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Sinopse
Sydney é uma alquimista, um grupo de humanos que mexem com magia e servem como ponte entre o mundo dos humanos e dos vampiros. Eles protegem os segredos dos vampiros ― e vidas humanas. Quando Sydney é arrancada de sua cama no meio da noite, inicialmente ela acha que ainda está sendo punida pela sua complicada aliança com a dhampir Rose Hathaway. Mas o que ocorre é muito pior. Jill Dragomir ― a irmã da Rainha Moroi Lissa Dragomir ― está em perigo mortal, e os Moroi devem escondê-la.Para evitar uma guerra civil, Sydney é chamada para atuar como guardiã e protetora de Jill, passando-se por sua colega de quarto no último lugar em que pensariam em procurar por uma vampira da realeza ― um internato humano dem Palm Springs, California. Mas ao invés de achar segurança em Amberwood Prep, Sydney descobre que o drama acaba de começar. Bloodlines explora toda a amizade, romance, lutas e traições que fizeram a saga nº1 em venda Vampire Academy tão viciante ― desta vez em um cenário parte-vampírico e parte-humano onde os desafios são ainda maiores e todos procuram por sangue.
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Capítulo 1
Eu não conseguia respirar.Tinha uma mão cobrindo minha boca e outra sacudindo meu ombro, me tirando de um sonopesado. Mil pensamentos frenéticos passaram pela minha mente no espaço de uma batida docoração. Isso estava acontecendo. Meu pior pesadelo estava se tornando realidade.Eles estão aqui! Eles vieram por minha causa!Meus olhos piscaram, olhando freneticamente pelo quarto escuro até o rosto do meu pai entrarem foco. Parei de me debater, completamente confusa. Ele me soltou e recuou me olhandofriamente. Me sentei na cama, meu coração ainda acelerado.–Pai?––Sydney. Você não queria acordar.–Naturalmente, esse era seu único pedido de desculpas por quase me matar de susto. –Você precisa se vestir e ficar apresentável,– ele continou. –Rápido e em silêncio. Me encontrelá embaixo no escritório.–Senti meus olhos se arregalarem, mas não hesitei na resposta. Só tinha uma resposta aceitável.–Sim, senhor. Com certeza.––Vou acordar sua irmã.– Ele virou para a porta e eu pulei da cama.–Zoe?– exclamei. – Pra que você precisa dela?––Shh,– ele criticou. –Ande logo e fique pronta. E lembre-se, fique quieta. Não acorde sua mãe.–Ele fechou a porta sem nenhuma palavra, me deixando paralisada. O pânico que tinha somentecomeçado a acalmar surgiu dentro de mim novamente. Pra que ele precisava da Zoe? Seracordada de madrugada significava assuntos Alquimistas, e ela não tinha nada a ver com isso.Tecnicamente, eu também não desde que recebi uma suspensão por tempo indeterminado pormeu mau comportamento naquele verão. É disso que se tratava? E se eu estava sendo levadapara um centro de reeducação e Zoe estava me substituindo ?Por um momento, o mundo rodou a minha volta. E me surpreendi segurando na minha camapara me equilibrar. Centros de reeducação. Eles foram os pesadelos de jovens alquimistas comoeu, lugares misteriosos onde aqueles que cresceram próximos aos vampiros eram arrastadospara aprenderem os erros da maneira
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deles. O que exatamente ocorreu lá era um segredo, um que eu nunca quis descobrir. Tinha quase certeza que –reeducação– era uma forma bacana dedizer –lavagem cerebral–. Só tinha visto uma pessoa retornar, e honestamente, ele se pareciamais como metade de uma pessoa depois disso. Lá ele tinha uma vida quase de zumbi e nãoqueria pensar sobre o que eles fizeram para deixa-lo daquele jeito.Meu pai pedindo para me apressar ecoou em minha mente, e tentei mandar para longe osmeus medos. Relembrando sua outra advertência, também tive a certeza de me moversilenciosamente. Minha mãe tinha um sono leve. Normamente isso não teria importância se elanos pegasse saindo para fazer serviços de Alquimista na rua, mas ultimamente ela não se sentiatão gentil em relação aos empregadores de seu marido (e filhas) desde que Alquimistas furiososme colocaram nos degraus da porta dos meus pais no mês passado, essa casa tinha toda asimpatia de um campo de prisioneiros. Meus pais tiveram discussões terríveis, e minha irmã eeu frequentemente nos encontravamos andando nas pontas dos pés.Zoe.Por que ele precisa da Zoe ?Essa pergunta queimava através de mim enquanto corria para ficar pronta. Eu sabia o que–apresentável– significava. Jeans e camiseta estavam fora de questão. Ao invés disso, puxeiuma calça cinza e uma camisa branca de abotoar. Coloquei um cardigan cinza mais escuro porcima, e o ajustei a minha cintura com um cinto preto. Uma pequena corrente de ouro, a únicoque sempre esteve em meu pescoço, era o único ornamento com que nunca me preocupei.Meu cabelo era ligeiramente meu maior problema. Mesmo depois de apenas duas horas desono, ele ainda ia em todas as direçoes. O alisei da melhor forma que pude, e então o cubri comuma camada espessa de spray para cabelo na esperança que isso me levasse através de qualquer coisa que estava por vir. A única maquiagem que usei foi um pouco de pó. Não tinhatempo para mais nada.Todo o processo levou seis minutos, que pode ter sido um novo recorde para mim. Corri escadaabaixo em perfeito silêncio, cuidadosa, novamente para evitar acordar minha mãe. A salaestava escura, mas luz passou pela porta entre aberta do escritório do meu pai. Tomando issocomo convite puxei a porta e escorreguei para dentro. Uma conversa silenciosa parou comminha entrada. Meu pai me olhou da cabeça aos pés e mostrou sua aprovação sobre minhaaparência do jeito que ele sabia melhor: pela simples retenção da crítica.–Sydney– , ele disse bruscamente. –Acredito que conheça Donna Stanton.–A formidável Alquimista estava em pé próxima a janela, braços cruzados, parecendo mais fortee magra do que me lembrava. Eu passei muito tempo com Stanton recentemente, pensandoque dificilmente poderia dizer que éramos amigas, especialmente desde que
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certas ações porminha parte, terminaram colocando dois de nós a própria sorte em – prisão domiciliar devampiro–. Se ela nutriu algum recentimento por mim, ela não demonstrava, de qualquer forma.Ela me fez um aceno formal com a cabeça, seu rosto totalmente sério.Três outros alquimistas estavam lá também, todos homens. Ele me foram apresentados comoBarnes, Michaelson e Horowitz. Barnes e Michaelson tinha a idade de meu pai e de Stanton.Horowitz era mais jovem, entre os vinte, e estava ajustando as ferramentas de tatuagem. Todosestavam vestidos como eu. Roupas casuais de negócios em cores sem descrição. Nosso objetivoera sempre ter uma boa aparência mas sem atrair a atenção. Os alquimistas devem ter atuadocomo Homens de Preto por séculos, muito antes dos humanos sonharem com vida em outrosmundos. Quando a luz bateu do jeito certo em seus rostos, cada Alquimista mostrava atatuagem de lírio idêntica a minha.Mais uma vez meu mal estar aumentou. Isso seria algum tipo de interrogatório ? Uma avaliação para ver se minha decisão em ajudar uma renegada garota meio-vampira significava que minhalealdade tinha mudado ? Cruzei meus braçoes na frente do peito e doutrinei meu rosto para aneutralidade, esperando parecer tranquila e confiante. Se eu ainda tivesse a chance de pleitearmeu caso, pretendia apresentar de uma forma sólida.Antes que alguém pudesse proferir outra palavra, Zoe entrou. Ela fechou a porta atrás de si eolhou ao redor com terror, seu olhos arregalados. O escritório de nosso pai era enorme, eleconstruiu um adicional em nossa casa para isso, e poderia manter facilmente todos osocupantes, mas como vi minha irmã tomar a cena, eu sabia que ela se sentiu sufocada e presa.Encontrei seus olhos e tentei mandar uma mensagem silenciosa de simpatia. Isso deve terfuncionado porque ela correu para meu lado, parecendo um pouco menos assustada.–Zoe–, disse meu pai. Ele deixou seu nome pairar no ar, dessa forma ele tinha deixado claropara nós duas que estava desapontado. Eu pude imediatamente adivinhar porque.Ela usava jeans e uma camiseta velha, e tinha em seus cabelos castanhos duas bonitinhastranças mal feitas. Para os padrões de outras pessoas, ela poderia estar apresentável, mas nãopara ele. Senti ela se encolhendo contra mim, e tentei me tornar mais alta e protetora. Depoisde ter certeza que sua condenação foi feita, nosso pai apresentou Zoe para os outros. Stantondeu a ela o mesmo aceno formal com a cabeça e virou em direção ao meu pai.–Eu não entendo Jared–, disse Stanton. –Qual das duas você vai usar ?––Bem, esse é o problema–, disse meu pai. –Zoe foi solicitada... mas nao tenho certeza se ela estápronta. Na verdade sei que ela não está. Ela teve somente o treinamento básico. Masconsiderando a recente experiência de Sydney...–Minha mente imediatemente começou a juntar as peças. Primeiro, e mais
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importante, pareciaque eu não seria levada para o centro de reeducação. Ainda não, pelo menos. Isso era sobre outra coisa. Minha suspeita anterior estava correta. Tinha alguma missão ou tarefa emandamento e alguém queria Zoe porque ela, ao contrário de certos membros de sua família,não tinha um histórico de traição aos Alquimistas. Meu pai estava certo que ela tinha recebidosomente as instruções básicas. Nossos trabalhos eram hereditários, e eu tinha sido escolhidaanos atrás como uma próximo alquimista da família Sage. Minha irmã mais velha, Carly, tinha sido preterida e agora estava na faculdade – e era muito velha. Ele treinou Zoe como um back-up em contrapartida, no caso de algo acontecer comigo, como um acidente de carro ou um sequestro vampírico. Eu dei um passo a frente, sem saber o que eu ia dizer ate que eu falei. A única que eu sabia com certeza era que eu não poderia deixar Zoe ser sugada para os esquemas dos Alquimistas. Eu temia por sua segurança mais do que ir a um centro de reeducação e eu tinha muito medo disso. - Eu falei com um comité sobre minhas acções depois do que aconteceu, - disse – Tive a impressão de que eles entendiam por que eu fiz as coisas que fiz. Estou totalmente qualificada para servir de qualquer maneira que vocês precisem muito mais que a minha irmã. Tenho experiencia no mundo real. Eu conheço este trabalho por dentro e por fora. - Um pouco demais de experiencia no mundo real, se a memoria serve. – disse Staton secamente. -Eu, pelo menos gostaria de ouvir essas –razoes– de novo, - disse Barnes, usando seus dedos para fazer citações no ar. – Eu não estou entusiasmado em lançar uma garota semi-treinada a fora, mas eu tambem acho difícil acreditar que alguém que ajudou criminosos vampiros seja totalmente qualificada para servir. – mais citações pretensiosas no ar. Eu sorri de volta agradavelmente, mascarando minha raiva. Se eu mostrasse as minhas emoções verdadeiras, não ajudaria o meu caso. – Eu entendo, senhor. Mas Rose Hathaway foi consequentemente provada inocente do crime que tinha sido acusada. Então, eu não estava tecnicamente ajudando um criminoso. Minhas acções ajudaram a encontrar o verdadeiro assassino por fim. - Seja como for, nós e – você – não sabíamos que ela era –inocente– na época – disse ele. -Eu sei, - disse – e este é o problema. Você deveria ter acreditado no que os Alquimistas lhe disseram, e não fugir com as suas próprias teorias absurdas. No mínimo, você
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deveria ter recolhido evidências e encaminhado aos seus superiores. Provas? Como eu poderia explicar que não havia provas que tinham me guiado para ajudar Rose, apenas uma sensação no meu intestino de que ela estava dizendo a verdade? Mas isso era algo que eu sabia e que eles nunca entenderiam. Todos nós somos treinados para acreditar no pior se sua espécie. Dizer para eles que eu tinha visto a verdade e honestidade nela não iria ajudar a minha causa aqui. Dizer a eles que eu tinha sido chantageada por outro vampiro para ajuda-la era uma explicação ainda pior. Havia apenas um argumento que os alquimistas, possivelmente, seriam capazes de compreender. -Eu…eu não contei a ninguém, porque eu queria ter todo o credito por isso. Eu estava esperando que, se eu desvendasse isto, eu poderia conseguir uma promoção e um trabalho melhor. Foi necessário cada grama de autocontrole que eu tinha para dizer esta mentira face a face. Eu me senti humilhada em fazer tal admissão. Como se a ambição pudesse realmente me levar a tais comportamentos extremos! Isso me fez sentir viscosa e superficial. Mas, como eu suspeitava, isto era algo que os outros Alquimistas poderiam entender. Michaelson bufou. – Mal orientado, mas não totalmente inesperado para sua idade. Os outros homens pareceram igualmente condescendentes, ate mesmo meu pai. Apenas Stanton olhou duvidosa, mas também, ela testemunhou mais do meu fiasco que eles Meu pai olhou para os outros, á espera de mais comentários. Quando nenhum veio, ele deu de ombros. – Se ninguém, tem objecções, então, eu prefiro que usemos Sydney. Não que eu mesmo entenda para que exactamente vocês precisam dela. – Havia um tom ligeiramente acusativo na voz dele que ainda não tinha sido preenchido. Jared Sage não gostou de ser deixado de fora. -Não tenho nenhum problema em usar a menina mais velha, - disse Barnes. – Mas mantenha a mais jovem por aqui ate os outros chegarem, caso tenham objecções. – Gostaria de saber quantos –outros– iriam se juntar a nós. O escritório de meu pai não era um estádio. Alem disso, quanto mais pessoas viessem, mais importante este caso, provavelmente, era. Minha pele ficou fria como se eu soubesse o que a atribuição poderia ser. Eu tinha visto os alquimistas encobrirem grandes catástrofes, com apenas uma ou duas pessoas. O quão colossal seria essa coisa a ponto de precisar dessa quantidade de ajuda? Horowitz falou pela primeira vez. – O que você quer que eu faça?
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- Marque Sydney novamente, - disse Stanton decisivamente. – Mesmo que ela não vá, não vai feri-la ter a magia reforçada. Nenhum ponto de tinta em Zoey até que saibamos o que faremos com ela. Meus olhos piscaram para o rosto visivelmente nu – e pálido – da minha irmã. Sim. Enquanto não houvesse uma flor-de-lis lá, ela estava livre. Uma vez que a tatuagem fosse estampada em sua pele, não havia como voltar atrás. Você pertencia aos Alquimistas.
A realidade disto só me bateu no último ano mais ou menos. Eu certamente nunca percebi que crescia. Meu pai tinha me deslumbrado desde muito jovem sobre a verdade do nosso dever. Eu ainda acreditava, mas desejava que ele também tivesse mencionado o quanto da minha vida isto iria consumir.
Horowitz tinha montado uma mesa dobrável do outro lado do escritório do meu pai. Ele acariciou-a e me deu um sorriso amigável. - Vá em frente, - ele me disse. – Pegue seu bilhete. Barnes lhe lançou um olhar de desaprovação. – Por favor. Você poderia mostrar um pouco de respeito a este ritual, David.
Horowitz apenas encolheu os ombros. Ele me ajudou a deitar, e embora eu estivesse com muito medo de sorrir de volta, eu esperava que a minha gratidão tivesse se mostrado nos meus olhos. Outro sorriso dele me disse que ele tinha entendido. Virando minha cabeça, vi como Barnes reverentemente posicionou uma maleta preta na mesa lateral. Os outros Alquimistas se reuniram em torno dela e deram as mãos. Ele deve ser o hierofante*, eu percebi. Boa parte do que os alquimistas faziam era baseado na ciência, mas algumas tarefas necessitavam da assistência divina. Afinal, nossa missão principal de proteger a humanidade estava enraizada na crença de os vampiros não eram naturais e iam contra o plano de Deus. É por isso que os hierofantes – nossos sacerdotes – trabalhavam lado a lado com os nossos cientistas. - Oh Lord, - entoou, fechando os olhos. – Abençoe esses elixires. Remova a mancha do
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mal que eles carregam, para que seu poder vivificante brilhe apenas para nós, vossos servos.
Ele abriu a maleta e retirou quatro pequenos frascos, cada um deles cheio de um líquido vermelho escuro. Etiquetas – que eu não conseguia ler – marcavam cada um. Com uma mão firme e um olhar experiente, Barnes derramou quantidades precisas de cada frasco em uma grande garrafa. Quando ele tinha usado todos os quatro, ele pegou um pacote minúsculo de pó e esvaziou no resto da mistura. Eu senti um formigamento no ar, e o conteúdo da garrafa tornou-se ouro. Entregou a garrafa a Horowitz, que estava pronto com uma agulha. Todos relaxados, a parte cerimonial estava completa.
Eu afastei-me, obedientemente, expondo minha bochecha. Um momento depois, a sombra de Horowitz caiu sobre mim. – Isso vai doer um pouco, mas nada como quando você originalmente a fez. É apenas um retoque, - explicou ele, gentilmente. - Eu sei, - disse. Eu tinha sido retocada antes. – Obrigado.
A agulha espetou minha pele, e eu não tentei recuar. Isto realmente doeu, mas, como ele disse, Horowitz não estava criando uma nova tatuagem. Ele estava simplesmente injetando pequenas quantidades de tinta em minha tatuagem existente, recarregando seu poder. Eu tomei isso como um bom sinal. Zoe poderia não estar fora de perigo ainda, mas certamente eles não iriam se incomodar em retocar minha marca se eles fosse apenas me mandar para um centro de reeducação. - Você pode nos dar um resumo do que está acontecendo enquanto nós esperamos? – Perguntou meu pai. – Tudo o que me foi dito era que vocês simplesmente precisavam de uma menina adolescente. – A maneira como ele disse –adolescente– fez com que parecesse um mal descartável. Eu lutei contra uma onda de raiva contra o meu pai. Isso é tudo o que nós éramos para ele.
- Nós temos um problema. - Ouvi Stanton dizer. Finalmente eu iria obter algumas respostas. – Com os Moroi.
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Eu respirei um pequeno suspiro de alívio. Melhor eles do que um Strigoi. Qualquer – situação– que os Alquimistas enfrentavam sempre envolvia uma das raças de vampiro, e eu levaria a vida, sem matar alguns qualquer dia. Eles quase parecem humanos às vezes (embora eu nunca contaria a ninguém aqui isso) e vivem e morrem como nós. Strigoi, entretanto, são distorcidas aberrações da natureza. Eles são mortos-vivos, vampiros assassinos criados tanto quando um Strigoi força a vítima a beber seu sangue ou quando um Moroi mata o outro propositalmente bebendo o seu sangua. A situação com o Strigoi geralmente acaba com alguém morto.
Todos os tipos de cenário brincavam em minha mente enquanto eu considerava qual questão havia solicitado a ação dos Alquimistas esta noite: um humano que percebeu alguém com presas, um alimentador que escapou e foi a público, um Moroi tratado por doutores humanos... Esses eram os tipos de problemas que nós Alquimistas mais enfrentamos, eu fui treinada para lidar e encobri-los com facilidade. Por que eles precisariam de –uma menina adolescente– para algum deles, no entanto, era um mistério. - Você sabe que eles elegeram a ‘garota-rainha’ deles mês passado – disse Barnes. Eu podia praticamente vê-lo revirando os olhos.
Todo mundo na sala murmurou afirmativamente. É claro que eles sabiam disso. Saber sobre o que os vampiros estão fazendo era crucial para mantê-los em segredo do resto da humanidade – e manter o resto da humanidade a salvo deles. Esse era nosso propósito, proteger nossos irmãos.
Conhecer o inimigo era levado muito a sério conosco. A garotas que os Moroi elegeram rainha, Vasilisa Dragomir, tinha dezoito, assim como eu. - Não fique tensa – disse Horowitz gentilmente.
Eu não tinha percebido que eu estava. Eu tentei relaxar, mas pensar em Vasilisa Dragomir me fez pensar em Rose Hathaway. Inquieta, eu me perguntava se talvez eu não devesse ter sido tão rápida para assumir que eu estava fora do problema aqui. Felizmente, Barnes simplesmente continuou com a história, sem mencionar a minha
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conexão indireta com a garota rainha e seus associados.
- Bem, tão chocante quanto foi para nós, isso também foi chocante para alguns de seu próprio povo. Houve um monte de protestos e dissidências. Ninguém tentou atacar a garota Dragomir, mas isso é porque ela está muito bem vigiada. Seus inimigos, ao que parece, encontraram uma maneira de contornar isso: sua irmã. - Jill – eu disse, falando antes que eu pudesse me impedir. Horowitz pediu para me mover e eu imediatamente me arrependi de chamar atenção para mim e meu conhecimento dos Moroi. No entanto, a imagem de Jillian Mastrano passou em minha mente, alta e irritantemente magra como todo Moroi, com grande e pálidos olhos verdes que sempre parecem nervosos. E ela tem uma boa razão para estar. Aos quinze, Jill tinha descoberto que era irmã ilegítima de Vasilisa, fazendo ela o único membro da linha de sua família real. Ela também estava ligada à bagunça que eu tinha me metido nesse verão. - Você conhece suas leis – continuou Stanton, depois de um momento de silêncio constrangedor. Seu tom transmitiu o que todos nós pensávamos sobre as leis dos Moroi. Um monarca eleito? Não fazia sentido, mas o que mais se poderia esperar de seres não naturais como vampiros? – E Vasilisa deve ter um membro da família para manter seu trono. Portanto, os seus inimigos decidiram que se eles não podem removê-la diretamente, eles irão remover sua família.
Um arrepio correu pela minha espinha ao significado não dito, e eu mais uma vez comentei sem pensa. – Aconteceu alguma coisa com a Jill? – Dessa vez, eu pelo menos escolhi um momento em que Horowitz estivesse recarregando a sua agulha, por isso não havia perigo de estragar a tatuagem.
Eu mordi meu lábio para me prevenir de dizer mais alguma coisa, imaginando a punição nos olhos do meu pai. Mostrar preocupação por um Moroi era a última coisa que eu queria fazer, considerado meu incerto status. Eu não tinha nenhuma forte ligação com a Jill, mas o pensamento de alguém tentando matar uma menina de quinze anos – a mesma idade de Zoe – era apavorante, não importa qual raça ela pertencia.
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- Isso é o que não se sabem ao certo – refletiu Stanton. – Ela foi atacada, nós sabemos isso, mas não podemos dizer se ela sofreu algum dano real. Independentemente disso, ela está bem agora, mas a tentativa aconteceu em sua própria corte, indicando que eles têm traidores em níveis elevados. Barnes bufou em desgosto. – O que você pode esperar? Como sua raça ridícula conseguiu sobreviver tanto tempo quanto eles sem se preocupar uns com os outros.
Haviam murmúrios de acordo. - Ridículo ou não, no entanto, não podemos tê-los em uma guerra civil – disse Stanton. – Alguns Moroi têm agido em protesto, o suficiente para eles chamarem a atenção nos meios de comunicação humana. Nós não podemos permitir isso. Precisamos de seu governo estável, e isso significa garantir a segurança desta menina. Talvez eles não possam confiar em si mesmo, mas eles podem confiar em nós.
Não havia nenhum uso em salientar que Morois não confiam nos Alquimistas realmente. Mas, uma vez que nós não tínhamos interesse em matar a monarca Moroi ou sua família, eu suponho que isso nos tornou mais digno de confiança de alguns de seu povo. - Nós precisamos fazer a menina desaparecer – disse Michaelson. – Pelo menos até que os Moroi possam desfazer esse lei que torna o trono de Vasilisa tão precário. Esconder Mastrano com o seu próprio povo não é seguro no momento, por isso precisamos escondê-la entre os humanos. – Desdém escorria de suas palavras. – Mas é imprescindível que ela também continue sendo escondida dos seres humanos. Nossa raça não pode saber que a deles existe.
- Após consultas com guardiões, nós escolhemos um local que todos nós acreditamos que será seguro para ela – tanto dos Moroi e Strigoi. – Disse Stanton. – No entanto, para ter certeza que ela – e aqueles com ela – permaneçam sem serem detectados, vamos precisar de Alquimistas à mão, dedicados exclusivamente às suas necessidades, no caso de alguma complicação surgir.
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Meu pai zombou. – Isso é um desperdício de nossos recursos. Sem mencionar o quão insuportável será para quem tiver que ficar com ela.
Tive um mau pressentimento sobre o que estava por vir. - É aí que a Sydney entra – disse Stanton. – Nós gostaríamos que ela fosse um dos Alquimistas quem acompanharão Jillian ao se esconder. - O quê? – Exclamou meu pai. – Você não pode estar falando sério. - Por que não? – o tom de Stanton foi calmo e uniforme. – Elas têm idades parecidas, por isso, estando juntas não vão levantar suspeitas. E Sydney já conhece a menina. Certamente passar um tempo com ela não será tão ‘insuportável’ como pode ser para outros Alquimistas.
As entrelinhas eram altas e claras. Eu não estava livre do meu passado, ainda não. Horowitz fez uma pausa e levantou a agulha, me dando a oportunidade de falar. Minha mente acelerou. Alguma resposta era esperada.
Eu não queria soar tão chateada com o plano. Eu precisava restaurar o meu bom nome entre os Alquimistas e mostrar minha disposição em seguir ordens. Dito isso, eu também não queria soar como se fosse muito cômodo estar com vampiros e seus colegas meio-humanos, os dhampirs. - Passar o tempo com eles nunca é divertido – eu disse cuidadosamente, mantendo minha voz fria e arrogante. – Não importa o quanto você faça isso. Mas eu vou fazer o que é necessário para nos manter – e todos os outros – seguros. – Eu não precisava explicar que ‘todos os outros’ significava humanos. - Então, você vê, Jared? – Barnes parecia satisfeito com a resposta. – A menina sabe seu dever. Nós já fizemos uma série de acordos que devem fazer as coisas funcionarem bem, e nós certamente não iríamos mandá-la sozinha, especialmente desde que a menina Moroi também não estará sozinha.
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- O que quer dizer? – Meu pai ainda não parecia feliz com nada disso, e eu me perguntava o que mais o estava preocupando. Será que ele realmente acha que eu poderia estar em perigo? Ou ele estava simplesmente preocupada que eu, ao passar mais tempo com os Moroi, iria mudar minha lealdade mais ainda? – Quantos deles estão vindo? - Eles estão enviando um dhampir – disse Michaelson. – Um dos seus guardiões, o que eu realmente não tenho problema. O local que escolhemos deve ser livre de Strigoi, mas se não for, melhor eles lutarem com esses monstros do que nós. Os guardiões são dhampirs que foram especialmente treinados como guarda-costas. - Aí está, - Horowitz me disse, dando um passo para trás. – Você pode ir se sentar.
Obedeci e resisti ao impulso de tocar meu rosto. A única coisa que eu senti de seu trabalho foi a picada da agulha, mas eu sabia que a podersa magua estava trabalhando do seu jeito em mim, magia que me daria um sistema imunológico sobre-humano e me impediria de falar sobre vampiros com humanos comuns. Tentei não pensar sobre a outra parte, sobre de onde essa magia veio. As tatuagens eram um mal necessário. Os outros ainda estavam de pé, não prestando atenção em mim – bem, com exceção de Zoe. Ela ainda parecia confusa e com medo e continuava olhando ansiosamente para mim. - Também pode ter outro Moroi que venha junto, - continuou Stanton. – Honestamente, eu não sei por que, mas eles estavam muito insistentes dele estar com a Mastrano. Dissemos a eles que quanto menos tivermos que esconder melhor, mas...bem, eles pareciam achar que era necessário e disseram que iam tomar providências por ele lá. Acho que é um dos Ivashkov. Irrelevante. - Onde é ‘lá’? – Perguntou meu pai. – Pra onde você quer mandá-la?
Excelente pergunta. Eu estava me perguntando a mesma coisa. Meu primeiro trabalho em tempo integral com os Alquimistas tinha me mandado a meio caminho da volta ao mundo, para a Rússia. Se os Alquimistas tinham a intenção de esconder Jill, não havia o
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que dizer para qual local remoto eles iriam mandá-la. Por um momento, me atrevi a ter a esperança que nós acabássemos na minha cidade dos sonhos: Roma. Obras de arte legendárias e comida italiana parecia uma boa maneira de compensar a papelada e os vampiros.
- Palm Springs. - disse Barnes. - Palm Springs? – Eu ecooei. Não era o que eu estava esperando. Quando eu penso em Palm Springs, penso em estrelas de cinema e campos de golfe. Não exatamente um feriada romana, mas também não era o Ártico. Um sorriso pequeno, irônico puxou os lábios de Stanton. – É no deserto e recebe uma grande quantidade de luz solar. Totalmente indesejável para Strigois. - Não seria indesejável para Morois também? – Eu perguntei, pensando à frente. Morois não queimam no sol como os Strigois, mas a exposição excessiva ainda faz o Moroi fica fraco e doente. - Bem, sim – admitiu Stanton. – Mas um pouco de desconforto vale a segurança que proporciona. Enquanto os Moroi passam a maior parte de seu tempo do lado de dentro, não vai ser um problema. Além disso, irá desencorajar os outros Morois a vir e –
O som de uma porta de carro abrindo e batendo do lado de fora chamou a atenção de todos. – Ah, - disse Michaelson. – Aí estão os outros. Vou deixá-los entrar.
Ele saiu do escritório e presumivelmente se dirigiu a nossa porta admitindo que alguém tinha chegado. Momentos depois, ouvi uma voz falando enquanto Michaelson voltava para gente.
- Bem, papai não podia fazer isso, então ele apenas me enviou, - a nova voz disse.
A porta do gabinete se abriu, e meu coração parou.
Não, pensei. Qualquer um menos ele.
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- Jared – disse o recém-chegado, avistando meu pai. – Ótimo ver você de novo. Meu pai, que mal havia olhado para mim a noite toda, na verdade, sorriu. – Keith! Eu estava querendo saber como você tem estado. – Os dois apertaram as mãos, uma onde de repulsa rolou através de mim. - Esse é Keith Darnell – disse Michaelson, apresentando-o para os outros, - Filho de Tom Darnell? – Perguntou Barnes, impressionado. Tom Darnell foi um lendário líder entre os Alquimistas.
- O próprio, - disse Keith alegremente. Ele era cerca de cinco anos mais velho que eu, com cabelos loiros em um tom mais claro que o meu. Eu sabia que um monte de meninas o achava atraente. Eu? Eu o achava perverso. Ele era de longe, a última pessoa que eu esperava ver aqui.
- E eu acredito que conheça as irmãs Sage, - acrescentou Michaelson.
Keith voltou seus olhos azuis primeiro para Zoe, olhos que eram apenas fracionariamente diferentes de cor um do outro. Um olho, feito de vidro, olhou fixamente para a frente, não se movendo exatamente. O outro piscou para ela enquanto ele sorria abertamente.
Ele ainda pode piscar, pensei furiosamente. Aquele irritante, estúpida, arrogante piscada! Mas então, por que ele não piscaria? Todos nós ouvimos sobre o acidente que ele teve esse ano, um acidente que lhe custou um olho. Ele ainda sobreviveu com um bom, mas de alguma forma, na minha mente, eu pensei que a perda de um olho iria parar essa irritante piscada.
- Pequena Zoe! Olhe para você, toda crescida, - disse ele com carinho. Eu não sou uma pessoa violenta, não em várias maneiras, mas de repente eu queria bater nele por olhar para minha irmã dessa maneira.
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Ela conseguiu dar um sorriso para ele, claramente aliviada ao ver um rosto familiar aqui. Quando Keith se virou para mim, no entanto, todo o charme e simpatia desapareceu. O sentimento era mútuo.
O ódio negro queimando dentro de mim era tão grande que eu levei um momento até formular qualquer tipo de resposta. – Olá Keith, - eu disse rigidamente.
Keith nem se quer fez uma tentativa de se igualar a minha civilidade forçada. Ele imediatamente se virou para os Alquimistas mais velhos. – O que ela está fazendo aqui?
- Nós sabemos que você solicitou por Zoe, - disse Stanton, - mas, após uma análise, decidimos que seria melhor se Sydney cumprisse esse papel. Sua experiência diminui qualquer preocupação sobre suas ações passadas. - Não, - disse Keith rapidamente, virando aquele olhar azul de aço de volta para mim. – De nenhuma maneira ela vai vir, de jeito nenhum eu vou confiar em uma amante de vampiros para estragar tudo para nós. Nós estamos levando a irmã.
* Hierofante é o termo usado para designar os sacerdotes da alta hierarquia dos mistérios da Grécia e do Egito.
Parte do Capítulo 1 - retirado do site: vacademybr.com.br - créditos e tradução de inteira responsabilidade da autora do site. A outra parte foi traduzida por Ana Lu.
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Capítulo 2 Algumas pessoas ofegaram, sem dúvida por Keith usar o termo –amante de vampiro.– A palavra por si só era terrível, mas juntos…bem, eles representavam uma idéia que era muito bonita excomunga-la a tudo o que os alquimistas representava. Nós lutavamos para proteger os humanos dos vampiros. Estar ligada com essas criaturas era de certa a coisa mais vil que qualquer um de nós poderia ser acusado de. Mesmo quando questionando-me mais cedo, o outro tinha Alquimista tinha sido muito cuidadoso com a sua escolha de linguagem. O uso de Keith foi quase obsceno. Horowitz olhou com raiva em meu nome e abriu a boca embora ele possa fazer uma réplica tão mordaz. Depois um rápido olhar para mim e Zoe, ele parecia a reconsiderar, e ficou em silêncio. Michaelson, no entanto, não poderia ajudar a si mesmo a partir murmurando, –Proteja-nos todos –. Ele fez o sinal contra o mal. Todavia, não foi os xingamentos de Keith que realmente definir me off (embora isso certamente fez enviar um calafrio através de mim). Foi o anterior comentário espontâneo de Stanton. Nós sabemos que você solicitou Zoe. Keith havia solicitado Zoe para esta tarefa? Minha resolução para mantê-la fora dele cresceu aos trancos e limites. O pensamento de ela sair com ele fez me cerrar os punhos. Todo mundo aqui pode pensar que Keith Darnell era uma espécie de garotopropaganda, mas eu conhecia-o. Nenhuma menina - muito menos a minha irmã - deve ser deixada sozinha com ele. –Keith–, disse Stanton, como um aviso suave em sua voz. –Eu posso respeitar seus sentimentos, mas você não está em uma posição para fazer esse apelo. – Ele corou. –Palm Springs é o meu posto! Tenho todo o direito de ditar o que se passa no meu território. – –Eu posso entender por que você se sentiria assim–, disse meu pai. Inacreditável. Se Zoe ou eu tivéssemos questionado a autoridade como Keith tinha, nosso pai não teria
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hesitado em dizer-nos os nossos –direitos–, ou melhor, ele diria que nós não tínhamos nenhuma. Keith tinha ficado com minha família um verão - jovens Alquimistas, por vezes, fazem isso durante o treino - e meu pai tinha crescido a considera-lo como o filho que ele nunca teve. Mesmo assim, tinha havido um duplo padrão entre Keith e nós. Tempo e distância, aparentemente, não tinha diminuído isso. –Palm Springs pode ser o seu posto–, disse Stanton,–Mas esta tarefa vem de lugares da organização que estão muito acima de seu alcance. Você é essencial para a coordenação, sim, mas você não significa a autoridade máxima aqui. –Ao contrário de mim, eu suspeitei que Stanton havia sugerido algumas pessoas no seu tempo, e acho que ela queria fazer isso com Keith agora. Foi engraçado que ela se tornaria minha defensora, desde que eu tinha bastante certeza de que ela não engoliu a minha história sobre ter usado Rose para avançar na minha carreira. Keith acalmou-se visivelmente, sabiamente a realização de uma explosão infantil não iria ajuda-lo em qualquer lugar. –Eu entendo. Mas estou simplesmente preocupado com o sucesso desta missão. Eu conheço ambas as meninas Sage. Mesmo antes do 'incidente' de Sydney, eu tinha sérias preocupações sobre ela. Achei que ela ia crescer fora deles, pensei, por isso eu não me incomodei em dizer qualquer coisa naquele tempo. Vejo agora que eu estava errado. Naquela época, eu realmente pensava que Zoe teria sido de longe uma escolha muito melhor para a posição da família. Sem ofensa, Jared.– Deu ao meu pai o que provavelmente deveria ser um sorriso encantador. Enquanto isso, estava ficando cada vez mais difícil esconder a minha incredulidade. – Zoe tinha onze anos quando você ficou connosco –, eu disse. –Como no mundo você poderia tirar essas conclusões? – Eu não tinha engolido por um instante que ele tinha – preocupações– sobre mim naquele tempo. Não - risca isso. Ele provavelmente tinha preocupações sobre o último dia que ele ficou com a gente, quando eu o confrontei sobre um segredo sujo que ele estava escondendo. Isso, eu tinha quase a certeza, era o que tudo isto era. Ele queria me em silencio. Minhas aventuras com Rose eram simplesmente uma desculpa para me tirar do caminho. –Zoe sempre foi avançada para sua idade–, Keith afirmou. –Às vezes você podia ver isso.– –Zoe nunca viu um Strigoi, muito menos um Moroi! Ela provavelmente se congelaria se visse. Esta é a verdade para muitos Alquimistas –, eu apontei. –Quem quer que você envie vai ter de ser capaz de estar em torno deles, e não importa o que você acha das minhas razões, eu estou acostumada com eles. Eu não gosto deles, mas eu sei como
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tolerá-los. Zoe não tem nada, para alem das mais básicas instruções - e que foi em nossa casa. Todos dizem que esta é uma tarefa séria. Você realmente quer arriscar o seu resultado, por inexperiência e medos sem fundamento? –Terminei, orgulhosa de mim mesma por ficar calma e fazer um argumento tão fundamentado. Barnes passou inquieto. –Mas se Keith tinha dúvidas anos atrás… – –O treinamento de Zoe é provavelmente o suficiente para sobreviver– disse meu pai. Cinco minutos atrás, meu pai havia endossado ser eu em vez dela! Será que alguém aqui ainda me escuta? Era como se eu fosse invisível, agora que Keith estava aqui. Horowitz tinha estado ocupado com a limpeza e guardado as suas ferramentas de tatuagem, mas olhou para zombar a observação de Barnes. –Você disse as palavras mágicas: ‘anos atrás’. Keith não poderia ser muito mais velho do que estas meninas são agora –. Horowitz fechou o saco da ferramenta e inclinou-se casualmente contra a parede, com os braços cruzados. –Eu não duvido de você, Keith. Não exactamente. Mas eu realmente não estou certo que você pode basear a sua opinião sobre ela atravez de suas memórias quando você era ainda uma criança. – Pela lógica, Horowitz estava dizendo que eu era ainda uma criança, mas eu não me importei. Ele disse seus comentários de uma forma fácil sem esforço que, todavia, deixou Keith parecendo um idiota. Keith sabia, também, e ficou vermelho. –Eu concordo–, disse Stanton, que claramente estava a ficar impaciente. –Sydney quer este mal, e poucos seriam, considerando que significa que ela vai realmente ter que viver com um vampiro.– Quer este mal? Não exactamente. Mas eu queria proteger Zoe a todo custo e restaurar a minha credibilidade. Se significava frustrar Keith Darnell ao longo do caminho, então tanto a… –Espere–, eu disse, voltando atrás nas palavras de Stanton. –Você disse viver com um vampiro?– –Sim–, disse Stanton. –Mesmo se ela esteja se escondendo, a menina Moroi ainda tem que ter alguma aparência de uma vida normal. Achamos que mataria dois coelhos com uma pedra só e regista-la numa escola privada. Cuide da educação dela e alojamento. Nós tomaremos as providências para você ser sua companheira de quarto. – –Isso não significaria…que eu iria ter que ir para a escola? –Eu perguntei, sentindo-me um pouco intrigada agora. –Eu já me graduei.– Ensino médio, pelo menos. Eu tinha deixado claro várias vezes para o meu pai que eu adoraria ir para a faculdade. Ele tinha feito isso igualmente claro que ele não sentia que havia necessidade.
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–Você vê?–, Disse Keith, saltando sobre a oportunidade. –Ela é muito velha. Zoe é um partido melhor de idade –. –Sydney pode passar por um senior. Ela está na idade certa. – Stanton deu-me um rápido olhar. –Além disso, você tinha aulas em casa, certo? Esta vai ser uma experiência nova para você. Você pode ver o que estava perdendo. – –Provavelmente seria mais fácil para você–, disse meu pai a contragosto. –Sua educação seria superior a qualquer coisa que eles podem oferecer. – Belo elogio, pai (*aqui a Sydney esta a ser sarcástica). Eu tinha medo de mostrar como desconfortável esse acordo estava me fazendo. A minha vontade de ficar de fora por Zoe e eu não tinha mudado, mas as complicações cresciam. Repetir o ensino médio. Viver com um vampiro. Mantê-la na protecção de testemunhas. E mesmo que eu falasse sobre o quão confortável eu ficava em torno de vampiros, o pensamento de partilhar o quarto com um - até mesmo um aparentemente benigno como Jill - foi enervante. Outra aflição me ocorreu. –Quer ser um estudante à paisana também?– Eu perguntei a Keith. A idéia de emprestar-lhe rascunhos das aulas fez-me enjoar novamente. –Claro que não–, disse ele, parecendo ofendido. –Sou muito velho. Eu vou ser o de Ligação da Missão de Área Local. – Eu estava disposta a apostar que ele inventou esse título agora mesmo. –Meu trabalho é ajudar a coordenar a tarefa e informar aos nossos superiores. E eu não vou para fazê-lo se ela é a única lá. –Ele olhou de cara a cara enquanto falava a última linha, mas não houve perguntas sobre quem ela era. Eu. –Então não–, disse Stanton sem rodeios. –Sydney está indo. Esta é a minha decisão, e eu vou argumentar a qualquer autoridade superior que você quer levá-la também. Se você está tão contra a sua colocação, Sr. Darnell, eu posso pessoalmente fazer com que você seja transferido para fora de Palm Springs e não ter de lidar com ela em tudo. – Todos os olhos giraram para Keith, e ele hesitou. Ela o tinha apanhado em uma armadilha, eu percebi. Eu tive que imaginar que, com seu clima, Palm Springs não tinha um monte de acção vampírica. O trabalho de Keith havia provavelmente sido muito fácil, ao passo que quando eu trabalhava em St. Petersburg, eu estava constantemente a ter que fazer um controle de danos. Aquele lugar era um refúgio de vampiro, assim como alguns dos outros lugares na Europa e Ásia que meu pai tinha me levado para visitar. Não me levando inicialmente sobre Praga. Se Keith fosse transferido, ele tomaria o risco de não apenas obter um maior volume de trabalho, mas também de estar em um local muito pior. Porque, apesar de Palm Springs não ser desejável para os
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vampiros, era um tipo de impressionante para os seres humanos. A cara de Keith confirmou. Ele não queria deixar Palm Springs. –E se ela for para lá, e eu tiver razoes para suspeitar de traição dela de novo? – –Então denuncie ela–, disse Horowitz, respondendo sem descanso. Ele obviamente não estava impressionado com Keith. –O mesmo como faria com qualquer um.– –Eu posso aumentar alguns treinos de Zoe enquanto isso, –disse meu pai, quase como um pedido de desculpas para Keith. Ficou claro de que lado o meu pai estava. E não era do meu. Nem a de Zoe foi, realmente. –Então, se você encontrar falhas em Sydney, poderemos substituí-la. – Irritou-me com o pensamento de Keith ser o único a decidir se eu tinha falhas, mas isso não me incomodava tanto quase como o pensamento de Zoe ainda estar atada para aquilo. Se meu pai estava mantê-la em modo de espera, então ela não estava fora de perigo ainda. Os Alquimistas ainda podiam ter seus ganchos nela – tal como o Keith. Eu prometi então que não importava o que tivesse de ser, mesmo se eu tivesse de o alimentar de uvas com as mãos, eu asseguraria que Keith não teria razoes para duvidar da minha lealdade. –Tudo bem–, disse ele, parecendo que a palavra lhe causava muita dor. –Sydney pode ir…por agora. Mas eu vou estar te observando. –Ele fixou o olhar em mim. –E não vou ser eu a cobrir você. Você será responsável por manter essa menina vampira na linha e fazer sua alimentação. – –Alimentação?– Eu perguntei sem entender. É claro. Jill ia precisar de sangue. Por um momento, toda a minha confiança vacilou. Foi fácil falar sobre sair com vampiros quando nenhum estava por perto. Ainda mais fácil quando você não pensa sobre o que foi que fez os vampiros serem quem eram. Sangue. Que terrível, uma necessidade não natural que motiva a sua existência. Um pensamento terrível surgiu em minha mente, desaparecendo tão depressa como veio. Eu devo dar a ela o meu sangue? Não. Isso era ridículo. Era uma linha que os Alquimistas nunca cruzariam. Engoli, eu tentei esconder o meu breve momento de pânico. –Como você planeja sobre alimenta-la? – Stanton acenou para Keith. –Poderia explicar?– Eu acho que ela estava lhe dando a chance de se sentir importante, como uma forma de compensar sua derrota anterior. Ele correu com isso. –Há apenas um Moroi que sabemos que viver em Palm Springs –, disse Keith. Enquanto ele falava, notei que seu cabelo loiro desgrenhado era praticamente revestido em gel. Ele deu ao seu cabelo um brilho viscoso que eu não acho que fosse atraente, no
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mínimo. Além disso, eu não confiava em qualquer cara que utilizava mais produtos de estilo do que eu. –E se você me perguntar, ele é louco. Mas ele é um louco inofensivo -na medida em que qualquer um deles são inofensivos. Ele é esse recluso de idade que vive fora da cidade. Ele tem este hang-up sobre o governo Moroi e não se associa com qualquer um deles, então ele não vai contar a ninguém que vocês estão lá. Mais importante, ele tem um alimentador ele está disposto a compartilhar.– Eu fiz uma careta. –Nós realmente queremos que Jill saia com alguns Moroi antigoverno? Todo o propósito é mantê-los estáveis. Se apresentá-la a alguns rebeldes, como nós sabemos que ele não vai tentar usar ela? – –É um excelente ponto–, disse Michaelson, parecendo surpreso ao admitir. Eu não tinha a intenção de minar Keith. Minha mente tinha apenas saltado à frente desta forma, marcando um potencial problema e apontando-o para fora. A partir do olhar que ele me deu, porém, era como se eu estivesse tentando de propósito desacreditar sua declaração e fazê-lo parecer ruim. –Nós não vamos dizer-lhe quem ela é, obviamente–, disse ele, com um brilho de raiva em seu olho bom. –Isso seria estúpido. E ele não é parte de qualquer facção. Ele não é parte de nada. Ele está convencido de que os Moroi e seus guardiões deixaram-no para baixo, por isso ele não quer nada com qualquer um deles. Passei uma história a ele sobre como a família de Jill tem os mesmos sentimentos anti-sociais, de modo que ele simpatizou. – –Você está certa de ser cautelosa, Sydney–, disse Stanton. Houve um olhar de aprovação em seus olhos, como se ela estivesse contente por ter me defendido. Aquela aprovação significou muito para mim, considerando o quão forte ela muitas vezes parecia. –Não podemos assumir qualquer coisa sobre qualquer um deles. Embora também nós verificamos a fundo esse Moroi com Abe Mazur, que concorda que ele é inofensivo –. –Abe Mazur?– Zombou Michaelson. Ele coçou a barba grisalha. –Sim. Tenho certeza que ele ia ser um especialista de quem é inofensivo ou não. – Meu coração deu uma guinada face ao nome, mas eu tentei não mostrá-lo. Não reaja, não reaja, eu ordenei ao meu rosto. Depois de uma respiração profunda, eu perguntei muito, muito cuidadosamente, –É Abe Mazur o Moroi que está acompanhando Jill? Eu conheci ele antes..mas eu pensei que você disse que foi um Ivashkov que estava indo. – Se Abe Mazur era o residente em Palm Springs, alteraria as coisas de forma
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significativa. Michaelson zombou. –Não, nós nunca enviariamos voce com Abe Mazur. Ele simplesmente esta ajudado com a organização deste plano. – –O que é tão ruim sobre Abe Mazur?– perguntou Keith. –Eu não sei quem ele é. – Estudei Keith muito de perto enquanto falava, olhando por algum traço de engano. Mas, não. Seu rosto era tudo inocência, abertamente curioso. Seus olhos azuis - ou olho ocupava um olhar raro de confusão, contrastando com a habitual arrogância senhorsabe-tudo. Nome de Abe não significava nada para ele. Eu exalei um suspiro que eu não tinha percebi que estava segurando. –Um canalha–, disse Stanton categoricamente. –Ele sabe muitas mais coisas sobre o que não deveria. Ele é útil, mas eu não confio nele. – Um canalha? Isso era um eufemismo. Abe Mazur era um Moroi cujo apelido na Rússia - zmey, a serpente – dizia tudo. Abe havia feito um número de favores para mim, que eu tinha de pagar de volta com risco considerável para mim mesma. Parte do meu pagamento tinha sido ajudado Rose a escapar. Bem, ele chamou de pagamento, eu o chamei de chantagem. Eu não tinha vontade de atravessar caminhos com ele novamente, principalmente porque eu estava com medo do que ele pediria para a próxima. A parte frustrante é que não havia ninguém que eu poderia recorrer para pedir ajuda. Meus superiores não iriam reagir bem á minha aprendizagem que, além de todas as minhas actividades a solo com vampiros eu estava a fazer acordos com eles. –Nenhum deles são confiáveis–, meu pai apontou para fora. Ele fez o sinal Alquimista contra o mal, desenhando de uma cruz em seu ombro esquerdo com a mão direita. –Sim, bem, Mazur é pior do que a maioria–, disse Michaelson. Ele reprimiu um bocejo, lembrando a todos nós que estávamos a meio da noite. –Estamos todos resolvidos, então?– Ouviram-se murmúrios de assentimento. Expressão tempestuosa de Keith exibindo como estava infeliz por não conseguir o que queria, mas ele não fez mais tentativas de me impedir de ir. –Acho que podemos ir a qualquer momento agora–,disse ele. Levei um segundo para perceber que o –nós– significava ele e eu. –Agora?– Eu perguntei incrédula. Ele deu de ombros. –Os vampiros vão estar em seu caminho em breve. Precisamos ter certeza de que tudo está criado para eles. Se não nos desviarmos na condução, podemos estar lá amanhã à tarde. – –Ótimo,– eu disse rigidamente. A viagem com Keith. Ugh. Mas o que mais eu poderia
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dizer? Eu não tinha escolha neste, e mesmo que tivesse, eu não estava em posição de recusar qualquer coisa que os Alquimistas perguntassem a mim agora. Eu tinha jogado todas as minhas cartas esta noite, e eu tinha que acreditar que estar com Keith era melhor do que um centro de reeducação. Além disso, eu tinha acabado de travar uma dura batalha para provar a mim mesma e poupar Zoe. Eu tinha que continuar mostrando que eu estava por nada. Meu pai me mandou embalar o mesmo brilho com que ele mandou-me fazer apresentável anteriormente. Eu deixei os outros falar e corri calmamente para o meu quarto, ainda consciente do sono da minha mãe. Eu era um especialista em fazer a mala de forma rápida e eficiente, graças a viagens surpresa que meu pai tinha arqueado em mim durante toda a minha infância. Na verdade, eu sempre tinha um saco de artigos de higiene embalado e pronto para ir. O problema não era tanto a velocidade ou em saber fazer a mala. O período de tempo para esta tarefa não foi especificado, e eu tinha a sensação desconfortável de que ninguém realmente sabia. Nós estávamos falando de algumas semanas? Um ano inteiro de escola? Eu tinha ouvido alguém mencionar o Moroi querendo revogar a lei que Jill ameaçava, mas que parecia ser o tipo de processo judicial que poderia levar algum tempo. Para piorar as coisas, eu nem sabia o que vestir para a escola. A única coisa que eu tinha certeza era que o tempo seria quente. Eu acabei por embalar dez dos meus trajes mais leves e esperava que fosse capaz de ir á lavandaria. –Sydney?– Eu estava colocando o meu laptop numa sacola a tiracolo quando Zoe apareceu na minha porta. Ela tinha refeito as tranças para as colocar mais perfeitas, e eu me perguntava se tinha sido uma tentativa de impressionar o nosso pai. –Hey,– eu disse, sorrindo para ela. Ela entrou no quarto e fechou a porta atrás dela. Eu estava feliz por ela ter vindo dizer adeus. Eu sentiria falta dela e queria que ela soubesse… –Por que você fez isso comigo?– Ela exigiu antes que eu pode-se por uma palavra para fora. –Você sabe como estou humilhada?– Fiquei surpresa, sem palavras por alguns momentos.–Eu…do que você está falando? Eu estava tentando… – –Você me fez soar incompetente!–, disse. Eu fiquei surpresa ao ver o brilho de lágrimas nos olhos. –Você pisou e pisou sobre como eu não tinha nenhuma experiência e não conseguia lidar com o que você e o pai estão fazendo! Eu parecia uma idiota na frente de todos os Alquimistas.
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E Keith. – –Keith Darnell é ninguém que você precisa se preocupar com impressionar –, eu disse rapidamente, tentando controlar o meu temperamento. Vendo seu rosto tempestuoso, eu suspirei e reproduzi a conversa ao estudo. Eu não tinha tentando fazer Zoe ficar mal tanto quanto fazer o que eu poderia ter certeza de que eu era a única a ser mandada embora. Eu não tinha ideia que ela iria levá-la assim. –Olha, eu não estava tentando envergonhar-te. Eu estava tentando proteger você –. Ela deu uma risada áspera, e a raiva soou estranho vindo de alguém gentil como Zoe. –É que o que você quer chamá-lo? Você mesma disse que você estava tentando conseguir uma promoção! – Eu fiz uma careta. Sim, eu tinha dito isso. Mas eu poderia dificilmente lhe dizer a verdade. Nenhum ser humano conhecia a verdade sobre por que eu tinha ajudado Rose. Mentindo para o minha própria espécie - especialmente a minha irmã - me doeu, mas não havia nada que eu poderia fazer. Como de costume, eu me senti presa no meio. Então, eu evitei o comentário. –Você nunca foi destinada a ser uma alquimista,– afirmei. –Há coisas melhores para você lá fora–. –Porque eu não sou tão inteligente como você?–, Perguntou ela.–Porque eu não quero falar cinco línguas?– –Isso não tem nada a ver–, eu estalei. –Zoe, você é maravilhosa, e você provavelmente podia ser uma grande Alquimista! Mas acredite em mim, a vida de Alquimista… você não quer qualquer parte dela.– Eu queria dizer a ela que ela odiaria. Eu queria dizer que ela nunca ia ser responsável por seu próprio futuro ou para fazer suas próprias decisões novamente. Mas o meu senso de dever impediu-me, e eu fiquei em silêncio. –Eu faria isso–, disse ela. –Eu ajudaria a proteger-nos de vampiros…se o pai me quisesse.– a voz dela vacilou um pouco, e de repente eu perguntei o que era realmente tinha alimentado seu desejo de ser um alquimista. –Se você quer chegar perto de Papai, encontra uma outra maneira. A causa Alquimista pode ser uma boa, mas uma vez dentro, eles mandarão em você.– Eu queria poder explicar para ela como era sentir isso. –Você não quer essa vida.– –Porque você quer tudo para si mesma?– Ela exigiu. Ela era poucos centímetros mais baixa que eu, mas estava cheia com tanta fúria e ferocidade agora que ela parecia levantar até a sala. –Não! Eu não quero…, você não entende –, afirmei finalmente. Eu queria jogar minhas
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mãos para cima em exasperação mas retive, como sempre. O olhar que ela me deu quase me transformou em gelo. –Oh, eu acho que entendo perfeitamente.– Virou em torno de repente e correu para fora da porta, ainda a coisa de agir em silêncio. Seu medo de nosso pai aumentou a sua raiva de mim. Olhei para onde ela tinha estado parada e senti-me horrível. Como ela poderia ter pensado que eu estava realmente tentando roubar toda a glória e fazê-la ficar mal? Porque que é exactamente o que você disse, uma voz dentro de mim apontou. Eu acho que isso era verdade, mas eu nunca tinha esperado que ela fosse se sentir ofendida. Eu nunca soube que ela tinha qualquer interesse em ser um dos alquimistas. Mesmo agora, eu me perguntava se o seu desejo era mais sobre ser parte de algo e provando-se ao nosso pai do que desejar realmente ter sido ela a escolhida para esta tarefa. Qualquer das suas razões, não havia nada a ser feito agora. Eu poderia não gostar da forma como os Alquimistas me tinham tratado, mas eu ainda ferozmente acreditava no que estavam fazendo para proteger os seres humanos dos vampiros. E eu definitivamente acreditava em manter Jill segura de seu próprio povo se isso significasse evitar uma guerra civil maciça. Eu poderia fazer este trabalho e fazê-lo bem. E Zoe, ela estaria livre para perseguir o que quisesse na vida. –Porque você demorou tanto?– Meu pai perguntou quando eu voltei para a sala. Minha conversa com Zoe atrasou-me um par de minutos, que foi dois minutos longo demais para ele. Eu tentei não responder. –Eu estou pronto para ir quando você estiver–, disse Keith a mim. Seu humor havia mudado enquanto eu estava lá em cima. Simpatia gozada saia dele agora, tão fortemente que foi uma maravilha todos não reconhecê-lo como falso. Ele tinha, aparentemente, decidido tentar uma atitude mais agradável em torno de mim, ou na esperança de impressionar os outros ou fuder-me para que eu não revelasse o que eu sabia sobre ele. No entanto, mesmo que ele usasse aquele sorriso de plástico, não havia uma rigidez na sua postura e da maneira que ele cruzou os braços me disse que -se não era outra - que ele não estava mais feliz em sermos jogado juntos do que eu. –Posso até fazer a maior parte a condução. – –Eu não me importo de fazer a minha parte–, disse eu, tentando evitar olhar para seu olho de vidro. Eu também não estava confortável em ser conduzida por alguém com um defeito profundo de percepção. –Eu gostaria de falar com a Sydney em privado antes de ela ir, se está tudo bem –, disse
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meu pai. Ninguém tinha problema com isso, e ele me levou para a cozinha, fechando a porta atrás de nós. Ficamos em silêncio por alguns momentos, simplesmente enfrentando um ao outro com os braços cruzados. De repente, se atreveu a esperança que talvez ele venha me dizer que estava arrependido por como as coisas tinham sido entre nós neste último mês, que ele me perdoou e me amava. Honestamente, eu teria ficado feliz se ele simplesmente quisesse uma despedida paternal privada. Ele olhou para mim fixamente, os olhos castanhos tão idênticos aos meus. Eu esperava que o meu olhar nunca tivesse o mesmo frio que os dele. –Eu não tenho que lhe dizer o quão importante isto é para você, para todos nós. – Tanta coisa por afecto paterno. –Não, senhor–, eu disse. –Não precisa.– –Eu não sei se você pode desfazer a desgraça que você trouxe sobre nós por correr com eles, mas este é um passo na direcção certa. Não bagunça esta oportunidade. Você está sendo testada. Segue suas ordens. Mantenha a menina Moroi fora do problema.– Ele suspirou e correu uma mão pelo cabelo louro-escuro, que eu também herdara. Estranho, eu pensei, que tínhamos tantos coisas em comum…ainda eram tão completamente diferente. –Graças a Deus Keith está com você. Segue sua liderança. Ele sabe o que está fazendo. – Eu enrijeci. Houve essa nota de orgulho na sua voz de novo, como Keith era a melhor coisa a caminhar na terra. Meu pai tinha visto que a minha formação estava completa, mas quando Keith ficou connosco, meu pai tinha levado ele em viagens e lhe deu lições que eu nunca fiz parte. Minhas irmãs e eu tínhamos ficado furiosas. Nós sempre suspeitávamos que o nosso pai lamentava ter apenas filhas, e aquilo tinha sido a prova. Mas não era o ciúme que fez meu sangue ferver e dentes ranger agora. Por um momento, pensei: E se eu lhe dizer o que eu sei? O que ele vai pensar de seu menino de ouro, então? Mas olhando para os olhos duros do meu pai, eu respondi á minha própria pergunta: Ninguém acreditaria em mim. Que foi imediatamente seguido pela memória de uma outra voz e o rosto de uma menina, assustada olhando pleiteando para mim, com grandes olhos castanhos. Não diga, Sydney. Faça o que fizer, não diga o que Keith fez. Não contar a ninguém. Eu não poderia traí-la assim.Meu pai ainda estava esperando por uma resposta. Engoli e assenti. –Sim, senhor.– Ele ergueu as sobrancelhas, claramente satisfeito, e deu-me um tapinha áspera no
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ombro. Foi o mais próximo de afeição real vindo dele há algum tempo. Eu vacilei, tanto de surpresa e por causa de como eu estava rígida com a frustração. –Bom–. Mudou-se para a porta da cozinha e, em seguida, fez uma pausa para olhar para trás – para mim. –Talvez haja esperança para você ainda.–
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Capítulo 3 O caminho para Palm Springs foi uma agonia. Eu estava exausta de ser arrastado para fora da cama e mesmo quando Keith assumiu o volante, eu não poderia adormecer. Eu tinha muita coisa na minha cabeça: Zoe, minha reputação, a missão na mão…meus pensamentos girava em círculos. Eu só queria corrigir todos os problemas na minha vida. A condução de Keith não fez nada para me fazer menos ansiosa. Eu também estava chateada porque meu pai não me deixou dizer adeus a minha mãe. Ele tinha sido muito claro sobre como devíamos deixá-la dormir, mas eu sabia a verdade. Ele estava com medo de que, se ela soubesse que eu estava saindo, ela ia tentar nos parar. Ela tinha ficado furiosa depois da minha última missão: eu tinha ido para o outro lado do mundo sozinha, apenas para regressar sem nenhuma pista quanto ao que á segurança do meu futuro. Minha mãe achava que os alquimistas tinham me usado de forma errada e tinha dito a meu pai que foi tão bem que parecia ter feito comigo. Eu não sei se ela realmente poderia se colocar no meio dos planos de hoje à noite, mas eu não queria me arriscar no caso de Zoe ter sido enviada ao invés de mim. Eu certamente não esperava uma despedida calorosa e entusiasmado da parte dele, mas senti estranho deixar a minha irmã e mãe em condições tão desconfortáveis. Quando amanheceu, transformando brevemente a paisagem do deserto de Nevada em um mar flamejante de vermelho e cobre, eu desisti do sono completamente e decidi apenas fazer directa. Eu comprei um café numa estação de gasolina 24h e assegurei a Keith que poderia conduzir o resto do caminho. Ele alegremente deu-me o volante, mas ao invés de dormir, ele comprou um café também e chateou-me com conversas nas horas restantes. Ele ainda continuava forte com a sua atitude ‘somos amigos’, quase fazendo-me desejar a sua animosidade anterior. Eu estava determinada a não lhe dar qualquer causa para duvidar de mim, então eu trabalhei duro para sorrir e acenar de forma adequada. Foi meio difícil de fazer enquanto rangia os dentes constantemente.
