Caderno a3_Casa de Brincar_versão digital

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CASA DE BRINCAR Creche e pré-escola



CASA DE BRINCAR Universidade de Brasília Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de projeto, expressão e representação Projeto final de graduação Caderno de Projeto 1º/2015 Julia Luna | 09.98150 Orientadora: Liza Andrade Banca examinadora: Bruno Capanema

Márcio Buson



SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO

1

1.1. A nossa escola

3

1.2. Por que?

4

1.3. Objetivos

5

2. O PROCESSO

7

2.1. Referências em pedagogia

9

2.2. Referências arquitetônicas

10

2.3. Visita às escolas da cidade

11

2.4. Processo participativo

12

2.5. Metodologia

13

2.6. Permacultura

19

2.7. A escola inteira é um playground!

21

3. O LUGAR

23

3.1. Localização e contexto

25

3.2. Demanda

27

3.3. O terreno

29

4. O PROJETO

33

35

4.1. Desenvolvimento do projeto - propostas alternativas

4.2. O projeto

39

4.3. Memorial

41

4.4. Ambientes e programa

43

4.5. zoneamento

43

4.6. Vistas e perspectivas

44

4.7. Desenhos técnicos

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APRESENTAÇÃO



Creche e pré-escola

CASA DE BRINCAR

A NOSSA ESCOLA:

A Casa de Brincar é uma escola infantil que se afasta

do modelo tradicional escolar que predomina atualmente, tanto na sua forma de ensinar quanto na sua concepção arquitetônica. Nesta escola o espaço também é uma ferramenta de educação e seu projeto dialoga com os valores e princípios da escola. Tanto o espaço físico escolar como o método pedagógico adotado promovem a autonomia da criança, ensinam a importância da preocupação e do cuidado com o meio ambiente e que a cooperação é melhor que a competição. A construção dessa escola tem baixo impacto ambiental e seguiu-se princípios da permacultura na sua concepção, seu projeto é centrado nas necessidades e desejos das crianças, tudo isso para que ele fosse coerente com o que acreditamos.

A comunidade escolar da Escola Casa de Brincar

contará com 120 alunos, dos quais 20 serão atendidos pela creche e 100 pela pré-escola, 10 pessoas que serão responsáveis pelos cuidados dos bebês da creche, 16 professores para as turmas da pré-escola (duas para cada turma), um psicólogo, uma coordenadora, uma diretora, uma secretária, duas cozinheiras, 7 pessoas responsáveis pela limpeza dos ambientes, duas pela jardinagem e manejo das hortas e plantação e um porteiro, totalizando, assim, 162 pessoas que utilizarão constantemente os espaçoes da escola. Além dessas pessoas, a escola será aberta e de

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livre acesso às pessoas da comunidade local nos finais de semana. A escola funcionará em horário integral.


POR QUE?

A vontade de projetar essa escola surgiu de

preocupações pessoais geradas pela observação das relações interpessoais da contemporaneidade - como por exemplo o distanciamento entre as pessoas, a inversão de valores e a competição exacerbada -, e preocupações quanto à alienação em relação aos problemas ambientais e sociais que a humanidade passa atualmente, aos usos dos recursos naturais da Terra e ao modo de vida, literalmente insustentável, das grandes cidades.

Parte-se da premissa que o sistema educacional,

bem como o espaço onde ele atua, deve permitir que certas habilidades de grande importância para o desenvolvimento saudável da criança sejam praticadas (autonomia, autoconfiança, capacidade de crítica, etc...), mas, infelizmente, muitas vezes o modelo de ensino que predomina no ocidente atualmente ainda exerce um papel autoritário e repressor. Observando empiricamente o sistema educacional (ocidental) atual pode-se deduzir que não há a preocupação adequada com o espaço de ensino. É preciso enxergar que, assim como o próprio modo de ensinar, o local onde este ocorre está obsoleto e ultrapassado e por isso a necessidade de se tentar alternativas que tragam inovação e soluções para a educação.

4


OBJETIVOS

Sendo assim, a Casa de Brincar foi projetada de forma

que a criança possa circular livremente e com segurança, mesmo sem a vigilância constante de um adulto, pelo seu espaço, pormovendo então a autonomia da criança. Por todo o seu terreno há elementos pedagógicos e lúdicos, alguns elementos que ensinam na prática a importância da sustentabilidade, outros que estimulam a criatividade e a socialização, todo o espaço foi pensado para ser um ambiente de aprendizagem e diversão.

A escola se situa na Cidade Estrutural, região pobre do

Distrito Federal onde a necessidade por intituições de ensino é muito grande, a maioria das crianças que vivem lá estão, atualmente, fora da escola. A construção de uma creche e pré-escola pública no centro do bairro pode representar uma melhora na qualidade de vida das famílias que moram ali, não tendo que cuidar dos filhos durante todo o dia os pais e as mães podem ter mais possibilidades de trabalhar e aumentar a renda da família. Além disso, muitas destas famílias não contam com a figura paterna e portanto, as mães têm dificuldade de trabalhar, sustentar a família e ainda cuidar dos filhos, com a ajuda da creche as mulheres podem se inserir com mais facilidade no mercado de trabalho. Observando a vida na Estrutural é possível notar que muitas das moradoras do bairro são catadoras de lixo e acabam se vendo obrigadas à levar os filhos para o lixão por não ter onde deixá-los enquanto garante o sustento da família. A construção da Casa

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de Brincar tem a intenção de diminuir os casos de situações como estas.


