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A proposta deste estudo busca soluções para o espaço públi-
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co e regras de ocupação para o espaço privado, na Região do Quadrilátero Central de Ribeirão Preto, especificamente na
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região da “baixada central”, como é conhecida. J
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O estudo se baseia nos princípios do conceito de quadra aberta para embasamento no projeto de requalificação destes espaços; além da preservação e recuperação do patrimônio histórico; implantação de Habitação de Interesse Social e criação de uma rede de espaços públicos capazes de atender melhor aos moradores, trabalhadores e usuários da região.
O Conceito da Quadra Aberta permite não só reestruturar parte da cidade já construída, mas também pode ser ponto de partida para a sua expansão, pois os espaços internos criados na quadra podem coexistir distintas tipologias, variando seu uso e ocupação, criando ambientes de qualidade.
As intervenções para o espaço público serão apresentadas com indicações de acabamentos para pavimentação, cobertura, iluminação, paisagismo e mobiliário urbano.
Já para os espaços privados serão propostos parâmetros de ocupação para os novos lotes que juntos às normas da legislação urbanísticas determinarão a volumetria final proposta pelo projeto.
Nas intervenções tanto para o espaço público quanto para o espaço privado serão identificados os empreendimentos propostos e os parâmetros urbanísticos aplicáveis.
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Conceituação
A intervenção pretende resgatar a área da “Baixada Central”. A incorporação de novos usos, o aumento da população residente, a ampliação e a dinamização dos usos existentes e a adoção de conceitos urbanos sustentáveis servirão de suporte para a reestruturação desta área, possibilitanto o resgate do valor do centro da cidade.
O projeto esta baseado nos seguintes objetivos:
•
Criação de uma intervenção inclusiva com oportuni-
dades para os mais variados grupos socios-econômicos;
•
Mistura de usos residenciais, comerciais, culturais, cívi-
cos e educacionais;
9 •
Atração de uma ampla gama de faixas etárias e estilos de
vida para o coração da cidade;
•
Facilitação de viagens a pé ou de bicicleta;
•
Uso eficiente do solo urbano;
•
Resgate do patrimônio histórico;
•
Aumento das áreas verdes;
•
Promover de padrões de desenvolvimento sustentável.
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A metodologia destas propostas estão baseadas em uma ampla análise e pesquisa, que determinaram as principais restrições e oportunidades da área, levando em conta estudos já realizados.
Estas propostas se justificam levando em consideração o contexto urbano consolidado da área, como sua rede de infraestrutura estabelecida, o alto índice de usuários; a existência de referências históricas; a diversidade de serviços, comércio e equipamentos urbanos.
Por meio destes estudos , a estrutura de planejamento propõe a criação de novos espaços qualificados que se harmonizarão com o patrimônio histórico existente, uma solução dinâmica e desafiadora, capaz de proporcionar mudancas para a região central da cidade.
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O sistema de quadra ou quarteirão é muito antigo e teve
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sua origem no processo geométrico elementar de cruzamento ortogonal de linhas, de acordo com a acomodação
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ao relevo existente em cada área a ser loteada. A partir J
desse processo, adquire importância vital na produção das
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cidades e assume posição como unidade morfológica.
Para enterdermos a conceito da quadra aberta primeiramente precisamos entender a quadra da cidade tradicional. Segundo Figueiroa (2006. Não Paginado), Devemos entender como cidade tradicional um organismo urbano gerado através de um longo processo histórico. Neste contexto, tanto o traçado viário como a habitação coletiva são elementos que não podem ser concebidos separadamente, como o positivo e o negativo de um mesmo sistema. Não existem, portanto espaços indefinidos nesta relação restrita aos domínios do publico e do privado.
Ainda segundo ele (2006. Não Paginado), A quadra da cidade tradicional se caracteriza por ser claramente delimitada e homogênea. Uma massa compacta que apresenta uma relação desproporcional entre uma grande quantidade de espaço construído em contraposição a escassos e
13
fragmentados espaços livres habitualmente des-
esclarece que:
tinados apenas para a ventilação das habitações.
A quadra aberta é por essência um elemen-
A arquitetura, restrita a fachada, se expressa
to híbrido conciliador. Permite a diversidade,
neste momento apenas de forma bidimensional.
a pluralidade da arquitetura contemporânea. Ela recuperar o valor da rua e da esquina da ci-
Neste sentido entende-se que a cidade tradicional nada mais é
dade tradicional, assim como entende as quali-
que um recolhimento de épocas distintas, rejeitando de certa
dades da autonomia dos edifícios modernos. A
forma a realidade e a criatividade, uma massa de edifícios con-
relação entre os distintos edifícios e a rua se dá
struídos que ocupa quase toda a área da quadra. (Figura 01)
por alinhamentos parciais, o que possibilita ab-
Figura 01 – Quadra Tradicional
erturas visuais e o acesso mais generoso do sol.
A quadra aberta nos permite a variação de implantação dos edifícios possibilitando a criação de espaços abertos na quadra, que podem ser ambientes de qualidades, e que a ainda permite a permeabilidade da quadra. (Figura 02) “Os espaços internos gerados pelas relações entre as distintas tipologias podem variar do restritamente privado ao generosamente público, sem desconsiderar as nuances entre o semipúblico e o semiprivado.” (FIGUEIROA, 2006. Não Paginado). Fonte:http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385
Em relação à quadra aberta Figueiroa (2006. Não Paginado),
a articulação. Figura 02 – Quadra Aberta
A continuidade e a qualidade espacial resultam num ambiente urbano mais diversificado, pois permite mais pessoas circulando dentro da quadra o que possibilita a criação de urbanismos em pequena escala.
A profundidade é dada com a correlação entre perspectiva da rua e as fachadas alinhadas à rua, pórem com vazios e edifícios dando a sensação de profundidade. “Elas criam paisagens feitas de vistas próximas e distantes. Nossa arquitetura não pode mais consistir da retórica de fachadas esculpidas” (POTZAMPARC, 1996, p.163).
A articulação é dada através da circulação das pessoas através da quadra. “(...) relações entre a cidade e a arquitetura que se adapFonte:http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385
taram ao nosso tempo, baseadas em conceitos de intermediários, espaços e heterogeinidade.” (POTZAMPARC, 1996, p.163).
As principais carcteristicas que se obtem através uso da quadra aberta são a continuidade, a qualidade espacial, a profundidade e
15
Neste sentido os espaços criados através do uso da quadra aberta
gados nas edificações expressam características específicas de
produzem movimentos, e sua leitura é feita sobre o conjunto
cada período, contudo, as diferenças da arquitetura dos edifícios
e não de maneira isolada, o conjunto de edificios implantados
não prejudica a percepção do elemento urbano que os aproxima:
neste modelo gera espaços abertos e fechados, publicos, semi-pu-
a permeabilidade do solo, que possibilita a integração de edifi-
blicos e privados que se misturam, tendo como resultado espaços
cações privadas com o espaço público que os envolve.
multiplos de qualidade para a cidade. É atraves destes espaços flexíves que a correção e construção da expansão urbana pode
As diferenças arquitetônicas destes edifícios demonstram que a
ser feita.
tipologia urbana quadra aberta não é exclusiva de mecanismos econômicos e ou princípios estéticos, mas uma possibilidade po-
Por se tratar de um assunto ainda pouco explorado no Brasil, o
tencial, que pode ou não ser usada, dependendo da escolha dos
estudo da Quadra Aberta se faz tão importante, ele busca con-
projetistas e, principalmente, dos investidores.
sistência conceitual para a aplicação desta tipologia em nosso país, visto que uso deste conceito se faz de forma crescente em
Outro fator importante diz respeito à conectividade, a quadra
diversas cidades do exterior há bastante tempo.
aberta possibilita para a cidade contemporânea à integração de espaços desconectados da cidade tradicional e da cidade moder-
A experiência internacional mostra que esta tipologia traz
na, melhorando e valorizando a qualidade dos espaços públicos
soluções para a expansão e requalificação urbana, com capaci-
e privados. Nesta solução as construções devem integram-se à
dade de recriar ou criar espaços de qualidade para a cidade.
cidade existente envolvendo seu tecido histórico, suas condições sociais e econômicas.
No Brasil, são poucos, mas encontramos alguns exemplos desta tipologia na cidade de São Paulo, os projetos são de períodos diferentes, desde os anos 60 até a atualidade, podemos observar nestes projetos que a tecnologia e os princípios formais empre-
Este tecido é redesenhado envolvendo edifícios novos e antigos,
As vantagens no uso da quadra aberta são claras e podem ser
com transformações funcionais e redes de ruas redefinidas e
observadas tanto nos projetos aqui no Brasil, quanto no exte-
reorganizadas.
rior, portanto é uma solução contemporânea para os grandes aglomerados urbanos.
Os espaços livres produzidos, resultante desta implantação são vistos como um contexto e não como parte isolada, ou seja, não são tratados de maneira isolada e sim como parte de um todo, é ele quem faz esta ligação. Além disto, este espaço quando tratado de maneira a atender a especificidade do lugar a ser requalificado ou construído, tem por consequência o seu uso e sua a valorização.
Esta questão deve ser melhor estudada e entendida, para ser difundida entre os investidores públicos e ou privados. Ou seja, quanto mais qualidade um lugar tem, mais valorizado ele é. Neste jogo de interesses todos saem ganhando a população, os investidores e a cidade.
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Em meados de 1870, Segundo Migliori (1997), surgi o início do
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desenvolvimento econômico da região em função da fertilidade do solo favorecendo o crescimento da cultura do café e a chega-
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da dos imigrantes, na sua maioria italiana, impulsionando com J
o aumento da capacidade de escoamento da produção cafeeira
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a partir de 1883 com a implantação dos trilhos da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro.
A partir de 1880 o desenvolvimento da cidade se baseou nas atividades agrícolas cafeeiras, que como consequência teve um grande crescimento econômico, o que levou muitos investidores a investir em novos setores da economia. “foi um período de grande importância para o desenvolvimento da cidade, cujos habitantes, alguns bastante abastados, procuravam novas formas para investir seu dinheiro. Assim tem início a atividade imobiliária na cidade”....“na virada do século Ribeirão Preto já era uma cidade rica, sede de moradia de grande financistas”, conforme Migliorini (1997)
O desenvolvimento urbano da cidade se deu de forma
mais acelerada após a instalação das Cervejarias Companhia Paulista e Companhia Antarctica, no início do século XX, na Avenida Jerônimo Gonçalves próximas à Estação da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro. (Ver figura 17)
Ambas geraram inúmeros empregos, contribuindo para a formação de mão de obra especializada formada por imigrantes, na sua grande maioria italiana e precursora dos investimentos imobiliários na cidade mesmo durante a crise iniciada em 1929.
19
Figura 03 – Obras de construção da fábrica da Cia. Antarctica Paulista, inaugurada em 11 de agosto de 1911 - Fotógrafo: Ernesto Kühn
Fonte: Secretaria da Cultura – PMRP
Em 1930 a a Companhia Paulista investe na construção de um
O primeiro edifício verticalizado foi construído em 1934, o Ed-
teatro de ópera, um edifício comercial e um hotel, na Praça XV
ifício Diederichsen, e segundo Migliorini (1997), “uma nova in-
de Novembro; que viriam a se tornar o conjunto arquitetônico
jeção de ânimo no desenvolvimento da cidade”. Os investimentos
mais importante da cidade o “Quarteirão Paulista” formado pe-
a partir desta data foram responsáveis por lançar as bases do que
los edifícios: Palace Hotel, Teatro Pedro II e Confeitaria Paulicéia
viria ser a economia local, uma cidade prestadora de serviços.
