CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO

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JULIANA FURTADO ZORZETTO

CASA ACOLHEDORA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMADOS E PONTO DE ENCONTRO PARA A SOCIEDADE DE SERTÃOZINHO, SP.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da professora Dra. Ruth Cristina Montanheiro Paolino.

RIBEIRÃO PRETO 2012


JULIANA FURTADO ZORZETTO

CASA ACOLHEDORA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMADOS E PONTO DE ENCONTRO PARA A SOCIEDADE DE SERTÃOZINHO, SP.

Examinador: _____________________________________________________________ Nome: Dra. Ruth Cristina Montanheiro Paolino Instituição: Centro Universitário Moura Lacerda

Examinador: _____________________________________________________________ Nome: Instituição: Centro Universitário Moura Lacerda

Examinador: _____________________________________________________________ Nome: Instituição: Ribeirão Preto, 22 de novembro de 2012.


Dedico este trabalho aos meus pais por todo o apoio e que estiveram comigo todo o momento dessa longa etapa valiosa da minha vida.


Agradeço primeiramente a Deus, que me ofereceu a vida. Sou grata aos meus pais por todo o apoio tanto emocionalmente quanto financeiro, dando a mim a oportunidade dessa faculdade. A minha irmã Mariana que sempre me acompanhou de perto. Ao meu namorado Daniel pelo apoio nos momentos de tensões. Agradeço aos meus amigos de faculdade por muitos trabalhos e diversões juntos. A minha orientadora Ruth e todos os professores no decorrer do curso não menos importante, pelos conselhos, conhecimentos, ensinamentos e paciência, por contribuírem para a concretização deste trabalho.


Depende de nós Quem já foi ou ainda é criança Que acredita ou tem esperança Quem faz tudo pra um mundo melhor Depende de nós Se esse mundo ainda tem jeito Apesar do que o homem tem feito Se a vida sobreviverá (Ivans Lins)


RESUMO: O tema deste trabalho trata-se da proposta para um projeto arquitetônico de um equipamento municipal, denominado por Casas Acolhedoras para crianças e adolescentes vitimados e Ponto de Encontro para a sociedade de Sertãozinho, criando a integração dos moradores das casas com a sociedade. O projeto busca a flexibilidade dos ambientes e integração do interior com o exterior através de elementos vazados, transparência e brises, oferecendo condições dignas de desenvolvimento às crianças e aos adolescentes vitimados através de espaços de encontro qualitativo de atendimento, lazer, convívio social e moradia digna, a fim de promover o crescimento saudável com qualidade de vida e preparar os jovens para o futuro. Buscou-se ocupar os vazios urbanos do Bairro escolhido e analisar as influencias do Espaço Físico no Psicológico das crianças e adolescentes vitimados. Aplicando o conceito da fenomenologia.

Palavras-chave: Casa Acolhedora; Equipamento Publico; Integração; Flexibilidade; Fenomenologia.


ABSTRACT: The theme of this work is to the proposal for an architectural design of a city equipment, called by Cosy Homes for children and adolescents victimized and Meeting Point for Sert達ozinho society, creating the integration of residents of homes with society. The project seeks the flexibility of environments and integration of inner with the outer elements through vasados, transparency and louvers, offering decent development of children and adolescents victimized by meeting spaces qualitative care, leisure, social life and decent housing in order to promote healthy growth and prepare young people for the future was sought to occupy the empty urban neighborhood chosen and analyze the influences of Physical Space in Psychological victimized children and adolescents. Applying the concept of phenomenology.

keywords: Cozy House; Equipment Public; Integration; Flexibility; Phenomenology.


SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................14

1 A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VITIMADOS..................................18 1.1 O CAMINHO ATÉ O ABRIGO...............................................22 1.2 O ABRIGO...........................................................................23

2 A IMPORTÂNCIA DOS ABRIGOS E DO ESPAÇO...............................24 2.1 O ESPAÇO FÍSICO PSICOLÓGICO.........................................27 2.2 A FENOMENOLOGIA..........................................................30

3 LEITURAS PROJETUAIS / ESPAÇOS INTEGRADORES........................33 3.1 RESIDÊNCIA BELVEDERE.....................................................35 3.2 ESCOLA CENTRO DE LUCIE AUBRAC...................................38 3.3 RESIDÊNCIA MW.................................................................41 3.4 RESIDÊNCIA QUINTA DA BARONESA..................................43

3.5 MERCADO MUNICIPAL DE SANTA CATERINA.....................45

4.LEITURA URBANA / EQUIPAMENTOS............................................47 4.1 A CIDADE.............................................................................48 4.2 O BAIRRO JARDIM ALVORADA...........................................52


4.2.1 USO DO SOLO E EQUIPAMENTOS........................56

4.2.2 HIERARQUIA VIÁRIA E OCUPAÇÃO DO SOLO......58 4.3 LEITURAS DOS LOTES E ENTORNO PARA O PROJETO PILOTO........60 4.4. OS ABRIGOS EXISTENTES...............................................................65

5 PROJETO ARQUITETÔNICO DO PLANO PILOTO..............................70

5.1 CONCEITOS E PARTIDO.......................................................71 5.2 ORGANOGRAMA................................................................73 5.3 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA...................................75 5.4 PROPOSTA FINAL................................................................82

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................127

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................128

ANEXOS........................................................................................130


LISTA DE FIGURAS FIGURA 01: CAMINHO AO ABRIGO......................................22 FIGURA 02: PORTAS PIVOTANTES........................................34 FIGURA 03: AREA EXTERNA..................................................34 FIGURA 04: JOGO DE PLANOS..............................................34 FIGURA 05: JOGO DE LUZES.................................................34 FIGURA 06: MOSAICOS COLORIDOS....................................34 FIGURA 07: AMBIENTE AMPLIADO......................................36 FIGURA 08: PORTAS PIVOTANTES........................................37 FIGURA 09: PAREDE FUNCIONAL.........................................37 FIGURA 10: AREA EXTERNA..................................................39 FIGURA 11: BRINQUEDOTECA..............................................40 FIGURA 12: FECHAMENTO EM MADEIRA E VIDRO..............40 FIGURA 13: PAVIMENTO INFERIOR......................................41 FIGURA14: PAVIMENTO SUPERIOR......................................41 FIGURA 15: JOGO DE PLANOS..............................................42 FIGURA 16: JOGO DE VAZIOS...............................................42 FIGURA 17: ESPAÇO EXTERNO DIURNO...............................43 FIGURA 18: JOGO DE LUZES.................................................43 FIGURA 19: COZINHA INTEGRADA.......................................44 FIGURA 20: INTEGRAÇÃO SALA DE ESTAR...........................44 FIGURA 21: MOSAICOS COLORIDOS....................................45 FIGURA 22: COBERTURA INDEPENDENTE...........................45

FIGURA 23: CARACTERISTICAS GEOGRAFICAS.....................48 FIGURA 24: COORDENADAS GEOGRAFICAS.........................49 FIGURA 25: LOCALIZAÇÃO DE SERTÃOZINHO......................49 FIGURA 26: IMAGEM AEREA DE SERTÃOZINHO...................49 FIGURA 27: INSERÇÃO URBANA...........................................51 FIGURA 28: ZONEAMENTO..................................................53 FIGURA 29: DENSIDADE DE POP/HÁ....................................53 FIGURA 30: MAPA 1 USO DO SOLO......................................56 FIGURA 31: MAPA 2 EQUIPAMENTOS.................................57 FIGURA 32: MAPA 3 HIERARQUIA VIARIA............................58 FIGURA 33: MAPA 4 OCUPAÇÃO DO SOLO..........................59 FIGURA 34: VAZIOS URBANOS.............................................62 FIGURA 35: AREA 1 CASA ACOLHEDORA..............................63 FIGURA 36: AREA 7 PONTO DE ENCONTRO.........................64 FIGURA 37: PLANO DE MASSA FEMININO...........................65 FIGURA 38: PLANO DE MASSA MASCULINO........................66 FIGURA 39: DORMITÓRIOS DE 4 A 7 ANOS..........................67 FIGURA 40: OS BANHEIROS.................................................67 FIGURA 41: O TETO..............................................................68 FIGURA 42: SALA DE ESTUDO..............................................68 FIGURA 43: DORMITÓRIOS..................................................68 FIGURA 44: ÁREA VERDE AMPLA.........................................68


FIGURA 45: A COZINHA REFORMADA..................................69 FIGURA 46: A COZINHA ESPAÇOSA......................................69 FIGURA 47: A LAVANDERIA É EXTENSA................................69 FIGURA 48: ORGANOGRAMA CASA ACOLHEDORA..............73 FIGURA 49: ORGANOGRAMA PONTO DE ENCONTRO.........74 FIGURA 50: PROPOSTA 01 CASA ACOLHEDORA...................76 FIGURA 51: PROPOSTA 02 CASA ACOLHEDORA...................77 FIGURA 52: DORMITÓRIO CONJUGADO..............................78 FIGURA 53: INTEGRAR.........................................................78 FIGURA 54: PROPOSTA 01 PONTO DE ENCONTRO..............80 FIGURA 55: COBERTURA 01 PONTO DE ENCONTRO............80 FIGURA 56: COBERTURA 02 PONTO DE ENCONTRO............81 FIGURA 57: QUIOSQUE O1...................................................81 FIGURA 58: PROPOSTA 03....................................................82 FIGURA 59: ESTUDO INSOLAÇÃO.........................................84 FIGURA 60: CARTAS SOLARES..............................................84 FIGURA 61: PLANTA BAIXA CASA ACOLHEDORA (LAYOUT).91 FIGURA 62: PLANTA BAIXA ( COTAS E ZENITAIS).................92 FIGURA 63: PLANTA DE COBERTURA...................................93 FIGURA 64: CORTE A CASA ACOLHEDORA...........................94 FIGURA 65: DETALHE ZENITAIS............................................94 FIGURA 66: CORTE B CASA ACOLHEDORA...........................95 FIGURA 67: FACHADA CASA ACOLHEDORA.........................95 FIGURA 68: PISCINA.............................................................96 FIGURA 69: ABERTURA ZENITAL..........................................96

FIGURA 70: ESTUDO INSOLAÇÃO VERÃO 10h29m...............97 FIGURA 71: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 1.........................97 FIGURA 72: ESTUDO INSOLAÇÃO VERÃO 15h31m...............98 FIGURA 73: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 2.........................98 FIGURA 74: ESTUDO INSOLAÇÃO INVERNO 10h30m...........99 FIGURA 75: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 3.........................99 FIGURA 76: ESTUDO INSOLAÇÃO INVERNO 15h30m.........100 FIGURA 77: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 4.......................100 FIGURA 78:PERSPECTIVA INTERNA GERAL.........................101 FIGURA 79: FACHADA CASA ACOLHEDORA.......................101 FIGURA 80: PLANTA GERAL CASA ACOLHEDORA...............102 FIGURA 81:PERSPECTIVA SALA ASSISTIR............................102 FIGURA 82: PERSPECTIVA INTEGRAR.................................102 FIGURA 83: PERSPECTIVA ADMINISTRAR E ATENDER........102 FIGURA 84: VISTA POSTERIOR SEM COBERTURA...............103 FIGURA 85: VISTA POSTERIOR COM COBERTURA..............103 FIGURA 86: VISTA FRONTAL...............................................104 FIGURA 87: VISTA DE TRÁS DO VIDRO...............................104 FIGURA 88: VISTA DA AREA RECEBER................................104 FIGURA 89: VISTA DA AREA DO REDARIO..........................105 FIGURA 90: VISTA FECHAMENTO DAS CAIXAS...................105 FIGURA 91: PLANTA BAIXA P.DE E. LAYOUT E PILARES.....111 FIGURA 92: PLANTA BAIXA P.DE E. COTAS.........................112 FIGURA 93: COBERTURA 03 PONTO DE ENCONTRO..........113


FIGURA 94: PLANTA DE COBERTURA P. DE E.....................114 FIGURA 95: CORTE A PONTO DE ENCONTRO.....................115 FIGURA 96: CORTE B PONTO DE ENCONTRO.....................116 FIGURA 97: CORTE C PONTO DE ENCONTRO.....................117 FIGURA 98: DETALHE QUIOSQUE.......................................117 FIGURA 99: QUIOSQUE 02.................................................118 FIGURA 100: DETALHE DA ESTRUTURA QUIOSQUE 02......118 FIGURA 101: PERSPECTIVA FACHADA FRONTAL................119 FIGURA 102: PERSPECTIVA F. FRONTAL VISTA DE CIMA....119 FIGURA 103: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 5.....................119 FIGURA 104: PERSPECTIVA FACHADA POSTERIOR.............120 FIGURA 105: FACHADA POSTERIOR VISTA DE CIMA..........120 FIGURA 106: PERSPECTIVA VISTA LATERAL DIREITA..........121 FIGURA 107: FACHADA FRONTAL L. DIREITA.....................121 FIGURA 108: FACHADA POSTERIOR L. DIREITA..................121 FIGURA 109: LATERAL ESQUERDA DA F. POSTERIOR.........122 FIGURA 110: LATERAL ESQUERDA DA F. FRONTAL............122 FIGURA 111: PERSPECTIVA INTERNA CENTRAL..................123 FIGURA 112: PERSPECTIVA PLAYGROUND.........................123 FIGURA 113: PERSPECTIVA ACADEMIA ABERTA................123 FIGURA 114: PERSPECTIVA QUIOSQUES............................124 FIGURA 115: ESPAÇO MEMÓRIA E EXPOSITIVO.................124 FIGURA 116: MUSICOS NO ESPAÇO EXPOSITIVO...............124 FIGURA 117: PLANTA DE SITUAÇÃO..................................125 FIGURA 118: IMPLANTAÇÃO..............................................126



O trabalho apresentado a seguir discorre sobre o processo

“Souza afirma (1989) que, o espaço é o elemento material

de projeção de um equipamento municipal, denominado

através do qual a criança experimenta o calor, o frio, a luz, a

por Casas Acolhedoras para crianças e adolescentes

cor, o som e, numa certa medida, a segurança”. Como se

vitimados, casas estas que estão sendo projetadas nos

sabe, os elementos arquitetônicos presentes em um espaço

vazios urbanos, causados pela especulação imobiliária. O

edificado, seja pela sua cor ou por uma forma inusitada, são

uso desses espaços pode valorizar o entorno e a si mesmo

capazes de sensibilizar aqueles que usufruem do espaço por

no bairro. A inserção desse equipamento é no bairro Jardim

pouco ou por muito tempo, fazendo com que a arquitetura

Alvorada, na área urbana de Sertãozinho, situada no interior

se torne parte da sua realidade positiva ou negativamente.

de São Paulo, promovendo com isso, a integração dos moradores com a sociedade, pois a casa acolhedora nesse município encontra-se situada na área rural. A pesquisa visa, ainda, analisar as influencias do Espaço Físico no Psicológico das crianças e dos adolescentes.

