Exame de pares cranianos

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Por Dentro da Dor Orofacial e IEO-Bauru apresentam:

EXAME DE PARES CRANIANOS JUL WW

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O exame de pares cranianos é complementar a todo o exame de dor orofacial.

O exame não precisa ser uma avaliação complexa. Cada par de nervos pode ser avaliado pelo uso de procedimentos simples.

OS PARES I - Olfatório II- Óptico III - Oculomotor IV - Troclear V - Trigêmeo VI - Abducente VII - Facial VIII - Vestibulococlear IX - Glossofaríngeo X -Vago XI - Acessório XII - Hipoglosso

O QUE PROCURAR? Áreas de hipoestesia não explicáveis Perda do reflexo normal da córnea Fraqueza muscular persistente Envolvimento simultâneo de troncos nervosos de forma não relacionadas.

Materiais necessários para o exame: ✓Cotonetes ou pincéis ✓Espátulas de madeira ✓Lenço de papel ou algodão estéril ✓Lápis ✓Essências de eucalipto, baunilha, chocolate ✓Folha com letras e números de vários tamanhos ✓lanterna ou luz do refletor

Juliana Stuginski Barbbosa |5 Por Dentro da Dor Orofacial | www.julianadentista.com


I - OLFATÓRIO!

Pede-se ao paciente que diferencie odores.

NERVO OLFATÓRIO

Tem a funcão do olfato ou cheiro. A origem é no epitélio olfativo com distribuição periférica pelo corneto nasal superior e septo nasal, com conexões centrais no bulbo olfativo.

Pede-se ao paciente que detecte as diferenças entre os odores como de hortelã, baunilha e do chocolate (é útil tê-los disponíveis no consultório para o teste. A narina oposto deve estar ocluída e os olhos fechados. SINAIS DE ALTERAÇÃO

PARA TESTÁ-LO

Perda de sensibilidade olfativa (anosmia).

I I- ÓPTICO NERVO ÓPTICO

Tem a funcão de visão e reflexos à luz. Origem fica em células ganglionares retinianas e se distribuem perifericamente em células bipolares retinianas com conexões centrais nos núcleos geniculados laterais e pré-tectais.

exame com o outro olho. O campo visual pode ser testado ficando-se atrás do paciente e lentamente trazendo seus dedos de trás para frente à vista do paciente. O paciente deve relatar quando os dedos começam a aparecer. Em pacientes normais não haverá variação entre os lados. SINAIS DE ALTERAÇÃO

PARA TESTÁ-LO

Pede-se ao paciente que cubra um dos olhos e leia algumas frases. Deve-se repetir o

Ausência de constrição pupilar bilateral ao se testar o olho com perda visual.

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O primeiro nervo craniano tem fibras sensitivas que se originam na mucosa da cavidade nasal e fornece a sensação do olfato.


III- OCULOMOTOR, IV- TROCLEAR, VI - ABDUCENTE!

NERVOS OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE

Tem função de movimentos oculares. O oculomotor ainda promove a elevação da pálpebra e a constrição pupilar e acomodação.

PARA TESTÁ-LOS

São testados solicitando que o paciente siga seu dedo ou um objeto enquanto você faz um X. O reflexo de acomodação é testado mudando-se o foco do paciente para um objeto distante para um próximo. As pupilas devem se contrair ao mesmo tempo que o objeto ou seu dedo se aproxima do rosto do paciente. Para testar a constrição pupilar deve-se utilizar um foco de luz por 1 a 2 segundos (pode ser a luz do refletor) e

verificar se a pupila se contrai. A pupila oposta tambem se contrai (reflexo de luz consensual). SINAIS DE ALTERAÇÃO

III- Oculomotor: ✦oftalmoplegia com o olho desviando para baixo e para fora. ✦ptose ✦midríase: perda de acomodacão do cristalino IV- Troclear: ✦diplopia; extorsão do olho; fraqueza na depressão do olho aduzido. VI- Abducente: ✦ diplopia: desvio medial; paralisia abdutora

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V- TRIGÊMEO!

NERVO TRIGÊMEO

Tem a funcão motora de mastigação e amortecimento da membrana timpânica e relfexos proprioceptivos. Promove a sensibilidade da área inervada.

leve com algodão ou lenço estéril sobre a córnea A resposta motora pode ser testada solicitando que o paciente aperte os dentes enquanto o profissional está com as mãos sobre a face da paciente.

