portfólio.
juliana leanza
arquitetura e urbanismo
2021
JULIANA LEANZA
são paulo, brasil +55 19 996363649 julianaleanza09@gmail.com
arquiteta e urbanista 25 anos
FORMAÇÃO 2021 - 2022
Especialização lato sensu - arquitetura, cidade e desenvolvimento imobiliário
_universidade presbiteriana mackenzie são paulo, sp 2013 - 2019
Graduação em arquitetura e urbanismo
_universidade estadual de campinas, UNICAMP campinas, sp
2016 - 2017
Intercâmbio acadêmico
_escuela técnica superior de arquitectura de madrid, ETSAM madrid, espanha
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 02/2020 - momento
Aflalo/Gasperini
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 2014-2015 Iniciação científica
arquitetura brutalista em Campinas, as escola de Paulo Mendes da Rocha. orientadora: Prof. Dra. Ana Maria de Goes Monteiro
São Paulo, Brasil
_arquiteta trainee
08/2019 - 12/2019
Isay Weinfeld
_bolsista pibic
São Paulo, Brasil
_estagiária
01/2019 -07/2019
Figueroa.arq
2015
04/2017 - 07/2017
Curso Photoshop
escola pixelmais campinas
24.7 Arquitetura
_15 h
Campinas, Brasil
_estagiária
escola pixelmais campinas
_30 h
São Paulo, Brasil
_estagiária 08/2017 - 12/2018
Curso Revit
2016
Iniciação científica
arquitetura brutalista em Campinas, as obras de Joaquim Guedes. orientadora: Prof. Dra. Ana Maria de Goes Monteiro
Ensamble Studio Madrid, Espanha
_estagiária
_bolsista pibic
IDIOMAS
PREMIAÇÕES Português
_língua materna
2020
Inglês
Melhores trabalhos de conclusão de curso em 2019 pelo site ArchDaily
_avançado
Espanhol
_sistema de lazer e áreas livres no centro de Campinas
_avançado
SOFTWARES Revit AutoCad SketchUp
Pacote Adobe Pacote Office Lumion
3o Lugar Prêmio Jovem Talento da Arquitetura 2019 - Minimum POA
2017
1o Lugar Projetar.Org 023
2015
Finalista Concurso Banca+
_museu da criatividade
_biblioteca popular de Campinas _projeto urbano para Avenida Mackenzie, Campinas
Índice
1 2 3
SISTEMA DE LAZER E ÁREAS LIVRES pág. 4
MUSEU DA DEMOCRACIA pág. 16
CASA DO MORRO DO ELEFANTE pág. 24
Sistema de lazer e áreas livres no centro de Campinas Centro, Campinas I 2020
Melhores trabalhos de conclusão de curso Brasil e Portugal 2019 , Archdaily 3o Lugar Prêmio Jovem Talento da Arquitetura 2019, Minimum
MEMORIAL
N
O projeto é resultado das reflexões sobre a cidade contemporânea e seus espaços públicos, mais precisamente sobre como nos apropriamos do espaço urbano no cotidiano e o que ele tem a nos oferecer para criar conexões com os seus usuários. Tais reflexões ganham força com o período político em que nos encontramos, onde valorizar os espaços e equipamentos públicos de qualidade é uma forma de resistência, uma vez que o seu esvaziamento e consequente deterioração está ligada ao recuo da cidadania e convivência social. Considerou-se de extrema importância para a criação dos vínculos entre usuários e espaço físico: o lazer, as manifestações culturais e o caminhar. O local escolhido foi o centro de Campinas, pelo contraste entre vitalidade e degradação. É repleto de memórias, edifícios e largos que marcam o processo de formação da cidade, ao mesmo tempo em que possui inúmeros vazios, patrimônios deteriorados e conflitos de fluxos. A proposta é um percurso pela Rua Regente Feijó com intervenções em vazios e edifícios subutilizados, a Regente Feijó abriga edifícios notáveis, como o Palácio dos Azulejos, atual Museu da Imagem e do Som; a Catedral Metropolitana e o Palácio da Justiça, antigo fórum da cidade, juntamente com os largos da Catedral e do Rosário. O percurso segue pela Rua Barreto Leme até chegar ao Mercado Municipal, onde se encontra o equipamento principal do sistema de lazer, um complexo esportivo e cultural. Buscou-se olhar para o lazer como parte do cotidiano, com um programa atrativo e acessível. Os espaços livres estruturam o percurso e trazem a unidade ao conjunto.