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Alguma coisa da conversa não foi tão ruim. Eu poderia falar de negócios, e tínhamos abundância de detalhes para ainda trabalhar fora. Ele me disse tudo o que sabia sobre a escola, e eu devorei a sua descrição da minha futura casa. Escola Preparatória de Amberwood era aparentemente um lugar de prestígio, e eu perguntei ociosamente se talvez eu pudesse estar na faculdade. Pelos padrões dos Alquimista, eu sabia tudo que eu precisava para o meu trabalho, mas algo em mim sempre queimou por mais e mais conhecimento. Eu tive que aprender a me contentar com a minha própria leitura e pesquisa, mas ainda assim, a faculdade - ou até mesmo estar em torno de quem sabia mais e tinha algo a ensinar-me - foi há muito tempo uma fantasia minha. Como um –sénior–, eu teria privilégios fora do campus, e uma das nossas primeiras ordens de negócios - depois de garantir falsas identificações - foi arranjar-me um carro. Sabendo que eu não seria presa em um colégio interno fez as coisas um pouco mais suportáveis, embora fosse óbvio que metade do entusiasmo de Keith por eu ter meu próprio transporte era para ter certeza de que eu poderia suportar qualquer trabalho que viesse junto com a tarefa. Keith também me iluminou sobre algo que eu não tinha percebido, mas provavelmente deveria ter. –Você e essa menina Jill estão sendo matriculadas como irmãs –, ele afirmou. –O quê?– Eu tinha uma capacidade de auto-controle que o meu domínio sobre o carro nunca vacilou. Viver com um vampiro era uma coisa, mas estar relacionado com um? – Por quê?– Eu exigi. Vi-o encolher de ombros na minha periferia. –Por que não? Isso explica o porque de você estar sempre ao seu redor e é um boa desculpa para você ser a sua companheira de quarto. Normalmente, a escola não coloca junto alunos de diferentes idades, mas… também… os seus ‘pais’ prometeram uma boa doação para que essas normas políticas fossem mudadas.– Eu estava tão atordoada que eu nem sequer senti a minha reacção normal do meu estômago a revirar quando ele concluiu com seu riso de auto-satisfação. Eu sabia que iríamos viver juntos … mas irmãs? Era…esquisito. Não, não apenas isso. Estranho. –Isso é loucura–, disse por fim, ainda muito chocada para dar uma resposta mais eloquente. –É só no papel–, disse ele. Verdade. Mas algo sobre fazer parte do elenco como um relativo vampiro jogou a minha determinação inteira para fora. Eu me orgulhava sobre a maneira que eu havia
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aprendido a comportar-me em torno de vampiros, mas parte disso veio a crença de que eu era um estranho, um negócio de associar diferenças e distancias. Encenar como a irmã de Jill era destruir essas linhas. Isso trouxe uma familiaridade que eu não estava certa se estava preparada. –Viver com um deles não deve ser tão ruim para você –, comentou Keith, tamborilando os dedos contra a janela de uma forma que colocou os meus nervos em franja. Algo sobre a maneira muito casual com que falou me fez pensar que ele estava me levando para uma armadilha. –Você está acostumada com isso.– –Quase–, eu disse, escolhendo cuidadosamente as minhas palavras. –Eu estive com eles uma semana no máximo. E na verdade, maior parte do meu tempo foi gasta com dhampirs. – –É a mesma diferença–, ele respondeu com desdém. –Se qualquer coisa, os dhampirs são piores. Eles são abominações. Não são humanos, mas não são completamente vampiros. Produtos de uniões antinaturais –. Eu não respondi de imediato, em vez fingi estar profundamente interessada na estrada. O que ele disse era verdade, ensino de Alquimista. Eu tinha sido levada a acreditar que ambas as raças de vampiros, Moroi e Strigoi, eram escuros e errados. Eles precisavam de sangue para sobreviver. Que tipo de pessoa bebia de outra? Era nojento, e só de pensar como eu em breve transportaria um Moroi para a sua alimentação me fez doente. Mas dhampirs… era um assunto complicado. Ou pelo menos, foi para mim agora. Os dhampirs eram meio vampiros e meio humanos, criados num tempo em que as duas raças haviam se misturado livremente. Sobre os séculos, os vampiros se afastaram dos seres humanos, e ambas as raças agora concordam que esse tipo de sindicatos era tabu. A raça dhampir tinha persistido contra todas as probabilidades, no entanto, apesar do fato de que dhampirs não podiam reproduzir uns com os outros. Eles podiam com Moroi ou humanos, e a abundância de Moroi estava à altura da tarefa. –Certo?– Perguntou Keith. Eu percebi que ele estava me olhando, esperando que eu concordasse com ele sobre dhampirs serem abominações - ou talvez ele estivesse esperando que eu discordasse. Independentemente disso, eu estava tranquila por muito tempo. –Certo–, eu disse. Reuni o padrão retórica Alquimista. –Em alguns aspectos, eles são piores do que os Moroi. Sua raça nunca deveria de existir. – –Você me assustou por um segundo–, disse Keith. Eu estava olhando a estrada, mas tive uma suspeita que ele apenas piscou para mim. –Eu pensei que você estava indo para
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defendê-los. Eu deveria saber melhor do que acreditar nas histórias sobre você. Eu posso totalmente entender porque você gostaria de jogar na glória, mas meu, deve ter sido duro tentar trabalhar com um deles –. Eu não poderia explicar como, uma vez que você tinha passado pouco de tempo com Rose Hathaway, era fácil esquecer que ela era um dhampir. Mesmo fisicamente, dhampirs e humanos eram praticamente indistinguíveis. Rose era tão cheia de vida e paixão que às vezes ela parecia mais humana que eu. Rose certamente não teria aceitado humildemente este trabalho com um sorriso afectado,–Sim, senhor.– Não como eu. Rose nem sequer tinha aceitado ser trancada na cadeia, com o peso do governo Moroi contra ela. A chantagem de Abe Mazur tinha sido um catalisador que me levou a ajudála, mas eu também nunca acreditei que Rose tinha cometido o assassinato que estava a ser acusada. Esta certeza, juntamente com a nossa amizade frágil, tinha me levado a quebrar as regras Alquimistas para ajudar Rose e seu namorado dhampir, o formidável Dimitri Belikov, iludir as autoridades. Apesar de tudo, eu tinha visto Rose como uma espécie de maravilha da forma como ela lutou contra o mundo. Eu não poderia ter inveja de alguém que não era humano, mas eu certamente poderia invejar a força dela – e deixar tudo para trás, não importa o quê. Mas novamente, eu não podia dizer a Keith nada disso. E eu ainda não acreditava por um instante, apesar do seu acto ensolarado, que estava tudo bem em vir de repente junto comigo. Ligeiramente dei de ombros. –Eu achei que valeu a pena o risco –. –Bem–, disse ele, vendo que eu não ia dizer mais nada. –A próxima vez que você decida trapacear com vampiros e dhampirs, obtém uma cópia de segurança de modo a que você não entre em muitos problemas. – Eu zombei. –Eu não tenho intenção de trapacear novamente. – Isso, pelo menos, era a verdade. Chegamos a Palm Springs no final da tarde e começamos a trabalhar imediatamente nas nossas tarefas. Eu estava morrendo de sono até esse ponto, e até mesmo Keith - apesar da sua tagarelice - parecia um pouco desgastado em torno das bordas. Mas a gente chegou com a palavra de que Jill e a sua comitiva estavam chegando amanhã, deixando muito pouco tempo para colocar os detalhes restantes no lugar. A visita á Preparatória de Amberwood revelou que a minha ‘família’ estava se expandindo. Aparentemente, o dhampir que vinha com Jill se matriculou da mesma forma que eu e estaria a interpretar o papel de nosso irmão. Keith também iria ser o
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nosso irmão. Quando eu questionei isso, ele explicou que precisávamos de alguém local para agir como nosso representante legal caso Jill ou qualquer um de nós precisasse de ser retirado da escola ou conceder algum privilégio. Uma vez que os nossos pais fictícios viviam fora do estado, obter resultados dele seria mais rápido. Eu não poderia culpar a lógica, mesmo embora eu achar que estar relacionado a ele era ainda mais repugnante do que ter dhampirs ou vampiros na família. E isso dizia muito. Mais tarde, uma carteira de motorista falsa - a partir de um fabricante de reputação - declarou que eu era agora Sydney Katherine Melrose, de Sul Dakota. Escolhemos Sul Dakota porque achamos que os moradores não viam muitas licenças daquele estado e não seriam capazes de detectar eventuais falhas na mesma. Não que eu esperasse que houvesse ter. Os alquimistas não se associam com pessoas que faziam o trabalho segundo os seus ritmos. Eu também gostei da imagem de Mount Rushmore sobre a licença. Foi um dos poucos lugares nos Estados Unidos que eu nunca tinha ido. O dia terminou com o que eu tinha planeado mais para a frente: uma viagem a um negociante de carro. Keith e eu regateamos um com o outro tanto quase como nós regateamos com o vendedor. Eu tinha sido criada para ser prática e manter minhas emoções sob controlo, mas eu adorava carros. Era um dos poucos legados que eu apanhei de minha mãe. Ela era mecânica, e algumas das minhas melhores memórias de infância foram de ter trabalhado na garagem com ela. Eu particularmente tinha uma fraqueza por carros desportivos e carros antigos, tipos com grandes motores que eu sabia serem ruins para o ambiente, mas eu culpada amava na mesma. Aqueles estavam fora de questão para este trabalho, no entanto Keith argumentou que eu precisava de algo onde poderia caber todos, bem como qualquer carga e que não atraísse muita atenção. Mais uma vez, eu concedi o seu raciocínio como uma boa Alquimista. –Mas eu não vejo porque ele tem que ser uma Station Wagon *–, Eu disse a ele. Nossas compras levou-nos para baixo para um novo Subaru Outback** que reuniu a maioria de seus requisitos. Meu instinto por carros me disse que o Subaru faria o que eu precisasse. Seria bom de lidar e tinha um motor decente, para o que era. E ainda… –Eu me sinto como uma mãe suburbana ***–, eu disse. –Eu sou muito jovem para isso. – –Mães suburbanas conduzem Vans,– Keith me disse. –E não há nada errado com o futebol. – Fiz uma careta. –Tem que ser marrom, contudo?–
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Teria de ser, a não ser levasse um usado. Tanto quanto eu teria gostado algo em azul ou vermelho, a novidade tomou a precedência. Minha natureza esquisita não gosto da ideia de dirigir um carro ‘de outra pessoa’. Eu queria que fosse meu - brilhante, novo e limpo. Então, nós fizemos negócio, e eu, Sydney Melrose, tornou-se a orgulhosa proprietária de um Station Wagon marrom. Chamei de Latte, esperando que o meu amor por café logo se transmitisse para o carro. Uma vez que nossas tarefas foram feitos, Keith deixou-me ir para o seu apartamento em Palm Springs. Ele ofereceu deixar-me ficar lá também, mas eu educadamente recusei e obtive um quarto de hotel, grata pelos bolsos largos dos Alquimistas. Honestamente, eu paguei com o meu próprio dinheiro para salvar-me de dormir sob as mesmo teto que Keith Darnell. Eu pedi um jantar leve para o meu quarto, saboreando o tempo sozinha depois de todas aquelas horas no carro com Keith. Então eu vesti um pijama e decidi telefonar para a minha mãe. Mesmo que eu estivesse feliz por estar livre da desaprovação do meu pai por um tempo, eu sentia falta de a ter ao lado. –Esses são bons carros–, ela me disse depois que eu comecei a chamada, explicando a minha viagem para a concessionária. Minha mãe sempre tinha tido um espírito livre, que foi uma correspondência improvável para alguém como o meu pai. Enquanto ele me ensinava equações químicas, ela mostrou me como alterar o meu próprio óleo. Alquimistas não tinham que se casar com outro Alquimista, mas eu estava perplexa com que forças tinha puxado os meus pais juntos. Talvez meu pai tinha sido menos tenso quando ele era mais jovem. –Eu acho–, disse sabendo que parecia sombria. Minha mãe era uma das poucas pessoas que eu poderia ser qualquer coisa menos que ser perfeita ou com conteúdo á volta. Ela era uma grande defensora de deixar libertar os sentimentos para fora. –Eu acho que estou apenas irritada que eu não tenha podido dizer nada. – –Irritada? Estou furiosa por ele nem sequer falar comigo me sobre isso –, ela bufou. –Eu não posso acreditar que ele apenas te contrabandeou para fora assim! Você é minha filha, não uma mercadoria que ele pode apenas mover. – Por um momento, minha mãe me lembrou estranhamente Rose, ambas possuíam essa tendência firme para dizer o que estava em suas mentes. Parecia uma capacidade estranha e exótico para mim, mas às vezes - quando eu pensava sobre a minha própria natureza cuidadosamente controlada e reservada - eu me perguntava se talvez eu não era a estranha. –Ele não sabia de todos os detalhes–, eu disse, automaticamente defendê-lo. Com o
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temperamento de meu pai, se eles estavam zangados um com o outro, então a vida em casa seria desagradável para Zoe - para não mencionar a mãe. Melhor garantir a paz. – Eles não lhe tinham dito tudo –. –Odeio-os às vezes.– Houve um rosnado na voz da minha mãe. –Às vezes eu odeio ele também.– Eu não sabia o que dizer sobre isso. Eu estava ressentida com ele, claro, mas ele ainda era meu pai. Um monte de escolhas difíceis que ele fez foi por causa dos Alquimistas, e eu sabia que não importa como eu me sentia sufocada às vezes, o trabalho do Alquimistas era importante. Seres humanos tinham que ser protegidos contra a existência de vampiros. Sabendo da existência de vampiros criaria um pânico. Pior, poderia dirigir alguns seres humanos fracos de vontade para se tornarem escravos dos Strigoi em troca de imortalidade e a corrupção eventual de suas almas. Isso aconteceu mais vezes do que nós gostamos de admitir. –Esta tudo bem, mãe–, eu disse suavemente. –Eu estou bem. Não estou mais em apuros, e eu estou na mesma nos EUA. – Na verdade, eu não tinha certeza se –apuros– era parte da verdade, mas eu pensei que seria melhor acalma-la. Stanton havia me dito para manter a nossa localização em Palm Springs segredo, mas dissimular que estávamos perto não iria doer muito e poderia fazer a minha mãe achar que eu tinha um trabalho mais fácil à frente do que eu provavelmente teria. Ela e eu conversamos um pouco mais antes de desligar, e ela me disse que tinha ouvido falar da minha irmã Carly. Tudo estava bem com ela na faculdade e eu fiquei aliviada ao ouvir. Eu queria desesperadamente encontrar que Zoe estava bem, mas resisti a não pedir para falar com dela. Eu estava com medo que se ela pegasse o telefone, eu ia descobrir que ela ainda estava com raiva de mim. Ou, pior, que ela não iria falar mais comigo. Fui para a cama sentindo tristeza, desejando que eu pudesse derramar todos os meus medos e inseguranças para a minha mãe. Não era isso o que as mães normais e filhas faziam? Eu sabia que ela teria receberia isso. Eu tinha um problemas que não me deixava, também envolvia segredos Alquimistas, para ser uma adolescente normal. Depois de um longo sono, e com a luz do sol da manhã fluindo através da minha janela, eu me senti um pouco melhor. Eu tinha um trabalho a fazer e desloquei a finalidade de sentir pena de mim mesma. Lembrei-me que eu estava a fazer isso por Zoe, pelos Moroi e humanos. Isso permitiu-me concentrar e empurrar minhas inseguranças de lado, pelo
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menos por enquanto. Peguei Keith ao meio-dia e nos levei para fora da cidade para conhecer Jill e os Moroi inquilinos que estariam nos ajudando. Keith tinha muito a dizer sobre o cara, cujo nome era Clarence Donahue. Clarence morou em Palm Springs por três anos, desde a morte de sua sobrinha, em Los Angeles, que aparentemente tiveram um efeito bastante traumático sobre o homem. Keith tinha-o encontrado um par de vezes em trabalhos anteriores e continuava a fazer piadas sobre o fraco controle de sanidade de Clarence. –Ele é algum quartilho mais baixo que um banco de sangue, você sabe? –Keith disse, rindo para si mesmo. Aposto que ele tinha estava esperando dias para usar essa linha. As piadas eram pobres em sabor - e estúpidas para arrancar -mas cada vez que chegávamos perto da casa de Clarence, Keith acabou se tornando muito mais calmo e nervoso. Algo me ocorreu. –Quantos Moroi você conheceu?– Eu perguntei assim que saímos da estrada principal e se transformou em um longo e sinuoso caminho. A casa era estritamente retirada de um filme gótico, quadrados feitos de tijolos cinza que estavam completamente em desacordo com a maioria das arquitecturas de Palm Springs que tínhamos visto. As únicas lembranças que estávamos no sul da Califórnia eram as palmeiras oblíquas que cercavam a casa. Era uma justaposição estranha. –Basta–, disse Keith evasivamente. –Eu consigo lidar com eles ao redor. – A confiança no seu tom soou forçado. Percebi que apesar de sua impetuosidade sobre esse trabalho, seus comentários sobre Morois e raças dhampir, e seu julgamento das minhas acções, Keith estava realmente muito, muito desconfortável com a ideia de estar em torno de não-humanos. Era compreensível. A maioria dos Alquimistas ficava. Uma grande parte do nosso trabalho nem sequer envolve interacção com o mundo vampírico, era mais o mundo do ser humano que precisava de cuidados. Registos tiveram que ser cobertos, testemunhas subornadas. A maioria dos Alquimistas tinha muito pouco contacto com nossos sujeitos, significa que o conhecimento dos Alquimistas veio das histórias e dos ensinamentos transmitidos através das famílias. Keith tinha dito que tinha conhecido Clarence, mas não fez nenhuma menção de passar o tempo com outros Moroi ou dhampirs certamente não um grupo, que nos esperava ter á frente. Tardiamente, percebi que estávamos a combinar. Keith levantou a mão para bater na porta, mas esta abriu antes que ele pudesse fazer nada. Hesitei, um pouco a medo apesar das garantias que tinha acabado de dar a mim mesma. O cara que abriu a porta parecia
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tão surpreso por nos ver. Ele segurava um maço de cigarros com uma mão e pareceu que tivesse sido mandado fumar lá fora. Ele parou e nos deu um rápido olhar. –Então. Vocês estão aqui para me converter ou para vender materiais? – O comentário desarmou-me e foi o suficiente para me ajudar a sacudir a minha ansiedade. O dono da expressão era um cara Moroi, um pouco mais velho que eu, com cabelo castanho escuro, que sem dúvida, foi cuidadosamente penteado para parecer bagunçado. Ao contrário de Keith que abusava ridiculamente do gel, esse cara tinha realmente arranjado de uma forma que parecia bem. Como todos os Moroi, ele era pálido e tinha uma constituição alta e magra. Olhos verde-esmeralda estudaram-nos de um rosto que poderia ter sido esculpido por um dos artistas clássicos que eu tanto admirava. Chocada, eu rejeitei a comparação assim que surgiu na minha cabeça. Este era um vampiro, apesar de tudo. Era ridículo admirar ele daquela maneira como se ele fosse um cara humano quente. –Mr. Ivashkov –, eu disse educadamente. –É um prazer vê-lo de novo. – Ele franziu a testa e me estudou de sua maior altura. –Eu sei que você. Como eu te conheço? – –Nós..– ia começar a dizer ‘conheci’, mas percebi que não era lá muito bom uma vez que não tínhamos sido formalmente apresentados da última vez que nos vimos. Ele simplesmente tinha estado presente quando Stanton e eu tínhamos sido transportadas ao Tribunal de Moroi para interrogatório. – Estive no outro mês passado, na sua Corte. – Reconhecimento acendeu em seus olhos. –Certo. A Alquimista –. Ele pensou por um momento e então me surpreendeu quando ele disse meu nome. Com tudo o resto que tinha acontecido quando eu estive na Corte Real dos Moroi, eu não esperava fazer uma boa impressão. –Sydney Sage.– Eu balancei a cabeça, tentando não olhar perturbada com o reconhecimento. Então eu percebi que Keith havia congelado ao meu lado. Ele alegou que ele poderia –lidar– com Moroi ao seu redor, mas, aparentemente, isso significava olhar de boca aberta e não dizer uma palavra. Mantendo um agradável sorriso, eu disse: –Keith, este é Adrian Ivashkov. Adrian, este é o meu colega Keith Darnell. – Adrian estendeu a mão, mas Keith não abanou. Se isso era porque Keith ainda estava chocado ou porque ele simplesmente não queria tocar um vampiro, eu não poderia dizer. Adrian não pareceu se importar. Ele baixou a mão e pegou um isqueiro, pasando por nós enquanto fazia isso. Ele balançou a cabeça em direcção á porta. –Eles estão esperando por você. Vá dentro – Adrian inclinou-se perto do ouvido de
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Keith e falou com uma voz sinistra. –Se. Você. Ousar. –Ele cutucou o ombro de Keith e deu uma espécie de –Muhahaha– como riso. Keith quase saltou 10 pés no ar. Adrian riu e deu uma volta por um caminho ajardinado, acendendo o cigarro enquanto caminhava. Eu olhei depois dele – pensando que aquilo tinha sido uma brincadeira – cutuquei Keith em direcção á porta. –Venha–, eu disse. O frescor do ar condicionado roçou me. Sem mais nada, Keith parecia ter vindo á vida. –O que foi aquilo?– Ele exigiu assim que pisamos dentro da casa. –Ele quase me atacou!– Eu fechei a porta. –É sobre como você olhou para ele como um idiota. E ele não fez nada a você. Você poderia ter agido de forma mais aterradora? Eles sabem que nós não gostamos deles, e você olhou como se você estivesse pronto entrar em parafuso. – Admito, eu meio que gostei de ver Keith pego de baixa guarda, mas a solidariedade para com os humanos não deixaram dúvida sobre de que lado eu estava. –Eu não entrei–, argumentou Keith, embora ele estava, obviamente, envergonhado. Caminhamos por um longo corredor com piso de madeira escura e corte que parecia absorver toda a luz. –Deus, o há de errado com essas pessoas? Oh, eu sei. Eles não são pessoas. – –Hush–, eu disse, um pouco chocada com a veemência em sua voz. –Eles estão bem lá. Você não pode ouvi-los? – Pesadas portas francesas nos encontrou no fim do corredor. O vidro era fosco e manchado, obscurecendo o que estava lá dentro, mas um murmúrio de vozes ainda podiam ser ouvido. Bati na porta e esperei até que um voz chamou na entrada. A raiva no rosto de Keith desapareceu quando nós dois trocamos breves olhares solidários. Era isso. O início. Nós entramos. Quando vi quem estava lá dentro, tive que parar minha mandíbula de cair de boca aberta tal como Keith tinha feito anteriormente. Por um momento, eu não conseguia respirar. Eu zombei de Keith por estar com medo de estar em torno de vampiros e dhampirs, mas agora, cara a cara com um grupo deles, eu de repente me senti presa. As paredes ameaçaram fechar á minha volta, e tudo o que eu conseguia pensar eram presas e sangue. Meu mundo vacilou – e não era apenas por causa do tamanho do grupo. Abe Mazur estava aqui. Respira, Sydney. Respira, eu disse a mim mesma. Não foi fácil, porém. Abe
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representava mil medos para mim, mil enredos que eu me tinha metido. Lentamente, o meu redor ficou mais visível, e eu recuperei o controle. Abe não era o único aqui, depois de tudo, e eu foquei sobre os outros e ignorei ele. Três outras pessoas estavam sentadas na sala com ele, dois dos quais eu reconheci. O desconhecido, um idoso Moroi com queda de cabelo e um grande bigode branco, tinha que ser nosso anfitrião, Clarence. –Sydney!– Isso foi Jill Mastrano, seus olhos se iluminaram com prazer. Eu gostava de Jill, mas eu não tinha pensado que tinha feito uma impressão suficiente sobre a menina que justificasse me receber de tal forma. Jill quase parecia que correria para cima de mim e me abraçar, e eu rezei para que ela fizesse. Eu não precisava que Keith visse isso. Mais importante, eu não precisava que Keith fizesse relatórios sobre isso. Ao lado de Jill estava um damphir, que eu conheci da mesma maneira que Adrian - ou seja, eu tinha visto ele, mas nunca fomos apresentados. Eddie Castile também tinha estado presente quando eu fui questionada na Corte Real e, se a memória não me falhava, tinha sido por causa de alguns problemas próprios. Para todos os efeitos, ele parecia humano, com um corpo atlético e rosto que tinha passado muito tempo ao sol. Seu cabelo era um marrom arenoso, e seus olhos castanhos olhavam para Keith e para mim amigavelmente, mas de uma forma cautelosa. Era assim que se encarregavam os guardiões. Eles estavam sempre em alerta, sempre preparados para a próxima ameaça. De certa forma, eu achei tranquilizador. Minha pesquisa pela sala logo levou-me a Abe, que estava observando e parecia se divertir com o meu obvio revogar dele. Um sorriso malicioso distribuísse pelas suas feições. –Por que, Miss Sage,– ele disse lentamente. –Não vai para dizer ‘Olá’ para mim? –
(*http://s3.amazonaws.com/files.posterous.com/pourmecoffee/XAeCw8ZRQNbrEMdiIOClwDPVHeIBNb mSYRBOiI7jRaSF77Tshinbgwyvd63C/stationwagon.jpg?AWSAccessKeyId=AKIAJFZAE65UYRT34AOQ&Expires=1314201939&Signature=qvO1wG OnK2r6Tfk%2B3YKeJ7AHosM%3D ** http://autos.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/subaru-outback-2010/subaru-outback-2010-6.jpg *** Aqui a Syd diz –I feel like a soccer mom– que no sentido se refere a uma mulher casada e com um monte de filhos e que mora num subúrbio e que traduzido á letra significa mãe de futebolista)
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Capítulo 4
ABE tinha o tipo de aparência que poderia deixar muitas pessoas sem palavras, mesmo se soubessem nada sobre ele. Alheio ao calor exterior, o homem Moroi estava vestido em um terno completo e gravata. O fato era branco, pelo menos, mas ainda assim parecia ser quente. Sua camisa e gravata eram roxos, tal como a rosa escondida no bolso. Ouro brilhava em suas orelhas e garganta. Ele era originalmente da Turquia e tinha mais cor do que a maioria dos Moroi, mas foi ainda mais pálida que os seres humanos como eu e Keith. A pele de Abe ,na verdade, me lembrava uma pessoa que tinha estado doente por um tempo. –Olá–, eu disse rigidamente. Seu sorriso se transformou num sorriso cheio. –Tão bom vê-la novamente. – –É sempre um prazer.– Minha mentira soava mecânica, mas ainda bem era melhor do que soar a medo. –Não, não–, disse ele. –O prazer é todo meu.– –Se você diz–, eu disse. Isto divertiu-o ainda mais. Keith havia congelado novamente, então eu caminhei até ao homem Moroi mais velho e estendi minha mão para que pelo menos um de nós tivesse mostrado que tínhamos boas maneiras. –Você é o Sr. Donahue? Sou Sydney Sage. – Clarence sorriu e apertou minha mão com a sua mão enrugada. Eu não vacilei, mesmo que o desejo estivesse lá. Diferente da maioria dos Moroi que eu conhecia, ele não escondeu suas presas quando sorria, que fez com que a minha fachada se desmoronasse. Outro lembrete de que não importa como pareciam por vezes humanos, eles ainda eram vampiros. –Estou tão feliz em conhecê-lo–, disse ele. –Eu já ouvi coisas maravilhosas sobre você.
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– –Oh?–, eu perguntei, arqueando uma sobrancelha e perguntando o que tinham falado sobre mim. Clarence assentiu enfaticamente. –Você é bem-vinda em minha casa. É uma delícia ter tanta companhia –. Introduções foram feitas para todos os outros. Eddie e Jill estavam um pouco reservados, mas ambos amigáveis. Keith não abanou qualquer mão, mas ele, pelo menos, parou de agir como um idiota babado. Ele pegou uma cadeira quando oferecido e colocou uma expressão arrogante, que provavelmente era suposto mostrar uma aparência confiante. Eu esperava que ele não nos envergonhasse. –Sinto muito–, disse Abe, inclinado para a frente. Seus olhos escuros brilhavam. –Você disse que seu nome era Keith Darnell? – –Sim–, disse Keith. Ele estudou Abe, curiosamente, sem dúvida recordando a conversa dos Alquimistas em Salt Lake City. Mesmo através da tentativa de coragem que Keith utilizou, eu podia ver um pedaço de mal-estar. Abe tinha esse efeito. –Por quê?– –Não há razão–, disse Abe. Seus olhos passaram por mim e em seguida, para Keith. – Isso só soa familiar, Só isso.– –Meu pai é um homem muito importante entre os Alquimistas,– Keith disse arrogantemente. Ele relaxou um pouco, provavelmente a pensar nas histórias sobrestimadas sobre Abe. Tolo. –Você certamente já ouviu falar dele.– –Sem dúvida–, disse Abe. –Tenho certeza de que é isso.– Ele falou com tanta naturalidade que ninguém suspeitaria ele não estava dizendo a verdade. Só eu sabia a verdadeira razão de Abe saber quem era Keith, mas eu certamente não queria revelar. Eu também não queria Abe dando mais dicas, o que eu suspeitava que ele estava fazendo só para me irritar. Tentei orientar o assunto para fora e obter algumas respostas para mim. –Eu não estava ciente que estava se juntando a nós, Sr. Mazur. –A doçura em minha voz igualou a dele. –Por favor–, disse ele. –Você sabe que você pode me chamar de Abe. E eu não vou ficar, infelizmente. Eu simplesmente vim junto para garantir que este grupo chegasse em segurança - e para conhecer Clarence em pessoa.– –Muito agradável da sua parte–, eu disse secamente, sinceramente duvidava que esses eram os motivos de Abe, tão simples como isso. Se eu tivesse aprendido alguma coisa, foi que as coisas nunca eram simples quando Abe Mazur estava envolvido. Ele era um mestre das marionetes da sorte. Ele não queria só observar as coisas, ele também queria controlá-las. Ele sorriu triunfante. –Bem, eu sempre tenho como objectivo ajudar os
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outros em necessidade. – –Sim–, uma nova voz disse de repente. –Isso é exactamente o que me vem à mente quando penso em você, velho. – Eu não tinha pensado que alguém pudesse me chocar mais que Abe, mas eu estava errada. –Rose?– O nome veio como uma questão aos meus lábios, mesmo que não pudesse haver nenhuma dúvida sobre quem era este recém-chegado. Havia apenas uma Rose Hathaway, depois de tudo. –Hey, Sydney–, disse ela, dando-me um pequeno sorriso torto quando ela entrou na sala. Seus olhos escuros piscaram amigavelmente, mas eles também avaliavam tudo no quarto, assim como Eddie olhava. Era uma coisa de guardião. Rose tinha quase a minha altura e vestia uns jeans muito casuais e um top vermelho de alças. Mas, como sempre, havia algo exótico e perigoso na beleza dela que fez ela se destacar de todos os outros. Ela era como uma flor tropical neste abafado quarto escuro. Um daqueles que poderia matar-te. Eu nunca tinha visto a mãe dela, mas foi fácil dizer que algumas partes do seu aspecto vieram da Influência turca de Abe, como o seu longo cabelo castanho escuro. Na fraca iluminação, o cabelo parecia quase preto. Seus olhos pousaram sobre Keith, e ela acenou com a cabeça educadamente. –Hei, outro Alquimista. – Keith olhou para ela de olhos arregalados, mas se foi uma reacção por estarmos ainda mais em desvantagem ou simplesmente uma resposta à natureza extraordinária de Rose, eu não poderia dizer. –Eu..eu sou Keith–, ele gaguejou por fim. –Rose Hathaway,– ela disse. Seus olhos esbugalharam-se ainda mais quando ele reconheceu o nome. Ela caminhou para o outro lado da sala, em direcção a Clarence, e notei que metade de seu encanto era simplesmente na forma como ela dominada tudo á sua volta. A expressão dela suavizou quando ela se dirigiu para o homem idoso. –Eu chequei o perímetro da casa como você pediu. É seguro como você disse, apesar da tranca da porta de trás provavelmente terá de ser substituído. – –Você tem certeza?–, Perguntou Clarence em descrença. –É nova. – –Talvez quando essa casa foi construída–, veio ainda uma outra nova voz. Olhando por cima da porta, eu agora percebi que alguém tinha estado com Rose quando ela chegou, mas eu estava muito surpresa por ela não dar aviso prévio. Mais uma vez, era uma coisa de Rose. Ela sempre chamou a atenção. –Tem estado enferrujado desde que nos mudamos para aqui –. Este recém-chegado era um Moroi, que me colocou no canto novamente. Isto trouxe a contagem de quatro Moroi e dois dhampirs. Eu estava tentando dar no duro para não
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adoptar a atitude de Keith - especialmente desde que eu já conhecia algumas pessoas daqui - mas era difícil de abalar nesse sentido esmagador de Nós e Eles. A idade dos Moroi eram como os dos seres humanos, e em um palpite, eu pensei que esta nova cara estava perto de minha idade, talvez, no máximo de Keith. Ele tinha características interessantes, eu supunha, com o cabelos encaracolados preto e olhos cinzentos. O sorriso que ele ofereceu parecia sincero, embora houvesse uma ligeira sensação de malestar na forma como ele fazia. Seu olhar estava fixo em Keith e em mim, intrigante, e eu me perguntava se talvez ele não gastasse muito tempo com os seres humanos. A maioria dos Moroi não, embora eles não partilhavam os seus receios sobre a nossa raça, como nós faziamos sobre a deles. Mas então, os nossos não usavam a comida deles. –Sou Lee Donahue–, disse ele, estendendo a mão. Mais uma vez, Keith não tomou-a, mas eu fiz e introduzi-nos. Lee olhou para trás e para frente entre mim e Keith, rosto cheio de admiração. –Os Alquimistas certo? Eu nunca conheci um de vocês. As tatuagens que vocês têm são bonitas –, disse ele, olhando o lírio de ouro na minha bochecha. –Ouvi falar do que eles podem fazer.– –Donahue?–, perguntou Keith. Ele olhou entre Lee e Clarence. –Você é parente?– Lee deu a Clarence um olhar indulgente. –Pai e filho. – Keith franziu o cenho. –Mas você não mora aqui, não é?– Fiquei surpresa com isso, de todas as coisas, desenharia uma coisa diferente. Talvez ele não gostava da ideia de que a sua inteligência estava com defeito. Ele era o Alquimista de Palm Springs, afinal de contas, e ele acreditava que Clarence era o único Moroi na área. –Não regularmente, não–, disse Lee. –Eu vou para a faculdade em LA, mas minha agenda é apenas a tempo parcial neste semestre. Então, eu quero tentar passar mais tempo com o pai. – Abe olhou para Rose. –Você vê isso?–, Disse. –Aquilo é devoção.– Ela revirou os olhos para ele. Keith parecia que ele tinha mais perguntas sobre isso, mas a mente de Clarence ainda estava para trás na conversa. –Eu poderia jurar que tinha substituído essa tranca. – –Bem, eu posso substituí-lo em breve para você, se quiser,– Lee disse. –Não pode ser tão difícil.– –Eu acho que está tudo bem.– Clarence se apoiou nos seus instáveis pés. –Eu vou dar uma olhada.– Lee correu para seu lado e atirou-nos um olhar apologético. –Tem que ser agora?– Quando lhe pareceu que sim, Lee disse: –Eu vou com você.– Recebi a impressão de que
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Clarence frequentemente seguia o seu caprichos e Lee estava acostumado. Eu usei a ausência dos Donahue para obter algumas respostas, eu estava morrendo de vontade de saber. Eu me virei para Jill. –Você não teve qualquer problema para chegar aqui, não é? Não teve mais, hum, incidentes? – –Corremos de algumas divergências antes de sairmos da Corte –, disse Rose, com uma nota perigosa em sua voz. –Nada que não pudéssemos dar conta. O restante foi sem interferências. – –E vai continuar assim–, disse Eddie com naturalidade. Ele cruzou os braços sobre o peito. –Pelo menos se eu tiver alguma coisa a ver com isto.– Olhei entre eles, confusa. –Foi-me dito que haveria um dhampir junto… decidiram enviar dois? – –Rose convidou-se a si propria–, disse Abe. –Só para certificar-se que o resto de nós não perdesse nada. Eddie é o único que ira se juntar contigo em Amberwood –. Rose fez uma careta. –Eu deveria ser a ficar. Eu devia ser a colega de quarto de Jill. Sem ofensa, Sydney. Nós precisamos de você para a papelada, mas eu sou a única que tenho que chutar na bunda de qualquer um que coloque Jill em problemas –. Eu certamente não ia argumentar contra isso. –Não–, disse Jill, com uma intensidade surpreendente. Ela estava tranquila e hesitante da última vez que a tinha visto, mas seus ferozes olhos cresceram com a ideia de ser um fardo para Rose. –Você precisa ficar com Lissa e mantê-la segura. Eu tenho Eddie, e além disso, ninguém mesmo sabe que estou aqui. Nada mais vai acontecer. – O olhar nos olhos de Rose disse-me estava céptica. Eu também suspeitava que ela realmente não acreditava que alguém poderia proteger, tanto Vasilisa como Jill, melhor que ela. Isso dizia alguma coisa, considerando que a jovem rainha estava rodeada de guarda-costas. Mas mesmo Rose não poderia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, e ela tinha que escolher. Suas palavras me fizeram voltar minha atenção de volta para Jill. –O que aconteceu?– Eu perguntei. –Você se machucou? Nós ouvimos histórias sobre um ataque, mas nenhuma confirmação. – Houve uma pausa pesado na sala. Todos excepto Keith e eu me pareceu visivelmente incomodado. Bem, nós estávamos desconfortáveis, mas para outras razões. –Estou bem–, disse Jill, finalmente, depois de um olhar penetrante de Rose. –Houve um ataque, sim, mas nenhum de nós foi ferido. Quero dizer, não a sério. Estávamos no meio de um jantar real quando fomos atacados por Moroi – tipo Moroi assassinos. Eles
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fizeram parecer que eles estavam indo para Lis, para a rainha, mas ao invés veio para mim.– Ela hesitou e baixou os olhos, deixando os caracóis de seu longo cabelo castanho cair para a frente. –Eu fui salva, porém, e os guardiões cercaram-nos.– Havia uma energia nervosa na Jill que me lembrei de antes. Foi bonito e fez sua aparência parecer muito mais como um adolescente tímido que ela era. –Mas nós não pensamos que todos eles se foram, razão pela qual temos que ficar longe da Corte –, explicou Eddie. Mesmo quando ele dirigiu suas palavras para Keith e eu, ele irradiava uma protecção em torno de Jill, que se alguém se atrevesse a desafiar a garota ele era o responsável por manter a sua segurança. –E nós não sabemos onde os traidores estão em nossa área. Portanto, até então, aqui estamos nós. – –Esperemos que não por muito tempo–, disse Keith. Dei-lhe um olhar de aviso, e ele pareceu perceber que o seu comentário poderia ser percebido como rude. –Quero dizer, este lugar não pode ser toda a diversão para vocês, com o sol e tudo –. –É seguro–, disse Eddie. –Isso é o que conta.– Clarence e Lee voltaram, e não houve mais menção sobre a segurança ou ataque de Jill. Se pai e filho soubessem muit, Jill, Eddie, e Adrian tinham simplesmente caído fora do favor da importância real Moroi que estava no exílio daqui. Os dois homens Moroi não sabia quem realmente era Jill e acreditavam que os Alquimistas iam ajudá-la devido à influência de Abe. Foi uma teia de mentiras, mas uma necessária. Ainda que Clarence estava em exílio auto-imposto, não queríamos correr o risco de ele (ou Lee agora) acidentalmente deixar descair que a irmã da rainha estava escondida aqui. Eddie olhou para o mais velho Moroi. –Você disse que nunca ouviu falar de qualquer Strigoi por aqui, certo? – Os olhos de Clarence ficaram desconcertados por um momento como os seus pensamentos se voltaram para tras. –Não…mas há coisas piores do que Strigoi…– Lee gemeu. –Pai, por favor. Não isso. – Rose e Eddie estavam de pé em um instante, e foi uma maravilha não terem retirado as armas. –Do que você está falando?– Exigiu Rose. –Que tipo de outros perigos existem?–, Perguntou Eddie, com o seu tom de voz como o aço. Lee realmente corou. –Nada…por favor. É uma ilusão dele, só isso. – –Ilusão? '–, Perguntou Clarence, estreitando os olhos para o filho. –Foi a morte de sua prima uma ilusão? O facto de os exaltados da Corte deixarem de vingar Tamara é uma ilusão? –
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Minha mente girou de volta para uma conversa que tive com Keith no carro. Eu dei a Clarence o que eu esperava ser um reconfortante olhar. –Tamara era sua sobrinha, certo? O que lhe aconteceu, senhor? – –Ela foi morta–, disse ele. Houve uma pausa dramática. –Por caçadores de vampiros.– –Desculpe, por o quê?– Eu perguntei, certo de que eu ouvi mal. –Caçadores de vampiros–, repetiu Clarence. Todos na sala pareciam tão surpresos quanto eu me sentia, que foi um pequeno alívio. Mesmo alguma ferocidade de Rose e Eddie vacilou. –Oh, você não vai encontrar em qualquer lugar - nem mesmo em seus registos. Nós estávamos vivendo em Los Angeles, quando eles a apanharam. Eu relatei isso para os guardiões, exigi que fossem caçar os culpados. Você sabe o que eles disseram? –Ele olhou para cada pessoa por vez. –Sabem?– –Não–, disse Jill humildemente. –O que eles disseram?– Lee suspirou e olhou miserável. Clarence bufou. –Eles disseram que não havia tal coisa. Que não havia nenhuma evidência para apoiar a minha reivindicação. Eles reportaram como uma matança Strigoi e disse que não havia nada que alguém pudesse fazer, que eu deveria ser grato por ela não ser transformada. – Eu olhei para Keith, que novamente parecia assustado com esta história. Ele aparentemente não conhecia Clarence assim como ele alegava. Keith tinha conhecido o velho com uma loucura envolvendo sua sobrinha, mas não a historia toda. Keith deu-me um ligeiro encolher de ombros que pareciam dizer, ‘Vê? O que vos digo? Louco’. –Os guardiões estão muito completos–, disse Eddie. Seu tom e suas palavras foram claramente escolhidas com cuidado, se esforçando para não ofender. Ele sentou-se próximo de Jill. –Tenho certeza que eles tinham as suas razões.– –Razões?– perguntou Clarence. –Se você considerar negar e viver uma vida de razões delirantes, então eu suponho isso. Eles simplesmente não querem aceitar que estão caçadores de vampiro lá fora. Mas diz-me isto. Se a minha Tamara foi morta por Strigoi, por que eles cortaram sua garganta? Ele foi cortado com uma lâmina limpa. – Ele fez um movimentado corte sob o queixo. Jill estremeceu e se encolheu na cadeira. Rose, Eddie, e Abe também olharam surpresos, o que me surpreendeu porque eu não acho que nada faria esse grupo ter escrúpulos. –Porque não usaram presas? Torna mais fácil de beber. Apontei isso para os guardiões, e eles disseram que cerca de metade do seu sangue tinha sido bebido, era obviamente um Strigoi. Mas eu disse que um caçador de vampiros fez isso e fizeram parecer que eles levaram o sangue. Strigoi não teria
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nenhuma razão para usar uma faca. – Rose começou a falar, fez uma pausa, e então começou novamente. –É estranho–, disse ela calmamente. Eu tive um sentimento que ela provavelmente foi a ponto de deixar escapar o quão ridículo esta teoria da conspiração era, mas tinha pensado melhor. –Mas eu tenho certeza que há outra explicação, Sr. Donahue. – Gostaria de saber se mencionar que os alquimistas não tinham registos de caçadores vampiro – não em vários séculos, pelo menos - seria útil ou não. Keith, de repente levou a conversa em uma direcção inesperada. Ele encontrou o olhar de Clarence ao seu nível. –Pode parecer estranho para um Strigoi, mas eles fazem todos os tipos de coisas perversas sem nenhuma razão. Sei, por experiência pessoal. – Meu estômago afundou. Ah, não. Todos os olhos se voltaram para Keith. –Oh–, perguntou Abe, alisando a sua barbicha preta. –O que aconteceu?– Keith apontou para o olho de vidro. –Eu fui atacado por Strigoi início deste ano. Eles me bateram e rasgaram o meu olho. Então eles me deixaram. – Eddie franziu o cenho. –Sem beber ou matar? Isso é realmente estranho. Isso não soa como um comportamento normal de um Strigoi. – –Eu não tenho certeza que você pode realmente esperar que um Strigoi faça nada de 'normal' –, destacou Abe. Eu cerrei os dentes, desejando que ele não iria envolver Keith. Por favor, não pergunte sobre o olho, pensei. Deixá-o ir. Isso foi de esperar demais, é claro, porque a próxima pergunta de Abe foi: –Eles só levaram um olho? Eles não tentaram levar ambos? – –Desculpe-me.– Levantei-me antes de Keith poder responder. Eu não podia sentar-me com esta conversa e ouvir Abe a engodar Keith, simplesmente pelo prazer de me atormentar. Eu precisava escapar. –Eu…Não me sinto bem. Vou para apanhar ar. – –Claro, claro–, disse Clarence, parecendo que quisesse se levantar também. –Devo pedir á minha governanta que obtenha um pouco de água para você? Eu posso tocar o sino..– –Não, não,– eu disse, movendo-me em direcção á porta. –Eu só..Eu só preciso de um minuto. – Corri para fora e ouvi Abe, dizendo: –Tanta sensibilidade delicada. Você acharia que ela não seria tão enjoada, considerando sua profissão. Mas você, jovem, parece que você consegue suportar e conversar sobre sangue…– Abe acariciou o seu ego e funcionou, lançado Keith na história que eu definitivamente não queria ouvir. Voltei para o corredor escuro e fui para fora. O ar fresco foi bem-
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vinda, mesmo se estivesse mais do que vinte graus mais quente do que lá dentro. Eu tomei uma respiração profunda, controlada, forçando me a manter a calma. Tudo ia ficar OK. Abe estaria saindo em breve. Keith regressaria ao seu próprio apartamento. Eu voltaria para Amberwood com Jill e Eddie, que realmente não pareceram más companhias, considerando como eu poderia acabar com. Sem destino real na mente, eu decidi passear o espaço fora da casa de Clarence - mais como uma propriedade, na verdade. Eu escolhi um lado da casa aleatória e dei a volta, admirando a detalhada escultura do exterior da casa. Mesmo que fosse irremediavelmente fora do lugar da paisagem do sul da Califórnia, ainda era impressionante. Eu sempre amei estudar arquitectura - um assunto meu pai pensava que era inútil - e fiquei impressionado com o que tinha ao meu redor. Olhando em volta, notei que os motivos não combinavam com o resto do que tinha conduzido até chegar até aqui. Um monte de terra nesta região tinha ficado marrom a partir do Verão e à falta de chuva, mas Clarence claramente tinha gasto uma fortuna para manter seu alastrando quintal exuberante e verde. Arvores não nativas – bonitas e cheias de flores - foram artisticamente dispostos para fazer percursos de caminhos e pátios. Depois de alguns minutos do meu passeio pela natureza, eu virei de volta em direcção à frente da casa. Eu ia para parar quando eu ouvi alguém. –Onde você estava?– Uma voz perguntou. Abe. Ótimo. Ele estava procurando por mim. –Por aqui,– Eu mal ouvi Adrian dizer. Sua voz veio do outro lado da casa, em frente do lado que eu estava. Ouvi alguém atravessar a calçada de cascalho, os passos chegando a um impasse quando chegaram ao que parecia ser a porta de trás Abe onde estava. Mordi o lábio e fiquei onde estava, escondida pela casa. Eu estava quase com medo de respirar. Com a sua audição, os Moroi poderia pegar o mais ínfimo pormenor. –Você já vai voltar?–, Perguntou Abe, divertido. –Não vejo o ponto–, foi a resposta lacónica de Adrian. –O ponto é educação. Você poderia ter feito um esforço para conhecer os alquimistas –. –Eles não querem me conhecer. Especialmente o cara –. Havia escondido um riso na voz de Adrian.–Você deveria ter visto a cara dele quando me encontrei com ele na porta. Eu desejava ter tido uma capa. A menina, essa pelo menos, tem muita coragem. – –No entanto, eles desempenham um papel crucial na tua estadia e na da Jill aqui. Você sabe o quanto é importante que ela permaneça segura. – –Sim, eu entendo isso. E eu entendo porque ela está aqui. O que eu não entendo é porque eu estou aqui. –
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–Não sabe?–, perguntou Abe. –Eu suponho que é óbvio tanto para Jill e para você. Você tem que ficar perto dela. – Houve uma pausa. –Isso é o que todos dizem…mas eu ainda não tenho certeza de que é necessário. Eu não acho que ela precise de mim por perto, não importa a reivindicação da Rose e da Lissa. – –Você tem algo melhor para fazer?– –Esse não é o ponto.– Adrian parecia irritado, e eu estava feliz por não ser a única que tinha esse efeito com Abe. –Esse é exactamente o ponto–, disse Abe. –Você estava definhando na Corte, se afogando na sua própria auto-compaixão - entre outras coisas. Aqui, você tem uma chance de ser útil. – –Para você–. –Para você também. Esta é uma oportunidade para que você faça alguma coisa de sua vida. – –Só que você não vai me dizer o que é suposto eu fazer aqui! –,disse Adrian irritado. – Além de Jill, o que é esta grande tarefa que você tem para mim? – –Escuta. Escuta e olha.– Eu poderia ter uma perfeita imagem de Abe coçando o queixo, daquela forma misteriosa que fazia enquanto falava. –Vigia todos, Clarence, Lee, os alquimistas, Jill e Eddie. Presta atenção a cada palavra, cada detalhe, e relata-o para mim mais tarde. Tudo pode ser útil. – –Eu não sei se isso realmente apaga as coisas.– –Você tem potencial, Adrian. Muito potencial para desperdiçar. Sinto muito pelo que aconteceu com Rose, mas você tem que seguir em frente. Talvez as coisas não façam sentido agora, mas mais tarde eles vão fazer. Confie em mim. – Eu quase me senti mal por Adrian. Abe havia me dito uma vez para confiar nele também, e veja como as coisas tinham ligado para o torto. Esperei até os dois Moroi voltassem para dentro e seguido de um minuto depois entrei. Na sala de estar, Keith ainda estava usando a sua atitude arrogante, mas parecia aliviado por ter-me de volta. Discutimos mais detalhes e elaborou um cronograma para as alimentações, eu estava encarregada de leva-los uma vez que eu tinha que dirigir e trazer Jill (e Eddie, já que ele não queria deixá-la fora de sua vista) para trás e para frente da casa de Clarence.
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–Como você vai conseguir a sua alimentação?– Eu perguntei a Adrian. Depois de ouvir sua conversa com Abe, eu estava agora mais curiosa do que nunca sobre o seu papel aqui. Adrian estava de pé contra a parede, do outro lado da sala. Seus braços estavam cruzados defensivamente, e havia uma rigidez na sua postura que entrou em conflito com o sorriso preguiçoso que ele usava. Eu não podia ter certeza, mas parecia que ele estava propositadamente posicionando-se o mais longe possível de Rose. –Ao caminhar pelos corredores.– Vendo o meu olhar perplexo, Clarence explicou: –Adrian vai ficar aqui comigo. Vai ser bom ter alguém nestas paredes de idade. – –Oh,– eu disse. Murmurei para mim: –Como um Jardim Secreto –. –Hmm?–, perguntou Adrian, inclinando a cabeça para mim. Eu vacilei. Sua audição era boa. –Nada. Eu estava pensando em um livro que li. – –Oh–, disse Adrian com desdém, olhando para longe. A maneira como ele disse a palavra parecia ser uma condenação aos livros em toda parte. –Não se esqueça de mim–, disse Lee, sorrindo para seu pai. –Eu disse que eu vou estar por estes lados mais vezes.– –Talvez o jovem Adrian aqui vai mantê-lo fora de problemas, então –, declarou Clarence. Ninguém disse nada, mas eu vi de os amigos de Adrian trocar alguns olhares divertidos. Keith não parecia tão assustado quando ele tinha chegado, mas havia um novo ar de impaciência e irritabilidade nele que eu não entendia muito bem. –Bem–, disse ele, depois de limpar a garganta. –Eu preciso chegar em casa e tratar de alguns negócios. E já que você é minha boleia, Sydney… – Ele deixou as palavras penduradas, mas olhou para mim significativamente. Pelo que eu aprendi, eu estava mais convencida do que nunca que a Palm Springs era a área com menos vampiro activo do que em qualquer lugar. Eu não poderia honestamente descobrir que –negócio– Keith teria que tratar, mas tínhamos que sair daqui mais cedo ou mais tarde. Eddie e Jill foram recolher a sua bagagem, e Rose aproveitou a oportunidade para me puxar para o lado. –Como você tem estado?– Ela perguntou em voz baixa. Seu sorriso era genuíno. –Eu estive preocupada com você, desde…bem, você sabe. Ninguém me disse o que aconteceu com você.– A última
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vez que eu a vi, eu tinha estado presa em um hotel por tutores enquanto os Moroi tentavam descobrir o quão grande o meu papel tinha sido na fuga de Rose. –Eu estive com poucos problemas no início,– eu disse. –Mas é passado – O que era uma pequena mentira entre amigos? Rose era tão forte que eu não podia suportar a ideia de bancar a fraca em frente dela. Eu não queria que ela soubesse que eu ainda vivia com medo dos Alquimistas, forçada a fazer o que fosse preciso para chegar de volta em suas boas graças. –Estou feliz–, disse ela. –Eles me disseram que originalmente iria ser a sua irmã que ia estar aqui. – Aquelas palavras me lembraram de novo como Zoe poderia substituir-me a qualquer momento. –Foi uma confusão–. Rose assentiu. –Bem, eu me sinto um pouco melhor com você aqui, mas ainda é difícil…Eu ainda sinto que eu deveria proteger Jill. Mas eu preciso proteger Lissa também. Eles acham que Jill é o alvo mais fácil, mas eles ainda estão atrás de Lissa.– A agitação interior brilhou em seus olhos escuros, e eu senti uma pontada de pena. Isto era o que eu tinha dificuldade em explicar para os outros alquimistas, como dhampirs e vampiros poderiam parecer tão humanos ás vezes. –É uma loucura, você sabe. Desde que Lissa assumiu o trono? Eu pensei que eu ia finalmente começar a relaxar com Dimitri.– Seu sorriso se alargou. –Eu deveria ter conhecido nada mais simples para nós. Nós passamos todo o nosso tempo olhando para Lissa e Jill –. –Jill vai ficar bem. Enquanto não souberem que ela está aqui, tudo deve ser fácil. Aborrecido até –. Ela ainda estava sorrindo, mas o sorriso tinha esvanecido um pouco. –Eu espero que sim. Se você soubesse o que aconteceu…– Sua expressão mudou quando algumas memória a agarraram. Ia começar a insistir que ela me dissesse o que tinha acontecido, mas ela mudou de assunto antes. –Estamos trabalhando na mudança da lei - a que diz que Lissa precisa de um membro da família a fim de permanecer como rainha. Uma vez feito isso, tanto ela e Jill estarão fora de perigo. Mas isso só significa que aqueles que querem tirar Jill são mais insanos do que nunca, porque sabem que o do relógio não para –. –Quanto tempo?– Eu perguntei. –Quanto tempo vai demorar para mudar a lei? – –Eu não sei. Alguns meses, talvez? Coisas legais…bem, não é minha onda. Não os
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detalhes disto, pelo menos.– Ela fez uma breve careta e, em seguida, tornou-se dura novamente. Ela jogou o cabelo sobre o ombro. –Pessoas loucas que querem ferir meus amigos? Isso é a minha onda, e acredita, eu sei como lidar com isso. – –Eu me lembro–, disse. Foi estranho. Pensei em Rose como uma das pessoas mais fortes que eu conhecia, no entanto, parecia que ela precisava da minha segurança. – Olha, você vai fazer o que você faz, e eu vou fazer o que faço. Eu vou certificar-me que Jill se mistura. Vocês mantenham-na sem ninguém saber onde ela está. Ela está fora da rede agora. – –Espero que sim–, repetiu Rose com voz sombria. –Porque se ela não está, o seu pequeno grupo aqui não tem a chance contra os loucos rebeldes. –
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Capítulo 5 E com esse frase, Rose deixou-me para que pudesse dizer adeus aos outros. Suas palavras me deixaram gelada. Por meio segundo, eu queria um requerimento para uma reavaliação desta missão. Eu queria insistir para que eles não enviassem menos do que uma dúzia de guardiões para a Jill, no caso de os ataques voltarem. Logo, eu neguei esse pensamento. Uma das peças chave deste plano era simplesmente não atrair atenção. Enquanto o seu paradeiro fosse segredo, Jill estava mais segura se ela se misturasse. Um esquadrão de guardiões dificilmente seria discreto e poderia atrair um aviso na alta comunidade Moroi. Nós estavamos fazendo a coisa certa. Enquanto ninguém soubesse que estávamos aqui, tudo estaria bem. Certamente, se eu dissesse a mim mesma isto muitas vezes, seria suficiente para se tornar verdadeiro. Mas porque a declaração ameaçadora de Rose? Porque a presença de Eddie? Tinha esta missão realmente sido colidido de –inconveniente– para –risco de vida–? Conhecendo como Jill e Rose eram chegadas, eu meio que esperava que seu adeus fosse ser mais choroso. Em vez disso, foi Adrian quem Jill teve mais dificuldade de se despedir. Ela atirou-se para ele num abraço gigante, dedos agarrando a sua camisa. A jovem rapariga Moroi tinha permanecido calma durante maior parte da visita, simplesmente assistindo o resto de nós desta maneira, era curioso o nervoso dela. O máximo que eu tinha ouvido Jill falar foi quando Lee tinha tentado puxa-la para fora mais cedo. A despedida dela parecia demonstrar surpresa a Adrian também, embora o olhar sarcástico que ele usava em seu rosto suavizou em algo parecido como afecto
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quando ele bateu o ombro dela desajeitadamente. –Lá, lá, Jailbait. Eu vou te ver novamente em breve. – –Eu queria que você estivesse indo connosco–, disse ela em voz baixa. Ele deu-lhe um sorriso torto. –Não, você não quer. Talvez o resto deles consigam ir longe com o jogo ‘de volta á escola’, mas eu seria expulso no meu primeiro dia. Pelo menos aqui, não vou desviar ninguém… a menos que seja o Clarence e o armário de bebidas dele. – –Eu vou estar em ligação–, prometeu Jill. Seu sorriso se contraiu, e ele deu-lhe um olhar de conhecimento, um olhar surpreso e triste. –Eu então.– Este pequeno momento entre eles foi estranho. Com sua natureza, arrogante e petulante sua timidez doce, parecia um par improvável de amigos. Ainda não havia afeição óbvia entre eles. Não parecia romântico, mas tinha uma intensidade definida que eu não entendia muito bem. Lembrei-me da conversa que ouvi entre Abe e Adrian, onde Abe disse a Adrian que era crucial ficar perto de Jill. Algo me disse que havia uma conexão entre isso e o que eu estava vendo agora, mas eu não tinha informações suficientes para junta-los todos. Eu arquivei este mistério para mais tarde. Eu estava triste por deixar Rose, mas feliz que a nossa partida significava a despedida de Abe e Keith. Abe saiu com o seu típico estilo crítico e com um olhar de conhecimento para cima de mim e que eu não apreciei. Eu larguei o Keith no seu lugar antes de ir para Amberwood, e ele me disse que ia me manter actualizada. Honestamente, eu perguntava o que exactamente ele tinha para actualizar-me, desde que eu estava fazendo a maioria do trabalho por aqui. Tão longe quanto eu poderia dizer, ele realmente não tinha nada a fazer senão vaguear ao redor de seu apartamento do centro. Ainda assim, valeu a pena para me livrar dele. Eu nunca pensei que eu estaria tão feliz a conduzir com um vampiro e um dhampir. Jill ainda parecia incomodada durante o passeio de carro para da escola. Eddie, percebendo isso, e tentou acalmá-la. Ele olhou para ela a partir do assento do passageiro. –Vamos ver Adrian em breve.– –Eu sei–, disse ela com um suspiro. –E nada mais de ruim vai acontecer. Você está segura. Eles não podem encontrá-la aqui. – –Eu sei disso também–, disse ela.
