove anos no seriado Barney e Seus Amigos, cantará seus sucessos como: "Coar For The Summer", "Stone Cold", "Heart Attack" e seu mais recente single "Body Say'd' completo de sensualidade e mostran o o lado mais maduro e confiante dela.
No próximo dia 1O, o festival vai celebrar a 6a edição no Brasil, que sempre traz grandes atrações teens. A primeira confirmação para a programação do evento era a cantora Selena Gomez. A estadunidense está tratando problemas Além de Demi, o festival também concomo crises de pânicos e depressão, que são consequênc1a da doença lupús, qual ta com outra atracão internacional: o a cantora foi diagnosticada há alguns trio norte-americano Cheat Codes preanos. tende agitar o público com muita música eletrônica. Por conta disso, Gomez fará uma pausa em sua carreira e cancelou todos os O Z Festival traz também grandes noshows de sua turnê "Revival", incluindo mes nacionais como Anitta, liago lorc, a parti~ipação que faria no festival. A Projota e Ma nu Gavassi. produçao do evento, Move Concerts BraNão dá pra perder! sil, substituiu Selena por outra ex estrela da Disney, Demi Lovato. As duas Os ingressos já estão à venda pela inestrelas do pop têm um estilo bem parecido e arriscamos dizer que foi uma óti- ternet, no site da live Pass. Os preços variam entre 100 e 580 reais. ma escolha pela produção. Antes, em turnê pelos Estados Unidos na "Future Now Tour" com o melhor amigo, Nick Jonas, Demi fará um show único no país.
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Corra pra garantir seu ingresso!
b&w~ CttiM!<J que a redaçãu ~ateu (e adorou!) dul'a.nü u mê4 de nwembru: '&ue liquida llfaut
'Ru.bfl 'fiou, 29mi Sabe aquela base que você sempre sonho.J? Então isso se tomou realidade. Abase Ruby Rose, com efeito malte está se tomando a queridinha de muitas. Acole;:ão tem 10 tipos de tonalidade, buscando adaptar-se a todos os tons de pele. Outra novidade é o pre;:o que pode variar de 5 a 10 reais! tmamos. vale a pena e<pB'imentar.
Creme de trafQ/It.Mfq j/Qrle 8úbita
A redação testou e aprovou a má9:ara capilar Morte Súbita da lAia Cosmetics, que ajuda a nutrir e hidratar seus cabe!~ deixando com um aspecto de quem saiu do sala o de beleza. Com um cheiro gostoso e bem suave, o vai se tomar seu ma1s novo vício. O pre;:o é de 450 gramas pode variar de 50 a 93:1 pode chegar até 100, mas a dica pesquisar. Q.Je tal com p-ar um e dividir com as migas?
'tWrv 'Niiu 8e lilrofa, 1/ãu 14abela freilm lsabela Freitas lançou seu terceiro livro: Não se Enrola, não. Sequência dos outros, este conta a experiência de ter uma amizade colorida. Q.Jem nunca teve uma amizadecolorida, não é mesmo? Será que com a lsabela vai dar certo? Você encontra o livro em livrarias e sites online, o p-e;:o varia entre 20 e 3:1 reais. 11
POR: FERNANDA UEH A RA
E
ILUSTRAÇÃO: REPROD U ÇÃO .
m um mundo onde, há, pelo menos, 2016 anos, as mulheres são submetidas aos prazeres dos homens, só transam para reproduzir e até têm seus clitóris mutilados, "bater uma" é um tabu enorme em suas vidas. Para tentar desvendar um pouco desse mistério, a reportagem organizou um debate entre mto meni nas, de 15 a 21 anos, e a sexóloga e psicanalista Lelah Monteiro. Há quem se mastur be todos os dias, aquelas que mantêm uma frequência semanal, mensal e até as que nunca chegaram a praticar o ato. Mas, todas elas aisseram que sentem algo estranho só de pensar no assunto. O que, para a especialista, só vai se romper com a P.rática e quando a menina entender que isso é só uma conexão com ela mesma. Giuliana Bezerra, 15, afirmou não ter vontade de se masturbar ainda, mas perguntou se existe uma idade ideal para comecar. "Não. cada uma sabe a idade que deve càmeçar. O desejo dessa ll)enina, geralmente vem com a puberdade. E nessa fase que a garota começa a conhecer seu corpo"_, explicou Lelah. Mariana Bezerra, 17, e irmã de Giuli e também nunca sentiu prazer sozinha. Ela não soube explicar o porquê, mas disse que algo muito forte a reprime, como se isso fosse errado. Assim como Mari2 Leyd Laís, 20, sente que a masturbacao é contra a natureza dela. Para as d'uas, a sexóloga indicou que se permitir é sempre a melhor escolha. Depois que a garota já sabe como tudo funciona, as duvidas são outras ... "Por que, às vezes sinto muito tesão, mas demora para chegar ao orgasmo? O braço até cansa, uma tristeza", questionou Dyalla durante o debate. A grande dica de Lelah Monteiro é conectar-se com você. Não espere a ditadura do cr-gasrno, de que tem de ser assim ou assado. Buscar o seu caminho e respeitar o sentimento do corpo é fundamental. Em contrapar tida a Dy, Fernanda Tho-
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maz, 19, não sente tanto prazer a sim ao se masturbar. Por isso, perguntà se é ncr-mal sentir-se mais satisfeita com o sexo a dois. A sexóloga garante que não tem nada de ancr-mal, já que o prazer feminino varia de mulher para mliher. Lelah explica também que existem garotas que ficam apenas "no ga;tosinho", têm urna preguiça, de vez em quando param e depois continuam e que isso é comum. Foi quando Débcr-a Nunes, 20, disse que ama tirar um cochilo depois de "bater uma". Mas essa não é a única condição apá; o ato, viu? M.Jitas meninas ficam na adrenalina total. Chegam a limpar a casa e produzir intelectualmente, como escrever um conto. Demais, né? Imaginem o tanto de conta; pós masturoocão que já lema;! ' Thauane Cerqueira, 201 não tem certeza, mas acha que o excesso ae masturbacão pode tirar o prazer durante o sexo a duas. Ea espedalista foi firme: "não!". O prazer do sexo vem no momento, seja ele qual for. Até porque a masturbacão também é uma forma de relacão sexual. ' No' embalo de Thau, Nadine Paula, 21, perguntou se caso ela começar a sentir vontade ae se masturbar toda; a; dias pode virar uma doenca ou mania "que eu não consiga parar mais' 1• Sentir vontade toda; a; dias não é problema que pode ser uma doença, segundo algum. Lelah e quando a pessoa ~de compromissa; para h3ter uma siririca. ' Falando em grande quantidade, tem gente que não consegue esti.Jdar, não consegue chegar no trabalho. Quando ela perde compromissos pessoais, profissionais e começa até a emagrecer demais, isso sim é um problema e aeve ser tratado com um profissional". Para todos os casos e efeitos: antes, durante e depois da masturbação, o convite da Lelah Monteiro e da Desenrola é para que você libere a mente, libere o corpo. Você vai ser uma pessoa mais bem resolvida. "Porque tudo vale a pena se a alma não é pequena" , exaltou a sexóloga e psicanalista.
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PÍLULA AIITI[DII[EP[IDIIAL: aod.o......t~Md.oo••ito&fo CO~ Ho~ ÚLTIM O~ TEMPO~ A GENTE VIU BOMBAR NA INTERNET RELATO~ ~OBRE O MAL Q.UE O REMÉDIO PODE FAZER NO CORPO. SERÁ TUDO VERDADE? CONVER~M O~ COM UM GINECOLO· GI~TA PARA TIRAR A~ ~UA~ DÚVIDA~ ~OBRE O AUUHTO
e
uando chegou ao merc ado, a pílula anticoncepc ional f oi um dos fatores que influenciaram o empoderam ent o f em i nino na década de 1960 .
Com o passar dos anos, as fórmula s oferecidas pelas indústrias f armacêut i· ca s se aprimoraram, reduzindo alguns efei tos cola tera is e até of erecendo ou· tros benefícios além de proteger a mu· lher da gravidez indesejada (diminuição de acnes.~. regulação do fluxo menstrual , diminuiç ao de cólicas menstruais, c on· trote de alguns efei tos da TPM, etc.).
fatores heredit ários t ambém podem ser desencadeados com o uso da pílula an· ticonc epcional. Esses sã o al guns dos motivos pelos quais não é indicado t o· mar o mesmo reméd io que a sua am iga, sem indicaçã o médica.
A gra nde maioria dos mét odos c ontra· ceptivos (inj eção anticoncepcional, anel vaginal , pílula do dia seguint e, ades ivo anticoncepc ional, etc .) e com· post a de cargas de horm ônios, o que signi fica que não podem substitu ir a pílula anticonc epcional para evita r es· ses r iscos, j á que oferocem os mesm os component es e, port anto, o mesm o pe· Ma s é importante sa ber que o risco de rigo. efei tos col atera is não foi extin~ido da s pílulas; a quantidade de harmonias nos Em todos os casos, o melhor a se fazer comprimidos faz com que a possibilida · é c onsul ta r um ginoc ologista e, através de de trombose aumente em até qua tro das indicações ao profissional, escc:iher veze s! Por tant o, se voc ê p ossui c aso o melhor mét odo contraceptivo para a d e tr omb ose na famíli a, ou de algu· sua saúde . ma out ra forma tem pré- disposiçã o à l embre -se t ambém que os ant icon· doença (é fu mante, p or exe mpl o), to me cu i dad o c om o us o des t e re · cepciona is só atuam na prevenção da gr avid ez . Usar c a mi si nha semp re médio. para se pro te ger con tra do enç as Segundo o ginecologis ta Edgard Haruo sexual men te tra nsm issíve is é obn ga· Hot ta, hipertensão arter ial e c âncer de tório. Afinal, DSTs nã o escolhem apa· mama em pacientes que j á possuem rência! Faça a sua parte!
0 LADO A E LADO 8 É UM NOVO SEGMENTO DA DESENRO~ QUE VAI TRAZER DUAS VISÕES DIFERENTES SOBRE UM MESMO ASSUNTO. NESTA EDICAO TRAZEMOS DUAS ME· NINAS NUM BATE PAPO SOBRE POLÍTICA, SOPHIA REPRESENTANDO A DIREITA E A EM· MANUELLE A ESQUERDA. CONFIRA O PAPO COM AS DUAS: POFt FERNANDA UEHARA
EMVANI.aLE TlioMAZIELLO tem 21 anos, é estuci3nte de direito, p-esidente do DCE {[)iretáio ~trai dos Estuci3ntes) ci3 Fi'viJJ, militante ci3 UJS (Uniao ci3 l.lventude Socialista) e membro da direção municipal do PCdoB (Partido Comunista do Bras il). Confira o bate -papo com a Ma nu! O~a.A: Por q.~e vooê apeia a ca.Jsa da esquerda? Porque eu acredito que exista um a luta de classes na sociedade, po1.0 v:rsus elite. Aelite, classe dcminante, são os detentores dos meios de prOO.!ção e para lucrar e se manterem estruturados nop:xlerelesnãosóe<ploram a força, mão de obra e vi da do trabalha dor, como propagam o machismo, racismo e homofobia 1 como parte de um projeto de "dominação iaeológica", no intuito de conter, desconstruir, desvalorizar e menosprezar a força de trabalho das mulheres, LGBTs (Lésbicas, GaY.S, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e negros para e<plorá-los ainda mais.