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O PROCESSO



COMO OCORREU O PROCESSO? REFERÊNCIAS EM PEDAGOGIA

A NOSSA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Para definir melhor como seria a educação na Casa de Brincar estu-

Após estudar as pedagogias, decidiu-se que o método a ser utilizado

dou-se algumas experiências e conceitos inovadores no âmbito da educação

na Casa de Brincar irá consistir na reunião de alguns pontos, julgados posi-

e para perceber como projetar para essa nova educação buscou-se projetos

tivos e importantes para o bom desenvolvimento das crianças, que pertencem

arquitetônicos que também se afastassem do convencional.

originalmente à essas pedagogias. Da pedagogia Waldorf, por exemplo, incorporou-se o intuito de promover a formação holística do alunos, a compreensão de que o brincar é a atividade mais importante das crianças e de que o estímulo à atividades artísticas e manuais é essencial, enquanto da Montessori foi incorporada a crença de que o adulto não deve interferir exces-

REGGIO

sivamente no processo de aprendizagem das crianças, e do método utilizado

ESPAÇO

EMILIA

pelo escola Green School a conscientização da importância da educação

EDUCADOR

ambiental, mas estes são só alguns exemplos.

MONTESSORI

Nosso método compreende, portanto, que a educação deve ser per-

sonalizada, respeitando as limitações e identificando as potencialidades de

EDUCAÇÃO

cada aluno, as crianças aprenderão no seu próprio ritmo e o papel do profes-

INTEGRAL

sor será o de conduzir as atividades para que o apredizado ocorra da melhor forma possível para cada um, mas sem interferir no processo que é único de cada aluno. As crianças irão desenvolver suas habilidades através de brin-

WALDORF

cadeiras, serão brincadeiras pensadas para o desenvolvimento saudável das

ENSINO PERSONALIZADO PONTE E ÂNCORA

CPCD

*

habilidades motoras, cognitivas, sensoriais e emocionais, como por exemplo: desenhar, pintar, modelar, encenar (teatrinho e fantasias), contação de história, jogo coopertaivos e brincadeiras ao ar livre em geral. Atividades como cozinhar, plantar e cuidar das plantas, aulas de yoga, musicalização e meditação para crianças também estão compreendidas no nosso “programa curricular”, todas as atividades serão realizadas com o tom de brincadeira para que seja mais divertido e saudável para os alunos.

* Centro popular de cultura e desenvolvimento

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Green School - Bali, Indonésia

REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS

Procurou-se como referências de projeto, escolas que foram construídas com materiais não convencionais e mais sustentáveis do que estes, e escolas com organização espacial aberta e com poucas barreiras físicas para as crianças. METI School - Rudrapur, Bangladesh

Jardim de infância Forfatterhuset - Copenhage, Dinamarca

Jardim de infência FUJI - Tokyo ,Japão

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VISITAS ÀS ESCOLAS DA CIDADE

Escola Waldorf Moara - Asa Norte

Para reseolver o programa de necessidades da Casa de Brincar visitou-

se alguma escola em Brasília, novamente foram escolhida as que não seguem o modelo de ensino tradicional atual.

Affinity Arts - Lago Sul

* Foto retirada do site da escola.

Vivendo e Aprendendo - Asa Norte

* Foto retirada do site da escola.

Creche Alecrim, Cidade Estrutural

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1ª reunião

PROCESSO PARTICIPATIVO

O processo participativo coloca o futuro usuário e a comunidade onde o

projeto será inserido no centro do processo de concepção do projeto, assim a arquitetura é definida em função das necessidades dos usuários.

No nosso processo participativo trabalhamos com as funcionárias e

mães e pais de crianças de uma creche beneficente localizada na Cidade Estutural, a Creche Alecrim, que cuida de 120 crianças cuja as famílias não podem pagar uma creche para os filhos.

Foram feitas duas reuniões, na primeira os participantes puderam contar

o que gostariam que a escola tivesse e escolheram diversos elementos que fariam parte do espaço escolar, como parquinho, lago, circo e etc. Na segunda reunião foram mostradas à eles quatro propostas de projeto e foi pedido para que eles opinassem e escolhessem a que mais gostavam. Todas as opiniões apresentadas nas reuniões foram levadas em consideração no desenvolvimento do projeto.

Resultado da 1ª reunião

2ª reunião

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METODOLOGIA - PADRÕES DE PROJETO

Para traçar as diretrizes que nortearam o projeto da Casa

de Brincar seguiu-se a metodologia de liguagem de padrões desenvolvida por Christopher Alexander. Sendo assim, selecionamos padrões do próprio Chistopher Alexander presentes em seu livro “Uma linguagem de padrões”, padrões apresentados no livro “Arquitetura Escolar” da autora Doris Kowaltowski que, baseando-se no método Alexander os desenvolveu para auxiliar em projetos de arquitetura escolar e ainda, padrões selecionados do artigo “Planejamento centrado na criança” de McLennan (2013).

