DEGELO
SUMĂ RIO
4.Aquecimento global. 10.Degelo na Groelândia. 14.Consequencias para o planeta. 16. Agradecimentos.
A
maior causa das discussão e debates, visto que há quem acredite e quem rejeite a existência, o aquecimento global é basicamente o processo de aumento progressivo da temperatura dos oceanos e da atmosfera terrestre, que são causadas pela intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um processo físico e natural onde o calor emitido pela superfície terrestre é absorvido por alguns gases presentes na atmosfera, que são chamados de gases estufa (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, vapor de água etc.). Parte do calor retido por essas substâncias é emitido de volta para a superfície. Esse fenômeno acontece desde a formação da Terra e é essencial para a vida no planeta, visto que, sem ele, a temperatura média do mundo seria cerca de 33º mais baixa, inviabilizando o desenvolvimento de grande parte dos seres vivos (animais e plantas) e favorecendo a continuidade da mesma.
Infelizmente, uma série de ações feitas pelas humanidade, como a emissão gases poluentes, queima de combustíveis fósseis e desmatamento, vem desequilibrando o efeito estufa e tornando o planeta ano após ano num ambiente cada vez mais quente. O aumento da temperatura vem acontecendo desde o século XIX, período em que acontecia a Revolução Industrial, um período que foi marcado pela transição dos processos que antes eram artesanais e passaram a ser feitos com máquinas.
O aumento da temperatura global resulta em uma série de alterações em todos os sistemas e ciclos naturais presentes na Terra, como o desaparecimento de espécies tanto da fauna como da flora. A maior consequência da desordem do controle da temperatura global vista atualmente é o derretimento das calotas polares, o que aumenta consideravelmente o nível do mar e poderá resultar no desaparecimento de diversas ilhas e regiões litorâneas, fazendo com que a longo prazo haja uma grande alteração na geografia dos continentes como conhecemos. Algumas das outras consequências que ocorrem com o desequilíbrio da temperatura do planeta são: Interferências do ritmo das estações; Maior predisposição naturais;
à
desastres
Mudanças nas correntes marinhas e na química da água; Modificação de ecossistemas; Redução da disponibilidade de água potável; Afeta de maneira irregular as chuvas e os padrões dos ventos.
Abaixo, nós reunimos uma série de notícias relacionadas ao aquecimento global que resumem bem as mudanças no clima no ano de 2017. Confira:
Segundo o laboratório Goddard Institute for Space Studies, o último mês de fevereiro foi o segundo mais quente, perdendo apenas para fevereiro de 2016, onde os termômetros marcaram uma temperatura 1,3º maioqu do que a média histórica. O dado foi obtido após uma analise de informações de mais de 6,3 mil estações meteorológicas pelo mundo, dados sobre os oceanos obtidos por navios e boias e índices feitos por estações de pesquisa na Antártida.
No dia 15 de fevereiro, a Comissão Europeia, que é a instituição de representa e defende os interesses da União Europeia, deu um ultimato para cinco países membros para tomarem atitudes contra emissão excessiva e acima dos limites permitidos de dióxido de nitrogênio no ar. O composto é liberado principalmente por automóveis que utilizam diesel como combustível e são nocivos para a saúde humana. Segundo a comissão, doenças desenvolvidas em decorrência da poluição matam 400 mil pessoas por ano na União Europeia. Foi dada a Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido um prazo de dois meses para tomarem medidas para amenizar e reverter a situação.
Em um artigo publicado no dia 18 de maio na revista cientifica Current Biology, a Antártida, continente que fica no polo sul do planeta, está aos poucos se tornando um ecossistema verde. O aumento da temperatura, que diminui o nível de gelo todos os anos, resultou em um grande aumento no crescimento de musgos no extremo sul do continente, mais precisamente na Península Antártica, uma extensão de terra que fica relativamente próxima à America do Sul. As mudanças vêm sendo verificadas há quatro anos e amostras de musgo foram recolhidas em três ilhas que ficam em um raio de 640 quilômetros. Os resultados mostraram que houve um grande crescimento nos últimos 50 anos. A Antártida é uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento global e teve sua temperatura média aumentada em 0,5º celsius anualmente desde 1950.