O: Desde quando você se tornou engajada politicamente? Desde quando virei mãe, aos 16 anos de idade. Conheci o feminismo e já fui me identificando com a luta. Aos 18 entrei na universidade e fui convidada pelo presidente do DCE e pela Carina Vitral da UNE (União Nacional dos Estudantes) a participar, fui pro congresso da UNE, conheci a UJS e me engajei na militância. O: Como foi a experiência de ser apresenta da ao social i~mo? Me~ pai sempre foi minh.a ref~rencia polltica. Desde que eu nasc1, ele e engajado no assunto e luta junto do povo para conquistar e exercer os difeitos. Como eu cresci no meio de tudo isso, nao me lembro ao certo qual foi minha reação ou coisa do tipo. Eu fui criada assim, da mesma forma como acontece com a Lívia, minha filha, que me acompanha para cima e para baixo em a tos, campanhas e reuniões políticas. O: QJJal político você já apoiou e por quê? Em eleições passadas apoiei muito Dilma Rousseff, Gustavo Petta (Deputado Estadual de São Paulo) e Orlando Silva (De pu ta do Fe dera l). Para as eleições municipais desse ano, apoiei a Angela Meyer para 14
FOTOS: ARQUIVO P[SS.OAL
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vereadora e Fernando Haddad para prefeito. Sem contar que eu ainda apoio o Lula, não tive a oportunidade de votar nele, mas acredito que ele fez muito pelo país. Todos por convicções ideológicas. O: Cano você enxerg,1 todos os escândalos de corrupção envolvendo o ex presl:lente Lula? Há 40 anos investigam a vida do ex presidente Lu la e nunca encontraram nada. O sensacionalismo de continuar acusando-o é bom para a campanha eleitoreira da direita e seu projeto de poder. Se houve conhecimento de desvio ou não, tenho minhas dúvidas sinceras. Mas isso, pra mim, não importa, porque sei que ele fez o que pode, dentro da real idade, para mudar a vida do povo e tenho certeza que nenhum dinheiro foi usa do para proveito próprio. Se teve 'Marajá' se sustentando, acredito que Lula serrpre desejou mudar essa realidade e os VlClos desse sistema engendrado. 0: Por que você acredita que a esquerda é melhor preparada p;ra admilistr<r o Estado? Porque na nossa concepção o estado precisa cuidar e estar a serviço do povo e o povo tomar o poder. Já a direita tem a concepção do Estado mínimo, onde o Estado deve influenciar o mínimo na so,ciedade e as empresas tomam os serviços. E a lógica n eol ibe: ral da privatização, que, no entanto, e um mito, pois sabemos que empresas têm compromisso apenas com o lucro.
SOPHIA ESTHER LOPES DE LIMA, 20, é estudante de jornalismo e assessora de imprensa. Ela segue os princípios da direita política, é cristã e conservadora. Confira o bate-papo com a Sô!
D: Por que você apoia a causa di reitista?Questão de princípios meus. Desde que me conheço, sou cristã e conservadora e com certeza isso incentivou muito. Porém, depois de grande, questionei algumas coisas que cresci ouvindo e, mesmo tendo questionado e aprendido sobre a esquerda, continuo sendo de direita e respeitando a opinião alheia. D: Desde quando você se tornou engajada politicamente? Em 2013 foi quando tive meu primeiro contato com movimentos sociais em defesa das minorias e quando comecei a m~ ligar e!)l política devido ao atual prefe1t9 de Sao Paulo, que prometeu muito e nao fez praticamente nada, principalmente em relacão à educacão. Desde então comecei à me informa'r, mas não pelo que o Facebook oferece, e sim com livros e ouvindo diretamente dos mais velhos - que são os que têm muito a a.c~escentar - sobre seus respectivos poSICionamentos.
ra estupradores, uso de armas em legítima defesa, remuneracão digna aos milit~res (ini~i~ntes, que àcabam sendo os que vao pra m1ssoes), retirada do kit-gay das escolas, voto impresso em 2018. Com as atitudes, a forma explosiva. Poderia e deveria ter mais tato ao falar, pois mesmo não concordando com algo, exaltar-se a ponto de desrespeitar o próximo tira a razão e credibilidade.
D: Por que você acredita que a direita é melhor preparada para admmistrar o Estacb? l}m dos segmentos da política de direita e o livre mercado, onde a i ntervencão do Estado no dinheiro do cidadão é mínima D: Qual foi a prindpal influênda e _é cad~ U!11 por si. Governos populistas (familiares, professores ... ) que você nao estao mteressados nas necessidades teve , para ~rnar-se de direita? do povo. Isso é uma utopia. A fam1ha e os hvros. Sou neta e filha de D: Quais direitos das mulheres a direita militar e isso com certeza me fez crescer defendeu/defende que você mais acreditando nas políticas de direita. apoia? D: Qual politico você já apoiou e por quê? O cuidado com a mulher além da miliSempre votei no menos pior para "tirar o tância feminista, vejo apenas pelo gomeu da reta", como costumam dizer. verno de direita. Isso de se preocupar Não consigo crer que algum realmente com a mulher apenas por fachada e para faça a diferença. Porém, compactuo angariar votos, vejo na esquerda, infelizcom algumas ideias do Jair Bolsonaro. mente. Pregam o aborto, mas não sabem Com as ideias, não com as atitudes. Po- o que tal coisa envolve. Dizem que um rém, não sei se eu votaria nele em algu- estuprador se for menor, não pode ser p!Jn!do devidamente, te.m que ser ressoma eleição. c1al1zado. Acabo prefermdo mil vezes o D: Com quais ideias de Jair Bolsonaro você governo de direita onde dão a ajuda paco~pactu~? ~ sobre as atitudes del~.~ ra uma mulher desesperada não abortar, qua1s voce nao compactua e por quer e punem os criminosos de forma certa. Conservadorismo, castração qUJmica pa-
O divórcio do casal
queridinho de Hollywood causou um alvoroço. E mais do que tudo, propôs uma reflexão: até onde a
mídia deve (e será que deve?) interferir? PC:R RAFAEL RODRIGUES FOTO: REPRODUÇÃO
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ngelina Jolie e Brad Pitt se separaram. Brangelina acabou. Triste, não é? Para mim foi. Conheci o trabalho dos dois quando tinha 11 anos, na época de Sr. E Sra. Smith, achei aquele filme incrivel. No final de semana seguinte, fui na locadora para alugar filmes dos atores !=JUe me fascinaram , qualquer um no catálogo deles. Da Angelina aluguei Roubando Vidas e Tomb Raider. Do Brad foi Onze Homens E Um Segredo. Me apaixonei pelos dois ali e amava Brangelina antes de eles serem Brangelina. Anos se passaram: eles ficaram juntos. Brad deu seu sobrenome aos dois filhos adotivos da Angie - Maddox e Pax - ~-. tiveram três biológicos - Shiloh e os gemeos Vivienne e Knox - e adotaram juntos Zahara. Viajaram o mundo em missões humanitárias, enquanto atuavam, diri~ am e produziam filmes. Ganharam pre-
mias. Passaram p~la dupla mas~ecto.mia e remocão dos avarias de Angelma1 JUntos. Mas algo era cons~ante na viaa dos dois: a imprensa, ah, a 1mprensa. De tempos em temRos aRa~ec~a u~a notícia sobre um possJVel divorc10 distúrbios alimentares de Jolie, problemas com álcool de Pitt, empregada que vaza informações para a mídia sobre eles etc. E nesse processo de divórcio, em particular ass1stimos a imprensa espremendo uma laranja até o final, sem deixar sobrar uma gota.
que não conhece? Não seria 111a!s fácil apenas apreciar o trabalho _artJstJCo deles, junto com suas boas açoes e~ engajamento de Angelina como Emba1xadora da Boa Vontade da ONU?
NESSE PROCESSO ASSISTIMOS A IMPRENSA
ESPREMENDO UMA LARANJA ATÉ O ANAL, SEM DEIXAR SOBRAR UMA SÓ GOTA
Nos documentos vazados pelo tabloide americano TNll , alega-se que o motivo para a s.erar~çao f01 as "diferencas irreconc1have1s" na forma de educàr os filhos. Porérl).z só _isso não dá uma boa manchete, nec Nao basta Temos exemplos de celebridades d.esapenas o casal mais famoso de Hollywo- truídas publicamente pela mesma 1mod se separar, por causa dos filhos ainprensa que as tornaram famosas. Se da. Tem mais coisa aí, com certeza! lembram do colapso de Britney Spears É nesse momento que começam a pipC!- em 2007? Ela teve sua vida exposta apC!s car fontes em todos os meios de comum- o divórcio com seu marido Kevin Federllcacão com uma nova informação sobre o ne. Saía toda noite virou amiga de Paris que teria levado Ang~lina. a ~ornar. e.ssa Hilton e Lindsay Lohan, raspo.u a cabeça, decisão. Fora o qu~ Ja havm s1do ofl<;lal- brigava com os 40 paparazz1 que a, s~ mente dito, ela nao aguentava ma1s o guiam o dia todo (sim, essa era a mécha vício dele em maconha, um caso com a ae homens a seguindo o di<:J. todo) e p~~ mais recente companheira de .cena. de deu a guarda dos filhos. F01 para reablhBrad (soa familiar?) mas o e~top1m f01 ~a tacão e deu uma volta de 360 graus na última viagem quando ele nao conseguiU direcão certa e ressurgiu, mas quantos controlar as criancas e bateu nelas, se- exemplos iguais ao de Britney temos? gundo vários tabloid~s~ ele estaria sendo Qual o limite da imprensa? Até onde é mvestigado pela pohc1a de L~ Angeles aceitável irmos? por a_gredir verbalmente e. f1s1camente os proprios filhos, o .que ve10 a s~r desAl)tes de passar por esse . tex~o, você mentido no mesmo dm pelas autonda~es tera lido o Fandom, e por la va1 ter enque disseram "não temos ne':lh~m<:J., m- contrado alguma nota sobre a vida pesvestigação env~lv_end~ o Sr. P1tt , Ja os soal de um famoso mas deixo uma perrumores de tra1cao t1veram que ser es- gunta: por que focamos em usar meios clarecidos (infelízmente) por Marion Co- ae comunicacão para tratar de assuntos tillard parceira de elenco de Brad no de cunho pessoal? Imagina se ~o9os os seu m~is novo filme e alvo dos rumores sites, revistas e canais de teleVJsao qu~ do affair extraconjugal do ator. nos mantiveram atualizados sobre o divórcio de Brad e Angelina noticiassem Para ser sincero, nunca tinha pa~gd~ com o mesmo fervor sobre o trabalho para analisar tanto a cobertura mldJatJ- dela com a ONU, trazendo assim m?is ca de algo do tipo e me \'i, erJ] alguns consciência e conhecimento a respe1to momentos, irritado com a s1tuaçao toda. da situação dos refugiados? Até quando nós jornalistas iremos nos E nem vou comecar a falar sobre a submeter a esse tipo de cpbertura?. ~ guerra Angelin9- Jolie .x Jennifer Anis~on você que lê a Desenrola, ate quando 1ra consGmir a vida particular de pessoas criada peras fas e al1mentada pela 1mprensa, isso fica para um outro texto ...
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1/A MULHJ;R PJ;RII=GRICA AíG A MULHJ;R MARAVILHA; O MACHISMO AI=HA A íOI/OS. O !=t;Mif'JISMO G UM MOVIMt;NíO NASCI l/O JÁ NO SGCULO XIX t; ~Ut;R ~Ut; VOCÊ 1=1-
~Ut; t;l<AíAMt;NTJ; ONI/t; 1/t;Vt;; ONt'' POR: JÚ LI A BERR IN GER
FOTO: MATHEUS MOREIR A
voce ~UIS,RI ILUSTR AÇÃO : FREEPIK
arece recente, mas o feminismo já existe há muito tempo. De acordo com Rebecca Walker, escritora estadunidense, a primeira onda de movimentos aconteceu já no final do século XIX, quando as mulheres começaram a se preocupar e solicitar seus direitos políticos. Desde então, outros tópicos de grande importância foram colocados em pauta pelo movimento.
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Direitos equânimes, fim da violência de genero, empoderamento feminino, li_bertação de padrões opressores ... Essas sao apenas algumas das propostas feministas que g,anharam força e maior alcance atraves das redes sociais. Nelas, muitas mulheres conseguem se encontrar, apesar da distância, para trocarem experiencias e dividir questões. Essa aproximação é importantíssima tendo em vista que em grande parte de sua história, a maioria aos movimentos feministas visaram somente os direitos das mulheres brancas de classe média. Isso se perdurou por muito tempo, até meados da década de 1960, quando um movimento pelos direitos civis surgiu nos Estados Unidos em conjunto com o colapso do colonialismo europeu. Desde então as mulheres nas antigas colônias europeias e nos países em desenvolvimento propuseram críticas ao feminismo ocidental, concluindo que o movimento era etnocêntrico e excludente.
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QUE É SER FEMINISTA?
9 feminismo já conquistou muito, mas nos sabemos que temos um longo caminho a percorrer. São várias as mudancas que precisam ser feitas e a maioria pÔde acontecer através de você e de pequenas atitudes diárias. Parar de chamar a colega de rodada só porque ela andou beijando muitas bocas e nem era carnaval, não olhar feio quando a vizinha passa usando a saia curta e parar de odiar a atual da(o) ex é só um começo.