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–Foi muito ruim?– Eu perguntei. –O ataque, quero dizer. Ninguém entrou em detalhes.– Pelo canto do olho, eu vi Eddie dar uma olhada em Jill novamente. –Ruim suficiente–, disse ele severamente. –Mas todos bem agora, que é o que importa – . Nenhum deles disse mais nada, e eu rapidamente peguei a dica de que não teria mais detalhes na próxima. Eles agiram como se o ataque não tivesse sido grande coisa, que foi feito e acabado, mas eles estavam sendo muito evasivo. Alguma coisa tinha acontecido que eu não sabia - que os alquimistas provavelmente não sabiam também algo que eles estavam trabalhando para manter em segredo. Meu palpite era de que tinha a ver com a estadia de Adrian aqui. Ele havia mencionado uma –razão óbvia– para vir para Palm Springs, e depois Abe havia insinuado algum motivo escondido que nem mesmo Adrian sabia. Era um bocado chato, visto que eu estava arriscando minha vida aqui. Como eles esperam que eu faça de forma adequada meu trabalho se eles insistiram em fazer deste um emaranhado de segredos? Alquimistas lidavam com segredos, e apesar do meu passado pedregoso, eu ainda era uma Alquimista suficiente para se retesarem de me dar respostas. Felizmente, eu também era uma Alquimista suficiente para caçar essas respostas por mim mesma. Claro, eu sabia como chegar direito a Jill e Eddie embora não ia me facilitar. Eu precisava jogá-lo amigável e levá-los a relaxar ao meu redor. Eles poderiam não abrigar a crença secreta que os seres humanos eram criaturas das trevas, mas isso não significava que eles confiavam em mim ainda. Eu não os culpo. Afinal, eu certamente não confiava neles também. Foi bem na noite, quando chegamos a Amberwood. Keith e eu tínhamos distanciado o exterior da escola mais cedo, mas Eddie e Jill levaram-no com os olhos arregalados. Considerando que a casa de Clarence parecia antiquado, a escola era clara e moderna, consistido em prédios de estuque, que eram tão típicos da Califórnia e da arquitectura do Sul. Palmeiras contornavam junto com exuberantes gramados verdes. Na claridade, os alunos ainda passeavam, em pares e grupos, ao longo dos muitos caminhos pedestres tecidos. Nós tínhamos apanhado comida rápida ao longo do caminho, mas uma hora depois significou que Jill e eu tínhamos que separa de Eddie. Aos dezoito anos, com um carro e –autorização dos pais,– eu tinha muita liberdade de ir e vir, mas eu tinha que responder ao toque de recolher como todo mundo quando a noite veio. Eddie estava desconfortável em deixar Jill, particularmente quando ele percebeu o quanto longe dela ele ia estar.
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A Preparatória de Amberwood se espalhava por três longos campus: Leste, Oeste e Centro. Campus Leste alojava-se os dormitórios das raparigas, enquanto o Oeste continha os rapazes. O do Centro, o maior dos três, onde ficava as instalações académicas, administrativas e de lazer. Os campus tinham cerca de uma milha de distância um do outro e servido por um ônibus que corria durante todo o dia, embora a pé sempre era uma opção para aqueles que conseguiam aguentar o calor. Eddie devia de saber ele não poderia permanecer no dormitório das raparigas, embora eu suspeitasse que se ele fizesse á sua maneira, ele teria dormido aos pés da cama de Jill como um cão fiel. Vendo os dois era uma coisa incrível. Eu nunca tinha observado antes uma dupla Moroi -Guardião. Quando eu estava com Rose e Dimitri, eles estavam simplesmente tentando manterem-se vivos – e ambos eram dhampirs. Agora, eu podia finalmente ver o sistema em acção e compreendi o porque dos treinos tão difíceis dos dhampirs. Você teria que se manter permanente vigilante. Mesmo no momento mais mundano, Eddie sempre olhava ao nosso redor. Nada escapava à sua atenção. –Quão bom é o sistema de segurança daqui?– Ele exigiu quando nos encontramos no dormitório das raparigas. Ele insistiu em vê-lo antes de ir para o seu próprio dormitório. A entrada estava calma naquela hora, e apenas um par de estudantes percorriam com caixas e malas como se estes movimentos fossem os seus últimos. Eles deram-nos uns olhares curiosos enquanto passavam, e eu tive que dominar o nó de ansiedade crescente em mim. Considerando tudo o que estava acontecendo comigo, a vida social do ensino médio não devia assustar-me – mas assustou. Os Alquimistas não cobriam isso nas suas aulas. – Segurança suficientemente boa –, disse mantendo minha voz baixa quando me virei de volta para Eddie. –Eles não estão preocupados com assassinos de vampiros, mas eles certamente querem seus alunos seguros. Eu sei que existem guardas de segurança que patrulham os terrenos à noite. – Eddie olhou para a matrona do dormitório, uma mulher forte, de cabelos grisalhos que supervisionava a entrada de sua secretaria. –Você acha que ela tem algum tipo de treino de combate? Você acha que ela poderia dominar um intruso? – –Aposto que ela poderia arrastar uma cara escapulindo-se num quarto de uma rapariga–, brincou Jill. Ela descansou a mão em seu braço fazendo-o pular. –Relaxe. Este lugar é seguro. – De certa forma, a preocupação de Eddie era reconfortante e me fez sentir segura. Ao
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mesmo tempo, eu não podia deixar de pensar novamente sobre o porquê de ele estar tão vigilante. Ele tinha estado lá para o ataque que ninguém me dizia a respeito. Ele conhecia as ameaças, porque ele os tinha visto em primeira mão. Se ele tinha essa vantagem, mesmo agora, então em quanto perigo nós ainda estávamos? Os alquimistas levaram-me a acreditar que uma vez que estivéssemos escondidos aqui em Amberwood, tudo estaria bem e tornar-se-ia apenas um jogo de espera. Eu tinha tido aquela conversar com Rose e tentado convence-la do mesmo. Atitude de Eddie dizia respeito. O dormitório que eu compartilhei com Jill era pequeno pelos meus padrões. Eu sempre tive meu próprio quarto a crescer e nunca tive de me preocupar com divisão de espaço ou armários. Durante o tempo em St. Petersburg, eu tinha mesmo o meu próprio apartamento. Ainda assim, a nossa única janela tinha uma ampla vista sobre o pátio atrás do dormitório. Tudo dentro do quarto era arejado e luminoso, com móveis de madeira que parecia novos: camas, mesas e armários. Eu não tinha experiência com quartos de dormitório - mas eu só poderia assumir pela reacção de Jill que tinha começado numa boa. Ela jurou que o quarto era maior do que a que tinha na escola Moroi, Academia St. Vladimir, e foi muito feliz. Eu meio que perguntei se ela achava que o nosso quarto era grande, simplesmente porque traziamos tão pouco para colocar nele. Nenhuma de nós tinha sido capaz de trazer muita bagagem com tais rápidas partidas. A mobília dava uma sensação de acolhimento, mas sem decorações pessoais ou outros toques, o quarto poderia ter vindo directo a partir de um catálogo. A matrona chefe do dormitório, Sra Weathers., tinha ficado surpreendida quando viu a nossa pouca bagagem. As meninas que eu tinha observado a movimentarem-se, anteriormente, tinham chegado com bagagens de rodas prestes a estourar. Eu esperava que não parecesse suspeito. Jill fez uma pausa para olhar para fora da janela quando chegamos perto da hora de dormir. –É tão seco aqui–, ela murmurou, mais para si do que para mim. –Eles mantêm o verde do gramado, mas é tão estranho não sentir a humidade no do ar.– Ela olhou para mim timidamente. –Eu sou uma usuária da água. – –Eu sei–, disse não tendo certeza do que mais acrescentar. Ela estava se referindo às habilidades mágicas que todos os Moroi possuíam. Cada Moroi se especializa em um dos elementos, ou os quatro físicos - terra, ar, água e fogo - ou o elemento mais raro e psíquico, o espírito. Dificilmente alguém exercia este ultimo, embora eu tivesse ouvido que Adrian era um dos poucos. Se Jill não conseguia aceder facilmente á sua magia, eu
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não ia ficar desapontada. Magia era uma daquelas coisas, como o consumo de sangue, que servia como um lembrete no rosto de que essas pessoas com quem eu estava rindo e comendo com não eram humanas. Se eu não estivesse tão exausto da viagem com Keith, eu provavelmente teria ficado acordada, agoniando sobre o fato de que estava dormindo perto de um vampiro. Quando eu conheci Rose, eu ainda não tinha sido capaz de ficar no mesmo quarto com ela. Nossa frenética fuga juntas é que tinha mudado um pouco, e no final, eu tinha sido capaz de deixar a minha guarda baixa. Agora, alguns dos velhos medos voltaram na escuridão. Vampiro, vampiro. Severamente, eu disse a mim mesma que era apenas Jill. Eu não tinha que me preocupar. Eventualmente, a fadiga triunfou medo e eu adormeci. Quando amanheceu, eu não pode deixar de olhar para o espelho para me certificar de que não tinha marcas de mordida ou outros sinais de dano vampiro. Quando terminei, eu me senti imediatamente como uma tola. Com dificuldade Jill estava aos poucos a acordar, não fazia sentido imagina-la servir-se de mim no meio da noite. Como era de esperar, eu tive um tempo difícil para tirá-la da porta a tempo da orientação. Ela estava grogue, com os olhos injectados de sangue e constantemente reclamava de dor de cabeça. Imaginei que eu não precisava de me preocupar com ataques nocturnos a partir da minha companheira de quarto. No entanto, ela conseguiu se levantar e andou ao redor. Deixamos nosso dormitório e encontramos Eddie, reunido com outros novos estudantes perto de uma fonte no Campus Central. A maioria do público pareceu ser calouros como Jill. Apenas uns poucos tinham a mesma idade que eu e Eddie, e fiquei surpresa ao vê-lo conversando com facilidade com aqueles em torno dele. Da forma como vigilante que ele tinha sido no dia antes, eu teria esperado que ele ficasse mais em guarda, e menos capaz de se interagir de forma social - mas ele se adaptou bem. No entanto, enquanto caminhávamos, eu peguei ele olhar sorrateiramente á sua volta. Ele poderia estar a interpretar um estudante, como eu, mas ele ainda era um dhampir. Ele estava apenas a dizer-nos sobre como ele ainda não tinha conhecido seu colega de quarto, quando um cara sorridente, com brilhantes olhos azuis e cabelos avermelhados caminhou até nós. –Olá pessoal–, disse ele. De perto, pude ver um punhado de sardas. –Você é Eddie Melrose?– –Sim, sou…– Eddie tinha girado em volta com uma eficiência de que guardião, pronto para assumir esta ameaça potencial. Quando ele viu o recém-chegado, Eddie ficou
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perfeitamente imóvel. Seus olhos se arregalaram um pouco e tudo o que ele tinha prestes a dizer desapareceu. –Sou Micah Vallence. Eu sou seu companheiro, também seu orientador.– Ele balançou a cabeça em direcção à outra mistura de alunos e sorriu. –Mas eu queria dizer oi antes, uma vez que eu só cheguei aqui esta manhã. Minha mãe levou as nossas férias até aos limites. – Eddie ainda estava olhando para Micah como se tivesse visto um fantasma. Também estudei Micah, perguntando o que eu estava perdendo. Ele parecia normal para mim. Qualquer coisa que estivesse a acontecer, Jill também estava fora do circuito por que ela estava com uma expressão perfeitamente normal sobre Micah, nenhum alarme ou surpresa. –Prazer em conhecê-lo–, disse Eddie finalmente. –Estas são minhas, uh, irmãs - Jill e Sydney. – Micah sorriu para cada uma de nós, por sua vez. Ele tinha uma maneira sobre ele que me fez sentir bem, e eu podia ver porque ele tinha sido escolhido como um orientador. Eu admirava-me por Eddie estar reagindo de modo tão estranho. –Em que ano você está?– Ele nos perguntou. –Senior–, eu disse. Lembrando-me da falsa historia eu acrescentei: –Eddie e eu somos gémeos.– –Eu sou um calouro–, disse Jill. Um olhar sobre a nossa –família–, notei que Eddie e eu provavelmente poderíamos passar por irmãos muito facilmente. Nossa coloração era semelhante, e, claro, havia o fato de que nós dois parecíamos humanos. Embora um ser humano não necessariamente olhasse para Jill e dissesse –vampiro!– ela ainda possuía certas características que a marcavam como diferente. Sua palidez construía um definido contrastes entre mim e Eddie. Se Micah notou a falta de semelhança de família, ele não falou. –Nervosa por começar o ensino médio? –, perguntou a Jill. Ela balançou a cabeça e sorriu de volta. –Eu estou pronta para o desafio. – –Bem, se você precisar de alguma coisa, me avise–, ele afirmou. –Por enquanto, eu tenho que começar a festa. Falo com vocês mais tarde –. Da forma como a sua atenção se focou exclusivamente sobre ela, era óbvio que o –se precisar de alguma coisa–, foi dirigido a Jill, e o corar dela mostrou que ela também sabia. Ela sorriu, segurando seu olhar um momento, e em seguida desviou o olhar
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timidamente. Eu achei bonito, se não fosse a perspectiva alarmante que se apresentava. Jill estava numa escola cheia de humanos. Estava absolutamente fora de questão para ela namoriscar, e caras como Micah não poderia ser incentivados. Eddie não apareceu se preocupar com o comentário, mas parecia ser mais porque ele ainda estava perturbado com Micah em geral. Micah chamou a atenção do nosso grupo e começou a orientação. A primeira parte era simplesmente um passeio pelos terrenos. Fomos atrás dele ao redor, dentro e fora do ar condicionado, ao mesmo tempo que ele nos mostrava a importância dos edifícios. Ele explicou o sistema de transporte, e nós apanhamos um até ao Campus Oeste, que era quase um espelho do Leste. Rapazes e raparigas tinham autorização para ir aos dormitórios uns dos outros, mas com limitações, e explicou as regras, o que causou alguns resmungos. Recordando a formidável Sra. Weathers, senti pena de qualquer garoto que tentasse quebrar as regras do seu dormitório. Ambos os dormitórios tinam suas próprias cafetarias, onde qualquer estudante era bemvindo para comer, e o nosso grupo de orientação acabou por almoçar, enquanto ainda estávamos no Campus Oeste. Micah juntou-se a mim e aos meus ‘irmãos’, e começou a falar á sua maneira com cada um de nós. Eddie respondia educadamente, acenando e fazendo perguntas, mas seus olhos ainda pareciam vagamente assombrados. Jill estava tímida no início, mas uma vez Micah começando brincando com ela, ela eventualmente se deixou aquecer por ele. Que engraçado, eu pensei , foi mais fácil para Eddie e Jill se adaptar a esta situação do que foi para mim. Eles estavam em um ambiente estranho, com raças diferentes, mas ainda familiarizados com coisas, como cafetarias e armários. Eles representavam bem os seus papéis, sem dificuldade nos procedimentos. Enquanto isso, apesar de ter viajado e vivido em todo o mundo, senti-me fora do lugar em que foi para todos os outros uma definição comum. Independentemente disso, não demorou muito tempo para descobrir como a escola funcionava. Alquimistas foram treinados para observar e adaptar, e mesmo que a escola fosse estrangeira para mim, eu rapidamente pegava na rotina. Eu não tinha medo de falar com as pessoas – eu utilizava isso para conversar com estranhos e explicar meus pontos de vista sobre situações. Uma coisa, no entanto, eu sabia que teria que trabalhar. –Eu ouvi que sua família pode se mudar para Anchorage.– Nós estávamos na hora do almoço da orientação e um par de raparigas caloiras se sentaram perto de mim, discutindo sobre um amigo delas que não tinha aparecido hoje.
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Os olhos da outra garota se arregalaram. –Sério? Eu morria se tivesse que mudar-me para lá. – –Eu não sei–, pensei, movendo a minha comida em torno do prato. –Com todo o sol e os raios UV daqui, parece que Anchorage pode realmente fornecer uma vida útil mais longa. Você não precisa de protector solar tanto quanto aqui, por isso é uma opção mais económica também. – Eu pensei que meu comentário foi útil, mas quando eu olhei para cima, fui recebida com olhares boquiabertos. Era óbvio, pelos olhares que as raparigas estavam me dando, que eu provavelmente não poderia ter escolhido um comentário tão estranho. –Eu acho que não devo dizer tudo o que me vem á mente,– eu murmurei para Eddie. Eu estava acostumada a ser directa em situações sociais, mas ocorreu-me que simplesmente dizer –Sim, totalmente!– provavelmente teria sido a resposta correcta. Eu tinha poucos amigos da minha própria idade e estava com pouca prática. Eddie sorriu para mim. –Eu não sei, mana. Você é muito divertida desse jeito. Mantémno. – Após o almoço, o nosso grupo voltou ao Campus Central, onde se separaram para se reunir com os assessores académicos e planear nossos horários de aula. Quando me sentei com o meu assessor, uma jovem mulher alegre chamada Molly, eu não fiquei surpresa ao ver que os Alquimistas tinham enviado um conjunto de registos académicos a partir de uma escola fictícia do Sul Dakota. Eles foram ainda bastante coerentes com o que eu tinha estudado nas minhas aulas particulares. –Suas notas e testes colocaram você na nossa aula de matemática e inglês mais avançado.– Molly afirmou. –Se você for boa neles, você pode receber uma bolsa de estudo. – ‘Que mau não ter nenhuma chance de eu ir para faculdade’, eu pensei com um suspiro. Ela folheou algumas páginas do meu arquivo. –Agora, não vejo quaisquer registos de língua estrangeira aqui. É uma exigência de Amberwood que todos aprendam pelo menos uma língua. – Oops. Os alquimistas tinham bagunçado no meu falso registos. Eu realmente estudara um número de línguas. Meu pai teve a certeza que eu teria aulas com tenra idade, desde que um alquimista nunca sabia onde podia acabar. Olhando para a lista de línguas oferecidas pela Amberwood, hesitei e perguntei se devia mentir. Então eu decidi que eu realmente não queria debruçar-me através de conjugações e tempos que eu já tinha aprendido. –Eu já sei tudo isso–, disse a Molly.
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Molly me olhava com cepticismo. –Todos esses? Há cinco línguas aqui. – Eu balancei a cabeça e acrescentei amavelmente: –Mas eu só estudei Japoneses por dois anos. Então eu suponho que eu poderia aprender mais. – Molly ainda não pareceu cair nessa. –Mas você estaria disposta a fazer testes de proficiência? – E assim, acabei por passar o resto da minha tarde a trabalhar sobre línguas estrangeiras. Não era como eu queria passar o meu dia, mas eu acho que ele seria pago mais tarde os testes foram uma brisa. Quando eu finalmente terminei todas as cinco línguas três horas mais tarde, Molly me correu para fora para começar a equipar-me com o meu uniforme. A maioria dos alunos tinham ido buscar á bastante tempo, e ela estava preocupada que eu pudesse ter perdido a mulher que fazia os acessórios. Eu movia-me tão rápido quanto eu podia sem correr pelos corredores e quase colidi com duas raparigas paradas num canto. –Oh!–, Exclamei, sentindo-me como um idiota. –Desculpe… estou atrasada para a minha própria… – Uma delas soltou uma gargalhada. Ela tinha pele escura, com um corpo atlético e um cabelo preto ondulado. –Não se preocupe com isso–, disse ela. –Nós passamos pela sala. Ela ainda está lá. – A outra rapariga tinha cabelos loiros um tom mais claro do que o meu e ela usava em um rabo de cavalo alto. Ambas tinham a certeza de que sabiam o seu caminho ao redor deste mundo. Estas não eram alunas novas. –Mrs. Delaney sempre leva mais tempo do que ela acha que leva com os acessórios –, disse a loira conscientemente. –A cada ano, é…– seu queixo caiu, e as palavras dela congelaram por alguns momentos. –Onde…onde conseguiu isso? – Eu não tinha ideia do que ela quis dizer, mas a outra rapariga logo se apercebeu e se inclinou mais perto de mim. –Isso é incrível! É que o que está a dar este ano? – –Sua tatuagem–, explicou a loira. Devo ter parecido despistada. –Onde você conseguiu isso?– –Oh. Isso. –Meus dedos distraidamente tocaram minha bochecha. –Em, hum, Sul Dakota. De onde eu sou. – As duas meninas pareciam desapontadas. –Eu acho que é por isso que eu nunca vi isso – , disse a menina de cabelos escuros. –Eu pensava que Nevermore* estava fazendo algo novo –. –Nevermore?– Eu perguntei. As meninas trocaram olhares em silêncio, e algumas
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mensagem passaram entre elas. –Você é nova, certo? Qual é seu nome? –, Perguntou a garota loira. –Eu sou Julia. Esta é Kristin. – –Sydney–, eu disse, ainda perplexa. Julia estava sorrindo novamente. –Almoce com a gente amanha no Este, ok? Iremos explicar tudo. – –Tudo sobre o quê?– Eu perguntei. –É uma longa história. Só pegue a Delaney por enquanto –, Kristin acrescentou, começando a afastar-se. –Ela vai ficar até tarde, mas não para sempre. – Quando elas se foram embora, eu continuei meu caminho muito mais lentamente, perguntando o que mais ou menos aquilo tinha parecido. Tinha acabado de fazer amigos? Eu realmente não tinha certeza de como se fazia isso numa escola como esta, mas aquele intercambio todo parecia muito estranho. Sra. Delaney estava arrumando quando cheguei.–Qual o tamanho que você usa, querida?–, perguntou ela me vendo na porta. –36–. O número de artigos eram constituídos por: saias, calças, blusas e suéteres. Eu duvidava que os suéteres tivessem muito uso, a não ser que uma estranha nevada apocalíptica acertasse Palm Springs. Amberwood não era particularmente esquisita com o que os estudantes usassem, desde que estivesse de acordo com a moda. As cores eram de um tom de vinho, cinza escuro e branco, que eu realmente pensei que parecia combinar bem juntos. Vendo-me a abotoar a blusa branca, a senhora Delaney perguntou: –Acho que você precisa de um tamanho 38.– Eu congelei a meio do processo. –Eu uso 36.– –Oh, sim, você pode vesti-lo, mas ao olhar para o braços e o comprimento da saia, eu acho que você vai se sentir mais confortável num 38. Experimente estes.– Ela entregou uma nova pilha e depois riu. –Não fique tão mortificada, rapariga! 38 não é nada. Você ainda é um galho.– Ela acariciou sua ampla barriga. –Nas minhas roupas cabem três de você! – Apesar de meus muitos protestos, eu ainda fui mandada embora com a roupa de tamanho 38. Voltei para o meu dormitório, desanimada, e encontrei Jill deitada em sua cama a ler. Ela se sentou á minha chegada. –Hey, eu estava me perguntando o que tinha acontecido com você.–
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–Tou atrasada,– disse com um suspiro. –Você está se sentindo melhor? – –Yeah. Muito –. Jill observava como eu arrumava os uniformes. –Eles são terríveis, né? Nós não tínhamos uniformes em St. Vladimir. Vai ser chato vestir a mesma coisa todos os dias.– Eu não queria dizer a ela que, como alquimista, eu poderia ter que usar um equipamento como este de qualquer maneira. –De que tamanho você conseguiu?– Eu perguntei, para alterar o tema. Eu era uma espécie de comilona para castigo. –36–. Uma pontada de aborrecimento passou por mim quando eu pendurei meu uniforme no armário ao lado dela. Eu me senti enorme por comparação. Como podiam todos os Moroi serem tão magros? Genética? Dieta de sangue com baixas calorias? Talvez fosse apenas porque todos eles eram tão altos. Tudo o que eu sabia era que, sempre que eu passava um tempo em torno deles, me sentia careta e desajeitada e queria comer menos. Quando terminei de arrumar, Jill e eu comparamos horários. Não é de surpreender, considerando a diferença de anos, tínhamos quase nada em comum. A única coisa que nós compartilhávamos era a aula de Educação Física(EF) em grande grupo. Todos os alunos eram obrigados a tê-la a cada semestre, já que fitness era considerado parte de uma experiência bem frequentada pelos alunos. Talvez eu pudesse perder alguns quilos e voltar ao meu tamanho normal. Jill sorriu e entregou a minha agenda de volta. –Eddie foi e exigiu estar na aula de EF já que é praticamente a única que poderia compartilhar. Entra em conflito com a sua aula de espanhol, contudo, eles não deixaram. Eu não acho que ele possa lidar com o dia na escola sem ver que estou viva. Ah, e Micah está connosco em EF–. Eu tinha estacado na minha cama, ainda irritada com os uniformes. As palavras de Jill me chamaram a atenção. –Ei, você sabe por que Eddie parece estranho á beira de Micah? – Jill balançou a cabeça. –Não, eu não tive a chance de perguntar, mas eu notei isso também, especialmente no início. Mais tarde - enquanto tu estavas a fazer o teste – e nós fomos esperar os uniformes, Eddie pareceu acalmar-se. Um pouco. De vez em quando, eu via-o dando um olhar estranho ao Micah. – –Você não acha que ele pensa que Micah é perigoso, acha? – Jill deu de ombros. –Ele não me pareceu perigoso, mas eu não sou guardião. Se Eddie achasse que ele era algum tipo de ameaça, parece que ele estaria agindo de forma
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diferente. Mais agressivo. Ele parece nervoso em sua maioria á beira de Micah. Quase mas não é bem - medo. E é que é mais estranho de tudo, porque os guardiões nunca parecem assustados. Não é que Eddie seja tecnicamente um guardião. Mas você sabe o que eu quero dizer. – –Eu sei,– disse, sorrindo apesar das minhas mal-humorada intenções. Era engraçado, a desconexa natureza me tinha animado um pouco. –O que quer dizer com tecnicamente Eddie não é um guardião? Ele não foi atribuído para proteger-te aqui? – –Sim, ele é–, disse Jill, brincando com um cacho de seu cabelo castanho claro. – Mas…bem, é meio estranho. Ele teve alguns problemas com os guardiões por ajudar Rose e por, hum, ter matado um homem. – –Ele matou um Moroi que atacou Vasilisa, certo?–Tinha sido falado no meu interrogatório. –Sim–, disse Jill, perdida em suas próprias memórias. –E foi em legítima defesa, bem, em defesa de Lissa, mas todos ficaram chocados com ele matar um Moroi. Não é suposto um guardião fazer isso, mas então, você sabe, supostamente os Moroi não deveriam se atacar uns aos outros se quer. De qualquer forma, ele foi colocado em suspensão. Ninguém sabia o que fazer com ele. Quando fui…atacada, Eddie ajudou-me a proteger. Mais tarde, Lissa disse que era estúpido mantê-lo fora de serviço quando ele poderia ser útil e considerando que os Moroi estavam por trás deste ataque também, ela disse que todos teriam que começar a se acostumar com a ideia de Moroi serem o inimigo. Hans- o guardião responsável na Corte – finalmente concordou e mandou Eddie aqui comigo, mas acho que oficialmente, Eddie ainda não se restabeleceu. É estranho. –Jill tinha proferido o discurso inteiro sem pausa e agora parou para respirar um pouco. –Bem, eu tenho certeza que ele vai conseguir–, disse tentando ser reconfortante. –E parece que ele vai ganhar pontos por ter mantido uma princesa viva. – Jill olhou para mim rapidamente. –Eu não sou princesa.– Eu fiz uma careta e tentei me lembrar as complexidades das leis Moroi. –O príncipe ou princesa é o mais antigo membro de uma família. Desde que a Vasilisa é rainha, o título passa para você, certo? – –No papel–, disse Jill olhando para longe. Seu tom era difícil de ler, uma estranha mistura do que parecia amargura e tristeza. –Eu não sou uma princesa, não realmente. Eu sou apenas alguém que passa a ser relacionado à rainha. – Mãe de Jill tinha sido brevemente amante de Eric Dragomir, pai Vasilisa, e manteve a
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existência de Jill um segredo por anos e que só tinha vindo ao de cima recentemente, e eu desempenhei um grande papel ao ajudar Rose a desvendar o segredo sobre Jill. Com todas as consequências na minha própria vida, bem como a ênfase na segurança de Jill, eu não tinha passado muito tempo me perguntando como ela tinha se adaptado ao seu novo status. Aquilo devia ter sido uma mudança de estilo de vida séria. –Eu tenho certeza que há mais do que isso–, eu disse suavemente. Eu me perguntava se eu ia passar um longo tempo a fazer de terapeuta de Jill durante esta atribuição. A perspectiva de realmente confortar um vampiro, ainda parecia tão estranha para mim. – Quero dizer…você é obviamente importante. Todo mundo fez um monte de trabalhos para manter-te segura aqui –. –Mas é por mim?–, perguntou Jill. –Ou é para ajudar Lissa a manter o trono? Ela mal fala para mim desde que descobriu que nós éramos irmãs –. Essa conversa estava a ir em direcção a águas desagradáveis, em questões interpessoais que eu realmente não sabia como lidar. Eu não conseguia me imaginar em qualquer lugar das duas - Vasilisa ou Jill. A única coisa certa que eu sentia era de que não poderia ter sido fácil para ambas. –Tenho certeza que ela se preocupa com você–, eu disse, embora eu realmente não tivesse certa. –Mas provavelmente é estranho para ela, especialmente com todas as outras mudanças em sua vida também. Dá-lhe tempo. Foca nas coisas importantes primeiro - ficar aqui e permanecer viva. – –Você está certa–, disse Jill. Ela deitou em sua cama e olhou para o teto. –Estou nervosa com o amanhã, estar á beira de todos, em todas as aulas do dia. O que se eles reparem? E se alguém descobre a verdade sobre mim? – –Você esteve bem na orientação,– Eu assegurei-lhe. –Basta não mostrar suas presas. E, além disso, eu sou muito boa a convencer as pessoas que não viram o que eles pensam que viram. – A expressão de gratidão no seu rosto me lembrou desconfortavelmente Zoe. Elas eram tão parecidos em muitas maneiras, tímidas e incertas - mas intensas e ferozes, querendo desesperadamente provar-se. Eu tinha tentado proteger Zoe - e em seus olhos eu só falhei. Agora, estando aqui com Jill me fez entrar em conflito. De certa forma, eu poderia compensar o que eu não tinha sido capaz de fazer por Zoe. No entanto, mesmo como eu pensando nisso, alguma voz no interior dizia:’ Jill não é sua irmã. Ela é um vampiro. Isto é um negócio.’ –Obrigado, Sydney. Estou feliz por você estar aqui. –Ela sorriu e a culpa só torcida
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ainda mais dentro de mim. –Você sabe, eu meio que tenho ciúmes de Adrian. Ele acha tão aborrecido estar com Clarence, mas ele não tem que se preocupar com conhecer novas pessoas ou que se acostumar a uma nova escola. Ele simplesmente sai fora, vê TV, joga sinuca com o Lee, dorme…soa incrível. – Ela suspirou. –Eu suponho,– disse um pouco surpresa com os detalhes. –Como você sabe tudo isso? Você tem…você tem falado com ele desde que saímos? – Mesmo tendo dito aquilo, a ideia parecia improvável. Eu estava com ela a maioria do dia. O sorriso caiu de seu rosto. –Oh, não. Quero dizer, eu só imaginei que é o que está acontecendo. Ele mencionou alguns deles antes, só isso. Desculpe. Eu estou sendo melodramática e sem noção. Obrigado por me escutar… isso realmente me fez sentir melhor. – Sorri intimamente e não disse nada. Eu ainda não podia superar o facto de que eu estava começando a me sentir tão calorosa em relação a um vampiro. Primeiro Rose, agora Jill? Não importa o quão agradável ela era. Eu tinha que manter a nossa relação profissional de modo a que nenhum Alquimista pudesse me acusar de me ter afeiçoado. As palavras de Keith ecoaram na minha cabeça: amante de vampiro… Isso é ridículo, eu pensei. Não havia nada de errado em ser agradável para com aqueles sob meus cuidados, era normal, muito longe de –chegar muito perto– a eles. Certo? Empurrando de lado as minhas preocupações, me concentrei em terminar de desfazer as malas e pensar sobre a nossa nova vida aqui. Eu sinceramente esperava que amanhã corresse tão bem quanto eu tinha assegurado a Jill que seria. Infelizmente, isso não aconteceu.
*Nevermore quer dizer nunca mais, mas como a rapariga se estava a referir como um nome, vamos manter em inglês
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Capítulo 6 Para ser justa, o dia começou em grande. A luz do sol estava entrando pela janela quando acordei, e eu já podia sentir o calor mesmo que fosse de manhã cedo. Eu escolhi as peças mais leves do uniforme: uma saia cinza, combinando com uma blusa branca de mangas curtas.’Jóias simples’ eram permitidas e assim eu continuei com a cruz de ouro. Meu cabelo estava tendo um dos seus dias difíceis - que parecia ser mais frequentemente neste novo clima no que dos anteriores. Eu gostaria de poder puxá-lo em um rabo de cavalo, como Jill fez com o dela, mas tinha muitas camadas para fazer isso perfeitamente. Ficaram a bater pelos ombros em comprimentos diferentes, eu me perguntava se talvez era hora de crescer um pouco. Após um pequeno-almoço nenhum de nós realmente comeu, montamos o autocarro até ao Campus Central, que de repente, ficou cheio de gente. Apenas cerca de um terço dos alunos eram pensionistas. O resto eram moradores locais, e eles tinham acabado de voltar hoje. Jill mal falava durante todo o passeio inteiro e parecia estar doente novamente. Era difícil dizer, mas eu pensei que ela parecia mais pálida do que de costume. Seus olhos estavam vermelhos, mais uma vez, com pesadas olheiras. Eu tinha acordado uma vez de noite e a vi dormindo, então eu não tinha totalmente a certeza qual era o problema. As olheiras eram na verdade a primeira falha que eu já vi na pele de qualquer Moroi - sempre era perfeita, de porcelana. Não admira que normalmente ela poderia dormir até tarde. Ela não tinha que se preocupar com o pó e o correctivo que eu
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utilizava. Enquanto a manhã avançava, Jill se manteve mordendo o lábio e olhando ao redor preocupada. Talvez ela estivesse apenas nervosa sobre imergindo-se em um mundo povoado inteiramente com humanos. Ela não parecia de todo preocupada com a lógica de estar no quarto certo e completar o trabalho. Que foi o aspecto que ainda me assustou um pouco. É só pegar uma aula para outra, eu disse a mim mesma. Isso é tudo que você precisa fazer. Minha primeira aula era história antiga. Eddie estava nele também, e ele praticamente me jogou para o chão quando me viu. –Ela está bem? Você a viu? – –Bem, nós compartilhamos um quarto, então sim.– Sentamo-nos em mesas vizinhas. Eu sorri para Eddie. –Relaxe. Ela esta bem. Ela parecia nervosa, mas não a posso culpar –. Ele balançou a cabeça mas ainda parecia incerto. Ele deu toda a sua atenção para a frente da sala, quando o professor se apresentou, mas havia uma inquietação sobre Eddie quando ele se sentou, como se ele pudesse parar a si mesmo de saltar para fora e ir ver como Jill estava. –Bem-vindo, bem-vindo.– Nosso instrutor era uma mulher de seus quarenta e tais, com listras brancas no rijo cabelo preto, e uma energia nervosa suficiente para rivalizar com a Eddie - e se o seu copo de café gigante era qualquer indicação, não foi difícil descobrir o porquê. Eu também fiquei um pouco ciumenta e desejava que fosse permitido ter bebidas nas aulas - particularmente desde que a cafetaria do dormitório não servia café. Eu não sabia como iria sobreviver nos próximos meses com a cafeína dos dias livres. Seu guarda-roupa era constituído por padrões de xadrez na diagonal. –Eu sou a Sra. Terwilliger, a vossa ilustre guia na jornada maravilhosa que é história antiga.– Ela falou rapidamente, numa voz grandiosa que fez alguns dos meus colegas quebrar os seus risinhos. Ela apontou para um jovem que estava sentado atrás dela, perto da grande mesa. Ele observou a classe com uma expressão entediada, mas quando ela se virou para ele, ele se animou. –E este é o meu co-guia, Trey, que eu acredito que alguns de vocês conhece. Trey é o meu assessor de estudante para este período, então ele vai se escondendo maioritariamente nos cantos e arquivando papéis. Mas vocês devem ser simpáticos com ele, pois ele pode muito bem ser o único que coloca as vossas notas no meu computador –. Trey deu um pequeno aceno e sorriu para alguns de seus amigos. Ele tinha a pele muito bronzeada e cabelo preto cujo comprimento sacudiu com as regras do código de vestimenta. O uniforme cuidadosamente passado de Amberwood deu-lhe a ilusão de
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negócios, mas houve um brilho travesso em seus olhos escuros que me fez pensar que ele realmente não queria ser um ajudante sério. –Agora–, continuou a Sra. Terwilliger. –A História é importante porque nos ensina sobre o passado. É pela aprendizagem sobre o passado, que você chega a compreender o presente, para que você possa tomar suas decisões fundamentadas sobre o futuro. – Ela fez uma pausa dramática para deixar essas palavras afundar dentro, uma vez que ela estava convencida de que estávamos impressionados, ela se moveu para um laptop que estava ligado a um projector. Ela empurrou algumas teclas, e uma imagem de uma construção branca com pilares apareceu na tela a frente da sala. –Agora, então. Alguém pode me dizer o que é isso? – –Um templo?– Alguém puxou para fora. –Muito bem, senhor …?– –Robinson–, pronunciou o rapaz. Ms. Terwilliger pegou numa prancheta e procurou na lista. –Ah, aí está você. Robinson. Stephanie. – –Stephan–, corrigiu o rapaz, corando quando alguns dos seus amigos riram. Ms. Terwilliger empurrou os óculos do nariz e apertou os olhos. –Pois você é. Graças a Deus. Estava agora a pensar o quão difícil deve ser a sua vida com tal nome. As minhas desculpas. Eu quebrei meus óculos num acidente parvo de croquet* neste fim de semana, me forçando a trazer os meus velhos hoje. Assim, Stephan-não- Stephanie, você está correcto. É um templo. Você pode ser mais específico? – Stephan balançou a cabeça. –Mais alguém pode oferecer qualquer conhecimento?– Quando só o silêncio conheceu a Sra. Terwilliger, tomei um fundo respiro e levantei minha mão. Tempo para ver o que era ser um verdadeiro estudante. Ela assentiu com a cabeça na minha direcção. –É uma Acrópole**, senhora.– –De fato é–, disse ela. –E seu nome é?– –Sydney–. –Sydney… – Ela verificou a prancheta e olhou com espanto. –Sydney Melbourne? Meu Deus. Você não soa como Australiana –. –Er, é Sydney Melrose, senhora–, eu corrigi. Ms. Terwilliger fez uma carranca e entregou a prancheta a Trey, que parecia pensar que
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meu nome era a coisa mais engraçada de sempre. –Você assume, Sr. Juarez. Sua jovens olhos são melhores que os meus. Se eu continuar com isso, vou continuar transformando rapazes em raparigas e moças perfeitamente legais em criminosos. Por isso.– Ms. Terwilliger focou-se novamente para mim. –A Acrópole. Sabe alguma coisa sobre isso? – Os outros estavam me observando, principalmente com curiosidade amigável, mas eu ainda senti a pressão de ser o centro das atenções. Concentrando-me exclusivamente na Sra. Terwilliger, disse: –É parte da Acrópole, senhora. Em Atenas. Foi construído no século V a.C. – –Não precisa me chamar de 'senhora'–, disse a Sra. Terwilliger . –Embora seja refrescante obter um pouco de respeito para variar. E brilhantemente respondeu. – Ela olhou por cima do resto da sala. –Agora, diga me isso. Por que diabos devemos nos preocupar sobre Atenas ou qualquer coisa que ocorreu ao longo de 1500 anos atrás? Como isso pode ser relevante para nós hoje? – Mais silêncio e olhos incertos. Quando a insuportável calma se arrastou por que pareceram horas, eu comecei a levantar a minha mão de novo. Ms. Terwilliger sem aviso prévio e olhou para Trey, que estava descansando seus pés sobre a mesa do professor. O rapaz imediatamente caiu com as pernas e se endireitou. –Mr. Juarez –, declarou a Sra. Terwilliger. –Tempo para ganhar seu sustento. Você tomou esta classe no ano passado. Pode de lhes dizer por que os eventos da antiga Atenas são relevantes para nós hoje? Se você não fizer isso, então eu vou ter que chamar a senhorita Melbourne novamente. Ela parece que sabe a resposta, e pense na vergonha que seria para você. – Os olhos de Trey chicotearam para mim e depois voltar para a professora. –O nome dela é Melrose, não Melbourne. E a democracia foi fundada em Atenas no século VI. Um monte de procedimentos que se colocaram no lugar estão ainda hoje em vigor no nosso governo. – Ms. Terwilliger apertou sua mão sobre o coração dramaticamente. –Você estava prestando atenção no ano passado! Bem, quase. Sua data está errada. –Seu olhar caiu sobre mim. –Eu aposto que você sabe a data em que a democracia foi iniciado em Atenas. – –No século V–, respondi imediatamente. Que rendeu-me um sorriso da professora e um brilho intenso de Trey. O resto da turma procedeu da mesma maneira. Ms. Terwilliger continuou ao seu estilo extravagante e
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destacou números de momentos importantes e lugares que íamos estudar com mais detalhes. Eu descobri que poderia responder a qualquer pergunta que ela pedisse. Uma parte de mim disse que eu deveria racionar para mim, mas eu não poderia ajudar. Se ninguém sabia a resposta, me senti obrigada a fornecê-la. E sempre que fazia isso, Ms. Terwilliger diria: –Trey, você sabia disso? – eu estremecia. Eu realmente não queria fazer inimigos no meu primeiro dia. Os outros alunos me olhava curiosamente quando eu falava, o que fez me um pouco de auto-consciente. Eu também vi alguns deles trocaram olhares de conhecimento cada vez que eu respondia, como se estivessem dentro em algum segredo que eu não estava. Isso me preocupou mais do que o irritante Trey. Será que fazia soar como se eu estivesse me mostrando? Eu estava muito insegura das políticas sociais daqui para entender o que era normal e o que não era. Esta era uma escola academicamente competitiva. Certamente não era uma coisa ruim para ser educado? Ms. Terwilliger nos deixou com a atribuição de ler os dois primeiros capítulos do nosso livro. Os outros gemeram, mas eu estava animada. Eu adorava história, especificamente história da arte e arquitectura. Minhas aulas particulares tinham sido agressivas e bem aprofundadas, mas esta disciplina especificamente meu pai pensava que eu não precisava de perder muito com ela. Eu tive que estudar isso no meu próprio tempo, e foi tanto surpreendente e luxuoso de pensar que eu tinha agora uma classe cujo único objectivo era aprender sobre isso e que meu conhecimento seria avaliado -pelo professor, pelo menos. Eu separei-me de Eddie e depois disso e fui para a Aula Avançada (AA) de Química. Enquanto eu estava esperando pela classe para começar, Trey deslizou numa mesa ao meu lado. –Então, Miss Melbourne–, disse ele, imitando a voz da Sra. Terwilliger . –Quando você estará iniciando a sua própria classe de história? – Estava arrependida por Ms.Terwilliger tê-lo picado, mas não gostei do seu tom. –Você está realmente tomando esta aula? Ou você está indo se espreguiçar mais um pouco mais e fingir estar ajudando o professor? – Isso trouxe um sorriso irónico no seu rosto. –Oh, eu estou nesta, infelizmente. E eu era o melhor aluno de Ms. T no ano passado. Se você for tão boa em química como você é em história, então eu vou agarrar você para minha parceira de laboratório. Eu vou ser capaz de tomar fora o semestre inteiro. – Química era uma parte crucial do ofício Alquimista, e eu duvidava que houvesse algo
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nesta aula que eu não já soubesse. Os alquimistas tinham surgido na Idade Média como –cientistas mágicos– tentando transformar chumbo em ouro. A partir dessas primeiras experiências, eles tinham ido descobrir as propriedades especiais do sangue de vampiro e como ele reagia com outras substâncias, eventualmente, ramificando-se em uma cruzada para manter os vampiros e os seres humanos separados um do outro. Esse pano de fundo científico, e o nosso trabalho actual com sangue de vampiro, fez da química um dos temas principais da minha educação infantil. Eu recebi o meu primeiro kit de química quando eu tinha seis anos. Enquanto outras crianças estavam a aprender o alfabeto, o meu pai me tinha atormentado com ácido e com base em flashcards ***. Incapaz de admitir tanto a Trey, desviei o meu olhar e casualmente escovei os cabelos do meu rosto. –Estou numa boa nisto aqui. – Seu olhar se mudou para minha bochecha, e um olhar de compreensão veio sobre ele. – Ah. Então é isso. – –O que é isso?– perguntei. Ele apontou para o meu rosto. –Sua tatuagem. Isso é o que ela faz, hein? – Movendo o meu cabelo, eu revelei o lírio de ouro. –O que você quer dizer?– perguntei. –Você não tem que jogar de modesta comigo–, disse ele, revirando os olhos escuros. – Eu entendo. Quero dizer, parece me mais batota, mas eu não acho que todo mundo se preocupe com honra. Muito corajoso para tê-la em seu rosto, no entanto. Eles são contra o código de vestuário você sabe - não que impeça qualquer um. – Eu mudei de posição e deixei meu cabelo cair de volta no lugar. –Eu sei. Eu pretendia maquilha-la e esqueci. Mas o que você quer dizer com batota? – Ele simplesmente balançou a cabeça numa maneira que claramente disse que eu tinha sido demitida. Eu sentei-me lá sentindo desamparada, perguntando o que eu tinha feito de errado. Logo, minha confusão foi substituída pela tristeza quando nosso instrutor nos deu uma introdução da aula e a sua matéria. Eu tinha um estojo de química atrás do meu quarto e que era mais extensa que a de Amberwood. Oh bem. Eu supunha que uma pequena revisão elementar não me faria mal. Minhas outras aulas progrediram de forma similar. Eu estava a cima de todos as minhas disciplinas e encontrei-me a responder a cada pergunta. Isso me fez estar bem com meus professores, mas eu não poderia avaliar as reacções do resto dos meus colegas. Eu ainda vi um monte de abaladas cabeças pesarosas e expressões intrigadas - mas só realmente Trey condenou. Eu não sabia se devia conter-me ou não.
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Passei por Kristin e Julia um par de vezes, e elas lembraram-me de me juntar a elas no almoço. Eu fui, encontrando-as sentadas numa mesa do canto no refeitório Este. Elas acenaram-me, e teci através das linhas de mesas, fazendo uma verificação rápida, esperando ver Jill. Eu não tinha cruzado com ela todo o dia, mas isso não era muito preocupante, considerando nossos horários. Presumivelmente, ela estava a comer no outro refeitório, talvez com Eddie ou Micah. Kristin e Julia foram amistosa, conversando comigo sobre como o meu primeiro dia tinha corrido e transmitiram alguns conselhos sobre alguns dos professores que tinham tido antes. Elas eram seniores como eu, e nós compartilhávamos algumas aulas. Passamos a maior parte do almoço na troca básica de informação, como para onde nós estávamos todos a ir. Não foi até o almoço estar a acabar que eu comecei a receber algumas respostas às perguntas que tinham me incomodando durante todo o dia. Apesar de requerer um chumaço de ainda mais perguntas primeiro. –Então–, disse Kristin, inclinando-se sobre a mesa. –Será que isso lhe dá apenas uma super memória? Ou será que faz como, eu não sei realmente, mudar o seu cérebro e fazer você mais inteligente? – Julia revirou os olhos. –Isso não pode fazer-te mais inteligente. Tem que ser memória. O que eu quero saber é, quanto tempo isso dura? – Olhei para trás e para frente entre elas, mais confusa do que nunca. –Qualquer coisa que você estava falando não pode me fazer mais inteligente, porque eu fiquei tão perdida agora –. Kristin riu. –Sua tatuagem. Ouvi dizer que você respondeu a todas as perguntas mais difíceis de matemática. E um amigo meu está na sua aula de história e disse-me que você a domina também.Estamos tentando descobrir como a tatuagem ajuda você. – –Ajudar-me…responder às perguntas? – perguntei. Seus rostos confirmaram. –Não ajuda. Essas coisas…isso é só, bem, eu. Eu simplesmente sei as respostas. – –Ninguém é tão inteligente–, argumentou Julia. –Não é essa loucura. Eu não sou nenhum génio. Eu acho que acabei por aprender muito. Eu tinha aulas particulares a maior parte do tempo, e meu pai era realmente…exigente, – eu adicionei, pensando que aquilo pudesse ajudar. –Oh–, disse Kristin, brincando com a longa trança. Eu notei que ela usava o seu cabelo escuro em várias práticas maneiras, enquanto a Julia usava o seu sempre de forma provocante e despenteado. –Eu acho que poderia ser ele… mas então, o que faz sua tatuagem fazer? –
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–Não faz nada–, disse, porem, mesmo quando eu falei as palavras, senti um leve formigueiro na minha carne. A tatuagem tinha uma espécie de magia que me impedia de falar sobre qualquer coisa, relacionada com os Alquimistas, aqueles que não faziam parte do círculo íntimo. Isto tinha sido a tatuagem que me impede de falar muito, não que houvesse qualquer necessidade. –Eu simplesmente achei que era legal.– –Oh–, disse Julia. As duas meninas pareciam inexplicavelmente desapontadas. –Por que diabos você achava que a tatuagem estava a fazer-me inteligente? –Eu perguntei. O toque da campainha interrompeu a nossa conversa, lembrando a todos nós que era hora de ir para a nossa próxima aula chegar. Houve uma pausa enquanto Kristin e Julia consideravam alguma coisa. Kristin parecia ser a líder das duas, porque foi ela quem deu um decisivo aceno de cabeça. Tive a nítida sensação de que estava sendo avaliada. –Ok–, disse ela, finalmente, dando-me um grande sorriso. –Nós vamos preencher-te mais sobre tudo, depois.– Marcamos um tempo para sair e estudar mais tarde, depois separamo-nos. Minha impressão era de que ia ser mais de socializar do que estudar, o que estava bem comigo, mas eu fiz uma nota mental para fazer os deveres de casa primeiro. O resto do dia passou rapidamente, e recebi uma nota numa das aulas vinda de Molly a conselheira. Como esperado, eu passei em todos os cursos de linguagem, e ela queria que eu passasse por lá e discutir assuntos para durante o último período, quando tecnicamente não tinha aula. Isto significava que o meu dia de escola seria oficialmente encerrado com EF. Eu mudei para o meu equipamento de ginástica que eram uns calções e uma T-shirt de Amberwood, e caminhei para fora , com os outros, para o sol quente. Eu senti um pouco do calor entre as aulas de hoje, mas não foi até que eu realmente tive que ficar no exterior por qualquer período de tempo que eu realmente e verdadeiramente apreciei o facto de que estávamos no deserto. Olhando em volta para os meus colegas, que eram rapazes e raparigas de todas os anos, que eu vi que não era a única a transpirar. Eu raramente queimava, mas me lembrei de pegar protector solar para ser seguro. Jill iria precisar dele também. Jill! Olhei ao redor. Eu quase esqueci que Jill deveria estar na mesma aula. Excepto, onde estava ela? Não havia sinal dela. Quando o nosso instrutor, Miss Carson, fez a chamada, ela nem mesmo disse o nome de Jill. Gostaria de saber se tinha havido uma mudança no
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horário de última hora. Miss Carson julgava em saltar directo para a acção. Estávamos divididos em equipes de voleibol e eu me vi de pé ao lado de Micah. Sua exposição, pele sardenta estava ficando rosa, e eu quase quis sugerir protector solar para ele. Ele deu me um de seus sorrisos simpáticos. –Hey,– eu disse. –Você não viu a minha irmã hoje, viu? Jill? – –Não–, disse ele. Uma ligeira carranca atravessou a testa. –Eddie estava procurando por ela na hora do almoço. Ele imaginou que ela estava comendo com você em seu dormitório. – Eu balancei minha cabeça, uma incómoda sensação nasceu no meuestômago. O que estava acontecendo? Cenários de pesadelo passaram pela minha mente. Eu pensava que Eddie era exagerado com a sua vigilância, mas tinha algo acontecido com a Jill? Seria possível que, apesar de todos os nossos planos, um dos inimigos de Jill tinha deslizou lá dentro e raptando-a debaixo dos nossos narizes? Eu ia ter que dizer aos alquimistas - e ao meu pai- que tínhamos perdido Jill no primeiro dia? Pânico passou por mim. Se eu não estava prestes a ser enviada para um centro de reeducação antes, eu definitivamente estava no caminho para uma agora. –Você está bem?– Micah perguntou, estudando-me. –A Jill está bem? – –Eu não sei–, disse. –Desculpe-me.– Sai fora da minha formação de equipe e corri até onde a Miss Carson estava supervisionando. –Sim–, ela me perguntou. –Sinto muito incomodá-lo, minha senhora, mas eu estou preocupada com a minha irmã. Jill Melrose. Sou Sydney. Ela deveria estar aqui. Você sabe se ela de aula? – –Ah, sim. Melrose. Eu tenho uma nota do gabinete, apenas antes da aula, que ela não iria estar presente hoje. – –Será que eles dizeram por quê?– Miss Carson abanou a cabeça se desculpando e latiu uma ordem para um cara que estava atrasado. Eu voltei para a minha equipe, com a mente a girar. Bem, pelo menos alguém tinha visto Jill hoje, mas porque diabos ela não estava presente? –Ela está bem?– Micah perguntou-me. –Eu…Eu acho. Miss Carson parecia saber que ela não vinha para a aula, mas não sabia porquê. – –Existe alguma coisa que eu posso fazer?–,perguntou. –Para ajudar ela? Er, vocês? – –Não, obrigado. Obrigada por perguntar – Eu desejei que tivesse um relógio ao redor. –
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Vou ver como ela esta, logo que a aula acabe.– Um pensamento ocorreu-me de repente. –Mas Micah? Não diga nada para Eddie. – Micah me deu um olhar curioso. –Por que não?– –Ele é super protector. Ele vai se preocupar quando não é provavelmente nada –.Além disso, ele vai virar a escola toda procurando por ela. Quando a aula terminou, eu tomei um banho rápido e mudei de roupas antes de ir ao edifício administrativo. Eu estava desesperada por correr de volta ao dormitório primeiro para ver se Jill estava lá, mas eu não poderia chegar atrasada para o compromisso. Enquanto eu caminhava por um corredor em direcção ao escritório de Molly, passei por uma das principais e tive uma ideia. Eu parei para falar com a secretária de atendimento antes de ir para o compromisso. –Jill Melrose–, afirmou a secretária balançando a cabeça. –Ela foi enviada de volta ao seu dormitório. – –Enviada de volta?–, exclamei. –O que isso quer dizer? – –Eu não tenho autorização para dizer.– Muito melodramáticos? Irritada e mais confusa do que nunca, eu fui para o escritório de Molly, levando o conforto no fato de que, mesmo se a ausência de Jill fosse misteriosa, pelo menos, foi sancionado pela escola. Molly me disse que eu poderia escolher outra disciplina ou me envolver em algum tipo de estudo independente no lugar de um idioma, se eu tivesse um professor para me patrocinar. Uma ideia surgiu na minha cabeça. –Posso lhe confirmar isso amanhã?– perguntei. –Preciso falar com alguém em primeiro lugar. – –Claro–, disse Molly. –Basta decidir em breve. Você pode voltar ao seu dormitório agora, mas não podemos ter você vagando por aí todos os dias durante este tempo. – Assegurei-lhe que ela teria uma resposta em breve e virei costas. O autocarro frequentemente não percorria durante as aulas, então só me faltava andar uma milha. Ela levou apenas 15 minutos, mas senti o dobro do tempo no calor. Quando eu finalmente alcancei o quarto do dormitório, alívio me inundou. Suspensa ali dentro do quarto, como se nada estranho tivesse acontecido, estava Jill. –Está tudo bem!– Jill estava deitada na cama, lendo seu livro novamente. Ela olhou melancolicamente. – Yeah. Mais ou menos–. Sentei-me na minha própria cama e arranquei meus sapatos. –O que aconteceu? Entrei num ataque de pânico quando você não estava na sala de aula. Se Eddie soubesse… –
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Jill sentou-se. –Não, não diga a Eddie. Ele vai passar-se –. –Ok, ok. Mas diga-me o que aconteceu. Eles disseram que você foi enviada para cá? – –Sim–. Jill fez uma careta. –Porque eu fui chutada para fora na minha primeira aula. – Eu fiquei sem palavras. Eu não poderia imaginar o que a doce, tímida Jill , pudesse ter feito para justificar isso. Oh, Deus. Espero que ela não tenha mordido alguém. Todos esperavam que fosse eu a ter problemas de adaptação num horário escolar. Jill deveria ser a profissional. –Porque você foi chutada para fora?– Jill suspirou. –Por ter uma ressaca.– Extra muda. –O quê?– –Eu estava doente. Ms. Chang – minha professora - olhou para mim e disse que ela poderia ver uma ressaca um quilómetro de distância. Ela me mandou para o escritório por quebrar regras da escola. Eu lhes disse que estava apenas doente, mas ela continuou dizendo que ela conhecia. O director disse, finalmente, que não havia nenhuma maneira de provar o porque de eu estar doente, então eu não fui castigada, mas eu não tinha permissão para ir ao resto das minhas aulas. Eu tinha que ficar aqui durante o resto do dia na escola. – –Isso é…isso é idiota! – Eu tirei os meus pés e comecei a andar. Agora que eu tinha recuperado a minha inicial descrença, eu estava simplesmente indignada. –Eu estava com você ontem à noite. Você dormiu aqui. Eu deveria saber. Eu acordei uma vez, e você estava aqui. Como pode Ms.Chang fazer até mesmo uma acusação como essa? Ela não tinha provas! A escola também não. Eles não tinham o direito de te enviar para fora da aula. Eu deveria ir direita ao escritório agora! Não, eu vou falar com Keith e com os Alquimistas e temos os nossos –pais– a fazer uma reclamação –. –Não, espere, Sydney.– Jill pulou e pegou no meu braço, como se receasse que eu marchasse para fora e fosse lá. –Por favor. Não. Basta deixar ir. Eu não quero causar mais problemas. Eu não recebi qualquer marca ruim. Eu não fui realmente castigada. – –Você estará atrasada em suas aulas–, eu disse. –Isso é punição suficiente. – Jill balançou a cabeça, os olhos arregalados. Ela estava com medo, eu percebi, mas eu não tinha ideia de por que ela não gostaria de contar. Ela foi vítima aqui. –Não, está tudo bem. Eu vou alcança-las. Não há consequências a longo prazo. Por favor, não faça disto um grande problema. Os outros professores provavelmente pensaram que eu estava doente. Eles provavelmente nem sequer sabem sobre as acusações. – –Não é certo, porém,– Eu rosnei. –Eu posso fazer algo sobre isto. É por isso que estou
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aqui, para ajudar você –. –Não–, disse Jill inflexivelmente. –Por favor. Deixá-lo ir. Se você realmente quer ajudar… –Ela desviou os olhos. –O quê?– Eu perguntei, ainda cheia de fúria.–O que você precisa? Diz. – Jill olhou para cima. –Eu preciso de você…Eu preciso que você me leve a Adrian –.
