_escola de cinema e fotografia aluna . juliana ziebell orientador . leandro andrade fauufrgs . 2010/2
_índice . apresentação.................................................................................................. 02 . sobre porto alegre............................................................................................ 03 . sobre o centro histórico.................................................................................... 08 . sobre o tema..................................................................................................... 09 . desenvolvimento do projeto............................................................................. 11 . definições gerais.............................................................................................. 12 . o programa....................................................................................................... 13 . sobre a área de intervenção............................................................................. 17 . condicionantes legais...................................................................................... 22 . referências bibliográficas................................................................................. 27 . entrevistas........................................................................................................ 29
01
_apresentação O trabalho final de graduação da nossa Faculdade de Arquitetura tem como objetivo o desenvolvimento de um projeto, arquitetônico e/ou urbanístico, que demonstre o conhecimento do aluno na área, e comprove sua habilitação para o exercício da profissão. Um professor, no entanto, me disse que o verdadeiro objetivo do TFG é ser feliz. É o primeiro - e provavelmente o único – projeto para o qual escolhemos tema, sítio e orientador. Mas num campo tão apaixonante como a arquitetura, nenhuma dessas decisões é necessariamente simples, não é? Minha primeira decisão foi trabalhar no Centro de Porto Alegre. O centro é o lugar com a maior carga histórica, a maior oferta cultural, a maior diversidade dentro da cidade. Toda a essência da cidade parece contida ali, todos parecem estar representados naquele espaço de alguma forma, e por isso esse bairro me parece tão interessante. Ele é praticamente um resumo da cidade. Olhando o bairro um pouco mais de perto, uma questão que me parece bastante contraditória é a quantidade de terrenos vazios e subutilizados que existem em pleno centro da cidade. Essa mesma situação se repete em 10% das edificações existentes no bairro. Ocupar essas edificações com usos adequados é uma maneira sustentável de recuperar o centro histórico da cidade, e é com esse tema que eu decidi trabalhar. 02
_sobre porto alegre Porto Alegre é a capital do Rio Grande do Sul, o estado mais meridional do Brasil. Distando 1.109 km de São Paulo e 1.063 km de Buenos Aires, Porto Alegre tem quase 1,5 milhões de habitantes, número que chega a 4 milhões se considerada a região metropolitana. As origens da cidade remontam o século XVIII e sua fundação está relacionada à necessidade de controlar e demarcar o território de colonização portuguesa, à época do Tratado de Madrid. As características geográficas condicionaram a ocupação da península, dando origem a um traçado que tende a ortogonalidade, mas se deforma ao se adaptar ao relevo. A face norte do terreno se desenvolveu mais rapidamente, devido às condições naturais favoráveis (a insolação e a proteção dos ventos frios vindos do sul, principalmente). O porto também encontrava aí as melhores condições para a sua instalação, e foi determinante para o crescimento da cidade. A face sul, por sua vez, desenvolveu-se mais lentamente, desvalorizada por suas características ambientais, tendo abrigado inicialmente depósitos de lixo, zonas de meretrício e cortiços. A geografia também determinou que o crescimento da cidade se desse de maneira radial, seguindo algumas vias principais. Muitas dessas estradas que conduziram o crescimento da capital existem até hoje, ainda que atualmenteatendam por outros nomes. O Caminho do Meio (atual eixo Oswaldo
américa latina
> brasil > rio grande do sul > porto alegre > centro histórico 03
_sobre porto alegre Aranha e Protásio Alves), a Estrada da Pedreira (Avenida Plínio Brasil Milano) e a Estrada do Mato Grosso (Bento Gonçalves) podem ser citadas como exemplo. Cabe destacar que a configuração original da península à época da ocupação do território era bastante diferente da atual. A forma apresentada hoje em dia deve-se a uma série de aterros que foram realizados ao longo da história da cidade. O primeiro foi realizado para a construção do Cais Porto e do Mercado Público, em 1888. Outros seis aterros ainda foram feitos, abrigando projetos como a Praça da Harmonia (1860), o Plano de Melhoramentos de Moreira Maciel (1914), e o dique de contenção ao longo da orla do Rio Guaíba (1955 e 56). O fato é que a relação da cidade com o rio é um tema bastante complexo, situação agravada após a enchente de 1941. Hoje o centro da cidade encontra-se apartado do rio por um imenso muro de concreto, construído na década de 1970 e motivo de discussão desde então. Assim como outras cidades brasileiras, Porto Alegre começou a crescer mais rapidamente a partir do século XX, com destaque especial para as décadas de 60 e 70. No centro, a verticalização e as obras viárias marcaram esse momento, e a falta de preocupação com o patrimônio histórico levou a várias substituições de edificações importantes para a história da cidade. A mudança de paradigmas arquitetônicos bem como de regimes urbanísticos ocorridos à época deu origem a um tecido heterogêneo,onde podem ser encontradas 04