A fenomenologia é um dos fenômenos que explica essa importância, pois é uma analise da memoria da primeira infância, os sentimentos primordiais, que a criança tem e a arquitetura influencia nessa memoria a partir de espaços expressivos, para toda sua vida, sua identificabilidade

Desse modo, buscou-se nesta pesquisa, responder a

pessoal e vigor emocional, isso acaba sendo uma prova

seguinte questão: Como o Espaço Físico da Casas

convincente da importância e da autenticidade dessas

Acolhedoras pode auxiliar nas melhorias das condições

experiências.

Psicológicas de crianças e adolescentes?

Deste modo, Botton (2007, p.17) esclarece que, “a arquitetura causa perplexidade também para inconsistência de sua capacidade de gerar felicidade que a torna atraente


para nós“, pois, a arquitetura não precisa ser exuberante

As Casas Acolhedoras aqui propostas têm como objetivo

para trazer felicidade e conforto as pessoas, mais deve ser

oferecer condições dignas de desenvolvimento as crianças

atraente, independente de sua dimensão e estilo, uma vez

e os adolescentes vitimados, a fim de promover o

que cada indivíduo tem preferências, gostos e necessidades

crescimento saudável e preparar os jovens para o futuro,

distintas.

pois proporcionou suporte para 10 moradores no máximo,

A escolha por esta temática ocorreu, devido à necessidade

fazendo com que essa instituição tenha característica de

do município de Sertãozinho, pela falta de um equipamento

uma casa familiar, para ter a noção do espaço e se sentirem

adequado para acolher crianças e adolescentes vitimados,

em uma família acolhedora, a responsável pela separação

uma vez que, os dois Abrigos existentes estão com mais

desses pequenos grupos é assistente social, seguindo os

crianças

critérios de familiaridade se houver e faixa etária.

que

o

espaço

físico

comporta,

tendo

aproximadamente de 20 a 25 crianças cada um, uma média

Esta monografia tem como o objetivo geral propor a criação

constante, pois todos os dias pode chegar ou sair algum

de uma moradia acolhedora para crianças e adolescentes

morador, por adoção, retorno dos pais, entre outras formas.

vitimados. Como objetivos específicos buscaram-se

Nos dois espaços existentes há problemas de acessibilidade, espacialidade e conforto. Sendo assim, analisar os abrigos

Propor a ocupação dos vazios urbanos do Bairro

existentes foi importante para conhecer de perto o cotidiano

Jardim Alvorada, localidade na qual pretende-se criar

dessas crianças, bem como o programa em vigência e suas

a casa acolhedora

necessidades.

Propor um espaço de encontro qualitativo de atendimento, lazer e convívio social.


Propor condições dignas de moradia baseando-se na

Informática, aberto ao publico além de exposições de

teoria estudada

trabalhos dos moradores, proporcionando a integração entre

Analisar a influência do Espaço Físico no Psicológico

as crianças das casas acolhedoras e a sociedade.

das crianças e dos adolescente.

Para alcançar os objetivos nesta pesquisa, foi necessário

Do ponto de vista acadêmico, a pesquisa proposta

levantamentos, para o reconhecimento de todos os fatores

torna-se importante para discutir a relação do

que interferem direta e indiretamente na proposição do

Espaço Físico no Psicológico das crianças e

objeto.

adolescentes vitimados, que é o foco principal desta

bibliográfica sobre os conceitos expostos neste projeto de

pesquisa.

pesquisa, para fundamentar os temas abordados. Foram

A integração entre os moradores das casas acolhedoras com a sociedade pode auxiliar esses indivíduos a serem mais capacitados para enfrentar o futuro, com mais segurança e autoestima. Pretendeu-se com o projeto do Ponto de Encontro oferecer espaços, não só para os moradores das casas, mas para toda comunidade do bairro, utilizando-o para festas, oficinas, oficinas de dança, artesanato, pintura e

Primeiramente,

foi

realizada

uma

pesquisa

necessários levantamentos dos locais, onde se propõe a implantação dos objetos, tais como: Levantamento da área de intervenção, equipamentos existentes, seus programas, o público atendido. Estudo de caso com os Abrigos Existentes. Pesquisa de dados socioeconômicos e pesquisa de campo e dados censitários provenientes de Censos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


1. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VITIMADOS


A violência contra o ser humano é um fato real e é cada vez

que acabam buscando na rua um complemento de renda

mais frequente e bárbaro em nosso cotidiano. Muitas vezes,

familiar.

é dentro de casa que se tem o início a violência até mesmo

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente são

em proporção extrema.

consideradas crianças até doze anos e adolescentes até

Indiferentemente da condição social, cultural, econômica, de

dezoito anos. Cabe lembrar aqui que, muitas crianças

credo ou de raça, a violência ocorre em qualquer classe

comentem pequenos furtos com o intuito de estarem

social, variando apenas o número de denúncias, que é maior

auxiliando os pais com as “contas”, sendo que, muitas vezes,

nas classes mais populares, que são pessoas que não

por não conseguirem nenhum dinheiro na rua, as crianças

procuram manter imagens, pois não tem tanta preocupação

acabam sendo maltratadas psicologicamente e fisicamente

em zelar um nome na sociedade.

dentro do ambiente familiar. Convém mencionar também o

As classes populares encontram-se como meio facilitador da

fato de que quando essas crianças não conseguem ganhar

violência doméstica e a baixa renda familiar. Mediante a esta

esse dinheiro de forma “convencional” acabam muitas vezes

realidade socioeconômica, as famílias se encontram com o

se prostituindo.

desemprego, com o alcoolismo, que atuam como agravantes

Diante de tais circunstâncias, as crianças estão expostas a

no estado psicológico do possível agressor, este não possui

diversas formas de violência, em que se faz presente um

qualidade de vida convivendo com a inexistência do

vínculo de afetividade entre vitima/agressor, que acaba

saneamento básico, saúde ou lazer.

resultando

O desemprego juntamente com a realidade do salário

irreparáveis. Na verdade, são estes vinculos um dos

mínimo está gerando o abandono de milhares de crianças,

facilitadores da agressão.

em

constrangimentos

físicos

e

psíquicos


Conforme registra o Estatuto da Criança e do Adolescente,

aos cuidados dos filhos, independem de condições

em seu artigo 4º, “a comunidade e a sociedade tem o dever

socio-econômicas e sim de uma disposição deles em

de assegurar com prioridade absoluta a efetivação dos

relação à criança.

direitos referentes à vida da criança e do adolescente…”. Como se sabe, a nossa sociedade é dirigida por orgãos

As violências diretas ocorridas quando o agressor é visto sob

responsáveis por fazer cumprir as leis destinadas a assegurar

uma forma abragente, isto é não é individualizado e tendo a

nossos direitos fundamentais e inerentes à vida.

responsabilidade “diluida” na sociedade:

As violências sociais em relação aos menores de idade

Os altos indices de mortalidade infantil com causas

ocorrem no âmbito da saúde, da educação e do trabalho,

em

geralmente ocorrem pela:

tuberculose, etc;

A falta de assistência ao recém- nascido na sala de

doençcas

como

Contaminação Ambiental;

Inanição; entre outras.

a

disenteria,

malaria,

parto podendo ser responsável por sequelas que  

comprometerão sua qualidade de vida.

De um modo geral, pode-se dizer que violências como essas

A exploração da criança no trabalho pelo mercado

acabam por gerar alterações corporais, mentais e sociais,

formal e informal.

podendo ser ou não reversiveis, muitas vezes não sendo

A falta de cuidados dos pais deve ser destacada,

intencional, mas sim previsiveis.

sendo que várias atitudes inadequadas em relação


As violências diretas ocorrem quando o agente agressor é

Abuso Sexual;

visto de forma individual. Esse tipo de violência é causada de

Gravidez precoce;

forma intencional, gerando sequelas, alterações psíquicas e

Raptos; entre outras.

em casos mais extremos até a morte, tais como: Por isso, que existe o Estatuto da criança e do adolescente, 

Agressões corporais;

que são leis destinadas a assegurar os direitos e a proteção

Abandono temporário intencional ou permanente;

para todas as crianças e adolescentes de nosso país,

Problemas familiares;

conforme pode ser observado no Anexo 01. O crescente

Privação de Afeto, Alimento, Medicamentos ou

aumento de casos de todos os tipos de violências indicam

ameaça verbal;

que esses direitos não são assegurados e deveres não são

Agressão verbal;

cumpridos, isso traz a tona uma triste realidade da vida

Intoxicação ou envenenamentos;

crianças e adolescentes que são vitimadas na sociedade.


1.1 O CAMINHO ATÉ O ABRIGO Quando ocorre a denúncia das formas de violências citadas

triagem e a criança é encaminhados para os Abrigos

anteriormente, cabe ao Conselho Tutelar, que é um órgão

existentes, tentando sempre a reconciliação com a família.

permanente e autônomo não jurisdicional, zelar pelo

Em alguns casos, não sendo possível a aproximação entre a

cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

criança e a família, a criança acaba se tornando residente

A denúncia a este órgão pode ser realizada por meio de um

fixo do abrigo.

numero de telefone disponível para denuncias anônimas: o disque denuncias, as vitimas são recolhidas por assistente social que as levam para o Conselho Tutelar, onde é feita a

DISQUE Figura 01: Caminho ao abrigo Fonte: Elaborado pela autora

CONSELHO TUTELAR

ABRIGO


1.2 O ABRIGO As entidades que desenvolvem programas de abrigos;

completando uma determinada idade, eles

segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, tem

passam voltar para suas famílias ou serem

deveres, caso contrário seu registro é negado.

encaminhados para outros lugares;

Os seus 

deveres são os seguintes:

Proporcionar a participação de pessoas da comunidade no processo educativo desenvolvido

Oferecer condições adequadas de habitalidade, 

higiene, salubridade e segurança;  

no abrigo; Providenciar para que ocorra a integração em

Adotar princípios de Preservação dos Vínculos

suas famílias ou em famílias substitutas, quando

Familiares;

esgotados os recursos de manutenção na família

Desenvolver atividades em regime de co-

de origem.

educação, atentando para formação de pequenos grupos, onde possam oferecer atendimento

Os abrigos para crianças e adolescentes vitimados exigem o

personalizado;

não envolvimento com drogas e a ausência de delitos leves

Evitar o desmembramento de grupos de irmãos;

ou graves, conforme pode-se notado no Anexo 01 e 02,

Evitar sempre que possível a transferência para

art.90 do ECA.

outras entidades de crianças abrigadas; 

Cuidar

para

comunidade

que local

participem e

sejam

na

vida

da

preparados

gradativamente para o desligamento, ou seja,


2. A IMPORTÂNCIA DO ABRIGO E DO ESPAÇO


O Abrigo é a única opção de moradia para essas crianças

Um dos principais motivos para projetar uma Casa

vitimadas e abandonadas, um lugar que elas possam ou não

Acolhedora ideal para essas crianças e adolescentes são os

ter rápida convivência, ou longa convivência até seus 18

seguintes

anos que é o tempo máximo de permanência na instituição.

Verificou

que

instituições

São crianças com problemas psicológicos muitas vezes por

causam grandes danos na etiologia de

conta de seu passado e até mesmo deficiência física. Tendo a

transtornos

necessidade de um espaço apropriado que atenda suas

institucionalizadas, estavam presentes vários

necessidades tanto psicológica quanto física. Segundo Arpini

fatores de riscos para doenças graves, como

(2003).

a depressão analítica, como o isolamento

psíquicos

inadequadas

entre

crianças

Na verdade, a instituição [abrigo] muitas

social e a perda dos laços familiares. (SPITZ,

vezes

1965/1998, não paginado, grifos do autor).

se

apresenta

como

a

melhor

alternativa para um grande número de crianças e adolescentes, o que determina a

“O espaço é o elemento material através do qual a criança

necessidade de um comprometimento ainda

experimenta o calor, o frio, a luz, a cor, o som e, numa certa

maior de suas ações, pois esse é o único

medida, a segurança.” (SOUZA, 1989, não paginado, grifos

caminho para a superação dos trágicos

do autor).

estereótipos de sua história (p.179, grifos do autor).


Deste modo, o Espaço Físico entra como um dos principais

(como temperatura e umidade) adequadas ao corpo

elementos desse assunto, pois, ele necessita ter o poder de

humano. No meio profissional de Arquitetura de Interiores,

envolvimento e de atração mais forte que as atrações de

predomina um conceito de conforto mais abrangente.

riscos como as drogas e outros; criar ambientes que

Usualmente, reúne requinte, bom gosto e alguma emoção.

confortam, que protejam as crianças e adolescentes

Mas, também existem os ambientes rústicos que parecem

vitimados, que ensinam, emocionam e que não o

muito confortáveis. Ou seja, conforto não é simplesmente

prejudiquem em seu psicológico e sim colaborem para a

algo que o dinheiro pode comprar. A origem de “Conforto”

superação das suas histórias de vida, espaços sensoriais que

se explica pelo verbo “confortar” este vem do latim

induza o olfato, as sensações táteis e térmicas, os sons, a luz

Confortare e tem a mesma origem que “força”, levar força

e as cores nos ambientes.

significativa para consolar. (SCHMID, 2006, não paginado).

A nítida tendência de se buscar “conforto” mediante o simples cuidado com as condições físicas e mensuráveis


2.1 O ESPAÇO FISICO - PSICOLOGICO

A questão do espaço sempre esteve presente em nossas

Ou seja, o que é confortável para um, não é para o outro,

vidas, seja na forma como ele é organizado, distribuído e

cada cliente tem que revelar seu conceito de conforto, a

direcionado, pelos que detém o poder, e se ele é apropriado

partir de sua cultura, seus gostos, suas necessidades e seus

ou não para aqueles a quem se destina.

costumes.