* jogo de recreação, sendo posteriormente transformando-se em esporte, que constitui em golpear bolas de madeira ou plástico através de arcos encaixados no campo de jogo. ** http://3.bp.blogspot.com/_zJnnt6UwOTA/SiHj6_OcM2I/AAAAAAAAATY/Qt3IqAEmEGo/s400/acrop ole.jpg ***Um cartão impresso com as palavras ou números e rapidamente exibida como parte de uma boa aprendizagem.
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Capítulo 7 –ADRIAN?– EU DISSE SURPRESA. –O que ele tem a ver com tudo isso?– Jill simplesmente sacudiu a cabeça e me olhou suplicante. –Por favor. Só me leve até ele.– –Mas nós voltaremos aqui em alguns dias para sua alimentação.– –Eu sei,– disse Jill. –Mas eu preciso vê-lo [i]agora[/i]. Ele é o único que vai entender.– Eu acho dificil de acreditar. –Você está dizendo que eu não entenderia? O que até mesmo Eddie não o faria?– Ela gemeu. –Não. Você [i]não[/i] pode dizer ao Eddie. Ele vai surtar.– Eu tentei não fazer uma careta enquanto eu ponderava tudo. Por que a Jill precisaria ver o Adrian depois desse acidente na escola? Adrian não pode fazer nada para ajudar que [i]eu[/i] não faria. Como uma Alquimista, eu estava na melhor posição para prestar uma queixa. Será que Jill quer apoio moral? Eu me lembrei de como Jill abraçara Adrian se despedindo e de repente me perguntei se ela tinha uma queda por ele. Porque, com certeza, se Jill precisava se sentir protegida por alguém, Eddie seria uma escolha melhor. Ou não? Eddie provavelmente derrubaria escrivaninhas de tanto ultrage. Esconder disso dele talvez não fosse uma má ideia. –Certo,– eu disse por fim. –Vamos lá.– Eu nos inscrevi para uma viagem fora do campus, o que necessitou alguma persuasão. Senhora Weathers foi ligeira em lembrar-nos que Jill havia sido banida para seu dormitório pelo resto do dia escolar. Eu fui ligeira em lembrá-la que as aulas estavam
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quase terminadas. Senhora Weather não pôde negar a lógica, mas ainda assim nos fez esperar dez minutos inteiros até que o ultimo sinal tocasse. Jill ficou sentada lá, batendo seu pé ansiosamente contra uma cadeira. Nós dirigimos meia hora até o estado de Clarence, nas montanhas. Eu realmente não sabia qual assunto puxar. –Como foi seu primeiro dia de aula?– era dificilmente um assunto apropriado. E de qualquer forma, toda vez em que eu pensava nisso, eu só ficava mais irritada. Eu não conseguia acreditar que algum professor teria a audácia de acusar Jill de beber e ficar de ressaca. Não havia realmente um jeito de provar aquilo, e além do mais, você podia perceber depois de passar cinco minutos com ela que isso era impossivel. Uma humana de meia idade nos cumprimentou na porta. Seu nome era Dorothy, e ela era a caseira e alimentadora de Clarence. Dorothy era agradável o bastante, um pouco distraída, e vestia um vestido cinza justo de gola alta, para esconder as marcas de mordida em seu pescoço. Eu sorri de volta para ela e mantive meu modo profissional, mas não pude evitar um arrepio quando pensei no que ela era. Como alguém poderia fazer aquilo? Como alguém poderia oferecer seu sangue de tão bom grado assim? Meu estômago revirou, e eu me vi mantendo certa distância dela. Eu não queria nem ao menos encostar meu braço no dela por acidente enquanto caminhasse. Dorothy nos guiou de volta para a sala onde nos sentamos no dia anterior. Não havia sinal algum de Clarence, mas Adrian estava deitado num sofá de pelúcia verde, assistindo a uma TV que tinha sido habilmente escondida dentro de um armário de madeira ornamentado na última vez. Quando ele nos viu, desligou a TV com o controle remoto e se sentou. Dorothy pediu licença e fechou as portas francesas atrás dela. –Bem, isso é uma surpresa legal,– ele disse. Ele nos olhou. Jill havia trocado para suas roupas normais durante seu dia de isolamento hoje, mas eu ainda tinha a blusa e saia da Amberwood. –Sábia, vocês não deveriam ter uniformes? Isso se parece com algo que você usa normalmente.– –Gracinha,– eu disse, contendo-me para não rolar os olhos. Adrian fez uma reverência brincalhona. –Cuidado. Você quase sorriu.– Ele pegou uma garrafa de conhaque de uma mesa próxima. Pequenos copos estavam arrumados ao redor da mesma, e ele serviu para o mesmo uma quantidade generosa. –Vocês querem?– –Estamos no meio da tarde,– eu disse, incrédula. Não que realmente me importasse que horas eram. –Eu tive uma ressaca estranha,– ele declarou, fazendo-nos um falso brinde. –Essa é a
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cura.– –Adrian, eu preciso falar com você,– disse Jill seriamente. Ele a olhou, o sorriu se dissipando de seu rosto. –O que foi, [i]Jailbait[/i]?– Jill olhou para mim, desconfortável. –Você se importaria...– Eu peguei a dica e tentei não demonstrar o quão irritada eu estava com todos os segredos. –Claro. Eu vou só... eu vou lá pra fora de novo.– Eu não curti a ideia de ficar exilada, mas não havia a minima possibilidade deu caminhar pelos corredores da casa velha. Eu encararia o calor. Eu não estava muito longe no corredor quando alguém surgiu na minha frente. Eu soltei um gritinho e quase pulei um metro no ar. Uma batida de coração depois, eu percebi que era Lee – não que isso houvesse me acalmado muito. Não importa o quão amiga eu era desse grupo, velhas defesas dentro de mim apareceram ao ficar sozinha com um novo vampiro. Ir de encontro a ele não ajudou também porque meu cerébro interpretou isso como [i]um ataque![/i] Lee ficou de pé ali, encarando-me. Pela expressão em seu rosto, ele estava tão surpreso ao me encontrar em sua casa – apesar de não estar tão surpreso quanto eu. –Sydney?– perguntou Lee. –O que você está fazendo aqui?– Em questão de segundos, meu medo se tornou constrangimento, como se eu tivesse sido pega perambulando. –Oh... Estou aqui com a Jill. Ela meio que teve um dia dificil e precisava falar com o Adrian. E queria dar a eles alguma privacidade e estava apenas indo... uh, lá pra fora.– A confusão de Lee se tornou um sorriso. –Você não precisa fazer isso. Não há necessidade de se isolar. Vamos lá, estava indo pegar um lancha na cozinha.– Meu rosto deve ter mostrado meu horror, porque ele riu. –Não do tipo humano.– Eu corei e o segui. –Desculpa,– eu disse. –É um instinto.– –Sem problemas. Vocês Alquimistas são um pouco agitados, sabe.– –Sim,– eu ri, desconfortável. –Eu sei.– –Eu sempre quis conhecer um de vocês, mas vocês certamente não são o que eu esperava.– Ele abriu a porta de uma espaçosa cozinha. O resto da casa podia ser estranha e antiquada, mas dentro daqui, tudo era brilhante e moderno. –Se te faz se sentir um pouco melhor, você não é tão ruim quanto Keith. Ele esteve aqui mais cedo e estava tão nervoso, ele literalmente se manteve olhando por cima do ombro.– Lee pausou, pensantivo. –Eu acho que é porque Adrian ficou rindo como um cientista louco,
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como nesses filmes preto e branco que ele estava assistindo.– Eu parei abruptamente. –Keith esteve aqui – hoje? Pra quê?– –Você teria que perguntar ao Pai. Foi com ele que Keith conversou a maior parte do tempo.– Lee abriu a geladeira e pegou uma lata de Coca. –Quer uma?– –Eu – uh, não. Muito açucar.– Ele pegou outra lata. –Diet?– Eu hesitei apenas um momento antes de pegá-la. –Claro. Obrigada.– Eu não havia planejado comer ou beber algo nessa casa, mas a lata me pareceu segura o bastante. Estava selada e parecia ter vindo diretamente de uma mercearia humana, e não de algum caldeirão vampirico. Eu a abri e tomei um gole enquanto minha mente girava. –Você não faz a minima ideia do que se tratava?– –Huh?– Lee havia adicionado uma maçã ao seu menu e se ergueu para se sentar na bancada. –Oh, Keith? Não. Mas se eu tivesse que adivinhar, diria que foi sobre mim. Como se ele quisesse descobrir se eu estou ficando aqui ou não.– Ele deu uma mordida gigante na maçã, e eu me perguntei se o fato dele ter presas dificultou o ato. –Ele apenas gosta de ter tudo claro,– eu disse, neutra. Mesmo que eu não gostasse do Keith, eu ainda queria unificar a frente humana. Porém, eu não estava completamente imprecisa. Eu estava bem certa de que Keith se sentiu enfraquecido ao saber que havia um Moroi a mais em –seu território– e agora queria se certificar de que realmente ele estava por dentro de tudo. Parte disso era bom para os negócios dos Alquimistas, claro, mas a maior parte disso provavelmente era o orgulho ferido do Keith. Lee não pareceu dar muito valor a isso e manteve-se mastigando sua maçã, embora eu pudesse sentir seus olhos me estudando. –Você disse que Jill teve um mau dia? Está tudo bem?– –É, eu acho que sim. Quero dizer, sei lá. Eu não estou nem certa de como as coisas ficaram bagunçadas. Ela quis ver o Adrian por algum motivo. Talvez ele possa ajudar.– –Ele é Moroi,– disse Lee, pragmático. –Talvez seja algo que só ele possa entender – algo que você e Eddie não pudesse. Sem querer ofender.– –Sem problemas,– eu disse. Era natural que Jill e eu tivessemos diferenças distintas – afinal eu era humana, e ela era vampira. Não poderiamos ser mais diferentes se tentassemos, e na verdade, eu meio que preferia dessa forma. –Você vai pra faculdade... in Los Angeles? Um escola humana?– Não era um comportamento tão estranho pra Moroi. Às vezes eles ficavam juntos em suas próprias comunidades; às vezes eles tentavam se misturar às cidades humanas.
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Lee assentiu. –Sim. E foi dificil no começo pra mim também. Quero dizer, mesmo que os outros não saibam que você é um vampiro... existe aquela sensação de estar alheio. Eu eventualmente acabei me acostumando... mas eu sei o que ela está passando.– –Pobre Jill,– eu disse, de repente me dando conta de que eu estava avaliando essa situação completamente errado. A maior parte da minha energia tinha sido focada na escola acreditar que a doença da Jill era uma ressaca. Eu deveria ter me focado no motivo dela estar doente, pra começar. A culpa deve ser da ansiedade com a nova vida. Eu lutei contra meu próprio desconforto, tentando descobrir amizades e brechas sociais – mas ao menos eu estava lidando com minha própria raça. –Eu não havia realmente pensado no que ela está passando.– –Você quer que eu fale com ela?– perguntou Lee. Ele colocou o resto da maçã de lado. –Não que eu ache que tenho muita sabedoria para compartilhar.– –Qualquer coisa deve ajudar,– eu disse, honestamente. Um silêncio caiu sobre nós, e eu comecei a me sentir desconfortável. Lee parecia muito amigável, mas meus velhos medos estavam muito enraizados. Parte de mim sentiu que ele queria mais me estudar do que me conhecer. Alquimistas eram claramente uma novela para ele. –Você se importaria se eu te perguntasse sobre... a tatuagem. Te dá poderes especiais, certo?– Era quase uma reprise da conversa da escola, exceto que Lee na verdade sabia da verdade por trás disso. Eu involuntariamente toquei minha bochecha. –Não poderes, exatamente. Existe uma compulsão que nos impede de falar sobre o que fazemos. E eu recebo um bom sistema imunológico em troca disso. Mas o resto? Nada especial.– –Fascinante,– ele murmurou. Eu desviei meu olhar, desconfortável, e tentei casualmente colocar meu cabelo de volta na minha face. E logo depois o Adrian apareceu. Todo o seu humor anterior se foi. –Ah, aí está você. Posso falar com você a sós por um segundo?– A pergunta foi direcionada a mim, e Lee pulou da bancada. –Eu vou usar a brecha. A Jill ainda está por aí?– Adrian assentiu, e Lee olhou para mim, curioso. –Você quer que eu...?– Assenti. –Seria ótimo. Obrigada.– Lee se foi, e Adrian olhou de volta para mim, curioso. –O que foi isso?– –Oh, nós achamos que o Lee talvez fosse capaz de ajudar Jill com seus problemas,– expliquei. –Uma vez que ele pode se identificar.– –Problemas?–
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–Sim, você sabe. Ajustar-se a viver com os humanos.– –Oh,– disse adrian. Ele pegou um maço de cigarros, para minha completa surpresa, acendeu-o bem na minha frente. –Isso. Sim, acho que é bom. Mas não é sobre isso que queria falar com você. Eu preciso que me tire desse lugar.– Eu estava chocada. Não era sobre Jill? –Fora de Palm Springs?– perguntei. –Não! Fora [i]desse[/i] lugar.– Ele gesticulou para os arredores. –É como viver num asilo! Clarence está tirando um cochilo agora, e ele se alimenta às cinco. É tão entediante.– –Você só está aqui há dois dias.– –E isso é mais do que o bastante. A única coisa que me mantém vivo é que ele mantém um estoque de bebidas alcoolicas. Mas no ritmo que estou indo, vai acabar em uma semana. Jesus Cristo, estou subindo pelas paredes.– Seus olhos caíram sobre o crucifixo no meu pescoço. –Oh. Desculpe. Sem querer ofender Jesus.– Eu ainda estava muito surpresa pelo assunto inesperado para me sentir ofendida. –E o Lee? Ele está aqui, certo?– –Sim,– concordou Adrian. –Às vezes. Mas ele está ocupado com... inferno, eu não sei. Coisas da escola. Ele volta pra Los Angeles amanhã, e será mais uma noite entediante pra mim. Além de que...– ele olhou ao redor, conspiratoriamente. –Lee é legal o bastante, mas ele não está... bem, não é realmente afim de se divertir. Não como eu.– –Isso talvez seja uma coisa boa,– eu assinalei. –Sem lições de moral, Sábia. E ei, como eu disse, eu gosto dele, mas ele não fica aqui o bastante. Quando está, ele fica só. Ele está sempre se olhando no espelho, mais do que eu. Eu o ouvi reclamando sobre cabelo branco outro dia.– Eu não ligava de verdade para as excentricidades do Lee. –Pra onde você gostaria de ir? Você não quer...– um pensamento muito desagradável me ocorreu. –Você não quer se inscrever para Amberwood, quer?– –O que, e jogar 21 Jump Street com o resto de vocês? Não, obrigado.– –21 o quê?– –Deixa pra lá. Olha.– Ele apagou o cigarro no balcão, o que eu pensei que era meio ridículo, desde que ele quase não fumava nada. Por que se ocupar com tal hábito sujo se você não fosse nem usá-lo? –Eu preciso do meu lugar próprio, ok? Vocês fazem as coisas acontecer. Você não me consegue um lugarzinho para solteiro como o que o Keith tem no centro da cidade, para que eu possa festejar com todos os viajantes ricos?
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Beber sozinho é triste e patético. Eu preciso de pessoa. Mesmo de pessoas humanas.– –Não,– eu disse. –Não estou autorizada a fazer isso. Você não é... bem, você não é minha responsabilidade. Estamos apenas tomando conta da Jill – e Eddie, já que ele é o guarda costas dela.– Adrian fez uma careta. –E quanto a um carro? Você pode fazer isso?– Eu neguei com a cabeça. –E quanto ao [i]seu[/i] carro? E se eu deixar vocês na escola e então pegá-lo emprestado por um tempo?– –Não,– eu disse rapidamente. Essa foi provavelmente a sugestão mais louca que ele poderia ter feito. Latte era meu bebê. Eu certamente não estava prestes a emprestá-lo a um bebum – especialmente a um que por acaso também era um vampiro. Se havia um vampiro que parecia particularmente irresponsável, era o Adrian Ivashkov. –Você está me matando aqui, Sábia!– –Não estou fazendo nada.– –Exatamente meu ponto.– –Olhe,– eu disse, ficando irritada. –Eu te disse. Você não é minha responsabilidade. Fale com o Abe se você quer que as coisas mudem. Não é ele a razão de você estar aqui?– O aborrecimento e auto-piedade de Adrian foi trocada por alerta. –O que você sabe sobre isso?– Certo. Ele não sabia que eu havia escutado a conversa deles. –Quero dizer, foi ele quem trouxe vocês para cá e fez os preparativos com Clarence, certo?– eu esperava que isso fosse soar convincente o bastante – e talvez me dê um pouco mais de informação sobre qual era o grande plano de Abe. –Sim,– Adrian disse, depois de alguns segundos de pensamentos intensos. –Mas Abe [i]quer[/i] que eu fique nessa tumba. Se eu tiver o meu próprio lugar, teriamos que manter segredo dele.– Eu engoli em seco. –Então eu definitivamente não vou ajudar, mesmo que eu pudesse. Você não poderia me pagar para desobedecer Abe.– Eu podia ver Adrian preparando um outro argumento e decidi sair. Dando as costas à ele e a qualquer outro protesto, eu segui para fora da cozinha e voltei para a sala de estar. Ali, eu encontrei Jill e Lee conversando, e ela estava sorrindo genuinamente em algum tempo. Ela riu de algum comentário que ele fez e então me olhou chegando. –Hey, Sydney,– ela disse.
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–Hey,– eu disse. –Está pronta pra ir?– –É hora de ir?– ela perguntou. Tanto ela quanto Lee pareceram desapontados, mas então ela respondeu a sua própria pergunta. –Acho que é. Você provavelmente tem alguma lição de casa, e Eddie provavelmente já está preocupado.– Adrian adentrou a sala atrás de mim, parecendo emburrado. Jill olhou para ele e, por um momento, seu olhar se tornou diferente, como se sua mente tivesse ido a outro lugar. Então ela se virou para mim. –Sim,– ela disse. –Nós devemos ir. Espero que possamos conversar mais tarde, Lee.– –Eu também,– ele disse, levantando-se. –Estarei por aqui vez ou outra.– Jill deu um abraço de despedida em Adrian, claramente relutante ao deixá-lo também. Com Lee, ela parecia mais estar triste por deixar algo que havia começado a se tornar interessante. Com Adrian, havia mais um senso de que ela não estava certa de por onde começar. Sua próxima alimentação marcada seria em dois dias, e Adrian estava encorajando, dizendo que ela era forte o bastante pra passar pelo próximo dia de aula. Apesar do tanto que ele me incomodava, eu estava tocada pela sua compaixão pela jovem garota. Qualquer um que fosse tão legal com Jill não poderia ser [i]tão[/i] ruim. Ele estava começando a me surpreender. –Você parece melhor,– eu disse a ela enquanto dirigiamos para Vista Azul. –Conversar com o Adrian... com os dois... foi útil.– –Você acha que estará bem amanhã?– –Sim.– Jill suspirou e se deitou contra o assento. –Só foram meus nervos. Aquilo, e que eu não tinha comido muito no café da manhã.– –Jil...– eu mori meu lábio, hesitante de prosseguir. Confrontos não era meu ponto forte, particularmente com assuntos pessoais estranhos. –Você e Adrian...– Jill me deu um olhar cuidadoso. –O que sobre nós?– –Existe algo... quero dizer, vocês estão...?– –Não!– Pelo canto dos olhos, eu vi Jill ficar rosa pink. Foi o máximo de cor que eu já vi no rosto de um vampiro. –Por que você diria isso?– –Bem. Você estava doente esta [i]manhã[/i]. E então decidida sobre ver Adrian. Você sempre está triste quando o deixa...– Jill ficou boquiaberta. –Você acha que eu estou grávida?– –Não exatamente,– eu disse, percebendo que foi um tipo de resposta nada a ver. –Quero dizer, talvez. Eu não sei. Só estou considerando todas as possibilidades...– –Bem, não considere essa! Não existe nada entre nós. [i]Nada[/i]. Somos amigos. Ele
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nunca se interessaria em mim.– Ela disse sombriamente – e também até um pouco desejosa. –Isso não é verdade,– eu disse, tentando desfazer o estrago. –Quero dizer, você é mais nova, sim, mas você é bonita...– Sim, essa era uma conversa terrivel. Eu só estava balbuciando agora. –Não,– disse Jill. –Não me diga que eu sou legal e bonita e tenho muito a oferecer. Ou qualquer coisa. Nada disso importa. Não quando ele ainda está ligado [i]nela[/i].– –Ela? Oh. Rose.– Eu quase havia me esquecido. A viagem a Corte tinha sido a primeira vez que eu havia visto o Adrian pessoalmente, mas eu na verdade o havia visto uma vez antes, numa câmera de segurança quando ele estava no cassino com a Rose. Os dois namoraram, embora eu não soubesse o quão sério fora a relação. Quando eu ajudei a Rose o Dimitri a escaparem, a quimica entre eles foi fora do comum, mesmo que os dois estivessem em negação. Até mesmo eu poderia ser capaz de enxergar a um quilometro de distância, e olha que eu sei quase nada sobre romance. Vendo que a Rose e o Dimitri são oficialmente um casal agora, eu assumo que as coisas com o Adrian não terminaram bem. –Sim. Rose.– Jill suspirou e encarou o vazio a frente. –Ela é tudo o que ele vê quando fecha os olhos. Olhos escuros e um corpo cheio de fogo e energia. Não importa o quanto ele tente esquecê-la, não importa o quanto ele beba... ela sempre está lá. Ele não pode escapar dela.– A voz de Jill estava cheia de uma surpreendente amargura. Eu poderia pensar que era ciúmes, exceto que ela falava como se tivesse sido pessoalmente enganada pela Rose também. –Jill? Você está bem?– –Huh? Oh.– Jill sacudiu sua cabeça, como se estivesse sacudindo resquicios de um sonho. –Sim, certo. Desculpe. Foi um dia estranho. Estou um pouco fora. Você não disse que podiamos pegar umas coisas?– A placa de sinalização da próxima saída mostrava um shopping center. Eu aproveitei a mudança de assunto, feliz por estar fora dos assuntos pessoais, embora eu ainda estivesse bem confusa. –Uh, sim. Nós precisamos de protetor solar. E talvez pudessemos pegar uma pequena tv para o quarto.– –Seria ótimo,– disse Jill. Eu peguei a próxima saída. Nenhuma de nós falou sobre o Adrian pelo resto da noite.
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Capítulo 8 –Você vai comer isso?–, perguntou Eddie. Eddie não tinha conhecimento sobre todas as travessuras que Jill passou no primeiro dia de escola, mas não tê-la visto o dia todo tinha-o enervado. Então, quando ela e eu descemos para o segundo dia, nós o encontramos esperando no hall do nosso dormitório, pronto para ir connosco para café da manhã. Empurrei meu prato através da mesa e com ele metade de uma rosquinha. Ele já tinha aspirado a sua própria rosquinha, bem como as panquecas e o bacon, mas foi rápido ao aceitar minha oferta. Talvez ele fosse uma criatura híbrida não natural, mas do que eu poderia dizer, seu apetite era o mesmo que qualquer adolescente humano. –Como você está se sentindo?–, ele perguntou a Jill, depois que ele engoliu um bocado de rosquinha. Desde que ele, eventualmente, ouviu que ela não tinha ido á aula, nós simplesmente dissemos ao Eddie que Jill tinha ficado doente ontem com os nervos. As alegações de ressaca ainda me enfurecia, mas Jill insistiu em esquece-los. –Bem–, disse ela. –Muito melhor–. Eu não comentei sobre isso, mas secretamente eu tinha as minhas dúvidas. Jill fez estar melhor esta manhã, mas ela quase não teve uma sólida noite de sono. Na verdade, ela acordou no meio da noite, gritando. Eu pulei da minha cama, esperando nada menos do que cem Strigoi ou Moroi assassinos que tivessem explodido através da nossa janela. Mas quando olhei, tinha sido só Jill,
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debatendo-se e gritando em seu sono. Eu corri e, finalmente, acordei-a com alguma dificuldade. Ela sentou-se ofegante, encharcada de suor e apertando o peito. Uma vez que ela se acalmou, ela me disse que foi apenas um pesadelo, mas tinha havido algo em seus olhos…um eco de algo real. Eu sabia porque me lembrou das muitas vezes que eu tinha acordado pensando que Alquimistas estavam vindo para me levar para o centro de reeducação. Ela insistiu que estava bem, e quando a manhã chegou, o único reconhecimento que ela deu do seu pesadelo foi insistir que não devíamos mencionar aquilo ao Eddie. –É só faze-lo se preocupar–, disse ela. –E além disso, não foi grande coisa. – Eu considerei o ponto, mas quando eu tentei perguntar o que tinha acontecido, ela me ignorou e não iria falar sobre isso. Agora, no café da manhã, havia uma nítida vantagem para ela, mas pelo que eu sabia, tinha mais a ver com finalmente ela enfrentar o seu primeiro dia numa escola humana. – Eu ainda não consigo superar a forma de como sou diferente de todo o mundo –, disse ela em voz baixa. –Quero dizer, por uma coisa, eu sou mais alta do que quase todas as meninas aqui! – Era verdade. Não era incomum nas mulheres Moroi puxarem seis metros de altura. Jill ainda não estava muito lá, mas a sua constituição longa e fina, dava a ilusão de ser mais alto do que ela era realmente.–E eu sou esquelética.– –Você não é–, eu disse. –Sou muito magra em comparação com eles–, argumentou Jill. –Todo mundo tem alguma coisa–, rebateu Eddie. –Aquela menina ali tem uma tonelada de sardas. Aquele cara rapou a cabeça. Não há tal coisa como 'normal'. – Jill ainda parecia duvidosa, mas obstinadamente partiu para a aula quando tocou o primeiro aviso de campainha, prometendo encontrar Eddie no almoço e a mim em EF. Eu fui para a minha aula de história alguns minutos mais cedo. Ms. Terwilliger estava em sua mesa, misturando alguns papéis á volta, e hesitante a abordei. –Senhora?– Ela olhou para mim, empurrando os óculos para cima do nariz dela enquanto dizia: – Hmm? Ah, eu lembro de você. Miss. Melbourne. – –Melrose–, eu corrigi. –Você tem certeza? Eu podia jurar que foi apelido antes em algum lugar da Austrália. – –Bem, meu primeiro nome é Sydney,– eu disse, não tenho certeza se eu deveria estar encorajando-a. –Ah. Então eu não sou louca. Ainda não, pelo menos. O que posso fazer por você, Miss
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Melrose? – –Eu queria perguntar-lhe… bem, você vê, eu tenho uma falha na minha agenda porque eu passei no requerimento de línguas. Gostaria de saber se talvez você precisava de um outro assistente de professor…como Trey.– O referido Trey já estava lá, sentado numa mesa atribuído para ele e conferindo papéis. Ele olhou face a menção do seu nome e me olhou com cautela. –É o último período, senhora. Então, se houvesse qualquer trabalho extra que você precisasse… – Seus olhos me estudaram por vários momentos antes de responder. Eu fiz questão de cobrir a minha tatuagem hoje, mas senti que ela estava olhando directamente para ela. – Eu não preciso de outro assistente de professor–, disse ela sem rodeios. Trey sorriu. – Mr. Juarez, apesar de suas muitas limitações, é mais do que capaz de classificar todas as minhas pilhas de papel.– Seu sorriso desapareceu ao indirecto elogio. Eu balancei a cabeça e comecei a afastar-me desiludida. –Okay. Eu entendo. – –Não, não. Eu acho que você não faz. Você vê, eu estou escrevendo um livro.– Fez uma pausa, e eu percebi que ela estava esperando pelo meu olhar impressionado. –Sobre religião herética e magia no mundo greco-romano. Eu tive uma palestra sobre isso no Colégio Carlton antes. Assunto fascinante. – Trey sufocou uma tosse. –Agora, eu poderia realmente usar um assistente de pesquisa para me ajudar a procurar determinadas informações, conduzir recados para mim, esse tipo de coisa. Você estaria interessada nisso? – Eu pasmei. –Sim, senhora. Eu estaria. – –Para que você possa obter crédito para um estudo independente, você teria que fazer algum projecto junto com isso… pesquisa e um papel por sua conta. Nem de perto o comprimento do meu livro, é claro. Há alguma coisa dessa época de seu interesse? – –Er, sim.– Eu mal podia acreditar. –Arte clássica e arquitectura. Eu adoraria estudá-lo mais. – Agora ela parecia impressionada. –Sério? Então parece que estamos em perfeita sintonia. Ou, bem, quase. Pena você não saber latim. – –Bem…– Eu desviei os olhos. –Eu, hum, na verdade…Eu sei ler latim. – ousei dar um olhar para ela. Mais do que impressionado, ela parecia em sua maioria atordoada. –Bem, então. Quanto sobre isso.– Ela deu um pesaroso abanar de cabeça. –Eu tenho medo de perguntar sobre o grego.– A campainha tocou. –Vá em frente e vá para o seu lugar, depois encontra-me no final do dia. Último período é também o meu objectivo,
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por isso vamos ter muito tempo para falar e preencher uma papelada apropriada. – Voltei para minha mesa e recebi uma colisão de punho do Eddie como aprovação. – Bom trabalho. Você não tem que ter uma aula real. Claro, se ela quer que você leia Latim, talvez seja pior do que uma verdadeira aula. – –Eu gosto de latim,– eu disse com absoluta seriedade. –É divertido.– Eddie balançou a cabeça e disse em voz muito, muito baixa: –Eu não posso acreditar que você acha que nós somos os estranhos. – Os comentários de Trey na aula seguinte foram de pouca cortesia. –Uau, você tem de certeza Terwilliger enrolada em seu dedo. – Ele balançou a cabeça em direcção ao nosso instrutor de química. –Você está indo dizendo a ela que você dividi os átomos em seu tempo livre? Você tem um reactor montado em seu quarto? – –Não há nada de errado em…– eu me cortei fora, sem saber o que dizer. Eu quase disse –ser inteligente–, mas isso soava egoísta. –Não há nada de errado em saber coisas –, disse por fim. –Claro–, ele concordou. –Quando é legítimo conhecimento –. Lembrei-me da conversa louca com Kristin e Julia ontem. Porque eu tive que levar Jill ao Adrian, eu tinha perdido a sessão de estudo e não consegui respostas sobre as questões da minha tatuagem. Ainda assim, pelo menos agora sabia onde o desdém de Trey estava chegando – embora parecendo um absurdo. Ninguém mais na escola tinha mencionado especificamente a minha tatuagem ser especial, mas um número de pessoas tinha se aproximou de mim já, perguntando onde eu a tinha ganho. Eles tinham ficado desapontados quando eu disse Sul Dakota. –Olha, eu não sei de onde essa ideia vem acerca da minha tatuagem fazer-me inteligente, mas se isso é o que você pensa, bem…não. É apenas uma tatuagem. – –É dourada–, argumentou. –Então?– perguntei. –É só uma tinta especial. Eu não entendo por que as pessoas acreditam que ela tem algumas propriedades místicas. Quem acredita nessa coisa? – Ele bufou. –Metade escola faz. Como você é tão inteligente, então? – Eu era realmente uma aberração quando se tratava de escola que as pessoas tinham de recorrer a explicações sobrenatural? Fui com a minha resposta de reserva. –Eu tive aulas particulares. – –Oh–, disse Trey pensativo. –Isso explicaria. – Eu suspirei. –Eu aposto que suas aulas particulares não fizeram muito em relação a EF, no entanto, –
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acrescentou. –O que você vai que fazer com sua exigência de esporte? –Eu não sei, eu não tinha pensado nisso–, eu disse, sentindo-me um pouco desconfortável. Eu poderia lidar com as disciplinas de Amberwood em meu sono. Mas atletismo? Incerto. –Bem, é melhor decidir logo, o prazo está chegando ao fim. Não fique tão preocupada – , acrescentou. –Talvez eles vão deixar você começar um clube em latim em vez. – –O que é que isso quer dizer?– perguntei não gostando do tom. –Eu já praticava esportes.– Ele deu de ombros. –Se você o diz. Você não parece do tipo atlético. Você parece muito… elegante. – Eu não estava inteiramente certa se era um elogio ou não. –Qual é o seu esporte?– Trey ergueu o seu queixo, parecendo muito satisfeito com si mesmo. –O futebol. Verdadeiro esporte de homem. – Um cara sentado perto ouviu-o e olhou de volta. –Pena que você não vai fazer de quarterback, Juarez. Você chegou tão perto no ano passado. Parece que você está indo se graduar sem cumprir ainda outro sonho –. Eu tinha pensado que Trey não gostava de mim, mas quando ele virou sua atenção para o outro cara, era como se a temperatura caísse dez graus. Percebi naquele momento que Trey só gostava de me dar um tempo difícil. Mas esse outro cara? Trey completamente o desprezava. –Eu não me lembro de você estar na mesma corrida, Slade, –retornou Trey, com olhos duros. –O que faz você achar que vai consegui-la este ano? – Slade - que não estava claro para mim se esse era o seu primeiro ou último nome trocou olhares conhecedores com um par de amigos. –Apenas um pressentimento.– Eles se afastaram e Trey fez uma careta. –Óptimo,– ele murmurou. –Slade finalmente conseguiu o dinheiro para uma. Você quer saber sobre tatuagens? Vá falar com ele. – Minha trigésima-segunda impressão me disse que Slade era alguém que eu não queria falar, mas Trey não deu explicações adicionais. A aula logo começou, mas quando eu tentava concentrar-me na lição, tudo o que podia pensar era na aparente obsessão de Amberwood com as tatuagens. O que isso significava? Quando EF chegou, eu fiquei aliviada ao ver Jill no vestiário. A rapariga Moroi me deu um sorriso cansado enquanto caminhávamos para o lado de fora. –Como foi o seu dia?–
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perguntei. –Bem–, disse Jill. –Não maravilhoso. Não terrível. Eu nem tenho realmente chegado a conhecer muitas pessoas. – Ela não disse, mas o tom de Jill estava implícito, ‘Vêem? Eu disse que iria destacar-me ‘. No entanto, quando a aula começou, percebi que o problema Jill não era dar nas vistas. Ela evitava contacto de olhos, deixando seus nervos obter o melhor dela, e não fazia nenhum esforço para falar com as pessoas. Ninguém abertamente evitava-a, mas com as vibrações que ela exalava, ninguém saia de seu lugar e falar com ela também. Eu certamente não era a pessoa mais social no mundo, mas eu ainda sorria e tentava conversar com meus colegas enquanto fazíamos mais exercícios de voleibol. Era o suficiente para promover as centelhas de amizade. Eu também logo percebi um outro problema. A turma foi dividida em quatro equipes, jogando dois jogos em simultâneo. Jill estava no outro jogo, mas eu ocasionalmente ainda a via. Ela parecia miserável e cansada após dez minutos, sem mesmo tendo feito muito no jogo. Sua reacção ao tempo era muito ruim. Um número de bolas passou por ela, e aqueles que ela notou foram recebidas com manobras desajeitadas. Alguns colegas de equipe dela trocavam olhares frustrados atrás da sua costas. Voltei para o meu próprio jogo, preocupada com ela, mesmo quando a equipe adversária cravou a bola para uma zona que não era bem protegida pela minha equipe. Eu não tinha tempo de reacção, digo, um dhampir tinha, mas em uma fracção de segundo, meu cérebro sabia que podia bloquear a bola se eu fizesse um movimento forte e rápido. Fazê-lo foi contra meus instintos naturais, as que dizia, ‘não faças qualquer coisa que possa machucar ou que tu possas ficar suja’. Eu sempre fui razoavelmente cuidadosa sobre as minhas acções, nunca agindo por impulso. Não desta vez. Eu ia parar aquela bola. Eu mergulhei para ela, acertando-a no alcance do colega de equipa que foi capaz de picar para fora da rede e fora de perigo. O volei me levou para um pouso forçado nos meus joelhos. Foi deselegante e rangi os meus dentes, mas eu tinha parado a oposição de pontuar. Meus companheiros aplaudiram, e fiquei surpresa ao encontrar-me a rir. Eu sempre fui treinada de que tudo o que eu fizesse tinha que ter uma grande, prática finalidade. Esportes eram espécie de antítese do caminho da vida Alquimista, porque eram apenas para divertimento. Mas talvez o divertimento de vez em quando não era tão ruim. –Boa, Melrose–, disse Miss Carson, passando por lá. –Se você quiser adiar seu esporte até ao inverno e estar no time de voleibol, venha falar comigo mais tarde. –
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–Bem feito–, disse Micah e ofereceu-me a sua mão. Eu balancei a cabeça e levantei-me sozinha. Eu fiquei consternada ao ver um arranhão numa das minhas pernas, mas ainda estava sorrindo de orelha a orelha. Se alguém tivesse dito me há duas semanas atrás, que eu seria tão feliz ao rebolar ao redor da sujeira, eu não teria acreditado. –Ela não solta para fora elogios com muita frequência. – Aquilo era verdade. Miss Carson já tinha ido ao de Jill um número de vezes e agora estava hesitante no nosso jogo para corrigir a forma desleixada de um colega de equipa. Aproveitei a pausa para assistir Jill, cujo jogo ainda estava em acção. Micah seguiu o meu olhar. –Não correm em família, hein?–, Ele perguntou com simpatia. –Não–, eu murmurei. Meu sorriso sumiu. Senti uma pontada de culpa no meu peito por me exaltar tanto do meu próprio triunfo, quando Jill estava obviamente lutando. Não pareceu justo. Jill ainda parecia exausta, e seu cabelo encaracolado estava encharcado de suor. Pontos rosa tinham aparecido em suas bochechas, dando-lhe um olhar febril, e pareceu tomar todo o seu esforço para permanecer na posição vertical. Era estranho que Jill tivesse tanta dificuldade. Eu ouvi uma breve conversa em que ela e Eddie haviam discutido combate e movimentos defensivos, dando me a impressão de que Jill era razoavelmente atlética. Ela e Eddie ainda tinham falado sobre praticar mais tarde naquela noite e… –O sol–, eu gemi. –Huh?–, Perguntou Micah. Eu mencionei minha preocupação com o sol para Stanton, mas ela os dispensou. Ela tinha acabado aconselhando Jill a ter o cuidado de ficar dentro de casa – o que Jill fez. Excepto, é claro, quando as exigências da escola a fazia ter uma aula que a mantinha fora. Forçando-a a praticar esportes no incêndio total do sol de Palm Springs - era cruel. Era uma maravilha ainda estar em pé. Eu suspirei, fazendo uma nota mental para ligar para os Alquimistas mais tarde. –Nós vamos ter que buscar um atestado do médico. – –O que você está falando?–, perguntou Micah. O jogo estava de volta, e ele mudou para a posição ao meu lado. –Oh. Jill. Ela é…ela é sensível ao sol. Tipo como uma coisa alérgica. – Quando pensei na deixa, ouvimos Miss Carson exclamar de outro lado: –Melrose Junior! Você é cega? Você não viu que vinha directa na sua direcção? – Jill balançou em seus pés, mas tomou a crítica humildemente. Micah assistiu-os com um olhar severo, e tão logo que Miss Carson estava a resmungar
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com outra pessoa, ele arremessou para fora da formação e correu para o jogo de Jill. Eu apressadamente tentei cobrir ambas as nossas posições. Micah correu para um cara ao lado de Jill, sussurrou alguma coisa, e apontou para mim. Um momento mais tarde, o cara correu para minha equipe e Micah tomou o lugar dele ao lado de Jill. Quando a aula continuou, percebi o que estava acontecendo. Micah era bom em voleibol, muito bom. Assim tanto que ele foi capaz de defender o sua posição e a de Jill. Sem ver qualquer erro gritante, Miss Carson manteve sua atenção para outro lugar, e a equipe de Jill cresceu um pouco menos hostil em relação a ela. Quando o jogo terminou, Micah agarrou o braço de Jill e rapidamente levou-a para um local sombreado. Do jeito que ela cambaleava, ele parecia ser tudo o que estava segurando-a na vertical. Eu estava prestes a me juntar a eles quando ouvi vozes ao meu lado. –Estou recebendo-a esta noite. O cara com quem eu conversei jurou que vai ser foda. – Era Slade, o cara que tinha discutido com Trey anteriormente. Eu não tinha percebido isso ao sol e no meio do jogo, mas ele era o jogador com quem Micah trocou de lugar. –É bom que seja –, continuou Slade,– por quanto ele está me cobrando –. Dois dos amigos de Slade se juntaram a ele e começaram a se dirigir ao vestiário. – Quando são eliminatórias, Slade? – Um de seus amigos perguntou. Em química, fiquei a saber que o primeiro nome de Slade era Greg, mas todos parecia se referir a ele por seu sobrenome, mesmo os professores. –Sexta-feira–, disse Slade. –Eu vou matar. Como totalmente destruí-los. Eu vou rasgar a coluna de Juarez para fora e fazê-lo comer. – Encantador, pensei, vendo-os ir. Minha avaliação inicial de Slade estava correcta. Virei para Jill e Micah e vi que ele tinha ido a um porão buscar uma garrafa de água para ela. Eles pareciam bem de momento, então eu chamei a atenção de Miss Carson enquanto ela caminhava. –Minha irmã fica doente ao sol–, eu disse. –Isto é realmente difícil para ela. – –Muitas crianças têm dificuldade com o calor no início–, disse Miss Carson conscientemente. –Eles só precisam se de endurecer. Você tratou-se bem. – –Sim, bem, ela e eu somos muito diferentes–, disse secamente. Se ela soubesse. –Eu não acho que ela vai ‘endurecer’ –. –Não posso fazer nada–, disse Miss Carson. –Se eu deixá-la sentar-se, você tem alguma ideia de como muitas outras crianças de repente –se sentirão cansadas ao sol–? A menos
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que ela tenha um atestado médico, ela tem que aguentar. – Agradeci e fui me juntar a Jill e a Micah. Enquanto me aproximava, ouvi Micah dizendo: –Vai limpar-te, e eu te acompanho até a próxima aula. Não podemos ter você desmaiando nos corredores. – Ele fez uma pausa e considerou. –Claro, eu ficaria totalmente feliz de pegar-te se você desmaiasse. – Jill estava compreensivelmente confusa, mas foi suficiente para agradecer-lhe. Ela lhe disse que ia encontrá-lo logo e caminhou para o vestiário das raparigas comigo. Eu vi um sorriso no rosto de Micah, e um preocupante pensamento me ocorreu. Jill parecia stressada o suficiente pelo que eu decidi não dizer nada, mas a minha preocupação cresceu quando saímos para o última aula. Micah acompanhou Jill, como prometido, e disse-lhe que mais tarde quando a noite chegasse, ele poderia lhe ensinar voleibol se ela quisesse. Enquanto estávamos do lado de fora da sala de aula, uma rapariga com longos cabelos ruivos e uma atitude arrogante passou por nós, seguida por uma comitiva de outras raparigas. Ela parou quando viu Micah e jogou o cabelo sobre um dos ombros, piscando-lhe um grande sorriso. –Hey, Micah.– Micah estava ocupado com Jill e mal olhou na direcção da outra garota. –Oh, hey, Laurel.– Ele continuou a andar, e Laurel assistiu-o ir com uma expressão se transformando escura. Ela lançou um olhar perigoso á Jill, chicoteado seu longo cabelo por cima do ombro e esbracejou desocupada. Uh-oh, eu pensei enquanto olhava para ela perseguindo corredor abaixo. É isto que vai voltar e nos assombrar? Este era um daqueles momentos em que eu poderia usar a lição de interpretação social. Fui para sala de aula de Ms. Terwilliger mais tarde e passei a maior parte deste encontro inicial a criar objectivos semestrais e delineando o que eu estaria fazendo para dela. Eu estava a armazenar um monte de leitura e tradução, que me serviu muito bem. Isto também apareceu quando embora metade do meu trabalho seria mantê-la organizada outra coisa em que eu me destacava. O tempo voou, e logo que eu fiquei livre, corri para encontrar Eddie. Ele estava esperando com um grupo de outros rapazes na paragem de ônibus para voltar ao seu dormitório. Quando ele me viu, sua resposta foi a habitual: –A Jill está bem? – –Boa…bem, mais ou menos. Podemos falar em algum lugar? – O rosto de Eddie escureceu, sem dúvida, pensando que havia uma legião de Strigoi no seu caminho para caçar Jill. Nós demos um passo para trás, para dentro de um dos
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edifícios escolares, encontrando cadeiras num canto privado que gozava em pleno vigor o ar condicionado. Dei-lhe uma rápida actualização sobre Jill e sua ensolarada desventura em EF. –Eu não acho que seria tão ruim–, disse Eddie sombriamente, ecoando os meus pensamentos. –Graças a Deus Micah estava lá. Existe alguma coisa que você possa fazer? – –Sim, nós devemos ser capazes de conseguir algo de nossos –pais– ou de um médico. – Tanto quanto eu odiava, eu acrescentei: –Keith pode ser capaz de acelerá-lo.– –Bom–, disse Eddie ferozmente. –Nós não podemos tê-la apanhando lá fora. Eu vou falar pessoalmente com esse professor, se isso for necessário. – Escondi um sorriso. –Bem, espero que não chegue a isso. Mas há algo mais…nada de perigoso –, acrescentei rapidamente, vendo o olhar de guerreiro cruzar seu rosto novamente. –Apenas uma coisa… – Tentei não dizer as palavras que tinham surgido na minha mente. Horripilante. Errado. –No que diz respeito, eu acho…eu acho que Micah gosta da Jill –. O rosto de Eddie foi muito calmo. –Claro que ele gosta dela. Ela é legal. Ele é legal. Ele gosta de todos. – –Isso não é o que eu quero dizer, e você sabe disso. Ele gosta dela. De forma mais do que amigos. O que vamos fazer em relação a isso? – Eddie olhou para o outro lado de fora do corredor, por alguns momentos, antes de olhar para mim. –Por que temos que fazer alguma coisa? – –Como você pode perguntar isso?–, exclamei chocada pela resposta. –Você sabe por quê. Humanos e vampiros não podem ficar juntos! É nojento e errado. – As palavras saíram da minha boca antes que eu pudesse para-las. –Mesmo um dhampir como você deve saber disso.– Ele sorriu com tristeza. –Mesmo dhampir como eu? '– Eu acho que tinha sido um pouco ofensiva, mas não poderia ajudar. Alquimistas inclusive eu – nunca acreditamos que dhampirs e Moroi se preocupavam o suficiente sobre os mesmos problemas que nós. Eles podem reconhecer um tabu como esse, mas por anos de experiencia, dizia que nós humanos realmente levava-mos isso a sério. Era por isso que o trabalho de Alquimistas era tão importante. Se não cuidássemos dessas questões, quem seria? –Eu quero dizer,– disse a ele. –Isso é algo que todos nós concordamos. – Seu sorriso desapareceu. –Sim, é.–
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Mesmo Rose e Dimitri, que tinha uma alta tolerância para loucuras, tinham ficado chocados quando conheceram os Protectores, onde velhacos Morois se misturavam livremente com dhampirs e humanos. Era um tabu que nós três compartilhávamos, e trabalhamos duro para tolerar o costume enquanto estivemos com os Protectores. Eles viviam escondidos nas Montanhas Apalaches e tinham fornecido um excelente refúgio para Rose quando estava foragida. Ignorar suas formas selvagens tinha sido um preço aceitável para a segurança que tinha nos oferecido. –Você pode falar com ele?– perguntei. –Eu não acho que Jill tenha nenhum sentimento forte. Ela tem muitas outras coisas acontecendo. Ela provavelmente, de qualquer maneira, sabe melhor … mas seria ainda melhor se você pudesse desencorajá-lo. Podemos parar isto antes que ela se envolva. – –O que você espera que eu diga?– Eddie perguntou. Ele soou como uma derrota, o que me pareceu engraçado, considerando que ele estava pronto para ir fazer todos os tipos de exigências a Miss Carson, em nome de Jill. –Eu não sei bancar de irmão mais velho. Agir como protector. Dizer que ela é jovem demais. – Eu esperava que Eddie concordasse, mas ele mais uma vez evitou seus olhos. –Eu não sei se devemos dizer qualquer coisa. – –O quê? Você está louco? Você acha que está tudo bem a…– –Não, não.– Suspirou. –Eu não estou defendendo isso. Mas olha-o desta maneira. Jill está presa numa escola cheia de humanos. Não é justo que ela seja proibida de sair fora com nenhum cara. – –Eu acho que Micah quer fazer mais do que sair.– –Bem, por que ela não deve se envolver agora e depois? Ou ir a um baile? Ela deve começar a fazer tudas as coisas normais que uma rapariga da idade dela faz. Ela já teve sua vida radicalmente mudada. Não devemos fazê-la mais difícil. – Eu olhei para ele, incrédula, tentando descobrir por que ele estava tão descontraído sobre isso. Evidentemente, ele não enfrentaria as mesmas consequências que eu. Se meus superiores descobrissem que eu tinha ‘encorajado’ um namoro de um humano com um vampiro, seria mais uma evidência contra mim e meu alegado preconceito. Afinal, a minha reputação ainda não estava restaurada com os Alquimistas. Ainda assim, eu sabia que pessoas como Eddie não gostavam da ideia do namoro também. Então,qual era o problema? De repente uma resposta estranha veio para mim. –Eu sinto que você simplesmente não quer enfrentar Micah. – Eddie olhou directamente para mim. –É complicado–, ele afirmou. Algo em seu rosto
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me disse que eu bati no ponto. –Por que você não conversa com Jill? Ela sabe as regras. Ela vai entender que ela pode estar com ele sem ficando sério. – –Eu acho que é uma má ideia,– disse ainda incapaz de acreditar que ele estava tomando essa postura. –Estamos criando uma área cinzenta aqui que acabaria por causar confusão. Devemos mantê-lo preto e branco e proibi-la de namorar enquanto ela está aqui. – Aquele sorriso torto voltou. –Tudo é preto e branco com vocês Alquimistas, não é? Você acha que pode realmente impedi-la de fazer qualquer coisa? Você devia saber melhor. Mesmo a sua infância poderia não ter sido tão anormal. – Com esse tapa na cara, Eddie afastou-se, deixando-me horrorizada. O que tinha acontecido? Como poderia Eddie - que era tão inflexível sobre fazer bem as coisas direitas para Jill – estar OK com o casual namoro dela com Micah? Havia algo estranho acontecendo aqui, algo ligado ao Micah, embora eu não pudesse descobrir o quê. Bem, eu me recusei a deixar ir este assunto. Era muito importante. Eu ia conversar com Jill e certificar-me que ela sabia o certo do errado. Se necessário, eu também ia falar com Micah, embora eu ainda sentisse que a conversa seria muito melhor vindo de Eddie. E, percebi, como eu poderia pensar em obter um baixo atestado médico, onde não havia mais nenhuma fonte a quem eu pudesse apelar, um que tivesse uma grande influência sobre Jill. Adrian. Parece que eu estaria pagando-lhe outra visita.
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Capítulo 9
Considerando que eu só devia visitar Clarence duas vezes por semana, durante as alimentações, eu fiquei um pouco atónita ao que me parecia estar aqui praticamente todos os dia. Não era só isso, esta era a primeira vez que ia visitar a propriedade sozinha. Antes, eu tinha estado com Keith ou Jill e tinha um objectivo muito bem definido. Agora, eu estava por conta própria. Eu não tinha percebido o quanto isso me poderia assustar até que eu estava me aproximando da casa, que se tornou ainda mais ameaçadora e escura que o normal. Não há nada a temer, eu disse a mim mesma. Você esteve com um vampiro e um dhampir toda a semana. Você devia estar habituada a isso. Além disso, realmente, a coisa mais assustadora sobre este lugar era a antiga casa em si. Clarence e Lee não eram tão intimidantes, e Adrian… bem, Adrian era muito menos o vampiro menos assustador que eu já conheci. Ele era muito malcriado para eu sentir qualquer medo real, e na verdade… tanto quanto eu odiava admitir, eu meio que esperava ver ele. Não fazia sentido, mas algo sobre a sua natureza irritante me fazia esquecer as minhas outras preocupações. Estranhamente, eu senti que podia relaxar á beira dele. Dorothy acompanhou-me, e eu esperava ser levada para a sala de estar de novo. Em vez disso, a governanta conduziu-me através de voltas e mais voltas por salas escuras,
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finalmente acabando numa sala de bilhar que poderia parecer ter sido tirado directamente do jogo Cluedo*. Mais madeira escura forrava a sala, e janelas com vitrais deixam entrar a luz solar filtrada. A maioria da iluminação da sala vinha de uma luz pendurada no centro sobre uma mesa de bilhar verde forte. Adrian estava alinhado para um tiro quando fechei a porta atrás de mim. –Oh–, disse ele, batendo numa bola vermelha em um buraco. –É você –. –Você estava esperando alguém?– Eu perguntei. –Estou interrompendo a sua agenda social? – Fiz uma grande avaliação ao redor da sala vazia. –Eu não quero priva-lo da multidão de fãs batendo em sua porta. – –Hey, um cara pode ter esperanças. Quero dizer, não é impossível que um carro cheio de meninas de um clube de striptess possa quebrar lá fora e precisar da minha ajuda. – –É verdade–, disse. –Talvez eu possa colocar uma frase lá fora a dizer: –ATENÇÃO A TODAS AS RAPARIGAS: AJUDA GRÁTIS AQUI. – – ATENÇÃO A TODAS AS RAPARIGAS QUENTES –, ele corrigiu, endireitando-se. –Certo–, eu disse, tentando não revirar os olhos. –Isso é uma distinção importante. – Ele apontou para mim com o taco de snooker. –Falando em quente, eu gosto desse uniforme. – Desta vez, eu rolei os meus olhos. Depois que Adrian me tinha provocado da última vez sobre o meu uniforme parecer a minha roupa normal, eu fiz de certeza uma mudança antes de vir hoje. Agora eu usava uns jeans escuros e uma blusa preta e branca com um irritante colar estampado. Eu deveria ter sabido que a mudança de roupa não me teria salvado dos seus sarcasmos. –Você é o único aqui?– Eu perguntei, observando que seu jogo de tabuleiro. –Nah. Clarence esta por aí fazendo…Eu não sei. Coisas de velho. E eu acho que o Lee está a arranjar aquela tranca antes de ir para LA. É meio engraçado. Ele parece chateado por ele ter que precisar de usar ferramentas. Ele continua pensando que a força de suas próprias mãos deve ser o suficiente. – Eu não poderia deixar de sorrir. –Eu não suponho que você se ofereceu para ajudar? – –Sábio–, declarou Adrian. –Estas mãos não fazem trabalho manual.– Bateu outra bola em um buraco.–Você quer jogar?– –O quê? Com você? – –Não, com Clarence.– Suspirou com o meu pasmo olhar. – Sim, claro que é comigo.– –Não. Preciso falar com você sobre Jill –. Ele ficou em silêncio por alguns instantes e depois voltou para o jogo como se nada
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tivesse acontecido. –Ela não estava doente hoje.– Ele disse com uma certeza, embora houvesse um engraçado tom de amargo nas suas palavras. –Não. Bem, não da mesma maneira. Ela ficou doente foi ao sol durante EF. Vou ver Keith depois para ver se conseguimos uma desculpa médica.– Eu realmente tentei ligar para ele antes, sem sorte. –Mas não é por isso que estou aqui. Tem um cara que gosta de Jill, um cara humano –. –Tens o Castile para o despachar.– Debrucei-me contra a parede e suspirei. –Essa é a coisa. Pedi-lhe para fazer isso. Bem, não para o despachar, exactamente. É o companheiro de quarto de Eddie. Eu pedi ao Eddie que dissesse a ele para recuar e leva-lo a alguma razão para este permanecer longe de Jill – tipo ela ser jovem demais – Temendo que Adrian fosse tão vago como Eddie foi, perguntei: –Você entende por que é importante, certo? Moroi não namoram com humanos? – Ele estava olhando para a mesa, não para mim. –Yap, eu estou contigo Sage. Mas eu ainda não vejo o problema. – –Eddie não vai fazê-lo. Ele diz que não pensa que devemos negar a Jill a possibilidade de namorar e ir para bailes. Que está tudo bem se ela e Micah saírem, desde então que não leva a sério isto. – Adrian era bom a esconder seus sentimentos, mas pareceu que tinha sido apanhado de surpresa. Ele endireitou-se e virou a base do taco de snoker no chão, enquanto ele pensava. –Isso é estranho. Quer dizer, eu percebi a lógica e há alguma coisa nisso. Ela não deve ser forçada a um isolamento enquanto está aqui. Eu só estou surpreso por Castile dizer isso. – –Sim, mas isso é um conceito difícil de viver. Onde você desenha a linha 'casual'? Honestamente, eu tenho este pressentimento de que Eddie simplesmente não quer confrontar Micah - o companheiro de quarto. O que é uma loucura, porque Eddie não parece ser o tipo de ter medo de nada. O que há sobre Micah que faz Eddie ficar tão inquieto? – –Micah é um cara grandalhão?– –Não–, eu disse. –Ele é constituído, eu acho. Bom em esportes. Realmente amigável e descontraído - não é do tipo que você teria medo que se virasse contra você caso lhe avisasse para se manter longe de sua irmã. – –Então você pode falar com ele. Ou apenas conversar com Jailbait e explicar as coisas para ela.– Adrian pareceu satisfeito por ter resolvido o assunto e bateu na última bola.