relevo x traçado viário diferentes formas de ocupação do solo (diferentes recuos, alturas, estilos, etc.). Hoje a ocupação do centro pode ser considerada um híbrido entre o modelo de cidade tradicional e o de cidade moderna. Outra característica interessante dessa ocupação é a quantidade de miolos de quarteirão vazios, originados pelo parcelamento do solo original, que tendia a gerar terrenos muito estreitos e profundos. Porto Alegre também não escapou de outro fenômeno bastante recorrente nas cidades brasileiras: o esvaziamento dos centros urbanos. Nossa capital, no entanto, não sofreu como as outras e o centro de Porto Alegre nunca esvaziou completamente. Apesar de ter havido desvalorização e esvaziamento, o que pode ser verificado principalmente nos limites do bairro, o chamado “bairro do centro” manteve sempre sua característica fortemente residencial. Uma das razões que pode ser apontada como motivo da desvalorização do centro de Porto Alegre é a criação dos shoppings centers. Um dos catalisadores desse movimento foi a consolidação do automóvel como meio de transporte, bem como toda a infra-estrutura viária que o acompanhou e tornou possível a conexão do centro com novos bairros e centralidades, permitindo que a população de alta renda escapasse da região. De acordo com a prefeitura, atualmente 10% dos imóveis do Centro Histórico estão subutilizados. Além dos imóveis, há diversos terrenos nas
relevo da península
_sobre porto alegre
-05_00m
n
00_05m
05_10m
10_15m
15_20m
20_25m
25_30m
30_35m
35_40m 05
imóvel desocupado
não edificado
em obras
estacionamento provisório
subutilização
imóvel semi-ocupado
mesmas condições. A necessidade de projetos para reintegrá-los à cidade se faz necessária, já que muitos desses locais tendem a se tornar vazios urbanos dentro da cidade, dando origem a uma sensação de descuido, abandono, e até de perigo. Muitos desses terrenos vazios são ocupados por estacionamentos, outro tema importante para a região. Com pouca oferta de vagas nas edificações – muitas das construções são bastante antigas, e não possuem garagem – estacionar se tornou um problema para os motoristas e uma oportunidade para os donos de terrenos vazios. Sem a mínima infra-estrutura, esses estabelecimentos absorvem a frota gigantesca de automóveis que invade o centro diariamente. Atualmente existe uma tendência de revalorização dos centros urbanos em todo o país, valendo-se de projetos como o Monumenta e o Viva o Centro. A intenção é atrair a população e preservar a história desses sítios tão importantes para a memória coletiva. O Monumenta já restaurou diversas edificações localizadas no Centro Histórico, e no momento a Praça da Alfândega se encontra em obras. O Viva o Centro, por sua vez, está desenvolvendo um projeto para a ativação de uma linha de bonde, além de projetos para a Praça XV e o Largo Glênio Peres. sítio monumenta
projetos prefeitura
alguns projetos existentes
_sobre porto alegre
estações bonde histórico
n
percurso bonde histórico
ospa
edificações identificadas
06
vias secundárias
vias locais
via ônibus
vias pedestres
via ônibus, táxis e lotações
via ônibus, táxis e lotações durante o dia
acessibilidade
vias principais
Atualmente existem cinco vias que permitem o ingresso ao centro da cidade: as avenidas Mauá, João Pessoa, Borges de Medeiros e Alberto Bins e a rua General Lima e Silva. Dentro do bairro, a maior parte das vias é de mão única, e as vias principais são a Primeira Perimetral (composta pelas avenidas Mauá, Presidente João Goulart e Loureiro da Silva) e as avenidas João Pessoa, Salgado Filho e Borges de Medeiros. O bairro é muito bem servido pelo transporte público, abrigando diversos terminais de ônibus importantes para a cidade. Isso faz com que ele seja um local de passagem inclusive para quem não tem o centro como destino. Existem projetos como a Linha 2 do metrô e o “Portais da Cidade” que buscam organizar essa circulação, diminuindo a quantidade de veículos que o centro histórico recebe diariamente. Alguns desses elementos sobrepõem-se aos imóveis tombados pela prefeitura, que nos últimos anos tem ampliado esforços no sentido de preservar o patrimônio histórico e arquitetônico da cidade. Além dos imóveis tombados, há uma série de imóveis e terrenos inventariados para estruturação (“que por seus valores atribui identidade ao espaço, constituindo elemento significativo na estruturação da paisagem onde se localiza”) e compatibilização (“que expressa relação significativa com o de Estruturação e seu entorno, cuja volumetria e outros elementos de composição requerem tratamento especial”).
patrimônio histórico
_sobre o centro histórico
edificações tombadas
n
inventariados de compatibilização
inventariados de estruturação 07
museus
cinemas
bibliotecas
equipamentos culturais
teatros
O centro é o bairro mais bem servido de equipamentos culturais. São 11 bibliotecas, 10 salas de cinema, 5 centros culturais, 16 museus e 9 teatros. A existência de diversas praças também pode ser destacada, ainda que muitas estejam um pouco descuidadas. De acordo com a Secretaria de Planejamento Urbano (SPM) atualmente o centro pode ser dividido em três áreas segundo o uso: existe uma zona predominantemente residencial, outra comercial e uma terceira cultural e institucional. Num estudo realizado pelo PROPUR em 1986 a divisão, mais detalhada, classifica o centro em seis zonas temáticas: o centro histórico, o centro de comércio e serviços, uma área comercial em deterioração, uma área residual, uma rótula de articulação e o bairro do centro. Essa classificação, ainda que realizada há mais de vinte anos, ainda caracteriza bem o estado atual do centro. Esse estudo ainda destaca uma série de elementos não temáticos, que servem de referência dentro e fora da cidade, contribuindo para a formação da sua imagem. Esses elementos foram divididos em três níveis de abrangência: o primeiro abrange marcos de referência metropolitana; o segundo compreende elementos de referência urbana; e o terceiro nível abrange elementos de referência cotidiana. bairro do centro
centro histórico