13


Padrões de projeto da Doris Kowaltowski

Padrões de

Explicação

Padrões de

Croqui

1. Ambientes de ensino

Explicação

Este parâmetro diz res-

Croqui

ventilação natural

vistas a paisagens externas

peito a importância da

el e confortável.

gantes.

quado para o ensino.

8. Conexão entre O projeto deve propi-

Este indica a importân-

espaçoes internos ciar

cia de uma entrada

e externos

atraente para os alu-

ampla

14. Assinatura local A liguagem arquitetôni-

possibi-

ca escolhida no projeto

lidade para os alunos

deve expressar a ped-

usarem o ambiente ex-

nos.

agogia e os valores da

terno e transitarem en-

escola na comunidade.

tre o ambiente interno e 3. Espaço de exposição

externo facilmente.

Os alunos se sentem valorizados quando há

comunidade

à exposição dos seus

a

ura, mas não precisam parecer prisões. 17. Acessibilidade

fortável e desen- tonomia da criança que

tos artísticos no local e

fantil

de arte.

É necessário garantir a acessibilidade e in-

hado na escala in- a escola seja projetada

estimular a produção

uma

cola tem que ser seg-

10. Mobiliário con- É importante para a au-

nos de inserirem obje-

por

mas de violência. A es-

comunidade

eventos.

oportunidade aos alu-

necessário

é

em função dos proble-

usar seu espaço em

4. Arte, música e atuação O espaço deve dar a

fechamento

questão de segurança,

do bairro, e ser aberta para

clusão de todos.

na escala infantil e para sua saúde que o mobiliário seja ergonômico.

5. Área para atividades O projeto arquitetônico físicas, esportes e medi- da escola deve conter áreas destinadas à

Luz e ventilação natural

11.

Espaços

de São espaços que es-

aprendizado infor- timulam o desenvolvi-

jogos, esportes, medi-

mais

tação e outras atividades físicas.

educação e a aprendisão

visíveis,

através de aberturas e

Transparência visual

sustentabilidade.

sobre a importância de práticas

sociais e o aprendiza-

para o planeta.

do colaborativo.

mitir a ideia de que a

18. Elementos de Ferramento de ensino

Circo

mento de habilidades

A escola deve trans-

zagem

área.

cionar com a infraestrutura social e cultural

trabalhos.

6. Transparência

15. Fechamento da O

9. Conexão com a A escola deve se rela-

um espaço destinado

tação

lação natural tornam o ambiente mais saudáv-

interessantes

e vista internas insti-

análise do espaço ade-

2. Entrada convidativa

13. Iluminação e A iluminação e venti-

7. Vistas interiores É importante oferecer e exteriores

Croqui

projeto

projeto

Padrões de projeto

Explicação

sustentáveis

Espaço para brincadeiras ao ar livre

12. “Cave espac- São espaços quietos es” - Espaços indi- para reflex’ão e brinviduais

cadeiras

Dois ou três lados sólidos para providenciar um sentimento de acolhimento.

individuais,

acesso livre às depend-

onde o aluno posso fi-

ências da escola.

car só sem a vigilância de um adulto.

14


Padrões de projeto da McLennan

Padrões de

Explicação

Croqui

projeto

25. “Senso de per- Elementos que deêm a

Padrões de projeto

Explicação

criança

visão mais baixa, per-

19. A vista pelos olhos da Respeitar uma linha de

Croqui

igo”

possibilidade das crianças testarem e experienciarem o que elas podem ou não fazer e

mite que nós vejamos o que as crianças veêm. 20. Escala humana

Qualquer elemento da

Parede de escala de tamanho adequado

quais são os limites. 26. ”Criança en- Participação ativa da genheira”

criança na escola.

construção que for desproporcional à escala humana

pode

fazer

até um adulto se sentir oprimido ou diminuído, imagina com se sentiria

27. Plantações e São importante para hortas

sobre

21. Elementos que aju- É importante para a au-

neira segura e independente pela escola. 22.

Sistemas

fraestrutura

do

de

prédio a edificação, como a

aparente

água chega na torneira e como energia chega nos aparelhos é uma aula vivencial e aberta paras as crianças.

23. A criança e o sentar

Crianças têm a necessidade de se sentar mais frequetemente

que

os

adultos e é interessante que o projeto ofereça sempre essa possibilidade e que tenha vários tipos diferentes de assentos. 24. Contato com a na- É extremamente importureza

tante para o desenvolvimento das crianças e elas gostam!

29.

Briquedos

na

prática

jardinagem e

e Desenhos

nos

chão

outros estímulos à que estimulem jogos brincadeiras

in- Mostrar como funciona

crianças

manejo de plantas.

dem na localização e no tonomia da criança que ela possa circular de ma-

as

apredam

uma criança.

caminho

que

infantis e casas na árvore estimulam a sociabilidade.

Plantação horta mandala horta comum


Padrões de projeto do Christopher Alexander Padrões de projeto 30. Mini escolas

Explicação Fazer escolas pequenas,

Croqui

Padrões de projeto

35. Terraços jardim

Explicação Fazer escolas pequenas,

onde a relação aluno-

onde a relação aluno-

professor seja mais ín-

professor seja mais ín-

tima.

tima.