Nova.
Com a crise do complexo cafeeiro a indústria da construção civil, passou a ser uma alternativa de investimento, inclusive entre os imigrantes com suas indenizações em busca de novos investimentos.
Figura 04– Confeitaria Paulicéia Nova, Teatro Pedro II e Palace Hotel – 08 de julho de 1930 Fotógrafo: Rainero Maggiori
Fonte: Secretaria da Cultura – PMRP
Figura 05 – Fase final da construção do Edifício Diederichsen, inaugurado em 1937 Local: rua General Osório esquina com Alvares Cabral
21
Fonte: Secretaria da Cultura – PMRP
Antiga Cervejaria Paulista Figura 06 – Primeira Fábrica da Cia Paulista – Rua Visconde do Rio Branco
Fonte: http://kaiser.saopaulofilmcommission.org.br/sobre/
A Cia. Paulista foi fundada em 25 de abril de 1913, a primeira
Na margem oposta estava instalada a fábrica da Cia. Antárctica
fábrica foi instalada à Rua Visconde do Rio Branco, esquina com
Paulista, também fabricante de bebidas e sua principal concor-
rua Barão do Amazonas e, em 18 de abril de 1914, foi inaugura-
rente.
da a nova fábrica, construída a Avenida Jerônimo Gonçalves, às margens do Ribeirão Preto, próxima a Estação da Cia. Mogiana
Juntas elas foram responsáveis responsável pelo desenvolvimen-
de Estradas de Ferro.
to urbano da cidade, até a decada de 70.
A Cia. Paulista foi ainda precursora dos investimentos imo-
Atualmente a antiga Cervejaria Paulista, abriga o Estúdio Kaiser
biliários que injetaram significativas cifras nas finanças locais em
de Cinema, tombada pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa
meio à crise iniciada em 1929.
do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico Turístico do Estado de São Paulo), pelo CONPPAC (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto) e atualmente encontra-se em processo de tombamento pelo IPHAN.
Figura 07 – A antiga Cervejaria Paulista, atualmente Estúdio Kaiser de Cinema
23
Fonte: http://kaiser.saopaulofilmcommission.org.br/sobre/
Antiga Cervejaria Antarctica Figura 08 – A antiga Cervejaria Antarctica
Fonte: Arquivo Rede de Cooperação Identidades Culturais.
A Companhia Antarctica em 1911 instalou sua filial em Ri-
O prédio da antiga Cervejaria Antarctica foi tombado como
beirão Preto, na Avenida Jerônimo Gonçalves, próxima a Estação
Patrimônio Histórico pelo CONPACC (Conselho de Preservação
da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro. Atraida por terrasterras
do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto) e será
férteis e na água doce originária do aquífero Guarani, a empresa
a sede de um Shopping. Em acordo com os relatórios apresenta-
prosperou na cidade.
dos pelo CONPPACC, a obra respeitará os espaços considerados históricos e que ainda possuem arquitetura da época.
Junto com a Cia Paulista contribuiu para o crescimento da cidade. Em 2002, ela foi vendida para a empresa mexicana FEMSA (Fomento Económico Mexicano, S.A.B.) e encerrou suas atividades em 2005.
Figura 09 – A antiga Cervejaria Antarctica, em verde as edificações que serão preservadas.
Fonte: http://conppac.zip.net/
25 Figura 10 – Desenho Original da Fachada da Cervejaria Antarctica
Fonte: http://conppac.zip.net/
Hotel Brasil Figura 11 – Hotel Brasil
Fonte: http://www.arquivopublico.ribeiraopreto.sp.gov.br/scultura/arqpublico/historia/i14hbrasil.htm
Construído na esquina da Rua general Osório, com a Av. Jerôni-
No final da década de 1980 o prédio do hotel foi vendido para o
mo Gonçalves, com o projeto de autoria do engenheiro Antônio
empresário Maurício Marcondes de Oliveira.
Soares Romêo .
O prédio do Hotel Brasil foi considerado de valor histórico e arquitetônico, pela Lei Municipal nº 6.067, de 21 de agosto de 1991
Com o falecimento de seu dono Vicente Viccari o prédio do hotel foi legado em herança para sua filha, casada com Pedro
Atualmente o hotel encontra-se em péssimas condições de con-
Moschini, que permutou o prédio com o Sr. Pedro Biagi.
servação, em entrevista a um jornal a família mostra interesse em restaurar o antigo edifício do Hotel.
Durante o funcionamento ficaram hospedados no Hotel muitos estadistas, membros de associações internacionais, homens de negócios e clubes de futebol.
Figura 12 – Hotel Brasil
27
Fonte: Google Earth, acessado 16/04/2014.
Mercado Municipal Figura 13– Antigo Mercado Municipal atingido por uma enchente.
Fonte: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/coderp/mercado/i01mercado.php
O Mercado Municipal começou a ser construído em 1899 e foi
Ao longo dos anos o prédio foi atingido por várias enchentes, e
Inaugurado em 1900. Tinha uma arquitetura grandiosa para a
em 7 outubro de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, um
década, era alto, com uma cobertura envidraçada, e construido
curto circuito provocou um grande incêndio, que o destruiu.
em tijolos de barro. Somente dezesseis anos após o incêndio, é que um noco prédio Assim que passou a funcionar, tornou-se um marco para a ci-
foi inanugurado para ser o Mercado Municipal. Este prédio foi
dade.
projetado pelo Engº Jaime Zeiger, e possui características da arquitetura moderna.
O prédio possi uma área de 4.150 m², divididas por um corredor
Atualmente encontra-se em mal estado de conservação neces-
principal e por corredores secundários, onde ficam os 152 boxes.
sitando de restauração e benfeitorias, sem que perca as carac-
Externamente é revestido com pastilhas da obra do artista plásti-
terísticas originais.
co Bassano Vaccarini. Tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) em 1993 como Patrimônio Histórico através da lei Municipal n° 6.597 e em 08 de novembro de 2004 a lei municFigura 14 – Painel do Artista Bassano Vaccarini, no Mercado Municipal.
ipal n°10.250, declara o Mercado Municipal ponto turístico do município.
Figura 15 – Antigo Mercado Municipal.
29
Fonte: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/coderp/mercado/i01mercado.php
Fonte: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/coderp/mercado/i01mercado.php
Conjunto de Edificações da Rua José Bonifácio
Figura 16 – Estação de Trens da Cia de Estradas de Ferro Mogiana. Inicio do Séc. XX. Fonte: Valadão (1997)
A Proximidade da Rua José Bonifácio com a antiga Estação
maior poder aquisitivo e as transformaram em comércio. Outras
Ferroviária da Mogiana tornou-a quase que uma extensão da
construções eram exclusivamente residenciais, feitas pelos novos
Estrada de Ferro, que fez com que a rua se transformasse e seus
proprietários de armazéns e empórios, ou feitas pela estação
edifícios passassem a servir economicamente à Estação. Aliado
de trens para abrigar seus funcionários mais graduados. Com
a isso a presença do Mercado Municipal e as várias atividades
o passar dos anos e o crescimento da produção cafeeira alguns
comerciais e industriais, mescladas as residências, formaram
armazéns foram transformados em depósitos de café. E por últi-
uma forte identidade da rua ao logo do século XX.
mo surge o aparecimento das construções destinadas a pensões, hospedarias e hotéis.
Ela apresenta edificações com vários estilos de épocas diferentes, relacionadas a vários períodos históricos da cidade.
As Mudanças socioculturais motivadas pelo progresso econômico tiveram importe reflexo no conjunto arquitetônico da rua. Um
Inicialmente as construções serviam como armazém e mora-
dos períodos de maior importância na rua foi na implantação da
dia, que posteriormente foram vendidas para comerciantes com
fábrica de bebidas no início do da segunda década do século XX,
neste período mais edificações foram construídas e a rua foi se
Atualmente suas edificações encontram-se mal cuidadas e em
tornando cada vez mais importante, e conhecida como a rua do
péssimo estado de conservação, decorrente ao mal uso e as refor-
comércio.
mas constantes para se adequar aos novos usos. Hoje o local é conhecido como a Boca do Lixo. A prostituição, venda de dro-
Destacam-se dois períodos econômicos distintos da rua, o
gas, o comércio ilegal e os furtos estigmatizam a rua.
primeiro é o da implantação de todas as atividades, de 1889 até inicio do Séc. XX, e o outro de 1919 até a crise de 1929, na qual
A preservação deste conjunto arquitetônico é de fundamental
as atividades instaladas não dependiam tanto da economia do
importância para a cidade, pois é através dele que podemos iden-
café. Neste período é reconhecido como o auge da rua. A diver-
tificar as modificações sociais, econômicas e políticas da história
sidade do comercio serviu na sustentação da economia da cidade
da cidade.
durante o período de crise. Figura 17 – Fachadas da Rua José Bonifácio
31
Fonte: Amigos da Fotografia (2010)
Fonte: http://www.panoramio.com/photo/72088057
Figura 18 - Ribeirão Preto - início da construção da Cidade - Rua General Osório em direção ao Centro.
Os centros urbanos, invariavelmente, traduzem a história da origem e desenvolvimento das cidades nos espaços públicos e nos imóveis edificados tornando-os singulares, no entanto, não devem ser vistos apenas como registro do passado.
Explorar a historicidade de suas edificações, seu caráter didático e sua vocação para atividades de cultura, lazer e turismo, são importantes para promover o desenvolvimento com qualidade de vida.
Nesse sentido, a reabilitação e a qualificação dessas áreas devem acontecer por meio da valorização do patrimônio cultural, explorando seu potencial para promover o desenvolvimento social e econômico.
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A região do Quadrilátero Central, também conhecida como
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Centro Histórico é compreendida pelas Avenidas Dr. Francisco Junqueira, Independência, Nove de Julho e a Jerônimo
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Gonçalves, é de extrema importância, é nesta região onde ocor-
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reu o nascimento da cidade.
Em uma das suas extremidades está a “baixada central”, muito conhecida pelos seus exemplares históricos, área que será objeto deste estudo. Seu patrimônio histórico e a vitalidade moldam o tecido urbano e social da região; e representa um papel determinante na evolução e transformação da cidade.
Os padrões periféricos de expansão urbana da cidade e o declínio do uso residencial no centro contribuíram para um problema social e econômico que agrava a percepção negativa da região. Em contrapartida a área apresenta um elevado potencial de requalificação social, econômica e ambiental, devido a sua localização estratégica e abundância de infraestrutura.
Os centros urbanos de uma forma geral, passaram por um longo período de abandono, tanto da iniciativa pública como da privada, muitas vezes devido a especulação imobiliária imposta nas cidades. Como consequência, estes lugares foram se depreciando; causando a diminuição da população moradora, perda e destruição de muitas edificações de importância histórica; muitas destas edificações encontram-se precárias e subutilizadas.
35
Por outro lado a existe uma concentração significativa de em-
A área apresenta diversos Equipamentos Urbanos de diversas
pregos que mantêm ativo o comércio tradicional e popular.