análise de usos centro feito pelo PROPUR
_sobre o centro histórico
comércio e serviços
n
comercial em deterioração
área residual
rótula de articulação 08
_sobre o tema Inúmeras alternativas já foram ensaiadas ao redor do mundo no sentido de recuperar os centros urbanos de grandes cidades. A consciência do valor histórico de edificações é, em geral, um denominador comum entre todas as alternativas. A consciência da importância da diversidade é outra. Diversidade de uso, de público, de horários. Mas como levar isso à prática? Outra função que tem grande poder regenerador de tecidos urbanos é o ensino. Centros de capacitação, escolas técnicas e mesmo de ensino superior, todas essas funções, além de movimentarem diversas pessoas, ainda ajudam a desenvolver a economia local. Associado ao ensino, outros usos como ateliês, incubadoras, oficinas e estúdios podem atender a uma demanda de estudantes e profissionais recém formados no sentido de oferecer locais de trabalho. A idéia de revitalizar áreas degradadas da cidade através de movimentos de vanguarda (formados principalmente por jovens artistas, designers, arquitetos, etc.) foi adotada em diversos países com sucesso considerável. A Escola da Cidade, em São Paulo, é um bom exemplo do caso. Localizada no centro da cidade, em uma área predominantemente residencial que vinha sofrendo um processo de degradação bastante visível, a escola tem transformado a cara do bairro, juntamente com os ateliês e escritórios de arquitetura que foram se proliferando ao seu redor. Localizada nas proximidades 09
_sobre o tema
_objetivos da proposta
de uma estação de metrô, a implementação da faculdade levou em conta a vocação da área (o IAB-SP está localizado nas proximidades da escola) e a volta dos investimentos governamentais na região. No caso porto alegrense, considerando a cultura local e o mercado existente, uma escola de cinema e fotografia pareceu um programa bastante adequado ao centro da cidade. O cinema é uma arte em expansão no país, e um campo no qual o Estado já possui tradição e reconhecimento: o Rio Grande do Sul é hoje o terceiro pólo de produção em cinema e audiovisual no Brasil. A escola proposta teria a função de formar novos profissionais qualificados para a indústria cinematográfica, atuando principalmente no sentido de atender as demandas do mercado. Assim, ao passo que a escola abrigaria regularmente os cursos superiores de cinema e técnico de fotografia, oficinas livres ofereceriam cursos rápidos, que poderiam ser abertos à comunidade. Cursos de atuação, marcenaria, costura e até gestão de negócios poderiam ocorrer na escola. A criação de centros de ensino e formação técnica é uma opção para que as pessoas cheguem ao mercado de trabalho mais preparadas, sem necessariamente entrar em uma universidade. Um centro especializado, que possa formar mão de obra qualificada para atuar em todos os âmbitos da criação de um filme ou de uma fotografia seria uma forma de alimentar esse mercado, desenvolvendo a produção gaúcha sobre bases sólidas.
_ valorização e aperfeiçoamento do estudo, oferecendo oportunidade de formação profissional e geração de renda; _ dar oportunidade aos alunos de passarem por todo o processo de aprendizado, que vai desde as aulas teóricas até a atuação no mercado de trabalho; _ elaborar a proposta a partir um edifício desocupado, maneira sustentável de intervir nos centros urbanos e estratégia importante de revalorização de áreas desocupadas; _ valorizar o patrimônio construído, através da conservação da pré-existência e da construção de edifícios harmônicos entre si. A utilização de construções antigas para usos públicos acaba evidenciando esse tipo de edificação, estimulando a valorização do patrimônio de valor histórico construído na cidade; _ valorizar o terreno com a construção de um espaço público de qualidade, que abrigue uma edificação com arquitetura de qualidade, conquistada a partir de uma ação projetual controlada; _ utilizar materiais e sistemas construtivos disponíveis no local e que aliem qualidade, funcionalidade e economia.
10
_desenvolvimento do projeto . níveis e padrões de desenvolvimento pretendidos
. metodologia e instrumentos de trabalho
O nível de desenvolvimento pretendido para o trabalho vai da sua correta inserção no tecido urbano até o detalhamento geral do projeto, trabalhando sua conexão com a cidade e seus espaços abertos, além da demonstração clara e coerente de seus espaços internos, identificando níveis, materiais utilizados, infra-estrutura necessária, técnica construtiva, acabamentos, mobiliário e coordenação de sistemas complementares. Para tanto, serão apresentados:
O TFG é tradicionalmente dividido em três etapas: proposta de trabalho, painel intermediário e painel final. Nessa primeira etapa estabelecem-se as bases do trabalho, com pesquisas, entrevistas, e levantamento de dados necessários para o desenvolvimento do projeto. Entendo que essa primeira aproximação do programa é bastante importante, mas que a busca pelo tema não termina aí, e o contato com o tema ao longo do semestre contribuirá com dados importantes para o desenvolvimento do projeto. O painel intermediário é o momento de formalização dos projetos, e devese apresentar um partido arquitetônico que demonstre a solução geral da proposta de projeto. A entrega final compreende a descrição completa da solução adotada, um ante-projeto que apresente o detalhamento construtivo da proposta.
_diagramas conceituais (sem escala); _planta de localização (escala 1:1000); _planta de situação (escala 1:500); _implantação e entorno imediato (escala 1:200); _planta baixa dos pavimentos (escala 1:100); _cortes e elevações (escala 1:100); _detalhes construtivos e ampliações (escalas a definir); _perspectivas internas e externas (sem escala); _fotomontagens do edifício inserido no local escolhido; _maquete do edifício e entorno imediato (escala 1:200).