Todas nós somos lindas e inteligentes. Vamos nos proteger. Juntas podemos muito mais! MAS POR QUE SER FEMINISTA?
Ser mulher não é tarefa fácil. E ser mulher no Brasil, então, costuma ser um desafio ainda maior. Em pesquisa feita pelo lpea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) foram 5.664 mortes de mulheres PÇ>r causas violentas a cada ano (no período de 2009 a 2011 ), ou seja, quase 15 mulheres a cada dia ou uma a cada uma hora e meia.
MIL JOVENS BRASILEIROS ACREDITAM QUE UMA MULHER VESTIDA COM ROUPAS u INSINUANTES" NÃO PODE RECLAMAR SE SOFRER VIOLÊNCIA Outro dado assustador: no país, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos. E esse número só leva em consideracão os casos que chegam até as delegacias. M:lis da metade das mulheres que são estupradas escondem o acontec1do por medo ou vergonha já que são levadas a acreditar que tem culpa total na violência que sofreram. "Os homens não conseguem controlar os seus instintos", "Vai sa1r com essa saia curta? Parece que não tem pai/mãe", "Mas você estava provocando ... dançando daquele jeito" são frases bem mais comuns do que imaginamos e que inibem milhares de denúncias que poderiam ser feitas. Em setembro deste ano o Datafolha divulgou uma pesquisa indicando que um em cada 3 brasileiros culpa mulher em casos de estupro. 42% dos homens entrevistados acham que mulher que se dá ao respeito não é estuprada justificando o medo de 85% das mulheres do país em sofrer algum tipo de violência sexual.
Conquistar nosso espaco em todas as áreas e acabar com o pensamento retró- Além disso, segundo uma pesquisa do grado só vai acontecer quando nos unir- Data Popular de 2013, 98% das brasileimos umas as outras. Não somos inimigas. ras casadas disseram que, além de trabalhar fora, precisam fazer as tarefas Isso não é uma competição. domésticas. Dessas, só 29% relatam ter a
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ajuda do marido. E se você pensa que esse é um pensamento ultrapassado de alguns homens mais velhos, escuta essa: os jovens brasileiros são conservadores. Mil brasileiros entre 18 e 29 anos acredi· tam que uma mulher vestida com roupas insinuantes não pode reclamar se sofrer violência sexual. Os dados são da Pesquisa do Instituto Social da Caixa Econômica, que também revelou que, em 2014, 16% dos jovens concordavam que o homem pode agredir uma mulher se ela não quiser fazer sexo com ele. E não para por aí: se a situacão já é complicada para as brancas, para as negras o sistema é ainda mais cruel. Um estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que a média salarial de negros com ensmo superior é 36% menor que a de não negros. Quer uma "boa" notícia? 30% dos empregadores são negros. Mas só 8% são negras. Precisa de mais? Aqui vai: Desde 1989 pudemos assistir a 7 filmes solos do Batman. Da Mulher Maravilha? Bem, o primeiro deles estreia em 2017. Mas com roteiro, autoria, edicão e producão de um time supertalento'so de homens.
VOCÊ JÁ DEVE TER ENCONTRADO EM ALGUMA DISCUSSÃO QUE TENHA RELACÃO COM O FEMINISMO ALGUM TERMO QUE TALVEZ NÃO TENHA FElTO SENTIDO. POR ISSO, CONFIRA O GLOSSÁRIO (RESUMIDO) QUE A DESENROLA PREPAROU E QUE PRETENDE AJUDAR VOCÊ A ENTENDER MELHOR ALGUMAS IDEIAS:
fEMINJSNO: NDVIMENTO SOCIAL E POLrfiCO QUE TEM COIWJ OBJETIVO CONQUISTAR DIREITOS IGUAIS ENTRE HOMENS E MULHERES; SEXISNO: É A DISCRIMINACÃO BASEADA EM SEXO OU GÊNERO; , MACHISNO: COMPORT.AMENTO QUE TENDE A NEGAR À MULHER A EXTENSÃO DE PRERROGATIVAS OU DIREITOS DO HOMEM;
FEMISMO:
COMPORTAMENTO QUE CONSIDERA A MULHER SUPERIOR />D HOMEM;
MISOGINIA: AVERSftD ÀS MULHERES, COIWJ SE FOSSEM SERES INFERIORES; MISANDRJA: É A REPULSA, DESPREZO OU ÓDIO CONTRA O SEXO MASCULINO; HUMANISNO: É UM IWJVIMENTO QUE VALORIZA O SER HUMANO E ~AS CRIAÇÕES ACIJIM. DE QUALQUER REUGIAO; SORORIDADE: É SE JUNTAR À OUTRAS MJLHERES, JÁ QUE JUNTAS SOIWJS MUITO MAIS FORTES, ROMPENDO A RIVALIDADE; EMPoDERAMENTO: POSSIBILITA A EMANCIPACÃO INDIVIDUAL E TAMBÉM DA CONSCIÊNÓA COLETIVA PARA CONQUISTAR AUTONOMIA NO QUE SE REFERE AO CONTROLE DO SEU CORPO, DA SUA SEXUALIDADE, DA SUA LIBERDADE E ETc; MANT'ERRUPTING: "I NTERRU PCÃO .MASCUNA", É QUANDO UM HOMEM CONSTANINTERROMPE UMA MULHER.
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VOCE E FE~INISTA? MRRDUE RS RFIRMRÇÕES COM RS QURIS VOCÊ CONCORDR EDESCUBRR SE VOCÊ ÉFEMINISTR ( ) As MULHERES DEVEM GANHAR OS MESMOS ( ) NÃO JULGO AS AllTUDES OU APARÊNOA SALÁRIOS QUE OS HOMENS DE OUTRA MULHER, DA MESMA FORMA QUE NÃO DEVO SER JULGADA ( ) As MULHERES DEVEM POSSUIR AS MESMAS CHANCES QUE OS HOMENS DE DESEMPENHAR ( ) A CULPA DE UM ESTUPRO NUNCA É DA CARGOS DE GRANDE IMPORTÂNCIA NO MERCA· VÍTIMA DO DE TRABALHO ( ) As MULHERES DEVEM TER MAIS VOZ NA ( ) QUANDO EU SAIO COM UM GAROTO, EU POLÍTICA ACHO QUE DEVEMOS DIVIDIR A CONTA ( ) TAREFAS DOMÉSTICAS NÃO SÃO OBRIGA· ( ) Os INGRESSOS PARA BALADAS, SHOWS E ÇÃO EXCLUSIVA DA MULHER, ASSIM COMO CUI· FESTAS DEVEM CUSTAR O MESMO PARA HO· DAR DOS FILHOS MENS E MULHERES ( ) A MULHER NÃO TEM UMA PARCELA MAIOR ( ) UMA MULHER SOLTE IRA TEM O DI REI TO DE DE CULPA NO CASO DE UMA GRAVIDEZ INDESE· FICAR COM QUEM QUISER JADA
( ) Eu
NÃO FICO COM GAROTOS COMPROME·
TIDOS
( ) Eu NÃO BRIGO COM OUTRAS MULHERES POR CAUSA DE UM GAROTO
( ) MULHERES NÃO DEVEM ENXERGAR OUTRAS ( ) Eu SEMPRE PROCURO AJUDAR UMA MU· MULHERES COMO RIVAIS LHER, QUANDO ESTÁ AO MEU ALCANCE ( ) UMA MULHER NÃO É MELHOR DO QUE OUTRA POR CONTA DE SUA APARÊNCIA FÍSICA
( ) UMA MULHER NÃO PRECISA SE ENCAIXAR NOS PADRÕES DE BELEZA PARA SER LINDA
( ) As MULHERES DEVEM TER O DIREITO DE USAR ROUPAS CURTAS, JUSTAS OU DECOTADAS SEM SEREM JULGADAS POR ISSO
( ) UMA MULHER DEVE ESCOLHER SE QUER OU NÃO CASAR E TER FILHOS, SEM SER JULGA· DA
( ) As MULHERES NÃO DEVEM TER SUA SEXU· ALIDADE QUESllONADA PELA PROFISSÃO QUE ESCOLHERAM
( ) Eu PROOJRO WTAR CONTRA AS OPRESSÕES RAOAIS, DE GÊNERO, ORIENTAÇÃO SEXUAL E a..ASSE
RESULTADOS: SE 1\MCOJ TOOAS:
SEvr:J:ÊI'v1tR(DJ 13aJMAIS:
SE 1\MCOJ IVENC6 DE 13:
Vr:d eniE!nde o q..e o femnisrro defende e pratica
Você está no camirtlo certo, mas precisa corhecer mais sobre as bases do femnisrro e o q..e ele defende. Leia os materiais ndicados na págna segunte, assm, certamente poderá vesti' a camisa dessa lda por completo!
Apérentemente você ainda não comece muito bem os princípios do femnismo. Mas acredi12, assm q..e se aproflndar um pruco no asano, seu nteresse rá crescer! A Desenrola tan ntilas ptUas q..e pcxlem te provar isso!
isso na sua vida. Conthue
acorrparhando o aSSU1to e tente prq:>agá-b pêra os seus corhecidos, afnal, vr:d já provou q..e sctle a i'Tpa'tância do feminismo pêra tocbs.
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Essa ve rte nte surge ga i,de ia de que a mulher negra nao e representada por "outros" feminis mos porqu e sofre dupla opressao . Uma por ser mulher, outra por ser negra . Em 1970, en quanto mul he res brancas lutavam pelos seus direitos igualitários , as negras ,ainda lutavam por seus dire itos bas icos. Apesar de ambas serem fortes, as oprouõe, R)frid:u por mulhero' bra ncas ou t ra ns e negras ca rregam di versas questões históri s as que as distin guem . Essas q,uestoes ultrapassam limites de genero e devem ser discutidas com suas s mgulandades sendo sempre e xa lta das. SE VOCÊ SE IDENTIFICOU CO M ESSA VERTENTE VAI GOSTAR DE:
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Essa verte nte pretende e videncia r que existem fem inismos excessi vamente brancos e elitistas, que repres entam apenas um pon to de vi sta, enquanto há lutas maiores e muito mais profundas a se re m en frent adas. Nao é só o direito de ir e vir com a rou pa que quis er, é também o dIrei to da negra pe r i fé ri ca que sofre racismo no traba lho ou da bra nca de classe tnédia que .sofr e re gul a rmente viol encia domestica dentro de seu relacionamen to abusivo . SE VOCÊ SE IDENTIFICOU COM ESSA VERTENTE VAI GOSTAR DE:
LER:
LER:
SOBREVIVI, POSSO CONTAR, DA MULHER QUE DEU NOME À LEI N°
11.340, MARIA DA PE~A,
EDITo-
RA ARMAI ÉM DA CULTU RA, R$ 50
VER :
WHAT HAPPENED MISS SIMONE? , DOCUMENTÁRIO DA NETFLIX BASEADO NA VIDA DE NINA SIMONE
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HISTÓRIAS CRUZADAS, FILME DE 2011, BASEADO NO LIVRO HOMÔNIMO DE KATH RYN STOCKET
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As feminist'-S liber,is '-credihm que ,_ form,_ de '-Ssegur,_r ,_ igu,ld'-de entre o homem e ,_ mulher é por l)'leio de reformu polític'-S e leg,is. E consider"d" um,_ vertente inéli vidu ,_lish , pois consi der'- ,_ prostitui çi o ou o c ul t.o pelo P'-dr ~ o de be len ,_ ser segu1d0 um,_ deciS'-O pesso,_l d,_ mullier, que est~ exerce ndo SU'- li berd,de de escolh,_. O li bfem é um,_ vertente m,_is conhecid,_ nos Est,dos Unidos, m,_s vem 8'-nh,ndo forp no Br,sil nos últimos ,_nos. N
S E VOCÊ SE IDENTI F ICOU CO M ES SA VERTE NTE VAI GOST AR DE : LE R:
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Apes,_ r do nome, é impo rt,nte dizer que '-S r,_dfem • como sio ch'-· m,_d,s, nio sio extremisbs. Ess,_ vertente vê o m,_chismo como fruto de P'-Péis soci,i s inerentes '-OS gê neros . P,_rtici p'- m desse movimento mulheres cisgen ero que n i o '-C e i t,_m mulh eres tr, ns no movimento , por isso mui t'-S vezes podem ser co nfundi d,_s como l?esso '-S tr ,_nsfó bi C'-S. As r,_dfems S'-O ,_bolicionishs e ,_credit,_m que ,_ liberbçio feminin,_ vem qu,ndo o p'-trhrc,(jo (e conse quentemente ,_ prostituiçio) for ,_bolido tot,lmente. SE VOCÊ SE IDE NTIFICOU COM ESSA VERTE NTE VAI GOST AR DE :
CHIM~M~ND~ NGOZI ~DIC~lE f
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NETFLIX
J ESSICA J ONES, SÉRIE DA NETFLIX BASEADA EM HQ ' S DA M ARVEL
UM TET O T ooo SEU, VIRGINIA W OOLF , EDIT ORA T ORDESILHAS, R$ 30 V ER :
fRIOA, FILME DE 2002 BASEADO NA VIDA DA PINTORA MEXICANA
DICA DESENROLA: VU APfNA PROCURARM~S SOI!R[ AS VfRTfNT[S [O f[MtNSMO fMGlRALfM GRUPOS NASRHJ[S SOC!~S!