áreas:
Resgatar e Preservar o centro histórico são maneiras de manter
•
viva a história de seus habitantes, no entanto, não devem ser en-
Compras e Centro Comercial da Rodoviária;
Comercio: Mercadão Municipal, Centro Popular de
carados somente com um modo de como registro do passado. •
Transporte: Terminais Rodoviário, Suburbano e Urbano;
•
Saúde: Unidade Básica Distrital de Saúde – UBDS;
•
Lazer: Praça Francisco Schmidt e Parque Maurílio Biagi;
•
Histórico: a antiga Cervejaria Paulista, atualmente Estú-
Explorar a historia, a vocação para atividades de cultura, lazer e turismo, além dos recursos de infraestrutura existentes; são importantes para promover o desenvolvimento desta área. Para isso devemos desenvolver projetos que visem a diversidade de usos nas áreas centrais, essencial para manter o equilíbrio entre as diversas funções da centralidade. Figura 19 – Mapa de Ribeirão Preto, com localização do Quadrilátero Central.
dio Kaiser de Cinema, tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico Turístico do Estado de São Paulo), pelo CONPPAC (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto) e atualmente encontra-se em processo de tombamento pelo IPHAN.; o prédio da antiga Cervejaria Antarctica tombado como Patrimônio Histórico pelo CONPACC (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto) que será a sede do Buriti Shopping, seu projeto manterá partes conservadas do edifício, como fachadas e piso de paralelepípedo, o processo de construção ainda está em fase de aprovação de projetos e execução de projetos complementares; a rua José Bonifácio, devido aos seus conjuntos arquitetônicos e edifícios que são um grande acervo histórico da cidade, e o Hotel Brasil, protegido CONPACC, que atualmente está desativado.
Fonte: https://www.google.com.br/maps. Acesso dia 03/03/2014, com intervenção da autora.
Figura 20 – Mapa do Quadrilátero Central.
Fonte: https://www.google.com.br/maps. Acesso dia 03/03/2014, com intervenção da autora.
Figura 21 – Mapa da área conhecida como “baixada central” no Quadrilátero Central, com marcação da área de Intervenção.
37
Fonte: OLIVEIRA, Amanda Amaral de. Habitação de Interesse Social em área Central de Ribeirão Preto, com Intervenção da autora.
4 Antiga Cervejaria Cervejaria Antarctica Antarctica Antiga Fonte: Google Google Earth, Earth, acess acessoo 03/03/2014. 03/03/2014. Fonte:
3 Praça Francisco Schimidt Fonte: Google Earth, acesso 03/03/2014.
2
2 UBDS Fonte: Google Earth, acesso 03/03/2014.
1
8
Figura 22 – Área Intervenção com fotos de referência. (Montagem ) Fonte: Diversas, com intervenção da autora.
1 Terminal Rodoviario Fonte: Jornal da Tribuna de 4 de Maio de 2012 – Acessado 03/03/2014.
5 Estudio Kaiser Cinema Fonte: Google Earth, acesso 03/03/2014.
4 5 5 3
6 Hotel Brasil Fonte: www.g1.globo.com, acesso 03/03/2014.
6
7
7 7 Mercado Municipal Fonte: Revide - Ano 28 – Edição 703.
Fonte: Revide - Ano 28 – Edição 703.
8 Centro Popular de Compras Fonte: Google Earth, acesso 03/03/2014.
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Figura 23 – Mapa de Uso do Solo
Nesta região o uso comercial e de prestação de serviços está predominantemente instalados, com poucas exceções.
Ao longo das quadras da rua José Bonifácio e Avenida Jerônimo Gonçalves, e da Av. Dr. Francisco Junqueira, destacam-se Fonte: OLIVEIRA, Amanda Amaral de. Habitação de Interesse Social em área Central de Ribeirão Preto.
os prestadores de serviços, voltados para o setor automobilístico, mas também encontramos um variado comércio popular; como bares, lanchonetes, lojas de vestuários, calçados, acessórios eletrônicos e auto peças. (Ver figura 25)
Neste setor destacam-se o “Mercadão”, o Centro Popular de
O uso institucional se dá através da implantação de igrejas e o
Compras e o Centro Comercial da Rodoviária. Para reforçar
Uso industrial não foi identificado.
ainda mais este setor, está prevista a construção de um shopping popular, que deverá se instalar no antigo prédio da Cervejaria
As áreas verdes disponíveis são A Praça Francisco Schimidt e
Antarctica.
o Parque Maurílio Biagi, ambos desconectados as quadras de entorno.
Está região é ricamente viva durante o dia devido a esta oferta de possibilidades, mas a noite ela é vazia e perigosa. Um fator que contribui para esta situação são os inúmeros de imóveis fechados
Figura 24 – Imóvel Abandonado na esquina da Rua José Bonifácio com a Rua Mariana Junqueira.
e deteriorados e os estacionamentos que ocupam vários lotes, e que tem utilidade durante o dia. (Ver figura 24)
Fonte: Google Earth, acessado 05/03/2014.
Figura 25 – Comércio ao longo da Av. Dr. Francisco Junqueira. Fonte: Google Earth, acessado 05/03/2014.
Fonte: Google Earth, acessado 05/03/2014.
41
Na parte oeste, acima da Avenida Jerônimo Gonçalves, predomi-
Como benefícios deste modelo de ocupação podem enumerar:
na o uso Residencial com poucos imóveis fechados. (Ver Figura 26)
•
Uso eficiente do solo urbano, ou seja, o aumento da den-
sidade demográfica possibilitando a redução nos investimentos O comércio e prestadores nesta área se mostram de forma
em infraestrutura.
equilibrada para atender as necessidades locais, como padarias,
•
lanchonetes e bares; e os prestadores de serviços instalados são:
da cidade, preservando assim áreas de interesses ambientais.
assistências técnicas, gráficas, copiadoras e reciclagem de car-
•
tuchos.
o tráfego nesta região e como consequência a diminuição da
Devido aos levantamentos feitos devemos considerar que o Uso e Ocupação do solo urbano devem passar para um novo modelo de desenvolvimento, com adoção de padrões eficientes de consumo do solo urbano permitindo reduzir a expansão da mancha urbana para regiões periféricas da cidade, assumindo densidade passível de alocar a população nesta região que já possui infraestrutura. Figura 26 – Vista da Rua Padre Feijó.
Fonte: Google Earth, acessado 05/03/2014.
Diminuição da mancha urbana, para regiões periféricas
Redução dos deslocamentos motorizados, diminuindo
emissão de gases nocivos . •
Facilitação de deslocamento de bicicletas e a pé, visto que
a localização é dotada de variados recursos.
Figura 27 – Mapa de Gabarito
43
Através do mapa de Gabarito, podemos perceber a a tipologia predominante é horizontal. O trecho analisado apresenta construções térreas, de um e dois pavimentos no máximo, conferindo assim a horizontalidade das edificações.
Fonte: OLIVEIRA, Amanda Amaral de. Habitação de Interesse Social em área Central de Ribeirão Preto.
As edificações predominantes são as térreas e as de 1 pavimento, os típicos sobrados. Ambas as tipologias apresentam traços da arquitetura do início da ocupação da cidade no século XX, e estão em péssimas condições.
Muitas destas edificações estão sendo utilizadas como prostíbulo,
pensão, hotel e cortiço. Alguns sobrados são aproveitados apenas
Esta situação agrava a desvalorização da região, pois ela se torna
a parte térrea, onde estão instalados os comércios e prestadores
vulnerável diante de qualquer tentativa de uso noturno.
de serviço, já o 1° pavimento encontram-se vazios e deteriorados.
Na porção oeste, ocorre predomínio de edificações térreas com tipologia de casas geminadas com usos predominantes residên-
Outra característica que se observa neste mapa são os vazios nos
cias. As demais edificações de 1 e 2 pavimentos são de números
miolos de quadra, que estão sendo utilizados como estaciona-
inexpressivos.
mentos, muitos sem alvará de funcionamento.
Figura 28 – Vista da Rua José Bonifácio, esquina com a Rua São Sebastião.
Fonte: Google Earth, acessado 05/03/2014.
Figura 29 – Mapa Viário
45
A malha urbana nesta região é de forma quadriculada, uma das principais características da região central. Ela é cortada por Fonte: OLIVEIRA, Amanda Amaral de. Habitação de Interesse Social em área Central de Ribeirão Preto.
duas grandes avenidas de fluxo intenso, são nestas avenidas que circulam grande parte das pessoas que vem para a cidade trabalharem, estudar, ou somente usufruir do comércio e serviços que a cidade oferece.
Para agravar esta situação nesta área está localizado o Terminal Rodoviário, Suburbano e Urbano, o que compromete ainda mais
o sistema viário, pois a malha viária não atende à demanda de
Outro fator agravante a esta situação é o comercio de serviços
tantos usuários e compromete a circulação por esta região. ]
que margeiam a Av. Dr. Francisco Junqueira, que obriga quem procura estes serviços a reduzirem a velocidade nesta área em
O tráfego de ônibus nesta região é intenso e principalmente nos
busca de lugar para estacionar, provocando assim mais conges-
pontos de paradas da Rua Duque de Caxias; e, na avenida Jerôni-
tionamentos, (Ver Figura 31)
mo Gonçalves ao lado do Mercado Municipal, prejudicam ainda mais a situação, pois tiram a visibilidade dos equipamentos que têm valor histórico e ou cultural e prejudicam a mobilidade e acesssibilidade. (Ver Figura 30)
É justamente no cruzamento da a Av. Dr. Francisco Junqueira com a Av. Jerônimo Gonçalves que percebemos o maior fluxo de veículos, que muitas ficam parados no meio do cruzamento, prejudicando o fluxo de veículos.
Figura 30 – Ponto ônibus na Av. Jeronimo Gonçalves.
Figura 31 – Esquina Av. Dr. Francisco Junqueira com a Av. Jeronimo Gonçalves. Fonte: Google Earth, acessado 16/04/2014.
Fonte: Google Earth, acessado 16/04/2014.
Estes fatores tornam o sistema viário complexo e de difícil
Algumas ruas que cortam a área são de grande importância para
tráfego, tornando a esta em um ponto crítico sob a análise viária.
as ligações centro-bairro da cidade. A Rua Saldanha Marinho
Já na região acima da Avenida Jerônimo Gonçalves, apresentam
com a Avenida da Saudade, ligam o Centro ao bairro Campos
vias de menor fluxo, pois trata-se de uma região predominante-
Elíseos. A Rua Duque de Caxias com a Rua Luís da Cunha, ligam
mente residencial, com poucos comércios e serviços.
o centro ao bairro Vila Tibério; a Rua Martinico Prado com a Rua General Ozório, ligam o Centro ao bairro Vila Tibério; a Rua São Sebastião com a Rua Santos Dumont, ligam o Centro ao Bairro Vila Tibério. (Ver figura 32)
Figura 32 – Esquina Av. Dr. Francisco Junqueira com a Av. Jeronimo Gonçalves.
47
Fonte: Google Earth, acessado 16/04/2014, com inetrferência da Autora.
Para melhorar estes pontos deve-se: Estas ligações centro-bairro-centro, aliadas ao fluxo intenso existente no local acarretam mais dificuldades de transposição na área central. Como consequências observaram vários problemas como o perigo em atravessar os cruzamentos, devido ao grande fluxo de veículos nas vias, depreciação das edificações, etc.
•
Promover conexões francas com o entorno, reduzindo o
tráfego de passagem dentro da área de projeto; •
Aumentar as condições de conectividade, melhorando
a acessibilidade e o deslocamento entre os setores, facilitando caminhadas nas áreas de lazer e de comércio. •
Propor uma hierarquia viária dentro da área do projeto.