Tizard & Rees (1974) aponta que a qualidade do ambiente e

“NÓS CONFIGURAMOS NOSSOS EDIFICIOS E ELES NOS

do cuidado institucional, é importante para impulsionar o

CONFIGURAM” (CHURCHILL. apud. HALL, 2005, p. 132,

desenvolvimento de crianças institucionalizadas. Para

grifos meus).

Schmid (2006),

Ao abordar o papel social da arquitetura, não apenas como a

O ambiente construído é, enfim, fonte de força

investigação de sua condição de arte ou de serviço social,

interior,

de

mas trazendo para o centro do debate, os aspectos ético e

importancia demais para ser ignorado. É

político, distintas questões que versam sobre a autonomia

consolo,

conforto.

Logo,

é

também complexo demais para ser deixado de lado, e ao mesmo tempo tão presente na vida das pessoas que não o deveriam terceirizar por completo. O cliente precisa conhecê-lo para revelar

ao

profissional

de

arquitetura

e

urbanismo suas vontades mais intimas. (não paginado, grifos meus).

da arquitetura, a noção de bem comum, as novas relações homem- natureza e a ressurreição da noção de bem-estar social. A reflexão fenomenológica sobre a arquitetura, exaltando os seus elementos básicos e recuperando o interesse pelas qualidades sensoriais dos materiais, luz e cor. Menciondas por Nesbitt (2008), como fundamental da


estética: “o efeito que uma obra de arquitetura produz no

NESBITT, 2008, p.22-25). Essa concepção da casa como uma

observador” (p.16).

condensação de uma experiência mais geral do mundo influi

Tschumi assinala que “a arquitetura do prazer depende de

na importância que Pallasmaa atribui ao lugar da morada.

uma proeza especial, que é a de manter a arquitetura

“Na verdade uma casa é um instrumento metafísico, uma

obcecada consigo mesma de maneira tão ambígua que

ferramenta mítica com a qual procuramos dar a nossa

jamais se rende à boa consciência ou a parodia, a debilidade

existência

ou a neurose delirante” (TSCHUMI. apud. NESBITT, 2008, p.

(PALLASMAA. apud. NESBITT, 2008, p.22-25).

581).

Com base na ideologia da Escola Bauhaus, a arquitetura é

Para o arquiteto Juhani Pallasmaa, o significado depende da

ensinada e analisada como um jogo de formas, que combina

capacidade dos projetos de simbolizar a existência ou

diversos elementos visuais de forma e espaço. Acredita-se

presença humana e, como os arquitetos modernos parecem

que esses elementos adquirem uma qualidade peculiar, que

ter

estimula nossos sentidos da visão, a partir da dinâmica da

ignorado, da

experiência

espacial

do

trabalho.

passageira

um

reflexo

da

eternidade”

(PALLASMAA, 1986. apud. NESBITT, 2008).

percepção visual, conforme registra a Psicologia da

A experiência espacial da arquitetura, ao contrário, é

Percepção.

sintética, opera em vários níveis simultaneamente: mental-

A dimensão artística de uma obra de arte não está na coisa

físico, cultural- biológico, coletivo- individual etc. No capítulo

física propriamente dita; ela só existe na consciência da

“fenômeno do lugar”, do livro “A Nova Agenda para

pessoa que passa pela experiência pessoal da obra. Assim, a

Arquitetura”, de autoria de Nesbitt, Norberg Schulz afirma

análise de uma obra de arte é um ato genuíno de

que “ morar numa casa é habitar o mundo” (SCHULZ. apud.

introspecção da consciência a ela submetida. Seus


significados não estão contidos nas formas, mas nas imagens

subconsciente e ligam os vários sentidos, a arte fica

transmitidas pelas formas e na força emocional que elas

inevitavelmente reduzida à mera decoração sem significado.

carregam.

A experiência da arte é uma interação entre as memórias

A forma somente age sobre os sentimentos humanos por

corporificadas e o mundo. Ela também é vital ao se querer

meio do que ela representa. A riqueza de uma obra de arte

descobrir por experiência própria, o significado da

está na vitalidade das imagens, que ela desperta e

arquitetura e perceber que o efeito da construção deve ter

paradoxalmente, as imagens que permitem maior número

uma contrapartida no mundo da experiência do observador.

de interpretações são despertadas pelas formas mais

Os arquitetos não projetam edifícios, primordialmente como

simples, mais arquetípicas.

objetos físicos, mas sim com os sentimentos das pessoas que

A linguagem da arte é a linguagem dos símbolos, que podem

os habitam. Por isso, o efeito da arquitetura nasce de

ser identificadas com a existência do homem. Se lhe falta um

sentimentos básicos associados ao construir (NESBITT, 2008).

contato com as memórias sensoriais, que vivem no


2.2 A FENOMENOLOGIA A fenomenologia é de natureza introspectiva e contrasta

da capacidade de memorização imprecisa da

com

A

criança, algo muito interessante, mas de tão

fenomenologia busca descrever os fenômenos recorrendo

pouco valor quanto nossos sonhos. Mas essas

o

desejo

de

objetividade

do

positivismo.

diretamente a consciência como tal, sem teorias e categorias

duas ideias preconcebidas são erradas (p.22-25, grifos meus).

tiradas das ciências naturais ou da psicologia. A fenomenologia da arquitetura é “olhar, contemplar” a arquitetura a partir da consciência que a vivência, com o sentimento arquitetônico em oposição à análise das propriedades e proporções físicas da construção ou de um quadro de referência estilístico, busca a linguagem interna

Sem dúvida, o fato de que certas lembranças remotas conservam para toda a vida sua identificabilidade pessoal e vigor emocional, isso acaba sendo uma prova convincente da importância e da autenticidade dessas experiências. Assim, como os sonhos e devaneios diurnos revelam os

da construção. Uma obra de arte é uma realidade somente quando se tem uma experiência dela e ter experiência de uma obra de arte significa recriar sua dimensão de sentimento. De acordo com

conteúdos mais verdadeiros e espontâneos de nossa mente. A arquitetura não pode ser um mero jogo de formas. Essa ideia não decorre do fato óbvio de que a arquitetura está atrelada a sua finalidade prática e a muitas outras condições

Nesbitt (2008), Uma das mais importantes “matérias-primas” da analise fenomenologia da arquitetura é a

externas. Mas, se uma construção não preenche as condições básicas formuladas para ela, a fenomenologia

Estamos

como símbolo da existência humana, não é capaz de influir

habituados a pensar que as lembranças de

nos sentimentos e emoções ligados à nossa alma com as

infância são produtos da consciência ingênua e

imagens que um edifício cria. O efeito da arquitetura provém

memória

da

primeira

infância.


de uma série do que se pode chamar de sentimentos

uma escultura de grandes dimensões ou uma cenografia. A

primordiais.

arquitetura é uma expressão direta da existência, da

Esses

sentimentos

formam

o

genuíno

“vocabulário básico” da arquitetura, e é trabalhando com

presença humana no mundo (NESBITT, 2008).

eles, que a obra se torna arquitetura e não, por exemplo, Os tipos de experiência mencionados a seguir, pode

perfeitamente fazer parte dos sentimentos primordiais gerados pela arquitetura:

Ter um teto em cima da cabeça, estar abrigado e à sombra;

Entrar na casa, atravessar a porta, cruzar a fronteira entra exterior e

A casa como um signo de cultura na paisagem, a casa como uma projeção

Chegar em casa, ou entrar na casa

do homem e um ponto de referência

para

na paisagem;

expectativas e satisfação, sensação de

Acercar-se de um edifício, reconhecer

alienação e de familiaridade;

uma habitação humana ou uma

interior;

uma

finalidade

especifica;

Estar em um aposento da casa,

determinada instituição na forma de

sensação de segurança, sensação de

uma casa;

intimidade ou isolamento;

Entrar na esfera de influência de um prédio, pisar em seu território, estar perto do edifício;

Estar na esfera de influência dos pontos

de

convergência

da


construção, como a mesa, a cama ou a

Sendo assim nos projetos propostos é aplicado nos espaços

lareira;

de uma forma expressiva, para crianças e adolescentes,

Deparar com a luz ou a escuridão que

através de espaços verdes, usando também a inserção das

domina o espaço, o espaço luz;

cores nos ambientes que ajuda a estimular a criatividade

Olhar pela janela, a ligação com a

dos moradores, o uso dos pátios, elementos moduláveis e

paisagem (NESBITT, 2008, p.22-25).

a transparência, fazendo a transições do interno com o externo, essas praticas, como a teoria contribui no

Uma casa pode parecer construída para ter uma finalidade

psicológico no sentido de estimular os sentidos, a

prática, mas, na realidade, e um instrumento metafísico,

memoria, pois são espaços sensoriais, afetando a

uma ferramenta mítica com a qual busca dar a nossa

fenomenologia

existência passageira um reflexo da eternidade. A qualidade da arquitetura não reside na sensação e realidade que expressa, mas, ao contrário, em sua capacidade de despertar nossa imaginação. Uma experiência marcante da arquitetura sensibiliza toda nossa receptividade física e mental (NESBITT, 2008, p.2225, grifos do autor).


3. LEITURAS PROJETUAIS ESPAÇOS INTEGRADORES


EIXOS DE REFERÊNCIAS

Para a leitura das obras foi escolhido os seguintes eixos de referências:

A Integração dos espaços internos e externos;

A flexibilidade dos ambientes com painéis moveis;

A materialidade quanto o uso de materiais orgânicos como a madeira, materiais fibrosos;

Os tipos de armazenamento embutidos;

Parede Viva;

E as seguintes obras: 

Residência Belvedere...............

Residência Quinta da Baronesa.....

Figura 02: Portas Pivotantes. Fonte: (1)

Figura 05: Jogo de luzes. Fonte: (4)

 

Escola Centro de Lucie Aubrac....

Figura 03: Área externa. Fonte: (2)

Mercado Municipal Santa Caterina..

Residência MW.......................

Figura 04: Jogo de Planos Fonte: (3)

Figura 06: Mosaicos Coloridos. Fonte: (5)


3.1

Residência

Belvedere

/

Anastasia Arquitetos Arquitetos: Anastasia Arquitetos Ano: 2011 Área construída: 370 m² Área do terreno: 450 m² Tipo de projeto: Residencial Status: Construído Materialidade: Concreto e Vidro Estrutura: Concreto Localização: Belo Horizonte, Brasil Implantação no terreno: Isolado Equipe: Arquitetos Cortesia Anastasia Fic Fotógrafo: Cortesia Anastasia Arquitetos

internos, confundindo seus limites, e, assim, aumenta a sensação de amplitude. Devido ao tamanho pequeno do terreno, foram praticamente eliminados espaços residuais e de transição (o hall de entrada, por exemplo, não existe, em favor de uma permeabilidade visual com o jardim de entrada, conseguindo através de grandes portas pivotantes na fachada frontal). A planta é retangular, compacta, estendendo-se até os limites laterais do terreno. A iluminação dos espaços, além das grandes portas nas fachadas frontal e de fundos, é feita através de fechamento em vidro opaco (u-glass, que gera um bom isolamento térmico, devido à camada de ar entre eles) entre as lajes de cobertura, defasadas. Uma cobertura em vidro sobre pergolado de concreto completa a iluminação,através do jardim interno. Assim, a casa é plena de luz natural indireta, zenital, o que, além de evitar a

Analisando o projeto, seu partido arquitetônico que busca privilegiar ao máximo a integração entre espaços externos e

iluminação artificial durante o dia, evita o calor excessivo da luz solar direta.


O vento dominante vem da rua, portanto as portas de entrada funcionam como reguladores da velocidade do vento. Totalmente abertas no verão, favorecendo a ventilação cruzada, e fechada no inverno, ou mesmo semiabertas quando se desejar pouca ventilação A residência foi implantada no nível da rua, 1 metro acima do terreno natural, para evitar desníveis e melhorar a acessibilidade das áreas sociais. Torna- se, também, mais protegida da umidade do solo. É importante lembrar que um dos motivos da implantação compacta no terreno, foi aumentar a permeabilidade do terreno, algo necessário nas

Figura 07: Ambiente ampliado através da parede modulável, e a ligação do exterior com o interior. Fonte: (1).

nossas cidades. Coletores solares (que atendem a casa e à piscina) ocupam a

Parede Modulável.

maior parte da laje de cobertura, o que inviabilizou o uso dessa área, inicialmente cogitado.

Fonte (1): http://www.archdaily.com.br/.../residencia-belvedere-anastasia-arquitetos/. Acesso em : 02 de abril de 2012.


Devido aos grandes vãos desejados, apoiados em poucos pontos de fundação, e ao grande balanço da varanda, as paredes superiores são vigas em concreto, feitas com formas ripadas de madeira, deixadas aparentes . A sua estética é derivada da sua opção estrutural, não sendo, portanto, decorativa. Esta ginástica estrutural foi importante, uma vez que pilares de apoio na varanda seriam contrários à intenção de integração entre interior/exterior desejada. O resultado foi uma residência leve (apesar de sua estética em concreto aparente), iluminada e ventilada, com espaços

Figura 08: Portas Pivotantes para a ampliação do ambiente, e para regular a velocidade do vento. Fonte: (1).

agradáveis e proporcionais, que realizam o desejo inicial de maior aproveitamento de área externa possível, sendo uma ótima referencia para o projeto.

Portas Pivotantes. Parede Funcional. Iluminação Natural.

Figura 09: Parede funcional com armazenamento e iluminação natural. Fonte: (1).

Fonte (1): http://www.archdaily.com.br/.../residencia-belvedere-anastasia-arquitetos/. Acesso em : 02 de abril de 2012.


