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22/10/2009 - 14:27 - ATUALIZADO EM 23/10/2009 - 22:38
“Somos mentirosas profissionais” Tweet Compartilhe A atriz que interpreta Coco Chanel vê pontos em comum entre ela e a estilista, como fazer frases de efeito e ter conquistado Paris JULIANA RESENDE, DE PARIS
A atriz Audrey Tautou é despojada e franzina. Ela chega para a entrevista de jeans e camiseta, com um maço de cigarros numa mão e uma câmera Leica na outra. Elétrica e bem- -humorada, subverte a ocasião. Em vez de ser fotografada, fotografa os jornalistas. Depois, na entrevista a ÉPOCA, me clica mais uma vez. Aos 33 anos, ainda mantém o ar de menina, com os olhos enormes e negros que a fizeram famosa no filme em O fabuloso destino de Amélie Poulain (2001). Ainda não levou o Oscar, mas já fez 14 longas-metragens, incluindo o sucesso de bilheteria O código Da Vinci (2006). Até que Chanel cruzou seu caminho. ENTREVISTA
ÉPOCA – Por que você gosta de fotografar jornalistas?
Audrey Tautou – Não sei. É uma mania que peguei. Adoro fotografar. Depois das entrevistas, avalio o material. Talvez faça uma exposição no futuro (risos).
DESPOJADA Audrey Tatou prefere Paris a Hollywood para viver e gosta de fotografar os repórteres que a entrevistam
ÉPOCA – Você se mantém fora do circo da mídia e consegue, mesmo tendo estrelado o blockbuster hollywoodiano O código Da Vinci, manter sua privacidade. Qual é o segredo? Audrey – Acho que falar do meu trabalho, como estou fazendo agora, faz parte dele próprio e o faço com prazer. Mas não gosto de falar da minha vida pessoal nem de aparecer demais na mídia. Não abro mão da minha privacidade e integridade. Decidi ficar morando na França porque gosto do meu país e me sinto mais segura aqui. Não me vejo dando minha vida pela fama em Hollywood.
ÉPOCA – E o fato de ter seu rosto estampado em publicações de todo o mundo como atual garota-propaganda do perfume Chanel No. 5? Isso não é superexposição? Audrey – Sempre me recusei a ser a “cara” de algum produto. Mas esse trabalho foi totalmente consciente da minha parte. E acredite: não teve ligação direta com o filme. A estética de ambos, aliás, é totalmente diferente. Aceitei ser o rosto da campanha porque me identifico com o produto e o filme (o comercial Train de nuit) foi dirigido por Jean-Pierre Jeunet, s o mesmo diretor de O fabuloso destino de Amélie Poulain, de quem amo o trabalho. Eu me senti muito à vontade e confiante. ÉPOCA – Você usou uma jaqueta Chanel na pré-estreia do filme, em Paris. Tem muita roupa Chanel? Fazer o filme e a campanha contribuiu para aumentar seu acervo de peças de grife? Você é ligada em moda? Audrey – Tenho só uma jaqueta Chanel – essa mesma que usei no filme. E não ligo para moda, não me considero uma vítima da moda. Sou muito prática na hora de me vestir. E não, não ganhei um guarda-roupa com o filme, se é isso que quer saber. ÉPOCA – Você disse que acredita ter sido predestinada a interpretar Chanel. Por quê? Audrey – Porque temos muito em comum, e sabia que essa personagem iria bater na minha porta, mais cedo ou mais tarde. Nascemos no interior da França e, guardadas as devidas proporções, conquistamos Paris com nosso trabalho. Temos personalidade forte, não fazemos nada para agradar a ninguém se não quisermos e prezamos muito nossa liberdade. Além do que, somos mentirosas profissionais. ÉPOCA – Quais são as diferenças entre sua trajetória e a de Gabrielle Chanel? Audrey – A diferença é que Chanel queria ficar famosa, era ambiciosa e trabalhou para isso. Eu nunca soube que seria famosa e não lutei para isso acontecer. Quando fiz O fabuloso destino de Amélie Poulain, não tinha isso em mente. Mas algo me dizia que o filme faria sucesso. ÉPOCA – Você já havia sido sondada para o papel de Chanel em outros filmes, mas recusou. Por que aceitou fazer o filme de Anne Fontaine? Audrey – Porque não queria entrar numa biografia-filme convencional sobre Chanel. O fato de Anne querer contar a história de sua vida antes da fama me conquistou, porque acho muito mais interessante. É comum depois que a pessoa fica famosa que sua vida resvale em clichês, ainda mais quando vista de fora. Além do mais, eu e Anne nos demos muito bem e, já no primeiro encontro, ela disse que não queria mais ninguém para o papel – tinha de ser eu. Li o roteiro e aceitei imediatamente porque o filme descreve o destino de uma mulher e não é um desfile de moda. ÉPOCA – Qual foi o maior desafio ao interpretar Chanel? Audrey – Foi aproximar a personagem do público jovem. Afinal, eu mesma descobri que ela era tão ou mais moderna do que pensava. “DESCOBRI QUE ELA ERA MAIS MODERNA DO QUE EU PENSAVA”
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ÉPOCA – Qual foi o maior desafio ao interpretar Chanel? Audrey – Foi aproximar a personagem do público jovem. Afinal, eu mesma descobri que ela era tão ou mais moderna do que pensava. “DESCOBRI QUE ELA ERA MAIS MODERNA DO QUE EU PENSAVA”
ÉPOCA – É verdade que chegou um momento que você parou de ler biografias e assistir a documentários e se concentrou em fotos de Chanel? Audrey – Sim! O jeito que ela segurava o cigarro, seu semblante sério, arrogante, sua elegância e postura – identifiquei que era impossível detectar sua origem provinciana em seu gestual. Procurei manter essa nobreza graciosa e ao mesmo tempo contida dela. ÉPOCA – O biógrafo Paul Morand (L’allure de Chanel, Hermann, 1996) disse que a solidão era a companhia de Chanel. Chanel parecia cultuar a sua. E você? Audrey – Coco fez um pacto consigo mesma de nunca ESTUDO depender de ninguém. De fato, sua proximidade com a solidão Audrey Tautou pesquisou as atitudes e manias de Coco foi uma das chaves para minha pesquisa para compor o papel. Chanel, como o jeito de fumar Mesmo quando ela aparece triunfante, no desfile com o qual o filme termina, tenho certeza de que essa solidão estava escrita em sua face. Para mim, o ato de se relacionar também está longe de ser uma “religião”. Gosto de ficar na minha caverna.
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