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J
O esvaziamento da Área Central de Ribeirão se insere num pro-
J
cesso de crescimento da cidade que estendeu a mancha urbana em direção às periferias, para acomodação da população de
J
baixa renda e em direção a novas áreas de valorização imobiliária
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para atender os setores de atividades relacionadas à alta renda.
Este processo resultou na a degradação de suas áreas centrais, com redução acentuada do número de moradores, existência de muitos imóveis vagos e subutilizados, degradação do patrimônio histórico e cultural, concentração de moradias precárias e insalubres, concentração de atividades informais, mudança no perfil socioeconômico e das atividades locais e, ainda, a saída de setores de serviços públicos e privados para outras regiões da cidade.
Essa situação resulta na subutilização dos recursos disponíveis nas áreas centrais, como infraestrutura, sistema de transportes; além de aumentar no adensamento populacional de baixa renda em áreas não servidas de infraestrutura e distantes dos locais de trabalho.
É uma forma de crescimento urbano que segrega as diferentes classes sociais no território, e subutiliza os recursos públicos, ou seja, além de não utilizar o que já existe, exige a ampliação de infraestrutura e de serviços públicos para áreas antes não ocupadas.
Uma maneira de reverter esse quadro de esvaziamento da Área Central da cidade é através da implantação de Habitação Interes-
49
se Social. Uma política habitacional para a Área Central é viável
Um dos argumentos centrais utilizados por parte dos autores
e necessária considerando que há oportunidades para a pro-
destes processos históricos reside no fato de que a localização
dução habitacional para as faixas de renda baixa e média.
privilegiada da moradia social na metrópole traz benefícios para o trabalhador e sua família sob diversos pontos de vista: facili-
Existem muitos edifícios com potencial para a reforma e adap-
dade de acesso aos postos de trabalho, acesso a serviços públicos
tação ao uso residencial e, outros ainda, com importância
e sociais, maior tempo para investir na família, descanso, estudos
histórica cuja melhor destinação seria a reabilitação para o uso
e lazer.
habitacional. Na cidade de São Paulo, vários projetos foram desenvolvidos No Brasil, a experiência com a produção de habitação em áreas
como o Projeto da Nova Luz e o Casa Paulista; ambos propõem a
centrais se iniciou a partir dos anos 1990, quando movimentos
convivência de moradias sociais com outras de classe média em
sociais de luta por moradia adotaram a estratégia de ocupação de
conjuntos de boa arquitetura que se desdobram para o espaço
prédios vazios ou ociosos nos centros de algumas cidades.
urbano, redefinindo e requalificando as áreas onde serão implantados.
Figura 33 – Projeto Casa Paulista – São Paulo
Fonte: Projeto Nova Luz. São Paulo, 2011.
Figura 34 – Projeto Nova Luz – São Paulo
51
Fonte: Projeto Casa Paulista. São Paulo.
Em vários pontos do planeta, áreas degradadas, antes ocupadas por indústrias, passam por recuperação para dar lugar a edifícios residenciais. Figura 35 - Projeto do escritório americano Moore Ruble Yudell, que aproveitou um local onde funcionava uma fábrica de carros, na cidade sueca de Malmö, e implantou ali um conjunto de prédios .
http://pro.casa.abril.com.br/profiles/blogs/cidades-renovadas
Fonte: http://concursosdeprojeto.org/2012/12/23/conjuntohabitacional-barcelona/#
Baseados nestes benefícios a implantação de Habitação de Interesse Social na área de intervenção contribuirá para:
•
Reduzir o número de viagens periferia-centro-periferia
com consequente redução nos gastos como locomoção e, ainda, melhoria da qualidade do ar.
•
Resultar em uma contribuição particular com relação à
prevenção de novas ocupações de áreas periféricas impróprias à Figura 36 - Montagem Fotos do Conjunto Habitacional
ocupação, como APP (Áreas de Preservação Permanente), beiras de rios e córregos, áreas de encostas e topos de morros.
construído em Barcelona e que resultou de concurso vencido pelo escritório catalão ONL Arquitectura – Joan Nogué,
•
Melhorar o acesso a serviços e equipamentos de saúde
pública.
53
Txema Onzain, Felix Lopez.
•
Facilitar o acesso a equipamentos de arte e cultura.
•
Minimizar a segregação sócia espacial, a formação de
guetos e estigmatização da população de baixa renda.
•
Gerar economia substantiva para as famílias de baixa
renda que poderiam investir os recursos economizados em educação e outros setores para elevar a própria qualidade de vida.
•
Promover a inclusão social da população de menor renda
neste território, de maneira que os investimentos futuros em infraestrutura possibilitem melhoria de espaços públicos.
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J
Os centros urbanos apresentam, de forma geral, diminuição da
J
população moradora, déficit habitacional, perda e destruição do patrimônio edificado, precariedade e subutilização das edi-
J
ficações e da infraestrutura urbana instalada, além da perda da
5.
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J
dinâmica econômica. Por outro lado, geralmente, concentram um percentual significativo de empregos que mantêm ativo o comércio tradicional e popular.
Promover a diversidade de usos nas áreas centrais é essencial para manter o equilíbrio entre as diversas funções da centralidade.
O espaço público, nos séculos XIX e XX, tem se definido de forma otimista como o espaço do coletivo, compreendido não como pertencente a um indivíduo, uma classe ou uma corporação, mas ao povo como um todo.
A arquitetura e os espaços criados produzem movimentos, e devem ser vistos como um contexto e não como partes isoladas, ou seja, o edifício não deve ser tratado de maneira isolada e sim como parte de um todo, um pedaço que cria a performance do coletivo, que é a cidade.
A cidade, coletivamente, é mais importante que cada prédio, o qual pode contribuir para criar ou transformar a cidade. É através da implantação destes edifícios que podemos buscar a qualidade dos espaços nas cidades.
55
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A forma urbana é um processo contínuo [...] J
Portzamparc (1995, p.19) desenvolve seu primeiro projeto de
e, ainda que seja possível descrever ou carac-
urbanismo e sua teoria:
terizar uma cidade em umJ período preciso, para bem compreendê-la não podemos neg-
O espaço vago seria o essencial das aproxi-
J ligenciar o estudo dos períodos anteriores
mações de palnejamento da arquitetura e da
que condicionaram seu desenvolvimento e
cidade de tal modo que o urbanismo havia
que literalmente lhe deram forma. (ROSSI,
falhado anteriormente devido ao fato de não
1966, p.82).
ter compreendido tal teoria, e foi isso que senti durante esse projeto.
Baseado nos estudos Christian de Portzamparc, que defende
Fica claro neste sentido a busca de implantar na quadra os edi-
a quadra aberta como uma solução contemporânea para os
ficios de maneira a formar espaços vazios que criem ambientes
grandes aglomerados urbanos, ela seria uma conciliação entre
para o coletivo.
as cidades da primeira e segunda era, abrindo as portas para a terceira era da cidade, a cidade contemporânea. Uma conciliação entre as qualidades da rua-corredor da cidade tradicional e dos edifícios autônomos da cidade moderna.
Sobretudo percebesse a que a formulação do espaço arquitetural e o espaço visual deveriam permanecer em conjunto, para que ambos se relacionassem com a vida das pessoas. Inspirado no pensamento de Lao Tsu, “(...) minha casa não é um telhado, não é uma parede, não é uma terra. É o vácuo entre todos esses elementos porque é neste vácuo que eu vivo” (POTZAMPARC, 1996, p.16).
57
Embaixada da França em Berlim Figura 38 - Fachada da Embaixada da França em Berlim
Fonte: http://arcoweb.com.br/noticias/arquitetura/christian-de-portzamparc-embaixada-da-04-09-2003
Na Embaixda de Berlim, percebemos a busca de Portzam-
Outro desafio do Projeto foram as determinações legais e rígidas,
parc, por espaços vazios . O projeto foi implantado em um lote
para construção, que impõe altura, dimensões das aberturas,
pequeno estreito e comprido no coração da cidade. (Figura 33).
matérias das fachadas entre outras.
O terreno é o mesmo da antiga embaixada em Berlim, incendi-
Ele tem uma face voltada para a Praça e outra para a lateral ab-
ado durante a Segunda Guerra Mundial, fica ao lado do Portão
erta. Mesmo assim o terreno fica entre os muros que separam as
de Brandemburgo. Para o novo Projeto foi adquirido um lote
contruções existentes no quarteirão.
pequeno aberto para a rua lateral, visto que as quadras são fechadas o que impede a entrada de ventilação e luz.
O programa atende a Chancelaria, consulado, serviços culturais,
Figura 39: Implantação - Embaixada de Berlim, com intervenção da autora.
59
Fonte: http://www.chdeportzamparc.com
econômicos, militares, residência do embaixador, anfiteatro,
esta a chancelaria, e na rua lateral fica o volume do consulado.
café aberto ao público e estacionamento, todos com controle de circulação de público e funcionários muito rígidos.
No interior existe um grande jardim que se comunica com todos os espaços da recepção. A parede cega foi dividida ao meio em
Com um programa rígido e formal, ele cria em sete volumes de
toda sua largura por um terraço arborizado. As salas de recepção,
formas e alturas diferentes, seus espaços são dilatados proporcio-
reuniões e de trablho são distribuidas em torno do pátio e do jar-
nando iluminação e ventilação naturais aos ambientes e ofere-
dim. E no último pavimento está o apartamento do embaixador.
cendo vistas para as diversas direções da cidade.
(Ver Figuras 40,41,42,43,44)
De frente para a Praça existe uma galeria em L envidraçada, onde
Figura 40, 41,42: Embaixada da França em Berlim : Maquete Eletronica; Planta 1° Pavimento e Planta 6° Pavimento. Fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/christian-de-portzamparc-embaixada-da-04-09-2003
Este projeto é um conjunto de variedades, erguido com aço,
Mesmo com as regras de construções exigidas, ele obtem resul-
vidro e concreto. Na fachada ele obedeceu às normas de urbanis-
tados de uma obra atual, evidenciando contrates e evitando a
mo da cidade, baseadas na arquiteura clássica: materiais minerais
simetria e regularidades, o conjunto claramente contemporâ-
(textura em concreto martelado, que se assemelha em forma e
neo se harmoniza de maneira sutil com o ambiente classico ao
tom às pedras tradiçionais de Berlim), colunas, pedestais, janelas
redor.“(...) uma arquitetura relativamente livre de convenção, de
de dimensões limitadas, coroamentos, átrio etc.
volumetria, de modenatura, pode desabrochar sem ser contida por um exercício de fachada imposto entre duas fachadas con-
tíguas.” (POTZAMPARC,1996, p.45).
Para Portzamparc as quadras abertas devem ser ocupadas por construções não coladas e separadas, de diferentes alturas, permitindo o movimento, a criação de espaços abertos internos à quadra e ao longo da rua. É importante a percepção fisica do espaço publico, dos limites, das fachadas, do viário. Estes estudos são fundamentais para implantação dos edificios, objetivando a integração dos espaços internos e externos além da arquitetura; criando ambientes salubres, com rica ventilação e insolação.
Figura 43 e 44 : Patios internos Embaixada França em Berlim.