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i/gora élwra tk tJe amar! Va:f. V/JJ DESCa!RIR Q.JE I>S COSAS FJCl!Mfv\t\IS SlrVfUS QJANOO \O:Ê SE MM. ESE ACEITA POR: RAFPél... RODRIGUES •NESSA MAlÉRIA O NONIE DA AJNTE FOI lROúiDO PARA PROTEGER SUA IDENTio.>DE
Adolescência é uma fase bem difícil das nossas vidas, mesmo que falem o tempo todo que ,11dolescentes não têm do que reclamar. E a pressão para passar com notas boas em todas as disciplinas na escola, escolher qual faculdade cursar, que carreira seguir, a roupa para o passeio com os amigos ou até mesmo se policiar em quantos segundos sua história do Snapchat vai ter. Pequenos ou grandes, quando você está nessa fase não importa o tamanho do problema porque todos parecem ser maiores do que qualquer outra coisa. Agora juntem tudo isso e adicionem ser homossexual. Que barra, não é mesmo? Como lidar com isso? Como contar para os amigos, para os pais e outras pessoas próximas? De onde tirar a coragem de andar de mãos dadas com sua namorada (ou namorado) em público sem medo? Você que está lendo deve estar se perguntando "mas estamos em 2016, as minorias estão criando voz", sim, concordo com isso, mas o preconceito está aí fora mascarado de "tenho amigos gays, mas... ", "você já e)<J)erimentou beijar alguém do outro sexo para ter certeza?" e é exatamente contra isso que você deve lutar e não temer. A psicóloga Cândida Maria Gomes rece.be dezenas de adolescentes (com dezenas de dúvidas, questionamentos e problemas) em seu consultório e nos conta: "quando um adolescente revela ali, para mim, que é homossexual é como se tirasse um peso de suas costas", ela continua, "adolescência é um período delicado no desenvolvimento do ser humano, mesmo essa geracão, quando criancas, foram condicionados a pensar que· ser gay é errado e não é". Pode se r bem difícil conta r para alguém, às vezes pode acontecer naturalmente, sem planejar, igual a Bianca• de 16 anos, fez. "Desde pequena, sempre 24
senti atracão por pessoas do mesmo sexo, quanáo menor, achava que era algo da minha cabeca; e como fui criada dentro da igreja; rui ensinada de que o amor entre duas pessoas do mesmo sexo é errado", e foi por não aguentar mais viver assim, sem conseguir ser quem realmente era que decidiu contar para sua mãe que é lesbica, "eu não conseguia, abria a minha boca e nada saía. Depois de alguns minutos, consegui reunir toda a coragem que encontrei no banheiro e disse: Eu gosto de meninas"'. E como está a relação dela com sua mãe? "Hoje em dia, não sei ao certo se a minha mae aceita, mas ela me respeita". Essa parte da aceitacão é provavelmente a coisa que máis pesa quando você decide sair do armário e auto aceitação talvez seja o mais importante; se amar do jeito que é. A partir do momento que se cria consciência da sua personalidade, aquilo é você, talvez seja um dos momentos mais libertadores de toda a sua vida. Isso ajudará muito no momento de contar para as pessoas sem medo de julgamento, porque na real, nin~uém tem o direito de julgar nada! Voce é assim e pronto. LIBERTEM-SE DE QUALQUER ESTEREÓTIPO OU DE IDEIAS ANTIGAS E CONCEBIDAS POR PESSOAS QUE FECHAM OS OLHOS PARA O AMOR E O IGNORAM.
~rt.aJ~
7/tJC&s
tJDln.amJ: ~!
(;J'.J POR: JÚLIA BERRINGER ecentemente uma enquete aberta sobre aoorto 00 site do Senado gerou polêmica, prindpalmente nas redes sodais. AtÉ o momento do fechamento dessa matéria, a; vota; mostravam um placar apertado diante de uma escolha difídl. 203 mil pes59a5 se declaravam a favor da descriminahzação do aoorto, enquanto cerca de 189 mil consideravam correta a lei vigente que considera o ato um crime.
A consulta pública foi criada [XT um ddadão em 2014. No caso da votacao aberta pelo pçrtal, quando alcançada; 2d mil votos favoráveis, a sugestão é remetida para a Comissão de Direitos Humana; e Legislação Participativa do Senado, onde a proposta recebe um relator. Na época a senadora NBrta Supliçy (PM:>B-SP) foi a relatora indicada, mas dechoou a propa;ta pas;;ando a responsabilidade para o pastor evangélico NBgno NBlta (PR-ES), contra o projeto, mas que diz estar organizando debates sobre a proposta.
7/tJC&~ 7i»b f1l11l aiNYr1it f.ntÚuzl.tiJJ-? 0Jmo ~LTACO SU~REENOO\ITE 00 1325 ~INAS Q.JE RESFDNOOWA A PESQJISI>. I:Y>.IEENFUA, 34%.J6. 1EVE LM AOCroO INDJZJOO aJ PR(M)(A[X). VME RESSI>.LTAR Q.JE lUl/>5 5f>o ..ICMNS: IDA ENTRE 15 E'fl. ANOS.
O IBGE realizou pela primeira vez em 2015 uma estimativa Sobre o al::x:Jrto. De acordo, mais de 8,7 milhões de brasileiras com idade entre 18 e 49 anos já fizeram ao menos um aborto na vida. 1,1 milhão provocados. O artigo 124 do Código Penal prevê prisão de um a tr~ aA nos para quem abOrta de propá;ito. SÇ há tres casos em que o aborto provocado e legal: quando não há meio de salvar a vida da mae, quando a gravidez resulta de estupro e quando o feto é anencefálico (e em todas as drcunst.ândas o processo é lento, causando ainda mais dor à uma mulher).
A verdade é que descriminalizado ou não, o aborto acontece. A Deserrola fez uma pesquisa com 1325 mulheres de 15 a 22 anos querendo saber o que elas pensam a respeito desse assunto tabu. Confira os resultada;:
SIM, DE
FORMA POSITIVA (73%)
(}gd ôlU1! ~~(JJ
~JL~tÚk
dbscnlmJJtar ~dJJ ~
CONTRA (23%)
FATO OJRIOSO: 84 MENINAS QJE RESPONDERAM SER CONTRA A DESCRIMINAUZAÇÃO DO ABOirrO, TAMBÉM QJE A DESCRIMINAUZAÇÃO TERIA EFEITOS POSITlVOS NA SAÚDE PÚBLICA.
RESPONDERAM
0 ASSU NTO DA PRÓXIMA EDICÃO DO DESENROLA NA REDE JÁ ESTÁ NO NOSSO SI TE! PARTICIPE! 25
e
om 15 anos é raro encontrar alguém que se dedique aos estudos, que goste de ir à escola e que se smta confortável o bas,t~nte para passar mais do que o necessano dentro de uma sala de aula lendo os mais variados livros sobre política i nternacional. Malala Yousafzai, contrariando não só os paradigmas de um'! adolescente com um, mas tam bem os costumes de Mingora, maior cidade do JJequeno Vale do Swat, no Paquistão, fez de si mesma a linha de frente de uma luta para a educação de milhares de ~e ninas que foram criadas em um ambiente cheio de adversidades.
mo entre as mulheres é superior a 60%. Apesar de ter sido criada em um ambiente familiar muito mais liberal do que outras meninas da mesma região, Malala ainda assim sofreu com as doutrinacães impostas pelo Talibã. Seu pai, um educador e defensor desses direitos era constantemente atacado pelos 'conservadores que não aceitavam a forma como ele criava Malala. Enquanto os dois rapazes mais novos da família Yousafzai iam para cama, a menina mais velha ficava na sala, junto aos adultos, discutindo política e outros assuntos considerados inadequados para as mulheres.
Malala se tornou mundialmente conhecida em 2002, quando na volta da escola para casa, dentro de um ônibus velho e rodeada por suas colegas, foi baleada SE TORNOU por um representaflt~ ao Talibã _(arupo fundamentalista islamJCo que se d1flindiu SÍMBOLO DE UMA LUTA principalmente no Afeganistão e P]iquistão). O homem que adentrou o omb_!.Js MUITO MAIOR DO QUE com uma Colt 45 disparou, com a mao trêmula, três tiros em Malala. Um deles QUALQUER TENTATIVA atingiu a menina perto do olho esquerdo, atravessando-a, e liberando a DE SILENCIAMENTO bala abaixo do ombro. As outras balas acertaram as colegas._ Shazia Ramzam foi baleada na mao e no Recentemente a jovem_, agora com 19 ombro esquerdo. O segundo disparo também acertou o braço direito de anos, fez um apefo a. l1d~res mu.IJdiais que participaram da pnme1ra reumao de Kainat Riaz. cúpula da ONU sobre os refugiados: "Por Desde então a garota se tornou símbolo que os líderes myndiais perdem seu t~m de uma luta muito maior do que qual- po com essa especie de concurso de simquer teptativa de silenciamet:~to. Aos 16 patia e não fazem algo que possa mudar anos ja era porta-voz mund1al de uma o futuro de milhões de crianças?". Um causà pouco conhecida n,a época:. m!lha.- relatório do Fundo Malala res de meninas são exclUJdas do d1re1to a (organização que luta pela educação educacão em áreas onde o Islã JJrevale- e mclusão das mulheres) mostrou ce. Màlala recebeu o prêmio Sakharov, que quase dois terços das 3, 7. milhões dado pelo Parlamento Europ~u. e em de criancas e adolescentes refug1ados de 2014 se tornou a pessoa ma1s JOVem todo o mundo não frequentam escola. a receber um prêmio Nobel da Paz. A luta pela igualdade ~ educação Segundo a Organizacão das Nações Uni- não terminou , mas a licao de coradas para a Educacão,' a Ciência e a Cul- gem e força que_ Malal,a 'vousafzai dá tura (Unesc~) _'o Afeg~nistão tem ao mundo jama1s sera apagada. _!:m mais de 5 m1lhoes de cnancas entre um discurso feito na sede na Nacoes cinco e onze anos que não 'frequen- Unidas, a garota !evantou a VO?- 'mais tam a escola, sendo que duas em uma vez por milhares de cnanças: cada três delas são meninas. O Paquis- "Quandb o mundo inteiro está tão ocupa o terceiro pior posto no índice em silêncio, até mesmo uma só mundial relativo à igualdade dos s~X<?S no sistema educacional. Na JJrovmcm voz se torna poderosa". onde Malala vivia a taxa de analfabetis-
MALALA
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P oR: T HAYNÁ GOMfS, J ÚLI A Baui.INGER E fERNANDA UEHARA H ODI!:LOS: H II\ELA l.fMOS, BEATRIZ BEBIANO f K IJL-A l iMA f OTOS: M ATHEUS MOREIRA
DESENROLA t raz nesse novo mêsjunto com essa edição muito especial, a história de três meninas-mulheres que são dignas de filme .
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Mire la , Beatriz e Kaila são exatame nte o que essa rev ista dese ja que as leitoras seja m. Em poderadas e fortes, ass im como verdade iras me ninas super-ultra pode rosas . Você va i perce be r que apesar de t e rem nascido em locais dife re ntes e terem personalidad e s di sti ntas, elas vão Incentivar o crescimento de um senti mento comum dentro de você : o de querer correr atrás dos seus sonhos. De ser exatamente do jeito que é. Porque é assim que deve ser. Co nheo;4 cada tma e inspire~ , asstn como nós! <3
de junho de 1993: Nasceu a Mirela. Prematura de 5 meses e com má formacão nos pulmões. Os médicos não tinhàm muita esperança de que ela seria forte o suficiente para resistir e a estimativa de vida que deram era de, no máximo, um ano. Até hoje não se sabe explicar cientificamente o que aconteceu no corpo de Mirela, mas, surpreendendo a todos, com 23 anos de idade ela se supera todos os dias e nunca deixa de correr atrás do que quer.