31. Escolas junto à vias É mais seguro e melhor

36. Evidenciar edificação Deixar a edificação prin-

de pedestres

principal

para as crianças que a escola esteja ao lado de

Croqui

cipal em evidência, pela altura ou outro marco

uma via de pedestres

32.

Escola

parque

perto

do Construir escolas a uma distância que se possa ir a pé ao parque.

37. Conexão entre edifi- Conectar as edificações cações

através de pergolados ou com o piso, por exemplo

32. Cavernas para as cri- Crianças gostam de se anças

esconder e de lugares reservados e pequenos, é interessante construir cavernas para elas.

33. Pátios cheios de vida Fazer pátios onde a luz do sol posso chegar, com vegetação e outros elementos que d6e vida a ela. 34. Entradas bem marca- Marcar bem a entrada das

principal

16


5

4

APLICAÇÃO DOS PADRÕES: OUTROS PADRÕES:

2 3

1

21

26

12

28

29

13

20

17

32

Padrões da Doris Kowaltowski

15

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31

Padrões do McLennan

16

9

25

Padrões do Christopher Alexander

14

7

27

24

33 30

8

23

11

10

6

22

19

1. Edificações conectadas - As edificações são conectadas por uma ponte no terraço que e por um pátio no térreo; 2. Iluminação e ventilação natural; 3. Cavernas para as crianças - crianças adoram espaços restritos; 4. Terraços - jardins - nosso terraço é um teto verde; 5. Senso de perigo - é importante ter elementos nos quais as crianças possam testar os limites, com segurança, claro. Na Casa de Brincar há diversos brinquedos que possibilitam isso; 6. Contato com a natureza - na nossa escola há muitas áreas verdes, plantações, árvores, além de um laguinho; 7. Hortas, plantações e jardins de aprendizagem; 8. - Espaços para atuações artísticas; 9. - Pátios cheios de vida - através da entrada de luz natural, da vegetação e de elementos lúdicos damos vida à eles; 10. Vistas internas e externas - oferecer vistas intrigantes e interessantes. 11. - Transparência visual; 12. - Elementos de sustentabilidade usados também como ferramenta de educação; 13. - “Cave espaces” (espaço individuais) - Temos espaços quietos para reflexão e brincadeira individuais; 14. Ambiente de ensino - toda a escola é o ambiente de ensino, temos elementos de aprendizagem e de estímulo à criatividade e autonomia em todo o espaço escolar, nossas salas são interligadas, formando um só ambeinte, evitou-se quinas e cantos muito marcados, é fácil transitar entre as áreas externas e internas; 15. - Espaços de aprendizagem informais; 16. - Escola junto à via de pedestres - no nosso caso é uma via compartilhada; 17. - Preocupação com o fechamento da área; 18. - Entrada convidativa; 19. - Entrada principal bem marcada e relacionada com a rua; 20. - Acessibilidade - Nossos pisos são todos da mesma altura, bons para deficientes físicos e visuais e temos uma plataforma de acesso ao terraço; 21. - pequenas escolas - onde a relação professor-aluno é mais íntima e humana. 22. - Espaço para exposição de trabalhos; 23. - mobiliário desenhado na escala da criança; 24. - Escala humana - Elementos proprcionais para que a criança não se sinta oprimida; 25. - A criança e o sentar - Vários tipos de assentos espalhados pela escola; 26. - Edificação principal mais destacada - Na nossa escola, pelo telhado; 27. - Conexão entre espaços internos e externos; 28. - Assinatura local - Arquitetura que dialogue com os valores da escola; 29. - Sistema de infraestrutura aparente usado como forma de educar; 30. - Escola perto do parque - No nosso caso, perto de um centro olímpico; 31. - Conexão com a comunidade - A escola será aberta à comunidade; 32. - Vista das crianças - elementos que respeitem a vista e altura delas; 33. - Criança ativa na escola.


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PERMACULTURA

A Permacultura também foi um conceito que norteou o

“A permacultura consiste na elaboração, im-

projeto. A técnica consiste em planejar e organizar espaços de

plantação e manutenção de ecossistemas

modo que ele seja ambientalmente, socialmente e financeiramente

produtivos que mantenham a diversidade, a

sustentável.

resistência, e a estabilidade dos ecossiste-

mas naturais, promovendo energia, moradia

Foi a permacultura que guiou o nosso projeto no quesito

construção, através dos materiais e das técnicas, na questão da

e alimentação humana de forma harmoniosa

água, com o nosso sistema de captação e utilização da água da

com o ambiente”

chuva, o tratamento das águas cinzas, por exemplo. No âmbito

(Bill Mollison, 1999)

da alimentação, pois produziremos parte dos nossos alimentos

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na própria escola, nas hortas e na mini agrofloresta e temos o

“Permacultura é um sistema de design para

ideal de ter uma alimentação saudável e orgânica. A questão dos

a criação de ambientes humanos sustentáveis

resíduos com o tratamento de resíduos orgânicos e a reciclagem

e produtivos em equilíbrio e harmonia com a

dos resíduos secos e também na questão social, através da nossa

natureza.”

relação com a comunidade e da nosso prática pedagógica.