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5
6
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9
01 - Praça do MIS 02- Palácio dos Azulejos (MIS) 03- Catedral Metropolitana 04 - Palácio da Música (Palácio da Justiça) 05 - Cinema Windsor 06- Praça do Teatro 07 - Teatro Escola 08 - Complexo Esportivo e Cultural 09 - Mercado Municipal
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3
2
0 Escala 1:2000
50
100
200
Entrada da praça, mostrando a conexão visual com a R. Regente Feijó, a estrutura metálica e os módulos de lanchonetes/pequenos comércios.
04 e 05. Teatro e Praça: O partido para a implantação do teatro foi criar uma conexão entre a Avenida Francisco Glicério e a Rua Regente Feijó. Os espaços livres do térreo se conectam com a praça, que possui uma estrutura metálica que, associada à vegetação, cria um local agradável para a permanência, levando em consideração o clima da cidade de Campinas. A praça conta com um espaço lúdico, com aspensores de água e mobiliário dinâmico, incentivando a apropriação principalmente por partes de crianças e jovens. Durante a extensão da estrutura metálica são distribuídos bancos, canteiros com vegetação e módulos que podem ser ocupados por pequenas lanchonetes, cafés ou bancas.
Estrutura Metálica
Praça L
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e
>
para aprofundamento da proposta, a quadra atrás do Mercadão é composta por estacionamentos e lotes subutilizados, alguns pequenos comércios e apenas um edifício verticalizado na esquina da José Paulino com a Barreto Leme. É o local mais complexo de toda a intervenção por se encontrar uma área de transição do centro comercial para uma região de edifícios residenciais verticalizados, próximo à Avenida Orosimbo Maia.
Mercado Municipal
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06. Complexo Esportivo Cultural: É o local escolhido
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Espaço lúdico com aspensores de água e mobiliário que incentiva a apropriação criativa.
Palácio da Música
02 e 03. Palácio da Música e Cinema Windsor: O Palácio da Justiça ocupa o local mais privilegiado do centro, em frente à praça Guilherme de Almeiada e Largo do Rosário. Implantado um nível acima da praça apresenta os traços monumentalidade que se enquadram perfeitamente ao novo programa proposto. Propõe-se a reabertura do Windsor, resgatando a memória do cinema de rua em Campinas. A sua reabertura também busca democratizar o acesso ao cinema na cidade, que atualmente fica restrito apenas aos shoppings, estes localizados em rodovias de difícil acesso pela população que não possui veículo particular.
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Teatro
Muro Existente + Arquibancada
Lúdica Edifício dos correios
Mural de Azulejos
Empena para projeções
> 01.
Praça do MIS: Para o projeto, optouse por manter parte do muro que conforma o estacionamento atualmente, por se considerar relevante seu valor estético relacionado ao entorno. Junto a ele anexou-se uma arquibanca, criando um pequeno espaço para apresentações e sessões de cinema ao ar livre, a serem realizadas pelo MIS, utilizando a empena cega do edifício vizinho. Na empena do edifício dos correios, na esquina da Avenida Francisco Glicério, propõe-se um mural de azulejos, que se conversa visualmente com o edifício do Palácio dos Azulejos.
Catedral
Palácio dos Azulejos (MIS)
Cinema Windsor
Praça Guilherme de Almeiada
Módulo de banca Piso Tátil
Proposta para novo trecho peatonal entre o Palácio dos Azulejos (MIS) e a praça da Catedral.