3.2 Escola Centro de Lucie Aubrac / Dietmar Feichtinger Architectes

foi concluído pelo ginásio. Para o leste é o «Centre de Loisirs", um dia em casa na França significa escola de dia inteiro. O dia em casa também está aberta aos moradores do

Arquitetos: Dietmar Feichtinger Architectes Endereço: Allée de Bourgogne, Nanterre , França Design Equipe: Mathias Neveling, Anna Zottl, Um Vranken, Markus Himmel, Jeanne Stern, Maria João Pita , DI Katja Pargger, chef de projet; Barbara Fellmann, DI Dorit Boehme , Petra Meisenbichler Área: 7.116m² Conclusão:2012

bairro Província de França, e atua com sua biblioteca e centro de documentação como "casa do bairro". A entrada principal da escola está localizada no norte sob o volume de pendendo da biblioteca. Visível a partir da rua de Savoye, oferece um generoso pátio coberto para pais e filhos. Sob este pátio coberto também há bicicletários. As crianças pequenas têm um acesso direto a partir da área coberta exterior para a sala do jardim de infância. A

Fotos: David Boureau , Dietmar Feichtinger Architectes A instituição pública com uma forte identidade

entrada da escola primária está situada no oeste e pode ser

A escola se distingue pela sua organização espacial e

alcançado a partir do pátio através de uma passarela

desenho das fachadas de seus arredores. A forma livre

coberta ao longo do edifício. O edifício da escola toda é

diferencia o prédio de seu entorno.

cercada por um corredor. Este corredor luminoso, com

O complexo escolar é organizado em torno de dois pátios

janelas em tamanhos diferentes, dá acesso direto às salas de

que oferecem às crianças diferentes áreas ao ar livre. O pátio

aula e instalações.

do jardim de infância foi concebido como uma praça, o pátio da escola fundamental como um trapézio. No sul, o campus


O corredor também proporciona um controle efetivo do ruído para o isolamento das salas de aula. Todas as salas de aula são extremamente ensolaradas pela sua orientação. As instalações comuns como o jardim de infância e a escola de ensino fundamental, como sala de informática, biblioteca, sala de ginástica, sala de música e laboratório de línguas pode ser alcançado pelos alunos de cada instituição de forma separada, curta e clara. Os professores já têm confirmado que a orientação do edifício é extremamente fácil para as crianças. Ao longo dos pisos de linóleo escolares foram estabelecidas.

Figura 10: Área externa, sem muitos ornamentos, linhas retas, e sombra nas fachadas transparentes, através de brises e marquises. Fonte: (2).

As salas de aula variam em cor desde as áreas comuns. Cada sala de aula foi equipado com painéis acústicos e uma

Fachadas Transparentes.

placa de parede enchimento feito de alumínio perfurado com material absorvente. Os materiais escolares são colocados em um armário de madeira nas salas de aula. Os

Brises. Marquise.

corredores em frente às salas de aula foram equipadas com um banco de madeira contínua com sapateira integrado, bem como cabides.

Fonte (2): http://www.archdaily.com.br/42565/centro-de-estudos-lucie-aubrac-dietmar-feichtinger-architectes/1332292392-036-dfa-david-boureau/. Acesso em: 29 de março de 2011.


As fachadas são feitas de ripas de pinho não tratado. Através do seu corte e individualmente montados alternando com as superfícies de vidro, produzindo a ligação interior e exterior e impedindo também uma visão direta dos edifícios residenciais opostos. Esses elementos junto com os telhados verdes formam uma unidade de forte contraste com o ambiente.

Armazenamento embutido.

Figura 11: Brinquedoteca e parede funcional como armazenamento. Fonte: (2).

Fechamento em madeira e vidro.

Figura 12: Fechamento em madeira e vidro no período noturno. Fonte: (2).

Fonte (2): http://www.archdaily.com.br/42565/centro-de-estudos-lucie-aubrac-dietmar-feichtinger-architectes/1332292392-036-dfa-david-boureau/. Acesso em: 29 de março de 2011.


3.3 Residencia MW Arquitetura e SketchUp: Ricardo Vidal Colaboradora: Carolina Adloff Local: Praia de Fagundes, Lucena- PB Área do Terreno: 504m² Área Construída: 566,73m² Ano do Projeto: 2008 Analisando a Planta Baixa - Pavimento Inferior à integração entre o terraço, a sala de estar e a sala de jantar, observa-se a interação dos ambientes. Desses espaços, verifica-se a

Figura 13: Planta Baixa - Pavimento Inferior. Fonte: (3)

integração do interior com o exterior. Apresentando espaços amplos e a disposição dos ambientes de maior permanência na face sul (a sala de estar, o terraço e os dormitórios) e de menor permanência na face norte, como a cozinha, fazendo sua higienização com o sol da tarde. Na Planta Baixa Pavimento

Superior

nota-se

que

a

disposição

dos

dormitórios na face sul, tem abertura a uma varanda, tendo privacidade. O mobiliário utilizado é apenas o necessário, proporcionando ambientes sem poluição visual.

Figura 14: Planta Baixa - Pavimento Superior. Fonte: (3)

Fonte (3): http://ricardo-vidal.blogspot.com/2008/06/residncia-mw.html. Acesso em : 29 de março de 2012.


Na figura Jogo de planos, nota-se que fazem a integração do interior com o exterior através de varandas recuadas e estendidas, que no mesmo tempo que é coberto tem essa ligação tendo livre acesso e através do terraço que a pessoa do interior tem acesso ao exterior. Terraço. Varanda.

Figura 15: Jogo de planos. Fonte: (3).

Na figura Jogo de Vazios, nota-se que fazem a integração através de vazios que se estendem até o exterior, tendo a impressão de estar fora e dentro ao mesmo tempo. Vazios.

Figura 16: Jogo de Vazios. Fonte: (3).

Fonte (3): http://ricardo-vidal.blogspot.com/2008/06/residncia-mw.html. Acesso em : 29 de março de 2012.


3.4 Residência Quinta Da Baronesa Arquitetura: Studio Arthur Casas Local: São Paulo Ano do Projeto: 2010

Analisando o Espaço externo diurno e o jogo de luzes verifica-se que apresenta fachadas transparentes e grandes aberturas, integrando o espaço interno com o externo e a caixa estendida para fora elevada do nível do solo integrando

Figura 17: Espaço Externo Diurno mostra aproveitamento da luz natural, através dos fechamentos moveis e transparência. Fonte: (4).

no espaço externo.

Aproveitamento da luz natural. Caixa estendida. Figura 18: Jogo de Luzes, mostrando luzes artificiais que são as internas e a luz natural vindo do espaço externo fazendo ligação de ambos. Fonte: (4).

Fonte (4): http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/baronesa2010. Acesso em: 06 de maio de 2012.


A integração da cozinha ampla (figura00) com a parede viva que ajuda purificar umidificar e refrescar o ar, localizada em ótimo lugar, pois a cozinha é um ambiente exposto a vários cheiros e temperatura mais alta que os outros ambientes conforme

a

atividade

feita,

e

apresenta

poucos

equipamentos expostos à maioria embutidos sendo uma forma de segurança para moradia com muitas crianças e acaba com a poluição visual. Parede Viva.

Figura 19: Cozinha integrada á área verde através da parede viva e armários embutido. Fonte: (4).

Equipamentos Embutidos.

Na figura 00 nota-se a integração da sala de estar e espaço externo através do portão basculante que proporciona a dinâmica de expandir o espaço tendo a bela vista do campo. Portão Basculante. Figura 20: Integração Sala de Estar e espaço externo. Fonte: (4).

Fonte (4): http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/baronesa2010. Acesso em: 06 de maio de 2012.


3.5 Mercado Municipal de Santa Caterina Arquitetos: Enric Miralles e Benedetta Tagliabue Local: Barcelona

Um dos mais antigos da cidade chama- se atenção pela sua importância histórica e seu projeto arquitetônico audacioso. No Ponto de encontro é referencia o conceito da cor, que se destaca na cidade atraindo as pessoas e dando alegria, e a sua Cobertura Independente com sinuosidade dando leveza

Figura 21: Mosaicos coloridos. Fonte: (5).

ao objeto.

Mosaicos Coloridos. Cobertura Independente.

Figura 22: Cobertura Independente com sinuosidade. Fonte: (5).

Fonte (5): http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1463662&page=7. Acesso em: 06 de maio de 2012.


CONCLUSÃO DAS LEITURAS PROJETUAIS

Conclui que as obras analisadas acima apresentam eixos de referencias como a ligação do interior com exterior, através de elementos moduláveis e transparentes, a flexibilidade dos ambientes apresentado nos dormitórios da Casa Acolhedora e nas oficinas do Ponto de Encontro, proporcionando aumentar os ambientes. A criação da parede viva que ajuda purificar o ar do ambiente, refrescar e umidificar muito necessário em nosso clima tropical que é muito quente e seco.


4. LEITURA URBANA / EQUIPAMENTOS


4.1 A CIDADE Foi escolhida a cidade de Sertãozinho, pela precariedade dos

comerciais. Pode-se dizer que há dois ciclos na vida

dois abrigos existentes, e a falta de integração entre

económica do município: o do café, que predominou até

moradores dos abrigos e a população local, necessitando

mais ou menos 1936 e o da cana-de-açúcar, que no

então de um novo projeto, tanto para ACOLHER essas

momento, constitui a sua maior e quase absoluta fonte de

crianças e adolescentes, quanto para INTEGRA-LOS com a

renda. (NOSSA HISTÓRIA).

comunidade. Sertãozinho foi fundada em meados de 1877 e seu fundador Antonio Malaquias Perdroso Esta cidade localiza-se a nordeste do Estado de São Paulo, na região de

Ribeirão

Preto, a 325 quilômetros da Capital do Estado. Sertãozinho é considerada uma das cidades mais importantes da região, pois, possui um significativo parque industrial é conhecida em todo o Brasil por ser grande produtora de açúcar e álcool merecendo, por isso, grande projeção.(NOSSA HISTÓRIA). Desse modo, é a segunda maior da região metropolitana de Ribeirão Preto com uma população de aproximadamente 111.000 habitantes. (DADOS DO IBGE, 2011). Sertãozinho, ainda é pólo e referência comercial, pois, é uma das poucas cidades médias a possuir tantas opções

Figura 23: Características Geográficas Fonte : Dados IBGE,2011.


LOCALIZAÇÃO

Figura 24: Coordenadas Geográficas Fonte: http://www.apolo11.com/latlon.php?uf=sp&cityid=5303

Figura 25: Localização de Sertãozinho no Estado de São Paulo. No canto inferior esquerdo mapa do Brasil e Acima Estado de São Paulo Fonte: maps.google.com.br

Figura 26: Imagem Aérea de Sertãozinho Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.ph


Quando se fala de instituições de abrigo para crianças e adolescentes, a cidade de Sertãozinho, não é diferente da realidade do Brasil, em termos da precariedade, pois os dois abrigos existentes para crianças e adolescentes vitimados na cidade, convivem com a dificuldade de recursos financeiros por ser não governamental, uma vez que se mantém de doações de pessoas físicas, e jurídicas, dependendo da caridade da população não tendo uma renda fixa. Atualmente, o Abrigo Masculino está localizado na Estrada Municipal não pavimentada stz 137, está a 3,96 Km da Área a ser projetado, e o Abrigo Feminino que está localizado na marginal Carlos Ancheschi, está a 3,61 Km da Área a ser projetado. Como podemos ver os dois objetos de estudo ficam a uma distancia considerável da Cidade dificultando a socialização. (Figura XX).


A INSERÇÃO URBANA

CASAS ACOLHEDORAS Aproximadamente 4 KM

ABRIGO FEMININO EXISTENTE

ABRIGO MASCULINO EXISTENTE

Figura: 27 Inserção Urbana Fonte: Google Earth, 2012.


4.2 O BAIRRO O bairro Jardim Alvorada foi escolhido para a implantação do

de outras contiguidades de Sertãozinho. Com o decorrer dos

abrigo. Este Bairro está situado na zona leste da cidade de

anos e o desenvolvimento da cidade, órgãos públicos

Sertãozinho, interior do Estado de São Paulo. O referido

trataram de transformar o desenho urbano do local, abrindo

bairro é um dos maiores e mais antigos da cidade. Com área

as vias e melhorando a qualidade de vida dos moradores do

de aproximadamente 1.162.892 m2, e com uma grande

Jardim Alvorada.

população que chega aos 31.746 habitantes, segundo dados

Os projetos sociais desenvolvidos no bairro, tanto pela

do IBGE. Essa população é formada por famílias com poder

prefeitura municipal, quanto pelas associações de bairro e

aquisitivo

pelo centro comunitário, cuidaram pra que a população

relativamente

baixo.

Pesquisas

para

o

desenvolvimento do Plano Diretor Municipal indicam que os

possa ter uma perspectiva melhor do seu futuro.

residentes do Jardim Alvorada possuem renda de R$ 674 a

Conceber o projeto das Casas Acolhedoras, equipamento

R$ 818, sendo que, em algumas partes do bairro, a renda da

para integrar as crianças e adolescentes vitimados na cidade

população não ultrapassa R$ 562, existindo famílias que

em geral e a participação nessa comunidade, que será

ganham somente R$ 39 mensais (PLANO DIRETOR, 2011).

instalado. Para fortalecer os laços entre os moradores do

O bairro encontra-se próximo a área central de Sertãozinho,

bairro com os moradores das Casas Acolhedoras, é

em alguns momentos fazendo divisa com a mesma. Até o

necessário recuperar a identidade entre o usuário e a

início da primeira década dos anos 2000, constituía a linha

arquitetura, que deve contribuir para a formação da

férrea da FEPASA.

cidadania destes jovens.

Marcado pela violência ocorreram situações preconceituosas pelas quais passaram, devido ao preconceito de moradores


Legislação Lei de Uso do Solo do Município de Sertãozinho •

Topografia- suave

Clima – Tropical

Zoneamento - ZEIS (Zona de Especial Interesse Social) Taxa de Ocupação - 80 %

Aproveitamento Maximo - 1,5 Coeficiente de Permeabilidade - 3% Recuo Frontal ate 2 pav - 0 ou 3,00 Recuo Fundo ate 2 pav - 0 Recuo Lateral da divisa - 1,5

Recuo Divisa com a Rua - 0 ou 2,00

Figura 28 : Zoneamento Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

Figura 29 : Densidade de pop/ha Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)


LEITURA DOS MAPAS Para todos os Mapas a seguir é adotado um raio de 700 m da

Quanto ao Mapa 2 de Equipamentos, nota que a 700 m da

área de referencia, sendo assim a Praça Elmo Pedro

área referencial existem equipamentos de segurança, lazer,

Favaretto onde esta situada a antiga Estação Ferroviária de

cultura, assistenciais e educacional, como escolas públicas e

Sertãozinho, foi um local de grande importância, uma vez

municipais conceituadas no município como (Escola Dr.

que ocorriam as trocas de mercadorias entre os outros

Anacleto Cruz e Escola Dr. Antônio Furlan Júnior), o Clube

municípios, ajudando a economia local.