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–Esse era o meu plano. Eu só queria ter certeza que você me apoiaria. Jill escuta você, e eu pensei que isso seria mais fácil se ela soubesse que você concordava comigo. Não que eu mesma saiba como ela se sente. Pelo que sei, isto é tudo um exagero. – –Não deve doer ser muito cuidadoso com ela–, disse Adrian. Ele olhou fora, perdido em seus próprios pensamentos. –E eu vou deixá-la saber como me sinto sobre isso. – –Obrigada–, disse meia surpresa com o quão fácil tinha sido isto. Seus olhos verdes dançaram maliciosamente. –Agora você vai jogar uma partida comigo? – –Eu realmente não…– A porta se abriu, e Lee entrou, vestido casualmente com uns jeans e uma T-shirt. Ele estava carregando uma chave de fenda. –Hey, Sydney. Pensei ter visto o seu carro lá fora. – Ele olhou ao redor. –Esta, uhm, Jill com você? – –Hoje não–, eu disse. Uma nova luz atingiu me quando eu recordei que Lee frequentou a escola em Los Angeles. –Lee, você já namorou com uma garota humana na sua escola? – Adrian arqueou uma sobrancelha. –Você está pedindo-lhe para sair, Sage? – Fiz uma careta. –Não!– Lee ficou pensativo. –Não, não realmente. Tenho alguns amigos humanos, e nós saímos como um grupo e aparecemos… mas eu nunca fiz mais do que isso. Todavia LA é um lugar grande. Há raparigas Moroi por lá, se você souber onde olhar. – Adrian animou-se. –Oh?– Minha esperança era que Lee pudesse dizer a Jill que ele também teve de evitar encontros desbotados. –Bem, isso faz com que a sua situação de namorar seja muito mais fácil do que a Jill –. –O que você quer dizer?–, perguntou Lee. Eu recapitulei tudo para ele sobre Micah e Eddie. Lee balançou a cabeça pensativamente. –Isso é difícil–, admitiu. –Podemos voltar para a parte sobre raparigas Moroi saírem em LA? –, perguntou Adrian esperançado. –Você pode me indicar alguns dos… oh, vamos dizer, os de mentes mais abertas? – No entanto a atenção de Lee estava em mim. Seu fácil sorriso cresceu incerto e ele olhou para seus pés. –Isso pode parecer meio estranho…mas eu quero dizer, eu não me importaria pedir Jill
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para sair. – Adrian caiu em cima antes que eu pudesse pensar numa resposta. –O que, você quer dizer como namorar? Seu filho da puta! Ela só tem quinze anos. – Você nunca teria adivinhado que ele estava falando facilmente sobre raparigas Moroi momentos antes. –Adrian–, disse. –Eu supondo que a definição de Lee para namorar é um pouco diferente da sua. – –Desculpe, Sage. Você tem que confiar em mim quando se trata de definições de namoro. Da última vez que eu verifiquei, você não era uma perita em matéria social. Quero dizer, quando foi a última vez que você namorou? – Era apenas outra das farpas espirituosas que ele jogava tão facilmente, mas picou um pouco. Era assim tão óbvia a minha falta de experiência social? –Mas–, acrescentei ignorando a pergunta de Adrian, –não é uma diferença de idade.– Sinceramente não tinha ideia quantos anos Lee tinha. Ele estar numa faculdade me deu alguma pista, mas Clarence parecia muito velho. Ter um filho no final da vida não era tão estranho, porém, para os humanos ou Moroi. –Aí esta–, disse Lee. –Eu tenho dezanove. Não é um grande lacuna - mas grande o suficiente. Eu não deveria ter dito nada. – Ele parecia envergonhado, e eu senti tristeza por ele como confusão por mim. Casamenteira não estava no manual de Alquimistas. –Por que você quer convidá-la para sair?– Eu perguntei. –Eu quero dizer, ela é óptima, mas você só está fazendo isso para a distrair de Micah e dar-lhe uma alternativa segura de namoro? Ou você, hum, gosta dela?– –Claro que ele gosta dela–, disse Adrian, rápido para defender a honra de Jill. Eu tive um pressentimento que realmente não havia nenhuma boa maneira de Lee responder neste momento. Se ele manifestasse interesse nela, o instinto bizarro de cavalheirismo de Adrian estavam indo chuta-lo. Se Lee não estivesse interessado, Adrian sem dúvida exigiria saber o porque que Lee não queria casar-se com ela ali mesmo. Aquilo era um daqueles fascinantes - mas esquisitos – equívocos da personalidade de Adrian. –Eu gosto dela–, disse Lee sem rodeios. –Eu só falei com ela um par de vezes, mas…bem, eu realmente gostaria de conhecê-la melhor. – Adrian zombou e eu atirei-lhe um olhar. –Mais uma vez –, disse. –Eu acho que vocês rapazes têm definições diferentes para as mesmas palavras. – –Não é verdade–, disse Adrian. –Todos os caras querem dizer a mesma coisa quando querem ‘conhecer uma rapariga melhor’. Você é uma jovem moça bem-educada, então eu entendo porque você seria inocente demais para entender. Boa coisa você me ter aqui
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para interpretar. – Voltei para Lee, nem mesmo me preocupando em responder a Adrian. –Eu acho que tudo bem se você sair com ela –. –Supondo que ela ainda esta interessada–, disse Lee, olhando incerto. Lembrei-me do seu sorriso quando ele parou para falar com ela ontem. Aquilo pareceu muito promissor. Mas depois, também teve o seu entusiasmo com Micah. –Eu aposto que ela está.– –Então você está indo deixá-la sair sozinha?– perguntou Adrian, dando-me um olhar que me disse para não questioná-lo. Desta vez sua preocupação era verdadeira. Eu compartilhei. Jill estava em Palm Springs por ser seguro. Ela foi matriculada na Amberwood porque também era seguro. De repente, sair com um cara que nós mal conhecíamos não iria ao encontro dos protocolos de segurança tanto dos Alquimistas como dos guardiões. –Bem, ela não pode mesmo deixar o campus–, disse pensando em voz alta. –Não sem mim.– –Whoa–, disse Adrian, –se você começar a vir junto como um acompanhante, eu também – –Se nós dois fizermos isso, então Eddie vai querer também–, eu apontei. –Não parece muito como uma saida.– –Então?– O breve momento de seriedade e preocupação de Adrian tinha desaparecido face ao que ele via como diversão social. Como poderia o humor de qualquer um virar de maneira rápida? –Pense nisto como pelo menos uma saída do que um falso passeio em família. Uma que vai me entreter enquanto eu protejo a virtude dela. – Eu coloquei as minhas mãos nos meus quadris e voltei-me para ele. Isto pareceu divertilo mais. –Adrian, nós estamos focando Jill aqui. Isto não é sobre o seu entretenimento pessoal. – –Não é verdade–, ele disse com olhos verdes cintilantes. –Tudo é sobre o meu entretenimento pessoal. O mundo é o meu palco. Manter isto - você estaria se tornando numa estrela no show. – Lee olhou entre nós com um cómico olhar perdido. –Vocês querem ficar sozinhos?– Eu ruborizei. –Desculpa–. Adrian não fez nenhum pedido de desculpas, é claro. –Olhe–, disse Lee, que parecia tipo, estar a começar a lamentar-se trazer isto tudo ao de cima. –Eu gosto dela. Se isso significa trazer todo o seu grupo para que eu possa estar com ela, então
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tudo bem. – –Talvez seja melhor assim–, pensei. –Talvez se fazermos as coisas mais como um grupo – á parte da sua alimentação - ela não vai estar em perigo de querer sair com um cara humano – Nós nem sabíamos de certeza se ela estava interessada. Nós nem sequer sabíamos se ela estava interessada em Lee também. Eu percebi que estávamos sendo terrivelmente grosseiros com a sua vida amorosa. –Isso é tipo o que eu queria antes–, Adrian disse-me. –Só mais uma vida social.– Lembrei-me da conversa de ontem, em que ele exigiu que eu encontrasse uma hospedagem. –Isto não é exactamente o que você pediu. – –Se você quiser sair mais vezes–, disse Lee, –você deve voltar para Los Angeles comigo esta noite. Estarei de volta aqui depois da aula de amanhã de qualquer maneira, por isso seria apenas uma viagem rápida. – Adrian iluminou-se tanto que eu me perguntei se Lee havia sugerido isto para tentar alisar qualquer tensão que permaneceu sobre seu interesse em Jill. –Você vai apresentar-me para essas meninas? – Adrian perguntou. –Inacreditável–, eu disse. A dupla personalidade de Adrian era ridícula. Eu não percebi a porta a ser aberta até que Keith estava completamente na sala. Eu nunca estive tão feliz em vê-lo, mas era uma sorte ele estar subitamente aqui, bem quando eu precisava falar com ele sobre Jill e seus problemas com EF. Meu melhor plano tinha sido aparecer no seu apartamento e esperar apanhá-lo lá. Ele me salvou do problema. Keith olhou para nós três - mas ele não compartilhava nossos sorrisos. Não piscar de olho ou o charme de menino bonito hoje. –Eu vi seu carro lá fora, Sydney–, disse ele severamente voltando-se para mim. –O que você está fazendo aqui?– –Eu tinha que falar com Adrian–, eu disse. –Você recebeu minha mensagem? Eu tentei ligar mais cedo. – –Eu tenho estado muito ocupado–, disse ele com firmeza. Sua expressão era dura, seu tom esfriou a sala. Adrian e Lee tinham perdido os seus sorrisos, e ambos agora pareciam confusos enquanto tentavam descobrir por que Keith estava tão irritado. Eu compartilhava a curiosidade deles. –Vamos conversar. Em privado. – De repente, senti como uma criança travessa, sem saber porquê. –Claro–, eu disse. – Eu…eu estava saindo de qualquer jeito. – Movi-me para me juntar a Keith na porta.
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–Espere–, disse Lee. –E quanto a…– Adrian cutucou ele e balançou a cabeça, murmurando algo que eu não pude ouvir. Lee ficou quieto. –Te vejo por aí–, disse Adrian alegremente. –Não se preocupe – eu vou me lembrar do que falamos. – –Obrigado–, eu disse. –Vejo vocês mais tarde–. Keith saiu sem uma palavra, e eu segui-o para fora da casa em direcção ao calor de fim de tarde. A temperatura tinha descido desde a malfadada aula de EF, mas não muito. Keith marchava através da calçada de cascalho, chegando a um impasse ao lado de Latte. Seu carro estava estacionado nas proximidades. –Isso foi rude,– disse a ele. –Você nem sequer disse adeus a eles. – –Desculpe se eu não levo as minhas melhores maneiras para os vampiros,– estalou Keith. –Eu não sou tão chegado a eles como você é. – –O que é que isso quer dizer?– Eu exigi, cruzando os braços. Olhando-o, senti todas as minhas velhas bolhas de ousadia subirem. Era difícil acreditar que eu estava rindo exactamente um minuto atrás. Keith zombou. –Agora mesmo você parecia muito aconchegante com eles lá dentro saindo, ter um bom momento. Eu não sabia que este era o lugar onde você gastava o seu tempo livre depois da escola. – –Como você se atreve! Eu vim aqui a trabalho, – rosnei. –Sim, eu poderia dizer.– –Eu vim. Eu tinha que falar com Adrian sobre Jill –. –Não me lembro de ele ser o seu guardião.– –Ele se preocupa com ela–, argumentei. –Assim como qualquer um de nós faria por um amigo. – –Amigo? Eles nem mesmo são como nós –, disse Keith. –Eles são imorais e não naturais, e você não tem que estar sendo amiga com nenhum deles. – Queria gritar de volta que pelo que eu tinha observado, Lee era cem vezes mais digno de um pessoa do que Keith jamais seria. Nem mesmo Adrian era. Foi apenas no último segundo que a minha formação chutou dentro. Não levante um barulho. Não contradiga os seus superiores. Não importa o quanto eu o odiava, Keith estava no comando aqui. Eu tomei uma profunda respiração. –Foi difícil confraternizar. Eu simplesmente vim para falar com Adrian, e aconteceu de Lee estar aqui. Não era como se nós todos estivéssemos a planear uma festa grande. –
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Melhor não mencionar o plano de sair em grupo. –Porque você foi justamente chamar Adrian se você tinha um pergunta? Você me chamaria. – Porque estar cara a cara com ele é menos repugnante do que estar ao seu redor. –Era importante. E quando eu não consegui apanhar você, eu percebi que tinha que dirigir até a sua casa de qualquer maneira. – Na esperança de afastar do meu –mau comportamento–, eu mergulhei e recapitulei tudo o que tinha acontecido hoje, incluindo a exposição de Jill ao sol e as atenções de Micah. –É claro que ela não pode namorá-lo–, ele exclamou, depois que eu expliquei sobre Micah. –Você tem que colocar um stop nisso. – –Eu estou tentando. E Adrian e Lee disseram que ajudava. – –Oh, bem, eu me sinto muito melhor agora.– Keith sacudiu cabeça. –Não sejas ingénua, Sydney. Eu disse a você. Eles não se preocupam com essas coisas tanto quanto nós. – –Eu acho que eles fazem–, argumentei. –Adrian pareceu ficar, e ele tem muita influência sobre Jill –. –Bem, não é por ele que os Alquimistas virão depois buscar para enviar para a reeducação, por jogar por aí com vampiros quando ela deveria estar a disciplina-los –. Eu só podia olhar. Eu não tinha certeza que parte do que ele disse era a mais ofensiva: a insinuação mais gasta de que eu era uma –amante de vampiro– ou que eu era capaz de – disciplinar– qualquer um deles. Eu deveria ter sabido que a sua falsa amizade não iria durar. –Estou fazendo o meu trabalho aqui–, eu disse, ainda mantendo o meu nível de voz. –E pelo que posso ver, eu estou fazendo mais trabalho do que você, desde que sou a única que tem apagado incêndios durante toda a semana. – Eu sabia que era uma ilusão, visto que o olho de vidro não poderia realmente olhar, mas eu senti que ele estava olhando me com os dois olhos. –Estou fazendo bastante. Nem pense em me criticar. – –O que você está fazendo aqui?– perguntei, de repente percebendo como era estranho. Ele me acusou de ‘socializar’, mas nunca explicou os seus motivos. –Eu tinha que ver Clarence, não que isso seja de sua importância. – Eu queria mais detalhes, mas recusei-me a deixar transparecer a minha curiosidade. Ele tinha ido ali ontem também, de acordo com Lee. –Você vai ligar para a escola amanhã e
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excluir Jill de EF? – Keith me deu um olhar longo e pesado. –Não.– –O quê? Por que não? – –Porque estar ao sol não vai matá-la.– Novamente, eu mordi a minha raiva e tentei o lado da diplomacia que eu tinha aprendido. –Keith, você não a vê. Talvez não a vá matar, mas é miserável para ela. Ela estava em agonia. – –Eu realmente não me importo se eles estão miseráveis ou não–, Keith disse. –E você também não deveria. Nosso trabalho é mantê-la viva. Não houve menção de seguramente faze-la se sentir feliz e confortável –. –Eu não acho que alguém teria que nos dizer:– disse horrorizada. Por que ele estava tão chateado? –Eu acho que a sensibilidade do ser humano, poderíamos apenas fazê-lo. – –Bem, agora você pode. Você pode conseguir alguém acima de nós para emitir uma nota para a escola ou você pode dar a ela banhos de gelo depois da aula de ginástica. Eu realmente não ligo para o que você faz, mas talvez isso a vá manter ocupada o suficiente para que você pare de vir para cá sem aviso prévio e jogando-se a si mesma ás criaturas da escuridão. Não deixe que eu ouça falar que isso aconteceu novamente. – –Você é inacreditável–, disse. Eu estava muito chateada e com falta de palavras para puder administrar mais nada eloquente. –Eu estou olhando para fora da sua alma–, disse arrogantemente. –É o mínimo que posso fazer por seu pai. Pena que você não seja mais como suas irmãs. – Keith virou as costas para mim e desbloqueou a porta do carro sem outra palavra. Ele entrou e partiu, deixando-me pasmada. Lágrimas ameaçaram os meus olhos e eu engolios de volta. Eu me sentia como uma idiota - mas não por causa de suas acusações. Eu não acreditei por um instante que eu tinha feito nada mais errado do que ter vindo aqui. Não, eu estava furiosa – furiosa comigo mesma - porque eu deixei ele ficar com a última palavra e porque eu que não tive a coragem de dizer nada de volta. Eu permaneci em silêncio, assim como todo mundo sempre me disse para ficar. Chutei o cascalho na minha ira, enviando borrifadelas daquilo para o ar. Um pouco de pequenas pedras bateu no meu carro e eu estremeci. –Desculpa–. –Será que ele vai acusar-te de ser perverso falar com um objecto inanimado? – Virei-me com o coração disparado. Adrian estava encostado contra a casa, fumando. – De onde você veio?– exigi, mesmo que eu soubesse de tudo o que havia para saber sobre vampiros, era difícil agitar medos supersticiosos deles aparecendo cá fora para o
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ar rarefeito. –Da outra porta–, explicou. –Saí para fumar e ouviu a agitação. – –É rude escutar às escondidas–, eu disse, sabendo que soou insuportavelmente formalista mas incapaz de me parar. –É rude ser um imbecil como esse.– Adrian assentiu para onde Keith tinha ido embora. –Você vai ser capaz de conseguir que Jill saia da aula? – Eu suspirei, sentindo de repente cansada. –Sim, eu deveria ser capaz. Só vai demorar um pouco mais, enquanto eu procuro algum outro Alquimista para ser os nossos pais falsos. Teria sido muito mais rápido se Keith tivesse feito isso. – –Obrigado por olhar por ela, Sage. Você é legal. Para um humano. – Eu quase ri. –Obrigada.– –Você pode dizer isso também, você sabe.– Caminhei até Latte e fiz uma pausa. –Dizer o quê?– –Que eu sou legal…para um vampiro –, explicou. Eu balancei minha cabeça, ainda sorrindo. –Você vai ter um duro trabalho para encontrar qualquer Alqimista que admita isso. Mas posso dizer que você está bem para um irreverente rapaz de féstas com ocasionais momentos de brilhantismo. – –Brilhante? Você acha que eu sou brilhante? – Ele jogou suas mãos para o céu. –Você ouviu isso mundo? Sage disse que eu sou brilhante –. –Não foi isso que eu disse!– Ele largou o cigarro e o pisou com o pé, me dando um desinteressado sorriso. – Obrigado por levantar o meu ego. Eu estou indo para dizer a Clarence e a Lee e tudo sobre a sua alta opinião. – –Hey, eu não…– Mas ele já tinha ido. Enquanto conduzia, eu decidi que os Alquimistas precisavam de um departamento inteiro dedicado à manipulação de Adrian Ivashkov. Quando voltei ao meu dormitório, encontrei Jill sentada rodeada de livros e papéis, sem dúvida, tentando recuperar o atraso de ontem. –Uau–, eu disse, pensando nos deveres que esperavam por mim também. –Você tem um comando inteiro de centro de criação –. Em vez de sorrir para a minha piada, Jill olhou para cima com um olhar gelado. –Você acha que,– ela disse, – talvez da próxima vez que você quiser mexer com a minha vida amorosa, você poderia falar comigo em primeiro lugar? – Eu fiquei sem palavras. Adrian disse que ele iria conversar com Jill. Eu só não tinha
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percebido que seria tão rápido. –Você não tem que ir atrás das minhas costas para me manter longe de Micah –, acrescentou. –Eu não sou estúpida. Eu sei que não posso namorar um ser humano.– Então aparentemente Adrian tinha dito a ela muita coisa. –E–, Jill continuou, ainda num tom frio, –você não tem que assentar-me com o único Moroi elegível dentro de uma centena de quilómetros, a fim de me manter fora de problemas –. Okay… Adrian tinha, aparentemente, lhe dito tudo. Eu teria esperado mais discrição dele, especialmente com a parte de Lee. –Nós… não estávamos assentar-te, –eu disse sem muita convicção. –Lee queria te convidar para sair de qualquer maneira.– –Mas ao invés de falar comigo, ele pediu permissão de vocês! Você não controla a minha vida. – –Eu sei disso–, eu disse. –Nós não estávamos tentando!– Como tinha isso explodiu justamente á minha frente? –Lee actuou por conta própria. – –Assim como você fez quando foi falar com Adrian nas minhas costas.– Seus olhos brilhavam com lágrimas de raiva, desafiando-me a negá-lo. Eu não podia e só agora percebi o erro que eu tinha feito. Desde que ela foi encontrada ela era da realeza, Jill tinha visto as outras pessoas a ditar a sua vida para ela. Talvez minhas intenções de conseguir que Adrian falasse com ela sobre Micah fossem boas, mas eu as dirigi no caminho errado. –Você está certa–, eu disse. –Sinto muito, eu…– –Esqueça isso–, disse ela, escorregando um par de fones nos ouvidos. –Eu não quero ouvir mais nada. Você me fez parecer estúpida na frente de ambos - de Adrian e de Lee. Não que eles vão mesmo pensar duas vezes em mim hoje à noite em Los Angeles.– Ela acenou com a mão para mim e olhou para o livro na frente dela. –Eu estou feita com você. – Se ela não podia me ouvir por causa da música ou simplesmente porque ela agora decidiu ignorar me, eu não poderia dizer. Tudo o que eu sabia era que eu, mais uma vez encontrei-me a compara-la a Zoe. Assim como com Zoe, eu tentei fazer algo de bom para Jill e tinha saído pela culatra. Assim como com Zoe, eu acabei machucando e humilhar a pessoa que eu tentava proteger. Desculpe, Sage. Da última vez que verifiquei, você não era uma especialista em matéria social.
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Aquilo, pensei amargamente, era a parte mais triste de tudo - que Adrian Ivashkov estava certo.
* CLUE em americano, CLUEDO é um jogo popular de resolução de mistérios e assassinatos. O objectivo do jogo é os jogadores estrategicamente mover o tabuleiro de jogo (uma mansão), sob o disfarce de um dos jogos de seis caracteres, colectando pistas, para deduzir quem assassinou a vítima perpétua do jogo: Dr. Black (Mr. Boddy, em versões norte-americanas), e com qual arma e em que sala.
Capítulo 10
Meu telefone tocou naquele momento, me salvando do embaraço de descobrir o que fazer com Jill. Eu respondi sem me preocupar em verificar o identificador de chamadas. –Miss Melbourne? Seus serviços são necessários imediatamente. – –Senhora?– perguntei surpresa. A voz frenética de Ms. Terwilliger não era o que eu estava esperando. –O que há de errado?– –Eu preciso que você me vá buscar um cappuccino com molho de caramelo para o Spencer. Não há absolutamente nenhuma maneira de eu poder concluir a tradução deste documento, se você não o faz. – Havia um milhão de respostas que eu poderia dar, nenhum das quais era muito educada, então eu dei a resposta mais lógica. –Eu não acho que posso–, disse. –Você tem privilégios fora do campus, não tem?– –Bem, sim, senhora, mas é quase hora de recolher do campus. Eu não sei onde Spencer esta, mas eu não acho que posso fazê-lo a tempo. – –Tolices. Quem está a administrar o seu dormitório? Aquela mulher Weathers? Vou ligar para baixo e conseguir-lhe uma excepção. Estou trabalhando em um dos escritórios da biblioteca. Encontre-me lá. – Apesar da minha devoção pessoal ao café, receber uma –excepção– para o recolher da escola parecia um tipo de exagero para um recado como este. Eu não gostava de quebrar
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as regras. Por outro lado, eu era assistente da Ms. Terwilliger. Isto não fazia parte da minha descrição de trabalho? Todos os velhos instintos de Alquimista para seguir as ordens levaram a melhor. –Bem, sim, minha senhora, eu suponho que eu…– Ela desligou, e eu olhei para o telefone espantada. –Eu tenho que ir–, disse a Jill. – Espero que esteja de volta cedo. Talvez muito cedo, uma vez que me surpreenda se ela se lembrar de telefonar a Sra. Weathers.– Ela não olhou para cima. Com um encolher de ombros, eu arrumei o meu laptop e alguns deveres de casa, apenas no caso de Ms. Terwilliger pensar em outra coisa para eu fazer. Com o café á vista, a memória da minha professora era boa, e eu descobri que, de fato, tinha autorização para sair quando desci. Mrs. Weathers deu-me mesmo indicações para ir ao Spencer, uma loja de café que estava a poucos quilómetros de distância. Eu peguei o cappuccino, me perguntando se eu seria reembolsada, e peguei algo para mim também. Quando regressei o pessoal da biblioteca de Amberwood me deram uma dificuldade de entrar por levar bebidas, mas quando eu expliquei o meu recado, eles acenaram-me para os escritórios lá atrás. Aparentemente, o vício de Ms. Terwilliger era bem conhecido. A biblioteca estava surpreendentemente ocupada e eu rapidamente deduzi o porquê. Depois de um certo ponto da noite, rapazes e raparigas eram proibidos estar nos dormitórios uns dos outros. A biblioteca estava aberta até mais tarde, assim este era o lugar para sair com o sexo oposto. Muitas pessoas também iam lá só para estudar, incluindo Julia e Kristin. –Sydney! Aqui! – Chamou Kristin num nível sussurrante. –Liberte-se de Terwilliger–, acrescentou Julia. –Você pode fazê-lo. – Eu levantei o café enquanto passava por elas. –Você deve estar brincando? Se ela não conseguir ter a sua cafeína em breve, não haverá fuga possível dela. Eu volto se puder. – Enquanto eu continuava a andar, vi um pequeno grupo de estudantes reunidos em torno de alguém e ouviu uma voz familiar e irritante. Greg Slade. Curiosidade se apoderou de mim mesma e fui até a borda da multidão. Slade estava mostrando algo em seu braço: uma tatuagem. O projecto em si não era nada especial. Era uma águia em voo, o tipo de arte genérica que todas as lojas de tattoo tinham em estoque e copiadas em massa. O que me chamou a atenção foi a cor. Era tudo feito numa rica prata metálica. Metálicos como aquele não eram fáceis de retirar, não com aquele brilho e intensidade. Eu sabia que produtos
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químicos entravam na minha própria tatuagem de ouro, e a fórmula era complexa e composta por vários ingredientes raros. Slade fez um esforço tímido para manter a voz baixa - tatuagens eram proibidas por aqui, afinal de contas - mas ficou claro que ele estava gostando da atenção. Eu observei em silêncio, outros felizes estavam perguntando algumas das minhas perguntas por mim. Claro, essas perguntas só me deixaram com mais perguntas. –Isso é mais brilhante do que as que costumavam fazer–, um de seus amigos observou. Slade inclinou seu braço para que a luz se reflectisse. –Algo novo. Eles dizem que estes são melhores do que os do ano passado. Não tenho certeza se isso é verdade, mas não foi barato, eu posso te dizer isso. – O amigo que havia falado sorriu. –Você vai descobrir nos testes. – Laurel – a rapariga de cabelos vermelhos que tinha se interessado por Micah, estendeu a perna ao lado de Slade, revelando um tornozelo fino adornada com uma tatuagem desbotada de uma borboleta. Não era metálica. –Eu poderia ter a minha trocada até, talvez quando for para casa se eu conseguir o dinheiro dos meus pais. Você sabe se os celestiais são melhores este ano também? –Ela jogou o cabelo para trás enquanto falava. Do que eu tinha observado no meu breve tempo em Amberwood, Laurel era muito vaidosa com o seu cabelo e fazia questão de jogá-lo para trás pelo menos a cada dez minutos. Slade encolheu os ombros. –Não perguntei–. Laurel me notou a assistir. –Oh, hey. Você não é a irmã da rapariga vampiro? – Meu coração parou. –Vampiro?– –Vampiro?– Ecoou Slade. Como ela descobriu? O que eu vou fazer? Eu estava apenas a começar a fazer uma lista dos Alquimistas que eu tinha que chamar quando um dos amigos de Laurel riu. Laurel olhou para eles e riu arrogantemente, então se virou de volta para mim. –Isso é o que nós decidimos chamá-la. Nenhum humano pode ter uma pele tão pálida. – Eu quase afundei de alívio. Era uma brincadeira - uma dolorosamente acerta perto da verdade, mas mesmo assim uma piada. Ainda assim, Laurel não parecia alguém para se atravessar e que seria melhor para todos nós se essa brincadeira fosse esquecida em breve. Eu admito que deixei escapar o primeiro comentário de distracção que me veio à cabeça. –Hey, coisas estranhas acontecem. Quando eu te vi pela primeira vez, eu não achei que alguém pudesse ter cabelos tão longos ou tão vermelhos. Mas você não me ouviu falar sobre extensões ou corantes. –
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Slade quase se dobrou de tanto rir. –Eu sabia disso! Eu sabia que era falso! – Laurel corou quase tão vermelha quanto os seus cabelos. –Não é! É real! – –Miss Melbourne?– Eu saltei com a voz atrás de mim e encontrei Ms. Terwilliger lá, me olhando com estupefacção. –Você não está recebendo crédito para conversar, especialmente quando o meu café está aí. Vamos lá. – Eu afastei sem ser vista, embora quase ninguém notou. Os amigos de Laurel estavam se divertindo muito a provoca-la. Eu esperava que eu tivesse apagado as piadas de vampiro. Enquanto isso, eu não conseguia tirar a imagem da tatuagem de Greg fora da minha mente. Eu deixei meus pensamentos vaguearem no mistério dos componentes que seriam necessários para a cor prata. Eu quase que a descobriu - pelo menos, eu tinha uma possibilidade de descobri - e desejei ter acesso aos ingredientes dos Alquimistas para fazer algumas experiências. Ms. Terwilliger tomou o café com gratidão quando chegamos a um pequeno escritório. –Graças a Deus–, disse ela, depois de tomar um longo gole. Ela acenou com a cabeça na minha. –Esse atras é outro? Excelente pensamento. – –Não, senhora–, eu disse. –É meu. Você quer que eu comece sobre aqueles? – uma familiar pilha de livros estavam sobre a mesa, as que eu tinha visto na sala de aula. Eles eram peças fundamentais para a sua pesquisa, e ela me disse que eventualmente ia precisar que eu os delineasse e os documentasse para ela. Alcancei o do topo, mas ela parou me. –Não–, ela disse, movendo-se em direcção a uma mala grande. Ela vasculhou os documentos e vários materiais de escritório, finalmente ela pegou num livro de couro velho. –Vai pegar neste em vez. – Peguei o livro. –Posso trabalhar lá fora?– Eu esperava que eu pudesse voltar para a área principal de estudo, eu poderia conversar com Kristin e Julia. Ms. Terwilliger considerou. –A biblioteca não vai deixar você ter o café. Você provavelmente deve deixá-lo aqui–. Eu não sabia o que fazer, debatendo-me se o meu desejo de falar com Kristin e Julia superava a probabilidade de a Ms.Terwilliger quiser beber o meu café antes que eu voltasse. Eu decidi assumir o risco e ofereci o meu café com uma dolorosa despedida enquanto arrastava os meus livros e materiais de volta para a biblioteca. Julia olhou para o surrado livro de Ms. Terwilliger com desdém. –Supostamente isso não está em algum lugar na internet?–
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–Provavelmente não. Eu estou supondo que ninguém olhou sequer para isto desde antes da internet ser inventada.– Eu abri a capa e poeira voou para fora. –Muito antes–. Kristin tinha os deveres de matemática aberta na frente dela mas não parecia particularmente interessada nele. Ela bateu uma caneta distraidamente contra a capa do compêndio. –Então você viu a tattoo do Slade?– –Dificilmente não–, disse tirando o meu laptop. Eu olhei para além do ecrã. –Ele ainda a esta a mostrar.– –Ele queria uma há algum tempo mas nunca teve dinheiro –, explicou Julia. –No ano passado, todos os grandes atletas tinham uma. Bem, excepto Trey Juarez –. –Trey quase que não precisa de uma–, destacou Kristin. –Ele é muito bom.– –Ele vai agora - se ele quiser igualar-se com Slade,– disse Julia. Kristin balançou a cabeça. –Ele ainda não vai fazê-lo. Ele é contra isso. Ele tentou denunciá-los ao Mr.Green no ano passado, mas ninguém acreditou nele.– Olhei para trás e para frente entre elas, mais perdida do que nunca. –Ainda estamos conversando sobre as tatuagens? Sobre Trey 'precisar' de uma ou não? – –Você realmente ainda não descobriu?–, perguntou Julia. –É meu segundo dia,– eu indiquei com frustração. Lembrando que eu estava numa biblioteca, falei mais suavemente. –As únicas pessoas que realmente falaram sobre elas foram o Trey e vocês - e não disseram muita coisa sobre isso. – Pelo menos, eles tiveram a graça de parecerem envergonhadas com aquilo. Kristin abriu a boca, fez uma pausa e depois pareceu mudar o que ela ia dizer. –Você tem certeza que a sua não faz nada?– –Afirmativo–, menti. –Como isso é possível?– Julia deu uma olhada ao redor da biblioteca e torceu-se na cadeira. Ela puxou um pouco a sua camisa, expondo a parte inferior das costas - e uma tatuagem desbotada de uma andorinha a voar. Convencida de que eu a tinha visto, ela recompôs-se. –Eu tive ela nas ultimas ferias de primavera - e foram as melhores ferias de sempre.– –Por causa da tatuagem?– perguntei céptica. –Quando a tive, ela não se parecia com isto. Era metálica…não como a tua. Ou do Slade. Mais tipo…– –Cobre–, completou Kristin. Julia pensou sobre isso e concordou. –Sim, como ouro avermelhado. A cor só durou uma semana e os efeitos que fez durante esse mesmo tempo foram incríveis. Tipo, eu nunca me senti tão bem. Era desumanamente bom. A melhor alta de sempre.–
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–Eu juro, há algum tipo de droga nessas celestiais,– disse Kristin. Ela estava tentando soar em desaprovação, mas eu pensei ter detectado uma nota de inveja. –Se você tivesse uma, você entenderia,– Julia disse a ela. –Celestiais…Eu ouvi a menina lá a falar sobre elas–, disse. –Laurel?– perguntou Julia. –Sim, isso é o que eles chamam às de cobre. Porque elas fazem você se sentir fora deste mundo.– Ela olhou quase com vergonha do seu entusiasmo. –Nome estúpido, né?– –É isso que faz a de Slade?– perguntei, chocada com o que se estava a desenrolar diante de mim. –Não, ele tem uma de aço–, disse Kristin. –Aquelas dão-lhe um grande impulso atlético. Tipo, você fica mais forte, mais rápido. Coisas assim. Elas duram mais do que as celestiais - pelo menos duas semanas. Às vezes três, mas o efeito de desvanece. Eles a chamam de aço, porque eles são resistentes, eu acho. E, talvez, porque há aço nelas.– Não aço, pensei. Um composto de prata. A arte do uso do metal, para vincular certas propriedades na pele, era uma das coisas que os Alquimistas tinham aperfeiçoado há muito tempo. O ouro era absolutamente muito melhor, razão pela qual nos o usávamos. Outros metais - quando preparados em perfeitas maneiras - alcançavam efeitos semelhantes, mas nem prata, nem cobre, conseguiam fazer o que o ouro podia. A tatuagem de cobre era fácil de entender. Qualquer número de substâncias de prazer ou drogas poderiam ser combinadas com cobre, daí o efeito de curto prazo. A prata era mais difícil de eu entender - ou melhor, os efeitos das de prata. O que elas estavam descrevendo soava como algum tipo de esteróide atlético. Será que prata se misturava com isso? Eu teria que verificar. –Quantas pessoas têm elas?– Perguntei-lhes aterrada. Eu não conseguia acreditar que tatuagens tão complicadas eram tão populares aqui. Elas também começavam a afundar a rica saúde que os estudantes daqui tinham. Os materiais em si custavam uma fortuna, muito menos qualquer um dos supostos efeitos colaterais. –Todo mundo tem–, disse Julia. Kristin fez uma careta. –Nem todo mundo. Eu quase fui suficiente salva, no entanto.– –Eu diria que metade da escola, pelo menos tentou uma celestial–, disse Julia, olhando para a sua amiga com um olhar reconfortante. –Você pode retoca-la mais tarde - mas ainda custa dinheiro.– –Metade da escola?– repeti incrédula. Eu olhei em volta, imaginando quantas camisas e
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calças escondiam tatuagens. –Isso é loucura. Eu não posso acreditar que uma tatuagem pode fazer uma coisa dessas.– Eu esperava que estivesse a fazer um bom trabalho a esconder o quanto eu realmente sabia. –Arranje uma celestial–, disse Julia com um sorriso. –Então, você vai acreditar.– –Onde você a conseguiu?– –É um lugar chamado Nevermore–, disse Kristin. –Porém, eles são selectivos e não fazem elas facilmente.– Não tão selectivos, eu pensei, uma vez que metade da escola os tinha.– Eles têm sido muito mais cautelosos após Trey ter tentado denuncia-los.– Outra vez o nome do Trey. Agora fazia sentido do porque de ele ter sido tão desdenhoso com a minha tatuagem quando nos conhecemos. Mas eu me perguntava por que ele se importava tanto - o suficiente para tentar conseguir fechar o negócio. Aquilo não era apenas um desentendimento casual. –Eu acho que ele pensa que é injusto?– ofereci diplomaticamente. –Acho que ele apenas está com inveja de não poder pagar uma–, disse Julia. –Ele tem uma tatuagem, você sabe. É um sol nas suas costas. Mas é apenas uma normal tatuagem preta - não dourada como a sua. Eu nunca vi nada como a sua.– –Por isso é que você pensou que a minha me fazia inteligente–, disse. –Isso poderia ter sido muito útil no final do semestre–, Julia disse melancolicamente. – Você tem certeza que não é o porquê de você saber tanto?– Eu sorri, apesar de estar chocada com o que eu acabei de saber. –Quem me dera. Podia me ajudar a conseguir entender este livro mais facilmente. O que,– acrescentei olhando para o relógio. –Eu deveria estar a fazer.– Era sobre sacerdotes e mágicos greco-romanos, uma espécie de livro de magia, com detalhes de vários tipos de feitiços e rituais que eles já tinham experimentado. Não era uma leitura terrível, mas era muito longo. Eu pensei que a pesquisa de Ms. Terwilliger era mais focada sobre a religião dominante daquela Era, de modo que o livro parecia ser uma escolha estranha. Talvez ela tivesse esperanças de incluir uma secção sobre prática de magia alternativa. Independentemente disso, quem era eu para questionar? Se ela me pediu isto, eu iria fazer. Eu fiquei um pouco mais com Kristin e Julia na biblioteca, uma vez que eu tinha que ficar o tempo que a Ms. Terwilliger ficava, que durou até a biblioteca fechar. Ela parecia prazeirosa por eu ter chegado tão longe com as anotações e disse me que ela
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gostaria de ter o livro inteiro concluído em três dias. –Sim, minha senhora–, disse automaticamente, como se eu não tivesse quaisquer outras aulas nesta escola. Porque eu sempre concordava sem pensar? Voltei para o Campus Este, com os olhos turvos de tanto trabalhar e exausta só ao pensar nos deveres de casa que ainda tinha de fazer. Jill adormecia rápido, o que eu tomei como uma pequena bênção. Eu não teria que enfrentar o seu olhar acusador ou descobrir como lidar com o silêncio constrangedor. Eu me arrumei rapidamente para silenciosamente ir para a cama e adormecer logo que eu acertei com o travesseiro. Acordei por volta das três com o som de um choro. Sacudindo minha neblina sonolenta, eu consegui ver Jill sentada na sua cama, com o rosto enterrado nas suas mãos. Grandes soluços sacudiam o seu corpo torturando-o. –Jill?– perguntei, hesitante. –O que há de errado?– Na luz fraca vinda de fora, eu vi Jill levantar a cabeça e olhar para mim. Incapaz de responder, ela balançou a cabeça e começou a chorar uma vez mais, desta vez mais alto. Levantei-me e sentei-me na borda de sua cama. Eu não conseguia me levar a abraça-la ou tocá-la para a confortar. No entanto, eu me senti péssima. Eu sabia que aquilo era por culpa minha. –Jill, eu sinto muito. Eu nunca deveria ter ido ver Adrian. Quando Lee mencionou-te, eu deveria ter apenas parado por ali e dizer-lhe para falar com você se ele estivesse interessado. Eu deveria ter falado com você em primeiro lugar…– As palavras saíram numa confusão. Quando olhei para ela, tudo o que eu conseguia pensar era em Zoe e nas suas acusações horríveis na noite em que fui embora. De alguma forma, a minha ajuda sempre saia pela culatra. Jill fungou e conseguiu dizer algumas palavras antes de quebrar novamente. –Não é…não é isso…– Olhei impotente para as suas lágrimas, frustrada comigo mesma. Kristin e Julia pensavam que eu era sobredotada. Ainda assim, eu garantia a uma delas que era capaz de confortar Jill cem vezes melhor se eu pudesse. Estendi a minha mão e quase bateu no seu braço, mas recuei no último momento. Não, eu não poderia fazer isto. Aquela voz Alquimista em mim, a voz que sempre me alertava para manter distância dos vampiros, não me deixava tocar de forma tão pessoal. –Então o que é?– perguntei por fim. Ela balançou a cabeça. –Não é…Eu não posso dizer…você não entenderia.– Com Jill, pensei, qualquer número de coisas podia estar errada. A incerteza do seu
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status real. As ameaças contra ela. Ser mandada para longe de toda a sua família e amigos, presa entre os humanos num sol perpétuo. Eu realmente não sabia por onde começar. Ontem à noite, havia um terror, arrepiante e desesperado em seus olhos quando ela acordou. Mas isto era diferente. Isto era sofrimento. Isto vinha a partir do coração. –O que posso fazer para ajudar?– perguntei por fim. Levou alguns momentos para se recompor. –Você já está fazendo bastante–, ela conseguiu. –Nós todos apreciamos, realmente. Especialmente depois do que Keith disse a você.– Não havia nada que Adrian não tivesse contado a ela? –E eu sinto muito…sinto muito por eu ter sido tão cadela com você mais cedo. Você não merecia aquilo. Você apenas estava tentando ajudar.– –Não…não se desculpe. Eu errei.– –Você não precisa se preocupar, sabe–, acrescentou. –Acerca de Micah. Eu entendo. Eu só quero ser sua amiga.– Eu tinha certeza que ainda não estava fazendo um grande trabalho para fazê-la se sentir melhor. Mas tinha que admitir, desculpando-se pelo menos para mim parecia ter sido uma distracção para qualquer coisa que a tinha acordado com tanta dor. –Eu sei–, disse. –Eu nunca deveria ter-me preocupado sobre você.– Ela me garantiu novamente que estava bem, sem mais explicações sobre o porquê de ela acordar chorando. Senti como se eu devesse ter feito mais para a ajudar, mas em vez disso, eu voltei para minha própria cama. Eu não ouvi mais soluços o resto da noite, mas depois, quando acordei algumas horas mais tarde, eu roubei um olhar para ela. Suas feições estavam pouco discerníveis com a luz da manha. Ela estava lá, olhos bem abertos e olhando para o nada, um olhar assombrado em seu rosto.
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Capítulo 11 Antes da aula do dia seguinte, eu deixei uma mensagem no escritório dos Alquimistas, pedindo-lhes que precisava que me enviassem uma nota de –Mr. e Mrs. Melrose – dizendo que Jill não podia praticar EF- ou pelo menos atividades ao ar livre. Eu esperava que eles se movessem rapidamente sobre isso. Os Alquimistas eram rápidos quando queriam ser, mas eles às vezes tinham ideias estranhas sobre o que tinha prioridade. Eu esperava que eles não tivessem a mesma atitude que Keith teve com a miséria de Jill. Mas eu sabia que não devia esperar qualquer ação nesse dia, assim Jill teve de sofrer outra aula de EF - e eu tive que sofrer a vê-la sofrer. O que era realmente terrível era que Jill não lamentava ou dizia alguma coisa. Ela nem sequer mostrou qualquer sinal do desastre da noite anterior. Ela estava cheia de determinação e otimismo, como se talvez este dia fosse o dia em que o sol não a afetaria. No entanto, em pouco tempo ela começou a diminuir como da última vez. Ela parecia doente e cansada e meu próprio desempenho vacilou um pouco, porque eu continuava a observá-la com medo que ela desmaiasse. Micah foi em sua salvação. Mais uma vez, ele fez uma troca nas equipes – desta vez logo no inicio da aula. Ele cobriu o lugar dela assim como da última vez, permitindo-lhe escapar do aviso do professor e dos colegas - bem, exceto por Laurel que reparou e se irritou com aquilo. Ela olhava entre eles ferozmente e constantemente esvoaçava o cabelo por cima do ombro, para chamar a atenção dele. Eu me diverti um pouco ao
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verificar que a atenção de Micah permanecia apenas na bola e a manter esta longe de Jill. Micah saltou imediatamente para o seu lado quando a aula terminou e tinha uma garrafa de água pronta, que ela aceitou com gratidão. Senti-me grata também, mas vendo a sua preocupação para com ela, todas as velhas preocupações saltaram. No entanto ela mantinha a sua palavra. Ela retribuiu a sua atenção de forma amigável, mas você definitivamente não podia chamar aquilo de flertar. Embora ele não fizesse segredo de suas intenções, eu ainda me preocupava que seria melhor se ela não teve de lidar com ele. Isto é, eu confiava nela, mas eu não podia ajudar, acho que seria muito mais fácil para todos se ele recuasse os seus avanços. Isso exigiria A Conversa. Temendo o que eu tinha que fazer, eu apaguei Micah fora dos vestiários. Nós dois estávamos à espera que Jill terminasse de se arrumar e eu aproveitei o tempo sozinha com ele. –Hey, Micah,– disse. –Eu preciso falar com você…– –Hey,– ele retribuiu brilhantemente. Seus olhos azuis estavam grandes e animados. –Eu tive uma ideia que lhe queria contar. Se vocês não conseguirem uma autorização, talvez você pudesse ver se podia trocar a hora de EF do horário dela. Se ela se mudasse para o primeiro período de EF, o sol ainda não estaria tão quente. Talvez não fosse tão duro para ela. Quero dizer, ela parece que gostaria de poder participar em algumas coisas.– –Ela gostaria–, disse lentamente. –E isso realmente é uma boa ideia.– –Conheço algumas pessoas que trabalham na secretaria. Vou pedir-lhes para me arranjarem algumas opções e ver se é compatível com o resto das aulas dela.– Ele fez um beicinho. –Eu vou ficar triste por não a ter aqui, mas valeria a pena uma vez que ela não se pareceria tão miserável.– –Sim–, concordei e senti-me de repente fraca e derrotada. Ele realmente teve uma boa ideia. Ele foi ainda altruísta o suficiente para deixar de estar com ela a fim de promover o bem-estar dela. Como eu poderia ter ‘A Conversa’ com ele agora? Como de repente poderia dizer, –Deixe minha irmã em paz–, quando ele de alguma forma estava a dar a sua simpatia? Eu estava desconfortável assim como Eddie, a ter que enfrentar Micah. Este cara era muito simpático para seu próprio bem. Antes que eu pudesse engendrar uma resposta, Micah saiu-se com uma conversa inesperada. –No entanto, você realmente devia levá-la a um médico. Eu acho que ela não tem alergia ao sol.– –Oh?–, perguntei surpresa. –Você não reparou como ela sofre a cada aula?–
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–Não, não, acredite, ela definitivamente tem um problema com o sol–, ele assegurou-me rapidamente. –Mas ela pode ser diagnosticada. Eu li sobre as alergias ao sol, e as pessoas normalmente têm erupções cutâneas. Esta constante fraqueza que ela tem…Eu não sei. Eu acho que pode ser outra coisa.– Oh, não. –Como o quê?– –Não sei–, ele meditou. –Mas eu vou continuar á procura e depois digo-te.– Maravilhoso. EF me deu um primeiro vislumbre da acção das tatuagens metálicas de Amberwood. Foi impossível não prestar atenção a Greg Slade durante a aula, e eu não fui a único que me distraí. Assim como Kristin e Julia tinham dito, ele realmente estava mais rápido e mais forte. Ele fazia mergulhos rápidos que ninguém conseguia reagir o suficiente para impedir as bolas. Quando ele batia na bola era uma maravilha nós não ouvirmos um estrondo sônico. Isto era algo bom a princípio, mas logo, notei algo. Havia uma desvantagem no seu jogo. Ele estava cheio de habilidade, sim, mas às vezes era tosco. Aquelas jogadas poderosas nem sempre ajudava, porque ele enviava a bola para fora dos limites. E para fazer passes, ele raramente jogava com aqueles ao redor dele. Quando um cara da minha aula de Inglês caiu e bateu com as costas no chão, simplesmente porque estava no caminho entre a bola e Slade, Miss Carson parou o jogo e rugiu seu descontentamento sobre a agressão de Slade. Ele ouviu-a com um sorriso mal-humorado. –Pena Eddie não estar nesta classe–, disse Jill depois. –Ele seria um adversário á altura de Slade– –Talvez seja melhor ninguém perceber–, comentei. Eddie, do que eu tinha ouvido falar, já era um atleta brilhante em sua classe de EF. Fazia parte da natureza de um dhampir serem bons atletas e eu sabia que ele fazia de tudo para não ser bom a todas as modalidades. Fui ter com Ms. Terwilliger depois de EF, feliz por encontrar a minha professora totalmente abastecida com o seu próprio café. Passei a maior parte do período a folhear um livro e a tomar notas no meu laptop. A meio do tempo, ela se aproximou para verificar o meu trabalho. –Você é muito organizada–, disse ela olhando por cima do meu ombro. –Títulos e subtítulos e sub-subtitulos.– –Obrigado–, disse. Jared Sage tinha sido muito exigente com as habilidades de pesquisa das crianças. Ms. Terwilliger bebeu um gole de café e continuou a leitura da tela. –Você
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não registou o ritual e os passos a ter com o feitiço–, ressaltou momentos depois. –Você apenas resumiu-as em algumas linhas.– Bem, sim, esse era o objetivo das anotações. –Cito todos os números de página–, disse. –Se você precisar verificar os componentes reais, há uma referência fácil.– –Não…volta atras e coloca todos os passos e ingredientes nas suas anotações. Eu quero tê-los todos em um só lugar.– ‘Você as tem num lugar’, eu quis dizer. ‘No livro’. Anotações serviam para reduzir o texto, não para voltar a escrever o texto original palavra por palavra. Mas Ms.Terwilliger já se tinha afastado, olhando para o armário de arquivos dela distraidamente, enquanto murmurava para si mesma sobre uma pasta fora de lugar. Com um suspiro, voltei para o início do livro, tentando não pensar em como isso me iria reter por mais tempo. Pelo menos eu estava apenas fazendo isto por crédito e não para ser avaliada. Fiquei até o som da campainha da manha tocar, para recuperar com um esforço algum tempo perdido. Quando voltei ao meu quarto, eu acordei Jill que ainda estava dormindo depois de um dia desgastante. –Boas notícias–, disse a ela quando piscou para mim com olhos sonolentos. –É dia de alimentação.– Definitivamente, as palavras que eu nunca pensei dizer um dia. E também não pensei que ficaria animada por isso. E com certeza, certamente não estava entusiasmado com a ideia de Jill morder o pescoço de Dorothy. Eu estava, no entanto, me sentindo mal por Jill e alegre por ela conseguir algum alimento. Ter um suprimento limitado de sangue tinha tornado as coisas duplamente difíceis para ela. Nós nos encontramos lá em baixo com Eddie quando chegou a hora de ir. Ele olhou para Jill preocupado. –Você está bem?– –Estou bem–, disse ela com um sorriso. Ela nem parecia tão ruim quanto ela tinha parecido antes. Estremeci ao pensar no que Eddie teria feito se ele realmente estivesse na nossa classe e visto ela no seu pior. –Porque isto ainda continua?–, ele me perguntou.–Você não ia falar com Keith?– –Estamos um pouco atrasados,– disse evasivamente, levando -os para onde Latte estava estacionado no parque dos estudantes.–Nós vamos conseguir aquilo.– Se os alquimistas não trouxessem a autorização, eu ia tentar a ideia de Micah e conseguir coloca-la na aula da manha de EF. –Nós sabemos que você vai–, disse Jill. Eu mal podia pegar a simpatia em sua voz,
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lembrando-me que ela sabia sobre a minha luta com Keith ontem. Eu esperava que ela não fosse falar isso na frente de Eddie e fui salva quando ela mudou para um tópico de forma surpreendentemente aleatória. –Você acha que podemos pegar alguma pizza pelo caminho? Adrian não quer mais a comida de Dorothy.– –Que terrível para ele–, comentou Eddie, ficando no banco de trás e deixando ela o banco da frente. –Ter um chef pessoal á mão para fazer qualquer coisa que ele queira. Eu não sei como isso o aborrece.– Eu ri, mas Jill parecia indignada em nome de Adrian. –Não é a mesma coisa! Ela cozinha muitas coisas deliciosas.– –Ainda estou esperando pelo problema–, disse Eddie. –Ela ao mesmo tempo fá-las saudáveis. Ela diz que é melhor para Clarence. Assim, nunca há qualquer sal, ou pimenta, ou manteiga. – Meu Deus, quantas vezes ela e Adrian falaram? –Não há nenhum sabor em nada. E esta o deixando louco.– –Tudo parece deixa-lo louco–, comentei lembrando-me do seu pedido para uma nova hospedagem. –E ele não pode ter considerado isso tão ruim. Ele não foi a LA na última noite?– Jill me respondeu com uma carranca. No entanto, eu tive a sensação de que estaríamos indo para a casa de Clarence por um tempo, e eu, pessoalmente, não queria comer qualquer coisa preparada naquela casa. Então, por razoes egoístas eu concordei em parar num takeway e comprar algumas pizzas. O rosto de Adrian estava radiante quando entramos na sala de visitas – ao lado da sala do bilhar – e parecia que nós eramos a sua primeira visita na casa de Clarence. –Jailbait–, declarou ele saltando para cima. –Você é uma santa. Uma deusa, mesmo.– –Hey,– disse. –Eu sou a única que pagou por elas.– Adrian carregou uma das caixas para o sofá, para o desgosto de Dorothy. Ela saiu murmurando sobre pratos e guardanapos. Adrian me deu um aceno de concordância. –Você também é demais, Sage–, disse ele. –Bem, bem, o que temos aqui?– Clarence veio cambaleante para a sala. Eu não tinha notado antes, mas ele usava uma bengala para se mover. Tinha uma cabeça de uma cobra de cristal em cima, que era ao mesmo tempo impressionante e assustador. Apenas o tipo de coisa que você imaginaria para um vampiro de idade. –Parece uma festa.– Lee estava com ele, cumprimentando-nos com sorrisos e acenos. Seus olhos pousaram brevemente em Jill e fez por se sentar perto dela - mas não demasiado perto. Jill estava animada mais do que em dias. Todo mundo estava apenas começando a comer da pizza quando Dorothy apareceu á entrada com um novo hóspede. Senti meus olhos se
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arregalarem. Era Keith. –O que você está fazendo aqui?– perguntei mantendo a voz neutra. Ele piscou. –Vim ver todo o mundo e certificar-me se tudo está bem. Esse é meu trabalho – olhar por todos.– Keith estava conversador e amigável e se serviu de pizza, sem indicação da nossa última luta. Ele sorria e falava com todos como se fossemos todos os melhores amigos, deixando-me totalmente desnorteada. Ninguém parecia pensar nada de estranho no seu comportamento - mas então, porque eles pensariam? Nenhum deles tinha a minha história com Keith. Não – isso não era bem verdade. Apesar de estar numa conversa profunda com Eddie, Adrian fez uma pausa para me dar um olhar curioso, silenciosamente perguntando sobre a luta de ontem. Ele olhou para Keith e depois para mim. Eu encolhi os ombros, impotente, deixando-o saber que estava tão confusa com a mudança de atitude. Talvez Keith lamentava a sua explosão de ontem. É claro, que aquilo teria sido muito mais fácil de aceitar se tivesse vindo com, oh, um pedido de desculpas. Eu mordisquei um pedaço de pizza de queijo, mas na maioria eu observava os outros. Jill estava animadamente a contar os seus dias para Adrian, visivelmente deixando de parte os momentos negativos. Ele ouviu-a com indulgência, balançando a cabeça e fazendo exclamações ocasionais espirituosas. Algumas das coisas que ela disse a ele eram bastante básicas, e fiquei surpresa ao achar que as conversas por telefone não eram suficientes. Talvez ele tivesse muita coisa para dizer nesses momentos, que não havia nenhuma oportunidade para ela. Fosse como fosse, ele não fez nenhuma menção do seu tédio ou outras queixas. Clarence ocasionalmente conversava com Eddie e Lee, mas seus olhos constantemente desviavam-se para Jill. Havia um olhar melancólico em seus olhos e me lembrei que sua sobrinha era apenas alguns anos mais velha que Jill. Eu me perguntava se talvez parte da razão por ele ter estado tão disposto a assumir todos nós, se encontrava no esforço dele para recuperar alguma parte da vida familiar que havia sido perdida. Keith se sentou perto de mim, me fazendo ficar desconfortável no início, mas depois, me deu um motivo para usufruir do seu cérebro. Vendo os outros envolvidos a conversar, perguntei-lhe baixinho, –Você já ouviu falar sobre as tatuagens Alquimistas se tornarem do conhecimento geral da população?– Ele me deu um olhar assustado em troca. –Eu nem sequer sei o que isso significa.–
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–Em Amberwood, há essa tendência. Há, aparentemente, um lugar na cidade que faz tatuagens metálicas e elas têm propriedades especiais - tipo como as nossas. Algumas dão tipo apenas um prazer alto. Outros parecem ter o efeito dos esteroides.– Ele franziu o cenho. –Elas não são presas com ouro, são?– –Não. Prata e cobre. No entanto, elas não duram. Provavelmente para que os fabricadores possam fazer mais dinheiro.– –Mas, então, não podem ser as nossas–, ele argumentou. –Nós não usamos esses metais para as tatuagens á séculos.– –Sim, mas alguém pode estar a usar a tecnologia Alquimista para as criar.– –Só para levar as pessoas a ter um alto prazer?–, ele perguntou. –Eu nem mesmo sei como você soube sobre os agentes serem metálicos.– –Eu tenho algumas ideias–, disse. –E deixe-me adivinhar. Elas envolvem misturas de narcóticos.– Quando balancei a cabeça, ele suspirou e me deu um olha como se eu tivesse dez anos. –Sydney, isto mais me parece que alguém provavelmente encontrou um método simples para as tatuagens como nós, mas não tem nenhuma conexão. Se sim, não há nada que possamos fazer sobre isso. Drogas acontecem. Coisas ruins acontecem. Se não for misturado com o negócio dos Alquimistas, então não é o nosso negócio.– –Mas e se estiver ligado ao negócio dos Alquimista?– perguntei. Ele gemeu. –Vês? É por isso que eu estava preocupado sobre você vir, essa tendência que você tem de correr fora com tangentes e teorias selvagens.– –Eu não…– –Por favor, não me envergonhe–, ele sussurrou lançando um olhar para os outros. –Nem com eles, nem com os nossos superiores.– Sua repreensão me silenciou, principalmente por surpresa. O que ele queria dizer com essa ‘tendência’ que eu tinha? Ele realmente estava sugerindo que ele tinha feito alguma análise psicológica profunda sobre mim anos atrás? A ideia de eu o embaraçar era ridícula…e mesmo assim as suas palavras plantaram a semente de dúvida em mim. Talvez as tatuagens de Amberwood eram apenas uma moda passageira. –Como você se está saindo em EF?– As palavras de Adrian me trouxeram de volta á sala. Ele ainda estava recebendo o resumo dos dias de Jill. Ela fez uma careta para a questão. –Não muito bem–, admitiu ela, dando um resumo de alguns piores momentos. Eddie me atirou um olhar significante semelhante à de antes.
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–Você não pode continuar assim–, exclamou Lee. –O Sol daqui é brutal.– –Eu concordo–, disse Keith, de todas as pessoas. –Sydney, porque você não me disse que era tão ruim assim?– Eu acho que meu queixo caiu no chão. –Eu disse! Era por isso que eu estava tentando fazer com que você entrasse em contato com a escola.– –Você realmente não me deu a história toda.– Ele piscou para Jill com um dos seus sorrisos açucarados. –Não se preocupe. Eu vou cuidar disso para você. Vou entrar em contato com o diretor da escola - e os Alquimistas.– –Eu já conversei com eles–, argumentei. Mas eu poderia muito bem não ter dito nada. Keith já tinha mudado de tópico e estava a falar com Clarence sobre algo irrelevante. De onde veio esta reviravolta? Ontem, o desconforto de Jill era pouco importante. Hoje, Keith era o seu cavaleiro de armadura reluzente. E pelo meio, ele estava a sugerir que eu era a única que fez asneiras. Mas eu percebi que esse era o plano dele. Ele não me queria aqui. Ele nunca quis. Então algo muito pior me ocorreu. Ele vai usar isto para iniciar a construção de um caso contra mim. Do outro lado da sala, Adrian chamou minha atenção novamente. Ele sabia. Ele tinha escutado a conversa com Keith na garagem. Adrian ia começar a falar, e eu sabia que ele ia chamar a atenção de Keith para a sua mentira. Era galante, mas eu não queria que ele falasse. Eu ia lidar com Keith sozinha. –Como foi em LA?– perguntei rapidamente, antes que Adrian tivesse a chance de dizer alguma coisa. Ele olhou para mim com curiosidade, sem dúvida, perguntando porque eu não iria deixá-lo ser testemunha do meu caso. –Você foi lá com Lee na última noite, certo?– Adrian parecia confuso, mas um sorriso suavizou o seu rosto. –Sim–, ele disse por fim. –Foi ótimo. Lee me mostrou a vida universitária.– Lee riu. –Eu não iria tão longe. Eu não sei onde você esteve metade da noite.– Adrian tinha aquele olhar em seu rosto que de alguma forma parecia encantador, mas me deu vontade de esbofeteá-lo ao mesmo tempo. –Nos separamos. Eu estava indo conhecer alguns outros Moroi na área.– Mesmo Eddie não pode ficar calado com isso. –Oh, é isso que você chama aquilo?– Jill levantou-se abruptamente. –Eu vou pegar o meu sangue agora. Se estiver tudo bem?–
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Houve um momento de silêncio constrangedor, em grande parte porque eu achei que ninguém realmente sabia a quem ela estava pedindo permissão. –Claro, minha querida–, disse Clarence, fazendo seu papel de anfitrião. –Acredito que Dorothy está na cozinha.– Jill deu um breve aceno de cabeça e correu para fora da sala. O resto de nós trocou olhares confusos. –Há algo de errado?–, perguntou Lee, com ar preocupado. –Devo…devo ir falar com ela?– –Ela ainda está apenas estressada,– disse não ousando mencionar os episódios de gritaria ou de choro. –Pensei em algo que pudesse ser divertido para ela…para todos nós fazermos–, disse ele hesitante. Ele olhou ao redor e então se fixou o seu olhar em mim. Eu acho que eu era designada mãe aqui. –Se você achar tudo bem. Eu quero dizer…é meio boba, mas eu pensei que poderíamos ir ao mini golfe, à noite. Eles têm todas essas fontes e piscinas no campo. Ela é usuária de água, certo? Ela deve sentir falta disso aqui.– –E sente–, disse Eddie franzindo a testa. –Ela mencionou isso ontem.– Eu tremi. Keith, que estava a escrever uma mensagem em seu celular, congelou. Não importa nossas diferenças, nós ainda compartilhávamos um núcleo de formação semelhante, e nós dois estávamos inquietos com a ideia da magia dos Moroi. –Ela provavelmente vai adorar isso–, disse Adrian. Ele parecia relutante ao admitir isso. Eu acho que ele ainda estava desconfortável com a ideia de Lee estar interessado em Jill, não importa o quão amigável os dois rapazes eram. A ideia de Lee era inocente e consciente. Difícil de encontrar uma falha. Lee inclinou a cabeça, pensativo. –Aos fins-de-semana o toque de recolher é mais tarde, certo? Você quer ir hoje à noite? – Era sexta-feira, garantindo-nos uma hora extra no nosso dormitório. –Eu jogo–, disse Adrian. –Literalmente e figurativamente.– –Se Jill for, eu vou–, disse Eddie. Eles olharam para mim. Eu estava preso. Eu queria voltar e recuperar o atraso dos deveres de casa. Embora, dizer isto soava patético e eu acho que tinha de representar como companheira feminina de Jill. Além disso, eu me lembrei, que esta tarefa não era sobre mim e sobre os meus estudos, não importa o quanto eu fingisse ser. Tratava-se de Jill. –Eu posso ir–, disse lentamente. Pensando que isto soava muito bem como confraternizar com vampiros, eu olhei inquieta para Keith. Ele estava a escrever
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novamente mensagens, uma vez que não estávamos a conversar sobre magia. –Keith?– perguntei como a pedir permissão. Ele olhou para cima. –Huh? Oh, eu não posso ir. Eu tenho que estar num lugar.– Tentei não fazer uma careta. Ele me interpretou mal e pensou que estávamos a convidalo. O lado bom era que ele também não estava a contestar o resto de nós ir. –Ah, que legal–, disse Clarence. –Uma saída de jovens. Talvez vocês compartilhem uma taça de vinho comigo primeiro?– Dorothy entrou naquele momento com uma garrafa de vinho tinto e Jill atrás dela. Clarence sorriu para Adrian. –Eu sei que você gostaria de um copo.– A expressão de Adrian lhe disse que definitivamente aceitava. Em vez disso, Adrian respirou fundo e sacudiu a cabeça. –É melhor não.– –Você deveria–, disse Jill suavemente. Mesmo depois de uma bebida curta de sangue, ela parecia cheia de vida e energia. –Não é possível–, disse ele. –É fim de semana–, ela disse a ele. –Não é assim grande coisa. Especialmente se você tiver cuidado.– Os dois trocaram olhares e então, finalmente, ele disse, –Tudo bem. Um copo para mim.– –Para mim também, por favor–, disse Keith. –Sério?– perguntei a ele. –Eu não sabia que você bebia.– –Tenho 21–, ele respondeu. Adrian aceitou o copo de Dorothy. –De alguma forma, eu penso que não é uma preocupação para Sage. Pensava que os Alquimistas evitavam o álcool da mesma forma que fazem com as cores primárias.– Olhei para baixo. Estava a usar uma roupa cinza. Keith vestia marrom. –Um copo não vai doer–, disse Keith. Eu não discuti com ele. Não era meu dever tomar conta de Keith. E os Alquimistas não tinham regras contra o álcool por si só. Tínhamos fortes crenças religiosas sobre o que significava viver um estilo de vida boa e pura, e beber era geralmente olhado como algo baixo. Era proibido? Não. Era um costume que eu considerava importante. Se ele não considerava, eu acho que era escolha sua. Keith estava a levar o copo aos lábios, quando Adrian disse, –Mmm. O positivo, o meu favorito.– Keith cuspiu o vinho que tinha acabado de beber e prontamente começou a tossir.