>
Toten Informativo
O percurso: Propõe-se a retirada de vagas de
estacionamento nas ruas e o alargamento dos passeios no maior trecho do percurso e em alguns pontos a interrupção do transporte de veículos, permitindo apenas veículos de carga e descarga dos estabelecimentos locais. Por fim, alguns elementos básicos podem garantir a compreensão do projeto, como a pavimentação, mobiliário urbano e totens informativos na extensão do percurso, explicando o projeto, a história de cada local e divulgando as atividades oferecidas.
ESTADO ATUAL
1,0m
2,0m
Prioridade
3,0m
PROPOSTA
1,0m
2,0m
3,0m
Prioridade
2,0m
Edifício Esportivo - abriga a maior parte das atividades e se localiza na área menos movimentada incentivando novos fluxos
Piscinas - o edifício com entrada pela Rua José Paulino delimita a praça
Nova proposta de módulos para as barraquinhas do Mercado, com estrutura metálica que oferece proteção e se conecta visualmente ao projeto.
Edifício de Oficinas - com térreo livre para criar a entrada principal e receber o fluxo de pessoas que chegam pelo terminal do mercado
Reabilitar casa existente desocupada em restaurante
Edifício esportivo Praça
eme
to L
arre
R. B
Demolição
Restauro e proposta de abertura das lojas para miolo da quadra
eme
to L
arre
R. B
Edifício de oficinas
Piscinas
Restaurantes com abertura para rua e praça
eme
to L
arre
R. B
eme
to L
arre
R. B
Quadra
Vestiários Terraço
Salas de aulas e práticas esportivas
Sala de dança
Espaço de brincar
Piscina recreativa
Escalada
Academia
Área técnica da piscina
Adm
Sala de leitura Vestiários
Aulas Yoga/ Pilates
Sala de oficinas
Recepção/ Adm
Sala de oficinas
>
Recepção Vestiários
Piscina
>
Acesso à circulação vertical
Restaurantes
Comércio
>
>
>
>
> Quadra Poliesportiva
Acessos Fluxo de escadas Fluxo de elevador
Vestiários
MUSEU DA DEMOCRACIA Brasília, DF I 2020
Concurso realizado por curso CURA Parceria com Victor Buzin
MEMORIAL Democracia no Brasil é sinônimo de luta. Luta que vem desde o Brasil colônia, com índios, escravos, abolicionistas que lutaram pela independência. Nossa história é marcada por revoltas populares que nos trouxeram ao regime democrático em que vivemos atualmente. Manter a memória da luta viva é imprescindível para manter a democracia. O Museu da Democracia visa mostrar a parte amarga da história, do período em que nos foi tirada a liberdade e de luta, para que os tempos sombrios não se repitam. O local para o museu parece óbvio, na capital do país, de frente para o Congresso Nacional. A escolha partiu da premissa de manter a memória da luta viva em frente ao maior símbolo atual de poder democrático do país. Brasília também é o palco de todos os importantes eventos políticos da nossa história recente. Uma cidade que nasceu na democracia e foi a capital da ditadura militar, onde foram tomadas decisões como o próprio fechamento do Congresso Nacional pelos militares, em 1968. Mais tarde é o local onde foram votadas as “Diretas” e a elaboração da constituição brasileira. A polarização política no país, com a ascensão da extrema direita, trouxe um discurso autoritário de ódio que pode acabar nos levando novamente para um estado de intolerância e de morte da liberdade. A memória da luta nunca se fez tão importante. O museu deve, então, ser também um espaço de aprendizado, discussão e manifestação popular. Implantado na Esplanada dos Ministérios o volume não poderia ser agressivo na paisagem projetada por Lúcio Costa e Niemeyer, por isso optou-se por manter todo o programa abaixo da cota zero. Para demarcar a entrada há uma cobertura discreta que cria um marco estrutural no edifício. No nível inferior cria-se praça que delimita a entrada do museu, e se abre com uma inclinação suave para o Congresso Nacional. A praça é pensada como um espaço de encontro e de luta, um local para reunião de pessoas e troca de pensamentos, e como ponto de encontro de manifestações que podem seguir até o congresso. Os programas independentes, como: cinema; biblioteca e café se voltam para a praça inferior, incentivando a sua apropriação. O interior do museu é iluminado zenitalmente e se estrutura ao redor do memorial aos mortos e desaparecidos. O memorial é o elemento central do museu e busca ser um espaço de reflexão e respeito aos que perderam a vida lutando pela democracia, com seus nomes estampados nas paredes de concreto que os cercam, e projeções que mostram seus rostos, para que não sejam apenas números. O programa do museu se resolve em dois níveis, com áreas administrativas e exposições temporais no primeiro nível e o acervo fixo e memorial no nível inferior. A área de exposição fixa permite ao mesmo tempo uma narrativa linear dos acontecimentos, que se estrutura ao redor do volume circular do memorial, como uma apropriação mais pessoal por cada visitante, com salas menores e divisões dentro dos grandes espaços expositivos.