11
_definições gerais . agentes de intervenção e seus objetivos
. população alvo
A escola de cinema e fotografia seria um empreendimento financiado por capital privado, provido por dois ou mais investidores com interesses nos serviços da escola, com auxílio da Fundacine, responsável por mobilizar recursos da iniciativa privada e do governo em prol do cinema gaúcho. Pode-se pensar em algum tipo de incentivo por parte do Estado, já que a intervenção é de interesse da cidade. A partir da inauguração da escola, os custos de manutenção serão pagos através das mensalidades dos alunos, mas parcerias especiais com empresas privadas e o governo ainda podem ser cogitadas.
A população alvo são pessoas interessadas em trabalhar ou simplesmente aprofundar seus conhecimentos sobre cinema e fotografia. Além disso, a proposta da escola é ter uma parte de sua infra-estrutura aberta à comunidade, permitindo uma troca importante para todos. A idéia é que a escola se torne uma referência no estudo e desenvolvimento do cinema e da fotografia dentro do Estado, atraindo profissionais e curiosos de várias partes do país. Assim, de maneira geral, a população alvo iria além dos estudantes da escola, abarcando também moradores e trabalhadores da região, além de turistas e profissionais/amantes da área.
. população alvo
. aspectos econômicos
O tempo de execução de um projeto depende de muitas variáveis, que muitas vezes estão além do controle do responsável técnico, como por exemplo a aprovação do projeto na prefeitura, condições climáticas, agilidade dos fornecedores e empreiteiros, captação de recursos, etc. As etapas de execução são, basicamente, preparação do terreno, fundações, estrutura, vedações, restauração, instalações complementares (elétrica, hidráulica, etc.), acabamentos e paisagismo.
Considerando o CUB de agosto de 2010, o custo estimado da obra será: Área reforma: 3600 m² x r$ 1320,44 Áreas abertas, paisagismo: 900m² x r$ 994,02 Custo total aproximado = r$ 5.648.202,00 12
{
almoxarifado sanitários
sala professores
recepção
tesouraria
administração
sala reuniões
}
sala direção secretaria
áreas semi-públicas
{
oficina maquiagem
oficinas
oficina cenário
)
salas de aula
área de exposições livraria/papelaria
(
oficina figurino
sala criação
recepção
café/restaurante
espaço de convivência
biblioteca
auditório/cinema
_o programa . descrição das atividades A principal atividade da escola será o ensino - as aulas práticas e teóricas dos cursos de cinema e fotografia, além dos cursos temporários. Outras áreas de apoio à área de ensino também estarão presentes no programa, porém serão abertas à comunidade. Assim, salas de aula e laboratórios, bem como a administração da escola terão acesso restrito, enquanto o restante do programa – bar, área de convivência, espaço de exposição, sala de projeção/ auditório e a biblioteca terá acesso controlado, mas poderá ser usufruído por toda a comunidade. O acesso principal se dá pela rua XXX, e uma recepção dividirá o uso semi público do uso restrito. Essa recepção e os demais usos semi-públicos desenvolvem-se no pavimento térreo, e serão o coração da escola, o local onde a cidade e os alunos se encontram. Dessa recepção pode-se tanto acessar a administração quanto a área de ensino. Essas duas áreas encontram-se em pavimentos superiores, o que facilita o controle de acesso às mesmas. Essas duas áreas também possuem um espaço articulador, ao redor do qual as outras atividades se desenvolvem. No caso da direção, esse espaço é uma outra recepção, ao passo que na área de ensino o elemento articulador é um espaço de convivência dos alunos.
áreas ensino
rua
laboratório informática estúdio fotografia
(
)
laboratório revelação
estúdio filmagens
depósito equipamentos pós-produção
(
)
ilhas edição sonora sala gravação ilhas edição
13
área semi-pública
_programa
ATIVIDADE
N
ÁREA
DESCRIÇÃO
EQUIPAMENTOS
PF
PV
recepção
1
5m²
atendimento, informações
balcão, computador
1
-
área de exposições
1
200m²
exposição de trabalhos dos alunos e convidados
expositores de acordo com a curadoria
0
-
livraria/papelaria
1
20m²
espaço para venda de livros
estantes, caixa, poltronas, computador
1
-
café/restaurante
1
50m²
espaço para venda e consumo de alimentos
mesas, cadeiras, área de atendimento e de preparo
2
-
biblioteca
1
250m²
videoteca e biblioteca
balcão de atendimento, computadores, salas estudo
3
-
auditório/cinema
1
250m²
espaço para palestras e exibição de filmes
sala de projeção, projetor, poltronas, palco, tela
0
200
sanitário feminino adaptado a PPNE
1
5m²
para uso público
lavatório e bacia sanitária adaptados
0
-
sanitário masculino
1
3m²
para uso público
lavatório, bacia sanitária
0
-
ATIVIDADE
N
ÁREA
DESCRIÇÃO
EQUIPAMENTOS
PF
PV
recepção
1
20m²
atendimento, espera
balcão, computador, cadeiras
1
-
secretaria
1
20m²
administração da escola
mesas, cadeiras, computadores, armários
3
-
sala direção
1
20m²
direção da escola
mesas, cadeiras, computadores, armários
2
-
sala reuniões
1
20m²
sala de reuniões
mesa, cadeiras, computador, projetor
0
8
tesouraria
1
20m²
setor financeiro da escola
mesas, cadeiras, computadores, armários
2
-
sala
1
25m²
sala
mesas, cadeiras, armários, computador, escaninhos
0
15
sanitários
2
10m²
sanitário masculino e
lavatórios, bacias sanitárias
0
-
almoxarifado
1
10m²
almoxarifado
prateleiras
1
-
administração
14
ensino
_programa
ATIVIDADE
N
ÁREA
DESCRIÇÃO
EQUIPAMENTOS
PF
PV
espaço de convivência
1
50m²
espaço de estar para os alunos
sofás, poltronas, mesas, cadeiras
0
-
salas de aula teórica
6
300m²
aulas teóricas
mesas, cadeiras, quadro branco, tv, dvd
0
20
sala de criação
1
50m²
sala para realização de maquetes e aulas de
bancadas, mesas para desenho, armários
0
20
laboratório de informática
2
80m²
laboratório de informática
bancadas, computadores, quadro branco, projetor
1
20
laboratório revelação
1
20m²
laboratório para revelação e ampliação de fotografias
pias, ampliadores, bancada, secador, armários
1
-
estúdio de fotografia
1
40m²
estúdio fotográfico
equipamentos fotográficos, computador
0
-
estúdio de filmagens
1
100m²
filmagens, exercícios iluminação, enquadramento
equipamentos de filmagem e iluminação
0
-
oficina cenário
1
100m²
espaço para construção de cenários
bancadas, mesas, armários, ferramentas marcenaria
1
-
oficina figurino
1
50m²
espaço para montagem de figurino
bancada, cadeiras, máquinas costura, armários, araras
0
-
oficina maquiagem
1
30m²
espaço para realização de maquiagem
bancada, cadeiras, espelhos, armários
0
-
sala de gravação
1
40m²
sala dublagem, mixagem, efeitos sonoros, etc.