Público ( Mogiana) se destacando em festas e atividades

No Mapa 1 de Uso do Solo, situa-se na Zona de Especial

esportivas cada vez mais e postos de saúde. Foram

interesse Social , onde encontra-se usos do solo de várias

destacados equipamentos de interesse e grande importância

modalidades.

para o Projeto por ser Casas Acolhedoras e tratar-se de

Os levantamentos foram feitos pela predominância do uso

crianças e adolescentes.

em cada quadra, o que indica que a área é quase em sua

Quanto ao Mapa 3 de Hierarquia Viária nota-se pelo mapa

totalidade de uso residencial, obtendo ocorrências de uso

de equipamentos que concentram-se em uma "faixa"

comercial, que se caracterizam em bares, pequenas lojas,

ladeada por vias importantes para o acesso bairro-centro e

mercearias, papelarias e prestações de serviço, como

de fácil referência, a Rua Vol. Otto Gomes Martins e a Rua

pequenas oficinas e delegacia. Além do Jardim Alvorada, a

Washington Luis. Existem outras duas vias de grande

área de intervenção atinge parte da área central de

importância presentes na área, que são a Rua Sebastião

Sertãozinho, onde se concentram os usos de prestação de

Sampaio e a Rua: Barão do Rio Branco, que permite acesso

serviços e comercial, notando há predominância na Rua:

de umas das entradas da cidade direto ao centro e a outra, a

Sebastião Sampaio e Rua: Barão do Amazonas.

Rua Dr. Pio Dufles que fica perpendicular a anteriormente


citada, o que permite o acesso as extremidades do perímetro urbano, atravessando praticamente toda a cidade. Essa faixa onde estão localizados os equipamentos possui fluxo moderado de veículos (automóveis e bicicletas), sendo que, os que geram maior tráfego estão distantes, a mais de quatrocentos metros, ao norte do local da edificação (um supermercado) e outro ao sul do lote (Clube Literário). Quanto ao Mapa 4 de Ocupação do Solo em relação à ocupação do solo, verifica-se a predominância de edificações térreas, salvo algumas exceções no centro da cidade, constituídos por prédios residenciais com mais de 3 pavimentos.


4.2.1 MAPA 1 - USO DO SOLO

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Figura 30 : Mapa 1 Uso do solo Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

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MAPA 2- EQUIPAMENTOS

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Figura 31 : Mapa 2 Equipamentos Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

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I


4.2.2 MAPA 3- HIERARQUIA VIÁRIA

Figura 32 : Mapa de Ocupação do solo Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)


MAPA 4- OCUPAÇÃO DO SOLO

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Figura 33 : Mapa de Ocupação do solo Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)

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I


4.3 CRITERIOS DE ESCOLHA DAS AREAS Algumas propostas de melhoria nesta pesquisa é aproximar

muitas famílias reclamam da distância e pela falta de

em algumas atividades os moradores do abrigo em geral e,

transporte público até o destino.

principalmente os que apresentam familiaridade como

Como verificou-se em estudos, é muito importante para as

irmãos, primos e sobrinhos sendo muito importante essa

crianças e adolescentes em situações de rua, abandonados e

relação e incluir eles na cidade, causando a interatividade

vítimas de agressões físicas e verbais de Sertãozinho, sendo

com a população e preparando para o futuro, quando for à

a melhor alternativa, um lugar que os protejam, que os

hora de partir do local, transformando bons profissionais,

ensinam, emocionam, que não os prejudiquem em seu

pois

psicológico e sim colabore para a superação das suas

o

sistema

apresenta

uma

idade

máxima

de

permanência. Atualmente, os dois abrigos se localizam

historias de vida.

aproximadamente a 4 km da cidade, o que acaba impedindo

O objetivo dessa pesquisa é propor casas acolhedoras que

a relação dos moradores dos Abrigos existentes com os

abriguem no máximo 10 moradores cada, no Bairro Jardim

moradores da cidade e essa relação é muito importante

Alvorada, para aproximar as crianças e adolescentes da

para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes,

escala de moradia, como uma família. A responsável pela

conforme mostra o ECA (Ver anexo 01). Devido a falta de

separação desses grupos é a assistente social, que segue os

transporte em vários horários do dia, dificulta ainda mais

critérios de familiaridade se houver e faixa etária.

essa relação, pois não tendo a possibilidade de não

Referenciando o projeto na teoria do Espaço Físico no

depender do transporte em função da distância, com a

psicológico das crianças e dos adolescentes e nas Leituras

aproximação facilitará, também, as visitas familiares que

Projetuais.

segundo a Coordenadora do Abrigo Masculino existente


Foram levantados 9 vazios urbanos no bairro Jardim

apresenta igreja, hospital, postinho de saúde, escolas de

Alvorada, próximo ao centro, com infra estrutura completa e

ensino fundamental e superior, escola de inglês, aulas de

topografia

das

informática, e vários outros serviços e instituições. Na

áreas.(Figura 34). As áreas escolhidas foram a área 1 com

questão do transporte público favorece muito, pois a linha

960m² (figura 35) para a Casa Acolhedora e área 7 com

principal dos interbairros passa na Rua Washington Luiz uma

5,114m² (figura 36) para o Ponto de Encontro, ambas

quadra da Casa Acolhedora.

pouco

acidentada

para

a

escolha

apresentando fácil acesso, principalmente a área 7, pois ocupa meio lote oferecendo várias possibilidades de acesso, topografia suave, tem toda a infra-estrutura básica necessária (PROGRAMA GEO, 2012). A construção desses equipamentos pode beneficiar bastante o local, valorizandoo, tendo um uso que mantenha higienizado e salubre, proporcionando para o município um projeto de Casa Acolhedora e um Ponto de Encontro dessas Casas que falta na cidade. Os equipamentos do entorno é de grande importância na escolha, pois apresenta o Clube Mogiana, clube público que oferece atividades como futebol, hóquei, artesanato, yoga, natação, circo, capoeira, dança e outras, e na proximidade


AREAS DISPONIVEIS (VAZIOS URBANOS)

2 1

3

4 5 6

8

7 9

Figura 34: Vazios Urbanos Fonte: Prefeitura Municipal de Sert達ozinho- 2012


AREA ESCOLHIDA PARA O PROJETO PILOTO DA CASA ACOLHEDORA

1

Figura 35: Área 1 Casa Acolhedora Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho - 2012


AREA ESCOLHIDA PARA O PROJETO PILOTO DO PONTO DE ENCONTRO AREA ESCOLHIDA PARA O PROJETO PILOTO DO PONTO DE ENCONTRO

7

Figura 36: Área 7 Ponto de Encontro Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho - 2012


4.4 PLANO DE MASSA DO ABRIGO FEMININO EXISTENTE (ESTUDO DE CASO) O Abrigo feminino Nosso Lar é uma instituição que tem

de limpeza e outros) e tudo que pode ser útil para os

como objetivo a proteção e cuidado de crianças e

moradores.

adolescentes vitimadas de agressões físicas, verbais e

Atualmente, este abrigo tem 30 moradoras, desde crianças

abandono.

recém-nascidas até adolescentes de 18 anos.

É uma organização não governamental, que conta com a

Não foi permitida a visita ao Local por motivos de reformas.

ajuda do município de Sertãozinho, por meio de todos os tipos de doações (dinheiro, alimentos, mobiliário, produto

Área Verde Sala de TV Dormitório 0 à 4 anos Dormitório de 4 à 10 anos Dormitório de 10 à 14 anos Dormitórios 14 à 16 anos Armários Despensa Refeitório Cozinha Casinhas de 16 à 18 anos Salão e Auditório Horta e Pomar Circulação Figura 37: Plano de Massa do Abrigo Existente Feminino Fonte: Elaborado pela autora a partir de visitas realizadas antes do inicio do trabalho.


PLANO DE MASSA DO ABRIGO MASCULINO EXISTENTE (ESTUDO DE CASO)

Figura 38: Plano de Massa do Abrigo Existente Masculino Fonte: Elaborado pela autora a partir de visitas realizadas, março, 2012.

Área Verde Sala Assistente Social Varanda Deposito Copa e sala Informática Sala Psicóloga e Pedagoga Sala brinquedos Sala de TV Banheiro dos Bebes e sala dos remédios Deposito Sala Coordenadora Banheiros e Vestiários Dormitórios Refeitório e Cozinha Área de Serviço Banheiro de Serviço Secadouro Quadra Circulação aberta Pátio descoberto Área churrasqueira Horta e Pomar Deposito de Lixo Reciclável Playground Quartinho da bagunça Sala de Estudo Sala de TV para Estudos Sala dos Materiais


O ABRIGO MASCULINO EXISTENTE (ESTUDO DE CASO) O Abrigo masculino Filho de Deus é uma instituição que tem como objetivo a proteção e cuidados de crianças e adolescentes vitimadas de agressões físicas, verbais e abandono. É uma organização não governamental, que conta com a ajuda do município de Sertãozinho, por meio de todos os tipos de doações (dinheiro, alimentos, mobiliário, produto de limpeza e outros) e tudo que pode ser útil para os seus moradores. Atualmente, esta instituição tem 27 moradores, desde recém-nascidos à até adolescentes de 18

Figura 39: Dormitório de 4 a 7 anos, com camas de aparência hospitalar, com oito crianças-superlotado, o mais adequado, segundo a Coordenadora Jucélia seriam quartos individuais ou no máximo 2 crianças por dormitórios. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

anos. Foi aplicado um questionário com a Coordenadora do Abrigo, que responde muitas dúvidas sobre o local (anexos 04 e 05). Observe as fotos, a lotação das acomodações, a falta de mobiliário apropriado e as situações precárias. Figura 40: Os Banheiros sem portas, que tira toda a privacidade das crianças e dos adolescentes e a falta de acessibilidade na pia, as crianças menores precisando usar um banquinho de madeira. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.


Figura 41: O Teto de todos os dormitórios, em laje aparente pintado de cinza, escurecendo e esquentando o ambiente, pois a cor escura retém calor e absorve luz, impedindo a reflexão. Apresentando uma abertura que não atende o coeficiente de iluminação e ventilação adequado. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Figura 42: Sala de Estudo com pé direito baixo, estreita, muito quente e escura, pela falta de ventilação e iluminação tanto natural como artificial. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Figura 43: Dormitório de 0 a 3 anos, com quatro bebês e quatro entres 2 a 3 anos-super lotado o mais adequado segundo a Coordenadora Jucélia seria quartos para bebês de no máximo 2 e a separação das crianças com 2 e 3 anos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Figura 44: Área verde ampla, mas sem muitos cuidados pela falta de funcionários destinados a essa função. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.


OS PONTOS POSITIVO DO ESTUDO DE CASO

Figura 45: A cozinha reformada a pouco tempo, toda revestida com azulejo liso e branco, os instrumentos todos em alumínio como os armários, a coifa aumentando seu tempo de duração, as pias e bancadas em granito e fogão industrial, atendendo toda a necessidade dos moradores e funcionárias. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Figura 47: A Lavanderia é extensa, bem salubre e ventilada, tendo 4 máquinas de lavar e tanques suficientes, que atende bem a necessidade do Abrigo, todos os armários de alumínio e tem a possibilidade de estender roupas no coberto em dias chuvosos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

Um dos pontos mais positivo desse Estudo, é o carinho e o amor que os moradores recebem das funcionárias, muito importante pra quem não tem expectativa de ter uma família ou de voltar para a família, pois como vimos as instalações não são tão boas, deixando a desejar em seu Figura 46: A Cozinha é espaçosa e apresenta um pé direito alto, tendo ventilação na altura dos olhos e na altura máxima, sendo bem ventilada e iluminada, ficando muito higienizada e salubre. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.

programa de necessidades. Todos esses aspectos do estudo de caso foram muito relevantes para os projetos piloto da Casa Acolhedora e do Ponto de Encontro.


5. PROJETO ARQUITETテ年ICO DO PLANO PILOTO


5.1 CONCEITOS E PARTIDOS A Proposta deverá integrar as crianças e adolescentes dos

Digital como aprendizado em informática) aberto ao publico,

Abrigos Existentes na área urbana de Sertãozinho, mediante

através de módulos criar elementos que deem ritmo e

a uma arquitetura sensorial, apropriada para essa atividade

dinamismo a esses equipamentos, por meio de ligações

e confortável segundo estudos nessa pesquisa. Através de

entre eles.

Casas Acolhedoras de no máximo 10 moradores, que é a

Esse projeto tem como objetivo fazer o diferencial no

moradia mais adequada para essas crianças e adolescentes

PSICOLÓGICO das crianças e adolescentes, através da

(Ver

de

minimização do tempo de angústia, ansiedade por meio de

é

um espaço FÍSICO atraente, agradável, que elas gostem de

Anexo

04),

desenvolvimento

oferecer

como

condições

qualquer

outra

dignas pessoa,

fundamental nessa fase de inserção social, sendo que ela

ficar naquele espaço.

busca a igualdade, uma dessas casas será na Área 1, que

Neste trabalho, é criado um projeto que faz a ligação do

seguirá o mesmo sistema construtivo, tipo de fechamento, o

interior e exterior, através de superfícies transparentes,

programa, acabamento e o conceito, porém cada casa é

espaços abertos, espaços flexíveis, verdes, assim como os

adaptada de acordo com seu terreno e à possibilidades de

conceitos identificados nas Leituras Projetuais, trazendo à

expandir.

NATUREZA, o VENTO, a LUZ, para o interior, por meio de

Apresenta um projeto na Área 7, que é um Ponto de

espaços coletivos, individuais, que faça o tempo e a espera

Encontro da sociedade de Sertãozinho, onde irá oferecer

das crianças e adolescentes se minimizarem, e ser menos

Salão de Festa (para comemorações exposições e outras),

angustiante. A preocupação com a orientação solar dos

Área de Lazer (quadra, playground e academia aberta) e

ambientes e direção do vento, é muito importante para um

Oficinas de Artes (Dança, Artesanato, Pintura, e Oficina


ambiente

higienizado

e

salubre,

dando

a

mesma

importância aos ruídos do entorno, com tratamento especial nas paredes, deixando um ambiente apropriado para os moradores. O projeto apresenta um programa com todas as necessidades dos moradores e com a aproximação da cidade, o que proporciona um grande impacto com a população do entorno, pois a sociedade terá a oportunidade de conhecer melhor essa realidade, o que atrairá mais visitantes e doadores, devido ao fácil acesso, não sendo mais um abrigo esquecido.