01.
O partido inicial foi deixar o museu abaixo da cota 0 da esplanada
02.
Criou-se uma rampa para deixar a entrada do museu exposta e formar uma grande praça na entrada
03.
Projetou-se uma cobertura metálica elevada para marcar a entrada do museu e dar unidade às duas praças
subsolo 02 nível -10,00
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2
3
1
4 1. Memorial 2. Depósito 3. Exposições Fixas 4. Salas de apoio da exposição
subsolo 01 nível -5,00
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A
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4
3
A
1. Praça 2. Biblioteca 3. Cinema/ Auditório 4. Café 5. Foyer 6. Exposições Temporárias 7. Administração 8. Acervo do Museu 9. Centro de pesquisa e catalogação 10. Loja
TÉRREO nível 0,00
4
2
1
3
2
1. Praça 2. Bicicletários 3. Elevador de acesso ao nível inferior 4. Elevador de carga
vista memorial
vista sala exposições
vista praça inferior e entrada do museu
CASA DO MORRO DO ELEFANTE Nova Lima, MG I 2017
Projeto 24 7 arquitetura, fotos Pedro Kok Colaboração como estagiária
MEMORIAL
A vista privilegiada da natureza foi ponto-chave para elaboração deste projeto na região montanhosa de Nova Lima - MG. Um casal aventureiro e sem filhos, nos escolheu para elaboração deste projeto especial em um lote muito exclusivo. O terreno com declividade acentuada, revelava um desafio ao mesmo tempo que anunciava a solução para implantação da casa. Extensas visuais da mata e mais à frente do Morro do Elefante, justificavam a adoção do nível máximo permitido para o pavimento social, a fim de superar a copa das árvores. A fachada frontal passou a ser a fachada lateral e a fachada lateral veio a se consolidar como a fachada principal da casa. O desnível acentuado do lote, originou uma casa em 3 níveis distintos. No pavimento térreo, garagem, lavanderia e depósitos. No primeiro pavimento foram distribuídos de forma integrada, o programa social com um escritório integrado à sala e uma suíte de hóspedes e no segundo pavimento a suíte dos moradores, com a vista mais privilegiada. Uma leve angulação para Leste do conjunto suíte e churrasqueira foi fundamental para buscar o sol da manhã e a ventilação predominante da região, ao mesmo tempo que auxiliou a resguardar o pavimento térreo do sol poente, já que uma parede cega de concreto ajuda a barrar a radiação no interior da edificação. Com orientação predominantemente leste-oeste, a casa se abre para o Norte, quase que se debruçando na paisagem. Extensos beirais circundam a fachada norte da casa protegendo as aberturas do sol no verão ao mesmo tempo que permite que os vidros recebam a radiação solar necessária para o aquecimento natural do interior da edificação no inverno.
OBRIGADA julianaleanza09@gmail.com