computador, aparelhagem, mesa, cadeira
0
-
ilhas de edição sonora
4
40m²
sala para edição do som
computador, aparelhagem, mesa, cadeira
0
-
ilhas de edição de imagem
5
50m²
sala para edição de imagens
computador, aparelhagem, mesa, cadeira
0
-
depósito de equipamentos
1
30m²
armazena câmeras, tripés e equipamentos mais delicados
estantes, armários
0
-
sanitário adaptado a PPNE
1
10m²
para uso dos alunos
lavatório e bacia sanitária adaptados
0
-
sanitário feminino
3
60m²
para uso dos alunos
lavatórios, bacias sanitárias
0
-
sanitário masculino
3
60m²
para uso dos alunos
lavatórios, bacias sanitárias
0
-
15
serviços ATIVIDADE
N
ÁREA
DESCRIÇÃO
EQUIPAMENTOS
PF
PV
sanitário/vestiário
2
40m²
lavatórios, bacias sanitárias, chuveiros, armários
lavatórios, bacias sanitárias, chuveiros, armários
0
-
copa/cozinha
1
15m²
espaço para refeições dos funcionários
balcão, pia, armário, mesa, microondas, geladeira
0
-
depósito arte e figurino
1
30m²
armazena cenografia e figurino
estantes, armários, araras
0
-
depósito geral
1
10m²
armazena utensílios básicos
estantes, armários
0
-
ATIVIDADE
N
ÁREA
DESCRIÇÃO
EQUIPAMENTOS
PF
PV
reservatórios
3
75m²
reservatório de água
reservatório, bombas
0
-
subestação
1
15m²
transformador
transformador
0
-
gerador
1
15m²
gerador de energia
gerador
0
-
ar condicionado
1
30m²
instalação ar condicionado
máquinas ar condicionado
0
-
central de gás
1
15m²
instalação gás
cilindros glp
0
-
depósito lixo
2
20m²
depósito lixo
depósito lixo seco e
0
-
infra-estrutura
_programa
16
localização do terreno no bairro
. potenciais e limitações, demandas e tendências O projeto será localizado num edifício subutilizado, no centro histórico de Porto Alegre. A região, local de origem da cidade, possui um caráter histórico muito forte, além de ser um dos bairros mais culturalmente ativos da cidade. A poucos minutos da Cinemateca Capitólio, e de diversos museus e cinemas importantes para a cidade (como a sala P.F. Gastal, na Usina do Gasômetro, e cinemateca Paulo Amorim, na Casa de Cultura Mario Quintana), a região central apresenta uma rede de transporte bastante eficiente, além de toda a infraestrutura necessária para um empreendimento desse porte. Apesar dessa efervescência cultural, o centro possui diversas zonas desvalorizadas, como foi analisado anteriormente. Essa particularidade foi encarada pela proposta como um potencial, já que isso significaria um custo mais baixo de implementação de uma escola, que por sua vez poderia atrair mais usuários para a região, regenerando o tecido urbano adjacente. A apropriação de um edifício subutilizado ainda caracteriza uma alternativa sustentável e em geral culturalmente interessante para a cidade, já que significa o resgate de uma edificação com alguma história. Essa é uma das justificativas para o uso semi-público do edifício, já que essa abertura permite a possibilidade do seu usufruto pela comunidade. cais do porto
estação trensurb
palácio do comércio
mercado público
prefeitura
praça XV
edifício e elementos não temáticos do entorno
_sobre a área de intervenção
correios
margs
santander cultural
memorial rs
praça da alfândega
terreno 17
planta baixa original pavimento tipo
. características específicas do local A edificação adotada foi o Edifício Oliveira, que, segundo informações do DEMHAB, provavelmente tenha sido projetado por José Lutzemberger. O prédio foi estudado pela prefeitura para ser transformado em habitação em 2002, e faria parte do programa PAR - Programa de Arrendamento Residencial, em conjunto com a Caixa Econômica Federal. Classificada como “subutilizada”a edificação se enquadrava em todos os parâmetros necessários para participar do programa, mas os proprietários de alguns apartamentos inviabilizaram a compra do edifício pela Caixa. Hoje o proprietário do imóvel está tentando vender o edifício, mas tem encontrado dificuldade para tanto. O preço estipulado para compra do edifício em 2002 não passava de 400 mil reais. Fora as condições precárias em que se encontra o edifício, ainda existe uma construção irregular, feita nos fundos do terreno há bastante tempo, mas que recentemente foi condenada pela prefeitura, e deverá ser demolida em breve. Aí existia funcionava o “Espaço Cultural Cooperativa do Corpo”. O DEMHAB possui plantas, cortes e fachadas do edifício em formato digital (arquivos .dwg), e já foi feito contato no sentido de obter os desenhos para a realização deste trabalho.