A raiz do aquecimento global segundo uma nova pesquisa citada pelo portal EurekAlert, a redução do gelo na Groenlândia já há muitos anos preocupa com as mudanças climáticas. No entanto, estudos anteriores se concentraram principalmente nas regiões sudeste e noroeste da ilha, de onde grandes blocos de icebergs continuam caindo no mar ao derretimento. No entanto, uma nova pesquisa revela que o derretimento mais significativo, ocorrido entre 2003 e 2013, afetou uma área praticamente desprovida de glaciares localizada no sudoeste da Groenlândia. Pesquisadores analisaram dados fornecidos tanto por estações de coordenadas, distribuídas por toda a costa da ilha para detectar mudança na massa de gelo, como pela NASA.
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Há muito tempo, pesquisadores têm conhecimento sobre o crescente ritmo de degelo na região, mas o último estudo desvendou "um segundo problema": "enormes massas localizadas no interior derretem cada vez mais rapidamente durante o verão e se tornam ‘rios que fluem para o mar".
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Explicou Michael Bevis, professor da Universidade de Ohio (EUA) e principal autor do estudo. Essa situação poderia ter "sérias implicações" para diferentes cidades costeiras, inclusive Nova York e Miami O aquecimento global está provocando um degelo mais acelerado da Antártica – uma velocidade seis vezes superior à registrada há 40 anos. Isso deve provocar uma maior elevação do nível do mar em todo o mundo. O artigo foi publicado na revista americana "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS) e aponta que o derretimento do gelo antártico elevou o nível do mar em 1,4 centímetro entre 1979 e 2017. Eric Rignot, principal autor do trabalho, espera que o ritmo do degelo leve a um aumento maior do nível do mar do que o previsto para os próximos anos.
1984
fonte: https://www.youtube.com/watch?v=WVXV119QccA
A camada de gelo ao redor do Oceano Ártico e dos mares adjacentes diminuiu drasticamente nas últimas décadas, de acordo com um vídeo divulgado pela NASA. A agência espacial estudou a evolução do gelo do Ártico, comparando o estado do oceano em setembro de 1984 com o mesmo mês deste ano. Os resultados mostram que o gelo mais antigo desapareceu, apesar de ser mais espesso e resistente do que o novo, por causa do aumento das temperaturas no verão. Agora, a camada de gelo do mar é mais vulnerável ao aquecimento do oceano e da atmosfera. As medições da espessura do gelo do oceano são esporádicas e incompletas, por isso os cientistas tiveram que desenvolver estimativas para poder continuar sua evolução desde 1984. Esse estudo da NASA mostra como o gelo do Ártico foi crescendo e encolhendo desde então, até chegar à redução atual em termos área, espessura e idade da camada de gelo.
A perda de gelo da Groelândia é um dos principais impulsionadores da elevação global do nível do mar. Os icebergs que chegam ao oceano a partir da borda das geleiras representam um componente da água que retorna ao oceano e eleva o nível do mar. Mais da metade da água da folha de gelo que entra no oceano vem do escoamento da neve derretida e do gelo glacial no topo da camada de gelo. O estudo sugere que, se o derretimento da camada de gelo da Groelândia continuar em "taxas sem precedentes" - que os pesquisadores atribuem aos verões mais quentes - pode acelerar o ritmo já rápido da subida do nível do mar e de acordo com Trusel:
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Ao invés de aumentar constantemente conforme o clima se aquece, a Groelândia vai derreter cada vez mais para cada grau de aquecimento. A elevação do nível do mar e do derretimento que já observamos será diminuída pelo que pode ser esperado no futuro, enquanto o clima continua aquecido
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Estudos anteriores preveem um crescimento de 1,8 metro no nível do mar até 2100. Várias cidades costeiras poderão ser inundadas, lugares onde vivem milhões de pessoas. Rignot disse que o aumento da temperatura dos oceanos acelerará o processo – outras pesquisas recentes mostraram que a temperatura das águas do planeta também está aumentando mais rápido que o previsto pela ciência e batendo recordes.
AGRADECIMENTOS
Fotos: Tom Hegen, The Two Degrees Series Fonte: El Pais, G1, Sputnik News, MMA