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Fiquei aliviada por nenhuma gota ter caído em cima de mim. Jill explodiu em gargalhadas, e Clarence olhou para o copo com admiração. –É? Eu pensava que era um Cabernet Sauvignon*.– –Então é isso–, disse Adrian com um olhar serio. –Enganei-me.– Keith deu a Adrian um sorriso apertado, como se ele também achasse engraçado a piada dele, mas eu não me deixei enganar. Keith estava possesso por ter sido ridicularizado, e não importa quão amigável ele fingiu estar com todos, seu ponto de vista sobre os vampiros e dhampirs eram tão implacável como nunca. Claro, provavelmente Adrian não estava a ajudar nisso. Honestamente eu achei aquilo muito engraçado, mas fiz um esforço para esconder o meu sorriso para que Keith não ficasse bravo comigo novamente. Foi difícil de conseguir porque pouco tempo depois, disfarçadamente Adrian me deu um sorriso d que parecia dizer ‘É a paga por mais cedo.’ Eddie olhou para Jill. –Estou feliz por você se ter alimentado hoje. Eu sei que você estava ansiosa por aprender alguns movimentos de defesa, mas eu quis esperar até que você recuperasse as forças.– Jill iluminou-se. –Podemos fazer isso amanhã?– –É claro–, disse ele parecendo tão feliz com isso como ela. Keith franziu a testa. –Porque ela deveria aprender a lutar quando ela tem você ao seu lado? – Eddie deu de ombros. –Porque ela quer e ela deve ter todas as vantagens que poder ter.– Ele não mencionou especificamente as tentativas á sua vida - não em frente de Lee e Clarence - mas o resto de nós compreendeu. –Contudo, eu pensava que os Moroi não eram bons em combate–, disse Keith. –Principalmente porque eles não são treinados para isso. Eles não são tão fortes como nós, verdade, mas seus reflexos são melhores que os seus–, explicou Eddie. –É apenas uma questão de aprender as habilidades e ter um bom professor.– –Como você?– Eu o provoquei. –Eu não sou mau–, disse modestamente. –Eu posso treinar qualquer um que queira aprender.– Ele deu uma cotovelada Adrian, que estava a pegar no vinho para se reabastecer. –Mesmo este cara.– –Não obrigado–, disse Adrian. –Estas mãos não se sujam com luta.– –Ou com o trabalho manual–, comentei, me lembrando do seu comentário anterior.
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–Exatamente,– disse ele. –Mas talvez você devesse pedir a Castile para lhe mostrar como dar um soco, Sage. Pode vir a calhar. Parece ser uma habilidade que uma jovem como você devia saber.– –Bem, obrigado pelo voto de confiança, mas eu realmente não sei quando vou precisar disso,– disse. –É claro que ela precisa de aprender!– A exclamação de Clarence pegou todos nós de surpresa. Eu realmente pensei que ele estava cochilando, uma vez que ele tinha os olhos fechados momentos antes. Mas agora, ele estava inclinado para a frente com uma expressão de zelo. Eu aninhei-me sob a intensidade do seu olhar. –Você deve aprender a se proteger!– Ele apontou para mim, depois virou-se para Jill. – E você. Promete que você vai aprender a se defender. Promete-me.– A luz dos olhos verdes de Jill se arregalara com o choque. Ela tentou dar-lhe um sorriso tranquilizador, embora tivesse um pouco de inquietação. –Claro Sr. Donahue. Eu vou tentar. E até lá, eu tenho o Eddie para me proteger dos Strigoi.– –Não dos Strigoi!– Sua voz caiu para um sussurro.–Os caçadores de vampiros.– Nenhum de nós disse nada. Lee parecia mortificado. Clarence apertou a sua taça de vinho com tanta força que me preocupou que pudesse quebrar. –Ninguém falou sobre isto naquela época - de nos defender por nós mesmos. Talvez se Tamara tivesse aprendido alguma coisa, ela não teria sido assassinada. Não é tarde demais para você - para qualquer um de vocês.– –Pai, nós já conversamos sobre isso–, disse Lee. Clarence o ignorou. O olhar do velho alternava entre mim e Jill, e eu me perguntei se ele mesmo sabia que eu era humana. Ou talvez isso não importasse. Talvez ele só tivesse um instinto de proteção, ligeiramente demente, para com todas as raparigas da mesma idade que Tamara. Eu tipo que esperava ver Keith salientar grosseiramente que não havia tal coisa, tipo caçadores de vampiros, mas ele estava estranhamente silencioso. Eddie foi quem finalmente falou com palavras suaves e gentis. Ele que tantas vezes exalava a impressão de um guerreiro duro, foi surpreendente perceber que ele também podia ser realmente muito compassivo. –Não se preocupe–, disse Eddie. –Eu vou ajudá-las. Eu vou manter -las a salvo e certificar-me que nada de ruim acontece com elas, ok?–
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Clarence ainda parecia agitado, mas focou-se em Eddie esperançado. –Você promete? Você não vai deixá-los matar Tamara de novo?– –Eu prometo–, disse Eddie sem mostrar como aquele pedido era estranho. Clarence estudou Eddie mais alguns segundos e em seguida assentiu. –Você é um bom rapaz.– Estendeu a mão para a garrafa de vinho e encheu o seu copo. –Mais?–, ele perguntou a Adrian, como se nada tivesse acontecido. –Sim, por favor–, disse Adrian, estendendo seu copo. Continuamos a conversa como se nada tivesse acontecido, mas a sombra das palavras de Clarence continuavam a pairar sobre mim.
*vinho de alta qualidade de origem da região de Bordeaux, no sudoeste da França .
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Capítulo 12
Quando saímos do nosso encontro em grupo ou passeio em família ou o quer fosse, Lee não conseguia parar de se desculpar pelo seu pai. –Sinto muito–, disse ele, caindo miseravelmente no banco de trás do Latte. –Não há mais raciocínio com ele. Nós tentamos dizer-lhe que Tamara foi morta por Strigoi, mas ele não acredita. Ele não quer. Ele não pode se vingar de um Strigoi. Eles são imortais. Invencível. Mas algum humano caçador de vampiros? De alguma forma, em sua cabeça, isso é algo que ele pode ir atrás. E se ele não consegue, então ele pode concentrar sua energia na forma como os guardiões não vão atrás desses inexistentes caçadores de vampiros. – Eu só ouvi apenas Eddie murmurar –Strigoi não são tão invencíveis. – Pelo espelho retrovisor, vi o rosto de Jill preenchido com compaixão. Ela estava sentada entre Lee e Eddie. –Mesmo que seja uma fantasia, talvez seja melhor esse caminho –, sugeriu ela. –Dá-lhe conforto. Quero dizer, tipo isso. Ter algo tangível para odiar é o que dele recebe completamente. Caso contrário, ele tinha acabado por ceder ao desespero. Ele não está prejudicando ninguém com as suas teorias. Eu acho que ele é doce.– Ela prendeu a respiração daquela forma que ela fazia quando dizia um monte de palavras de uma vez. Meus olhos voltaram à estrada, mas eu poderia jurar que Lee estava sorrindo. –É simpático da tua parte–, ele disse a ela. –Eu sei que ele gosta de ter você por perto. Vire à direita aqui –.
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Aquilo foi para mim. Lee foi me dando direcções desde que saímos de da casa de Clarence. Acabamos de sair da peculiar Palm Springs, nos aproximando da impressionante imagem do Resort e Campo de Golfe Deserto dos Deuses. Mais orientações dele nos levaram à ao Centro Mega Divertido Minigolfe, que era contíguo do resort. Procurei um lugar de estacionamento e ouvi Jill suspirar quando ela avistou o campo de golfe de maior glória. Lá, no centro um conjunto de decorações berrantes com apresentações verdes, estava uma enorme, falsa montanha com uma cachoeira artificial jorrando de seu topo. –A cachoeira!–, exclamou ela. –É incrível.– –Bem–, disse Lee, –Eu não ia tão longe. Ela é feita de água que é bombeada mais e mais e só Deus sabe o que tem nela. Quer dizer, eu não tentaria beber ou nadar nela. – Antes que eu tivesse o carro parado, Adrian estava fora da porta, acendendo um cigarro. Nós tínhamos chegado a um argumento a respeito de maneiras, apesar de eu dizer-lhe três vezes que o Latte era um carro estritamente não fumador. O resto de nós também logo saiu e eu me perguntava o que eu inscrevi para aqui enquanto caminhávamos através da entrada. –Eu realmente nunca estive num minigolfe,– comentei. Lee chegou a um impasse e pasmou. –Nunca?– –Nunca–. –Como isso aconteceu?–, perguntou Adrian. –Como é possível que você nunca jogou minigolfe? – –Eu tive uma espécie de infância incomum–, disse por fim. Mesmo Eddie olhou incrédulo. –Você? Eu praticamente cresci numa escola em Montana, isolada, no meio do nada, e mesmo assim joguei minigolfe. – Dizer que tive aulas particulares não era desculpa agora, então eu simplesmente deixei ir. Realmente, só vim a ter uma infância mais focada em equações químicas do que na diversão e no lazer. Uma vez que começamos a jogar, eu logo peguei o jeito daquilo. Minhas poucas primeiras tentativas foram bem ruins, mas logo entendi o peso do taco e como os ângulos de cada campo podia ser manobrado. A partir dai, foi bem simples calcular a distância e a força para fazer disparos precisos. –Inacreditável. Se você tivesse jogado desde criança, você seria uma profissional agora,– Eddie me disse enquanto eu batia a minha bola na boca escancarada de um dragão. A bola rolou para fora da parte traseira, desceu um tubo, saltou fora de uma
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parede e entrou no buraco. –Como você fez isso?– Dei de ombros. –É geometria simples. Você não esta tão ruim –, eu indiquei, observando-o fazer seu tiro. –Como você fez isso?– –Eu apenas alinhei e bati levemente–. –Muito científico–. –Eu só conto com o meu talento natural–, disse Adrian, caminhando até o início da Toca do Dragão. –Quando você tem uma riqueza de que se pode retirar, o perigo vem de ter muito.– –Isso não faz qualquer sentido–, disse Eddie. Resposta Adrian foi parar e tirar um frasco de prata do bolso de dentro do casaco. Ele desaparafusou e tomou um gole rápido antes de inclinar-se para alinhar sua tacada. –O que foi isso?– exclamei. –Você não pode ter álcool aqui. – –Você ouviu Jailbait antes,– ele respondeu. –É fim de semana. – Ele alinhou a sua bola e disparou. A bola foi directamente para o olho do dragão, ressaltou e atirou-se de volta para Adrian. Ela rolou e veio parar aos seus pés, quase onde tinha começado. –Talento natural, hein?–, perguntou Eddie. Eu me inclinei para a frente. –Acho que você quebrou o olho do dragão. – –Assim como Keith–, disse Adrian. –Achei que você fosse apreciar, Sage –. Eu dei-lhe um olhar penetrante, perguntando se havia algum significado oculto por trás daquilo. Principalmente Adrian parecia se divertir com seu próprio humor. Eddie confundiu minha expressão. –Isso foi inapropriado–, ele disse a Adrian. –Desculpa, Pai–. Adrian deu uma tacada novamente e conseguiu não mutilar as estátuas desta vez. Algumas tacadas mais e ele afundou a bola. –Lá vamos nós. Três. – –Quatro–, disse Eddie e eu em uníssono. Adrian olhou para nós, incrédulo. –São três.– –Você está esquecendo o seu primeiro,– disse. –O que você cegou o dragão.– –Isso foi apenas o aquecimento–, Adrian argumentou. Ele colocou um sorriso, achando que eu ia cair no seu charme. –Vamos lá, Sage. Você entende como a minha mente funciona. Você disse que eu era brilhante, lembra? – Eddie olhou para mim com surpresa. –Você disse?– –Não! Eu nunca disse isso. – o sorriso de Adrian era irritante.–Pare de dizer isso às pessoas–.
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Desde que eu estava na posse do cartão de pontos, sua jogada foi registada como quatro, apesar de seus ainda muitos protestos. Eu comecei a avançar, mas Eddie levantou a mão para me parar, seus olhos castanhos olhando por cima do meu ombro. –Espere um pouco–, disse ele. –Precisamos esperar por Jill e Lee –. Eu segui seu olhar. Os dois estavam numa conversa profunda desde que chegamos, tanto que eles desaceleraram e ficaram para trás do resto de nós. Mesmo durante o sua brincadeira com Adrian e eu, Eddie tinha continuamente verificado ela - e nossos arredores. Era tipo incrível a multitarefa que ele fazia. Até agora, Jill e Lee só tinham um buraco atrás nós. Agora era quase dois, e isso era muito longe para Eddie mantê-la em sua visão. Então, nós esperamos, enquanto o casal abstraído vagueava o seu caminho em direcção á Toca do Dragão. Adrian tomou outro gole de seu cantil e balançou a cabeça em reverência. –Você não tem nada com que se preocupar, Sage. Ela foi directa para ele. – –Não graças a você,– eu bati. –Eu não posso acreditar que você disse-lhe todos os detalhes da minha visita naquela noite. Ela estava tão brava comigo por interferir nas costas dela com você, Lee, e Micah. – –Eu quase nada lhe disse –, argumentou Adrian. –Eu apenas lhe disse para ficar longe daquele cara humano–. Eddie olhou entre os nossos rostos. –Micah?– Mudei de posição desconfortavelmente. Eddie não sabia como eu tinha agido. –Lembra quando eu queria que você dissesse algo a ele? E você não fez? – Eu comecei a dizerlhe como eu, em seguida, procurei a ajuda de Adrian e descobriu o interesse de Lee em Jill. Eddie ficou horrorizado. –Como você pode não me dizer nada disso?–, ele exigiu. –Bem–, eu disse, querendo saber se tudo o que fazia ia resultar na ira de um Moroi ou dhampir, –Isto não te envolvia.– –A segurança de Jill envolve! Se um cara gosta dela, eu preciso saber. – Adrian riu. –A Sage devia ter passado um bilhetinho na sala de aula? – –Lee é bom–, disse. –Ele obviamente a adora, e não é como se ela fosse ficar sozinha com ele. – –Nós não sabemos de verdade se ele é bom–, disse Eddie. –Ao passo que Micah é cem por cento OK? Será que você fez uma verificação de antecedentes ou algo assim? – perguntei. –Não–, disse Eddie, olhando envergonhado. –Simplesmente sei. É um pressentimento
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que eu tenho sobre ele. Não há nenhum problema com ele passar tempo com Jill –. –Só que ele é humano.– –Eles não teriam chegado sério.– –Você não sabe disso.– –Chega, vocês dois–, interrompeu Adrian. Jill e Lee tinham finalmente chegado ao início da Toca do Dragão, o que significa que poderíamos seguir em frente. Adrian baixou sua voz. –Seu argumento é inútil. Quero dizer, olhe para eles. Aquele rapaz humano não chega a entrar. – Eu olhei. Adrian estava certo. Jill e Lee estavam claramente encantados um com o outro. Alguma parte culpada de mim, perguntava se eu deveria estar fazendo um trabalho melhor olhando para fora de Jill. Eu estava tão aliviada que ela estava interessada num Moroi que eu não tinha parado para pensar se ela devia mesmo estar namorando alguém. Quinze anos de idade seriam suficientes? Eu não tinha namorado aos quinze anos. Eu na verdade, bem, nunca namorei. –Há uma diferença de idade entre eles,– eu admiti, mais para mim. Adrian zombou. –Acredite em mim, eu já vi diferenças de idade. A deles não é nada. – Ele continuou caminho, e poucos momentos depois Eddie e eu fomos acompanhá-lo. Eddie manteve sua constante vigília em Jill, mas desta vez, eu tinha a impressão de que o perigo que ele estava olhando era directo para cima da pessoa ao lado dela. A gargalhada do Adrian soou adiante de nós. –Sage–, ele chamou. –Você tem que ver isso.– Eddie e eu chegamos ao próximo campo e olhamos com espanto. Então comecei a rir. Tínhamos chegado ao Castelo do Drácula. Um enorme, castelo preto com torres guardava o buraco a alguma distância. Um túnel foi cortado através do centro com uma ponte estreita, que significava que as bolas tinham de passar por cima. Se a bola caísse para os lados, sem ser antes através do castelo, ela era devolvida ao ponto de partida. Um boneco de animação do Conde Drácula estava do lado de fora do castelo. Ele era branco puro, com os olhos vermelhos, orelhas pontudas e cabelo penteado para trás. Ele sacudia continuamente os seus braços abertos para mostrar uma capa de morcego. Perto dali, um altifalante submergia uma estranha música de órgão. Eu não conseguia parar de rir. Adrian e Eddie olhavam para mim como se nunca tivesse me visto antes. –Eu não acho que nunca a ouvi rir,– Eddie disse a ele. –Certamente que não era esta a reacção que eu esperava–, Adrian refletiu. –Eu estava
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contando com um desprezível terror, a julgar pelo comportamento dos Alquimistas. Eu não sabia que você gostava de vampiros.– Ainda sorrindo, eu assistia o Dracula a levantar a capa para cima e para baixo. –Este não é um vampiro. Não um real. E isso é o que o torna tão engraçado. É puro cenário de Hollywood. Vampiros reais são terríveis e não natural. Isto? Isto é hilário. – Estava claro pelas suas expressões que nenhum deles realmente entendeu o porque daquilo ter apelado o meu senso de humor daquela maneira. Adrian, no entanto, se ofereceu para tirar uma foto com o meu celular quando eu lhe pedi. Eu pousei perto do Drácula e coloquei um grande sorriso. Adrian conseguiu tirar a foto quando o Drácula estava levantando sua capa. Quando eu vi a foto, eu fiquei satisfeita por ver que tinha ficado perfeito. Mesmo meu cabelo parecia bem. Adrian deu um aceno de aprovação á foto antes de me entregar o telefone. –Ok, eu mesmo posso admitir que ficou muito engraçado. – Eu encontrei-me a pensar exageradamente no comentário. O que ele tinha querido dizer quando disse ‘até mesmo eu’ poderia admitir? Que eu estava bonita para um humano? Ou que eu acabara de conhecer algum tipo de critério de rapariga quente para o Adrian? Momentos depois, eu forçosamente tinha que deixar de pensar nisso. Deixa ir, Sydney. É um elogio. Aceita isso. Jogamos os restantes campos e finalmente terminamos com a cachoeira em si. Que era um buraco particularmente desafiador e eu levei o meu tempo para alinhar o tiro - não que eu precisasse. Eu estava batendo quase todo mundo com folga. Eddie era o único que chegava perto. Ficou claro que Jill e Lee não prestavam sequer atenção no jogo, e quanto a Adrian e seu talento natural…bem, eles estavam solidamente em último lugar. Eddie, Adrian e eu ainda estávamos à frente dos outros dois, de modo que os esperamos na cachoeira. Jill praticamente correu para ela quando teve a chance, olhando para ela com olhos encantados. –Oh–, ela respirava. –Isto é maravilhoso. Eu não vi tanta água em dias.– –Lembre-se que eu disse sobre a toxicidade–, brincou Lee. Mas ficou claro que ele achou sua reacção cativante. Quando olhei para os outros dois rapazes, vi que eles compartilhavam os mesmos sentimentos. Bem, não exactamente o mesmo. O afecto de Adrian era claramente fraternal. O de Eddie? Era difícil de ler, uma espécie de mistura dos outros dois afectos. Talvez tenha sido uma espécie de carinho de guardião. Jill fez um gesto para a cachoeira e, de repente, parte dela se separou da cascata. O pedaço de água formou-se numa trança, então torceu para cima, fazendo espirais antes
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de quebrar em um milhão de gotas que caiu sobre todos nós. Eu tinha ficado com os olhos arregalados e congelados, mas as gotas bateram em mim acordando-me do meu choque. –Jill–, disse com uma voz que eu mal reconhecia como minha. –Não faça isso de novo.– Jill, com olhos brilhantes, apenas poupou-me um olhar enquanto ela fazia um outro pedaço de água dançar no ar. –Não tem ninguém por perto para ver, Sydney. – Não era isso que tinha me chateado tanto. Não foi aquilo que me encheu com tanto pânico que eu mal conseguia respirar. O mundo estava fazendo aquela coisa onde começou a girar, e eu preocupada que estava indo desmaiar. Medo forte, frio correu através de mim, o medo do desconhecido. Do antinatural. As leis do meu mundo tinham acabado de ser quebradas. Esta era a magia de vampiros, algo estranho e inacessível aos humanos - inacessível porque era proibido, algo não mortal feito para mergulhar dentro. Eu apenas tinha visto uma vez a magia ser usada, quando dois usuários de espírito tinha virado um sobre o outro, e eu nunca quis ver isso novamente. Um deles tinha forçado as plantas da terra para fazer seu lance enquanto o outro tecnicamente arremessava objectos para matar. Aquilo tinha sido terrível, e mesmo embora eu não tivesse sido o alvo, eu me sentia presa e oprimida face a tanta energia transcendais. Foi um lembrete de que estas não eram pessoas divertidas, fáceis com quem sair. Estas era criaturas totalmente diferentes de mim. –Pare com isso–, disse sentindo o aumento de pânico. Eu estava com medo da magia, com medo que me tocasse, com medo do que pudesse fazer comigo. –Não faça mais isso!– Jill nem sequer me ouviu. Ela sorria para Lee. –Você tem o ar, certo? Você pode criar névoa sobre a água? – Lee enfiou as mãos nos bolsos e olhou distante. –Ah, bem, provavelmente não é uma boa ideia. Eu quero dizer, estamos em público… – –Vamos lá–, ela implorou. –Não vai causar algum esforço para você afinal de contas. – Ele realmente parecia nervoso. –Nah, não agora –. –Nem você também.– Ela riu. Acima dela e em frente dela, aquele demónio de água ainda estava girando, girando, girando… –Jill–, disse Adrian, com a mais dura nota em sua voz do que eu já tinha ouvido antes. Na verdade, eu não conseguia recordar, alguma vez ele se dirigir a ela pelo seu nome real. –Pára–. Foi tudo o que disse, mas era como se uma onda de algo passasse por Jill. Ela se
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encolheu, e as espirais de água desapareceram caindo em gotas. –Tudo bem–, disse ela, olhando confusa. Houve um momento de constrangimento e depois Eddie disse: –Devemos apressar. Vamos ter que empurrar o toque de recolher. – Lee e Jill propuseram a fazer as suas tacadas e logo estavam rindo e flertando novamente. Eddie continuou a observá-los na sua forma preocupado. Apenas Adrian prestou atenção em mim. Percebi eu ele foi o único que realmente entendeu o que tinha acontecido. Seus olhos verdes me estudavam, sem nenhum traço do seu usual humor amargo. Eu porém não estava enganada. Eu sabia que tinha de haver alguma piada espirituosa, zombando a minha reacção. –Você está bem?–, Ele perguntou em voz baixa. –Eu estou bem,– disse livrando-me dele. Eu não queria que ele visse a minha cara. Ele já tinha visto demais, visto o meu medo. Eu não queria que qualquer um deles soubesse o medo que eu tinha deles. Ouvi-o dar alguns passos para mim. –Sage…– –Deixa-me sozinha–, eu bati de volta. Corri para sair do campo, certa de que ele não me seguiria. Eu tinha razão. Esperei por eles para terminar a jogo, usando o tempo sozinha para me acalmar. O tempo que eles levaram para me pegarem, já eu estava bastante certa de que eu tinha limpado a maioria das emoções do meu rosto. Adrian ainda me olhava com preocupação, o que eu não gostei, mas pelo menos ele não disse mais nada sobre meu colapso. Surpreendente para ninguém, o resultado final mostrou que eu tinha ganhado e Adrian tinha perdido. Lee ficou em terceiro, o que parecia incomodá-lo. –Eu costumava ser muito melhor –, ele murmurou, franzindo a testa. –Eu costumava ser perfeito neste jogo.– Considerando que ele passou a maior parte do tempo a prestar atenção a Jill, eu pensei que ficar em terceiro era um desempenho bastante respeitável. Deixei ele e Adrian primeiro e depois eu mal consegui que Eddie, Jill e eu chegássemos a tempo a Amberwood. Eu tinha mais ou menos voltado ao normal até então, não que alguém tenha notado. Jill estava flutuando numa nuvem enquanto fomos para o nosso dormitório, falando sem parar sobre Lee. –Eu não tinha ideia que ele tinha viajado tanto! Ele provavelmente foi a mais lugares do que você, Sydney. Ele continuava dizendo que me vai levar a todos eles, que nós vamos gastar o resto de nossas vidas viajando e fazendo tudo o que queremos. E ele está tomando todos os tipos de aulas na faculdade, porque ele não tem certeza do que ele
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quer ser. Bem, nem todas, este semestre. Ele tem um horário leve para que ele possa passar mais tempo com seu pai. E isso é bom para mim. Para nós, quero dizer. – Eu abafei um bocejo e acenei com a cabeça cansada. –Isso é óptimo. – Ela parou de onde ela estava procurando na sua cómoda por pijamas. –Desculpa, já agora.– Eu congelei. Eu não queria um pedido de desculpas pela magia. Eu nem sequer queria me lembrar do que tinha acontecido. –Por gritar com você na outra noite,– ela continuou. –Você não me assentou com Lee. Eu nunca deveria ter acusado você de interferir. Ele realmente gosta de mim, todo este tempo…ele é realmente fantástico. – Deixei escapar o fôlego que estava segurando e tentei um sorriso fraco. –Fico contente que você esteja feliz.– Ela voltou alegremente para suas tarefas e a falar sobre Lee até que eu fui até ao banheiro. Antes de escovar meus dentes, eu estava na frente da pia e lavei as minhas mãos e braços esfregando mais e mais, o máximo que eu podia para lavar a magia das gotas de água que eu jurei que ainda podia senti-las na minha pele.
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Capítulo 13
Meu celular tocou no nascer do dia seguinte. Eu já estava de pé, sendo uma madrugadora, mas Jill rolou na cama e colocou o travesseiro sobre sua cabeça. –Faça isso parar,– ela gemeu. Eu respondi e descobri que era Eddie do outro lado da linha. –Estou aqui embaixo.– Ele disse. –Pronto para praticar um pouco de auto-defesa antes que fique complicado.– –Você terá de fazer isso sem mim,– eu disse. Estava com o sentimento de que Eddie estava levando bem a sério a promessa que fez a Clarence sobre nos treinar. Eu não sentia tal obrigação. –Eu tenho uma tonelada de lição de casa pra fazer. Isso, e eu tenho certeza de que a senhorita Terwilliger me fará fazer café hoje.– –Bem, então mande Jill descer,– disse Eddie. Eu olhei por cima da montanha de cobertores em sua cama. –É mais fácil falar do que fazer.– Surpreendentemente, ela conseguiu se levantar o bastante para escover seus dentes, tomar uma aspirina para dor de cabeça e colocar algumas roupas de ginástica. Ela me deu adeus, e eu prometi olhá-la depois. Não muito depois disso, senhorita Terwilliger me ligou com sua ordem de café, e eu me preparei para mais um dia tentando conciliar meu trabalho com o dela. Eu dirigi até o Spencer’s e não notei o Trey até que eu estivesse de cara pra ele. –Da Senhorita Terwilliger?– Ele perguntou, apontando para o cappuccino com calda de
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caramelo. –Huh?– eu olhei. Trey era meu caixa. –Você trabalha aqui?– Ele assentiu. –Preciso arranjar um jeito de gastar dinheiro.– Eu lhe dei o dinheiro, notando que ele tinha me cobrado metade do preço. –Não me leve a mal, mas você não me parece muito bem,– eu lhe disse. Ele parecia cansado, exausto. Uma inspeção mais detalhada mostrou alguns machucados e cortes também. –É, bem, eu meio que tive um dia duro ontem.– Hesitei. Esse era um comentário para puxar assunto, mas não havia ninguém atrás de mim, na fila. –O que aconteceu?– perguntei, sabendo que foi esperado. Trey fez uma careta. –Aquele imbecil do Greg Slade que devastou nas provas de futebol ontem. Quer dizer, os resultados ainda não saíram, mas é óbvio que ele vai conseguir o lugar de quarterback. Ele era como uma máquina, apenas arrancava fora os outros caras.– Estendeu a mão esquerda, que tinha alguns dedos envolvidos com ligaduras. – Ele pisou a minha mão também.– Eu estremeci, lembrando de como Slade está fora de controle no atletismo em EF. A política do futebol do ensino médio e quem era o quarterback não eram muito importante para mim. Verdade, eu sentia pena de Trey, mas era a fonte por trás das tatuagens que me intrigava. Keith me avisou para não causar problemas á minha volta, mas eu era incapaz de parar. –Eu sei sobre as tatuagens–, disse. –Julia e Kristin contaram-me sobre elas. E agora sei o porque da tua desconfiança sobre a minha – mas não é o que você pensa. A sério.– –Não foi isso que eu ouvi. A maioria das pessoas pensa que você diz isso só porque não quer dizer onde a arranjou.– Fiquei um pouco surpresa com isso. Eu tinha certeza que Julia e Kristin tinham acreditado em mim. Elas realmente tinham espalhando o contrário? –Eu não fazia ideia.– Ele deu de ombros com um pequeno sorriso em seus lábios. –Não se preocupe. Eu acredito em você. Há uma espécie de ingenuidade encantadora em você. Você não parece ser do tipo de pessoa que engana.– –Hey,– repreendi. –Eu não sou ingênua.– –Foi um elogio.– –Há quanto tempo estas tatuagens andam por aí?– perguntei decidida que era melhor começar a investigar por dentro –Ouvi dizer desde o ano passado.– Ele entregou-me o meu café, pensando. –Sim, mas foi no fim do ano passado. Ano
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letivo, quero dizer.– –E elas vêm de um lugar chamado Nevermore? – –Até onde eu sei.– Trey me olhou desconfiado. –Por quê?– –Só por curiosidade–, disse docemente. Um par de miúdos da faculdade, vestidos como vagabundos ricos, entraram na fila atrás de mim e nos olharam impacientes. –Podemos ter algum serviço aqui?– Trey lhes deu um sorriso duro e, em seguida, revirou os olhos para mim enquanto me afastava. –Te vejo por aí, Melbourne. – Eu voltei para Amberwood e entreguei o café a Ms.Terwilliger. Eu não estava com vontade de ficar amarrada a ela o dia todo, então eu perguntei se podia ir para outro lugar tendo o celular à mão. Ela concordou. A biblioteca tinha muita atividade e – ironicamente - muito ruído para mim hoje. Eu queria a solidão do meu quarto. Enquanto caminhava através do gramado para pegar o ônibus, vi algumas figuras familiares por trás de um aglomerado de árvores. Eu mudei de direção e encontrei Jill e Eddie numa pequena clareira quadrada. Micah estava sentado de pernas cruzadas no chão, assistindo avidamente. Ele acenou para mim quando me aproximei. –Eu não sabia que seu irmão era um mestre do kung-fu–, observou ele. –Não é kung fu–, disse Eddie rispidamente, sem tirar os olhos de Jill. –É a mesma coisa–, disse Micah. –Continua a ser muito foda.– Eddie fintou como se estivesse preste a atacar Jill pelo lado. Ela respondeu rapidamente com um bloco, embora não tão rápida o suficiente para o igualar. Se ele tivesse feito isso a sério, ele teria batido nela. Ainda assim, ele parecia satisfeito com o seu tempo de resposta. –Boa. Isso reflete parte de um movimento, pensando que você ainda pudesse ser atingida. Melhor era se você pudesse fintar e esquivar completamente, mas isso leva um pouco mais de treino.– Jill assentiu obedientemente. –Quando é que podemos trabalhar nisso?– Eddie a considerou com orgulho. Essa expressão amoleceu depois de alguns momentos a estuda-la. –Não hoje. Está muito sol. – Jill começou a protestar e depois se conteve. Ela tinha aquele olhar de desgaste do sol novamente e estava suando muito. Ela olhou para o céu por um momento, como se implorasse às nuvens para dar-nos alguma sombra. Permaneceu sem resposta, então ela acenou com a cabeça para o Eddie. –Tudo bem. Mas vamos fazer isso amanhã à mesma hora? Ou mais cedo, talvez. Ou
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talvez esta noite! Poderíamos fazer as duas coisas? Praticar esta noite quando o sol tiver ido embora e depois novamente da parte da manhã? Você se importaria? – Eddie sorriu, divertindo com o entusiasmo dela. –O que você quiser.– Sorrindo de volta, Jill se sentou ao meu lado, ficando à sombra tanto quanto possível. Eddie olhou para mim na expectativa. –O quê?– perguntei. –Você não deveria aprender a dar um soco?– Eu zombei. –Não. Quando é que eu vou precisar de fazer isso?– Jill me cutucou. –Faça isso, Sydney!– Relutantemente, eu deixei Eddie dar uma rápida lição de como dar um soco sem machucar a minha mão no processo. Eu mal prestei atenção e senti como se tivesse a proporcionar entretenimento para os outros. Quando Eddie terminou, Micah perguntou, –Hey, você se importaria de me mostrar alguns movimentos ninja também?– –Não têm nada a ver com ninjas–, protestou Eddie, ainda sorrindo. –Vamos lá.– Micah saltou para seus pés e Eddie o acompanhou através de alguns movimentos rudimentares. Mais do que isso, parecia que Eddie estava a avaliar Micah e as suas capacidades. Depois de algum tempo, Eddie relaxou e deixou Micah praticar alguns movimentos ofensivos para se defender de um invasor. –Hey–, protestou Jill quando Eddie acertou um chute em Micah. Este se encolheu como se tivesse dores de barriga.–Não é justo. Você não iria me bater quando estávamos praticando.– Eddie foi apanhado de surpresa o suficiente para que Micah realmente lhe desse um chute. Ele deu-lhe um relutante olhar de respeito e então disse a Jill, –Isso é diferente.– –Porque sou uma rapariga?– Ela exigiu. –Você nunca recuava com Rose.– –Quem é Rose?–, perguntou Micah. –Uma amiga–, explicou Eddie. Para Jill ele disse, –E Rose tem mais anos de experiência do que você.– –Ela tem mais que Micah também. Você facilitou as coisas para mim. – Eddie olhou para Micah e manteve-se lá.–Não estive não –, disse ele. –Esteve sim–, ela murmurou. Enquanto os rapazes lutavam novamente, ela disse baixinho para mim, –Como posso aprender se ele tem medo de me magoar? – Eu assisti os caras, analisando o que sabia do Eddie até agora. –Eu acho que é mais complicado do que isso. Eu acho que ele também acredita que você não deve assumir o risco - que se ele estiver a fazer um bom trabalho, você não precisa se defender.– –Ele está fazendo um ótimo trabalho. Você devia tê-lo visto no ataque.– Seu rosto tinha
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aquele olhar assombrado, que sempre ganhava quando era mencionado a fuga do ataque. –Mas eu ainda preciso de aprender.– Ela baixou a sua voz ainda mais. –Eu realmente quero também aprender a usar a minha magia para lutar, não que possa praticar muito neste deserto.– Estremeci, recordando a sua exibição da noite anterior. –Haverá tempo–, disse vagamente. Levantei-me, dizendo que tinha que trabalhar um pouco. Micah perguntou a Eddie e a Jill se queriam almoçar. Eddie disse que sim imediatamente. Jill olhou para mim primeiro. –É apenas almoço–, disse Eddie significativamente. Eu sabia que ele ainda pensava que Micah era inofensivo. Eu não sabia, mas depois de ver como Jill estava apaixonada por Lee, eu achei que Micah teria que fazer alguns movimentos agressivos para chegar a algum lugar. –Por mim tudo bem–, disse. Jill olhou aliviada e o grupo foi embora. Eu passei o dia a terminar o livro miserável para Ms. Terwilliger. Eu ainda pensava que copiar os feitiços arcaicos e os rituais literalmente era um desperdício de tempo. O único ponto que eu conseguia ver do porque de ela ter a necessidade de referenciar isto na sua pesquisa, era porque ela teria um arquivo de fácil acesso no computador e assim não causar nenhum risco no livro antigo. Já era de noite quando terminar isto e os meus deveres de casa. Jill ainda não tinha voltado e eu decidi usar esta oportunidade para verificar algo que me incomodava. No começo do dia, Jill mencionou a defesa do Eddie no ataque. Eu pressentia desde o início que havia algo de estranho sobre o ataque, algo que eles não me estavam a dizer. Então, entrei na rede de acesso dos Alquimistas e procurei tudo o que tínhamos sobre a rebelião dos Moroi. Naturalmente estava tudo documentado. Nós mantínhamos tudo sobre eventos importantes entre os Moroi e estes documentos eram bastante fiáveis. De alguma forma, os Alquimistas tinham conseguido uma foto da Corte dos Moroi, com manifestantes do lado de fora um edifício de administração. Guardiões Dhampir eram fáceis de encontrar enquanto eles se misturavam e mantinham a ordem. Para minha surpresa eu reconheci Dimitri Belikov –
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namorado da Rose - entre aqueles que controlavam a multidão. Ele era fácil de encontrar, uma vez que era o mais alto de todos á sua volta. Dhampirs pareciam humanos e eu até poderia admitir que ele tinha um bom aspeto. Havia uma áspera elegância nele e, até mesmo numa fotografia ainda, eu podia ver uma ferocidade enquanto ele observava a multidão. Outras fotografias sobre o protesto confirmaram o que eu sabia. Por agora, a maioria das pessoas apoiavam a jovem rainha. Aqueles contra ela eram uma minoria - mas um muito perigoso. Um vídeo de um noticiário de humanos mostrou que dois caras Moroi quase andaram à luta num bar em Denver. Eles estavam gritando sobre rainhas e justiça, a maioria do qual não fazia sentido para um observador humano. O que fez deste vídeo especial foi que o cara que tinha filmado aquilo – algum humano com uma camera no celular - alegou ter visto presas em ambos os homens que estavam a brigar. O cinegrafista tinha apresentado a sua gravação alegando que tinha testemunhado uma luta de vampiros, mas ninguém deu muita credibilidade. Era demasiado pixada para se notar alguma coisa. Ainda assim, foi um lembrete do que poderia acontecer se a situação entre os Moroi ficassem fora de controle. Uma verificação ao Estado me mostrou que a rainha Vasilisa estava realmente a tentar fazer com que a lei fosse aprovada para que o seu governo não fosse mais dependente da existência de mais um membro na família real. Especialistas Alquimistas adivinharam que levaria três meses, que foi o que Rose tinha dito. O número se aproximou na minha cabeça como uma bomba-relógio. Precisávamos de manter Jill segura por três meses. E por três meses, os inimigos de Vasilisa estariam a tentar tudo por tudo para chegar a Jill. Se Jill morresse, a regra de Vasilisa acabaria - juntamente com as suas tentativas de fixar o sistema. Embora nada disso fosse o motivo que me tinha realmente levado a pesquisar. Eu queria saber sobre o que ninguém me contava - o início do ataque de Jill. O que encontrei não foi de muita ajuda. Nenhum Alquimistas tinha estado lá no momento, é claro, por isso a nossa informação era baseada nos relatos dos Moroi. Tudo o que sabíamos era que –a irmã da rainha tinha sido violentamente e gravemente atacada - mas tinha-se recuperado.– Do que eu tinha observado, aquilo era certamente verdade. Jill não mostrava sinais de lesão e o ataque tinha ocorrido uma semana antes de ela ter vindo para Palm Springs. Será que era tempo suficiente para se curar de um ‘violento e grave’ ataque? Seria um ataque como aquele suficiente para fazê-la acordar gritando? Eu não sabia, mas ainda podia abalar as minhas suspeitas. Quando Jill chegou ao quarto
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mais tarde, ela estava com um tal bom humor que eu não tive coragem de a interrogar. Eu também me lembrei que me tinha esquecido de pesquisar sobre o caso da sobrinha de Clarence e da sua morte bizarra com um corte na garganta. A situação da Jill me tinha distraído. Eu deixar o assunto morrer e procuraria mais tarde aquilo. ‘Amanhã’, eu pensei sonolentamente. ‘Eu vou fazer tudo amanhã’. Amanhã veio muito mais depressa do que eu esperava. Fui acordada de um sono pesado por alguém me sacudindo, e por uma fração de segundo, o velho pesadelo estava lá, aquele sobre os Alquimistas me levarem durante a noite. Reconhecendo Jill, eu apenas me parei de gritar. –Hey, hey,– repreendi. Não havia luz lá fora, mas estava púrpura. Muito antes do nascer do sol. –O que está acontecendo? Qual é o problema? – Jill olhou para mim, com o rosto sombrio e os olhos arregalados de medo. –É Adrian. Você tem que resgatá-lo. –
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Capítulo 14 –Pra ele mesmo?– Eu não pude ajudar nisso. A piada escapou antes mesmo de eu poder pará-la. –Não.– Sentada na beirada da cama e ela mordeu o lábio inferior. –Talvez ‘resgatar’ não seja a palavra certa. Mas nós temos de ir buscá-lo. Ele está preso em Los Angeles.– Esfreguei os olhos enquanto me sentava e em seguida, esperei alguns instantes, apenas no caso de isso tudo for um sonho. Não. Nada Mudou. Peguei meu celular da minha mesa de cabeceira e gemi quando eu li a tela. –Jill, nem são seis ainda.– Eu comecei a questionar se o Adrian foi mesmo acordado cedo, mas depois eu me lembrei que ele foi, provavelmente, em uma programação noturna. Deixado à própria sorte, Moroi foi para a cama em torno do que foi no final da manhã para o resto de nós. –Eu sei.– Ela disse em uma voz baixa. –Eu sinto muito. Eu não pediria se não fosse importante. Ele pegou uma carona lá na noite passada porque queria ver aquelas... aquelas garotas Moroi de novo. Lee deveria estar em Los Angeles também, pois Adrian imaginou que poderia conseguir uma carona para casa. Apenas, ele não pode obter uma retenção de Lee, então agora ele não pode voltar. Adrian, isto é. Ele está preso e de ressaca.– Eu comecei a deitar de volta. –Eu não tenho muita simpatia por isso. Talvez ele aprenda a lição.– –Sydney. Por favor– Eu pus um braço sobre meus olhos. Talvez se eu aparentasse estar dormindo, ela me deixaria sozinha. Uma questão de repente surgiu na minha cabeça, e eu empurrei meu
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braço. –Como você sabe sobre isso? Ele ligou?– Eu não era um dorminhoco super-luz, mas eu ainda podia ouvir o telefone dela tocar. Jill olhou para longe de mim. Franzindo a testa, sentei-me para cima. –Jill? Como você sabe sobre isso?– –Por favor,– ela sussurrou. –Podemos apenas ir pegá-lo?– –Não até você me dizer o que está acontecendo.– Um sentimento estranho se arrastou ao longo da minha pele. Eu senti por um momento que eu estava sendo excluída de algo grande, e agora, de repente eu soube que eu estava prestes a descobrir o que os Moroi tinha se escondido de mim. –Você não pode contar,– ela disse, finalmente encontrando meus olhos novamente. Eu toquei a minha tatuagem no meu pescoço. –Eu dificilmente posso falar para alguém qualquer coisa.– –Não, pra ninguém. Nem para os alquimistas. Nem o Keith. Nem qualquer outro Moroi ou Dhampir que ainda não sabe.– Não contar para os alquimistas? Isso pode ser um problema. Entre todas as coisas loucas da minha vida, não importa quanto as minhas designações me deixa furiosa ou quanto tempo eu passei com vampiros, Eu nunca tinha questionado que a quem minha lealdade pertencia. Eu tinha que contar aos alquimistas se o que estava acontecendo com Jill e com os outros. Era o meu dever para com eles, para a humanidade. É claro, parte do meu dever para os alquimistas era cuidar de Jill, e tudo que a estava atormentando agora, obviamente, estava ligado ao seu bem-estar. Por meio segundo, Eu considerei mentir para ela e imediatamente rejeitei essa idéia. Eu não podia fazer isso. Se eu tivesse de manter seu segredo, eu o manteria. Se eu não pudesse mantê-lo, então eu iria deixá-la saber mais pra frente. –Eu não contarei,– Eu disse. Eu acho que essas palavras surpreenderam mais a mim do que a ela. Ela me estudou na luz fraca e deve ter, finalmente, decidido que eu estava falando a verdade. Ela deu um aceno demorado. –Adrian e eu estamos ligados, tipo um vinculo de espírito.– Senti meus olhos se arregalarem em descrença. –Como isso—– De repente tudo se encaixou, as peças que faltam. –O ataque. Você—você—– –Morri,– disse Jill abruptamente. –Houve tanta confusão quando os assassinos Moroi chegaram. Todo mundo pensou que eles estavam vindo atrás de Lissa, então a maioria
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dos guardiões foi cercá-la. Eddie foi o único que veio para mim, mas ele não foi rápido o suficiente. Este homem, ele...– Jill tocou em um ponto no centro do peito e estremeceu. –Ele me apunhalou. Ele... ele me matou. Foi quando o Adrian veio. Ele usou espírito para me curar e me trazer de volta, e agora nós estamos ligados. Tudo aconteceu tão rápido. Ninguém lá sequer percebeu o que ele fez.– Minha mente estava em choque. Uma vinculo de espírito. Espírito era um elemento perturbador para os alquimistas, principalmente porque tínhamos tão poucos registros dela. Nosso mundo era documentos e conhecimento, portanto, qualquer diferença nos fazia sentir fraco. Sinais do uso de espírito haviam sido registrados ao longo dos séculos, mas ninguém tinha realmente percebido que era um elemento próprio. Esses eventos haviam sido baixados como aleatórios fenômenos mágicos. Foi apenas recentemente, quando Vasilisa Dragomir expôs a si mesma, que o espírito havia sido redescoberto, junto com sua infinidade de efeitos psíquicos. Ela e Rose tiveram um vinculo de espírito, o único moderno que tínhamos documentado. Cura era um dos mais notáveis atributos do espírito, e Vasilisa tinha trazido Rose de volta de um acidente de carro. Ele forjou uma conexão psíquica entre elas, uma que só havia sido quebrada quando Rose teve uma segunda experiência de quase-morte. –Você consegue ver em sua mente,– Eu respirei. –Seus pensamentos. Seus sentimentos.– Tanta coisa passou para estarmos juntos. Como a forma como Jill sempre sabia tudo sobre Adrian, mesmo quando ele alegou que não tinha contado a ela. Ela assentiu com a cabeça. –Eu não queria. Acredite em mim. Mas eu não posso evitar. Rose me disse uma vez, que eu aprenderia a controlar como manter os sentimentos dele longe, mas eu não posso fazer isso agora. E ele tem tantos, Sydney. Tantos sentimentos. Ele sente tudo tão fortemente — amor, dor, raiva. Suas emoções estão subindo e descendo, por todos os lados. O que aconteceu entre ele e Rose... rasga-o em pedaços. É difícil estar focada em mim às vezes com tudo isso acontecendo com ele. Pelo menos é só uma parte do tempo. Eu realmente não posso controlar quando isso acontece.– Eu não disse isso, mas queria saber se alguns desses sentimentos voláteis fazem parte da tendência do espírito de conduzir seus usuários a insanidade. Ou talvez seja apenas a personalidade natural do Adrian. Tudo é irrelevante, por enquanto. –Mas ele não pode te sentir, certo? É apenas de uma direção?– Eu perguntei. Rose tinha a capacidade de ler os pensamentos de Vasilisa e de ver todas as experiências cotidianas de sua vida — Mas não o inverso. Eu acredito que é a mesma coisa agora, mas com o espírito, nada pode
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ser garantido. –Certo,– ela concordou. –É assim... é assim que você sempre sabe coisas sobre ele. Como as minhas visitas. E quando ele queria pizza. É por isso que ele está aqui, o porquê de Abe o querer aqui.– Jill franziu a testa. –Abe? Não, era uma espécie de opção do grupo para Adrian ir junto. Rose e Lissa acharam que seria melhor se estivéssemos juntos enquanto estávamos nos acostumando com o vínculo, e eu o queria por perto também. O que fez você pensar que Abe estava envolvido?– –Er, nada,– Eu disse. Abe instruindo Adrian a ficar em Clarence não deve ter sido algo que Jill observou. –Eu estava confundindo com outra coisa.– –Podemos ir agora?– ela implorou. –Eu responderei todas as suas perguntas– –Deixe-me ter certeza se entendi uma coisa primeiro,– eu disse. –Explique como ele foi parar em Los Angeles e por que ele está preso.– Jill juntou as mãos e desviou o olhar novamente, um hábito que eu estava vindo a ser associado a quando ela tinha informações que sabia que não ia ser bem recebida. –Ele, hum, deixou O Clarence na noite passada. Porque ele estava entediado. Ele pegou carona até a cidade de Palm Springs, e acabou festejando com algumas pessoas que estavam indo para Los Angeles. Então, foi com eles. E enquanto ele estava em um clube, ele encontrou as garotas - algumas garotas Moroi - e então ele foi casa com elas. E assim ele passou a noite e meio que desmaiou. Até agora. Agora ele está acordado. E ele quer ir para casa. Para o Clarence.– Com toda essa conversa de boates e meninas, um pensamento inquietante estava construindo em minha mente. –Jill, assim, quanto disso você realmente presenciou?– Ela ainda estava evitando o meu olhar. –Não é importante.– –É para mim–, eu disse. À noite Jill tinha acordado em lágrimas. . . que tinha sido quando Adrian estava com as meninas também. Ela estava vivendo a sua vida sexual? – O que ele estava pensando? Ele sabe que você está lá, que você está vivendo tudo o que ele faz, mas ele nunca pára para - oh Deus. O primeiro dia de escola. Ms. Chang estava certo, não era? Você estava de ressaca. Indiretamente, pelo menos.– E quase todas as outras manhãs, ela acordou sentindo-se semi-doente, porque Adrian estava de ressaca também. Jill assentiu. –Não havia nada físico eles poderiam ter testado - como sangue ou qualquer coisa para provar que era isso, mas sim. Eu poderia muito bem ter tido um. Eu certamente senti-lo. Foi horrível.– Estendi a mão e virou o rosto para o meu de modo que ela tinha de olhar para mim. –E você está agora também.– Havia mais luz no quarto
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quando o sol subiu mais alto, e eu podia ver os sinais de novo. A palidez doentia e olhos vermelhos. Eu não ficaria surpreso se sua cabeça e estômago doessem também. Baixei a mão e apertei a minha cabeça em desgosto. –Ele pode ficar lá.– –Sydney!– –Ele merece isso. E eu sei que você sente... alguma coisa... por ele.– Se era a afeição fraternal ou romântica, isso realmente não importa. –Mas você não pode cuidar dele e correr para cada necessidade e pedido que ele envia para você.– –Ele não está me perguntando, não exatamente–, disse ela. –Só posso sentir que ele quer.– –Bem, ele deveria ter pensado nisso antes de se meter nessa confusão. Ele pode descobrir seu próprio caminho de volta.– –O celular dele morreu.– –Ele pode pedir um do seu novo 'amigos'.– –Ele está em agonia–, disse ela. –Isso é como a vida é,– eu disse. –Eu estou em agonia–. Eu suspirei. –Jill– –Não, eu estou falando sério. E não é só a ressaca. Quero dizer, sim, parte do que é a ressaca. E enquanto ele está doente e não toma nada, então eu também! Extra... seus pensamentos. Ugh. –Jill descansou a testa nas mãos. –Eu não posso me livrar de quão infeliz ele é. É como... como um martelo batendo na minha cabeça. Eu não posso ficar longe dele. Eu não posso fazer mais nada exceto pensar em como ele é miserável! E isso me deixa infeliz. Ou pensam que eu sou miserável. Eu não sei. –Ela suspirou. –Por favor, Sydney. Podemos ir?– –Você sabe onde ele está?– Eu perguntei. –Sim–. –Tudo bem, então. Eu vou. –Eu deslizei até a beira da cama. Ela levantou-se comigo. –Eu vou também.– –Não–, eu disse. –Você volta para a cama. Tome uma aspirina e veja se você pode fazer você se sentir melhor. –Eu também tinha algumas coisas que eu queria dizer a Adrian em privado. É certo que, se ela estava constantemente ligada a ele, ela teria de –ouvir– a nossa conversa, mas seria muito mais fácil de dizer a ele o que eu queria, quando ela não estava de fato lá na carne, olhando para mim com aqueles olhos grandes.