prproposta de intervenção feita pela equipe do DEMHAB
_sobre a área de intervenção
18
. características da população residente e usuária Segundo a Síntese do Plano Estratégico divulgada pela prefeitura, o Centro e tem quase 37 mil habitantes, representando 2,69% da população do município. Com área de 228 hectares, apresenta uma densidade de 162 hab/ha. De acordo com o site ObservaPOA, a taxa de analfabetismo no bairro é de 0,6% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 12,8 salários mínimos. O Centro oferece diversas opções de lazer e entretenimento, porém o trabalho ainda é o principal fator de deslocamento das pessoas até o centro. Isso explica o esvaziamento de boa parte do bairro durante horários não comerciais, e a sensação de perigo decorrente desse fato. No caso específico do edifício em estudo, atualmente ele é usado por diversos trabalhadores da região, que almoçam nos restaurantes existentes, além de clientes específicos de outros serviços oferecidos no prédio. Há poucos moradores - aparentemente seis apartamentos ainda são utilizados para fins de habitação, pagando aluguéis bastante baixos. Os apartamentos originais são grandes, mas ainda não tive acesso senão às áreas públicas do edifício e às plantas originais existentes no DEMHAB.
fotomontagem do edifício
_sobre a área de intervenção
19
de três a cinco pavimentos
de seis a dez pavimentos
de onze a quinze pavimentos
acima de quinze pavimentos
alturas
até dois pavimentos
. morfologia urbana e tipos de ocupação A variedade de tipos arquitetônicos presente na região é bastante grande. Localizado em uma área de grande relevância para a cidade, o edifício estudado está muito perto de grandes equipamentos institucionais e culturais. A grande diferença de tipologias encontrada reflete a diferença temporal mantida entre as edificações. Como foi explanado anteriormente, diferentes regimes urbanísticos foram adotados ao longo do crescimento da cidade, resultando em um tecido bastante heterogêneo.
cheios de vazios
_sobre a área de intervenção
. uso do solo e atividades existentes A região abriga muitos edifícios comerciais e de escritórios, o que faz com que suas características mudem bastante ao longo do dia. O esvaziamento que ocorre fora do horário comercial é atenuado por alguns estabelecimentos que se mantém abertos. Nos finais de semana essa região também é bastante deserta. O edifício estudado é de uso misto, e atualmente abriga dois restaurantes, uma cooperativa (Ciacoop), uma administradora, o depósito de arquivos de uma imobiliária e duas “agências privê”.
n
20
50
100
20
i
terreno e entorno
gua ur u a
nto ime
detalhes do terreno
siqu
eir
os mp a ca
santander r ua
d sete
br o tem e s e
verão inverno
29m
30 m
Situado em uma via de acesso local, a Rua General Câmara, e próximo a avenida Mauá e a Rua Siqueira Campos, o terreno é bastante acessível. Existem diversas paradas de ônibus na esquina, e outros terminais nas proximidades, incluido opções de transporte intermunicipal (trensurb e rodoviária).
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. sistema de circulação e acesso
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O edifício á localizado próximo a Praça da Alfândega, uma das mais importantes do bairro. A Rua General Camara possui algumas árvores de médio porte, localizadas no lado ímpar da mesma, mas de maneira geral, o entorno é bem pouco arborizado.
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. espaços abertos e vegetação existente
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_sobre a área de intervenção
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. microclima O edifício aparentemente tem problemas de insolação devido à presença de uma edificação bastante mais alta. Também há problemas de ventilação entre as edificações existentes no terreno, o que deve ser atenuado com a retirada da edificação condenada.
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_condicionantes legais . código de edificações . edificações não residenciais Art. 127 – (...) aquelas destinadas à instalação de atividades comerciais, prestação de serviços, industriais e institucionais. Art. 128 – As edificações não residenciais deverão ter: I – pé-direito mínimo de 2,60m e 3,00m no pavimento térreo quando houver obrigatoriedade de marquises; II – estrutura e entrepisos resistentes ao fogo (exceto prédios de uma unidade autônoma, para atividades que não causem prejuízos ao entorno, a critério do município). (...) Art. 131 – Os sanitários deverão ter, no mínimo, o seguinte: I – pé-direito de 2,20m; II – paredes até a altura de 1,50m e pisos revestidos com material liso, lavável, impermeável e resistente; III – vaso sanitário e lavatório; IV – quando coletivos, um conjunto de acordo com a norma NBR 9050/85 Acessibilidade; V – incomunicabilidade direta com cozinhas;
VI – dimensões tais que permitam a instalação dos aparelhos, garantindo: a) acesso aos mesmos, com largura não inferior a 60cm; b) afastamento de 15cm entre os mesmos e 20cm entre a lateral dos aparelhos e as paredes. Parágrafo único – Para fins do dimensionamento dos sanitários serão consideradas as seguintes medidas mínimas: lavatório – 50cm x 40cm / vaso e bidê – 40cm x 60cm / local para chuveiro – área mínima de 0,63m² e diâmetro mínimo de 70cm. Art. 132 – Refeitórios, cozinhas, copas, depósitos de gêneros alimentícios, lavanderias e ambulatórios deverão: I – ser dimensionados conforme equipamento específico; II – ter piso e paredes até a altura mínima de 2,00m, revestidos com material liso, lavável, impermeável e resistente.