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QUEMJ A GAROTA POR TRÁS DO CATETER DE OXIGENIO
Dona do blog "vendem-se cadeiras", Mirela é formaaa em cursos técnicos de computacão gráfica e publicidade, e atualmente é estudante do terceiro período de jornalismo em uma das melhores universidades de São Paulo. Após aceitar suas condicões físicas, Mi passou a falar mais sobre' os problemas enfrentados e chegou até a palestrar em uma universidade sobre o assunto. No blog ela posta sobre coisas que gosta e teve a Por muito tempo, ela teve que usar o oportunidade de conhecer outras pessocilindro de oxigenio praticamente o dia as que passam por situações parecidas todo. O cilindro era grande e pesado, e com a dela. nos primeiros anos de escola, ela o 0KAY? 0KAY! recebia também na sala de aula. Mirela repetiu alguns anos na escola Quando leu o livro "A Culpa é das Esg racas a i nternacões por di versas trelas", se identificou de cara com a dis(uncões respiratórias (como os personagem principal, Hazel Grace. pulmões são muito frágeis, qualquer Além de estar sempre acompanhada do vírus ou alteração no clima pode causar cilindro, Mirel~ também part1cipa d~ um complicacões muito mais fortes nela do grupo ae apolo com pessoas que v1vem que em àlg_uém com funcionamento nor- em função de suas limitações, mas nele mal do órgao). Atualmente o oxigênio é conheceu uma pessoa que mudou sua utilizado - e Imprescindível - quando ela forma de encarar as dificuldades. vai dormir. "Eu fico emocionada por finalmente Além dessas dificuldades, a garota ou- existir uma mocinha na literatura que via comentários maldosos feitos por ou- também carregue um cilindro de oxigêtras crianças na escola e até pensou em nio, cateter no nariz e que apesar das desistir. Sua mãe nunca deixou: suas diferenças, seja adorada por todos: " DENTRO DE CASA, FUI ENSINADA A NUN- o que é impressionante, afinal, não exisCA ME SENTIR DIFERENTE DAS aJTRAS PES- tia em lugar nenhum nessa terra de meu SOAS E aJM O TEMPO APRENDI QUE PODERIA Deus, um livro que tratasse desse assunTER OS NBNOS OBJETIVOS DE VIDA QUE TOOO to de uma forma tão informal", disse MUNDO, lógico que sempre dentro da minha Mirela. realidade. AD criar maturidade, descobri Foi no grupo que participa que ela coque nem todos pensavam da mesma for- nheceu Sâmia, que era um pouco mais ma e que a realidade de algumas pesso- velha que a Mi, e a ensinou que não se as, apesar de semelhantes às minhas, pode parar de viver, nem se entregar às eram diferentes ao modo de encarar a dificuldades. vida". Infelizmente, Sâmia não conseguiu O apoio e dedicação que recebeu vencer essa batalha, mas a lição que da família são algumas das coisas deixou para a Mirela e para todos que a que mais moveram e ainda movem conheciam , viverá para sempre. Mirela. No hospital, onde vai rotineiramente, Mi conheceu outras criAssim como Sâmia inspirou Mirela, anças e adolescentes que passam trouxemos essa história para que ela por situacões parecidas. Por medo, possa inspirar você. Muitas vezes passaos pais dessas pessoas geralmente mos por pequenas dificuldades e pensasão superprotetores. Essa atitude mos em desistir, mas não podema; parar de atrapalha até mesmo o tratamento lutar. Ná; só temos uma chance de fazer recebido. nossos sonhos se realizarem e nada pode ser maior que a vontade de vivê-los.
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ocê sai da cama. Acorda meio mal humorada e descabelada, vai pro banho, toma café, dá um beijo rápido na sua mãe e sai. A calcada toda esburacada faz o caminho desconfortável e a escada enorme que dá acesso ao metrô é algo que te irrita. Pessoas que te encaram, então, nem se fala. "Tem algo errado na minha cara?" Chegando ao trabalho, a fila enorme do elevador faz você não querer ter saído da cama. Beatriz Bebiano, 20 a.nos, passa pelas mesmas situações diánas gue voce, mas pra ela, pegar a escada não parece ser uma boa opção.
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Bia tem a Síndrome de Strumpell Lorrain, também conhecida como Paraplegia Espástica Familiar. Essa Síndrome tem características similares com a Paralisia Cerebral, por isso, ela demorou para descoon r o que realmente tinha. "Fui descobrir que não era paralisia cerebral quando saí da clínica pediátrica e fui pra adulta na MCD. O tratamento em si é o mesmo. Como essa síndrome é meio nova ainda, não existe tanta pesquisa nela", contou. A Paraplegia Espástica Familiar é uma sínârome progressiva que pode causar vanas complicações além da dificuldade pra caminhar, mas, no caso da Beatriz, a Síndrome só causa problemas nos membros inferiores, o que foi notado logo cedo.
o andador, só a cadeira~ ~ue às vezes é mais incômodo), os medJCos preferem não realizar a operação por enquanto. "A relacão com a Espasticidade é de amor ódio ao mesmo tempo. Como a cirurgia tem chances de tira -la de mim de vez e não só diminuí-la, é difícil arriscar por enquanto", comentou.
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Além do tratamento que a Bia faz, ela também sai com os amigos. Mas conta que nem sempre é fácil. Muitos lugares não são preparados para atender as necessidades de uma pessoa deficiente. Para entender melhor esse drama, vai um exercício para você que lê esse texto: de todas as baladas e festas que já foi, quantas tem rampas de acesso? E no seu caminho até a escola ou faculdade, todas ou a maioria das calcadas têm guia rebaixada? O resultado deve ser decepcionante. Mas não tem coisa mais decepcionante que olhares de dó. A Beatnz já sofreu muito com isso, mas hoje tenta não se estressar. Agora, tira de todas as situações desagradáveis que passou, força. "QUANDO AS PESSO-
AS APONTAVAM DEDOS PRA MIM, ELA ME FAZIA LEVANTAR A CABEÇA. QUANDO RIAM, ELA E EU RIAMOS JUNTO. PRA ESSAS PESSOAS FICAVA CLARO QUE EU NÃO FAZIA IDEIA DO QUE ESTAVA FAZENDO, Quando bebê ela não engatinhava e MAS ELA ME DIZIA QUE, COM como a irmã mais velha tem a mesma CERTEZA, ANDAVA NO CAMINHO deficiência, os pais dela logo procu- CERTO" , esse trecho foi tirado de um
raram tratamento. Essa dificuldade pra camin.har acontece pela Espasticidade. "E como se alguém segurasse minhas pernas pra que eu não as mexa ou é como se eu tivesse pesos nos pés. Tem dias que ela tá tranquilinha, fácil de lidar e tem dias que tá uma coisa meio desesperadora", disse. Bia conta que às vezes as pernas dela doem, como uma cãibra que não passa sem ter muita paciência.
Como tratamento, ela tem que praticar alongamentos diários super doloridos, aplicar injeções de botox e fenol. Um tratamento cirúrgico pode ser feito, mas não é garantido. Como a espasticidade é o que mantém a Bia de pe (sem isso ela não poderia usar
emocionante texto que a Bia fez contando sobre a relacão dela e da deficiência que tem. ' E1 é, ela também escreve. Como escreve! Recentemente lancou um blog homônimo, onde pretende tratar de diversos assuntos, entre eles dicas de saúde e beleza, um sonho antigo e q~e tomou coragem agora para real1zar. Mas ela não vai parar por aí. A Bia sonha grande e não se contenta com pouco. O sorriso sincero e aberto dela já entrega tudo: ela vai longe. E ai de você se não conseguir acompanhar. ..
33
e
m um mundo onde as pessoas precisam transparecer ser algo que agrade a sociedade, fica difíal colocar para fora aquilo que se é por dentro. Em contrapartida, Kaila lima, de 20 anos, conseguiu ser quem realmente é antes mesmo de saber que por fora era diferente.
lembrar que não nasd no gênero que meicHlti-
Coisa de criança é o que não era. "Eu nem sabia que a ~ me cla$ificava amo menino", canp.eta. Kaila iJ cEID:xiu q,e em clffiiiflca:1a amo menino aa; dto ara;, q.aiD mllhl de Sã:> PaLio para 5:11\adr, na BailE., e tamiHn de &da. ''Sell:i muito r:rron:Eito.JXT lá e airda mais me o mm:b LGBf (L~ Gilf.>, ~ T~ ais, Trave;tis e Tíclrf~,inm). Prr ca.Ea ~ r:nmr cato lllêfiSÍVO fLi me dan:b cmta de q..e ocmia a~ eTclCb ~' ainda me sentia uma menina, mas em um caminho de transformacão da puberdade diferente das demais. Eu não sabia o nome disso e não falava nada a ninguém".
Por enquanto, as conversas com o psicólogo serviram para ajudá-la a enfrentar seus conflitos interna; e aceitar-se como realmente é. "Hoje, eu me sinto totalmente segura e confortável em andar nas ruas como uma mulher", afirma.
ft:o''.
IDENTIDADE
Um da; prindpais motiva; que ainda fazem o pai de Kaila relembrar que a garota nasceu com corJXl de menino é que ela ainda não é A jovem nasceu uma menina em um corpo reconhecida judidalmente como mulher. de menino e nem sequer imaginava que essa Há ana;, ela passa em consultas em busca diferenca de gênero existia. /!>i::s dnco ana;, de lauda; médica; para mudança de gênero ela usaVa as roupas de sua irmã e, "para meus em seus documenta; e, inclusive, para a drurfamiliares, aquilo era coisa de crianca", diz gia de redesignação sexual. Nas até agora, Kaila. ' nenhum sucesso.
PRECONCEITO
O preconceito é o bicho de sete cabeças que predsa ser decapitado, cabeca por cabeca. Tantos casa; de violênda coritra LGBTs, JX>r sorte, não afetaram a Kaila. Ela afirma que nunca sofreu algo tão grave quanto a; que são Por conta disso, Kaila se fechou para a socie- notidada;. dade e passou a viver isoladamente dentro de Grave por grave, qualquer tipo de preconseus pensamentos. A falta de informacão também foi um motivo, já que ela desconhecia a ceito deve ser repreendido, como o caso que identidade de gênero e nunca havia consegui- marcou a memona da garota... do falar a respeito com seus pais. "Eu temia Esse epiiJdio foi dado no Ensino Nédio. "Até que eles me olhassem e achassem que eu era o segundo ano, eu normalmente usava a; oouma travesti. Eu acaooria na rua. Achavam nheira; feminina; e nenhuma menina reclaque as travestis eram um tipo de evolucão do mava". gay, e o estbgio final da travesti é se prOstituIr', relata. AEp:XD, Kailarfutinhaaryumenta;, ela AtÉ que, um dia, a nova diretora da instituiiJ sal:ia q..e rfu em uma travesti, e sim uma menina. ção a dmuJ e alEga.J q..e as a..JtJas alunas~ ram <1E Kaila estivesse utilizando o sanitário A LIBERTAÇÃO femimno. "Eu me neguei a deixar de usar o oonheiro ela JB]u para q..e ru ~. Eu iJ DEsde muito rova, Kaila Cil1lEmJ a tJai:Bhar. can JXXlia ir IDeI:Hteiro quando estivesse muito nem>, [E5."'J a~ earnprar tmnênb; JHCl seu cessitada e o local vazio". tJatanato. ' Era arr-Hacb, mas o meu erdx:rirdogista, naq.Be tanpo, não p:rla me recatar remé- O que a diretora não sabia é CJue Kaila paradb;lum:llais", eq::ile. ria de estudar. Seu grau só foi completado kb 13 êllli tarru-se uma menirn de CIJlDe alma ana; depois com um supletivo. Para esse e e arTJi!p; perceberam. "Eles não entendiam outra; casa;, a mensagem que ela deixa é: "o muito bem. Quem me surpreendeu mesmo preconceito é o analfabetismo da alma". foram meus familiares, que tiveram a mente E, para as outras meninas que buscam coaberta e me aceitaram como sou". nectar seu corpo com sua alma, Kaila aponta: ~ pxlia ser melhor se seu pai não fizesse "não deixe o tempo passar sem anprovocacões desnecessárias. "Ele sempre tenta tes buscar o cammho da sua felicime ati~r de aguma maneira fazencb eu me dade. Seja feliz acima de tudo. Não
procurem sobreviver, vivam".