Fonte: http://www.chdeportzamparc.com
61
Cetenco Plaza No Brasil, esta tipologia ainda é pouco utilizada, mas podemos
Construída nos anos 1970, em um contexto histórico impor-
encontrar alguns exemplos de excelente qualidade, como por
tante, pois a cidade vivenciava a mudança do deslocamento
exemplo, a Cetenco Plaza, instalada na cidade de São Paulo,
de atividades econômicas entre regiões distintas, os principais
localizada na avenida Paulista, esquina com a alameda Ministro
bancos do centro velho, se mudam para o divisor de águas entre
Rocha Azevedo, projeto de Rubens Carneiro Vianna e Ricardo
o centro e o Jardim Paulista, a Avenida Paulista. É neste cenário
Sievers.
que o este complexo é construído pela Cetento, para abrigar vários serviços, principalmente empresas bancárias que estão se mudando para a região.
Figura 44, 45 e 46 : Patios Cetenco Plaza.
Fonte: http://lfpaisagismo.com.br/projetos/espacos-publicos/cetenco-plaza
Figura 47: Implantação Cetenco Plaza
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
Para atender o programa proposto pelos investidores, os arquitetos Rubens Carneiro Vianna e Ricardo Sievers projetam duas
Figura 48: Implantação Cetenco Plaza
torres gêmeas, de planta quadrada, totalmente envidraçada em tom esverdeado, com uma clara simplificação arquitetônica de seu volume.
Na implantação uma das torres é posicionada na esquina e a segunda torre do conjunto para o fundo do terreno, o que permitiu a criação de um espaço livre rico em diversidades, com praças e passagens, inclusive com um percurso por detrás do Banco Sul-americano – atual Banco Itaú, projeto do escritório Rino Levi Arquitetos Associados, permitindo o acesso ao conjunto por uma terceira rua, a Frei Caneca.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
63
Figura 49: PĂĄtio Cetenco Plaza
Fonte: http://lfpaisagismo.com.br/projetos/espacos-publicos/cetenco-plaza
Figura 51: Vista Cetenco Plaza, Avenida Paulista, SĂŁo Paulo.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
Figura 51: Vista Cetenco Plaza, Avenida Paulista, S達o Paulo.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
Figura 52: Vista Cetenco Plaza, Alameda Ministro Rocha Azevedo, S達o Paulo.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
65
Um projeto paisagístico bem elaborado agrega qualidade, aos
aberta, diferente do urbanismo tradicional que considera a rua
espaços livres criados. O resultado final é uma grande permeab-
corredor e terrenos desconectados, este urbanismo apresenta
ilidade disponível ao pedestre, que pode andar pelo interior dos
conceitos espaciais novos, com uma estrutura de cidade mais
terrenos privados, sem maiores obstáculos.
humana, com diversidades, e escalas diferentes, proporcionando riquezas espaciais através de crianção micro e macro ambientes,
Mesmo assim pouco tempo depois da conclusão da obra, o
trazendo flexibilidade para a correção e construção da expansão
conjunto sofreu com a crítica de Ruth Verde Zein, que comprara
urbana ao longo do tempo.
o complexo com as praças nova-iorquinas, como um lugar árido e vazio. “(...) o jogo de reflexos frios e cambiantes da desola-
“Os objetos continuam sempre autônomos, mas ligados entre
da praça ‘nova-iorquina’ entre o edifício do Banco de Crédito
eles por regras que impõem vazios e alinhamentos parciais.
Comercial, de José Magalhães e Samuel Szpigel, e as duas torres
Formas individuais e formas coletivas coexistem.” (POTZAM-
da Caixa Econômica Federal” (ZEIN,1985, p.83).
PARC,1996, p.47).
Analisando seu ponto de vista percebe-se o seu ponto vista é pertinente naquele momento, pois nos anos 80, o conceito da quadra aberta não tinha muito valor aliado a este fator aquela região tinha um uso ainda era restrito ao centro financeiro que se instalava ali. . Mais com a diversificação de usos e o aumento de pessoas naquela região, este espaço hoje é um dos mais frequentados pelas pessoas que frequentam aquela região.
Atualmente este espaço é um dos mais procurados pelas pessoas na nos horários de pico, onde multidões tomam conta da Avenida Paulista, o espaço livre oferecido pelo complexo abriga varias pessoas que ficam ali para lanchar, conversar ou só matar o tempo nas horas livres do trabalho. (Figura 42) Seu intenso uso hoje demonstra o acerto dos arquitetos pela escolha desta tipologia, reforçando assim os princípios da quadra
Figura 53: Paisagismo - Cetenco Plaza Fonte: http://lfpaisagismo.com.br/projetos/espacos-publicos/cetenco-plaza
67
Figura 54: Paisagismo e o Restaurante Spot ao fundo - Cetenco Plaza Fonte: http://lfpaisagismo.com.br/projetos/espacos-publicos/cetenco-plaza
Centro Empresarial Itaú Figura 55: Centro Empresarial Itaú.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
O Centro Empresarial Itú, atual Itaú Unibanco, é um empreen-
Uma lei municipal específica atribui a gestão do empreendimen-
dimento absolutamente incomum na capital paulista no que diz
to à Emurb, Empresa Municipal de Urbanização, empresa públi-
respeito aos aspectos legais e urbanísticos, pois na prática se efe-
ca, o que permitiu a conciliação dos interesses públicos presentes
tivou uma Parceria Pública Privada, bem antes que este tipo de
na implantação da estação Conceição da linha norte-sul do
iniciativa fosse discutido conceitualmente no Brasil e colocado
metrô e os interesses privados, representados pelo Banco Itaú,
em vigência através de lei.
proprietário do terreno, e investidores imobiliários.
O complexo, projeto e construção dos anos de 1980 a 1985, localiza-se em gleba na zona sul de São Paulo, delimitada pela Avenida Armando Arruda Pereira e ruas locais.
Figura 56: Centro Empresarial Itaú, implantação. Itauplan e Aflalo & Gasperini [CUPERTINO, Jaime Marcondes. Centro Empresarial Itaú: do edifício à cidade, p. 47]
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ projetos/11.124/3819
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ projetos/11.124/3819
Figura 57: Implantação - Centro Empresarial Itaú.
69
Figura 58: Vista Geral do Conjunto Centro Empresarial Itaú.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
O contraste entre as torres com desenho prismático e o em-
O projeto original do embasamento é de autoria de Javier Judas
basamento com formas orgânicas resulta da divisão original do
y Manubens e Jaime Cupertino, ambos tinham a grande admi-
projeto, que foi levado à frente por arquitetos de duas equipes
ração por Oscar Niemeyer, o que aparece de forma clara em todo
distintas.
o desenho do embasamento, desde as lajes curvas do embasamento e a solução de paisagismo até a escolha do grande painel
Figura 59: Estudo de implantação das torres. Itauplan e Aflalo & Gasperini. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
de Sergio Camargo.
71
Figura 60: Centro Empresarial Itaú, plantas do embasamento. Itauplan e Aflalo & Gasperini [CUPERTINO, Jaime Marcondes. Centro Empresarial Itaú: do edifício à cidade, p. 50-56]
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
Nesta fase foi desenvolvido o embasamento do conjunto, conciliando a presença da estação no subsolo, sua relação com a praça externa e os acessos diversos às áreas públicas e privadas.
A integração da área do terreno com a praça pública lindeira, permite a passagem de pedestres por dentro do conjunto, obetendo assim um carater urbano encontardo somente nos centros das grandes cidades, onde encontramos passagens através das galerias, que se transformam em uma extensão das calçadas.
Figura 60: Montagem Fotos Ă rea Externa Centro Empresarial ItaĂş.
Fonte: http://www.paulamagaldi. com.br/centro-comercial-itau/
A segunda fase, voltada para as torres, foi encomendada pelos
No total, são cinco torres, construídas em momentos diferentes.
empreendedores ao escritório Aflalo e Gasperini, com a equipe
As três primeiras, dispostas junto à rua das Carnaubeiras, têm
de trabalho liderada pelos arquitetos Eduardo Martins Ferreira,
formato cúbico com estrutura periférica e caixa central com
Felipe Aflalo e Jaime Marcondes Cupertino, o único a participar
elevadores, escadas e banheiros e elevações que alternam faixas
das duas fases.
horizontais opacas (estrutura e alvenaria), e transparentes, (esquadrias envidraçadas), modelo seguido, com algumas modificações nas proporções, pela quinta torre, a última a ser construída junto à Avenida Dr. Hugo Beochi. A quarta torre, destinada à
Figura 61: Centro Empresarial Itaú, elevação e corte longitudinal do conjunto. Itauplan e Aflalo & Gasperini [CUPERTINO, Jaime Marcondes. Centro Empresarial Itaú: do edifício à cidade, p. 48]
Itausa, é totalmente envidraçada e conta com estrutura central na periferia da caixa de circulação vertical e banheiros, resultando em arrojado balanço da periferia da edificação.
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Fonte: http://www.vitruvius.com.br/
Figura 62: Montagem Fotos Ă rea Externa Centro Empresarial ItaĂş.
Fonte: http://www.paulamagaldi.com.br/ centro-comercial-itau/
Figura 63: Montagem Fotos - Ă rea Externa Centro Empresarial ItaĂş.
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Fonte: http://www. paulamagaldi.com.br/ centro-comercial-itau/
Brascan Century Plaza Figura 64: Brascan Century Plaza
O projeto foi implantado em um terreno que abrigava antigas residências de baixo padrão e a antiga fábrica de chocolates Kopenhagen.
De autoria dos arquitetos Jorge Königsberger e Gianfranco VanFonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.%20044/2397
nucchi , o conjunto Brascan Century Plaza conta com três torres com soluções contemporâneas, tecnologia de última geração e
Brascan Century Plaza, implantado no início dos anos 2000 no
grande variedade formal não só entre os edifícios, mas até mes-
Itaim Bibi. Um bairroque passou por muitas transformações na
mo entre as elevações da mesma edificação. Implantadas na área
década de 90, com verticalização intensa e mudança de usos,
livre do térreo, que, por sua vez, se articula com as calçadas de
e tornaou-se uma região nobre, com prédios de apartamentos,
três das ruas que conformam a quadra; Joaquim Floriano, Ban-
equipamentos e serviços adequados aos novos habitantes locais.
deira Paulista e Tamandaré Toledo.
Figura 65: Planta de Implantação - Brascan Century Plaza
Figura 66: Implantação Brascan Century Plaza Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.%20044/2397
Fonte: http://www.vitruvius. com.br/revistas/read/projetos/04.%20044/2397
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O grande jardim ocupa praticamente toda a área livre do térreo
Segundo o arquiteto Gianfranco Vannucchi, um dos autores do
e dá acesso às lojas, cafés e cinemas, foi projetado por Benedito
projeto, “as pessoas não aguentam mais ficar fechadas dentro
Abbud e conta com espelho d’água, vegetação e escultura em
de um shopping. [...] É um projeto [...] que vai à contramão dos
madeira de Elisa Brancher.
condomínios fechados, das grades, dos muros, quer dizer, do enclausurar; pelo contrário, é um projeto que se abre para a cidade”.
Neste projeto fica evidente a articulação dos espaços públicos e privados, e a qualidade do espaço resultante para a cidade. Figura 67: Área Externa - Brascan Century Plaza
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.%20044/2397
Figura 68 e 69: Ă rea Externa Brascan Century Plaza
79
Fonte: http://www.vitruvius.com. br/revistas/read/projetos/04.%20 044/2397
Figura 70 e 71: Ă rea Externa Brascan Century Plaza
Fonte: http://www.vitruvius.com. br/revistas/read/projetos/04.%20 044/2397
Figura 72 e 73: Brascan Century Plaza Continuidade da praça nos acessos aos edifĂcios.