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_condicionantes legais . código de edificações . escolas
. código de edificações . locais para refeições
Art. 141 – As edificações destinadas a escolas, além das disposições da Seção I deste Capítulo, deverão: I – ter instalações sanitárias obedecendo às seguintes proporções: a) masculino: 1 vaso sanitário e um lavatório para cada 50 alunos; um mictório para cada 25 alunos; b) feminino: 1 vaso sanitário para cada 20 alunas; 1 lavatório para cada 50 alunas; c) funcionários: 1 conjunto de lavatório, vaso sanitário e local para chuveiro para cada grupo de 20; d) professores: um conjunto de vaso sanitário e lavatório para cada grupo de 20; II – garantir fácil acesso para portadores de deficiência física às dependências de uso coletivo, administração e à 2% das salas de aula e sanitários. Parágrafo único – Poderá ser única a instalação sanitária destinada a professores e funcionários, desde que observadas as proporções respectivas.
Art. 170 – Os locais para refeições, além das disposições da Seção I deste Capítulo, deverão ter: I – cozinha, copa, despensa e depósito; II – instalações sanitárias para uso público, separadas por sexo, com fácil acesso; III – instalação sanitária de serviço, constituída, no mínimo, de um conjunto de vaso, lavatório e local para chuveiro; IV – central de gás quando tiverem aparelhos consumidores de gás.
(...) Art. 144 – As salas de aula deverão satisfazer as seguintes condições: I – pé-direito mínimo de 3,00m;
. código de edificações . lojas Art. 135 – As lojas são edificações destinadas, basicamente, ao comércio e prestação de serviços, sendo classificadas conforme anexo 8. Art. 136 – As lojas, além das demais disposições da Seção I deste Capítulo, deverão ter: I – instalações sanitárias separadas por sexo, na proporção de um conjunto de vaso, lavatório (e mictório quando masculino), calculados na razão de um sanitário para cada 20 pessoas ou fração, sendo o número de pessoas calculado à razão de uma pessoa para cada 15,00m² de área de piso de salão... 23
_condicionantes legais . código de edificações . cinemas Art. 146 – As edificações destinadas a cinemas, teatros, auditórios e assemelhados, além das disposições da Seção I deste Capítulo, deverão: I – ter instalações sanitárias separadas por sexo, com fácil acesso, atendendo as seguintes proporções mínimas, nas quais “L” representa a lotação: Vasos L/600 Homens Lavatórios L/500 Mictórios L/700 Vasos L/500 Mulheres Lavatórios L/500 II – ter instalação sanitária de serviço composta, no mínimo, de vaso, lavatório e local para chuveiro; III – ter os corredores completa independência, relativamente às economias contíguas e superpostas; IV – ter sala de espera contígua e de fácil acesso à sala de espetáculos com área mínima de 0,20m² por pessoa, calculada sobre a capacidade total; V – ser equipados, no mínimo, com renovação mecânica de ar; VI – ter instalação de energia elétrica de emergência;
VII – ter isolamento acústico; VIII – ter acessibilidade em 2% das acomodações e dos sanitários para portadores de deficiência física. Parágrafo único – Em auditórios de estabelecimentos de ensino, poderá ser dispensado a exigência dos incisos I, II, IV e VI, devendo haver possibilidade de uso dos sanitários existentes em outras dependências do prédio.
. normas de acessibilidade universal Serão seguidas as recomendações da norma NBR9050 para as instalações do projeto, buscando permitir acessibilidade universal a todas as áreas do mesmo.
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_condicionantes legais . Diretrizes gerais para restauração de edificações - PMPA Em relação à arquitetura do edifício, posto que o dado arquitetônico de um edifício fica estabelecido através da identificação da sua tipologia e morfologia, segue que: . o objetivo do restauro deve ser aquele de permitir uma correta leitura destes aspectos; . sempre que, na determinação dos valores atribuídos ao edifício, existir um valor estético, este será prioritário para a restauração; . a correta leitura do dado arquitetônico dependerá da liberação de todos os elementos que comprometam a unidade estética do edifício. Neste caso, a remoção das descaracterizações deverá ser considerada um procedimento habitual; . os valores estéticos do edifício deverão ser desobstruídos quando necessário. Esta restituição deverá ser projetada no sentido de restabelecer uma leitura contínua do organismo como um todo; . os elementos agregados posteriormente à arquitetura original do edifício que possuírem valores estéticos e/ou históricos e que não estiverem obstruindo a leitura do dado arquitetônico, deverão ser conservados; . elementos a serem acrescentados na arquitetura do prédio deverão ater-se ao
que os aspectos arquitetônicos existentes sugerirem; . estes novos elementos não deverão competir com os aspectos arquitetônicos existentes. Aspectos relativos ao sistema construtivo: . todos os elementos do sistema construtivo característicos da arquitetura do prédio que se encontram operantes deverão ser conservados; . todas as intervenções voltadas à consolidação destes elementos deverão utilizar-se da melhor tecnologia disponível para tal; . critérios de distinguibilidade valem para aqueles elementos que interferirem na imagem do prédio.
