Serpentine Pavilion by Francis Kéré

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À dir., pavilhão produzido para a atual edição do Serpentine Pavilion. Abaixo, o arquiteto Diébédo Francis Kéré

E S PA Ç O N AV E

EM LONDRES Kensington Gardens abriga obra do africano Diébédo Francis Kéré como parte do projeto Serpentine Pavilion

FOTOS: DIVULGAÇÃO

por Juliana Resende UM DOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS mais famosos do mundo, o Serpentine Pavilion, em Londres, lacrou neste ano um talento africano: Diébédo Francis Kéré. O “pavilhão”, comissionado pela Serpentine Galleries, acontece desde 2000 e já teve como convidados Ai Weiwei, Oscar Niemeyer, Zaha Hadid, Frank Gehry, entre outros. Agora, anuncia, orgulhosamente, o arquiteto, atualmente baseado em Berlim, para criar um espaço pop-up dentro de Kensington Gardens. Inspirado pela copa de uma árvore, no qual as pessoas se juntam para conversar e contar histórias em Gando, vilarejo de Burkina Faso, país onde nasceu, Kéré apostou numa estrutura fascinante em madeira, com transparências e metais leves. “Meu desejo é provocar a conexão das pessoas com a natureza e entre si”, explica. Seu projeto tem um design étnico e lembra um cocar indígena. Presente na abertura do Serpentine Pavilion, ele falou sobre a importância de valorizar elementos naturais, além do aspecto social da arquitetura, do poder de criação de lugares que “servem para a humanidade esboçar sonhos”. Sua obra combina perfeitamente com a vegetação do parque, e parece uma espaçonave orgânica pousada no gramado. “A natureza deve ser sempre respeitada e acolhida pela arquitetura”, acredita. Kéré ganhou diversos prêmios importantes, entre eles o Green Planet Architecture Award (2013) e o Schelling Architecture Foundation Award (2014). Seu trabalho foi também tema de duas exposições individuais: Radically Simple (2016), no Architecture Museum, em Munique, e Sensing Spaces (2014), na Royal Academy of Architecture, em Londres.“A cidade está precisando de oxigênio. Então, vem pra cá respirar”, convida. “Aqui celebramos a diversidade e provocamos encontros”, afirma a CEO da Serpentine,Yana Peel, já com a cabeça em outro projeto: a Summer Party 2017, organizada junto com a Chanel (os convites são by Karl Lagerfeld), para angariar fundos e patrocínios – “é o tipo de evento que mantém a galeria aberta à visitação, gratuitamente”, diz ela, uma das figuras mais bem vestidas e antenadas do circuito artsy britânico. Compartilhamento e senso de comunidade são temas caros ao Pavilion, a Kéré e aos agregados e ocupantes do projeto neste verão. Durante a hora do almoço, coletivos culinários, como o Mazí Mas, que empodera mulheres migrantes por meio da gastronomia (coordenado pela brasileira Roberta Siao), cozinham receitas típicas para o projeto Radical Kitchen. Já no período da noite, rola o Park Nights, encontros com música, dança, cinema e espetáculos de multimídia. Londres é uma festa. Até 8 de outubro :: serpentinegalleries.org

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