81
Fonte: http://www.vitruvius.com. br/revistas/read/projetos/04.%20 044/2397
Figura 74 e 75: Área Interna Brascan Century Plaza Passagem coberta, acessando lojas, cafés, restaurantes, cinemas, praça de acesso coletivo e edifícios com programas diversos.
Fonte: http://www.vitruvius. com.br/revistas/read/projetos/04.%20044/2397
A quadra aberta é por essência um elemento híbrido conciliador. Permite a diversidade, a pluralidade da arquitetura contemporânea. Ela recuperar o valor da rua e da esquina da cidade tradicional, assim como entende as qualidades da autonomia dos edifícios. “(...) relações entre a cidade e a arquitetura que se adaptaram ao nosso tempo, baseadas em conceitos de intermediários, espaço e heterogeinidade.” (POTZAMPARC, 1996, p.163). A quadra aberta permite reinventar a rua: legível e ao mesmo tempo realçada por aberturas visuais e pela luz do sol. Os objetos continuam sempre autônomos, mas ligados entre eles por regras que impõem vazios e alinhamentos parciais. Formas individuais e formas coletivas coexistem. Uma arquitetura moderna, isto é, uma arquitetura relativamente livre de convenção, de volumetria, de modenatura, pode desabrochar sem ser contida por um exercício de fachada imposto entre duas fachadas contíguas. (POTZAMPARC,1996, p.45) As referências apresentadas contêm soluções urbanísticas tanto para o espaço público como para o espaço privado, elevando e valorizando a qualidade do ambiente urbano construído a ser revitalizado e ou no espaço a ser construído. O projeto que será desenvolvido na área da “Baixada Central”, será norteado por estes princípios, visando resgatar a qualidade do espaço urbano para atender as necessidades atuais da cidade.
83
Q
Q
J
Atualmente, uma das principais dificuldades encontradas em
J
centros urbanos de grandes cidades é o esvaziamento populacional das áreas centrais, onde há amplo capital social investido. Ao
J
mesmo tempo, paradoxalmente, estas cidades apresentam graves J
problemas ligados à falta de moradia para uma parcela da popu-
6.
Pr o
je t
o
lação, que passa a ocupar regiões periféricas caracterizadas pela falta de infraestrutura urbana e de dinâmicas sociais em torno da moradia, tais como saneamento básico, segurança, coleta de lixo, escola, trabalho, lazer, cultura etc. (BARRRETO SILVA, 2000).
A intervenção proposta pretende resgatar a área da “Baixada Central” localizada no Quadrilátero Central, no coração da ciadde de Ribeirão Preto.
Através da implantação dos principios da quadra Aberta, na área, o projeto buscará soluções para a requalificação do espaço existente.
A incorporação de novos usos, o aumento da população residente, a ampliação e dinamização dos usos existentes e a adoção de conceitos urbanos sustentáveis servirão de suporte fundamental para requalificação da área.
85
Área de Intervenção
N
5
Lotes da Área de Intervenção
Partido do Projeto
•
Determinar as intervenções em passeios públicos in-
cluindo dimensões, materiais, mobiliário urbano, iluminação Para estabelecer e alcançar os objetivos do projeto, alguns principios foram estabelecidos de forma a incorporar as soluções relacionadas as potencialidades e oportunidades na área.
•
Indicar quais os imóveis deverão ser objeto de restauro,
através do estudo dos instrumentos de preservação das áreas protegidas, por interesse histórico ou ambiental, possibilitando o resgate do patrimônio histórico a articulação entre as novas áreas edificadas;
•
Apontar as edificações para renovação por substituição e
as edificações existentes a serem recuperadas;
•
Abrir as quadras para aproveitamento destes espaços;
•
Definir os padrões de ocupação indicando as localizações
das atividades de usos residenciais e não residências para as novas edificações;
•
Misturar usos residenciais, comerciais, culturais, cívicos
e educacionais;
•
Definir os parâmetros de ocupação dos lotes e de com-
posições das edificações, caracterizando as disposições e volumetrias que darão fisionomia ao projeto;
pública, coberturas, arborização urbana, ordenamento das redes de infraestrutura e acessibilidade a portadores de mobilidade reduzida;
•
Qualificar a priorização das vias de acesso às redes de
transporte público coletivo com definição de plano de mobilidade para a área, hierarquizando a circulação e acessos de veículos e pedestres.
•
Reestruturarar as ligações com bairros adjacentes para
criar um atraente setor urbano de uso misto;
87 •
Criar estacionamento para veículos, motos e bicicletas;
•
Aumentar as áreas verdes, com tratamento adequado a
atender as necessidades do usuário.
JJ
JJ
JJ
JJ
Diretrizes para os Espaços Públicos e Privados
Para elaboração da intervenção proposta neste objeto de trabalho foram consideradas as seguintes diretrizes necessárias para a concepção do projeto:
•
Identificação das edificações que serão restauradas e / ou
recuperadas;
•
Identificação das edificações que serão renovadas por
substituição;
•
Identificação das edificações que serão demolidas sem
substituição;
•
Estudo dos espaços livres resultantes da remoção das ed-
ificações que serão removidas por substituição e / ou demolidas sem substituição;
•
Definição da setorização da área de intervenção;
•
Proteção da malha viária na área de intervenção;
•
Definição da conectividade entre as quadras;
•
Definição dos pontos de acesso/conectividade entre as
quadras;
•
Estudo do micro clima;
89
Identificação das Edificações que serão Restauradas e ou Recuperadas
N
5
91
Lotes com edificações que serão restauradas, possibilitando a articulação com as novas áreas edificadas.
Identificação das Edificações que serão Renovadas por Substituição
N
5
93
Lotes com edificações para renovação por substituição.
Lotes com edificações que serão restauradas, possibilitando a articulação com as novas áreas edificadas.
Identificação das Edificações que serão Demolidas sem Substituição
N
5
95
Lotes com edificações que sofrerão demolição sem substituição
Lotes com edificações para renovação por substituição.
Lotes com edificações que serão restauradas, possibilitando a articulação com as novas áreas edificadas.
Espaços Livres Os espaços públicos são a expressão fundamental da sociedade
A criação de uma rede de espaços públicos distintos e variados
urbana. Simbolizam a vida social, cultural e política da comu-
possobilitarão a formação de vizinhança e permitirão a implan-
nidade, permitindo que várias idades, diferentes estratos sociais
tação de diferentes atividades nos meios das quadras
e culturais possam conviver harmoniozamente num mesmo espaço.
Os espaços atenderão às condições culturais, sociais e climáticas do local, preservando sua cultura e história.
Os espaços criados nos meios das quadras possibilitarão este convivio.
A sustentabilidade será implantada como diretriz das novas edificações, garantindo assim o sucesso da intervenção.
A principal diretriz para o projeto de espaços públicos é a criação de um ambiente agradável, no que se refere ao clima e ao contexto local.
Estes espaços serão projetados tendo como base a escala humana, permitindo desde enventos cívicos até uma certa privacidade, estruturando uma ampla gama de escalas e usos.
Espaços Livres
N
5
97
Áreas para implantação de propostas de projeto para ocupação de uso público e privado.
Setorização A Proposta urbanistica está estruturada na criação de setores de usos mistos, que interligados, objetivam integrar os usuários e moradores da região.
Os espaços públicos gerados no meio das quadras, ajudarão na construção de senso de vizinhança, escala e orientação da área.
Estes espaços são capazes de atrair público para as atividades de lazer, cultura e comércio.
Podemos considerar como principal diretriz:
•
A criação de um sistema de espaços públicos de difer-
entes escalas associados aos espaços existentes, possibilitará uma ampla gama de funções e atividades para incentivar o uso das áreas públicas e os investimentos na área.
Setorização
N
5
99
Uso Misto: Comercio e Serviços
5
Uso Misto: Cultura e Lazer
Uso Misto: Residência, Comércio e Serviço
Proteção da Malha Viária A malha urbana na forma quadriculada é a principal carac-
As diretrizes são:
terística da região e deve ser preservada. •
Usar redutores de velocidade, reduzindo o tráfego dentro
As ruas demarcadas no mapa devem ser protegidas afim de asse-
da área do projeto para facilitar o convívio entre pedestres e
gurar conforto e segurança aos pedestres durante o deslocamen-
veículos;
to entre as quadras. •
Evitar a circulação de passagem no interior da área;
da permitirá acessibilidade ao interior da área sem comprometer
•
Utilizar as avenidas que formam o limite da área demar-
a qualidade urbana em seu interior.
cada como rede de distribuição primária;
A criação de um mini-anel viário ao entorno da região demarca-
•
Criar uma hierarquia viária funcional dentro da área do
projeto, identificando as áreas destinadas exclusivamente para pedestres e bicicletas ;
•
Retirar o estacionamento ao longo da Rua José Bonifácio,
permitindo somente paradas para carga e descarga;
•
Coordenar o estacionamento de veículos e acesso de
serviços a partir da rede de acesso principal e do mini-anel viário.
•
Identificar possíveis lotes no entorno da área que possam
abrigar futuros edifícios garagem.
Proteção Malha Viária
N
5
101
Área Intervenção
Mini Anel Viário Edificações Existentes
Proteger a Malha Viária
Conectividade Na área um somatório de espaços públicos persistem no tempo
As diretrizes são:
desconectados e desarticulados entre si. •
Promover conexões entre as quadras, melhorando a
Dar um novo significado a estes espaços possibilitará o seu uso
acessibilidade e o deslocamento entre os setores, promovendo
pleno, sendo este o objetivo central do redesenho do espaço
caminhadas entre as áreas comerciais, de lazer e residenciais;
público . •
Criar alternativas para pavimentação, iluminação,
O projeto constitui uma oportunidade de formular alternativas
paisagismo e mobiliário urbano, facilitando o deslocamento no
urbanas para incentivar caminhadas e o uso de bicicletas.
eixo criado;
•
Aumentar a largura das calçadas, para facilitar a circu-
lação dos pedestres;
•
Aumentar o espaço público destinado a pedestres;
•
Criar fachadas voltadas para o interior das quadras para
torná-las atrativas ao público;
•
Implementar travessia de pedestres com redutores de
velocidade;
Conectividade
N
5
103
Área Intervenção
Edificações Existentes
Conectividade entre os setores
Acessos A identificação e acentuação dos pontos de ligação entre as qua-
As diretrizes são:
dras, através da criação de referências urbanas que funcionarão como acessos.
•
Implantar prédios ícones e marcantes de forma a gerar
referências para quem está dentro e fora da área de intervenção. Os acessos serão posicionados em pontos estratégicos para re-
Esta estratégia facilitará andar pela área e fortalecerá a identi-
forçar a ligação entre as quadras.
dade local;
Desta forma, os acessos fortalecerão a integração da área, desta-
•
cando os edifícios e valorizando os espaços públicos.
perspectivas dos principais monumentos existentes como mar-
Privilegiar as principais vistas, maximizando as
cos de orientação e identidade urbana;
•
Criar fachadas continuas através da construção de edifi-
cações sem recuos ao nível do térreo, respeitando assim a identidade já existente no local;
•
Criar fachadas ativas nos térreos com usos de atividades
comerciais voltadas para o espaço público.