35
indica:
omo muitas sabem a banda carioca Forfun, que marcou a vida de milhares de fãs por todo o Brasil, chegou ao fim em 2015. Porém não muito tempo depois, três de seus quatro ex int:eQrantes anundaram o inído ae um novo projeto, o BRAZA. Compa;ta por Danilo Cutrim, Vitor lsensee e Nicolas Christ, a banda mistura elementos de reggae, soul, hip-hop e riffs que não deixam pra trás a; traça; de rock, de onde se originou o grupo do qual faziam parte anteriormente. Para quem acompanhou a; última; trabalha; do Forfun, ouvir BRAZA não será um grande choque, pois, há algum tempo, a; cariocas já vinham trazendo com~n tes da; estila; musicais dtada; adma para o hard rock que abriu as portas para a; garota; no universo artístico.
suas melodias, mas nas letras repletas de discursa; ideol~ ca;. ''Oxalá", segundo single escdhido r,eto trio (tendo sido ''Embrasa · o primeiro), trata da imensa diversidade religiosa de nosso país, interpretada por alguém que, como a maioria de nós, busca respostas para questões existenciais, através de tantas crencas. A sexta música do diSco, 'Pedro Pedreiro Parou de Esperar" também é um ótimo modelo para exemplificar as pautas trazidas pelo grupo. Esta conta a histáia de um personagem que cresce morando na rua e aa; vinte ana; é reinserido no mercado de trabalho como !Jedreiro. O trio, apesar de natural da zona sul (zona nobre) do Rio de Janeiro, IJrocurou contar essa história de vida através do IJOnto de vista de uma pessoa de classe social baixíssima.
O p~meiro disc9, homônimo, contem 12 cançoes que, ~re cendo encaixar-se perteitamente urnas nas outras e fazendo-na; perguntar onde uma acaba e outra comeca, exalam força não apenas êm
Nesta nova fase da carreira, ganha mais destaq~ no microfone e nas compa;1coes, dividindo a; vocais com Danilo, que tem essa resporJsabilidade desde a cnacão do Forfun. Nas não só de vocais
C
36
Vi~
vive o BRAZA: A nona faixa do disco inidal do grupo, 'Hoan vs. Hozin", é totalmente instrumental. Uma das participações especiais deste trabalho é de Alexandre Carla, vacalista da banda de reggae Natiruts, na faixa romantica 'Tanto", que narra um dia onde duas pessoas se encontram , falando sobre as incontáveis possibilidades que esse acaso pode trazer aa; protagonistas dessa história. O álbum traz diversas reflexões e conselha;, de forma agradável e leve, apesar dos instrumentais enérgi; cos em muitas faixas. E um ótimo cd para encontrar aquela motivação, graças ao ritmo predominantemente forte das obras que o compõem.
f!.s apresentações do grupo, que já realizou sua pnmeira turnê nacional e está rodando o país pela segunda vez, são cheias de energia e garantem ao púbhco, uma renovação espiritual encontrada em poucas ocasiões.
tv\arque "sim" ou "não" e veja seu resultado abaixo:
f
Quando vocês estão com a galera ela(e) fica do seu lado e puxa papo com você?
2
) Sim ) Não
algo OJtro dia? ( ) Sim ( ) Não
'1Ela(e) demora minutos e até horas para te responder?
6
Ela(e) já mandou uma mensagem sem sentido pra você só pra começar uma conversa?
) Sim ) Não
8
) Sim ) Não
) Sim ) Não
Ela(e) te olha nos olhos sempres que vocês conversam?
9
Quando estão com os amigos dela(e), te trata normalmente. Não te afasta e nem se mostra ousada(o) demais? ( ) Sim ( ) Não
) Sim ) Não
De O a 3 "sim": "3.lN3~n.l\fN
S'V 3XI30 '~09V
~OWVN ~3Sinb OYN HSn~J 0/V 35 "OSSI V W3~0d3~SOS 35 VOSS3d ~mo 30 S30V.lNOA S'V 3XI30 OYN 3 30VO n\fN0~3d vns 3m!O.:lNOJ OONI9V 3nNil.NOJ "SVIO~Vd 31~D OVN '~3nb 3)vl3 3nb 00 3.LN:30N3d30NI
I
ela(e) percebe que tem alguém dando ideia em você, fecha a cara e fica por perto?
( ) Sim ( ) Não
Vocês têm altos papos sobre suas séries preferidas?
pra algum programa e vrx:.ê não !XJ(le, ela(e) fica super triste e insiste em marcar
SVSIOJ
Bse
) Sim ) Não
4 Q.Jar00 ela(e) te cawida
W3~1nl.:l
Se vocês se encontram por acaso ela(e) logo abre o sorriso e vem conversar com você?
De 7 a 9 "sim":
De 4 a 6 "sim": "3.lN3~n.l\fN
W3~1nl.:l
SVSIOJ
S'V 3XI30 '~09V
~3Sinb OYN HSn~J 0/V 35 "OSSI V W3~0d3~SOS 35 VOSS3d ~mo 30 S30V.lNOA S'V 3XI30 OYN 3 30VO n\fN0~3d vns 3m!O.:lNOJ OONI9V 3nNI.lNOJ "SVIO~Vd 31~D OVN '~3nb 3)'fl3 3nb 00 3.LN:30N3d30NI ~~OWVN
I
"3.lN3~n.lVN
W3~1nl.:l
SVSIOJ S'V 3XI30 '~09V ~~OWVN ~3Sinb 0-yN HSn~J 0/V 35 "OSSI V W3~0d3~SOS 35 VOSS3d ~.lnO 30 S30V.lNOA S'V 3XI30 OYN 3 3avonvNo~3d vns 3m!O.:lNOJ OONI9V 3nNI.lNOJ "SVIO~d 31~) 0\fN '~3nb 3)vl3 3nb 00 3.LN:30N3d30NI
I
carne Bradshaw (a ~rsmagem de Sex And lhe City que a levou à fama). Frances não é uma mulher cativante, pelçlcmtrárb, oseudesj:re20 r:Bo rnaricb é canr:rEHEivel e1Jet:antD há a~ na at:itJ.J:E cEla que p(xle fazer o telespectador sentir pena de Robert, não dela. POR: RAFAEL RODRIGUES
Apá; 12 anos do último episódio de Sex And lhe City, Sarah Jessica Parker retoma à lV com essa série que, segundo ela mesma, tem a intencão de ma;trar um da; vária; tipos de casamerlto que existem. A história comecou a ser desenvolvida há quatro ana;, quando 'ela e sua sócia comecaram a analisar casais que estão em um relâdonamento há muito tempo. Ela só seria produtora da série, até que a HBO sugeriu que ela interpretasse a personagem pnndpal, a partir da1 a histáia começou a tomar forma.
Já lhamas Haden Church é q_uem rouba a cena no piloto, ator veterano, nao só na; faz sentir pena dele mas também tira algumas risadas, como no momento em que a personagem de Parker desabafa que o mellior natal dela foi o do ano anterior no qual ele viajou sozinho para pescar e ele só responde com um inocente e descompromissado "de nada", ainda assim, cômico. Dos personagens secundária;, quem se destaca é Nolly Shanon que interpreta uma das melhores amigas de Frances, Diane. Ela é aquela amiga perua nardsista que solta falas inapropriadas em horas indevidas.
A premissa é que seja uma histáia de coméA ambientacão e fotxx!rafia da série lemdia dramática, para não dar um clima muito bram muito a )á cancelaaa Lod<ing, também pesado ao enrroo que é a. separação de um da HBO, dando o tom dramático necessário. Os diáloga; são consistentes, tem um bom casal que se encontra em cnse. enredo, onde todos a; ~nagens parecem Tudo gira em torro de Frances (Sarah Jessi- tristes o tempo todo e e muito mais próxima ca Parker) e Robert (Thomas Haden Church), da realidade do que imaginama;. Talvez leve casados há 17 ana; e com dois filha; addes- mais do que Ç> ep1;;ódio piloto para as pessoas centes, o casamento já vai mal há algum tem- se apegarem a sene e seus personagens. po porém o que faz a personagem Cle Parker apertar o gatilho é depois que, literalmente, A!Pa ra; rESta espetar JHCl \€r cano a tNáia se em uma festa de aniversário1 sua amiga saca ~ve, há JXIllas sdtas airrll.: o q.e a:ata:ru uma arma no meio de uma aiscussão e dispa- JHCl q.e o croamento <Eles~ a eg;e ~ ra. O marido não é atingido mas sofre um ata- Per q.e Frarr::e; dete;ta tanto lb&rt? De m::le Fícllque cardíaco; a partir desse momento Frances ces ~e JUicri' RdJet. rEB.merte não comeca a ÇJUestionar se deve ou não continuar ama mais 9.H E5pliêl? casadà e ah, no dho do furacão, com pdída e tudo, ela pede o divórdo alegando que não o ama mais. O marido dela entra em choque e vomita (dentro de um copo e no pé de um pdidal). Na manhã ar*; a confusão, ainda em negacão, Robert diz não estar certo do que ouviu', Frances volta a afirmar que não o ama mais e que quer o divórdo. Apà; isso, ela vai se encontrar com Julian, seu amante, e conta que pediu o divórdo, para a surpresa da personagem, o seu affair não recebe muito bem a ideia, o que a leva a se perguntar se deveria mesmo ter tomado aquela decisão. Quando chega em casa, decide fazer as pazes com o marido e;. aparentemente, tudo fica bem, até que no aia seguinte Robert descobre que sua espa;a tem um caso e o joga vira, com ele pedindo o divórdo. A série ma;tra Sarah Jessica Parker numa versão menos glamurosa e mais confusa de 38
versa ela ta.mbérJl COI}lpartilhou que ser pansexual amda e mUlto confundido com ser bissexual "as pessoas só acham que estamos inventando uma coisa nova e nos descreditam".
"Pan" vem "tudo':, logo e dade e gostar do, realmente, uma conversa com amigos acerca do assunto escutei que pansexuais podiam sentir atração pela mesa gue estava na nossa frente, e pro meu alívio, não é bem assim. Ser pansexu~l significa que o indivíduo se sente atra1do por pessoas, independente de sua identidade de gênero ou sexo, elas simplesmente gostam de pessoas. Eu, com toda minlla ignorância achei que era algum tipo de nova mod~ us~~a como desculpa para sair por aí beiJando .que111 q~er que seja. Mais uma vez, que 1gnoranc1a. Na comunidade LGBT ainda existe um c;om pessoas que se 1dent1f1cam ass1m (Vlsto !=JUe na sigla não tem o P de pansexual), como ainda acontece com os bissexuais. Até pouco tempo atrás, achava estranho uma pessoa ser bissexual, até dois dos meus melhores amigos, que se consideravam héteros, começarem a se relacionar com pessoas do mesmo sexo, se apaixonaram ~r essas pessoa~ e hoj~ estao nos relaciOnamentos ma1s saudaveis de suas vidas. ~erto. preconc~ito
Já a p~icóloga Çândi9a Gomes disse que a ps1Colog1a nao ve uma diferenca entre ser pansexual ou homossexual, por exe,mplo, "~ questão psicológica não esta envolv1da no sexo ou orientacão s~xual mas sim como a pessoa se vê' ou ve a outra, como ela sente pra~er, o que esse prazer representa emocionalmente". Ela ainda me disse que o trabalho de um profissional, neste tipo de caso é o tratamento para ajudar o pacient~ a entender sua condicão e se aceitar porque, em algun,s ~asôs, podem apresentar quadros patolog1cos nos quais as pessoas se. auto punem o~ sentem prazer em co1sas como se que1mar ou ferir. A explicação da doutora foi bem clara para mim: você pode ser hétero, daí vai ga;tar de pessoas do sexo oposto. Se for homo, vai querer ficar com pessoas do mesmo sexo. Se for bi, fica com homens ou mulheres. E se for pan? Bom, aí pode ser que você se sinta atraído por homem, mulher, transgeneros, travestis etc. Está tudo bem você ser hétero, homossexual, ,biss~xupl, _transexual, pansexual e por a1 va1, so nao vale julQar os amigues pelo que eles gostam, tá?