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–Mas como você vai– –Eu não quero você ficando doente no carro. Basta me telefonar se alguma coisa mudar ou se ele sai ou qualquer outra coisa.– Os novos protestos de Jill foram hesitantes, seja porque ela não se sentia com eles ou estava apenas disposta a ser grata por qualquer –resgate– de Adrian. Ela não tinha um endereço exato, mas tinha uma descrição muito vívida do condomínio onde ele estava, que era bem ao lado de um notável hotel. Quando eu o procurei, vi que o hotel era realmente em Long Beach, o que significa que eu teria que passar convenientemente por Los Angeles. Eu tinha uma viagem de duas horas à minha frente. Café seria necessário. Era um dia bonito, pelo menos, e não havia quase nenhum tráfego aqui fora tão cedo em um domingo. Olhando para o sol e céu azul, eu fiquei pensando sobre como seria bom se eu fosse fazer essa viagem em um conversível, com a capota abaixada. Também seria bom se eu tivesse vindo a fazer esta viagem por qualquer outra razão além de recuperar um festeiro encalhado vampiro. Eu ainda estava tendo dificuldade envolvendo minha mente em torno da idéia de que de Jill e Adrian eram ligados por espírito. A noção de alguém trazer outro de volta dos mortos não foi aquela que malha bem com minhas crenças religiosas. Foi tão perturbador como uma outra façanha do espírito: a restauração Strigoi. Tivemos dois casos documentados de isso acontecer também, dois Strigoi magicamente alterados pelos usuários de espírito, de volta à sua forma original. Um deles era uma mulher chamada Sonya Karp. O outro era Dimitri Belikov. Entre essa e todas as ressurreições isso, espírito estava realmente começando a me assustar. Tanto poder simplesmente não parece certo. Cheguei a Long Beach certa na programação e não tive problema em encontrar o complexo de condomínio. Foi do outro lado da rua de um hotel à beira-mar chamado de Cascadia. Uma vez que Jill não tinha chamado com uma mudança de localização, assumi que Adrian ainda estava escondido. Estacionamento da rua era fácil de encontrar, nesta hora do dia, e parei do lado de fora para olhar o firmamento azulcinzento do Pacífico no horizonte ocidental. Foi de tirar o fôlego, especialmente depois da minha primeira semana no deserto de Palm Springs. Eu quase desejei que Jill tivesse vindo. Talvez estar perto de tanta água tivesse feito ela se sentir melhor. Os condomínios estavam em um prédio de estuque pêssego com três andares, duas unidades em cada andar. Das memórias de Adrian, Jill se lembrou de ir ao topo do edifício e virar à direita. Refiz os passos e cheguei a uma porta azul com uma aldrava de
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bronze pesado. Eu bati. Quando nenhuma resposta veio depois de quase um minuto, eu tentei de novo mais alto. Eu estava quase à beira de uma terceira tentativa, quando ouvi o destrancar do cadeado. A porta se abriu em uma fresta, e uma menina espiou para fora dela. Ela era claramente Moroi, com uma construção magra de modelo de passarela, pele pálida perfeita que parecia particularmente irritante hoje, considerando que eu tinha certeza que uma espinha ia sair na minha testa em breve. Ela tinha a minha idade, talvez um pouco mais velha, com cabelo preto lustroso e profundos olhos azuis. Ela parecia algum boneco do outro mundo. Ela também estava quase dormindo. –Sim?– Ela me olhou. –Você está vendendo algo?– Próximo a este Moroi de altura perfeita, de repente me senti autoconsciente e desalinhada na minha saia de linho e botão de cima para baixo. –Adrian está aqui?– –Quem?– –Adrian. Alto. Cabelo castanho. Olhos verdes.– Ela franziu o cenho. –Você quer dizer Jet?– –Eu. . . Não tenho certeza. Ele fuma como uma chaminé?– A menina assentiu com a cabeça sabiamente. –Isso mesmo.. Você deve ser o Jet.– Olhou para trás e gritou: –Hey, Jet! Há alguma vendedora aqui para vê-lo.– –Mande-a para fora–, gritou uma voz familiar. A Moroi abriu mais a porta e acenou para eu entrar –Ele está na varanda.– Eu andei por uma sala que servia como um conto de advertência do que poderia acontecer se Jill e eu perdermos todo o senso de limpeza e auto-respeito. O local estava um desastre. Uma garota desastre. Pilhas de roupa suja se espalharam pelo chão, louça suja abrangido cada centímetro quadrado que não foi ocupado por garrafas de cerveja vazias. Derrubei uma garrafa de unha polonês onde tinha criado uma mancha rosa chiclete no tapete. No sofá, enrolados em cobertores, uma menina loira Moroi olhou para mim, sonolenta e depois voltou a dormir. Pisando em torno de tudo, eu fiz o meu caminho para Adrian através de uma porta do pátio. Ele estava na varanda, inclinando-se contra a sua grade, de costas para mim. O ar da manhã estava quente e claro, então, naturalmente, ele estava tentando arruiná-lo fumando. –Diga-me isso, Sage–, disse ele, sem olhar para trás para me encarar. –Por que diabos alguém iria colocar um prédio perto da praia, mas não têm as varandas de frente para a água? Eles foram construídos para olhar colinas atrás de nós. A menos que
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os vizinhos começam a fazer algo interessante, eu estou pronto para declarar esta estrutura um desperdício total.– Cruzei os braços e olhei para suas costas. –Estou tão feliz que tenho a sua opinião sobre esse valor. Eu vou ter a certeza e os detalhes de que quando eu arquivo a minha queixa ao conselho da cidade sobre suas vistas para o mar inadequadas.– Ele se virou, a dica de um sorriso torcendo os lábios. –O que você está fazendo aqui? Achei que você estaria na igreja ou algo assim.– –O que você acha? Estou aqui por causa dos pedidos de uma menina de quinze anos de idade, que não merece aquilo que você põe em mente.– Qualquer vestígio de um sorriso desapareceu. –Oh. Ela lhe disse.– Ele se virou de volta. –Sim, e todos vocês deveriam ter me dito mais cedo! Isso é sério. . . monumental.– –E sem dúvida nenhuma, os Alquimistas gostaria de estudar.– Eu podia imaginar o seu desprezo perfeitamente. –Eu prometi a ela que eu não diria. Mas você ainda deveria ter me encheu dentro. É o tipo de informação importante ter, desde que eu sou a única que tem que tomar conta de todos vocês.– –Babá é uma espécie de termo extremo, Sage.– –Considerando o cenário atual? Não, não realmente.– Adrian não disse nada, e eu lhe dei uma rápida avaliação. Ele usava calça jeans escuro lavado e uma camisa de algodão vermelha de alta qualidade que ele deve ter dormi com ela, a julgar pelas rugas. Seus pés estavam descalços. –Você trouxe um casaco?– Eu perguntei. –Não.– Voltei para dentro e fiz uma pesquisa entre a desordem. A menina Moroi loira estava dormindo, e aquela que me deixara entrar estava deitada sobre uma cama desfeita em outra sala. Eu finalmente encontrei as meias e os sapatos de Adrian jogados em um canto. Corri para recuperá-los, em seguida, voltei para fora e deixei-os cair ao lado dele na varanda. –Coloque esses. Nós vamos embora.– –Você não é minha mãe.– –Não, você está cumprindo uma sentença por perjúrio e roubo, se a memória lhe servir.– Era uma malvada, uma malvada coisa para se dizer, mas foi também a verdade. E chamou sua atenção. Cabeça de Adrian chicoteou ao redor. A raiva brilhou nas
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profundezas de seus olhos verdes, a primeira que eu já tinha realmente visto nele. – Nunca mais a mencione novamente. Você não tem idéia do que está falando.– Sua raiva era um pouco intimidante, mas eu segurei minha posição. –Na verdade, eu era a encarregada de rastrear os registros que ela roubou.– –Ela tinha seus motivos–, disse ele entre dentes. –Você está tão disposto a defender alguém que foi condenado por um crime, mas você não tem qualquer consideração por Jill que não fez nada.– –Eu tenho muita consideração por ela!– Ele fez uma pausa para acender um cigarro com as mãos trêmulas, e eu suspeitei que ele estivesse tentando ter um controle sobre suas emoções. –Eu penso nela o tempo todo. Como eu não poderia? Ela está lá. . . Eu não posso senti-la, mas ela está sempre lá, sempre ouvindo coisas na minha cabeça, ouvindo coisas que eu não quero nem ouvir. Sentindo coisas que eu não quero sentir.– Ele inalou sobre o cigarro e se virou para olhar a vista, embora eu duvidava que ele realmente viu. –Se você está tão consciente dela, então como você faz coisas como esta?– Fiz um gesto ao nosso redor. –Como você pode beber quando você sabe que ela é afetada também? Como você poderia fazer – Eu fiz uma careta –o que você fez com aquelas meninas, sabendo que ela poderia ‘ver’ isso? Ela tem quinze anos.– –Eu sei, eu sei–, disse ele. –Eu não sabia sobre a bebida, não no início. Quando ela veio depois da escola e me disse naquele dia, eu parei. Eu realmente fiz. Mas então... quando vocês eram mais na sexta-feira, ela me disse para ir em frente, uma vez que foi o fim de semana. Acho que ela não era tão preocupado com a doença. Então, eu disse a mim mesmo, ‘eu vou ter um casal.’ Só ontem à noite, ela se transformou em mais do que isso. E então as coisas ficaram meio louco, e eu acabei aqui e, o que estou fazendo? Eu não tenho de justificar minhas ações para você.– –Eu não penso que você pode se justificar a ninguém.– Fiquei furiosa, o meu sangue ferveu. –Você está com quem conversar, Sage.– Ele apontou um dedo acusador. –Pelo menos eu tomei uma atitude. Você? Você deixa o mundo passar sem você. Você fica lá, enquanto que o idiota do Keith te trata como lixo e apenas sorri e assente. Você não tem coluna vertebral. Você não reage. Mesmo o velho Abe parece te empurrar ao redor. Rose estava certa que ele tem algo sobre você? Ou ele é apenas alguém que você não irá lutar contra?– Eu trabalhei duro para não deixá-lo saber o quão profundas essas palavras me atingiram. –Você não sabe a primeira coisa sobre mim, Adrian Ivashkov. Eu luto para trazer a
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abundância.– –Você poderia ter me enganado.– Eu dei-lhe um sorriso apertado. –Eu simplesmente não faço um espetáculo de mim mesma quando eu faço isso. É chamado ser responsável.– –Claro. O que quer que ajude você a dormir à noite.– Eu joguei as minhas mãos. –Bem, essa é a coisa: eu não durmo mais à noite, porque eu tenho que vir salvá-lo de suas próprias idiotices. Podemos ir agora? Por favor?– Como resposta, ele apagou o cigarro e começou a colocar suas meias e sapatos. Ele olhou para mim como ele fez antes, e a raiva tinha desaparecido totalmente. Seus humores foram mudados tão facilmente como um interruptor de luz. –Você tem que me tirar de lá. Fora de Clarence.– Sua voz era de nível e sérias. –Ele é um cara bom o suficiente, mas vou enlouquecer se eu ficar lá.– –Ao contrário do seu comportamento excelente quando você não está lá?– Eu olhei de volta para o condomínio. –Talvez as suas duas fãs tenha espaço para você.– –Ei, mostre algum respeito. Elas são pessoas reais com nomes. Carla e Krissy.– Ele franziu o cenho. –Ou era Missy?– Eu suspirei. –Eu lhe disse antes, eu não tenho nenhum controle sobre a sua forma de viva. Quão difícil é para você ir buscar o seu próprio local? Por que você precisa de mim?– –Porque eu quase não tenho dinheiro nenhum, Sage. Meu velho me cortou. Ele me dá um subsídio que é apenas o suficiente para os cigarros.– Eu considerei sugerir que ele parasse, mas que provavelmente não seria útil voltar a essa parte da conversa. –Sinto muito. Estou realmente. Se eu pensar em alguma coisa, eu deixarei você saber. Além disso, Abe não quer que você fique lá?– Resolvi jogar limpo. –Eu ouvi vocês dois no primeiro dia. Como ele queria que você fizesse algo por ele.– Adrian endireitou-se, sapatos protegidos. –Sim, eu não sei sobre o que é isso tudo. Ouviu como ele estava totalmente vago também? Acho que ele estava apenas tentando me apertar, me manter ocupado, porque em algum lugar que o coração confuso dele, ele se sente mal sobre o que aconteceu com -– Adrian fechou a boca, mas eu podia ouvir o nome não dito: Rose. A terrível tristeza cruzou os feições, e seus olhos pareciam perdidos e mal-assombrados. Lembrei-me de quando eu estava no carro com Jill, e ela escorregou em um discurso inflamado sobre Rose, de como a lembrança dela de um Adrian atormentado. Saber o que eu sabia agora
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sobre o vínculo, eu tive um pressentimento de que tivesse havido muito pouco de Jill naquelas palavras. Que tinha sido uma linha direta com Adrian. Olhando para ele, eu mal podia compreender o alcance que a dor, nem eu sabia como ajudá-lo. Eu só sabia que eu de repente entendi um pouco melhor por que ele gostaria de afogar as suas mágoas, não que isso seja muito saudável de qualquer forma. –Adrian–, eu disse sem jeito, –estou– –Esqueça isso–, disse ele. –Você não sabe o que é amar alguém assim, e então ter o seu amor jogado de volta na sua cara– Um grito ensurdecedor de repente, perfurou o ar. Adrian se encolheu mais do que eu, comprovando a desvantagem da audição vampirica: sons irritantes são muito mais irritantes. Como um só, corremos de volta para dentro do apartamento. A menina loira estava sentada no sofá, tão assustada quanto nós. A outra garota, a que tinha me deixar entrar, ficou parada na porta do quarto, pálida como a morte, com um telefone celular em sua mão. –Qual é o problema?– Eu perguntei. Ela abriu a boca para falar e depois me deu um segundo olhar, parecendo se lembrar que eu era humana –Está tudo bem, Carla–, disse Adrian. –Ela sabe sobre nós. Você pode confiar nela.– Isso era tudo que Carla necessitava. Ela se atirou nos braços de Adrian e começou a chorar incontrolavelmente. –Oh Jet,–, disse ela entre soluços. –Eu não posso acreditar que isso aconteceu com ela. Como isso aconteceu?– –O que aconteceu?–, perguntou a outra rapariga Moroi , levantando-se com instabilidade em seus pés. Como Adrian, ela parecia que tinha dormido com a sua roupa. Me atrevi a ter esperança de que Jill não tinha sido submetida a tanta indecência, como eu imaginava originalmente. –Diga-nos o que aconteceu, Carla–, disse Adrian com uma voz gentil, que eu apenas o ouvi usando ao redor de Jill. –Sou a Krissy–, ela choramigou. –E é a nossa amiga – nossa amiga.– Ela enxugou os olhos enquanto as mais lágrimas escorriam de seus olhos. –Eu só recebi o telefonema. Nossa amiga - outro Moroi que está na nossa faculdade - ela está morta.– Krissy olhou para a outra rapariga, a quem eu estava agora a adivinhar que era a Carla. –Foi Melody. Ela foi morta por um Strigoi
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na noite passada.– Carla engasgou-se e começou a chorar, provocando mais lágrimas de Krissy. Encontrei os olhos de Adrian e ambos estávamos horrorizados. Mesmo não tendo ideia quem era essa Melody, um ataque Strigoi ainda era uma coisa terrível e trágico. Imediatamente, a minha mente Alquimista entrou em ação. Eu precisava de me certificar se a cena do crime era segura e se o assassinato era mantido em segredo dos humanos. –Onde?– Eu perguntei. –Onde é que isso aconteceu?– –A Este de Hollywood–, disse Carla. –Por trás de algum clube. – Eu relaxei um pouco, embora ainda estava abalada pela tragédia de tudo isto. Aquela era uma região muito povoada e com certeza haveria de estar no radar dos Alquimistas. Se algum humano tivesse descoberto, os alquimistas teria muito do que cuidar. –Pelo menos, eles não a transformaram,– disse Carla desamparadamente. –Ela pode descansar em paz. Claro, esses monstros não conseguiram ficar descansados sem mutilar o corpo dela.– Pasmei, uma sensação de frio espalhou pelo meu corpo. –O que você quer dizer? – Ela esfregou o nariz na camisa de Adrian. –Melody. Eles não beberam apenas o sangue dela. Eles cortaram a sua garganta também.–
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Capítulo 15
Adrian dormiu durante uma boa parte do caminho de volta para Palm Springs. Aparentemente, a sua festa a altas horas da noite com Carla e Krissy resultou em muito pouco descanso. Pensar nisso me deixou desconfortável. Pensar que Jill experimentou aquilo através dele me fez doente. Havia pouca coisa que pudéssemos fazer por Carla e Krissy excepto oferecer nossas simpatias. Ataques de Strigoi aconteciam. Era trágico e terrível, mas a única maneira que muitos Moroi tinham para se proteger era exercer cautela, manter o seu paradeiro seguro e se possível ficar com guardiões. Para Moroi que não fossem da realeza, viver no mundo e ir à escola como Carla e Krissy iam, guardiões não eram uma opção. Bastantes Moroi têm por gosto aquilo, eles só tinham que ser cuidadosos. Uma das duas pensavam que a circunstância da morte da sua amiga era terrível. Aquilo era verdade. Elas eram. Mas nenhuma delas pensou muito passar por aquilo ou sentir que havia algo estranho em degolar. Eu Nem mesmo eu teria se não tivesse ouvido Clarence a contar sobre a morte da sua sobrinha. Eu levei Adrian para Amberwood comigo e o assinalei, com brevidade, como um convidade imaginando que Jill se sentiria melhor vê-lo em carne e osso. Com certeza, ela já estava esperando por nós no dormitório quando chegamos. Ela o abraçou e me mostrou um olhar grato. Eddie estava com ela, e embora ele não dissesse nada, havia um olhar de irritação em sua cara que me disse que não era a única que pensava que Adrian tinha-se comportado ridiculamente. –Eu estava tão preocupada–, disse Jill.
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Adrian despenteou o seu cabelo, que a fez se desviar para longe. –Nada para se preocupar, Jailbait. Enquanto as rugas saírem desta camisa, não há dano feito.– Nenhum dano feito, pensei, sentindo a acender a raiva dentro de mim. Nenhum dano, excepto Jill ter visto o interesse de atracão do Adrian com as outras raparigas e suportar a sua farra de bêbado. Não importava se Lee tinha substituído o velho interesse dela por Adrian. Ela era muito jovem para testemunhar qualquer coisa assim. Adrian tinha sido egoísta. –Agora–, Adrian continuou, –se a Sage for suficientemente gentil para continuar a jogar de motorista, eu vou levar-nos a todos para almoçar fora.– –Eu pensei que você não tinha dinheiro–, eu apontei para fora. –Eu disse que não tinha muito dinheiro.– Jill e Eddie trocaram olhares. –Nós, hum, estamos indo nos encontrar com Micah para o almoço,– disse Jill. –Traga-o junto–, disse Adrian. –Ele pode conhecer a família.– Micah apareceu pouco depois e ficou feliz em conhecer o nosso outro ‘irmão’. Ele balançou a mão de Adrian e sorriu. –Agora eu vejo alguma semelhança na família. Eu estava começando a me perguntar se Jill era adoptada, mas vocês dois se parecem um com o outro.– –O mesmo aconteceu com a volta do nosso carteiro em Norte Dakota,– disse Adrian. –Sul–, eu corrigi. Felizmente Micah não pareceu pensar que havia algo estranho sobre o deslizamento. –Certo–, disse Adrian. Ele estudou Micah pensativamente. –Há algo de familiar em você. Já nos conhecemos?– Micah balançou a cabeça. –Eu nunca fui para o Sul Dakota –. Eu tinha certeza que ouvi Adrian murmurar: –Já somos dois. – –Devíamos ir–, disse Eddie às pressas, se movendo em direcção á porta do nosso dormitório. –Eu tenho alguns deveres para recuperar o atraso, mais tarde. – Eu fiz uma careta intrigada com a mudança de atitude. Eddie não era um mau aluno de qualquer forma, mas tinha sido óbvio para mim, desde que cheguei a Amberwood, que ele não tomou o mesmo interesse pela escola como eu. Este era um ano repetido para ele, e ele estava contente por justamente apenas jogar e só fazer o que era necessário para ficar em boa situação. Se alguém pensou que seu comportamento era estranho, eles não demonstraram. Micah já estava conversando com Jill sobre algo, e Adrian ainda parecia que estava tentando
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identificar Micah. A oferta generosa de Adrian de pagar o almoço se estendeu apenas ao fast food, por isso a nossa refeição foi rápida. Depois de uma semana de comida do dormitório, porém, eu apreciei a mudança e Adrian há muito havia feito claro seus pontos de vista sobre a cozinha –saudável– de Dorothy. –Você deveria ter pedido uma refeição de crianças–, Adrian me disse, apontando para a minha hambúrguer meio comida e batatas fritas. –Você poderia ter me salvo um monte de dinheiro. E tinhas um brinquedo. – –Um ‘monte’ é um tipo de exagero, – disse. –Além disso, agora você tem sobras para ajudar você.– Ele revirou os olhos e roubou uma batata frita do meu prato. –Você é quem deve levar as sobras para casa. Como é que você funciona mesmo com tão pouca comida? – Ele exigiu. –Um dia desses, você somente é soprada para longe. – –Pare com isso–, disse. –Só estou a dizer as coisas como elas são–, disse ele com um encolher de ombros. – Você poderia estar a ganhar cerca de dez quilos.– Eu olhei para ele, incrédula, chocada demais para sequer chegar a uma resposta. O que fazia um Moroi saber sobre ganhar peso? Eles tinham perfeitas figuras. Eles não sabiam como era olhar no espelho e ver inadequação, para nunca sentir suficientemente bem. Era fácil para eles, visto que não importa o quão duro eu trabalhe, eu nunca ia parecer combinar com as suas desumana perfeição. Os olhos de Adrian moveram-se até onde Jill, Eddie e Micah estavam a falar animadamente sobre praticar mais auto-defesa em conjunto. –Eles são tipo fofos–, disse Adrian em voz afastada apenas para os meus ouvidos. Ele brincava com a sua palhinha enquanto estudava o grupo. –Talvez o Castile esteja algo mais adiante sobre deixá-la namorar na escola.– –Adrian–, eu gemi. –Brincadeira–, disse ele. –Lee provavelmente o desafiaria para um duelo. Ele não conseguia parar de falar sobre ela, sabia. Quando voltamos do minigolfe, Lee continuava exactamente com: 'Quando é que todos podemos sair de novo?' E ainda assim, ele caiu fora sobre a face da terra quando ele estava em LA e eu precisava dele.– –Você fez planos para se encontrarem?– perguntei. –Ele concordou em te levar para casa? – –Não–, admitiu Adrian. –Mas o que mais ele realmente estava fazendo? – Então, um homem de cabelos grisalhos passou, colidindo na cadeira de Jill enquanto ele
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equilibrava uma bandeja de hambúrgueres e sumos. Nada derramou, mas Eddie saltou em seus pés com velocidade relâmpago, pronto para voar por cima da mesa e defendêla. O homem voltou-se e murmurou um pedido de desculpas. Adrian balançou a cabeça com espanto. –Basta enviar ele como acompanhante com quem ela sai, e nós nunca teremos de nos preocupar. – Sabendo o que eu sabia agora sobre a ligação de Adrian e Jill, eu era capaz de considerar a protecção de Eddie numa visão diferente. Ah, claro, eu sabia que a sua formação de guardião estava instalado nele por natureza, mas parecia sempre haver algo um pouco mais forte ali. Algo quase…pessoal. No início, eu perguntava se talvez fosse porque Jill fazia apenas parte do seu círculo de grandes amigos, como Rose. Agora, eu continuava a pensar que poderia ir mais longe do que isso. Jill tinha dito que Eddie foi o único a tentar protegê-la na noite do ataque. Ele falhou, provavelmente por causa do tempo e não por causa de uma falta de habilidade. Mas que tipo de marca aquilo deve ter deixado nele? Ele era alguém cujo único propósito na vida era defender os outros - e ele assistiu alguém morrer em seu relógio. Agora que Adrian a tinha trazido de volta à vida, era quase como uma segunda chance para Eddie? Uma oportunidade de se redimir? Talvez por isso ele ser tão vigilante. –Você parece confusa–, disse Adrian. Eu balancei minha cabeça e suspirei. –Eu acho que estou apenas a cismar com coisas. – Ele balançou a cabeça solenemente. –É por isso que eu nunca tento fazer isso. – Uma pergunta anterior surgiu-me na minha cabeça. –Hey, como é que você disse a essas meninas que o seu nome era Jet? – –Medida prática, se você não quiser pintinhos a encontrar-te mais tarde, Sage. Além disso, eu percebi que estava protegendo nossa operação aqui. – –Sim, mas porque Jet? Por que não… Eu não sei…Travis ou John? – Adrian me deu um olhar que disse que eu estava perdendo seu tempo. –Porque Jet parece foda.– Após o almoço, retomamos Adrian para Clarence, e o resto de nós voltou para Amberwood. Jill e Micah saíram para fazer suas próprias coisas e eu convenci Eddie a ir para a biblioteca comigo. Lá, nós estacamos numa mesa, e eu trouxe o meu laptop. –Então, descobrimos algo interessante quando eu peguei Adrian hoje –, disse a Eddie, mantendo a minha voz macia e baixa. Eddie me deu um olhar irónico. –Eu suponho que toda a experiência de pegar Adrian foi
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interessante pelo menos do que a Jill me disse. – –Poderia ter sido pior–, especulei. –Pelo menos ele estava vestido quando eu cheguei lá. E havia apenas dois outros Moroi lá. Eu não tropecei numa casa da irmandade cheia deles ou qualquer coisa. – Aquilo o fez rir. –Você deve ter tido um trabalho difícil de conseguir que Adrian saísse de lá, se foi o caso. – A tela do meu laptop ganhou vida, e eu comecei o complicado processo de registo no mega seguro banco de dados dos Alquimistas. –Bem, quando estávamos saindo, as raparigas com quem ele estava descobriram que uma amiga delas foi morta por um Strigoi na outra noite. – Todo o humor desapareceu no rosto de Eddie. Seus olhos ficaram duros. –Onde?– –Em Los Angeles, não aqui–, acrescentei. Eu deveria saber melhor abrir uma conversa como aquela sem afirmar claramente de antemão que ele não precisava de estar à procura de Strigoi no campus. –Até onde sabemos, todos estão certos - Strigoi não querem sair em Palm Springs –. Eddie ficou cerca de um por cento menos tenso. –Esta é a coisa,– eu continuei. –Aquela rapariga Moroi - essa amiga delas - foi supostamente morta como a sobrinha de Clarence –. As sobrancelhas de Eddie subiram. –Com a garganta cortada?– Eu balancei a cabeça. –Isso é estranho. Você tem certeza que foi o que aconteceu - a qualquer uma delas? Quero dizer, nós apenas estamos indo fora do relatório de Clarence, certo? – Eddie batia um lápis contra a mesa enquanto ele ponderava isso. –Clarence é simpático o suficiente, mas vamos lá. Todos nós sabemos que ele não está quase lá. – –É por isso que eu te trouxe aqui. E por que eu queria ver esse banco de dados. Nós mantemos controlo da maioria das mortes relacionadas com Strigoi –. Eddie olhou por cima do meu ombro enquanto eu fazia uma entrada em Tamara Donahue de há cinco anos atrás. Com certeza, ela foi encontrada com a garganta cortada. Outra pesquisa sobre Melody Croft – amiga da Krissy e da Carla - também apareceu um relatório da noite passada. Meu pessoal foi ao local e rápidos a reportar a informação. Melody também teve a garganta cortada. Tinha havido outros relatos de assassinatos Strigoi em LA - que era uma cidade grande, afinal de contas - mas apenas dois corresponderam a esse perfil.
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–Você ainda está pensando sobre o que Clarence disse - sobre caçadores de vampiros?– Eddie me perguntou. –Eu não sei. Eu apenas pensei que valia a pena conferir estes acontecimentos. – –Guardiões opinaram sobre ambos os casos–, Eddie disse, apontando para a tela. –Eles também declararam ataques Strigoi - havia sangue colhido de ambas as meninas. Isso é o que faz um Strigoi. Eu não sei o que faz um caçador de vampiros, mas eu simplesmente não vejo que beber sangue faça parte do objectivo deles.– –Eu também não penso assim. Mas nenhuma dessas meninas foi drenada. – –Strigoi nem sempre terminam de beber de suas vítimas. Especialmente se forem interrompidos. Esta rapariga Melody foi morta perto de um clube, certo? Quer dizer, se o assassino dela ouviu alguém chegando, eles simplesmente deram á sola. – –Eu suponho. Mas e sobre a garganta cortada? – Eddie deu de ombros. –Temos toneladas de relatos de Strigoi fazendo coisas malucas. Basta olhar para Keith e seu olho. Eles são o mal. Você não pode aplicar a lógica para eles. – –Hum, vamos deixar o olho dele fora disto.– Keith não era um caso que eu queria trazer. Sentei-me na minha cadeira e suspirei. –Há apenas uma coisa que me incomoda sobre todos os assassinatos. A meia bebida. A garganta cortada. Ambas, são coisas estranhas acontecendo em conjunto. E eu não gosto de coisas estranhas. – –Então você está na profissão errada–, disse Eddie, seu sorriso voltou. Eu sorri de volta, minha mente ainda a transformar tudo. –Acho que sim.– Quando eu não disse nada, ele me deu um olhar de surpresa. –Você realmente não…você não acha que existem caçadores de vampiros, não é? – –Não, não realmente. Nós não temos nenhuma evidência para pensar que existe. – –Mas…– Eddie solicitando. –Mas–, eu disse. –A ideia não te apavora um pouco? Quer dizer, agora, você sabe para quem olhar. Outro Moroi. Strigoi. Eles se destacam. Mas um humano caçador de vampiros?– Fiz um gesto para os alunos reunidos e trabalhando na biblioteca. –Você não sabe quem é uma ameaça.– Eddie balançou a cabeça. –É muito fácil, na verdade. Eu apenas trato todos como uma ameaça. – Eu não consegui decidir se isso me fez sentir melhor ou não. Quando voltei para meu dormitório mais tarde, a Sra. Weathers acenou para mim. –Ms. Terwilliger deixou algo
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de fora para você. – –Ela trouxe-me alguma coisa?– Eu perguntei, surpresa. –Não é dinheiro, pois não?– Até agora, nenhumas das minhas compras de café tinham sido reembolsadas. Em jeito de resposta, a Sra. Weathers entregou um livro com capa de couro. No início, eu pensei que era o que eu tinha acabado. Então eu olhei mais de perto a capa e li Volume 2. Um post-it amarelo estava anexo ao livro onde Ms. Terwilliger escreveu com uma letra araneiforme: Próximo. Suspirei e agradeci a Sra. Weathers. Eu faria qualquer tarefa que a minha professora pedisse, mas eu meia que estava esperançada que ela me atribuísse um livro com mais relatos históricos do que receitas de feitiços. Enquanto caminhava pelo hall, ouvi algumas exclamações de alarme a partir de uma extremidade mais adiante. Eu podia ver uma porta aberta e algumas pessoas reunidas lá dentro. Passando pelo meu próprio quarto a correr, fui ver qual era o problema. Era o quarto da Julia e da Kristin. Embora eu, realmente, não tivesse certeza se estava a fazer a coisa certa, empurrei o meu caminho passando por alguns espectadores assustados. Nenhum me parou. Encontrei Kristin deitada na sua cama contraindo-se violentamente. Ela estava suando aos litros, e as suas pupilas estavam enormes, não havia praticamente nenhuma íris discernível. Julia sentou-se perto dela na cama, assim como duas moças que eu não conhecia tão bem. Ela olhou á minha chegada com o seu rosto cheio de medo. –Kristin?– Eu chorei. –Kristin, você está bem?– Quando nenhuma resposta veio, me virei para as outras. –O que se passa com ela? – Julia ansiosamente espremeu um pano molhado e colocou-o na testa de Kristin. –Nós não sabemos. Ela tem estado assim desde manhã. – Olhei incrédula. –Então, ela precisa ver um médico! Precisamos chamar alguém agora. Vou buscar a Sra.Weathers… – –Não!– Julia deu um salto e agarrou o meu braço. –Você não pode. A razão pela qual ela esta assim...bem nós achamos que é por causa da tatuagem. – –Tatuagem?– Uma das outras meninas pegaram o pulso de Kristin e virou-o para que eu pudesse ver o seu interior. Lá, tatuado com tinta cobre brilhante em sua pele escura, estava uma margarida. Lembrei-me que Kristin ansiava por uma tatuagem celestial, mas pelo que sabia, ela não podia pagar. –Quando ela conseguiu isso?– –Hoje cedo–, disse Julia. Ela olhou envergonhada. –Eu emprestei-lhe o dinheiro. – Olhei para aquela flor brilhante, tão bonita e aparentemente inofensiva. Eu não tinha
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dúvida de que era aquilo que estava a causar a crise. O que estava misturado com a tinta para fornecer a intensidade não estava reagindo correctamente com o sistema dela. –Ela precisa de um médico–, eu disse com firmeza. –Você não pode. Nós vamos ter que lhes dizer sobre as tatuagens –, disse a garota que estava segurando a mão de Kristin. –Ninguém acreditou no Trey, mas se virem algo como isto…bem, tudo perto de Nevermore poderia ser encerrado. – Bom! Pensei. Mas para meu espanto, as palavras dela foram recebidas com acenos das outras raparigas ali. Elas estavam loucas? Quantas delas tinham estas tatuagens ridículas? E era mais importante proteger aquilo do que a vida de Kristin? Julia engoliu em seco e sentou-se na borda da cama. –Nós estávamos esperando que isto passe. Talvez ela precise de um pouco de tempo para se ajustar. – Kristin gemeu. Uma das suas pernas tremia como se ela estivesse a ter um espasmo muscular e depois parou. Seus olhos e suas pupilas dilatadas olhavam fixamente para a frente e a sua respiração era superficial. –Ela vai ficar assim o dia todo!– eu apontei. –Vocês, ela poderia morrer. – –Como você sabe?–, perguntou Julia em espanto. Eu não sabia, não realmente. Mas de vez em quando, as tatuagens Alquimistas não assumiam também. Em 99 por cento dos casos, os corpos humanos aceitavam o sangue de vampiro utilizado numa tatuagem Alquimistas, permitindo que suas propriedades se misturassem com o nosso sangue, tipo uma espécie de um grau abaixo dos dhampir. Ganhávamos boa resistência e vida longa, embora dificilmente termos as incríveis habilidades físicas que os dhampirs recebiam. O sangue era muito diluído para isso. Mesmo assim, havia sempre uma pessoa ocasional que ficava doente com uma tatuagem Alquimista. O sangue envenenava. Tinha ficado pior, por causa do ouro e dos outros produtos químicos que trabalhavam para manter o sangue infundido na pele, por isso nunca tinha a chance de sair. Aqueles que não eram tratados morriam. Sangue de vampiro não causava uma alta euforia, por isso eu não acreditava que havia algum nestas tatuagens. Mas o tratamento que usamos para as tatuagens Alquimistas dependia em quebrar os componentes metálicos da tatuagem a fim de liberar o sangue, permitindo que o corpo em seguida limpasse o resto naturalmente. Eu assumi que o mesmo princípio funcionaria aqui. Só que eu não sabia a fórmula exacta para o composto Alquimista e não era certo que iria quebrar o cobre como ele fazia com o ouro. Mordi o lábio, pensando, e finalmente, tomei uma decisão. –Eu volto já–, disse a elas,
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correndo para meu quarto. Todo o tempo, uma voz interior me castigou por tolice. Eu não tinha nada que fazer o que estava prestes a tentar fazer. Eu deveria ir directa a Sra. Weathers. Em vez disso, eu abri a porta do meu quarto e encontrei Jill com seu laptop. –Hey, Sydney–, disse ela, sorrindo. –Estou no chat com o Lee e…– Ela teve uma reacção de surpresa atrasada. –O que há de errado?– Fui para o meu próprio laptop e coloquei-o na cama. Enquanto ele iniciava, eu peguei numa pequena mala de metal, que cuidadosamente embalei mas nunca esperei usar. – Você pode ir buscar-me um pouco de água? Rapido? – Jill hesitou apenas um momento antes de concordar. –Volto já –, disse ela pulando da cama. Enquanto ela estava fora, eu desbloqueei a mala com uma chave que eu mantinha sempre comigo. Dentro dela havia pequenas quantidades de dezenas de compostos Alquimistas, tipos de substâncias que nós misturávamos e usávamos como parte do nosso trabalho. Alguns ingredientes - como os que eu usava para dissolver os corpos de Strigoi – eu tinha muitos outros. Alguns eram apenas amostras. Meu laptop finalmente iniciou e eu conectei ao banco de dados dos Alquimistas. Algumas pesquisas e eu tive logo acesso á fórmula para o tratamento anti-tatuagens. Jill voltou depois, carregando um copo cheio de água. –Isso é suficiente? Se estivéssemos em outro qualquer clima, eu poderia ter retirado directamente a partir do ar. – –Está tudo bem–, eu disse, contente por o clima mantê-la longe da magia. Eu fiz uma leitura rápida na fórmula, analisando quais os ingredientes necessários. Eu mentalmente excluí as que eu sabia serem específicas para o ouro. Algumas nem sequer tinha, mas eu certamente sabia que eram simplesmente para o conforto da pele e não eram necessárias. Comecei a puxar os ingredientes do meu kit, medi cuidadosamente embora ainda me movendo tão rapidamente quanto possível – para outro copo. Fiz substituições que eram necessárias e acrescentei um ingrediente que eu sabia que iria quebrar o cobre, embora a quantidade necessária era apenas uma suposição da minha parte. Quando terminei, tomei a água de Jill e acrescentei a mesma quantidade que estava no manual original de instruções. O resultado final foi um líquido que me lembrou o iodo. Levantei-o e me senti um pouco como um cientista louco. Jill me tinha visto sem comentar todo o tempo, sentindo a urgência. Seu rosto estava cheio de preocupação,
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mas ela estava mordendo de volta todas as perguntas que eu sabia que ela tinha. Ela me seguiu quando eu sai do quarto e voltei para o de Kristin. Mais raparigas estavam lá do que antes, e honestamente era uma maravilha a Sra. Weathers não ouvir todo aquele barulho. Para um grupo que tinha tanta intenção de proteger suas preciosas tatuagens, eles não estavam sendo particularmente discretos. Voltei para o leito de Kristin, encontrando-a inalterada. –Exponham o pulso novamente, e mantenham o braço dela assim o máximo possível para mim.– Eu não dirigi o comando para ninguém, mas coloquei força suficiente na voz para sentir que certamente alguém iria obedecer. Eu estava certa. –Se isto não funcionar, vamos a um médico.– Minha voz não deixou espaço para discussão. Julia parecia mais pálida do que Jill, mas deu um fraco aceno de aceitação. Peguei no pano que ela tinha vindo a utilizar e mergulhei-a no meu copo. Eu realmente nunca tinha visto isto a ser feito e tive que adivinhar como aplicá-la. Eu fiz uma oração silenciosa e, em seguida, pressionei a toalha contra a tatuagem no pulso de Kristin. Ela soltou um grito estrangulado, e seu corpo inteiro pulou. Algumas raparigas próximas instintivamente ajudaram a segurá-la. Pequenas nuvens de fumaça serpenteavam onde eu estava segurando a toalha contra ela, e eu senti um forte odor de acre. Esperando, o que eu esperava que fosse uma quantidade de tempo aceitável, eu finalmente removi o pano. A linda margarida estava mutilada diante dos nossos olhos. Suas linhas perfeitas começaram a correr num borrão. O cobre começou a mudar de cor, escurecendo num verde azulado. Em pouco tempo, o desenho ficou irreconhecível. Aquilo ficou numa bolha amorfa. Em torno dela, vergões vermelhos apareceram na pele, mas aquilo parecia ser mais uma irritação superficial do que alguma coisa terrível. Ainda assim, a coisa toda parecia terrível e eu olhei em horror. O que eu tinha feito? Todo mundo ficou em silêncio, ninguém sabendo o que fazer. Um par de minutos se passou, mas eu senti como horas. Abruptamente, Kristin parou de se mexer. Sua respiração ainda parecia forçada, mas ela piscou, seus olhos focaram como se de repente visse o mundo pela primeira vez. Suas pupilas ainda estavam enormes, mas ela conseguiu olhar ao redor e por último focou em mim. –Sydney–, arfou Kristin. –Obrigado.–
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Capítulo 16
Eu expliquei a minha experiência de química, dizendo que era apenas uma substância que eu tinha á mão no instante em que recebi a minha tatuagem, no caso de eu ter uma reacção alérgica. Eu certamente não deixei que eles soubessem que fui eu quem fez a mistura. Eu acho que eles caíram na história disfarçada, se não fosse o fato de poucos dias depois, eu fui capaz de descobrir uma fórmula que ajudava a tratar a queimaduras químicas na pele de Kristin. A mistura não fez nada para a mancha de tinta - que parecia ser permanente, salvo que havia algumas tatuagens removidas a laser - mas o vergão dela desapareceu um pouco. Depois disso, a palavra tem em torno de Sydney Melrose era a nova farmacêutica do local. Porque eu tinha extras que sobraram de Kristin, eu dei o restante para o creme de pele de uma rapariga com um serio acne, uma vez que resultou naquilo também. Provavelmente aquilo não me fez nenhum favor. As pessoas se aproximaram de mim para todos os tipos de coisas e até se ofereceu para me pagar. Alguns pedidos eram sem sentido, como a cura para dores de cabeça. Aquelas pessoas que eu simplesmente disse para comprar uma aspirina. Outros pedidos estavam fora do meu poder e nada com o que eu queria lidar, como controle de natalidade. Afora os pedidos estranho, eu realmente não tinha em mente o aumento diário da minha interacção social. Eu era usada pelas pessoas que necessitavam de coisas de mim, de modo que era um território familiar. Algumas pessoas simplesmente queriam saber mais sobre mim como pessoa, o que era novo e mais agradável do que eu esperava. E ainda outros queriam…coisas diferentes de mim. –Sydney–.
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Eu estava esperando que a minha aula de Inglês iniciasse e fiquei surpresa ao ver um dos amigos do Greg Slade em pé sobre minha mesa. Seu nome era Bryan, e embora eu não soubesse muito sobre ele, ele nunca foi tão detestável quanto o Slade, o que era uma ponto a favor de Bryan. –Sim–, perguntei imaginando se ele queria emprestado algumas notas de mim. Ele tinha o cabelo castanho desgrenhado que parecia ser proporcional ao crescimento do penteado e era realmente bonitinho. Ele passou a mão sobre o cabelo enquanto escolhia as suas palavras. –Você sabe alguma coisa sobre filmes mudos?– –Claro–, eu disse. –Os primeiros foram desenvolvidos no final do século XIX e às vezes havia acompanhamento musical ao vivo, ainda que, não foi até 1920 que o som se tornou verdadeiramente incorporado no filme, fazendo eventualmente do silêncio algo fora de moda no cinema. – Bryan ficou boquiaberto, como se aquilo fosse mais do que ele estava esperando. –Oh. Okay. Bem, hum, há um festival de filmes mudos, no centro da cidade na próxima semana. Você acha que gostaria de ir? – Eu balancei minha cabeça. –Não, eu não acho. Eu respeito isso como uma forma de arte, mas realmente não sairia fora para os observar. – –Huh. Tudo bem.– Ele alisou o cabelo para trás de novo, e eu quase poderia vê-lo tacteando em busca de pensamentos. Por que diabos ele estava me perguntando sobre filmes mudos? –E quanto Starship 30? Ele abre sexta-feira. Você quer ver isso? – –Eu realmente não gosto de sci-fi também–, disse. Era verdade, eu achava aquilo completamente improvável. Bryan parecia prestes a rasgar o cabelo desgrenhado. –E há algum filme a sair que você queira ver? – Eu percorri mentalmente uma lista do entretenimento actual. –Não. Nem por isso.– O sino tocou, e com um balançar de cabeça, Bryan escapuliu-se de volta á sua mesa. –Isso foi estranho–, murmurei. –Ele tem gostos ruins para filmes.– Olhando ao meu lado, fiquei surpresa ao ver Julia com a cabeça para baixo em sua mesa, enquanto ela se sacudia com um riso silencioso. –O quê?– –Isso–, ela ofegou. –Isso foi hilário.– –O quê?– Eu disse novamente. –Por quê?–
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–Sydney, ele estava te pedindo para sair!– Eu repensei na conversa. –Não, ele não estava. Ele estava me perguntando sobre cinema. – Ela estava rindo tanto que ela teve de limpar uma lágrima. –Assim, ele poderia descobrir o que você queria ver e levá-la para sair! – –Bem, por que ele simplesmente não disse isso?– –Você é tão adoravelmente abstraída–, disse ela. –Eu espero que esteja ao seu lado no dia em que você realmente perceber que alguém está interessado em você.– Continuei confusa e ela passou o resto da aula se irrompendo com risadinhas espontâneas. Enquanto eu me tornei num objecto de fascinação, a popularidade de Jill caiu. Parte disso era a sua própria timidez. Ela ainda estava tão consciente e preocupada por ser diferente que ela assumiu que todo mundo estava ciente de sua diferença também. Ela continuou a se distanciar de conectar-se com as pessoas por medo, tornando-a de vez como indiferente. Surpreendentemente para fazer isto piorar, o ‘atestado médico’ tinha finalmente chegado através de um Alquimistas. A escola não quis colocá-la numa aula diferente, já que esta estava em progresso. Calouros não eram autorizados a ser assistente de professor como o Trey. Após uma consulta com Miss Carson, eles finalmente decidiram que Jill iria participar em todas as actividades interiores de EF e fazer ‘trabalhos alternativos’ quando estivéssemos ao ar livre. Isso geralmente significava escrever relatórios sobre coisas como a história do softball*. Infelizmente, ficar de fora metade do tempo só conseguiu isolar mais Jill. Micah continuava a gostar dela, mesmo face ás adversidades. –Lee me mandou uma mensagem esta manhã–, ela me disse um dia no almoço. –Ele quer me levar para jantar este fim de semana. Você acha…Quer dizer, eu sei que você teriam que vir também…– Ela olhou incerta entre Eddie e eu. –Quem é Lee?–, perguntou Micah. Ele tinha acabado de sentar com o nosso grupo. Alguns momentos de silêncio constrangedor caiu. –Oh–, disse Jill desviando os olhos. – Ele é um, hum, cara que conhecemos. Ele não anda aqui. Ele anda na faculdade. Em Los Angeles. – Micah processou isso. –Ele convidou-te para um encontro?– –Yeah…nós na realidade já saímos antes. Eu acho que estamos, assim, numa espécie de namoro. – –Nada sério–, disparou logo Eddie. Eu não tinha certeza se ele estava dizendo isso para poupar os sentimentos de Micah ou se era alguma forma de protecção para que Jill não
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ficasse muito perto de ninguém. Micah era bom a esconder suas emoções, dei-lhe um credito por isso. Depois de pensar um pouco mais, ele finalmente deu a Jill um sorriso que só pareceu sair um pouco forçado. –Bem, isso é óptimo. Espero que eu possa conhece-lo.– Depois disso, a conversa se voltou para o próximo jogo de futebol, e ninguém mencionou Lee novamente. Descobrir sobre Lee mudou o modo de agir do Micah em volta da Jill, mas ele ainda assim saia com todos nós o tempo todo. Talvez ele tenha tido a esperança de que Lee e Jill rompessem. Ou poderia simplesmente ser porque Micah e Eddie passavam muito tempo juntos e Eddie era um dos poucos amigos de Jill. Mas o problema não era Micah. Era Laurel. Eu não achava que Micah teria estado interessado em Laurel mesmo se Jill não tivesse aparecido, mas Laurel ainda via Jill como uma ameaça - e fazia tudo á sua maneira para a fazer infeliz. Laurel espalhou rumores sobre Jill e apontava comentários no hall e durante as aulas sobre a sua pele pálida, a altura e a sua magreza – aumentando as inseguranças de Jill. Uma ou duas vezes, ouvi o nome ‘rapariga vampiro’ sussurrada nos corredores. Aquilo fazia o meu sangue gelar, não importando quantas vezes eu me lembrava que era uma piada. –Jill não é o que está mantendo Laurel e Micah separados–, comentei um dia com Julia e Kristin. Elas continuavam a se divertir com os meus esforços de aplicar a lógica e racionalidade para os comportamentos sociais na escola. –Eu não entendo. Ele só não gosta de Laurel. – –Sim, mas é mais fácil para ela pensar que Jill é o problema, quando na verdade, Laurel é apenas uma cadela e Micah sabe disso–, explicou Julia. Desde o encontro desconfortável com Bryan, ela e Kristin tinham se encarregado de tentar educar-me de forma –normal– que os humanos se comportavam. –Além disso, Laurel só gosta de ter alguém para pegar –, disse Kristin. Ela raramente falava sobre a tatuagem mas tinha ficado séria e sóbria desde então. –Ok–, eu disse, tentando seguir a lógica, –mas fui eu quem lhe chamou nomes sobre a morte do seu cabelo. Ela mal me disse uma palavra – Kristin sorriu. –Não é divertido pegar com você. Você responde de volta. Jill não se defende muito e não tem muitas pessoas que a defendem também. Ela é um alvo fácil. – Uma coisa positiva aconteceu, pelo menos. Adrian estava hospedando um bom
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comportamento após o acidente de Los Angeles, embora eu tivesse admirava com o tempo que aquilo já tinha passado. Baseada nas informações que eu recolhia de Jill, ele ainda estava entediado e infeliz. O horário de Lee era errático e de qualquer maneira, não era seu trabalho cuidar de Adrian. Realmente aquilo não parecia ser nenhuma boa solução para ela. Se Adrian cedesse aos seus vícios, ela sofria os efeitos de sua ressaca e seus –intervalos românticos.– Se não cedesse, então ele era infeliz e que a sua atitude lentamente escorria para ela também. A única esperança que eles tinham era que Jill acabasse por aprender o controle de bloqueá-lo fora de sua mente, mas pelo que Rose tinha dito a ela, poderia levar um tempo muito longo. Quando a alimentação seguinte chegou, eu fiquei decepcionada por ver o carro de Keith estacionado na garagem de Clarence. Se ele não iria realmente fazer alguma coisa activa para ajudar nesta tarefa, eu meia que queria que ele apenas ficasse longe por completo. Ele aparentemente pensava que estas visitas de –supervisionar– contava como trabalho e continuava a servir como justificação a sua presença. Excepto quando nos encontramos com Adrian na sala de estar, Keith não estava á vista, nem Clarence. –Onde eles estão?– perguntei a Adrian. Adrian estava recostado no sofá e deixou de lado um livro que ele estava lendo. Eu tinha um pressentimento que ler era uma actividade rara nele e quase me senti mal por interromper. Ele abafou um bocejo. Não havia álcool à vista, mas eu vi o que parecia ser três latas vazias de bebida energética. Ele deu de ombros. –Eu não sei. A falar em algum lugar. Seu amigo tem um senso de humor. Eu acho que ele está alimentando a paranóia de Clarence sobre caçadores de vampiros. – Olhei inquieta para Lee, que tinha imediatamente começado a falar com Jill. Ambos estavam tão envolvidos um com o outro, nem sequer se apercebiam o que o resto de nós estava discutindo. Eu sabia o quanto incomodava Lee falar sobre caçador de vampiro. Ele não ia apreciar que Keith a incentivasse. –Será que Clarence sabe sobre o assassinato em Los Angeles?– perguntou Eddie. Não havia nenhuma razão para Keith, desde que era do conhecimento dos Alquimistas, mas eu não tinha certeza se ele teria feito a conexão com Clarence ou não. –Ele não mencionou isso–, disse Adrian. –Eu juro que Keith só a fazer isto porque ele está entediado ou outra coisa. Mesmo eu não afundava tão baixo. – –É isso que você tem vindo a fazer em vez disso?– perguntei. Sentei-me na frente dele e apontei para as bebidas energéticas.
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–Hey, não é vodka ou conhaque ou… bem, qualquer coisa boa.– Adrian suspirou e derrubou uma para poder beber as últimas gotas. –Então me dê algum crédito. – Eddie olhou para as latas. – Jill não disse que ela teve problemas para dormir na noite passada? – –Adrian–, eu disse com um gemido. Eddie estava certo. Eu dei conta de Jill se agitar e virar constantemente. Vício em cafeína certamente não explicava. –Hey, eu estou tentando–, disse Adrian. –Se você pudesse me tirar daqui, Sage, então eu não seria forçado a afogar minhas mágoas em taurina** e ginseng***. – –Ela não pode, Adrian, e você sabe disso–, disse Eddie. –Você não pode… Eu não sei. Encontrar um hobby ou qualquer coisa? – –Ser encantador é o meu hobby–, disse Adrian obstinadamente. –Eu sou a vida duma festa - mesmo sem bebidas. Não significa que eu ficasse sozinho. – –Você pode conseguir um emprego–, disse Eddie, sentando-se num sofá de canto. Ele sorriu, divertindo-se com seu próprio humor. –Resolvia os seus problemas - fazer algum dinheiro e estar próximo de pessoas. – Adrian fez uma careta. –Cuidado, Castile. Há apenas um comediante nesta família. – Eu endireitei-me –Isso não é realmente uma má ideia.– –É uma ideia terrível–, disse Adrian olhando entre mim e Eddie. –Por quê?– perguntei. –Esta é a parte onde você nos diz que as suas mãos não fazem trabalho manual?– –É mais tipo a parte onde eu não tenho nada a oferecer à sociedade –, ele respondeu. –Eu poderia ajudar-te,– eu ofereci. –Você vai fazer o trabalho e dá-me a salário? – Adrian perguntou esperançosamente. – Porque isso realmente poderia ajudar. – –Eu posso lhe dar uma carona para as suas entrevistas,– eu disse.–E eu posso te fazer um currículo para que você consiga qualquer trabalho.– Olhei-o e reconsiderando. – Bem, dentro dos limites da razão. – Adrian esticou-se para trás. –Desculpe, Sage. Apenas não sinto isso. – Clarence e Keith entraram naquele momento. O rosto de Clarence estava exuberante. – Obrigado, obrigado–, ele estava dizendo. –É tão bom falar com alguém que entende as minhas preocupações com os caçadores. – Eu não tinha conhecimento de que Keith entendia alguma coisa excepto a sua própria natureza de auto-serviço. O rosto de Lee escureceu quando se apercebeu de que Keith foi promover a irracionalidade do velho. No entanto, o Moroi ficou com os comentários
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que sem dúvida ele queria fazer. Foi a primeira vez que eu tinha visto qualquer tipo de emoção escura no rosto de Lee. Parecia como se Keith pudesse derrubar até mesmo a pessoa mais alegre. Clarence estava feliz por nos ver tal como estava Dorothy. Os humanos que devam o sangue para os vampiros não eram apenas nojentos por causa do acto em si. O que realmente era terrível era o vício que resultava. Os vampiros libertavam endorfinas naqueles em que bebiam, e essas endorfinas criavam uma espécie de alto prazer. Alimentadores humanos que viviam entre os Moroi passavam os dias inteiros drogados, tornando-se fortemente dependentes disso. Alguém como Dorothy, que apenas tinha vivido com Clarence por anos, não tinha experimentado mordidas suficientes para realmente ficar viciada. Agora, com a Jill e Adrian ao redor, a quantidade de endorfinas em sua vida diária estava a aumentar. Seus olhos brilharam quando viu Jill, mostrando que ela estava ansiosa por mais.–Hey, Sage–, disse Adrian. –Eu não quero uma entrevista, mas você acha que poderia me dar uma carona para arranjar alguns cigarros? – Ia começar a dizer-lhe que não o ia ajudar com um hábito tão sujo, quando notei que ele olhava significativamente para Dorothy. Ele estava tentando me tirar daqui? Eu me perguntei. Dar-me uma desculpa para não estar perto da alimentação? Pelo que entendia, os Moroi normalmente não escondiam a sua alimentação uns dos outros. Geralmente Jill e Dorothy apenas saiam da sala para meu conforto. Eu sabia que elas provavelmente iriam fazê-lo novamente, mas decidi que iria aproveitar a oportunidade para fugir. Claro, tinha que olhar para Keith para confirmar, esperando que este protestasse. Ele apenas deu de ombros. Parecia como se eu fosse a última coisa em sua mente. –Ok–, disse levantando-me. –Vamos–. No carro, Adrian se virou para mim. –Eu mudei de ideia–, disse ele. –Vou levá-la para me ajudar a conseguir um emprego. – Eu quase desviei contra o outro tráfego. Pouca coisa vindo dele me poderia surpreendeu mais - e ele disse coisas muito surpreendentes de uma forma regular. –Isso foi rápido. Você está falando sério? – –Tanto quanto já sou. Você ainda vai me ajudar? – –Acho que sim, embora não haja tanta coisa que eu possa fazer. Eu não posso realmente conseguir-te um emprego.– Corri a minha lista mental do que eu sabia sobre Adrian. – Eu não suponho que você tenha alguma ideia do que você realmente gostaria de fazer? –
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–Eu quero algo divertido–, disse ele, pensando um pouco mais. –E eu quero fazer muito dinheiro - mas fazer o mínimo trabalho possível. – –Bonito–, eu murmurei. –Isso diminui a procura.– Chegamos ao centro da cidade, e eu consegui fazer um trabalho impecável ao estacionar á primeira que não o impressionou quase tanto como aquilo foi. Estávamos bem na frente de uma loja de conveniência, e eu fiquei lá fora enquanto ele entrou. Sombras do anoitecer estavam caindo. Eu estive fora do campus o tempo todo, mas até agora, minhas viagens tinham sido para a casa de Clarence, campos de mini golfe, e um conjunto de fast-food. Descobriu-se com aquilo que a cidade de Palm Springs era muito bonita. Boutiques e restaurantes alinhavam-se nas ruas, e eu poderia passar horas a observar o movimento das pessoas. Aposentados vestidos com roupas para o golfe passeava ao lado de jovens chiques. Eu sabia que um monte de celebridades vinham para cá também, mas eu não estava suficientemente em sintonia com o mundo do espectáculo para saber quem era quem. –Cara–, disse Adrian, emergindo da loja. –Eles aumentaram o preço da minha marca normal. Eu tive quecomprar uma porcaria. – –Você sabe–, eu disse. –Deixar de fumar também seria realmente uma grande forma de salvar algum...– Eu congelei quando eu vi algo na rua. Três quadras de distância, através das folhasde algumas palmeiras, eu simplesmente poderia apenas reparar num sinal onde se lia Nevermore em ornamentadas letras góticas. Aquele era o lugar. A fonte das tatuagens que corriam excessivamente sobre Amberwood. Desde o incidente de Kristin, eu queria aprofundar mais nesse ponto, mas não sabia ao certo como faze-lo. Agora eu tinha a minha chance. Por um momento, lembrei-me de Keith dizendo para não me envolver com qualquer coisa que possa chamar a atenção ou causar problemas. Então eu pensei sobre a forma como Kristin tinha olhado durante a sua overdose. Esta era a minha oportunidade de realmente fazer alguma coisa. Eu fiz uma decisão. –Adrian–, disse. –Preciso de sua ajuda.–Puxei-o para o estúdio de tatuagem, colocandoo a par da situação. Por um momento, ele parecia tão interessado no forte sintoma induzido pelas tatuagens que eu pensei que ele queria uma. Entretanto, quando eu falei sobre Kristin seu entusiasmo desapareceu. –Mesmo se não for tecnologia Alquimista, eles ainda estarão a fazer algo perigoso –, expliquei. –Não apenaspara Kristin. O que Slade e esses caras estão fazendo - usando
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esteróides para serem bons no futebol - é muito ruim. As pessoas estão se machucando.– De repente, pensei nos cortes e contusões de Trey. Um pequeno beco separava o estúdio de tatuagem de um restaurante vizinhos, e paramos um pouco antes dali. A porta abriu-se dentro do beco, ao lado do salão, e um homem saiu e acendeu um cigarro. Ele deu apenas duas passadas quando outro homem enfiou a cabeça para fora da porta e disse: –Quanto tempo você vai demorar?– Eu podia ver prateleiras e mesas por trás dele.–Basta correr até a loja–, disse o homem com o cigarro. –Volto em dez minutos.– O outro cara voltou para dentro, fechando a porta. Alguns momentos depois, vimos através da janela da frente da loja, ele arrumando alguma coisa no balcão. –Eu tenho de entrar lá–, eu disse para Adrian. –Dentro daquela porta. – Ele arqueou uma sobrancelha. –O que, como escapulir lá para dentro? Como uma operação secreta vinda de você. E oh, você sabe - perigoso e ridiculo. – –Eu sei–, disse, surpresa com a calma que soou ao admitir isso. –Mas eu tenho que saber alguma coisa, e esta pode ser minha única chance.– –Então eu vou com você, caso esse cara volte –, disse ele com um suspiro. –Nunca deixe ninguém dizer que Adrian Ivashkov não ajuda donzelas em perigo. Além disso, você o viu? Ele parecia um motoqueiro louco. Ambos pareciam. ––Eu não quero que você … espere.– Inspiração súbita. –Você fala com o cara de dentro. – –Huh?– –Vá na frente. Distraí-o para que eu possa olhar ao redor. Fale com ele sobre…Eu não sei. Pense nalguma coisa.– Nós rapidamente fizemos um confuso plano. Enviei Adrian para o seu caminhoenquanto eu desci para o beco e me aproximei da porta. Eu puxei a alavanca e a encontrei bloqueada. –É claro–, eu murmurei. Que negócio deixaria uma porta remota como esta exposta e desbloqueado? Meu brilhante plano começou a se desmoronar até que me lembrei que eu tinha na minha bolsa o–essencial– dos Alquimistas. Meu kit completo era raramente necessário, pondo de parte as crises de acne do ensino médio, por isso era geralmente guardada em casa. Mas Alquimistas estavam sempre de plantão, não importa onde eles estavam, para encobrir avistamentos de vampiro. E assim, nós sempre mantínhamos um par de coisas connosco em todos os momentos. Uma era a substância que poderia dissolver um corpo de Strigoi em menos de um
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minuto. O outro era quase igualmente eficiente na dissolução do metal. Era um tipo de ácido, e eu mantinha-o protegido num frasco na minha bolsa. Rapidamente, eu pesquei-a e desaparafusei o topo. Um cheiro amargo me acertou e me fez rugas no nariz. Com o conta-gotas da garrafa de vidro e com muito cuidado eu abaixei aquilo e coloquei algumas gotas, mesmo no centro da fechadura. Eu imediatamente dei um passo atrás enquanto uma névoa branca se levantava a partir do contacto. Dentro de trinta segundos, aquilo tinha se dissipado e havia um buraco no meio da maçaneta da porta. Uma das coisas legais sobre essas coisas, ao qual nós chamávamos fogo rápido, era que a sua reacção ocorria extremamente rápida. Era agora inerte e não representava qualquer perigo para a minha pele. Eu empurrei para baixo a maçaneta e abriu. Eu só abri uma fresta da porta, apenas para determinar que não havia ninguém por perto. Nada. Vazio. Eu rastejei para dentro e fechei a porta silenciosamente atrás de mim, prendendo com um parafuso interior para me certificar de que ficou bloqueada. Como eu tinha visto do lado de fora, o lugar era uma arrecadação, coberta com todos os tipos de ferramentas do comércio de tatuagem. Três portas me rodeavam. Uma para um banheiro, outra para uma sala escura e outra para a frente da loja, para o balcão principal. Luz derramava por aquela porta, e eu podia ouvir a voz do Adrian. –Meu amigo tem uma,– ele estava dizendo. –Eu já vi isso, e ele me disse que este é o lugar que ele a conseguiu. Vamos lá, não brinque comigo. – –Desculpe–, veio a resposta ríspida. –Não faço ideia do que você está falando. – Eu lentamente comecei a revistar os armários e as gavetas, lendo os rótulos e procurando qualquer coisa suspeita. Havia um monte de suprimentos e não muito tempo. –A coisa toda é dinheiro?–, perguntou Adrian. –Porque eu tenho o suficiente. Apenas me diga quanto custa. – Houve uma longa pausa, e eu esperava que Adrian não fosse convidado a mostrar algum dinheiro, uma vez que o seu último dinheiro tinha sido para promover o câncer.–Eu não sei–, disse o cara por fim. –Se eu fosse capaz de fazer essa tatuagem cobre que você está falando - e não estou dizendo que eu posso - você provavelmente não teria recursos para isso. – –Eu estou te dizendo–, disse Adrian. –Apenas diga o seu preço. – –No que você está interessado exactamente?– O homem perguntou lentamente. – Apenas a cor?–
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–Eu acho que nós dois sabemos–, disse Adrian astuciosamente. –Eu quero a cor. Eu quero os ‘efeitos de bónus’. E eu quero que fique tipo foda. Você provavelmente não consegue mesmo fazer o desenho que eu quero.– –Isso é o menor de suas preocupações–, disse o cara.–Eu venho fazendo isso há anos. Eu posso desenhar qualquer coisa você quer. – –Yeah? Você pode desenhar um esqueleto a andar de moto com chamas saindo dela? E eu quero um chapéu pirata no esqueleto. E um papagaio no seu ombro. Um papagaio esqueleto. Ou talvez um papagaio esqueleto ninja? Não, isso seria um exagero. Mas seria legalse o esqueleto motociclista pudesse estar a disparar algumas estrelas ninja. Que estão no fogo. – Enquanto isso, eu ainda não tinha visto nenhum sinal do que eu precisava, mas havia um milhão de cantos e recantos deixados por explorar. Pânico começou a crescer em mim. Eu estava ficando sem tempo. Então, vendo a sala escura, eu corri para ela. Com um rápido olhar em direcção a frente de loja, eu liguei a luz e segurei minha respiração. Ninguém deve ter notado nada, porque a conversa continuava onde havia parado. –Isso é a coisa mais ridícula que já ouvi–, disse o tatuador. –Não é isso que as senhoras vão dizer–, disse Adrian.–Olhe garoto,– disse o cara. –Nem é mesmo sobre o dinheiro. É sobre disponibilidade. Isso é um monte de tinta que você está falando, e eu não tenho muito em estoque. – –Bem, quando o seu fornecedor vai entregar a próxima encomenda?– perguntou Adrian. Eu olhei com admiração para o que tinha encontrado: Eu estava na sala onde as tatuagens eram feitas. Houve uma cadeira longa - muito mais confortável do que a mesa onde eu recebi a minha tatuagem – e ao lado uma pequena mesa coberta com o que parecia ser instrumentos recentemente utilizados. –Eu já tenho algumas pessoas em lista de espera à frente de você. Não sei quando haverá mais. – –Você pode me chamar quando você souber?– Adrian perguntou.–Eu te darei meu contacto. Meu nome é Jet Steele.– Se não fosse pela minha situação tensa, eu teria gemido. Jet Steele? Realmente? Antes que eu pudesse pensar muito mais sobre isso, eu finalmente encontrei o que eu tinha vindo procurar. A arma de tatuar estava em cima da mesa e tinha o seu próprio recipiente de tinta, mas repousando na proximidade havia vários frascos menores. Todos eles estavam vazios, mas alguns ainda tinham resíduos metálicos suficientes, para expor-me os seus ingredientes. Sem sequer pensar duas vezes, eu rapidamente
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comecei a recolhe-los e coloquei-os na minha bolsa. Perto dali, notei alguns frascos lacrados com líquido escuro. Eu congelei por um momento. Cuidadosamente, eu escolhi um, peguei-o, abri a tampa e farejei. Era o que eu temia. Eu fechei a tampa de volta e acrescentei aos frascos na minha bolsa. Só então, eu ouvi um barulho atrás de mim. Alguém estava tentando abrir a porta dos fundos. Eu tranquei-a trás de mim, no entanto, aquilo não chegava. Ainda assim, isso significava que meu tempo para bisbilhotar estava no fim. Eu estava apenas fechando a minha bolsa quando ouvi portada loja da frente a ser aberta. –Joey, por é que a porta dos fundos está bloqueada?– Uma raiva voz exigiu. –É sempre bloqueada.––Não, no ferrolho. A partir do interior. Não foi quando eu saí. – Era a pista para a minha saída. Eu me lancei a apagar a luz e comecei às pressas a sair através da arrecadação. –Espere!–, exclamou Adrian. Havia uma nota de ansiedade na sua voz, como se ele estivesse tentando conseguir alguma atenção. Tive a desagradável sensação de que os dois caras que trabalhavam aqui, estavam a vir para a arrecadação para investigar. –Eu preciso saber uma outra coisa sobre a tatuagem. O papagaio pode também estar a usar um chapéu de pirata? Tipo de miniatura? – –Um minuto. Temos que verificar uma coisa.– A voz estava mais alta do que antes. Perto.Minhas mãos se atrapalhavam enquanto eu destravava o ferrolho. Consegui e abri a porta, correndo logo para o exterior enquanto eu ouvia vozes atrás de mim. Sem parar para olhar para trás, eu fechei a porta e corri para fora do beco, até a rua de volta para onde eu tinha estacionado. Eu tinha certeza que os caras não tinham conseguido dar uma boa olhada em mim. Eu acho que tinha acabado por ser uma figura correndo para fora da porta. Ainda assim, eu estava grata pela multidão de pessoas na rua. Eu era capaz de me misturar, enquanto voltava a minha atenção para o meu carro e destrancado a porta. Minhas mãos estavam suadas e tremiam, atrapalhando-me com as chaves. Eu queria muito olhar para trás de mim, mas estava com medo de atrair a atenção dos dois homens, se eles estivessem lá fora á minha procura. Embora eles não tivessem nenhuma razão para suspeitar de mim…Uma mão agarrou o meu braço e puxou-me para longe. Eu engasguei. –Sou eu–, disse uma voz. Adrian. Dei um suspiro de alívio. –Não olhe para trás–, disse ele calmamente. –Só entre no carro. –
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Obedeci. Uma vez que ambos estávamos em segurança lá dentro, eu dei uma respiração profunda, oprimida pelo bater do meu coração. Medo nascido da adrenalina subiu ao meu peito tão fortemente que doeu. Fechei os olhos e recostei-me. –Foi por pouco–, disse. –E você esteve bem, já agora. – –Eu sei–, disse ele com orgulho. –E na verdade, eu meio que quero aquela tatuagem agora. Você encontrou o que estava procurando? – Abri os olhos e suspirei. –Sim e muito mais. – –Então, o que é? Eles estão colocando drogas nas tatuagens? – –Pior ainda,– eu disse. –Eles estão usando sangue de vampiro.–
*É uma variação do basebol, mas mais –leve–. As regras são praticamente as mesmas, mas existem algumas diferenças: no tamanho da bola (maior no softball), nas dimensões do campo (menor do que o basebol) e no tempo de jogo (menor no softball). O lançamento da bola também é feito de forma diferente. No softball este é feito ao nível da anca, por baixo, enquanto no basebol é feito por cima. O objectivo é marcar o maior número de pontos. Curiosidade: este é o desporto preferido dos Jonas Brothers. **um ácido orgânico, a taurina age como um transmissor metabólico e fortalece as contracções cardíacas. É usada em bebidas energéticas devido ao seu efeito desintoxicador, facilitando a excreção de substâncias que não são mais importantes para o corpo pelo fígado ***planta utilizada na medicina chinesa há milhares de anos para incrementar a longevidade e a qualidade de vida. Sabe-se que o ginseng proporciona melhoras na circulação sanguínea, gerando, consequentemente, melhora generalizada na disposição física e mental
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Capítulo 17
Minha descoberta colocou o problema das tatuagens num nível totalmente novo. Antes, eu apenas pensei que estava lutando contra pessoas que usavam técnicas semelhantes aos métodos dos Alquimistas, para expor Amberwood às drogas. Teria sido uma questão moral. Agora, com sangue no meio - era uma questão de Alquimista. Nosso propósito era proteger os humanos desde a existência dos vampiros. Se alguém ilicitamente estava a colocar sangue de vampiro nos humanos, eles estavam a cruzar a linha que nós trabalhamos, rigidamente, todos os dias, para manter. Eu sabia que deveria informar isto imediatamente. Se alguém tinha colocado as suas mãos no sangue de vampiro, os Alquimistas precisavam de enviar forças para aqui e investigar. Se eu seguisse a cadeia normal de comando, eu suponho que a coisa teria de ser: contar ao Keith e deixá-lo dizer aos nossos superiores. No entanto, se ele fizesse isso, eu não tinha dúvida de que ele teria todo o crédito por descobrir isto. Eu não podia deixar isso acontecer - e não porque eu queria a glória para mim. Muitos Alquimistas equivocados acreditavam que o Keith era uma pessoa às direitas. Eu não queria alimentar aquilo. Mas antes de fazer alguma coisa, eu precisava descobrir o resto do conteúdo dos frascos. Eu poderia fazer suposições de resíduos metálicos, mas não tinha certeza se, como o sangue, aquilo veio directo do catálogo dos Alquimistas ou se era apenas uma imitação. E se fossem as nossas fórmulas, não era óbvio à primeira vista qual eram qual. O pó de prata de um frasco, por exemplo, poderia ter sido um composto pouco diferente dos Alquimistas. Eu tinha os meios para fazer algumas experiências e descobrir, mas uma substância me iludiu. Era claro, aquele líquido ligeiramente espesso não tinha um odor perceptível. Meu palpite é que era o narcótico utilizado nas tatuagens celestiais.