5.2 ORGANOGRAMA - CASA ACOLHEDORA (AREA 1)

Figura 48: Organograma Casa Acolhedora Fonte: Elaborado pela autora, 2012.


ORGANOGRAMA - PONTO DE ENCONTRO (AREA 7)

Figura 49: Organograma Ponto de Encontro Fonte: Elaborado pela autora, 2012.


5.3 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA

Em relação ao programa, foram feitos estudos onde buscou-se a relação entre os usos na disposição no espaço e conclui que o programa necessário da CASA ACOLHEDORA para 10 moradores dando prioridade a INTEGRAÇÃO FAMILIAR, LAZER E CONFORTO são os seguintes: 

1 sala para Administração;

2 salas de atendimento, para o rodizio dos profissionais necessários para as crianças e os adolescentes;

Espaços Integradores de lazer;

2 Banheiros Externos, feminino e masculino para eventos;

1 cozinha;

1 sala de estudo;

1 sala de estar;

1 sala de Tv;

4 dormitórios para as crianças e os adolescentes;

2 dormitórios para as cuidadoras ( mães e pais acolhedores).


Na figura 50 vê-se que a Proposta 01 da casa acolhedora,

Recuo frontal, área administrativa e atendimento.

como sobrado, seguindo a melhor inclinação solar do terreno de cada ambiente. Nesta planta tem-se a divisão dos dormitórios em pavimento térreo e pavimento superior, sendo três dormitórios no pavimento térreo e os outros três dormitórios no pavimento superior dificultando a relação entre todos os moradores da casa, perdendo muito espaço, dando prioridade ao recuo frontal, e além de uma grande área para sala de administração e as salas de atendimentos e o espaço de convívio ficando compactado e separado, fugindo da ideia de integrar os espaços. Desta forma necessitaria de espaços conjugais, para confirmar a ideia de Integração Familiar, Lazer e Conforto dos moradores.

Área dos dormitórios divididos em dois pavimentos.

Espaço de convívio e lazer compactado sem integrações

Figura 50: Proposta 01. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


Na figura 51 vê-se que a Proposta 02 é resolvida toda no pavimento térreo, retirando o recuo frontal e diminuindo a parte administrativa e de atendimento dando prioridade aos outros programas. Mesmo retirando os dormitórios do piso superior apresentado na planta anterior ainda falta uma conexão entre estes espaços que se apresento muito compartimentados, o espaço de convívio e lazer continua compactado também. A proposta 03 (figura 58) é apresentada na Proposta Final.

Dormitórios moduláveis para duas pessoas. Dormitórios dos cuidadores. Administração e Atendimento. Espaço de convívio e lazer compactado sem integrações.

Figura 51: Proposta 02. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


Os Dormitórios moduláveis para duas pessoas do mesmo sexo, tendo uma única entrada, mesa para estudo e banheiro. Pode ser notado na figura 52, necessitando um pouco mais de privacidade e os armários centrais dificulta o movimento da divisória móvel sendo assim a integração entre as duas pessoas se tiverem vontade.

Os espaços verdes são elaborados pensando sempre na integração dos espaços internos e externos, através de elementos moveis. Podem ser notados na figura 53 os brises moveis na cobertura só não tem continuação essa ideia, pois pode ter problemas de escoamento das aguas pluviais, não sendo um elemento barato e fácil de manutenção. O uso da parede viva ajuda na umidificação, purificação do ar e refrescar os ambientes próximos e os elementos em balanços pode ser identificados através das áreas de redários na Casa Acolhedora.

Brises Moveis na cobertura Paredes Vivas Figura 52: Dormitório Conjugado. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Elementos em balanço

Armários centrais encostados na divisória móvel. Entrada.

Figura 53: Integrar. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


Programa necessário do Ponto de Encontro para sociedade de Sertãozinho dando prioridade a INTEGRAÇÃO FAMILIAR, LAZER E CONFORTO: 

1 Espaço de eventos com apoio de banheiros, fraldario e cozinha na parte interna;

3 Oficinas de Artes ( dança, artesanato e pintura);

1 Oficina Digital ( informática);

Espaços Integradores de lazer;

2 Banheiros/ Vestiários Externos, feminino e masculino;

1 banheiro Deficiente Físico;

1 Quadra Poliesportiva;

1 Academia Aberta;

1 Playground;

6 Quiosque de variadas atividades como alimentação, leitura e jogos;

1 Espaço de exposições.


Na figura 54 nota-se um estudo do ponto de encontro sem escala, não apresenta os quiosque de atividades e o espaço de exposições precisando de alteração para inseri-los, também precisa de mudanças na falta de ritmo da circulação e das atividades.

A cobertura é independente, de forma sinuosa, vê-se na figura 55 que é dividida em três partes com mudanças de altura onde apresenta aberturas de ventilação e os pilares tem diâmetro maior encima onde a cobertura apoia e próximo ao solo o diâmetro do pilar diminui-se pela metade, dando uma impressão de leveza na estrutura metálica.

Figura 55: Cobertura 01 Ponto de Encontro. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Cobertura Independente Abertura de ventilação Figura 54: Proposta 01 Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Circulação sem ritmo. Atividades sem proporção. Espaço á desenvolver os quiosque e espaço de exposições

Pilares


Após a cobertura 01 (figura 55),foi elaborada a cobertura 02 (figura56) do Ponto de Encontro é analisada a referencia da Cobertura do Mercado Municipal de Santa Caterina em Barcelona seguindo como referencia o conceito da cor, que se destaca na cidade atraindo as pessoas e dando alegria, e a sua Cobertura Independente com sinuosidade dando leveza ao objeto os pilares são o mesmo modelo da cobertura 01. Apresenta telha de policarbonato na área central entrando iluminação. A Cobertura 03 (figura 00) é apresentada na Proposta Final.

Os quiosques de atividades são desenvolvidos seguindo o mesmo conceito da Cobertura do Ponto de encontro, o conceito da sinuosidade, da independência e das cores.

Figura 57: Quiosque 01. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 56: Cobertura 02 Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora- 2012

Telha de Policarbonato

O quiosque 01(figura 57) mostra o perfil, neste caso tem travamento da estrutura metálica descendo ate o solo fazendo o contraventamento, não apresentando o solo totalmente livre tendo um obstáculo no jardim. O quiosque 02 (figura 00) é apresentado na Proposta Final.


5.4 PROPOSTA FINAL CASA ACOLHEDORA Na figura 58 vê-se que a Proposta 03 é a escolhida resolvida toda no pavimento térreo, tendo a parte administrativa e atendimento toda na parte frontal, isolada dos outros ambientes, deixando os moradores com mais privacidade tanto para o atendimento quanto nos outros ambientes. Foi feito a conexão entre os ambientes essa citada na proposta 02, tirando à imagem de compartimentos, o espaço de convívio e lazer se integrou em uma só área se separando apenas dos jardins mais privativos projetados para estudar e descansar pode-se notar no plano de massa ao lado, assim harmonizando a planta da Casa Acolhedora da melhor forma possível, não deixando de ser funcional.

Parte Administrativa Conexão entre os ambientes Espaço de Convívio e Lazer Jardins de Estudo e descanso

Figura 58: Proposta 03. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


Foi feito um Estudo de Insolação (figura 59) e Cartas Solares

das 6h00m e para de incidir na fachada ao 12h00m pegando

(figura 60) para a criação do projeto corretamente nos

o verão e o outono inteiros. Na fachada leste incide só de

aspectos da incidência solar onde notou-se que na fachada

manhã, pegando o verão, outono e começo do inverno, uma

Norte tem incidência solar no período diurno a partir das

fachada boa para ambientes de convívio e trabalho que

6:00h e vespertino até 18h00m fachada boa para as áreas

precisa de pouca incidência solar e a fachada Nordeste

molhadas como área de serviço, pegando sol no outono,

nasce antes das 6h00m e incidi ate 14h30m sumindo com

inverno e começo da primavera. Na fachada Noroeste tem

um sol alto, fachada ótima para dormitórios e outros

sol no período diurno a partir das 09h30m um sol baixo e se

ambientes de descanso.

põe após as 18h00m um sol bem baixo, pegando sol no inverno, primavera e começo do verão. Na fachada Oeste não tem sol no período diurno só à tarde sendo péssimo para os dormitórios e áreas de convívio, pois é a partir do 12h00m e se põe a partir das 18h00m, pegando sol nas estações do inverno, primavera e o começo do verão. Na fachada sudoeste incide após a 13h00m e vai a partir das 18h00m pegando o inverno, primavera e começo do verão. Na fachada sul incide o dia todo nasce antes das 6h00m e se põe após as 18h00m pegando a primavera, e todo o verão. A fachada sudeste incide só no período diurno, nasce antes


NORTE

NORDESTE

LESTE NOROESTE

OESTE

SUDESTE

SUL SUDOESTE Figura 59: Estudo Insolação. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 60: Cartas Solares Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


MEMORIAL DESCRITIVO CASA ACOLHEDORA O presente Memorial Descritivo tem por finalidade

sondagem do terreno para determinar a resistência do solo ,

estabelecer os serviços, fixando os métodos construtivos a

recomendados pela NBR-6122.

serem empregados na execução da presente obra de acordo com o projeto, com área de 592,90m².

ESTRTUTURA

O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas da

Os pilares e as vigas serão de concreto armada.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para construção civil.

INSTALAÇÕES As três caixas d'águas se localizam em cima da laje próxima

TECNOLOGIA

as

A estrutura e os fechamentos da Casa Acolhedora são de

encanamentos. Cada Caixa d’agua tem 1000 l. As instalações

alvenaria, tendo um custo mais barato, porém um pouco

hidráulicas e elétricas passam entre a laje, estas vão

mais demorada que outra tecnologia, mas por ser um

estabelecendo conexões verticais para o abastecimento das

equipamento publico não tem muitos recursos financeiros,

áreas.

áreas

molhadas

facilitando

a

distribuição

dos

tendo mais facilidade de ser construída dessa maneira. FUNDAÇÕES

IMPERMEABILIZAÇÃO Na parte superior das vigas de fundações bem como nas laterais,

Para esse projeto foi sugerido o uso de sapatas de concreto com o será aplicado em toda sua extensão duas demãos de solução para as fundações, mas é recomendado o laudo e impermeabilizante, e nas primeiras 02 fiadas da alvenaria de tijolos.


ALVENARIA

COBERTURA

As paredes serão executadas com alvenaria de tijolos de 8 furos os A cobertura será de estrutura de madeira com telhas de de boa qualidade e resistência, de acordo com as medio as cerâmica do tipo portuguesa com inclinação de 30 %. nominais do Projeto Arquitetônico. Em todos os vãos de portas e e janelas na edificação será utilizado as vergas e contra-vergas

REVESTIMENTOS

e 10cm em concreto com 02 ferros de 8.0mm.

As paredes externas e internas serão salpicadas com chapisco 1:3 de cimento e areia regular, emboçadas e rebocadas com

ESQUADRIAS:

argamassa de cimento, cal e areia média no traço 1:1:6.

As

paredes internas dos sanitários serão chapiscadas, emboçadas e A janela da fachada será do tipo basculante, com vidros

revestidas até altura do teto com azulejos de boa qualidade. Os

lisos fosco tipo fantasia.

azulejos deverão ser rejuntados com rejunte pó fixador, anti-mofo

As portas de todos os ambientes e as portas janela dos

e anti-bactericida.

dormitórios serão de madeira semi-oca com fechadura comum de metal. Com diferentes tipos de abertura.

PINTURAS

O portão de entrada e o portão eletrônico externos serão de

As paredes externas e internas serão lixadas e pintadas com uma

ferro galvanizado com detalhe de vidro liso fosco tipo

demão de selador pigmentado e no mínimo de duas demãos de

fantasia.

tinta acrílica. O beiral de madeira será lixado e pintado com tinta à esmalte sintético. As esquadrias de madeira serão lixadas e pintadas com fundo preparador e tinta esmalte sintético.


MEMORIAL JUSTIFICATIVO CASA ACOLHEDORA O presente Memorial Justificativo tem por finalidade

magoas. Foi feitas duas salas por questões de horários, pois

descrever cada ambiente, a serem empregados na execução

nos dias de hoje não está muito fácil consegui concilia

da presente obra de acordo com o projeto, com área de

horários dos profissionais, então enquanto um profissional

592,90m².

como, por exemplo, a psicóloga atende em uma sala a

O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas

assistente social pode fazer o atendimento na outra, para

da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para

não ter problemas futuramente. A sala de administração fica

construção civil.

próxima às salas de atendimento, facilitando o acesso aos arquivos e nessa parte apresenta um lavabo que oferece

FACHADA

apoio a elas.

A fachada foi elaborada com a mesma linguagem desde portão de entrada até o portão eletrônico da garagem,

CIRCULAR (CIRCULAÇÃO DE ENTRADA)

tendo um jardim tropical que é coberto por uma cobertura

A circulação da acesso interno a garagem, atendimento e

em L vermelha diferenciando a fachada.

administração. Ela é circundada de cobogó que permite a ventilação e iluminação entrar não tirando a privacidade de

ADMINISTRAR E ATENDER

quem está no atendimento e de quem está no jardim da

As duas salas de atendimento foi projetadas na parte frontal

Diversão, inibindo a visão.

da casa dando privacidade aos moradores e ao atendimento isolado por seres crianças com grandes problemas psicológicos com dificuldade de falar suas angustias e


RECEBER (VARANDA)

JARDIM DA DIVERSÃO

É a varanda de entrada para receber os visitantes,

O jardim da bagunça, onde as crianças e adolescentes pode

convidados e outros, ela da visão total do jardim da diversão

nadar, jogar bola, brincar em geral sem incomodar os outros

e por uma grande porta de correr de vidro ela se amplia

ambientes, tendo acesso da área INTEGRAR.

para a área INTEGRAR. ALIMENTAR (COZINHA) INTEGRAR

Uma cozinha planejada e ampla atendendo as necessidades

O espaço de convívio integrar apresenta lounge de

dos moradores e das cuidadoras, tendo uma porta de corre

descansos e o espaço da alimentação dos moradores, como

na entrada facilitando o acesso a área integrar onde está a

apoio tem um banheiro feminino e masculino com

mesa da alimentação. A ventilação é zenital e por uma porta

ventilação e iluminação zenital, que também atende o

que da pra área plantar e colher.

jardim da diversão, e quem está na piscina. Apresenta um jogo de paredes onde são paineis e os moradores pode

PLANTAR E COLHER (HORTA)

expor seus trabalhos escolares e outros, também podendo

A horta da casa onde as crianças e adolescentes ajudam a

escrever nos murais, pois é tinta de lousa onde pode ser

cuidar para ter comida fresquinha, o tamanho é o ideal para

apagado com facilidade.

a quantidade de moradores.