Portais Acessos
N
5
105
Área Intervenção
Edificações Existentes
Criação de Portais Acessos
Micro Clima O entendimento dos aspectos climáticos locais assegura que o
As diretrizes são:
projeto potencialize o conforto ambiental no desenvolvimento dos espaços públicos e forneça diretrizes para os espaços
•
Aumentar o sombreamento de ruas e pátios internos, us-
privados, criando ambiente agradável que propicie caminhadas
ando elementos que funcionem como filtros, como por exemplo,
e melhorando as condições das áreas de convívio ao ar livre.
árvores e toldos;
A largura estreita de muitas ruas favorece o sombreamento natu-
•
ral.
Gonçalves, “brise-soleil”, arcadas, sacadas e toldos para facilitar o
Implantar nas edificações localizadas na Av. Jerônimo
sombreamento nas fachadas com maior incidência solar; O estudo do micro clima foi utilizado como premissa para orientar as diretrizes do projeto, permitindo que a área seja uma
•
região reconhecida como sustentável e propicie um baixo con-
roeste principalmente na Av. Jerônimo Gonçalves e na Av. Dr.
sumo energético.
Francisco Junqueira;
•
A arborização deve estar concentrada nas fachadas no-
A implantação nos edifícios deve prever a instalação de
painéis de energia solar na cobertura;
•
As fachadas norte e noroeste devem receber elementos
que permitam o sombreamento, para minimizar o uso de energia para resfriamento;
•
As novas edificações devem considerar o uso terraço-jar-
dim como partido para melhorar o conforto ambiental;
•
As fachadas maiores dos novos edifícios devem ser orien-
tadas para permitir melhor gestão de incidência solar.
Micro Clima
N
5 Poente
Nascente
107
Área Intervenção
Deslocamento Solar Poente
Nascente
Incidência Solar Excessiva
Incidência Solar Positiva
Rota Pedestre Sombreada
JJ
JJ
JJ
JJ
Elementos do Espaço Público
Nos espaços públicos serão definidos os principais padrões dos elementos a serem adotados na concepção do projeto:
•
Padrões de Pavimentação;
•
Padrões de Iluminação;
•
Padrões de Arborização;
•
Padrões de Mobiliário Urbano;
109
Padrões de Pavimentação A pavimentação é pensada para transformar a identidade da área, favorecendo a circulação de pedestres, reforçando a hierarquia viária, criando novos espaços públicos, diferenciando assim os caminhos de pedestres dos caminhos de veículos.
Recomendações: •
Todos os pisos deverão ser de origem local e selecionados
com a melhor qualidade;
Especificações: •
Pisos de concreto e asfalto das vias deverão reaproveitar
material da demolição, na medida do possível;
•
Todos os pisos deverão ser instalados em base de cimento
para minimizar desplacamento, futura manutenção e acidentes provocados pela irregularidade de sua superfície; - Placas pré-moldadas de concreto •
Os padrões geométricos de paginação de piso deverá
obedecer uma unidade em cada zona de pavimentação específica.
•
- Dimensões: 200 x 400mm - Cores: Cinza claro e cinza escuro
Superfícies compartilhadas por pedestres e veículos de-
verão utilizar-se de pisos de dimensão máxima de 100x200mm, demodo a evitar sua ruptura e/ou rachadura do mateiral;
•
Pisos de cores mais escuras deverão ser utilizados em
áreas destinadas aos veículos;
•
Concreto de alta qualidade deverá ser utilizado em áreas
de praças, e nos pátios e parte interna das quadras.
- Placas pré-moldadas de concreto - Dimensões: 100 x 200mm Cores: Cinza cescuro
Figuras 76 e 77: Projeto ReferĂŞncia Piso Brascan Century Plaza, SĂŁo Paulo, Brasil.
111
Fonte: http://www.vitruvius.com. br/revistas/read/projetos/04.%20 044/2397
Figuras 78, 79, 80 e 81: Projeto ReferĂŞncia Piso Town Hall Square Solingen, DĂźsseldorf, Alemanha Fonte das Fotos: http://www.landezine.com/index.php/2012/05/town-hallsquare-solingen-by-scape-landschaftsarchitekten/
Figuras 82, 83, 84 e 85 Projeto ReferĂŞncia Piso Dreieich Boulevard, Frankfurt, Alemanha Fonte das Fotos: http://www.publicspace.org/en/works/d216-dreieich-plaza
113
Padrões de Iluminação A iluminação pretende promover níveis adequados para a visibilidade e a segurança de toda a área, reforçando a hierarquia das ruas e dos espaços livres ajudando a consagrar a área como única na cidade. A iluminação de piso será utilizada em praças para promover segurança adicional aos pedestres, e estética sutil para massas verdes de árvores e artes públicas.
Recomendações:
•
Iluminação das vias (postes e luzes provenientes da parte
externa das construções) deverá ser projetada de modo a direcionar o foco de luz para baixo e evitar a poluição visual;
•
Lâmpadas de baixo consumo de energia deverão ser uti-
lizadas;
•
Emprego de LED ou tecnologia solar;
•
Recomenda-se a instalação de controles inteligentes para
monitorar e ajustar os níveis de luz de acordo com o ambiente (controlado através de um sistema central);
•
Postes de luz históricos deverão ser adaptados para con-
sumir menos energia, e ter maior eficiência.
Figura 86: Postes na Avenida Jerônimo Gonçalves Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2013/07/1310461-prefeitura-de-ribeirao-preto-sp-esquece-postes-da-area-central.shtml
- Restauração das luminárias e incorporação no projeto luminotécnico; - Manutenção das luminárias na Avenida Jerônimo Gonçalves.
- Uso em um dos lados da Av. Gerômino Gonçalves e na rua José Bonifácio; - Alumínio de alta qualidade, estrutura em aço inoxidável; - Eficiência energética através de lâmpadas de LED ou lâmpadas halógenas de metal cerâmica.
- Destinada para áreas das praças e pátios; - Alumínio de alta qualidade, estrutura em aço inoxidável; - Eficiência energética através de lâmpadas de LED ou lâmpadas halógenas de metal cerâmica.
- Iluminação embutida no piso; - Iluminação para passeios,ou jardins.
115
Figura 87: Projeto Referência de Iluminação Dreieich Boulevard, Frankfurt , Alemanha Fonte: http://www.publicspace.org/ en/works/d216-dreieich-plaza
117
Padrões de Arborização Compõe-se de árvores nativas brasileiras consideradas apropriadas às condições urbanas e ao clima da região. Objetiva maximizar a biodiversidade e os benefícios microclimáticos, assim como a redução da necessidade de irrigação.
Outro objetivo é a melhoria do ambiente destinado aos pedestres, trazendo conforto e sombra adicional ao espaço, o que também ajuda a melhorar o efeito de ilha de calor.
A escolha das espécies designa qual escala e forma de árvore é apropriada para cada região, baseando-se nas funções e dimensões das ruas.
Recomendações: •
Todas as plantas deverão ser nativas da região ou prove-
nientes de regiões com clima similar;
•
A seleção das espécies em cada rua deverá considerar a
biodiversidade total da região, possibilitando assim que cada rua possuirá diferentes especificidades;
•
As espécies deverão ser escolhidas de acordo com o com-
primento e largura das ruas;
•
As árvores deverão ser plantadas sob condições que ga-
rantam sua saúde e vivacidade;
119
- Arvores de grande porte; - Devem ser implantadas na Av. Jeronimo Gonçalves, ao lado das novas edificações onde, as novas larguras das calçadas forneçam condições de implantação de especies arboreos deste porte; - A implantação de árvores deste porte permitirá o sombreamento das novas edificações evitando a aridez da região, melhorando o conforto ambiental da área; - Arvores de médio porte; - Devem ser implantadas nas demais áreas de intervenção;
Figura 88, 89, 90 e 91: Projeto Referência Arborização: Praça da Liberdade, Belo Horizonte.
121
Fonte das Fotos: http://www.em.com. br/app/noticia/ gerais/2012/09/12/ interna_gerais,316934/ beleza-dos-ipes-toma-conta-da-capital. shtml
Mobiliário Urbano Os padrões de mobiliário urbano refletem os parâmetros adotados no desenho urbano para o Projeto. Ele deverá ter um padrão único, mas flexível o bastante para lidar com um grupo de usuários diversos, assim como um desenho inovador e materiais resistentes, além de ter facilidade na construção, implantação e manutenção.
Recomendações: •
O padrão do mobiliário deve ser único ao longo de toda a
região e coordenado em termos de materiais, cores, acabamento e estilo, com o intuito de criar uma família de elementos esteticamente relacionados;
•
Materiais devem ser escolhidos de acordo com qualidade
estética, conforto e durabilidade;
•
Preferência pela utilização de materiais que contenham
em sua composição elementos reciclados.
Bancos Figuras 92 e 93: Banco de concreto prĂŠ-moldado com assento em madeira Brascan Century Plaza
123
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.%20044/2397
Lixeiras As lixeiras são destinadas para resíduos orgânicos e outros que não podem ser reciclados.
O sistema de coleta de resíduos orgânicos e não recicláveis vai melhorar as condições de higiene e limpeza das praças e pátios, reduzindo significativamente os problemas de mau cheiro nesses locais. possibilitando que o lixo seja reciclado.
Cada lixeira tem capacidade para 2,5 mil litros,
Figuras 94, 95 e 96: Lixeiras subterrâneas Fonte das fotos: http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=15230
Bicicletário Para a concepção do bicicletário serão adotados modelos contemporâneos, conforme os exemplos ilustrados nas figuras.
90 cm
90 cm
314 cm
90 cm
11 cm
7,75 cm
28 cm
46,500 cm
Figuras 97, 98 e 99: Bicicletário 46,500 cm
1 cm
125
Fonte: http://www.mude.esp.br/ design_esportivo.php
JJ
JJ
JJ
JJ
Projeto
O projeto esta baseado na setorização das quadras, refletindo as necessidades apontadas no partido e diretrizes elencados anteriormente.
Foi concebido um edificio de comercio e serviços no trecho de maior fluxo de veiculos.
Foi preservado o Espaço Kaiser de Cinema, incluindo a sua integração às demais quadras do entorno, abrindo áreas de acesso a pedestres.
Foram implantadas unidades habitacionais de interesse social, de forma a preservar que os moradores residentes na área permaneçam próximos aos locais onde já residem, e trazendo novos moradores para perto de seus locais de trabalho.
Foram criadas edificações de uso misto que respeitaram o gabarito já existente, voltados para o interior da quadra.
Foi projetado um edificio comercial em substituição ao CPC Centro Popular de Compras, revitalizando e gerando melhorias à quadra.
Foi proposta a revitalização do mercadão, respeitando as características originais, com melhorias nos acessos e integração às demais quadras do entorno.
Para finalizar, houve a criação de uma Praça Civica.
127
Implantação
N
Quadra 1 Edificio de Comércios e Serviços Quadra 2 Estudio Kaiser de Cinema
Quadra 3 HIS - Habitação de Interesse Social
Quadra 4 Edificações de Uso Misto
Quadra 5 Edifício Comercial Quadra 6 Mercado Municipal Quadra 7 Praça Cívica
Edificações Existentes
Vista da Rua José Bonifácio
129
Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves
Quadra 1
N
A quadra 1 abrigará um novo edíficio que será implantado no local onde foram feitas as demolições por substituição.
Este novo edíficio abrigará um centro comercial e de serviços que atenderão as atividades que antes ali já estavam estabelecidas.