(Bill Mollison, 1999)


ELEMENTOS PERMACULTURAIS:

dutos de ventilação teto verde com captação de água da chuva

Construção / materiais

1. Teto verde - A escola é localizada em uma região onde quase não há vegetação, assim ter mais área verde é de grande importância para o local, melhorando o microclima, e aumentando a retenção da água da chuva, ele também representa uma solução para ganharmos mais área (uso da cobertura) de uma maneira ecológica.

placas fotovoltaicas

2. Bambu - O principal elemento decorativo será de bambu. 3. Bloco de terra compactado - As paredes serão de BTC, um tijolo mais ecológico feito com a mistura de barro e cimento. São paredes estruturais, a armação passa por dentro dos tijolos. Os tijolos podem ser produzidos na obra, usando a mão de obra local. 4. Madeira - há necessidade de pilares em alguns pontos, estes serão de madeiras. 5. Cascaje - São tetos feitos de painéis abobadados de ferrocimento, eles são baratos e economizam material básicos pois são muito finos e resistentes. Também podem ser feitos pela mõa de obra local. Por cima destes painéis vem a laje

armazenamento de água da chuva

Energia elemento decorativo de bambu

1. Placas fotovoltaicas - Aquecimento de água por energia solar. 2. Ventos - Ventilação natural através de aberturas nas fachadas, paredes internas e no teto e de dutos direcionados para leste (vento predominante) que conduzem o vonte para áreas internas.

Água 1. Cobertura com captação de águas pluviais. 2. Reservatório para armazenamento de águas pluviais. 3. lago - posicionado na direção dos ventos da seca (sudeste) para melhorar o conforto na época da seca.

biodigestor (subterrâneo)

1. Hortas - espalhadas por toda a escola. 2. Mini agrofloresta - Ocupa uma pequena área e produz alimentos que necessitam de mais espaço. 3. Jardins de aprendizagem - jardins e hortas onde as crianças aprederão sobre jardinagem e manejo.

Resíduos 1. Composteira - para reciclagem de resíduos orgânicos. 2. Móveis de material reciclado - as divisórias das salas serão de pallets (caixote de carregar frutas) e outros móveis serão de garrafa PET, existem cooperativas na região que trabalham com reciclagem destes materiais. 3. Banheiro seco - é também um elemento pedagógico. 4. Biodigestor - tratamento de águas negras. 5. Tanque de evapotranspiração - tratamento de águas negras.

paredes de BTC

móveis de material reciclado

mini agrofloresta tanque de evapotranspiração (subterrâneo)

pilares de madeira

rua compartilhada

lago

composteira

4. Jardins de chuva - jardins que evitam alagamentos na época de chuvas.

Alimentação

hortas e jardins de aprendizagem

banheiro seco

hortas

jardins de chuva


5

A ESCOLA INTEIRA É UM PLAYGROUND!

3 3

2

1 4 4

A intenção é que não haja apenas um espaço

para brincadeiras, como um parquinho ou playground delimitado, e sim que toda a área da escola apresente

7

possibilidades para o brincar e o se divertir, isso faz 4 6

1

com que as crianças entendam que a escola inteira é delas, e foi feita para elas, assim elas se sentem acol-

4

hidas e também responsáveis por este espaço, este 6

empoderamento é importante para o desenvolimento da sua autonomia.

9 3 8

10

12 11 3

1. Reservatório da caixa d’água em forma de foguete e pintado para virar um elemento lúdico; 2. Passagem baixa para atravessar agachado; 3. Morrinhos de grama; 4. Dutos de ventilação pintados para virarem elementos lúdicos; 5. Parede de escalada com rampa de grama e escorregador; 6. Buracos no terraço com redes (servem também para que chegue luz e água da chuva nas árvores que ficam no pátio interno; 7. Cavernas; 8. Passarela suspensa; 9. Túneis baixos para atravessar agachado; 10. Escorregador; 11. Brinquedo para se pendurar (na mini praça da entrada); 12. Balanço (na mini praça da entrada).


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O LUGAR



LOCALIZAÇÃO E CONTEXTO

HISTÓRICO N Vila Estrutural, DF

Na década de 70, próximo ao depósito de lixo

na margem direita da DF - 095, sentido SIA Taguatinga, surgiram os primeiros barracos de catadores de lixo. Estas pessoas buscavam no “lixão” seu meio de sobrevivência e ali mesmo decidiram construir sua moradia.

Em 1989 foi criado o Setor Complementar de

Indústria e Abastecimento – SCIA em frente à “Invasão da Estrutural”, nomeada assim devido a Via Estrutural (DF - 095) que passa em frente a região, nesta época ainda se previa a remoção da invasão, o intuito era transferir as pessoas para outro local, tentativas ainda foram realizadas neste sentido, mas sem sucesso.

No início dos anos 90, encontravam-se pouco

menos de 100 domicílios no local, assim a invasão foi se ampliando e mais tarde foi tranformada em “Vila Estrutural” pertencendo à Região Administrativa do Guará. Em janeiro de 2004 o Setor Complementar de Indústria e Abastecimento - SCIA é transformado em Região Administrativa XXV (Lei no 3.315) e tem como sua sede a Vila Estrutural.Segundo a PDAD 2013/2014 sua população é de 35.801 habitantes.