ESTAR E CIRCULAÇÃO

ESPAÇO VIVO

A sala de estar para bate papo e outros, esse espaço

É um jardim vertical chamado parede viva, onde ajuda a

também da acesso a circulação dos dormitórios e os Brises

umidificar, purificar e refrescar os ambientes próximos,

verticais localizados na sala oferece ampliação dessa área o

perfeito para o nosso clima tropical que é muito quente e

espaço vivo e o Plantar e colher.

seco. O corredor tem 2,20m com uma largura boa não sendo estreito, e esses elementos quebra a impressão de longo.

ESTUDAR (SALA DE ESTUDOS)

Dando acesso a área de serviço.

Localiza-se no estar e circulação, é um ambiente isolado, para não ter problemas com barulho, porém nas paredes

AREA DE SERVIÇO

tem pinturas especiais para animar as crianças e

Localiza-se ao fundo da casa, tendo acesso pelo corredor

adolescentes

que sai da cozinha e também pelos brises verticais,

estudarem

onde

apresenta

mesas,

computadores, impressoras, e livros, motivando- os.

facilitando seu acesso. Apresenta a área de secadouro, que fica isolada sem visão dos moradores e um banheiro de

ASSISTIR (SALA DE TELEVISÃO)

apoio.

Espaço grande com acomodações adequadas para assistir Televisão. Esse espaço tem integração com o espaço externo

CIRCULAR (CIRCULAÇÃO DORMITÓRIOS)

a partir dos brises de madeiras verticais que regula o ângulo

As paredes internas dos dois corredores dos dormitórios

na posição desejada, controlando a luz e a ventilação. O

apresenta Dry Wall Ranhurado contribuindo na acústica.

espaço externo apresenta o espaço vivo.


DORMITÓRIOS

cada dois dormitórios de crianças e adolescentes apresenta

Os dormitórios das crianças e dos adolescentes são

um dormitório da cuidadora ou do cuidador, tendo o

individuais onde podem fazer a conexão de dois através da

cuidado noturno de perto.

porta de madeira de corre flexível, oferecendo a possibilidade de amplia o ambiente para duas crianças

JARDIM DOS REDARIOS

como, por exemplo, duas irmãs dormirem juntas se for o

O jardim tranquilo, isolado do Jardim da Diversão onde tem

desejo, reforçando a ideia da base familiar dessas crianças

redes para o descanso, a leitura e outras atividades

que muitas vezes foram abandonadas ou não sabe nem o

tranquilas.

que é uma família. Aprendendo a ideia na casa a partir da família acolhedora. Os dormitórios apresentam o mobiliário necessário e um banheiro que localiza entre eles com ventilação e iluminação zenital, atendendo perfeitamente duas crianças ou dois adolescentes. Esses quartos tem ventilação e iluminação feita por uma porta janela que da acesso ao jardim dos redarios, onde elas podem estudar, descansar, até mesmo dormir no seu próprio quarto tendo a vista do jardim e outras atividades tranquilas. A escolha dos dormitórios é feita pela assistente social e psicóloga seguindo sempre o partido de familiaridade e sexualidade. A


PRANCHA 1- PLANTA BAIXA CASA ACOLHEDORA (LAYOUT)

Brises Verticais moveis, controlando a ventilação e iluminação no ângulo que desejar.

Espaço vivo (parede viva) Ajudando a purifica, umidifica e refresca os ambientes próximos.

Bloco de vidro fosco, inibindo a visão dos banheiros.

Parede flexível de madeira ampliando os dormitórios.

Cobogó (ajudando na ventilação e iluminação dos ambientes, inibindo a visão preservando a privacidade dos moradores

TABELA DE ÁREAS DA CASA ACOLHEDORA ÁREA DO TERRENO......................( 48 x 20) 960,00 m² ÁREA CONSTRUIDA..........592,90 m² ÁREA LIVRE........................367,10 m² TAXA DE OCUPAÇÃO.........61,76 %

Figura 61: Planta baixa Casa Acolhedora (Layout) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 2- PLANTA BAIXA CASA ACOLHEDORA (COTAS E ZENITAIS)

Figura 62: Planta baixa casa acolhedora (Cotas e Zenitais) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 3- PLANTA DE COBERTURA CASA ACOLHEDORA

Placas de Aquecimento Solar

Figura 63: Planta de Cobertura Casa acolhedora Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 4- CORTE A E DETALHE ZENITAIS

Figura 64: Corte A Casa Acolhedora Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 65: Detalhe Zenitais. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 5- CORTE B E FACHADA

Figura 66: Corte B Casa Acolhedora. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 67: Fachada Casa Acolhedora. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


A criação da piscina é devido ao clima tropical quente da cidade, ajudando as crianças e os adolescentes a se refrescarem, é elevada do nível do solo 1,40 m por segurança, revestida por madeira de demolição envernizada com verniz marítimo, dividida em duas partes, uma parte é o SPA com uma profundidade de 0,40 cm para as crianças menores e a parte maior com profundidade de 1,40 m, e na cabeceira da piscina apresenta mosaico português branco. Estudo Insolação piscina nas paginas 96, 97,98 e 99.

SPA com profundidade de 0,40 cm. Parte maior com profundidade de 1,40 m. Mosaico Português. A ventilação e iluminação da Cozinha, Banheiros externos e banheiros internos dos dormitórios, é resolvida através de aberturas zenitais. Na figura 00, a abertura apresenta venezianas nas laterais para a ventilação e telha de vidro na parte superior para a iluminação, mostra o detalhe da calha no encontro do telhado e da abertura zenital.

SPA com profundidade de 0,40 cm.

Venezianas. Telha de vidro. Telha de vidro. Figura 68: Piscina. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Calha

Figura 69: Abertura Zenital. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA VERÃO (10h29m)

Figura 70: Estudo Insolação Piscina Verão (10h29m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 71:Configuração Insolação 1. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA VERÃO (15h31m)

Figura 72: Estudo Insolação Piscina Verão (15h31m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 73:Configuração Insolação 2. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA INVERNO (10h30m)

Figura 74: Estudo Insolação Piscina Inverno (10h30m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 75:Configuração Insolação 3. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA AGOSTO (15h30m)

Figura 76: Estudo Insolação Piscina Inverno (15h30m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 77:Configuração Insolação 4. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVA INTERNA GERAL E FACHADA

Figura 78: Perspectiva Interna Geral. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 79: Fachada Casa Acolhedora. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVA PLANTA GERAL E PERSPECTIVAS AMBIENTES

Figura 81: Perspectiva Sala Assistir. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 82: Perspectiva Integrar. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 80: Planta Geral. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 83: Perspectiva Administrar e Atender. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVAS VISTA POSTERIOR SEM COBERTURA E COM COBERTURA

Figura 84: Vista Posterior sem Cobertura. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 85:Vista Posterior com Cobertura. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVAS VISTA FRONTAL E JARDIM DA DIVERSÃO

Figura 86: Vista Frontal. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 87: Vista de trás do vidro para o Jardim da Diversão Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 88: Vista da Área Receber para o Jardim da Diversão. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVAS VISTA FRONTAL E JARDIM DA DIVERSÃO

ESPAÇO VIVO (PAREDE VIVA)

Figura 89: Vista da Área do Redario (Percolado) para o Jardim da Diversão. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

SAIDA DOS DORMITÓRIOS PARA O JARDIM DOS REDARIOS

Figura 90: Vista Fechamento das Caixas Vermelhas. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PROPOSTA FINAL PONTO DE ENCONTRO MEMORIAL DESCRITIVO O presente Memorial Descritivo tem por finalidade

laudo e sondagem do terreno para determinar a resistência do

estabelecer os serviços, fixando os métodos construtivos a

solo , recomendados pela NBR-6122.

serem empregados na execução da presente obra de acordo com o projeto, com área de 2.913,32 m².

ESTRTUTURA

O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas da

Os pilares e as vigas serão de concreto armada.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para construção civil.

INSTALAÇÕES As duas caixas d'águas se localizam em cima da laje do

TECNOLOGIA

espaço de eventos próxima as áreas molhadas facilitando a

A estrutura e os fechamentos Do Ponto de encontro são de

distribuição dos encanamentos. Cada Caixa d’agua tem 1500

alvenaria, tendo um custo mais barato, porém um pouco

l. As instalações hidráulicas e elétricas passam entre a laje,

mais demorada que outra tecnologia, mas por ser um

estas vão estabelecendo conexões verticais para o

equipamento publico não tem muitos recursos financeiros,

abastecimento das áreas.

tendo mais facilidade de ser construída dessa maneira. IMPERMEABILIZAÇÃO FUNDAÇÕES Para esse projeto foi sugerido o uso de tubulões de concreto com o solução para as fundações, mas é recomendado o

Na parte superior das vigas de fundações bem como nas laterais, será aplicado em toda sua extensão duas demãos de impermeabilizante, e nas primeiras 02 fiadas da alvenaria de tijolos.


ALVENARIA As paredes serão executadas com alvenaria de tijolos de 8 furos os de boa qualidade e resistência, de acordo com as médio as nominais do Projeto Arquitetônico. Em todos os vãos de portas e e janelas na edificação será utilizado as vergas e contra-vergas e 10cm em concreto com 02 ferros de 8.0mm.

REVESTIMENTOS As paredes externas e internas serão salpicadas com chapisco 1:3 de cimento e areia regular, emboçadas e rebocadas com argamassa de cimento, cal e areia média no traço 1:1:6.

As

paredes internas dos sanitários serão chapiscadas, emboçadas e revestidas até altura do teto com azulejos de boa qualidade. Os azulejos deverão ser rejuntados com rejunte pó fixador, anti-mofo e anti-bactericida.

ESQUADRIAS: PINTURAS Todas as janelas, portas e portas janelas serão de ferro galvanizado com fechadura de metal comum. Todas as janelas dos banheiros, vestiários, cozinha, fraldario e deposito serão do tipo basculante, com vidros lisos fosco tipo fantasia.

COBERTURA A cobertura é independente de estrutura metálica do tipo treliça metálica com placas de aço sinuosas.

As paredes externas e internas serão lixadas e pintadas com uma demão de selador pigmentado e no mínimo de duas demãos de tinta acrílica.


MEMORIAL JUSTIFICATIVO PONTO DE ENCONTRO O presente Memorial Justificativo tem por finalidade

OFICINAS DE ATIVIDADES

descrever cada ambiente, a serem empregados na execução

As oficinas são de dança, de criar (artesanato e pintura) e

da presente obra de acordo com o projeto, com área de

oficina digital para ensina informática. Os trabalhos feitos

2.913,32m².

nas oficinas de artes poderão ser vendidos na área de

O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas

exposição. Todas as oficinas têm apoio de pia e armários, e

da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para

na área externa os banheiros e vestiários. As pessoas que

construção civil.

estão do lado de fora das oficinas tem visão da parte interna através de grandes vidros e as oficinas tem portas janelas

ESPAÇO DE EVENTOS

que abre para a plataforma.

Destinado as Festas Publicas e particulares, e o lucro destes eventos é para as Casas Acolhedoras. É uma área ampla para

QUADRA POLIESPORTIVA

atender até 400 pessoas com apoio de deposito, cozinha

A quadra fica na extremidade oposta do espaço de eventos,

industrial

masculino,

e esta disponível a vários esportes como futsal, vôlei e

deficiente e fraldario, todos os ambientes são bem

outros. É circundada com uma malha de rede para impedir a

ventilados e iluminados, o salão tem 6,00m de pé direito, a

bola de ultrapassar aquela área.

planejada,

banheiro

feminino,

mesma altura da Quadra poliesportiva. Sendo os dois blocos das extremidades.


JARDINS ORNAMENTAIS

ACADEMIA ABERTA

Tem variados tipo de vegetação tropical com vários bancos

São aparelhos de exercícios onde os adolescentes, adultos e

entre eles, se tornando espaços mais frescos, purificados e

até mesmo os pais dessas crianças que estão no playground,

umidificados, áreas agradáveis para uma leitura, bate papo e

terem o direito de se divertir também de uma maneira

descanso.

saudável fazendo exercícios e vendo seus filhos brincar no espaço apropriado para eles que fica na frente.

ESPELHO D’AGUA Fica no centro da construção, pegando toda área coberta,

BANHEIROS E VESTIARIOS

ajudando refrescar todo o ambiente, ele tem 0,25 cm de

Atende todo o equipamento se localizando ao centro do

profundidade e apresenta uma ponte de passagem em cima

projeto, ficando próximo a todas as atividades. Apresenta

dele ligando os espaços e contornado por um jardim que

também banheiro de deficiente com fácil acesso.

refleti no espelho d’agua, tendo um efeito muito legal no ambiente.

PLATAFORMA No terreno tem a linha do trem que foi revitalizada e

DIVERTIR (PLAYGROUND)

colocado um vagão de trem, que remete as lembranças da

É o espaço para crianças brincar com uma variedade de

época férrea da cidade que foi muito importante fazendo as

brinquedos como escorregador, balanço, gangorra, tuneis e

ligações com os outros municípios. As portas janelas das

outros, podendo integrar as crianças do município.

oficinas citadas acima têm saídas todas para essa plataforma trazendo a ideia de estação. Nela apresenta bancos que dão


para os quiosques, jardim recreativo e para o espaço de

JARDIM RECREATIVO

memoria e exposições.

É amplo onde as crianças podem correr, brincar, e os adolescentes e adultos podem fazer piqueniques e outros

ESPAÇO MEMORIA E EXPOSITIVO

desejos que adequa ao lugar.

Onde está localizado o vagão de trem com a história da cidade na parte interna podendo ser visitado. O espaço de

AREA VERDE

exposições é para os trabalhos das oficinas, dos artistas do

Fica do outro lado da linha sendo uma área verde

município, para arte musical e outras atividades que

preservada.

também se adequa ao local.