É como o recado da Dani: " SIGA SUA ALEGRIA E NÃO DEIXE QUE AS OPINIÕES E JULGAMENTO~ DE NINGUÉM TE PAREM. UM DIA VOCE VAI ENTENDER TUDO E É POR ISSO QUE A VIDA É CHAMADA DE JORNADA, APROVEITE A SUA".
Para essa edicão da Desenrola, senti a necessidade de' escrever sobre e entender um pouco melhor o que é ser pansexual. Nao foi uma tarefa fácil nao conhecia alguém que fosse pan e'as comunidades online são fechadas mas encontrei a Daniela (32). . "Me dei conta que era pan quando tmha 25 anos. Eu me identificava como bi ~ps rJão se encaixava muito porque eu Ja sa1 com mulheres trans. Ja tinha na,morado lésbicas e de vez em quando sa1a com homem", conta. Na nossa con39
ELE TEM DPDO O QUE FALJ>R NAS REDES SOOPJS. CONHEÇAMPJS SOBRE ESSAPJ...TERNATIVA! PoR: lETICIA NHOO,UE
fOTO: MELUNA COLETORES
coletor menstrual, conhecido também como copmho, é uma al temativa naqueles dias e que promete mudar sua relação com o seu ciclo menstrual. Quem usa percebe que a quantidade de sangue é muito meno r do que parece e, por se r reutil izável 1 traz um contato ma1o r com aquilo que e do nosso corpo e não uma coisa suja como a gente c os tu ma escuta r. E o copinho já existe faz tempo, há mais de ~ anos, evolu1ndo ao loniiJJ do tempo. 1-bje é feito de sili::one hipoalérg~co e é antibacteriano. E~se material toma o cole.tor (que vem tambem com urna haste que aJuda na hora da retirada) mais confortável e maleável para introduzi r na vagina e se ajustar adequadamente no canal. Mas é Jlreciso pesquisar. "Mesmo o produto sendo feito de material hipoalérgi::o, o silicone pode causar ale rgia em mulheres", alerta o ginecol agi sta e obstetra Edgard Hauro Hotta. Apesar do sucesso nas redes sociais, ele ainda é pouco usado, mas isso tende a mudar: o produto é bem mais viável para o dia a dia da mulher, já que é biode_gradável e ainda é econômico. Em media, a mulher usa 10 mil absorventes na vida. Cada absorvente interno e externo tem uma vida média de 10 a 100 anos para se degradar na natureza. Economicamente ele também é melhor. Em média, os coletores menstruais variam entre 80 e 150 reais e podem durar cerca de seis anos com higienização correta enquanto o absorvente é desca rtável e gera mais despesas. "A maioria dos coletores menstruais oferecem dois tamanhos. Para mulheres que não tiveram filhos e para mulheres que já tiveram filhos", relata o doutor. Para utilizar o coletor, também leve em conta seu fluxo menstrual e a altura do cal o do útero. O cabo va ri a entre a argola, bola e o básico. A ad ap taç ão é um fato r muito pessoal. "Pode varia r de paciente para paciente", explica Hotta, "Há casos em que a mulher não consegue se adaptar e
O
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ILUSTRAÇÃO: SHUTTERSTOCK
volta a utilizar o absorvente normal, ou procuraroutro tamanho de coletor". Você pode usar o coletor por cerca de 6 a 8 horas e, para a limpeza, o médico indica: "Lavar com água e sabão, já pode se r o suficiente mas sempre limpe antes e após o uso •. No final do fluxo, ferve r é a opção mais segura. E lembrese: "Não pode emprestar. E de uso excl usivo", ressalta o ginecologista. A Desenola conve ~ou também com Camila Gregorio (22) e Bruna Soares Neves (23), que contaram suas experiências usando o coletor c fi d . menstrua·11 on ra a conversa com as uas. D ESENROLA: Como \Ocê conheceu o coletor rrenstrual? Oque \OCê achou da ideia? CAMILA: Conheci na internet, ac redito que em algum grupo de meninas (participo de muitos). Achei o máximo e quis corre r p ra compra r, fiz os testes p ra sabe r qual modelo era me lho r p ra mim, pesquisei marcas veganas e fui comprar. BRuNA: Eu conheci o coleto r pela inte rnet, no Fac ebook, há um tempo já. Mas no começo eu achei meio estranho, ainda ficava meio constrangida de conversar sobre o assunto, até com as amigas. Depois acabei deixando p ra lá.
D: fl)r que \Ocê começou a ltilizar o coletor menstrual? C: Porque é uma alternativa sustentável, não testada em animais e também pela higiene ... ele não deixa cheiro, não provoca assaduras corno absorventes extemos e nem infecções corno o intemo. B: O absorvente externo me i nc amodava por marca r a roupa e por deixa r o local abafado. Comecei a usa r o interno, mas por te r o fluxo grande 1 tinha que f1ca r trocando. Comecei a pesquisar sob re o cal eto r, porque no começo achei que pudesse compra r qualquer tipo.
D: É difícil pra se adaptar? C: Costumo ver meninas que demoram vários ci~los para se adaptarem, mas com1go nao houve dificuldade, desde o primeiro uso deu tudo certinho, provavelmente por eu já ~onh~cer meu _próprio corpo, o que mfel1zmente e uma excecão por conta de nossa sociedade P.àtriarcal. B: 1:- adaptaç~o não foi difícil, a priIT!elra vez fo1 estranho, porque não tmha nenhuma experiência mas algumas amigas já estavam' usando en_tão pedi d!cas de dobras, pesqui~ se1 outras, v1 a maneira correta de inserir, e foi simples. D: Você acha mais higiênico? C: Acho muito mais higiênico, pois quando uso o coletor nao há cheiro não há sujeira na virilha/lábios va~ ginais, e nem suor, como acontece com absorvente externo. D: Você achou mais econômico? C: Quando comprei o coletor ele custou 80 reais e eu usava 1,5 pacote de absorvente por ciclo (mais ou menos R$10,50). Em menos de 1 ano o investimento do coletor "se pagou". B: Quando eu vi o preco eu confesso que achei caro, pagar mais de 100 em um único produto, dependendo da marca. Mas levando em consideração que o coletor dura em média 6 anos, sai muito mais barato que usar absorvente. D: A haste do coletor incomoda? C: Atualmente tenho dois coletores Um. deles CO!ll argola e outro com bolmha, entao nao sei dizer se a has~e incomoda. Mas sempre há a opçao de cortar a haste. Inclusive conheço pessoas que cortaram a arg<?la, porq~e ela incomodava, mas nao e meu caso. B: Existem coletores com haste grandes, e mas pessoas preci -
sam cortar, principalmente quando seu colo, é baixo. O puxador do meu coletor e uma bolinha achatada su- nao - me incomo' per pequena , entao da em nada. Tem risco de vazar? D: B e C: O risco de vazar existe, mas se tomar algumas precaucões diminui. E necessário se conhecer para saber qual tipo e tamanho de' coletor comprar, e saber sobre seu fluxo, pra entençler d~ quanto em quanto tempo e prec1so esvaziar o coletor e inseri-lo novamente. D_: Por quanto tempo você pode f1car com o coletor menstrual? C: O máximo é de 12h, mas depende fluxo. do , B: E engraçado porque às vezes o e~quecemos de':Jtro de nós, já que nao da pra sent1r absolutamente nada, algumas pessoas colocam até lembrete no celular pra não esquecer ele dentro. Mas as marcas indicam ficar até no máximo 12h horas com ele dentro. D: Quais foram os beneficios que o coletor menstrual trouxe para você? C: O coletor me trouxe muito mais bem estar e conexão comigo mesma. Passei a gostar do meu período menstrual, a entender melhor tudo que acontece com meu corpo durante ~sses dias. Inclusive percebi que apos alguns ciclos utilizando o cole~ tor, meu período menstrual diminuiu ~e 7 para 3-4 dias. B: Alem de me sentir limpa, eu tenh9 notado que minhas cólicas diminuJram, talvez pelo fato dele dar uma pressão no colo , não sei. Mas pra mim só trouxe benefícios, e sert:~pre que posso , explico a alguma am1ga sobre ele pra mostrar o quão libertador é e como faz você conhecer seu corpo.
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POR: THAYNÁ GOMES FOTOS: ARQUIVO PESSOAL E REPRODUÇÃO
.l'f8/ase de transicão capilar é o nome ao período em que a pessoa para de fazer alisamento por meio de processos químicos, deixando o cabelo crescer até atingir o tamanho ideal para que ela faca o big chop (BC), o corte que tira às partes alisadas, deixando apenas seus cachos. Este é um processo que muitas vezes não é tão simples, já que .exige corag~m para essa grande auto ace1taçao, pacJencia para respeitar o tempo do crescimento do cabelo e forca para enfrentar eventuais situacões de' preconceito. Tudo isso talvez 'faca você desanimar e também pode levàr pessoas próximas a você a fazerem alguns comentários desencorajadores ...
'- IL dado
Mas não deixe nada disso interferir na sua vontade de assumir os cachos! Os motivos para enfrentar a transicão são muito maiores e melhores do 'que os contrários. Primeiramente, tenha certeza de que a sua autoestima vai agra decer muito! Apenas mais alguns exemplos das vantagens que o cabelo natural traz são : não precisar se preocupar com a raiz desmanc hando na balada ou na academia, pular na piscina , no mar ou até mesmo tomar um banho de chuva sem pensar duas vezes, não passar mais produtos cheios de química e tão perigosos... Já deu vontade de parar de alisar agora, né? E não se acanhe se você for a primeira das suas amigas a assumir o cabelo natural, provavelmente muitas delas estão apenas esperando que alguém tome a iniciativa! A carioca Ariel Borges, 22 anos, passou recentemente pela transição, depois de 42
quase dez anos se submetendo a alisamentos químicos que arriscavam seriamente sua saúde, como um relaxamento em que a química tinha que ser aplicada embaixo d'água, de tão forte! O principal motivo que a levou a largar a chapinha foi o calor excessivo que faz no Rio de Janeiro, e ela garante que se sente muito melhor agora: " AcHo QUE EU NÃo ERA NEM UM POUCO CONFIANTE ANTES E HOJE EU CONSIGO SAIR DE CASA DE CABELO MOLHADO, SEM MAQUIAGEM E AINDA ASSIM, ME SENTIR BEM. HOJE EU ME ACEITO E SEI QUE ESSA É A FORMA COMO EU NASCI, ENTÃO APRENDI A VIVER COM ISSO, SER FELIZ E ME SENTIR REALMENTE BONITA ASSIM" . Quando questionada a respeito do preconceito, Ari nos surpreendeu com a resposta : "Acho que sofria mais preconceito quando usava liso, sabe? Nunca passei por nada muito sério, mas sempre tinha as piadinhas na escola, na família,
sobre o cabelo que precisa ser alisado pra ficar bom ... Isso foi comum a minha vida toda. Hoje em dia tem gente que ainda me olha torto, que diz que o cabelo liso é mais bonito, mas eu mesma já consigo ignorar melhor. Antes, o problema maior era que eu não me aceitava, hoje isso acontece".