O edificio possui um pátio interno coberto por uma cúpula.
O edificio possui Lajes em balanço de forma a amenizar a insolação na edificação, melhorando o conforto ambiental.
Este edifício possui quatro andares, subdivididos em térreo mais três pavimentos.
O paisagismo foi pensado de forma a aproveitar a integração com o paisagismo existente na Avenida Jerônimo Gonçalves.
N
5
131
Croqui Estudo de Implantação Fonte Autora
Vista da Avenida Dr. Francisco Junqueira
Vista da Avenida Jer么nimo Gon莽alves
Perspectiva Frontal
133
Entrada Principal
Referência: Conjunto Nacional - São São Paulo
Fonte das Fotos: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.124/3819
O Conjunto Nacional, apesar da edificação estar implantada em todo o lote, é um exemplo de quadra aberta, pois, todo o seu térreo é composto de pátios internos que dão acesso às demais quadras do entorno. Este mesmo conceito foi empregado no edificio que está implantado na Quadra 1.
135
Quadra 2
N
A quadra 2 onde está instalada o Estudio Kaiser de Cinema, apenas cederá parte do interior da quadra para o uso público.
Algumas aberturas são propostas de forma a possibilitar a conectividade com as demais quadras.
Esta intervenção possibilitará a promoção dos edificicios do Estudio Kaiser, que hoje se encontam fechados e voltados para o interior da quadra.
A passagem de pedestres pelo inetrior da quadra não só promoverá a arquitetura destes edíficios como também possibilitará a divilgação dos eventos que acontecem no Estudio.
O piso no pátio interno será mantdo para preservar as características históricas, onde a padronização de calçada com as demais quadras só será realizada no perímetro desta quadra.
Serão abertos quatro acessos para garantir a conectividade às demais quadras.
N
5
137
Implantação
Planta de Cobertura
Vista Superior - Destaque para a conectividade
Vista da Rua José Bonifácio
139
Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves
Quadra 3
N
Na quadra 3 serão implantadas edificações de Habitação de Interesse Social - HIS.
Estes edifícios terão em seus térreos unidades comerciais, voltadas para acesso ao público em geral.
As habitaçãoes de interesse social possibilitarão que os futuros moradores permaneçam em uma regiao central, próximos ao seu local de trabalho, o que auxilia nas melhorias da regiao e gera economias, como por exemplo, redução dos custos de transporte.
Sua implantação gera espaços livres internos de qualidade, possibilitando áreas para uso comum.
O edificio possui diferentes tipologias de habitação, sendo basicamente composto
A concepção é feita em lâminas escalonadas para propiciar boa
por habitações de dois ou um
iluminação e ventilação, minimizando o efeito de gabarito da
dormitório.
região.
Está sendo proposto na cobertura terraço jardim, dando destaque ao paisagismo e gerando conforto ambiental à edificação. Também foram implantados no cobertura painéis solares, que geram energia, auxiliando na sustentabilidade energética da praça e dos pátios internos.
5
N
141
Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves, com destaque para a implantação do paisagismo na avenida e vista dios painéis solares e terraço jardim
Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves, esquina com a Rua Duque de Caxias, com alargamento das calçadas e travessia de pedestre no nivel da calçada
Vista superior da quadra com destaque para a grande praça, onde se vê os grandes espelhos d’água e o paisagismo com ipês
143
Destaque da implantação da praça, com seus espelhos d’água e paisagismo criando pequenos espaços agradáveis de convivio e passagem
O mobiliรกrio urbano estรก implantado de maneira a criar ambientes de diferentes escalas, tornando estes espaรงos agradรกveis a todos os grupos de usuรกrios
145
Detalhe de implantação do edificio de HIS
Referência: Estudo de edificios de três pavimentos, autores Monica Drucker e Ruben Otero, para o Governo do Estado de São Paulo
Fonte das Fotos e Imagens: Livro Sustentabilidade e Inovação na Habitação Popular, Secretaria de Estado de Habitação - Governo do Estado de São Paulo.
Planta de um bloco do estudo
147
Referência: Estudo de edificios de quatro pavimentos, autores Gregory Bousquet, Carolina Bueno, Olivier Raffaëlli e Guillaume Sibaud para o Governo do Estado de São Paulo.
Fonte das Fotos e Imagens: Livro Sustentabilidade e Inovação na Habitação Popular, Secretaria de Estado de Habitação - Governo do Estado de São Paulo.
Tipologias: Unidades de dois e tres dormitórios
149
Edificios residenciais com tĂŠrreos comerciais
Quadra 4
N
Foram implantadas edificações de uso misto respeitando o gabarito já existente na área.
Estas novas edificações de uso misto possuem térreos comerciais e primeiro pavimento residencial, sempre voltados para o interior da quadra.
Com esta nova implantação, foram criados pátios internos com ambientes agradáveis aos moradores e usuários da região.
Os usuários estão cada vez mais interessado em uma interação com o meio ambiente.
Com este novo formato de edificações de uso misto é concebido um centro comercial, com uma estrutura mais aberta e com mais áreas de convivência verdes, proporcionando ao público usufruir de espaços ao ar livre, porém com mais segurança e conforto ambiental.
N
5
151
Implantação
Vista Superior a partir da Avenida Jerônimo Gonçalves
153
Vista do pátio interno Detalhe de mobiliário, paisagismo e espelho d’água
ReferĂŞncia de projeto: Brascan Century Plaza
Fonte das fotos: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.%20044/2397
155
Quadra 5
N
Implantação de edifício comercial que possibilitará a instalação dos comerciantes do CPC - Centro Popular de Compras, que será demolido.
Com esta nova edificação será aumentada a capacidade de lojistas na região, podendo atrair novos investimentos e empreendedores que atualmente nao estão neste local, gerando assim mais empregos para os residentes locais.
A tipologia da edificação cria uma praça interna sem cobertura, que faz ligação com as demais quadras do entorno.
Esta praça fará a integração com as demais quadras, com seus acessos garantidos e servindo de passagem para seus usuários.
As empenas cegas das edificações receberão artes urbanas e paisagismo adequado.
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Vista Superior a partir da Rua José Bonifácio, com detalhe para a passagem de pedestres entre as quadras no nivel da calçada
Vista Superior a partir da Av. Jeronimo Gonçalves, com detalhe do alargamento da calçada com novo paisagismo que melhora o conforto ambiental da nova edificação.
Vista Superior e detalhe do terraço verde da edificação
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Detalhe do pátio interno e das edificações existentes que poderão ser recuperadas e/ou restauradas
Vista do pátio interno Detalhe de mobiliário, paisagismo e espelho d’água
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ReferĂŞncia de projeto: Brascan Century Plaza
Fonte das fotos: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.%20044/2397
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Quadra 6 Na quadra 6 está estabelecido o Mercado Municipal de Ribeirão Preto.
Estão previstas melhorias e recuperações na edificação, bem como adaptações nos seus acessos e integração com as demais quadras.
A pavimentação da calçada externa ao mercadão será feita na mesma padronização das demais quadras.
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Melhoria nos acessos ao mercadão e integração com as demais quadras
Vista da Av. Jerônimo Gonçalves
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Integração do Mercadão à Praça Cívica
Quadra 7
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Na quadra 7 foi criada uma Praça Cívica em substituição ao antigo CPC - Centro Popular de Compras.
Foi proposta uma cobertura para amenizar as altas temperaturas da cidade, além da implantação de árvores de grande porte para garantir o sombreamento da praça.
A praça conta com fontes d’água que jorram a partir do piso, possibilitando que as crianças possam brincar e se refrescar nos dias quentes.
Este local possibilitará encontros cívicos de forma a possibilitar uma maior integração entre os usuários.
Foi proposta uma cobertura com forma diferenciada para destacar e valorizar a praça, garantindo que esta se torne um ponto de referência para o município.
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Referencia Projeto Praça Deichmann e a Galeria Negev constituem um elo entre o campus da Universidade de Ben-Gurione e a cidade de Be’er Sheva.
Fonte das Fotos: http://www.archdaily.com.br/ br/01-17117/praca-deichmann-chyutin-architects
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As propostas aqui apresentadas tiveram como objetivo buscar a
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requalificação e recuperação de uma área central extremamente importante para o Município de Ribeirão Preto.
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Foi considerada a preservação e recuperação do Patrimônio
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Histórico, criados Habitações de Interesse Social, Edificios Comerciais e de uso misto, praças e pátios de integração entre as quadras, estabelecendo o conceito de quadra aberta na finalidade de atender de modo eficaz aos moradores, trabalhadores e usuários da área de intervenção.
Através da arquitetura contemporânea foi buscada a diversidade e a conectividade, integrando os espaços desconectados da cidade tradicional. Desta forma, os espaços publicos e privados, anteriormente degradados, foram valorizados e qualificados.
Com esta solução as novas edificações e as edificações existentes integraram-se à cidade, envolvendo o tecido histórico e melhorando as condições sociais e econômicas da área objeto de estudo.
Para que este projeto se torne viável, sugiro que exista uma parceria entre o poder público e o setor privado, de forma a atrair investimentos para que as obras e intervenções apresentadas sejam realizadas. Como exemplo, poderia ser criada uma Operação Urbana, na finalidade de se atrair recursos adicionais para a implementação deste projeto.
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Livros
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GHIRARDO, Diane. Arquitetura Contemporânea – Uma
Manual de elaboração de projetos de preservação do patrimônio cultural / Elaboração José Hailon Gomide, Patrícia Reis da Silva, Sylvia Maria Nelo Braga. _ Brasília : Ministério da Cultura, Instituto do Programa Monumenta, 2005. 76 p. (Programa Monumenta, cadernos técnicos 1)
8.
Re fe r
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RIBEIRÃO PRETO. Lei n.º 3346 de 28 de setembro de 1977.
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Dispõe sobre o plano diretor de desenvolvimento integrado,
do Centro Universitário UNISEB Ribeirão Preto. Ribeirão Preto
organização territorial, loteamento, reloteamento, arruamento,
2013.
abertura e prolongamento de ruas, retalhamento de imóveis em geral e dá outras providências.
Revistas e Sites
RIBEIRÃO PRETO. Lei n.º 5085 de 06 de julho de 1987. Acres-
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centa parágrafo ao artigo 52 da Lei n.º 3346/77 e regulariza edifi-
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Uma vitória, uma conquista,
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Um sonho realizado... JJ
É como me sinto...
Nasci com este dom e hoje ao realizar esta etapa entendo o vazio que J foi preenchido Jnesta longa caminhada de aprendizado...
Vejo que este caminho ainda é longo demais ... Ainda quero continuar a aprender e aperfeiçoar este dom... Vejo que esta etapa de conclusão é apenas o começo... Quero continuar acreditando, me questionando e querendo sempre mais... É uma vitória individual, mas que jamais seria concluida sem a ajuda de todos que me apoiaram e foram meus parceiros... Esta luz que me acompanha e esta dentro de mim, minha família, meus amigos, meus professores... Sem vocês eu não teria consiguido! Obrigada!
Fabio, você acreditou em mim e me incentivou, me apoiou e foi sempre meu parceiro... serei sempre grata! Julia, minha filha, quantos trabalhos realizados com você ... Será sempre minha companheira... e serei sempre a sua! Te amo! Pai obrigada por entender este dom e me estimular ... Você estará sempre em meu coração! Saudades eternas! A minha amada Avó Dulce dedico esta vitória! Sei que onde você estiver, esta em festa!
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