25


A área é considerada imprópria para

habitação, por se tratar de área de depósito de lixo e estar perto do Parque Nacional de Brasília, por isso em 2006 a Lei Complementar nº 715 torna a Vila Estrutural Zona Especial de Interesse Social - ZEIS. Nesta lei, o projeto urbanístico do parcelamento urbano contempla as restrições físico-ambientais e medidas mitigadoras recomendadas pelo EIA/RIMA e que integrem a licença ambiental, prevendo, em conseqüência, a remoção das edificações erigidas em áreas consideradas de risco ambiental.

A ocupação da Vila Estrutural, objeto do

presente estudo está delimitada: ao norte pela cerca do lixão da BELACAP e pelas chácaras situadas ao lado do lixão e que ocupam a área até o traçado da DF-097, junto ao Parque Nacional de Brasília; a leste pela poligonal que limita o projeto do Setor Complementar de In- dústria e Abastecimento – SCIA; ao sul pela DF-095, ou Estrada Parque Ceilândia – EPCL; e a oeste pela via de acesso às chácaras que margeiam o córrego Cabeceira do Valo, afluente do córrego Vicente Pires.


DEMANDA

A Vila Estrutural, uma das regiões mais pobres

do DF, é hoje a segunda maior aglomeração urbana do estado e é considerada a que possui as piores condições, localizada ao lado do maior lixão da América Latina, seus moradores sofrem com a falta de infra-estrutura e saneamento básico.

Cerca de 45% do total de habitantes são

jovens de até 18 anos e 34% são crianças de até 14 anos - mais de 1/3 da população, proporção muito acima da média do DF (25,5%). Dos 13.264 alunos da RA SCIA-Estrutural menos da metade (46%) estuda na própria região, que possui quatro escolas da Rede Pública de Ensino, mas uma está fechada há mais de dois anos por motivos de insalubridade, o solo onde ela foi construída expele gás proveniente do lixão. Não há nenhuma instituição pública de ensino infantil para atender às mais de 4 mil crianças de até 6 anos da Vila, este é o principal motivo para cerca de 3.500 delas não frequentarem a escola.


Mapa de uso e ocupação do solo N

Uso habitacional unifamiliar com 30% de uso comercial e de serviço Uso habitacional unifamiliar com 45% de uso comercial e de serviço Equipamento Público Comunitário Equipamento Público Comunitário Uso institucional Espaços Livres Públicos


O TERRENO

O terreno escolhido localiza-se no Setor Leste

da Vila Estrutural, Quadra 3, a área se caracteriza como Área Especial (AE2) e está destinada a receber a construção de uma creche por decisão da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB - DF). O terreno possui 3.285 m2, faz fronteira com uma capela, é cercado por residências e muito perto de uma área pública de lazer que possui quadra poliesportiva e um galpão para outras atividades esportivas.

As normas de edificação, uso e gabaritos que

regulam o lote da Área Especial 2, Quadra 3 do Setor Leste da Vila Estrutural estão compiladas no documento NGB 029/11 do Distrito Federal.

Segundo o documento é obrigatório o afas-

tamento mínimo de 3,00 metros das divisas laterais e de fundo. A taxa máxima de ocupação equivale a 60% da área total do lote e o gabarito máximo é de 2 pavimentos, com altura máxima da edificação de 9,00 metros, subsolo é opcional.

O terreno escolhido.

29

N


Direção dos ventos

Direção dos ventos

A cidade de Brasília, é caracterizada pelo

clima Tropical de Altitude, de acordo com a classificação de Köppen, onde são identificadas duas estações nitidamente distintas: quente e úmida (outubro a abril) e seca (maio a setembro).

De acordo com o Zoneamento Bioclimático

Brasileiro, Brasília está localizada na zona climática 4, o que quer dizer que a ventilação natural é uma constante durante o ano, porém há a predominância dos ventos leste no inverno e dos ventos norte, nordeste e leste no verão, portanto nota-se que os ventos que vêm da direção leste caracterizam-se como predominantes durante todo o ano. Os ventos da seca vêm da direção sudeste e os ventos da época de chuva da direção noroeste.

Segundo a NBR 15220, as construções nessa

área devem apresentar sombreamento das aberturas para ventilação, ventilação cruzada e paredes Vento leste (predominante)

grossas.

Vento noroeste (chuva)

N

Vento sudeste (seca)

Levando em consideração as direções dos

ventos percebemos que é importante ter um elemento de água no limite sudeste do terreno e garantir que tenham aberturas na fachada leste.

Pequeno lago para conforto bioclimático.

Aberturas viradas para o leste.

Desenho da autora.

Desenho da autora.

30


Insolação

Em relação à insolação, o período que vai do meio

dia ao pôr do sol é o momento de maior desconforto térmico Percurso solar

em relação ao calor, o que determina as fachadas oeste e noroeste como as mais prejudicadas nesse aspecto, portanto as salas de aula e todas as áres da creche (berçário, salas de atividades, lactário, fraldário e solário) devem ser viradas para as direções leste, sul e sudeste.