to ou progressiva, fiquei um bom tempo só escovando o cabelo toda semana para quando ele estivesse com pouquíssima química, fazer permanente afro. Tive que cortar bastante meu cabelo para tirar a química, porque o permanente tem amônia, que não é compatível com a química da progressiva. Fiz permanente duas vezes, mas hoje meu cabelo está sem química alguMariana Freitas, 21, de São Paulo, tam- ma". bém passou anos de sua vida com a preocupação de estar sempre com o cabelo As duas garotas fizeram questão de alisado: "Devo ter comecado a alisar o anunciar o quanto se sentem conficabelo com uns 11 anos. 'Quando você é antes e muito mais bonitas após se criança e ainda não tem aquela identi- aceitarem, passando a se cuidar dade própria construída, você leva mui- mais e ter maior autonomia sobre seu to em conta o que os outros falam. NÃo visual. ME SENTIA BEM COMIGO MESMA, O MEU A equipe Desenrola também entreCABELO ESTAVA SEMPRE PRESO. LEMBRO QUE FOI LOGO QUE COMEÇARAM AS vistou o cabeleireiro Wagner PereiTAIS ESCOVAS: PROGRESSIVA, DE CHO- ra, especializado em fios afro, muiCOLATE . . . MINHA PRIMA FEZ A ESCOVA to familiarizado com a transição caPROGRESSIVA E MINHAS TIAS FALAVAM pilar e tiramos as principais dúvidas soPARA EU IR NO MESMO SALÃO, PORQUE bre o assunto: MINHA PRIMA HAVIA FICADO LINDA. FOI AÍ QUE EU COMECEI A ALISAR TAMBÉM. " REVISTA DESENROLA: Quais as vantagens que você acredita que a tranCom relação aos possíveis danos que a sição traga pra cliente? química poderia trazer à sua saúde, ao contrario de Ariel, Mari disse que WAGNER PEREIRA: A maior vantagem não era muito informada sobre os riscos é a escolha entre a liberdade de se que corria. Quando começou a criar sua livrar dos processos químicos, deiprópria personalidade, a vontade de re- xando o cabelo totalmente natural, tomar o cabelo natural surgiu: "Foi ou então usar algum outro processo uma decisão bem repentina mesmo, químico que dê uma nova textura ao estava cansada daquele sofrimento cabelo. de ir pra piscina e o cabelo voltar de outro jeito, chover e a raiz comecar a RD : O permanente afro também enrolar, toda manhã Jlassar chaplnha. possui química? Decidi que não ia mais fazer relaxamen- WP : Sim, mas eu diria que o permanente é um tratamento químico, porque ele também trata o cabelo enquanto dá uma nova origem aos fios. Os cosméticos contêm, na sua fórmula, agentes químicps que mudam a textura origmal. Acidos alcaloi des que dilatam os fios, transformando-os de crespos para lisos ou encaracolados, porém 1 durante essa ação, existem tambem proteínas, creatinas, cisteínas que vao melhorar a performance do produto e deixar o cabelo tratado mesmo durante o processo químico. Portanto, o permanente afro é uma química sim, porém não isolada. 43
RD: Qual a ligação do permanente cessas de tratamento com cosmétiafro com a transição. capilar? c os ajudam a devolver essa oleosidade. Existe hoje uma gama imensa WP : Para pessoas que tiveram al- de cosméticos que ajudam a devolgum processo químico de alisamento ver essa oleosidade porque caso e agora querem buscar os cachos, o contrário, o cabelo fica mais ressepermanente serve como uma alter- cado, com menos maleabilidade, nativa. Se o cabelo é muito crespo, mais poroso e também tende a quebuscamos o cacho, ou se o cabelo brar um pouco. Eu di ria que não é estava muito liso, elimina-se o liso difícil. A questão é a pessoa criar em um grande percentual e depois hábitos associados à rotina diária ou cria-se o cacho. Então o permaAen- semanal de dar os devidos cuidados te possibilita criar uma nova textura ao cabelo e usar os produtos especíao cabelo. Dessa forma, o procedi- ficos, além de procurar um cabeleimento é uma opção para quem está rei ro para ori.entação. passando pela transição, e não uma obriga to ri edade. Se você ainda tinha alguma dúvida sobre assumir ou não seus cachos, RD: Existem outras alternativas garanto que foram expostos aqui para tornar este processo mais fá- motivos suficientes para te convencil e agradável? cer de que essa pode ser a melhor WP : Alongamentos e tranças. opção pra você! No caso da utilizacão dessas alternativas, é um perí~do em que você não vê o seu cabelo natural, já que é colocado um "aplique" por cima dos seus fios. São paliativos que eu acredito serem uma boa solução para quem não quer sofrer enquanto seu cabelo natural está curto. Por exemplo, com 6 meses de box braids ou alongamento aplicados, o cabelo cresce bastante e, como você não está olhando para ele a todo momento, não existe aquela pressão psicológica para que ele cresça mais rápido. Eu indico! RD: O cabelo crespo exige mais cuidados específicos? Você diria que é mais difícil/caro de mantê-lo saudável? WP : Eu di ri a que sim, exatamente porque o cabelo crespo é ausente de umidade natural, ou seja, os óleos naturais que o couro cabeludo produz são muito irrisórios para este tipo de cabelo, portanto os pro44
CONHEÇA ALGUMAS FAMOSAS QUE TAMBÉM PASSARAM PELA TRANSIÇÃO CAPILAR E ASSUMIRAM SEU CABELO NATURAL, BEM COMO OS SEUS CACHOS MARAVILHOSOS. A GENTE NÃO PODE NEGAR QUE AMOU!:
PENSE NOS PROGRAMAS QUE ASSISTE NA TV. PoR: THAYNÁ GOMES
V
ocê já reparou que a grande maioria das protagonistas de séries, filmes e novelas se encaixam nos padrões de beleza impostos pela sociedade? Branca , altura mediana, corpo magérrimo ou curvilíneo, cabelos lisos e longos ... Bom, com certeza se você nao se encaixa nesses padrões, já percebeu! Afinal, desse jeito fica âifJCil criar uma identificação com tais personagens. Infelizmente essa padronizacão não acaba por aí. Cantoras, celeb'ridades em geral e até mesmo personagens de livros costumam se~ ui r essa aescricão de "mulher ideal . Nos dias de hoje podemos ver algumas representantes das diferentes belezas fazendo sucesso por aí, mas a quantidade ainda é muito desleal em comparacão com as figuras padronizadas. Em outubro ocorreu o concurso Miss Brasil 2016 e a edicão deste ano obteve um número recorde de candidatas negras: 6 mulheres. Encarado como uma grande vitória na luta pela representatividade negra, o número nos faz ver que essa questao ainda está dando seus primeiros passos. Afinal, 6 candidatas equivalem a 25%das concorrentes e, tendo em vista que mais da metade da população brasil~ira é negra, pode -se ver que e~sa quant1dade de concorrentes amda e pequena. Ainda pensando sobre cocursos de beleza, se a gente lembrar que foram criados os "Miss Plus Size" , podemos refletir sobre a necessidade da criacão dessa nova categoria na comr:>eticão. Por que as mulheres plus size não podem concorrer ao concurso convencional? Seria essa uma forma dosorganizadoresdecla46
VocÊ
SE SENTE REPRESENTADA?
FOTOS: REPRODUÇPo
rarem queasgordasnunca serão capazes de competir com igualdade contra uma magra Sobre quem seria ma1s bonita?
NICOLE MEDEIROS 17 A NOS, ATRIZ E ESTUDANTE É CONHECIDA NA REDAÇÃO DA DESENROLA COMO " FUTURA PRESIDENTA DO BRASIL"
A cultura pqp tem mudado muito de uns marcará ainda mais o universo dnematográfitempos pra cá. E pra melhor. Filmes, séries, co da DC em seu filme solo. desenha; e quadrinha; tem conq..~istado mais BRIENNE- GAME OF representatiVIdade para minoras e para muTHRONES lheres. Afinal, garotas são tão consumidoras desse tipo de m1dia quanto a; garota;! A saga criada p<?r GRR M:l.rtin e sua serie ~.......,.~";11 Personagens femininas fortes e protagonistas feministas em geral ganharam muito espaço derivada é cheia de em producões recentes. Aqui vai uma listinlia personagens femini' das moças mais girl nas fortes, importantes na trama e com ... power em destaque: seus próprios ponta; REY-STAR WARS: 0 de vista nos livra;. A DESPERTAR DA FORÇA guerreira Brienne é uma delas. Vinda de famífla nobre, a moca alta, tímida e desajeitada Rey chegou ~ra nunca se encaixàu no modelo de 'lady' que a mUdar um historico cultura pregava que ela deveria ter. Perita de homens protago- com a espaâa, valente e leal, Brienne se ennistas na franquia e vdve em lutas sangrentas e tramas políticas, ma;trar o que signiaté contar com uma grande missão para cumfica independência e prir. Tudo isso sem perder seus idea1s e persocoragem! No filme nalidade forte, não deixando nenhum hOmem mais recente da saga, é ma;trado que a Força subjulgá-la. Ela é a guebra total de estereótié muito presente na garota, que por viver p;>S de personagens femininas, tanto pela apamuita; anos sozinha num planeta hóstil, teve rênda como pela atitude. que aprender a se virar. rsso contribuiu para (RYSTAL GEMSque ela adquirisse habilidades que a fizeram sobreviver e derro- STEVEN UNIVERSE :· ~····· tar o vilão Kylo Ren. O desenho ani: ~ . •. .MJL.HER NiARAVILHA mado criado por ( Jl-i. 1: .. ~' ' ~ A icooica heróina da Rebecca Sugar ~..' DC Comics dispensa para o cartoon := ::• ,...._... "; ) ::: elCJ!lia>. Ela é uma Net\Nork. é o de·~: Í·· ,;'1: das personagens senho mais girl ~.6. ' . ·iJ. .. femininas com mais fXJwer da televiespaço dey:Je mea- são desde f!.s Me.. . ~.... . . I!··: da; do seculo XX, ninas Superpotendo se tornado derosas. Nele, inclusive ícone femi- as alienígenas conhecidas como Gems protenista (algo importante pra uma personagem gem a Terra de monstra;, aliens do mal e casurgida no meio nerd, que é extremamente tástrofes ao lado do simjÉ.tico protegido, o machista). Em Batman vs Supennan, deste garotinho Steven. O desenho é representativo ano, a guerreira amazona surgiu de maneira pois suas heroínas são mulheres fortes e não fantástica, fazendo muita; dizerem que ela foi estereotipadas, cada uma com características o ponto atto da superproducãol A personagem na qual garotinhas podem se inspirar. interpretada por Gal Gadot' ficou fiel aos qua- Além disso, o desenho tem várias personadrinhos, ao mesmo tempo que introduziu a gens lésbicas, ensina a ajudar o proximo e heroína para as novas gerações e com certeza dar valor à família.
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UM TEXTO SEM fiNAl Era 4m lindo domingo ensolarado ... Ultimo dia de descanso após um feriado na sexta-feira Pode até ser um feriadO descansável para muitos, mas para as monitoras do c,Jalpão da Vovó e para as 70 meninas, de 3 a 9 anos, que fizeram uma apresentacão de balé no Teatro Municipal Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano do Sul - SP, não 17h30 em ponto no relógio e todas as monitoras já estavam preparadas Não era pra menos, todas elasJ·á estavam cuidando das bailarinas des e quarta-feira à noite As meninas comecaram a chegar e a organizar-se nos camanns Tartarugas, Araras, Oncas e Doces no camanm de baixo; Àrtes Plástic;as, Música, Teatro, Flores, Bonecas e Aguas no camarim de cima Esses eram os nomes dos espetáculos que elas apresentariam Todas J.á maquiadas desde quando saíram e casa, comecaram a colocar os fi guri nos ... Com a ajuda das "tias" do Galpão, uma por uma ia ~anhando sua forma Fosse de arara, rosse de flor, fosse de água Na ordem das apresentacões, cada grupo ia colocando-se nas coxias A cada espetáculo os coracões de cada monitora ia se enchêndo de orgulho e vi r ando uvas passas Os sentimentos não estavam tão fortes na quarta ou no sábado, porque todas ali sabiam que teria mais Mas naquele dia não, seria a última apresentação, a últi-
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ma troca de roupas, o último correcorre Hora da reverência: todas as tias nas coxias com as meninas, grupo por grupo entra no palco para despedir-se cb público Uma por uma retorna às coxias e voltam para os camarins Monitor as se apressam para destrocar as bailarinas Todas prontas começam a sair Relógios marcam 21 h34, todas as meninas Já foram embora, todas as tias exaustas comem seus lanchinhos e p~rt_!!l)'l para ~asa Mas não é aí que a h1stona termma ... A história nunca termina, sabe por quê? Porque no próximo ano elas se apresentam de novo, e de novo, e de novo Sempre assim Elas vão crescendo, vão continuando, novas meninas entram e o ciclo sempre continua Se também está achando estranho o fato de o texto não ter pontos finais, é porque esta crônica também não tem fim ... Nossa imaginacão é fértil demais Cada um que Lê' isso aqui i magi na a história de forma diferente Você imaginou um cenário, cada figurino, cada personagem, e outra pessoa imaginou algo totalmente diferente de ti, ou não, fo1 parecido, mas ainda sim diferente E quem sou eu para de limita r onde um pensamento se encerra? Se eu não consigo nem dizer onde meu pensamento se encerra, imagina fazer isso por outras pessoas