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_condicionantes legais . PDDUA O imóvel pertence a Macrozona 1, UEU 28, quarteirão 17, subunidade 1, densidade 19 (zona predominantemente residencial, mistas, centro histórico, corredor de urbanidade e de centralidade) e densidade 525 hab/ha (moradores e empregados). Atividade 5: zona de uso mista 02; e usos sem restrição quanto à implantação na área de ocupação intensiva. Aproveitamento 19: IA de 2,4 + estoque de ajuste de projeto; cuota ideal: 75m². Volumetria 19: Altura máxima permitida para construções no alinhamento, é de um pavimento para cada dois metros de largura do logradouro no qual faz frente, até no máximo de dez pavimentos. Para alturas superiores às permitidas no alinhamento, os prédios deverão manter recuos de frente, a partir do último pavimento não recuado, equivalente a dois metros por pavimento adicionado, contados sempre a partir do pavimento anterior. A altura na divisa deverá ter 18,00 m, base de 9 m e taxa de ocupação de 90% na base e 75% no corpo.
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_referências bibliográficas Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Arquitetura. Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional. Investigação de Diretrizes para um Projeto Ambiental. Porto Alegre: UFRGS, Faculdade de Arquitetura, PROPUR, 1986. 230p. OLIVEIRA, Nathalia Cantergiani Fagundes de. Miolos de quarteirão: [ou a cidade pelo avesso] conceito e história do espaço no interior das quadras e o caso da face sul do Centro de Porto Alegre. 2009. 146 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009. SOUZA, Célia Ferraz de; MÜLLER, Dóris Maria. Porto Alegre e sua evolução urbana. 2. ed., Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 2007. 123 p. MORALES, José. Terrain Vague – Emplazamientos Incertos. Quaderns d'arquitectura i urbanisme, nº 214, Barcelona, Espanha, 1997. 212, CASTELLO, Lineu Sirângelo. Repertório de elementos urbanos na área central. Porto Alegre: U & A (unidade de Estudos Ambientais Urbanismo & Ambiente), 1995. 87p. NEVES, Gervasio Rodrigo. Cartografia virtual histórica-urbana de Porto Alegre: século XIX e início do XX [recurso eletrônico]. Porto Alegre: IHGRGS, 2005.
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo, Martins Fontes, 2001. 510 p. MARZULO, Eber Pires. Imagens e Reflexões Peninsulares: Porto Alegre. In: PANIZZI, W.M.; ROVATTI, J. F. (organizadores). Estudos urbanos: Porto Alegre e seu planejamento. Porto Alegre: UFRGS, 1993. 373 p. BORBA, Sheila Villanova. Transformações recentes na área central de Porto Alegre. Apontamentos. In: PANIZZI, W.M.; ROVATTI, J. F. (organizadores). Estudos urbanos: Porto Alegre e seu planejamento. Porto Alegre: UFRGS, 1993. 373 p. ANDRADE, Leandro Marino Vieira. Porto Alegre: indagações sobre desenho e estrutura. In: PANIZZI, W.M.; ROVATTI, J. F. (organizadores). Estudos urbanos: Porto Alegre e seu planejamento. Porto Alegre: UFRGS, 1993. 373 p. SOUZA, Célia Ferraz de; DAMASIO, Cláudia Pilla. Os primórdios do urbanismo moderno: Porto Alegre na administração de Otávio Rocha. In: PANIZZI, W.M.; ROVATTI, J. F. (organizadores). Estudos urbanos: Porto Alegre e seu planejamento. Porto Alegre: UFRGS, 1993. 373 p. Site da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Disponível em: <http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/> Acesso: 20 de Agosto de 2010.
_referências bibliográficas Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Secretaria do Planejamento Municipal. Síntese do Plano Estratégico: reabilitação da área central de Porto Alegre. Porto Alegre, 2010. 56 p. Disponível em: <http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/vivaocentro/usu_doc/relatorio_vivoc entro.pdf> Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Programas Urbanos. Reabilitação de Centros Urbanos. Brasília: Ministério das Cidades, 2005. 84 p. Disponível em: <http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/doutrinaparcel_34.pdf> Acesso: 20 de Agosto de 2010. ROLNIK, Raquel. Um novo lugar para o velho centro. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/06.071/1945> Acesso: 20 de Agosto de 2010. VEIGA, Edison; VILICIC, Filipe. Eles são do berço da arquitetura de SP. E querem mudar a cara do centro. O Estado de S.Paulo. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100606/not_imp562231,0.ph> Site ObservaPOA. Disponível em: <http://geoobservatorio.palegre.com.br> Acesso: 20 de Agosto de 2010
DEL RIO, Vicente; GALLO, Haroldo. O legado do urbanismo moderno no Brasil: Paradigma realizado ou projeto inacabado? Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.006/958> Acesso: 20 de Agosto de 2010. MENEGUELLO, Cristina. A preservação do patrimônio e o tecido urbano Parte 2: Manchester, Dublin e São Paulo: reflexões a partir de três estratégias para a recuperação d o p a s s a d o u r b a n o . D i s p o n í v e l e m : < http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.003/993> Acesso: 20 de Agosto de 2010. NEFS, Merten. Incubadoras urbanas. Políticas de revitalização urbana através de subculturas. A experiência paulistana e o contexto internacional. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.058/487> Acesso: 20 de Agosto de 2010. Site da Prefeitura Municipal de São Paulo. Prefeitura desapropria 53 prédios no Centro para a construção de 2.500 moradias populares. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/se/noticias/?p=70 65> Acesso: 20 de Agosto de 2010.
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_entrevistas (e agradecimentos) . Arquiteta Sônia Maria da Silva, funcionária do DEMHAB; . Arquiteto Voltaire Danckwardt, coordenador do curso de Realização Audiovisual da UNISINOS; . Mauro, dono da Sexy Brazil e morador do Edifício Oliveira.
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