O terreno quase não possui barreiras ao sol e pos-

sui poucas barreiras aos ventos pois as construções à sua volta são, em sua maioria, de um pavimento. Portanto é necessário que se ponha barreiras ao sol na fachada noroeste.

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Vegetação

Há pouquíssima arborização na malha urbana do

entorno, mas há um pouco no próprio terreno e nos terrenos vizinhos.

O terreno possui algumas árvores de grande e médio

porte espalhadas pela extensão de sua áera, a vegetação original foi mantida, pois esta auxiliará no conforto bioclimático da construção e da área externa, além disso mais árvores foram previstas no projeto.

Foto do terreno

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O PROJETO



DESENVOLVIMENTO DO PROJETO - PROPOSTAS ALTERNATIVAS 1ª proposta

2ª proposta

ti jolo madeira


3ÂŞ proposta

36


Desenhos de desenvolvimento da 1ÂŞ proposta

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Desenhos de desenvolvimento da 1ÂŞ proposta

38


O PROJETO


VISTA AÉREA


MEMORIAL

41

O projeto foi feito para acolher 162 usuários diários, durante todo o dia e tem 1687 m2 construídos, 51% da área total do terreno. O projeto consiste em duas edificações, uma menor onde ocorrem as funções adiministrativas e serviços gerais e a edificação maior que é o prédio das crianças, neste ficam as salas de atividades da pré-escola e os ambientes da creche. Entre os edifícios há um teatro de arena coberto por uma lona de circo, constituindo assim um elemento lúdico, o teatro de arena servirá para apresentações, reuniões e assembléias. Para a segurança das crianças, é importante evitar o uso de quinas e isso foi incorporado ao projeto de uma forma particular, todos os cantos e quinas dos prédios são arredondados, o que resultou também na leveza dos espaços. As salas de atividades da pré-escola não são alinhadas entre si, elas se deslocam um pouco pra frente ou pra trás em relação a próxima, assim foi possível fazer uma brincadeira entre espaços positivos e negativos, o que confere ao pátio interno um certo ritmo, espaços assim são de grande ajuda para o desenvolvimento dos sentidos das crianças. As salas também não são separadas, elas são interligadas e constituem todas um só espaço, se preciso for elas podem ser separadas por divisórias móveis, mas é importante que a criança possa circular livremente e com segurança por todo o espaço da escola, sendo assim evitou-se o uso de elementos que pudessem apresentar qualquer barreira. As paredes da escola são de bloco de terra compactada (BTC ou tijolo ecológico), este tijolo é resultado da mistura de barro e cimento, podendo ser estrutural, como é no caso da Casa de Brincar, neste caso a armação passa por dentro dos tijolos. O tijolo não aparece nas fachadas pois estas são revestidas de ripas de bambu, usadas como elementos decorativos, essas ripas ora estão coladas nas paredes e ora estão soltas, assim fez-se um jogo com espaço cheios e vazios, luz e sombra. Os tetos são feitos de painéis abobadados de ferrocimento, chamados cascaje, eles são baratos, economizam material básicos, e podem ser feitos pelas pessoas da própria comunidade. Por cima destes painéis vem a laje de concreto armado. O pavimento superior é um terraço-jardim, que toda a comunidade escolar poderá usufruir, ele constitui um grande espaço para brincadeiras e ócio. Elementos de sustetabilidade estão espalhados por toda a escola, pois além das suas funções básicas eles também tem uma função pedagógica, com a presença deles se aprende a importância do cuidado com o meio ambeinte. Há também brinquedos e elementos lúdicos por todo o espaço escolar, para que a criança possa perceber que toda a escola é dela, cada espaço foi pensado para atender suas necessidades e desejos.

Realizou-se também uma intervenção na rua que passa na frente da escola, fez-se dela uma rua compartilhada, onde poderão circular sem qualquer impedimento pedestres, bicicletas e carros. A área de asfalto agora está da mesma altura da calçada, para priorizar o pedestre, a divisão entre onde o carro pode ou não passar será feita por balizadores. Foram projetados para a rua alguns jardins de chuva, eles ajudam a evitar os alagamentos. Perto da entrada da escola agora há uma mini praça com bancos e brinquedos para as crianças, a intenção é que se estimule o uso e ocupação da rua pelos moradores do entorno. Para fazer uma conexão maior entre a rua e a escola, pensou-se numa paginação de piso que vem da rua e entra na escola (ver planta na pág. 52).



AMBIENTES E PROGRAMA:

1. Terraço; 2. Depósito; 3. Cozinha; 4. Refeitório; 5. Sanitários; 6. Pátio; 7. Sala de professores; 8. Diretoria; 9. Coordenação; 10. Recepção; 11. Enfermagem; 12. Sala do psicólogo; 13. Teatro de arena com tenda de circo; 14. Salas de atividades interligadas (podem ser dividas por divisórias móveis); 15. Sala para yoga, meditação, dança, musicalização, etc.; 16. Pátio interno; 17. Salas de atividades interligadas; 18. Fraldário; 19. Lactário; 20 e 21. Sala de atividades para bebês; 22 e 23. Berçários

