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O INICIO DE TUDO... YOGA É, ANTES DE MAIS NADA, UNIÃO!
Muitas vezes estamos correndo atrás de nós mesmos, buscando sermos melhores, mais inteligentes, mais flexíveis, mais fortes, mais prósperos em um tempo cronológico estipulado por nós. Neste tempo apressado, podemos acabar esquecendo que tudo o que buscamos não faz sentido algum se não estivermos presentes e em conexão com o todo, atentos às pessoas ao nosso redor e compartilhando as experiências com afeto. A sociedade contemporânea está passando por um momento de profunda conexão com a tecnologia mas, também, de desconexão com suas necessidades primordiais: o contato real, a atenção e a percepção sutil de seus sentimentos/emoções que trazem bemestar e saúde mental para suas atividades cotidianas.
Esse projeto surgiu, espontaneamente, com um dia de aulões de yoga voluntário na Escola de Saberes Indígenas na aldeia Pataxó em Barra Velha - Caraíva (Bahia), em agosto de 2017.
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As crianças e os adolescentes da aldeia estavam curiosas para fazer uma aula e experimentar aquilo que já tinham ouvido falar nas redes sociais.
Ali tivemos a união de dois saberes "aparentemente" extremos, um oriental (yoga) e outro ocidental (xamânico brasileiro), neste dia a troca foi feita sem a pretensão de se construir ou ensinar algo, mas sim de compartilhar uma outra cosmovisão que relacionava o cuidado com o corpo, com a saúde e a alimentação para o bem estar em geral.
Nos conectamos com a natureza, com os pés descalços na terra e foi assim que abrimos espaço para nossa respiração e nossa ancestralidade entrar. A intenção não era levar uma aula de yoga que doutrinasse ou edificasse algo além dos próprios hábitos da comunidade, mas sim ouvir e entender o que representava o "yoga" (união) dentro da sua cultura.
Para cada ser, a palavra ancestralidade pode trazer alguma memória ou sensação do que isso representa em sua vida. Pode ser a família, pode ser a herança daquilo que veio antes, costumes antigos, memória de lugares, entre outros. Para algumas tribos indígenas, a ancestralidade é a sabedoria que provém da vivência em meio à natureza e dos ensinamentos dos anciões de cada tribo, que contam as histórias que passam de geração em geração.
Entrando em contato com nossa ancestralidade, que é sempre uma experiência individual e particular, podemos experienciar e valorizar nossas raízes, nossa essência e assim compreender de onde viemos e para onde desejamos ir, a partir de um caminho guiado pelo coração