PARA TESTÁ-LO

SINAIS DE ALTERAÇÃO

Pede-se para o paciente fecha os olhos e realiza-se toque leve com cotonete, pincel ou algodão na área invervada. Os reflexos da córnea podem ser observados ao toque

Fraqueza da mandíbula; desvio ipsilateral da mandíbula aberta, hemianestesia facial.

VII - FACIAL NERVO FACIAL

SINAIS DE ALTERAÇÃO

Tem a funcão motora nos músculos da mimica, responsáveis pela expressão facial. Amortece as vibrações timpânicas e promovem a secreção em glândulas salivares. Além disso promove o paladar nos 2/3 anteriores da língua.

Paralisia facial; perda do reflexo coerneano (ramo eferente), hiperacusia, perda da lacrimacão, boca seca, perda de paladar nos dois terços anteriores ipsilaterais da língua.

PARA TESTÁ-LO

Pede-se para o paciente piscar, sorrir, elevar a sombrancelha e mostrar os dentes inferiores. A sensibilidade gustatória é verificada colocando sal ou açucar na região anterior da língua para o paciente distinguir. Exames de pares cranianos - www.julianadentista.com

O quinto nervo é tanto sensitivo (escalpo, nariz e boca) como motora (músculos da mastigação).


VIII - VESTIBULOCOCLEAR!

NERVO VESTIBULOCOCLEAR

O ramo vestibular tem função de equilíbrio e reflexo vestíbulo-ocular (ramo aferente). O ramo coclear promove a audição. PARA TESTÁ-LO

Peça que o paciente ande pé-ante-pé ao longo de uma linha reta. A audição pode

ser avaliada friccionando uma mecha de cabelo ou dos dedos próximo ao ouvido. SINAIS DE ALTERAÇÃO

Desequilíbrio, ausência de reflexo vestibuloocular, perda auditiva, surdez.

IX- GLOSSOFARÍNGEO, X- VAGO NERVO GLOSSOFARÍNGEO

PARA TESTÁ-LOS

Tem a funcão motora de elevação da faringe durante a deglutição, salivação, sensitiva de paladar do terço posterior da língua, sensibilidade geral da área inervada e reflexos químio e baroceptores (ramos aferentes) (bulbo e seio carotídeos).

Pede-se para o paciente dizer “ah”e o palato mole é observado e deve se elevar simetricamente. O reflexo de náusea pode ser provocado tocando cada lado da faringe.

NERVO VAGO

IX- Glossofaríngeo: disfagia, perda de paladar, anestesia, perda do reflexo de engasgo, perda do reflexo do seio carotídeo.

Funções: deglutição, vocalização, depressor cardíaco, broncoconstritor, motilidade e secreção gastro-intestinal (GI), paladar na região palatina, sensibilidade da epiglote, laringe, árvore respiratória e trato GI, ouvido externo e canal auditivo. Reflexos químio-e baroreceptores no bulbo e seio aórtico.

SINAIS DE ALTERAÇÃO

X- Vago: disfagia, voz fraca e rouca, caída do arco palatino, desvio contralateral da úvula, hemianestesia da faringe e laringe, perda do reflexo da tosse, anestesia do canal auditivo externo.

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XI- ACESSÓRIO!

NERVO ACESSÓRIO

Tem a funcão motora de deglutição, vocalização nos músculos faríngeos e da vocalização (com o vago) e movimentação da cabeça e do ombro em músculos esternocleidomastoídeo (ECOM) e trapézio.

que incline a cabeça de um lado para o outro enquanto o profissional realiza movimento contra resistência. O ECOM é testado fazendo com que o paciente olhe a direita e esquerda contra a resistência. SINAIS DE ALTERAÇÃO

PARA TESTÁ-LO

Pede-se ao paciente para encolher os ombros contra resistência. Então solicita-se

Fraqueza do movimento da cabeça para o lado oposto e do encolher dos ombros.

XII - HIPOGLOSSO NERVO HIPOGLOSSO

Tem a função de movimentar a língua.

língua também pode ser avaliada com o uso de uma espátula abaixadora de língua. SINAIS DE ALTERAÇÃO

PARA TESTÁ-LO

Pede-se ao paciente que protua a língua e observe qualquer desvio lateral descontrolado ou significativo. A força da

Atrofia unilateral, desvio ipsilateral ao ser protuída, fasciculações.

BIBLIOGRAFIA Dores Bucofaciais de Bell, 6 ed., Jeffrey P. Okeson Neuroanatomia Clinica Funcional, Paul A. Young - Paul H. Young Exames de pares cranianos - www.julianadentista.com


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