QUIOSQUES São seis que estão localizados no Jardim Recreativo, onde cada um deles tem um uso diferente como o de comer, ler e jogar. Eles seguem a mesma linguagem da Cobertura Principal.


PRANCHA 6- PLANTA BAIXA PONTO DE ENCONTRO ( LAYOUT E PILARES)

TABELA DE ÁREAS PONTO DE ENCONTRO

ÁREA DO TERRENO....................(95 x 53,84) 5,114.80 m² ÁREA CONSTRUIDA..........2.913,32 m² ÁREA LIVRE........................2.201,48 m² TAXA DE OCUPAÇÃO.........56,95 %

Figura 91: Planta Baixa Ponto de Encontro ( Layout e Pilares) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 7- PLANTA BAIXA PONTO DE ENCONTRO ( COTAS )

Figura 92: Planta Baixa Ponto de Encontro ( Cotas ) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


A cobertura escolhida é a 03 (figura 93) pela sua sinuosidade na direção frontal que pode ser usada como beiral. E a parte mais baixa central usada como calha com condutores embutidos na parte central dos pilares internos. A Cobertura acima do espelho d’agua é de policarbonato transparente para ilumina a área central do projeto.

Figura 93: Cobertura 03 Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora- 2012

Parte mais baixa usada como calha Telha de Policarbonato Sinuosidade na direção frontal


PRANCHA 8- PLANTA DE COBERTURA PONTO DE ENCONTRO

Figura 94: Planta de Cobertura Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 9- CORTE A PONTO DE ENCONTRO

Figura 95: Corte A Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 10- CORTE B PONTO DE ENCONTRO

Figura 96: Corte B Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 11- CORTE C PONTO DE ENCONTRO E DETALHE QUIOSQUE

Figura 97: Corte C Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 98: Detalhe Quiosque Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


A estrutura de quiosque escolhida é o 02 (figura 99) que deixa o solo livre sem nenhuma estrutura descendo até ele, pois o contraventamento é feito por uma mão francesa apresentada no detalhe da estrutura. O sistema de escoamento de agua ocorre igual a do ponto de encontro pela parte mais baixa da curva, servindo como calha descendo pelo pilar central do quiosque com um condutor embutido e o modelo do pilar central segue o mesmo do Ponto de Encontro.

Figura 99: Quiosque 02. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 100: Detalhe Estrutura Quiosque 02. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVAS FACHADA FRONTAL

Figura 101: Perspectiva Fachada Frontal. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 102: Perspectiva Fachada Frontal vista de cima. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 103: Configuração Insolação 5. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVAS FACHADA POSTERIOR

Figura 104: Perspectiva Fachada Posterior. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 105: Perspectiva Fachada Posterior Vista de cima. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVAS LATERAL DIREITA

Figura 106: Perspectiva Vista Lateral Direita. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 107: Perspectiva Vista da Fachada Frontal lateral direita. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 108: Perspectiva Vista da Fachada Posterior lateral direita. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVAS LATERAL ESQUERDA

Figura 109: Perspectiva Lateral Esquerda da Fachada Posterior. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 110: Perspectiva Lateral Esquerda da Fachada Frontal. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


Figura 111: Perspectiva Interna Central ( Espelho d’agua e Vagão). Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 112: Perspectiva Playground. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

PERSPECTIVAS INTERNAS PONTO DE ENCONTRO

Figura 113: Perspectiva Academia Aberta. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PERSPECTIVAS EXTERNAS PONTO DE ENCONTRO

Figura 114: Perspectiva Quiosques. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 115: Perspectiva Espaço Memória e Expositivo. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.

Figura 116: Perspectiva Músicos no Espaço Expositivo. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 12- PLANTA DE SITUAÇÃO

Figura 117: Planta de Situação. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


PRANCHA 13- IMPLANTAÇÃO

Figura 118: Implantação. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.


CONSIDERAÇÕES FINAIS O projeto da Casa Acolhedora e do Ponto de Encontro,

onde elas vão tentar superar os trágicos estereótipos de sua

buscou promover a integração das pessoas através do

história. A fenomenologia é um dos fenômenos que explica

espaço proposto, dos ambientes e da materialidade.

essa importância, pois é uma análise da memória da

A casa tem como objetivo integrar os moradores na

primeira infância, dos sentimentos primordiais, que a criança

sociedade e o ponto de encontro integrar a sociedade em

tem; a arquitetura pode influenciar nessa memória a partir

geral da cidade para que eles trabalhem juntos para o

de espaços expressivos, estimulantes e lúdicos. A vivência eu

progresso do município sem diferenças e discriminações.

espaçi lúdicos e confortáveis, acolhedores marcam o

Com isso buscou-se ocupar os vazios urbanos do bairro

indivíduo para toda sua vida, na sua identificabilidade

Jardim Alvorada causados pela especulação imobiliária

pessoal e vigor emocional.

dando oportunidade de oferecer condições honestas de

A proposta apresentada neste trabalho mostra-se viável, não

desenvolvimento às crianças e aos adolescentes vitimados

apenas no aspecto do papel social da arquitetura e como

através de espaços de encontro com qualidade de

forma de atuar no fator psicológico das crianças e jovens,

atendimento, lazer, convívio social e moradia digna, a fim de

mas também na sua construção, pois não apresenta

promover o crescimento saudável com qualidade de vida e

soluções construtivas de alto custo. Deste modo o ambiente

preparar os jovens para o futuro.

construído é, enfim, fonte de força interior, consolo e

A

construção

da

Casa

Acolhedora

é

muito

importante, pois muitas vezes é o único caminho para um grande numero de crianças e adolescentes, o que determina uma grande necessidade de ter um local apropriado que é

conforto. Logo, sua importância é grande demais pra ser ignorado e complexo demais para ser deixado de lado.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS •

ARPINI, Dorian Mônica. Repensando a perspectiva institucional e a intervenção em abrigos para crianças e adolescentes. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 23, n. 1, mar. 2003 .

BACHELARD, Gaston. A poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

HALL, Edward.T. A dimensão Oculta. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

NESBITT, Kate (Org). Uma nova agenda para a arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

SCHMID, Aloísio Leoni. Ambientes que confortam: qual sua essência? Resenhas Online, São Paulo, 05.058, Vitruvius, out 2006. Disponível em:<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/05.058/3128> Acesso em :10 de março de 2012.

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TIZARD E REES Revista Mal-Estar e Subjetividade. 1974. Disponível em:

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ENTREVISTA COM ASSISTENTE SOCIAL Sra Graziela Nadaleto.


ENTREVISTA COM COORDENADORA DO LAR AMPARO FILHOS DE DEUS Sra Jucélia.

SERTÃOZINHO. Prefeitura Municipal, Analise de Projeto, PROGRAMA GEO, março, 2012.

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http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/baronesa2010. Acesso em: 06 de maio de 2012.

http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/pkiporanga2008. Acesso em: 06 de maio de 2012.

http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/casaiporanga. Acesso em: 06 de maio de 2012.


ANEXOS


01- ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, que são leis destinadas a assegurar os direitos e a proteção para todas as crianças e adolescentes de nosso país. O ECA determina entre outras coisas: o direito à vida, a saúde, à convivência familiar e comunitária, o direito ao respeito, à dignidade, a sua educação, à proteção no trabalho. Portanto, torna-se dever da família, da comunidade e da sociedade em geral, assegurar a efetivação desses direitos. Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvados as restrições legais; II - opinião e expressão; III - crença e culto religioso; IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; VI - participar da vida política, na forma da lei;


Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões,

espetáculos e produtos e

serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias unidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção e sócio-educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de: § 1o Será negado o registro à entidade que: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança; I - preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência II - integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família natural ou extensa; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência III - atendimento personalizado e em pequenos grupos; IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-educação; V - não desmembramento de grupos de irmãos; VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados;


VII - participação na vida da comunidade local; VIII - preparação gradativa para o desligamento; IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo. Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações, entre outras: IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao adolescente; VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os objetos necessários à higiene pessoal; XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;


02-ENTREVISTA COM ASSISTENTE SOCIAL Estagiou nos dois Abrigos de Sertãozinho durante seus estudos, que atualmente trabalha na Prefeitura Municipal de Sertãozinho

Sra Graziele Nadaletto despensa exposta para insetos e outros bichos como ratos e As Crianças têm todos os Equipamentos necessários nos Abrigos existentes? Não, só os equipamentos básicos, nada fora do comum,

baratas.

acho muito importante se tivessem uma sala de informática,

O que a Senhora acha da Inserção dos Abrigos na Área

sala de estudos, Biblioteca, e uma área de recreação

Urbana de Sertãozinho?

adequada como playground, piscinas, pois a região é muito

Muito importante, facilitaria a vida dos moradores na

quente, falta de equipamentos adequados para bebes como

locomoção, na área urbana os maiores de 14 anos pra

um berçário, um fraldario, equipamentos que fariam a

frente, poderia ter mais liberdade, não dependeria tanto do

diferença no cotidiano deles.

transporte, gerando ate menos gastos com combustível, se sentiriam mais independentes (como escolher cursos e seus

As acomodações são boas, apropriadas para essas

horários, dentro do horário comercial) transformaria em

crianças?

uma vida mais ativa.

Não, há pouco tempo atrás a pintura na partes interna dos Abrigos eram cores escuras (marrom), um ambiente triste, a


Se estivesse um projeto adequado, acomodações boas, a senhora acha que implementaria qualidade de vida nos moradores dos Abrigos ? Lógico, melhoraria muito, com mais conforto e mais atividades, ajudaria a diminuir a ansiedade, angustia e o tempo de espera por uma família. A Senhora acha que funciona Abrigos Mistos ( meninos e meninas) no mesmo local com acomodações separadas e área de recreação incomum ? Acho muito legal, pois as crianças iriam se interagir melhor, principalmente as com familiaridade, pois, atualmente nos Abrigos existem muitos irmãos.


03- ENTREVISTA COM COORDENADORA GERAL LAR DE AMPARO Á CRIANÇA FILHOS DE DEUS Sra Jucélia Simor Schneider A Senhora acha que funciona Abrigos Mistos (meninos e

Quais são as atividades desenvolvidas durante a semana?

meninas) no mesmo local com acomodações separadas e São muitas como: escola, aulas de informática, artesanato,

área de recreação incomum?

natação, atendimento de fonoaudiodiologa, psicóloga, Acomodações Mistas está dentro da Lei do Estatuto da

equoterapia, atletismo, terapia ocupacional, hóquei, Igreja,

Criança e do Adolescente, quando era na área urbana a 18 anos atrás, a entidade era mista mas com a necessidade de uma área maior teve a separação, um abrigo feminino e um masculino e os dois estão localizados na área rural em um sítio, que uma vez por semana eles mantém contato, que

catequese, crisma, perseverança (grupo religioso de jovens), magia do circo, curso de preparação web design, hidroterapia, fisioterapia. Quais são os programas existentes?

ocorre nas atividades de sábado. A Senhora Jucelia afirma que na realidade que as acomodações se apresentam nos dias de hoje, não teria essa oportunidade de juntar, pois falta um espaço físico e infraestrutura de acordo para isso,e a respeito da sexualidade tem que se trabalhar muito com esse assunto e essa ligação sempre sobre o olhar das cuidadoras, assim as crianças iriam

interagir melhor,

principalmente as com familiaridade, que são muitas.

Dormitórios, espaço de apoio (lavanderia, banheiros, despensa,

banheiro

funcionários),

brinquedoteca,

Informática, playground, refeitório, cozinha, sala de TV, sala de estudo, berçário, fraldario, enfermaria e área de lazer.


Quantas crianças moram no abrigo e quantas funcionárias? Hoje apresenta 26 crianças, mas amanha não se sabe, pois tem bem mais acolhimento do que desacolhimento. São 20 funcionarias no período integral e 1 funcionaria no período noturno

chamou muito a atenção foi os tetos de todos os dormitórios em laje aparente pintada de cinza, e em uma das paredes de todos os quartos tinha um armário em toda a extensão de madeira escura. A Coordenadora tem 12 anos de trabalho no lar, e estão sempre tentando fazer o melhor que pode em ampliações, reformas, pois a cozinha,

As Crianças têm todos os Equipamentos necessários no

lavanderia, e refeitório, construídos há pouco tempo são

Abrigo existente, às acomodações são boas, apropriadas

muito bons, ambientes arejados, na Sala de TV a visão critica

para essas crianças?

seria a respeito da alta de mobiliário confortável, pois são

Sim, tem todos os equipamentos necessários, mas não que

bancos de madeira.

estejam adequados, pois os dormitórios acomodam oito

O que a Senhora acha da Inserção do Abrigo na Área

crianças por faixa etária (0 a 3 anos, 4 a 7 anos, 8 a 13 anos e

Urbana de Sertãozinho?

14 a 18 anos) e o ideal seria quatro no máximo, os banheiros deveriam ter chuveiros, pois são separados os vasos sanitários em um cômodo e no outro chuveiro. Conforme fui conhecendo as acomodações ela mesma falou, que iria ter minhas respostas, e realmente foi o que aconteceu, a brinquedoteca, sala de estudo, informática e sala da psicóloga, são muito quentes, uma percepção minha que me

Seria muito Bom, mas o maior ponto negativo é o preconceito da sociedade, pois tentamos alugar uma casa na cidade para facilitar o transporte, a visita dos parentes, ficarmos mais próximo da sociedade e podermos dar mais liberdade para os moradores, mas a população do entorno foi contra, entrando com um a baixo assinado contra essa


mudança, justificando que teria muito barulho. E a

escala de uma casa e não de uma instituição, teria um

coordenadora fez uma comparação que eles aceitam escolas

ambiente familiar.

e creches, com maior numero de crianças e adolescentes que também provoca barulho, mas não aceitam um Lar de Acolhimento. Se estivesse um projeto adequado, acomodações boas, a senhora acha que implementaria qualidade de vida nos moradores dos Abrigos ? Lógico, melhoraria muito, com mais conforto e mais atividades, ajudaria a diminuir a ansiedade, angustia e o tempo de espera por uma família. O que a Senhora acha do objetivo do Trabalho de Projetar CASAS ACOLHEDORAS? Observando a evolução dos Abrigos, o mais adequado seria essas casas acolhedoras, pois as crianças teriam mais privacidade no local com pouco moradores, vivenciando a



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