1

ZONEAMENTO

20

21

15 14

4

3

13

5

8

6 7 12

11

9 10

23

16 18

2

22

19

17

LEGENDA Administração Serviços gerais Pré-escola Creche


VISTAS E PERSPECTIVAS

44


VISTA DA ENTRADA DA ESCOLA

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VISTA DO PÁTIO INTERNO

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VISTA DO PÁTIO EXTERNO

VISTA DA ÁREA EXTERNA


VISTA DO TERRAÇO

VISTA DO TERRAÇO


DESENHOS TÉCNICOS

Conteúdo Plantas 01. Implantação esc: 1:500 02. Locação 03. Planta baixa do térreo 04. Paginação de piso 05. Planta de cobertura esc: 1:250 Cortes 01. Corte AA 02. Corte BB 03. Corte CC esc: 1:250 Fachadas 01. Fachada sudoeste 02. Fachada noroeste 03. Fachada nordeste 04. Fachada leste esc: 1:250 Detalhamento 01. Detalhamento Cascaje 02. Detalhamento Teto verde 03. Corte com estratégias de sustentabilidade 03. Detalhamento BTC

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N PLANTA DE IMPLANTAÇÃO esc: 1:500


N PLANTA DE LOCAÇÃO esc: 1:250 0

5

10

20


N PLANTA DE LOCAÇÃO HUMANIZADA esc 1:250 0

5

10

20


N PLANTA BAIXA DO TÉRREO esc 1:250 0

5

10

20


N

0

5

PLANTA BAIXA DO TÉRREO HUMANIZADA esc 1:250 10

20


O piso

O piso foi desenhado na tentiva de se humanizar mais a rua que passa em frente a Casa de Brincar, dando à ela um ar mais divertido, colorido e até infantil para representar que se trata de uma área próxima à escola e que por isso carros devem ter mais cuidado, ainda com a seguraça das crianças em vista elevou-se o nível da via para o mesmo nível da calçada, assim os carros são obrigados a diminuir a velocidade pois a preferência é do pedestre. O desenho do piso da rua continua dentro da escola, assim faz-se uma conexão visual entre a rua (comunidade) e a Casa de Brincar. O piso é de blocos hexagonais intertravados coloridos.

55


N

PLANTA BAIXA DO TÉRREO COM PAGINAÇÃO DE PISO esc 1:250 0

5

10

20


N PLANTA DE COBERTURA esc 1:250 0

5

10

20


N

PLANTA DE COBERTURA HUMANIZADA esc 1:250 0

5

10

20


CORTE AA esc 1:250 0

5

59

10

20


CORTE AA HUMANIZADO esc 1:250 0

5

10

20

60


CORTE BB esc 1:250 0

5

61

10

20


CORTE BB HUMANIZADO esc 1:250 0

5

10

20

62


CORTE CC esc 1:250 0

5

63

10

20


CORTE CC HUMANIZADO esc 1:250 0

5

10

20

64


FACHADA SUDOESTE esc 1:250 0

5

10

20

10

20

FACHADA NOROESTE esc 1:250 0

5

65


FACHADA NORDESTE esc 1:250 0

5

10

20

10

20

FACHADA LESTE esc 1:250 0

5

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DETALHAMENTOS

TETO VERDE SKYGARDEN

Vegetação

CASACAJES

Substrato SKYGARDEN Proteção mecânica e= 5 mm Manta geodrenante Mcdrain e/ou bidim

Cascajes são tetos feitos de painéis

abobadados de ferrocimento. Ferrocimento é cimento estruturado com tela de galinheiro no lugar da armação de vergalhão. 1200 cm 35 cm

Este sistema tem a vantagem de

economizar material básico pois os painéis são muito finos, com 1 cm de espessura, podendo engrossar até 3 cm nas extremi-

60 cm Com esse dimensionamento se pode vencer vãos de até 12m

Passo-a-passo da construção

Camada de drenagem Camada impermeabilizante Laje da cobertura

dades.

CORTE CC com estratégias de sustentabilidade

folha de zinco Compensado de madeira

1. Estes painéis curvos podem ser fabricados na própria obra, pela mão de obra local. Basta fazer a forma com o dimensionamento desejado. As formas são feitas com compensados de madeira e uma folha de zinco ou alumínio forrando a superfície curva. Sob a forma coloca-se uma camada da mistura de cimento e areia, depois a tela de

vergalhões

SEM ESCALA

galinheiro e a segunda camada da mistura. Espara-se secar. 2. Depois que painéis estão secos e prontos

BLOCO DE TERRA COMPACTADA

BTC é um tijolo feito com uma mistura de terra e cimento. Eles são mais eficientes no

é necessário uni-los bem e em seguida colocar os vergalhões entre um painel e outro.

espaço para passagem das instalações e do concreto armado

3. Por cima dos painéis aplica-se o concreto (laje).

conforto térmico pois absorvem e liberam calor mais lentamente que os tijolos normais. No caso da Casa de Brincar usou-se o tamanho de 30cm x 15cm para que as

7,5 cm 30 cm

15 cm

paredes foi um pouco mais grossas do que o normal O BTC também pode ser produzido na obra, basta ter a forma. Para que a parede seja estrutural é só passar a armação pelos

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furos dos tijolos e preenche-los com concreto.


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