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Sangue de vampiro não causaria aquela intensidade, embora fosse absolutamente explicável o atletismo louco a partir do chamado tatuagens de aço. Então, comecei a marcha das experiencias que eu conseguiria, enquanto continuava com a rotina normal da escola. Estávamos jogando basquete interior em EF esta semana, então Jill estava participando e sendo submetida aos comentários mórbidos de Laurel. Eu continuei ouvindo-a dizer coisas como: –Você não acha que ela seria muito melhor uma vez que é tão alta. Ela pode praticamente tocar no cesto sem saltar. Ou talvez ela deveria se transformar num morcego e voar até lá. – Estremeci. Eu tinha que continuar dizendo a mim mesma, para não fazer um grande negócio das piadas, mas cada vez que eu ouvia um, pânico tomava conta de mim. No entanto eu tive que escondê-lo. Se eu quisesse ajudar Jill, eu precisava de parar aquele gracejar de vez - não apenas a coisa do vampiro. Desenhar mais atenção a esses comentários não ajudaria. Micah tentava confortar Jill após cada ataque, o que claramente enfurecia mais Laurel. Não era apenas os comentários de Laurel que chegavam aos meus ouvidos. Desde a minha incursão ao estúdio de tatuagens, eu tinha ouvido uma boa quantidade de informações interessantes de Slade e seus amigos. –Bem, ele disse quando?– Miss Carson estava dando assistência, e Slade estava interrogando um cara chamado Tim sobre a sua recente viagem ao estúdio. Tim balançou a cabeça. –Não. Eles estão tendo alguns problemas com a sua remessa. Parece que o fornecedor tem aquilo, mas não quer desfazer-se daquilo pelo mesmo preço. – –Droga–, rosnou Slade. –Preciso de um retoque.– –Hey–, disse Tim. –E eu? Eu nem sequer tive o meu primeiro. – Não foi o primeiro comentário que eu ouvi de alguém que já teve uma celestial e precisava de um retoque. Vício em acção. Rosto de Jill estava dura quando EF terminou, e eu tive a sensação de que ela estava tentando não chorar. Tentei conversar com ela no vestiário, mas ela simplesmente balançou a cabeça e dirigiu-se para os chuveiros. Eu estava prestes a ir para lá quando ouvi um grito. Aqueles de nós que ainda estavam pelos armários correram para a ala dos chuveiros para ver o que estava acontecendo. Laurel puxou a cortina do seu chuveiro e veio correndo para fora, indiferente ao fato de
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ela estar nua. Eu fiquei boquiaberta. Sua pele estava coberta de um fino brilho de gelo. Gotículas de água do chuveiro tinham congelado sobre a sua pele e cabelo, embora no calor húmido do resto do banheiro, elas já estavam a começar a derreter. Olhei para o chuveiro em si e percebi que a água que sai da torneira também foi congelada. Os gritos de Laurel trouxeram correndo Miss Carson - chocada como o resto de nós na aparentemente impossibilidade que acabamos de testemunhar. Ela finalmente declarou que era algum tipo de problema esquisito com os tubos e o aquecedor de água. Aquilo era típico dos meus companheiros humanos. Eles sempre chegam a uma rebuscada explicação científica antes de investigar o fantástico. Mas eu não tinha nenhum problema com isso. Aquilo fazia o meu trabalho mais fácil. Miss Carson tentou levar Laurel a um chuveiro diferente para tirar o gelo fora, mas ela recusou. Ela esperou que tudo o gelo se derretesse para, em seguida, se limpar. Seu cabelo estava atroz, quando ela finalmente se foi para a próxima aula dela, e eu sorri. Imaginei que não houvesse arremesso de cabelo hoje. –Jill,– chamei-a, avistando-a a tentar se misturar ao grupo de raparigas saindo dos armários. Ela olhou culpada por cima do ombro, mas caso contrário ela fingiu não me ouvir. Eu segui logo atrás dela. –Jill!– Eu chamei-a novamente. Ela definitivamente estava a evitar-me. No hall Jill viu Micah e correu para ele.Esperta. Ela sabia que eu não iria perguntar qualquer questão perigosa com ele por perto. Ela conseguiu evitar me o resto do dia, mas eu estaquei fora do nosso quarto até que ela finalmente chegou a moradia, pouco antes do toque de recolher. –Jill–, exclamei, assim que ela atravessou a porta. –O que você estava pensando?– Ela jogou seus livros no chão e se virou para mim. Eu tive um pressentimento que não fui a única a preparar um discurso hoje. –Eu estava pensando que estou cansada de ouvir Laurel e suas amigas falarem de mim. – –Então você congelou seu chuveiro?– Eu perguntei. –Como é que isso a vai impedir? Não é como você pode reivindicar o crédito disso.– Jill deu de ombros. –Fez-me sentir melhor.– –Essa é a sua desculpa?– Eu mal podia acreditar. Jill sempre me pareceu tão razoável. Ela sobreviveu tornando-se uma princesa e morreu com a cabeça limpa Isto foi o que a quebrou. –Sabe o que você
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arriscou? Estamos tentando não atrair a atenção aqui! – –Miss Carson não acho estranho.– –Miss Carson veio com uma desculpa esfarrapada para se tranquilizar! Isso é o que as pessoas fazem. Tudo o que vai acontecer é ter alguns zeladores a investigar e a dizer que os tubos não congelam aleatoriamente -especialmente em Palm Springs! – –E daí?– Jill exigiu. –O que então? Que o próximo passo deles vai ser que foi magia de vampiro? – –Claro que não,– disse. –Mas as pessoas estão indo falar. Você levantou suas suspeitas.– Ela me olhou com cuidado. –É isso que realmente perturba você? Ou será que é, por eu ter usado magia?– –Isso não é a mesma coisa?– –Não. Quero dizer, você está chateada por eu usar magia, porque você não gosta de magia. Você não gosta de nada que tem a ver com vampiros. Eu acho que isso é pessoal. Eu sei o que você pensa de nós.– Eu gemi. –Jill, eu gosto de você. Você está certa de que magia me faz ficar um pouco desconfortável.– Ok, muito desconfortável. –Mas os meus sentimentos pessoais não vão fazer com que as pessoas se perguntem o que poderia ter causado na água para se congelar assim. – –Não é certo que ela possa continuar fazendo isso!– –Eu sei. Mas você tem que ser melhor do que ela.– Jill sentou-se na cama e suspirou. Daquela forma, a sua raiva parecia se derreter em desespero. –Eu odeio isto aqui. Eu quero voltar para St. Vladimir. Ou para a Corte. Ou Michigan. Qualquer lugar menos aqui.– Ela me olhou suplicante. –Não tem havido qualquer notícia sobre quando eu posso voltar? – –Não–, disse, não querendo dizer a ela que poderia ser um tempo. –Todo mundo está se divertindo muito aqui–, disse ela. –Você adora isto. Você tem toneladas de amigos. – –Eu não tenho…– –Eddie também gosta. Ele tem Micah e alguns outros caras em seu dormitório com quem sair. Além disso, ele me tem para cuidar, o que lhe dá um propósito.– Eu nunca pensei nisso assim, mas percebi que ela estava certa. –Mas e eu? O que eu tenho? Nada, excepto esta estúpida ligação que só me deixa mais deprimida, porque eu tenho que ouvir Adrian a ter pena de si mesmo.–
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–Eu estou levando Adrian a procurar emprego amanhã–,disse não tendo a certeza se isso realmente ajudava. Jill assentiu com tristeza. –Eu sei. Sua vida provavelmente vai ser melhor agora também.– Ela estava se afundando num melodrama e na sua própria auto-piedade, mas à luz de tudo, eu senti tipo como se ela tivesse direito a isso agora. –Você tem Lee,– disse. Aquilo trouxe um sorriso no seu rosto. –Eu sei. Ele é óptimo. Eu gosto muito dele, e eu não posso acreditar… Quero dizer, simplesmente parece loucura que ele goste de mim também. – –Não essa loucura.– Seu brilho desapareceu. –Você sabia que Lee disse-me que achava que eu podia ser modelo? Ele diz que eu realmente tenho a figura de uma modelo humana e que conhece um designer, no centro da cidade, que está à procura de modelos. Mas quando eu disse a Eddie, ele disse que era uma péssima ideia porque eu não posso correr o risco de ter uma foto minha tirada. Ele disse que se fosse vazada, outros poderiam encontrar-me. – –É verdade–, disse. –Em todas as questões. Você tem uma figura de modelo - mas que poderia ser muito perigoso. – Ela suspirou, olhando derrotada. –Vês? Nada funciona para mim.– –Sinto muito, Jill. Sinceramente. Eu sei que é difícil. Tudo o que eu posso pedir é que você continue tentando ser forte. Você realmente esta indo muito bem até agora. Apenas se segure um pouco mais, ok? Simplesmente continue a pensar no Lee –. Minhas palavras soavam ocas, até mesmo para mim. Eu quase perguntei se eu deveria levá-la junto comigo e Adrian, mas finalmente decidi não perguntar. Eu não achava que Adrian precisasse de nenhuma distracção. Eu também não tinha certeza o quão interessante seria para ela. Se ela realmente estava ansiosa por assistir Adrian a passar por entrevistas de emprego, ela poderia –escutar– através do vínculo. Eu me encontrei com Adrian no dia seguinte depois da escola, e pela primeira vez em séculos, nem Lee nem Keith estavam em torno da casa velha. No entanto Clarence estava e ele praticamente me jogou no chão quando entrei. –Você ouviu?– Ele exigiu. –Você ouviu sobre essa pobre menina?– –Que menina?– perguntei. –A que foi morta em Los Angeles algumas semanas atrás –. –Oh, sim,– disse aliviada por não haver novas mortes. –Foi trágico. Temos sorte de não
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haver Strigoi aqui. – Ele me deu um olhar surpreendente sabedor. –Não foi um Strigoi! Você não prestou atenção? Foram eles. Os caçadores de vampiros.– –Mas eles beberam seu sangue, senhor. Você não disse que caçadores de vampiros são humanos? Nenhum humano teria qualquer motivo para beber sangue Moroi.– Ele se afastou de mim e marchou pela sala de estar. Olhei ao redor, imaginando onde Adrian estava. –Todos dizem que isso!–, disse Clarence. –Como se eu já não soubesse disso. Eu não posso explicar por isso eles fazem o que fazem. Eles são muito estranhos. Eles adoram o sol e têm crenças estranhas sobre o mal e a honra - mais incomum do que até mesmo as vossas crenças.– Bem, isso era alguma coisa. Pelo menos ele sabia que eu era humana. Às vezes eu não tinha certeza. –Eles também têm visões estranhas em qual vampiro deve morrer. Eles matam todos os Strigoi sem questionar. Com Moroi e dhampirs, eles estão mais selectivos–. –Você de certeza que sabe muito sobre eles– disse. –Eu fiz disto o meu objectivo, desde Tamara.– Ele suspirou e de repente parecia muito, muito velho. –Pelo menos Keith acredita em mim.– Eu mantive meu rosto inexpressivo. –Oh?– Clarence assentiu. –Ele é um bom rapaz. Você deve dar-lhe uma chance. – Meu controle caiu, e eu sabia que estava carrancuda.–Eu vou tentar, senhor.– Adrian entrou naquele momento, para meu grande alívio. Estar a sós com Clarence era bizarro o suficiente sem ele realmente louvar Keith Darnell. –Pronto?– perguntei. –Pode apostar–, disse Adrian. –Eu não posso esperar por ser um membro da sociedade produtivo.– Eu dei uma olhada na sua roupa e tive que morder quaisquer comentários. Ficava bem, mas é claro, suas roupas sempre ficavam. Jill tinha afirmado que eu tinha um guardaroupa caro, mas o de Adrian soprou o meu para longe. Hoje ele usava uns jeans preto e uma camisa de abotoar cor de vinho. A camisa parecia uma mistura de qualidades de seda, e ele usava solta e desabotoada. Seu cabelo estava com um cuidadoso estilo que parecia que ele tinha acabado de sair da cama. Pena que ele não tinha a textura do meu cabelo. Meu cabelo fazia aquilo sem qualquer estilo nenhum. Eu tinha que admitir, ele estava bonito - mas ele não parecia que estava indo para uma entrevista de emprego. Ele parecia como se ele estivesse prestes a ir a uma boate. Isso
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me deixou numa espécie de conflito. No entanto, eu encontrei-me a admira-lo e outra vez me lembrei daquela impressão que eu as vezes tinha dele, como se ele fosse uma espécie de obra de arte. Era um pouco desconcertante, especialmente desde que eu continuava a dizer a mim mesma que os vampiros não eram atraentes da mesma maneira que os humanos eram. Felizmente, a minha parte prática logo tomou controlo, punindo-me que não importava se ele parecia bonito ou não. O que importava era que ele estava impróprio para entrevistas de emprego. Contudo eu não deveria ter ficado surpreendida. Este era Adrian Ivashkov. –Então o que está na agenda?–, ele me perguntou uma vez que estávamos na estrada. – Eu realmente acho que o 'Presidente Ivashkov’ tem um belo círculo para isto.– –Há uma pasta no banco de trás com o nosso itinerário, Presidente. – Adrian torceu-se para trás e pegou a pasta. Após uma verificação rápida daquilo, ele declarou: –Você ganha pontos pela variedade, Sage. Mas eu não acho que nenhum destes vai manter-me no estilo de vida que eu estou acostumado.– –Seu currículo esta na parte de trás. Eu fiz o meu melhor, mas estamos operando dentro de parâmetros limitados.– Ele folheou os papéis e encontrou o currículo. –Uau. Fui assistente de ensino em St. Vladimir?– Dei de ombros. –Foi o mais próximo que você teve como um emprego.– –E Lissa era o meu supervisor, hein? Espero que ela me dê uma carta de recomendação.– Quando Vasilisa e Rose ainda estavam na escola, Adrian tinha vivido lá e trabalhado com Vasilisa na descoberta do espírito. –Assistente de ensino– era tipo uma área, mas isso tinha feito soar como se ele pudesse fazer múltiplas tarefas e mostrar trabalho com o tempo. Ele fechou a pasta e recostou-se contra o assento, fechando os olhos. –Como está Jailbait? Ela parecia em baixo da última vez que a vi.– Eu considerei mentir, mas percebi que ele provavelmente iria descobrir a verdade, vindo directamente dela ou através das suas próprias deduções. Os julgamentos de Adrian podiam ser questionáveis, mas descobri que ele era excelente a ler as pessoas. Eddie afirmou que aquilo fazia parte de ser um usuário de espírito e, também tinha mencionado algo sobre auras, o que eu não tinha certeza se acreditava nisso. Os Alquimistas não tinham provas concretas de que elas eram reais. –Não esta bem–, disse, dando-lhe o relatório completo enquanto seguíamos caminho.
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–Aquela coisa do chuveiro foi hilariante–, disse ele quando acabei. –Foi irresponsável! Porque não pode alguém ter visto isso?– –Mas aquela cadela mereceu.– Eu suspirei. –Vocês já se esqueceram porque estão aqui? Você em particular! Você a viu morrer. Você não consegue entender o quanto é importante para ela ficar segura e manter-se discreta? – Adrian ficou em silêncio por vários momentos, e quando olhei, seu rosto estava estranhamente sério. –Eu sei. Mas eu, também, não quero que ela seja miserável. Ela…ela não merece isso. Não como o resto de nós.– –Eu acho que nós também não.– –Talvez você não–, disse ele com um pequeno sorriso. –Com seu estilo de vida pura e tudo mais. Eu não sei. Jill é simplesmente…inocente. Foi por isso que a salvei, sabe. Quero dizer, parte dela.– Eu tremi. –Quando ela morreu?– Ele balançou a cabeça, com um olhar incomodado em seus olhos. –Quando eu a vi lá, sangrando e sem se mover…Eu não pensei nas consequências do que eu estava fazendo. Eu apenas sabia que tinha que salvá-la. Que ela tinha que viver. Eu agi sem dúvidas, nem mesmo sabia ao certo se eu poderia fazer aquilo–. –Foi corajoso da sua parte.– –Talvez. Eu não sei. Eu sei que ela passou por muita coisa. Eu não quero que ela passe por mais.– –Nem eu– fiquei tocada pela preocupação. Ele me surpreendeu de uma forma estranha. Às vezes era difícil de imaginar Adrian a se preocupar realmente com qualquer coisa, mas um lado mais suave dele surgia quando ele falava sobre Jill. –Eu faço o que posso. Eu sei que deveria falar mais com ela…ser mais amiga ou mesmo uma irmã falsa. É só… – Ele me olhou. –É assim tão terrível estar á nossa beira?– Corei. –Não–, eu disse. –Mas…é complicado. Certas coisas me foram ensinadas a vida inteira. Essas são difíceis de agitar.– –As grandes mudanças na história vieram porque as pessoas foram capazes de agitar o que os outros diziam para eles fazerem.– Ele olhou para longe de mim, para fora da janela. Aquela declaração irritou-me. Soou como algo bom, é claro. Era o tipo de coisas que as pessoas diziam o tempo todo, sem realmente entender as suas implicações. ‘Seja você
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mesma, lute contra o sistema!’ Mas pessoas que diziam a eles - pessoas como Adrian – não tinham vivido a minha vida. Eles não tinham crescido num sistema de crenças tão rígidas, era como estar preso. Eles não tinham sido forçados a desistir da suas capacidades de pensar por eles mesmos ou fazer suas próprias escolhas. Eu percebi que as palavras dele não só me irritaram. Elas me deixaram com raiva. Elas me deixaram com inveja. Eu zombei e joguei fora um comentário digno dele. –Devo adicionar, politico de motivação, no seu currículo?– –Se servir para pagar bem, eu estou dentro. Oh–. Ele se endireitou. –Eu finalmente reconheci-o. Esse cara Micah que você tanto se preocupa.– –Reconheceu-o?– –Yeah. Porque ele parece tão familiar. Micah é a réplica do morto Mason Ashford.– –Quem?– –Um dhampir que esteve em St.Vladimir. Ele foi namorado da Rose por um tempo.– Adrian zombou e descansou sua bochecha contra o vidro. –Bem, na medida em que qualquer um já namorou com ela. Mesmo assim, ela era louca pelo Belikov. Assim como ela era quando nós namorávamos. Não sei se Ashford sempre soube ou se ela foi capaz de enganá-lo o tempo todo. Espero que sim. Pobre coitado.– Eu fiz uma careta. –Por que você diz isso?– –Ele morreu. Bem, foi morto, devo dizer. Você sabe sobre isso? Ano passado, alguns deles foram capturados por Strigoi. Rose e Castile conseguiram sair. Ashfor não.– –Não–, eu disse, fazendo uma anotação mental de dar uma olhada naquilo. –Eu não sabia. Eddie estava lá também? – –Yup. Fisicamente, pelo menos. O Strigoi mantinha-o como alimento, então a maior parte dele era inútil. Você quer falar sobre os danos emocionais? Não procure para além disso.– –Pobre Eddie,– eu disse. De repente, muito sobre o dhampir estava começando a fazer sentido para mim. Chegamos ao primeiro lugar, um escritório de advocacia que estava procurando por um assistente de escritório. O título soava mais fascinante do que realmente era e, provavelmente, envolvia uma série de recados que Trey e eu levávamos para a Ms.Terwilliger. Mas fora as três posições que eu encontrei, este também tinha o maior potencial para um futuro próspero. A empresa, obviamente, estava a dar-se bem, a julgar pela entrada onde nós estávamos á
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espera. Orquídeas gigantes cresciam em vasos bem posicionados e havia ainda uma fonte no meio da sala. Outros três esperavam no hall de entrada connosco. Um deles era uma mulher muito bem vestida na casa dos quarenta. À sua frente estava um homem com a mesma idade, sentado com uma mulher muito mais jovem cuja blusa, de corte baixo, teria conseguido um bilhete para fora de Amberwood. Cada vez que olhava para ela, eu queria cobrir o seu decote com um casaco de malha. Contudo os três – obviamente - se conheciam, porque eles se mantinham a fazer contacto visual e olhares penetrantes para o negócio. Adrian estudou cada um deles por sua vez, e depois se virou para mim. –Este escritório de advocacia–, disse ele em voz baixa. –É especializado em divórcio, não é?– –Sim–, eu disse. Ele balançou a cabeça e levou alguns momentos para processar a informação. Então, para meu horror, ele se inclinou para o outro lado e disse á mulher mais velha: –Ele claramente foi um tolo. Você é uma mulher deslumbrante e elegante. Basta esperar. Ele vai se arrepender.– –Adrian!– Exclamei. A mulher se encolheu de surpresa, mas não parecia inteiramente ofendida. Enquanto isso, do outro lado da sala, a mulher mais jovem endireitou-se de onde estava abraçada contra o homem. –Desculpe?– Ela exigiu. –O que é que isso quer dizer?– Eu quis que a terra me devorasse e me salvasse. Felizmente, a próxima melhor coisa veio quando a recepcionista chamou o trio para se encontrar com o advogado. –Sério?– perguntei quando eles se foram embora. –Você tinha que dizer aquilo?– –Eu falo com a minha mente, Sage. Você não acredita em dizer a verdade?– –Claro que sim. Mas há um tempo e um lugar! Não com perfeitos estranhos que estão, obviamente, numa má situação.– –Tanto faz–, disse ele, olhando extremamente satisfeito consigo mesmo. –Eu totalmente fiz aquela senhora ganhar o dia.– Só então, uma mulher com um terno preto e uns saltos muito altos, emergiu do interior de um escritório. –Sou Janet McCade, a gerente do escritório–, disse ela. Ela olhou entre nós os dois incerta, e então ela se virou para mim. –Você deve ser Adrian–. O erro do nome era compreensível, mas a confusão não prediz nada de bom para ele. Minha avaliação da sua roupa de boate, estava correcta. Minha saia marrom e a blusa marfim aparentemente parecia mais apropriado para uma entrevista.
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–Este é o Adrian,– eu disse, apontando. –Eu sou apenas sua irmã, dando aqui apoio moral.– –Muito gentil de sua parte–, disse Janet, olhando um pouco perplexa. –Bem então. Vamos falar, Adrian?– –Pode apostar–, disse ele, em pé. Ele começou a segui-la, e eu pulei. –Adrian–, eu sussurrei, pegando sua manga. –Você quer dizer a verdade? Fá-lo lá. Não enfeites ou cries reivindicações loucas tipo que você era um promotor publico.– –Entendi–, disse ele. –Isso vai ser canja.– Se por canja ele quis dizer rápido, então ele estava certo. Ele emergiu da porta do escritório, cinco minutos depois. –Eu não suponho,– disse uma vez que estávamos no carro, –Que ela apenas te deu o trabalho só com base na aparência? – Adrian tinha estado com o olhar perdido, mas agora me mostrou um grande sorriso. – Por que, Sage, você é uma doce gabarola.– –Não é isso que quis dizer! O que aconteceu? – Ele deu de ombros. –Eu disse a verdade.– –Adrian!– –Estou falando sério. Ela me perguntou qual era a minha maior força. Eu disse me dando bem com as pessoas.– –Isso não é ruim–, eu admiti. –Então, ela me perguntou qual era a minha maior fraqueza. E eu disse: 'Por onde devo começar?' – –Adrian!– –Pare de dizer o meu nome assim. Eu disse a ela a verdade. Até ao momento que eu estava no quarto, ela disse me que eu poderia ir.– Eu gemi e resisti ao impulso de bater com a cabeça no volante. –Eu deveria ter treinado você. Essa é uma das perguntas rasteiras. É suposto você responder com coisas como ‘eu sou muito dedicado no meu trabalho’ ou ‘eu sou um perfeccionista’.– Ele bufou e cruzou os braços. –Isso é uma total besteira. Quem diria algo assim? – –Pessoas que conseguem emprego.– Uma vez que tínhamos um tempo extra agora, eu fiz o meu melhor para prepará-lo com as respostas antes da próxima entrevista. A entrevista era realmente no Spencer, e eu tinha conseguido que Trey puxasse alguns cordelinhos. Enquanto Adrian estava a ser entrevistado lá atrás, eu fui para uma mesa e pedi um café. Trey veio me visitar, cerca
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de 15 minutos depois. –Será realmente seu irmão?– Ele exigiu. –Sim–, disse, esperando que soasse convincente. –Quando você disse que ele estava procurando um emprego, eu imaginei uma versão masculina de você. Imaginei que ele iria querer o código de cores dos copos ou algo assim.– –Onde queres chegar?– perguntei. Trey balançou a cabeça. –Que é melhor você continuar procurando. Eu estava lá atrás e escutei ele a falar com meu gerente. Ela estava explicando a limpeza que ele teria que fazer todas as noites. Então ele disse algo sobre suas mãos e trabalho manual.– Eu não era do tipo de dizer palavrões, mas neste momento, eu desejei ser. A última entrevista era num bar moderno no centro da cidade. Eu estava colocando fé que, provavelmente, Adrian conhecia cada bebida no mundo e fiz uma falsa credencial no seu currículo, alegando que ele tinha feito um exame para empregado de bar. Eu fiquei no carro desta vez e enviei-o sozinho, imaginando que ele tinha melhor chance aqui. No mínimo, a sua roupa seria apropriada. Quando ele saiu em 10 minutos, eu fiquei horrorizada. –Como?– Eu exigi. –Como você pode ter errado desta vez? – –Quando eu entrei, eles disseram que o gerente estava no telefone e que demoraria uns minutos. Então, sentei-me e pedi uma bebida.– Desta vez, eu bati a minha testa contra o estreito volante. –O que você pediu?– –Um martini.– –Um martini.– Levantei a minha cabeça. –Você pediu um martini antes duma entrevista de emprego.– –É um bar, Sage. Eu imaginei que eles estariam bem com isso.– –Não, você não faz!– Exclamei. O volume da minha voz surpreendeu a nós dois, e ele se encolheu um pouco. –Você não é estúpido, não importa o quanto você finge ser! Você sabe que não pode fazer isso. Você faz isso para se dar mal com eles. Você faz isso para se dar mal comigo! Isso é o que isto tudo sempre foi. Você não tomou nada disto a sério. Você desperdiçou o tempo destas pessoas e o meu, só porque você não tinha nada melhor para fazer! – –Isso não é verdade–, disse ele, embora ele parecia incerto. –Eu quero um emprego…apenas não esses postos de trabalho.–
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–Você não está em posição de escolher. Você quer sair da casa de Clarence? Estes foram os seus bilhetes. Você deveria ter sido capaz de conseguir qualquer um deles se você tivesse acabado por colocar um pouco de esforço. Você é encantador quando quer ser. Você teria consigo colocar a si mesmo num emprego.– Liguei o carro. –Eu terminei por aqui–. –Você não entende–, disse ele. –Eu entendo que você está passando por um tempo difícil. Eu entendo que você está sofrendo.– Recusei-me a olhar para ele e dei toda a minha atenção à estrada. –Mas isso não lhe dá o direito de brincar com as vidas das outras pessoas. Tente cuidar de sua própria vida para variar.– Ele não deu nenhuma resposta até que estávamos de volta a casa de Clarence, e mesmo assim, eu não quis ouvi-lo. –Sage…– ele começou. –Sai–, eu disse. Ele hesitou como se pudesse discordar, mas finalmente consentiu com um aceno rápido. Ele saiu do carro e caminhou em direcção à casa, acendendo um cigarro enquanto entrava. Fúria e frustração queimavam dentro de mim. Como pode uma pessoa enviarme continuamente para tais emoções altas e baixas? Sempre que eu começava a gostar dele e a sentir como se realmente estivéssemos em sintonia, ele ia e fazia alguma coisa deste género. Eu era uma idiota por alguma vez eu ter deixado sentir amizade para com ele. Eu realmente tinha pensado que ele era uma obra de arte mais cedo? Mais como um pedaço de trabalho. Meus sentimentos ainda estavam em rebuliço quando cheguei de volta a Amberwood. Eu, particularmente, recolhi o pensamento de correr com Jill para fora do nosso quarto. Eu não tinha duvidas que ela saberia tudo o que tinha acontecido com Adrian, e eu não tinha vontade de a ouvir a defende-lo. Mas quando entrei no meu dormitório, eu nunca passei da recepção. Sra Weathers. estava na entrada, juntamente com Eddie e um oficial de segurança do campus. Micah rodeava por ali com a cara pálida. Meu coração parou. Eddie correu na minha direcção, pânico escrito sobre todo ele. –Aí está você! Eu não consegui pegar você ou Keith. – –M…meu telefone estava desligado.– Olhei para a Sra. Weathers e o oficial e vi a mesma preocupação em seus rostos como o dele. –O que há de errado?– –É a Jill–, disse Eddie sombriamente. –Ela está desaparecida.–
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Capítulo 18 –O que você quer dizer com ‘desaparecida’?– perguntei. –Era suposto ela nos encontrar um par de horas atrás–, disse Eddie, trocando olhares com Micah. –Eu pensei que talvez ela estava com você.– –Eu não a vejo desde EF.– Eu estava tentando não entrar em pânico ainda. Também havia muitas possibilidades em jogo, e poucas provas para começar a pensar que um louco Moroi dissidente tinha sequestrado ela. –Isto é um lugar muito grande - eu quero dizer, três campus. Tens a certeza de que ela não esta apenas num buraco qualquer a estudar?– –Fizemos uma procura muito exaustiva–, disse o agente de segurança. –E os professores e os funcionários estão em alerta à procura dela. Ainda não temos sinal dela.– –E ela não está respondendo ao celular–, acrescentou Eddie. Eu finalmente deixei o medo se apoderar de mim e meu rosto deve ter mostrado isso. A expressão do oficial amoleceu. –Não se preocupe. Tenho certeza que ela vai aparecer.– Aquilo era o tipo de coisa que as pessoas com a sua profissão tinham de dizer aos membros da família. –Mas você tem alguma outra ideia de onde ela possa estar?– –E quanto ao vosso outro irmão?–, perguntou Micah. Eu estava com medo de que chegasse a isso. Eu estava quase cem por cento certa de que ela não estava com Keith, mas provavelmente ele deve ter sido notificado sobre o seu desaparecimento. Aquilo era algo que eu dispensava agora porque eu sabia que haveria uma repreensão naquilo para mim. Isto também seria um sinal do meu fracasso aos olhos dos outros Alquimistas. Eu deveria ter ficado ao lado da Jill. Esse era meu trabalho, certo? Em vez disso, eu fui – estupidamente – ajudar alguém a entregar
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currículos. Não um qualquer - um vampiro. Era como os alquimistas veriam isto. Amante de vampiro. –Eu justamente estive com Adrian–, disse lentamente. –Suponho que ela pudesse, de alguma forma, ter chegado a casa de Clarence e esperado por ele. Eu não cheguei a entrar lá dentro.– –Eu também tentei Adrian–, disse Eddie. –Sem resposta–. –Desculpe,– eu disse. –Nós estávamos fazendo suas entrevistas, de modo ele deve ter desligado o telefone. Você quer tentar novamente?– Eu certamente não queria. Eddie afastou-se para telefonar a Adrian enquanto eu falava com a Sra Weathers com o oficial. Micah passeava por ali, olhando preocupado e eu me senti culpada por estar sempre a querer afastar ele de Jill. A coisa da raça era o problema, mas ele realmente se importava com ela. Eu disse ao oficial todos os lugares que Jill gostava de frequentar no campus. Eles confirmaram que eles já tinham verificado todos eles. –Você conseguiu alguma coisa dele?– perguntei quando Eddie retornou. Ele balançou a cabeça. –Ela não está lá. Contudo eu me sinto mal agora. Ele ficou muito preocupado. Talvez nós devêssemos ter esperado para lhe contar.– –Não…na verdade, pode ser uma coisa boa.– Encontrei os olhos de Eddie e viu uma centelha de entendimento. As emoções Adrian pareciam invadir Jill quando estes estavam correndo forte. Se ele estava com pânico suficiente, eu espero que ela perceba que as pessoas estão preocupadas e se digne de regressar. Assumindo que ela estava se escondendo ou tinha ido a algum lugar onde nós não conseguíamos encontra-la. Tentei não considerar a alternativa: que algo tinha acontecido e onde ela não conseguia nos contactar. –Às vezes, os alunos apenas esgueiram-se para fora–, disse o oficial. –É inevitável. Normalmente, eles tentam se esgueirar de volta antes do toque de recolher. Esperemos que isto seja o caso agora. Se ela não aparecer, então - bem, então vamos chamar o polícia.– Ele foi embora, para rondar o resto da segurança para verificar a situação, e nós lhe agradecemos pela sua ajuda. Sra. Weathers voltou para a recepção, mas ficou claro que ela estava preocupada e agitada. Ela, as vezes, era considerada como áspera, mas tive a sensação de que ela realmente se preocupava com os estudantes. Micah deixou-nos para se encontrar com alguns amigos dele, que trabalhava no campus, no caso de eles terem visto alguma coisa. Restou Eddie e eu. Sem conferir, nós fomos para algumas cadeiras que estavam no hall
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de entrada. Como eu, achei que ele queria ficar perto da porta para ver Jill no instante em que ela aparecesse. –Eu não deveria tê-la deixado–, disse ele. –Você tinha que fazer–, disse razoavelmente. –Você não pode estar com ela nas aulas ou no quarto dela.– –Este lugar foi uma má ideia. É muito grande. Muito difícil de assegurar.– Ele suspirou. –Não posso acreditar nisto.– –Não….foi uma boa ideia. Jill precisa de alguma semelhança com uma vida normal. Você poderia tê-la trancado num quarto, em algum lugar, e cortado toda a sua interacção, mas seria bom fazer isso? Ela precisa de ir para a escola e estar com as pessoas.– –Embora ela não fez muita coisa sobre isso–. –Não–, admiti. –Ela teve um tempo difícil com isso. Eu tinha a esperança de que fosse melhorar.– –Eu só queria que ela fosse feliz.– –Eu também.– Endireitei-me como se algo alarmante me batesse. –Você não acha…você não acha que ela tenha fugido e voltado para a mãe dela, acha? Ou para a Corte ou para algum outro lugar?– Seu rosto ficou ainda mais desolador. –Espero que não. Você acha que as coisas têm sido assim tão más?– Eu pensei sobre a nossa discussão após o incidente do chuveiro. –Eu não sei. Talvez.– Eddie escondeu o rosto nas mãos. –Eu não posso acreditar nisto–, repetiu ele. –Eu falhei–. No que tocava a Jill, Eddie era geralmente toda a ferocidade e raiva. Eu nunca tinha visto ele tão perto da depressão. Eu tinha vivido com medo do meu próprio fracasso desde que cheguei a Palm Springs, mas só agora percebi que Eddie tinha justamente a mesma coisa. Lembrei-me das palavras de Adrian sobre Eddie e seu amigo Mason, como ele se sentia responsável pela morte do amigo. Se Jill não voltasse, isso seria uma repetição da história? Ela seria outra pessoa que ele havia perdido? Eu pensava que esta missão podia ser uma salvação para ele. Em vez disso, poderia se transformar tudo de novo no Mason. –Você não falhou–, disse. –Você foi encarregado de protegê-la, e você fez isso. Você não pode controlar a felicidade dela. Se qualquer coisa aconteceu, eu sou a culpada. Dei a ela um sermão sobre o incidente do chuveiro.–
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–Sim, mas eu destruí as esperanças dela, quando eu lhe disse a ideia de modelo do Lee não iria funcionar.– –Mas você estava certo sobre …Lee!– engasguei-me. –É isso. É onde ela está. Ela está com o Lee, eu tenho a certeza disso. Você tem o número dele? – Eddie gemeu. –Eu sou um idiota–, disse ele, tomando o celular e digitando um número. –Eu deveria ter pensado nisso.– Toquei na cruz do meu pescoço, fazendo em silêncio uma oração para que isso tudo fosse resolvido facilmente. Enquanto isso significava que Jill estava viva e bem, eu poderia aguentar com a ideia dela e do Lee fugirem. –Hey, Lee? É o Eddie. Jill esta com você?– Houve uma pausa enquanto Lee respondia. A linguagem corporal do Eddie respondeu á minha pergunta antes que eu ouvisse alguma palavra. Sua postura relaxada e de alívio inundou as suas feições. –Ok–, disse Eddie poucos momentos depois. –Bem, trá-la para aqui. Agora. Todo mundo está procurando por ela.– Outra pausa. O rosto de Eddie endureceu. –Nós podemos falar sobre isso mais tarde.– Ele desligou e se virou para mim. –Ela está bem.– –Graças a Deus–,eu respirei. Levantei-me e só então percebi o quanto estava tensa. –Eu já volto.– Encontrei Sra. Weathers e o oficial de segurança e repassei a notícia. O segurança imediatamente espalhou a palavra aos seus colegas e logo saiu. Para minha surpresa, a Sra. Weathers quase parecia que estava à beira das lágrimas. –Você está bem?– Perguntei. –Sim, sim.– Ela ficou confusa e constrangida por ser tão emocional. –Eu estava tão preocupada. Eu…eu não queria dizer nada e assustar-vos a todos, mas cada vez que um aluno desaparece…bem, alguns anos atrás, uma outra rapariga desapareceu. Nós achávamos que ela tinha justamente se esgueirado lá para fora - como Matt disse, isso acontece. Mas isso se tinha transformado…– Sra. Weathers fez uma careta e olhou para distância. –Eu não deveria estar dizendo isto.– Como ela poderia parar com esse tipo de interrupção. –Não, por favor. Diga-me. – Ela suspirou. –A polícia encontrou-a um par de dias mais tarde, morta. Ela tinha sido sequestrada e morta. Foi terrível e nunca pegaram o assassino. Agora eu só penso naquilo sempre que alguém desaparece. Nunca aconteceu de novo, é claro. Mas é algo que deixa cicatrizes em você.– Eu podia imaginar isso. E enquanto voltava para a beira do Eddie, eu lembrei-me
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novamente dele e do Mason. Parecia que todos estavam carregando bagagens de eventos passados. Eu certamente estava. Agora que a segurança de Jill não era mais uma preocupação, tudo o que eu pensava era: O que será que os Alquimistas vão dizer? O que o meu pai vai dizer? Eddie estava a desligar o telefone novamente quando me aproximei. –Eu liguei para o Micah para lhe dizer que está tudo bem–, ele explicou. –Ele estava realmente preocupado.– Todos os sinais de trauma da Sra. Weathers desapareceram no instante em que Jill e Lee passaram pela porta. Jill realmente parecia optimista até que viu todos os nossos rostos. Ela chegou a um impasse. Ao seu lado, Lee já parecia sombrio. Eu acho que ele sabia o que vinha por ai. Eddie e eu corremos para a frente, mas não tivemos oportunidade de falar de imediato. A sra. Weathers imediatamente exigiu saber onde eles estavam. Mais do que encobrir, Jill confessou e disse a verdade: ela e Lee tinham ido a Palm Springs. Ela teve o cuidado de certificar-se de Lee não era acusado de qualquer sequestro, jurando que ele não sabia que ela só podia sair com a aprovação dos membros da família. Confirmei isso - apesar de, na minha opinião, Lee estava ao corrente daquilo. –Você pode esperar lá fora?– Perguntei-lhe educadamente. –Eu gostaria de falar com você depois em particular.– Lee obedeceu, piscando um olhar de desculpas a Jill. Ele acariciou levemente a mão dela em sinal de despedida e se virou para diante. Foi a sra.Weathers que o deteve. –Espere–, disse ela, olhando para ele com curiosidade. –Eu te conheço?– Lee olhou assustado. –Eu acho que não. Eu nunca estive aqui antes.– –Há algo de familiar em você–, ela insistiu. Sua carranca se aprofundou por mais alguns momentos. Por fim ela deu de ombros. –Não pode ser. Eu devo estar enganada.– Lee balançou a cabeça, encontrou novamente os olhos de Jill com simpatia e saiu. Sra. Weathers não tinha terminado com Jill. Ela lançado um sermão sobre o quão perigoso e irresponsáveis eles tinham sido. –Se você ia esgueirar-se para fora e quebrar as regras, você poderia ter - pelo menos – dito isso aos seus irmãos. Eles estavam morrendo de medo por você.– Era quase engraçado, o seu aconselhamento sobre ser ‘responsável’ a quebra de regras. Considerando o quanto eu estava em pânico, eu não consegui encontrar nada de divertido naquele momento. Ela também disse á Jill que ela estava indo fazer uma participação e castiga-la. –Por enquanto–, disse a Sra. Weathers, –você está confinada ao seu quarto pelo resto da
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noite. Vem ter comigo depois do pequeno-almoço e nós vamos descobrir se o director acha que uma suspensão se justifica.– –Desculpe-me–, disse Eddie. –Podemos ter alguns minutos sozinhos aqui com ela antes que ela vá lá para cima? Eu gostaria de falar com ela.– A sra.Weathers hesitou, aparentemente querendo que Jill imediatamente cumprisse a punição. Então ela deu a Eddie uma segunda olhada. O olhar em seu rosto estava duro e bravo, e eu acho que a Sra.Weathers sabia que haveria um diferente tipo de punição, vindo do irmão mais velho de Jill. –Cinco minutos– disse ela, batendo no relógio. –Então, você se vai.– –Não digas–, disse Jill no instante em que estávamos sozinhos. Seu rosto era uma mistura de medo e desafio. –Eu sei que o que fiz foi errado. Eu não preciso de um raspanete de vocês.– –Não precisas?– Eu perguntei. –Porque se você sabia que era errado, você não deveria ter feito isso!– Jill cruzou os braços sobre o peito. –Eu tinha que sair daqui para fora. Nos meus próprios termos. E não dos vossos.– O comentário rolou directo para mim. Soou jovem e mesquinho. Mas para minha surpresa, Eddie pareceu magoado de verdade. –O que é que isso quer dizer?– Ele perguntou. –Isso significa que eu só queria estar longe deste lugar sem você sempre me dizendo o que estou fazendo de errado.– Isto foi dirigido a mim. –E você a saltar a cada sombra.– Isto, é claro, foi para o Eddie. –Eu só quero proteger-te–, disse ele com o olhar ferido.–Eu não estou tentando sufocarte, mas eu não posso ter nada acontecendo com você. De novo não.– –Estou em mais perigo com Laurel do que com qualquer assassino!– Jill exclamou. – Sabe o que ela fez hoje? Estávamos trabalhando no laboratório de informática, e ela – acidentalmente– tropeçou no meu cabo de alimentação. Perdi metade do meu trabalho e não terminei a tempo, então agora eu estou indo para um grau inferior.– Uma lição sobre como fazer backup de um trabalho provavelmente não ia útil naquele momento. –Olha, isso foi realmente terrível–, afirmei. –Mas isso não está na mesma categoria como conseguir com que você fosse morta. Não por um longo tiro. Onde exactamente você foi?– Por um momento, ela olhou como se ela não fosse dar a informação. Finalmente, ela disse, –Lee levou me a Salton Sea –. Vendo nossos olhares em branco, ela acrescentou,
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–É um lago fora da cidade. Foi maravilhoso.– Uma expressão quase sonho cruzou o seu rosto. –Eu não tinha estado á beira de tanta água, faz um bom tempo. Depois fomos para o centro da cidade e apenas caminhamos por ali, fazendo compras e comendo sorvete. Ele levou-me para aquela boutique, com o designer que está à procura de modelos e…– –Jill–, eu interrompi. –Eu não me importo o quão incrível foi o seu dia. Você nos assustou. Você não entende isso? – –Lee não deveria ter feito isto–, resmungou Eddie. –Não o culpo–, disse Jill. –Eu pedi para fazermos isto – eu fiz ele pensar que vocês não se importavam. E ele não sabe a verdadeira razão do porque eu estar aqui ou do perigo.– –Talvez namorar seja uma má ideia–, eu murmurei. –Lee é a melhor coisa que aconteceu comigo aqui!– ela disse com raiva. –Eu mereço ser capaz de sair e de me divertir como vocês.– –‘Divertir’? Isso é um exagero–, disse recordando a minha tarde com Adrian. Jill precisava de um alvo para sua frustração e eu ganhei a honra. –Não me parece isso. Você sempre sai. E quando você não está, você simplesmente me diz o que estou fazendo de errado. É como se você fosse minha mãe.– Eu tinha estado com calma ultrapassando aquilo tudo, mas de repente, algo no seu comentário me fez quebrar. Meu controle afinado quebrou. –Você sabe? Eu meio que me sinto como uma mesmo. Porque tanto quanto eu posso dizer, eu sou a única neste grupo a se comportar como um adulto. Você acha que eu estou lá fora a me divertir? Tudo o que eu estou fazendo é ser vossa ama e limpar as vossas confusões. Passei minha tarde - desperdiçar minha tarde – a levar Adrian por aí de modo que ele pudesse explodir as entrevistas que eu arranjei. Então eu chego aqui e tenho que lidar com o rescaldo da sua 'viagem de campo’. Eu percebi que Laurel tem dor de cotovelo - embora talvez Micah tenha sido alertado desde o início, esses problemas com ela nunca teria acontecido.– eu dirigi este último comentário a Eddie. – Eu não entendo por que sou a única que vê o quão sério tudo isto é. Namoro de vampiro com um humano. Suas vidas num risco. Estas coisas não são do tipo que você possa arrancar por aí! E ainda… de alguma forma, todos vocês ainda o fazem. Você me deixa com a tarefa mais difícil para fazer, pegando você depois….e todo o tempo, eu tenho o Keith e os outros Alquimistas a respirar no meu pescoço, à espera que eu estrague tudo, porque ninguém confia em mim desde que ajudei a sua colega Rose. Você acha que isso é divertido? Você quer viver a minha vida? Então força. Passo por cima, e – para variar - você começa a assumir a responsabilidade.–
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Eu não tinha gritado, mas o meu volume certamente havia subido. Eu praticamente explodi o meu discurso sem tomar fôlego e agora parei para respirar um pouco de oxigénio. Eddie e Jill olharam para mim, de olhos arregalados, como se eles nunca me tivessem visto. Sra. Weathers voltou naquele momento. –Isto já foi o suficiente para esta noite. Você precisa ir lá para cima agora–, ela disse Jill. Jill concordou com a cabeça, ainda um pouco atordoada, e saiu com pressa sem dizer adeus a qualquer um de nós. Sra. Weathers levou-a até as escadas e Eddie se virou para mim. Seu rosto estava pálido e solene. –Você tem razão– disse ele. –Eu não faço as minhas partes. – Eu suspirei, sentindo-me exausta. –Você não é tão mau como eles são. – Ele balançou a cabeça. –Mesmo assim. Você pode estar certa sobre Micah. Talvez ele mantenha uma certa distância, se eu falar com ele e depois Laurel vai tirar uma folga de Jill. Vou perguntar a ele esta noite. Mas…– Ele franziu a testa, escolhendo as palavras com cuidado. –Tente não ser muito dura com Adrian e Jill. Isto é stressante para ela, e às vezes eu penso que um pouco da personalidade do Adrian está vazando para ela através da ligação. Tenho certeza que é por isso que ela correu fora hoje. É algo que ele faria na sua situação.– –Ninguém a obrigou a fazer isso–, disse. –Muito menos Adrian. O fato de ela ter coagido Lee e não nos ter dito nada, mostra que ela sabia que estava errada. Isto foi por vontade própria. E Adrian não tem desculpas desse tipo.– –Yeah…mas ele é o Adrian–, disse Eddie desajeitadamente. –Às vezes eu não sei quanto do que ele é por ele mesmo e quanto é o espírito.– –Os usuários de espírito podem tomar anti-depressivos, não podem? Se ele está preocupado com isso se tornando um problema, então ele precisa se levantar e tomar providencias. Ele tem uma escolha. Ele não é impotente. Não há vítimas aqui. – Eddie me estudou por vários segundos. –E eu que pensei que tinha uma visão dura da vida.– –Você tem uma vida dura–, eu corrigi. –Mas a sua é construída em torno da ideia de que você sempre tem que tomar conta de outras pessoas. Eu fui ensinada a acreditar que por vezes isso era necessário, mas que ainda, todo mundo precisa de tentar cuidar de si mesmos.– –E ainda assim você está aqui.– –Diz-me uma coisa. Você quer vir comigo falar com Lee? –
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Todas as desculpas desapareceram do rosto de Eddie. –Sim–, ele disse ferozmente. Encontramos Lee sentado num banco de jardim, olhando miseravelmente. Ele deu um pulo quando nos aproximamos. –Cara, eu sinto muito! Eu não deveria ter feito isto. Ela soava tão triste e tão perdida que eu queria…– –Você sabe como somos protectores dela,– eu disse. –Como é que você não pensou que isso iria preocupar-nos? – –E ela é menor de idade–, disse Eddie. –Você não pode simplesmente levá-la e fazer o que quiser dela!– Eu admito, fiquei um pouco surpresa de que a ameaça à honra de Jill foi o que ele escolheu como abertura. Não me interpretem mal - eu também estava consciente da sua idade. Mas depois que ele viu-a, literalmente, a morrer, parecia que Eddie teria que se preocupar com mais coisas do que com aquilo. Os olhos cinzentos de Lee se arregalaram. –Nada aconteceu! Eu nunca faria algo assim com ela. Eu prometo! Eu nunca tiro proveito de alguém em quem confio. Eu não posso estragar isso. Ela significa muito mais para mim do que qualquer outra garota com quem namorei. Quero que fiquemos juntos para sempre.– Pensei estar ‘juntos para sempre’ era o extremo em suas idades, mas havia uma sinceridade nos seus olhos que me estava tocando. Ainda assim ele não se desculpou do que tinha feito. Ele tomou a nossa repreensão a sério e prometeu que nunca haveria uma repetição. –Mas, por favor…ainda posso vê-la quando vocês estiverem por perto? Ainda podemos fazer as coisas de grupo?– Eddie e eu trocamos olhares. –Se lhe for permitido a sua saída do campus depois disto,– eu disse. –Eu realmente não sei o que vai acontecer.– Lee foi embora depois de mais alguns pedidos de desculpa e Eddie também retornou ao seu dormitório. Eu estava andando para o andar de cima quando meu telefone tocou. Olhando para baixo, fiquei surpresa ao ver no ecrã do celular, o número dos meus pais em Salt Lake City. –Olá?– perguntei. Por um momento frenético, eu esperava que fosse Zoe. –Sydney–. Meu pai. Meu estômago encheu-se de pavor. –Precisamos falar sobre o que aconteceu.– Pânico apoderou-se de mim. Como ele já descobriu sobre o desaparecimento de Jill? Keith destacou-se logo como o óbvio culpado. Mas como Keith tinha descoberto? Teria
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ele estado na casa do Clarence quando Eddie fez a chamada? Apesar de suas falhas, eu não poderia imaginar Adrian a contar a Keith o que tinha acontecido. –Falar sobre o que?– perguntei ganhando tempo. –Sobre o seu comportamento. Keith me ligou ontem à noite, e eu devo dizer, estou muito desapontado.– –Ontem á noite?– Isto não era sobre o desaparecimento de Jill. Então do que seria? –Você deveria estar reunindo esforços para que essa rapariga Moroi se misture aí dentro. Não é suposto, você sair e socializar com eles e se divertir! Eu mal pode acreditar quando Keith me disse que você os levou ao bowling.– –Foi minigolfe e o Keith concordou! Eu perguntei a ele primeiro.– –E então eu ouvi que você está ajudando esse outro vampiro a distribuir currículos e outras coisas mais. Seu dever é só para com a rapariga, e fazer apenas o que é necessário para sobrevivência dela – o que eu também ouvi dizer que você não o esta fazendo. Keith me diz que houve um incidente, onde você não conseguiu lidar correctamente com as dificuldades dela ao sol?– –Eu reportei isso imediatamente!– Eu chorei. Eu sabia que Keith estava planejando usar isso contra mim. –Keith…– Fiz uma pausa, pensando na melhor maneira de lidar com isso. –Compreendeu mal o meu relatório inicial.– Keith quis lá saber do meu relatório inicial, mas dizer ao meu pai que seu protegido tinha mentido, apenas seria uma forma de colocar as defesas de meu pai em cima. Ele não acreditaria em mim. –E Keith é o único com quem falar! Ele está sempre saindo com Clarence e não diz por quê.– –Provavelmente para se certificar de que ele permanece estável. Entendo o velho não esteja sempre lá.– –Ele é obcecado por caçadores de vampiros,– eu expliquei. –Ele acha que existe humanos lá fora a fim de matar a sua sobrinha.– –Bem–, disse meu pai, –existem alguns humanos lá fora que descobrem o mundo dos vampiros, aqueles que não podemos dissuadir. Dificilmente caçadores. Keith está a fazer o seu dever ao esclarecer Clarence. Você, no entanto, está desencaminhada.– –Isso não é uma comparação justa!– –Honestamente, eu me culpo–, disse ele. De alguma forma eu duvidei disso. –Eu não deveria ter deixado você ir. Você não estava pronta - não depois do que você passou. Estar com esses vampiros está deixando você confusa. É por isso que estou lembrando você. –
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–O quê?– –Se eu pudesse fazer do meu jeito, eu faria agora. Infelizmente, Zoe não estará pronta durante mais duas semanas. Os Alquimistas querem submete-la a alguns testes antes de ela ganhar a sua tatuagem. Uma vez que ela estiver pronta, nós vamos mandá-la para o seu lugar e levar-te…a algum especialista.– –Papai! Isso é loucura. Eu estou bem aqui. Por favor, não envie Zoe…– –Sinto muito, Sydney–, disse ele. –Você me deixou sem escolha. Por favor, não entre em problemas durante o resto do seu tempo.– Ele desligou, e eu fiquei no corredor com o meu coração afundando. Duas semanas! Duas semanas e eles estavam enviando Zoe. E eu… para onde eles estariam me levando? Eu nem queria pensar nisso, mas eu sabia. Eu precisava impedir isso de acontecer. O tempo já estava a contar. As tatuagens, pensei de repente. Se eu pudesse terminar meus testes sobre as substâncias roubadas e descobrir informações sobre o fornecedor de sangue, eu iria ganhar dos Alquimistas respeito – esperando ser suficiente para tirar a mancha que Keith tinha colocado em mim. E por que ele fez isso? Por que agora? Eu sabia que ele nunca me quis junto. Talvez ele tivesse apenas passando tempo a criar provas contra mim, até que ele pudesse me derrubar num só golpe. Contudo, eu não irei deixar. Eu abriria em grande com o caso das tatuagens e provar quem é a estrela principal dos Alquimista. Eu tinha agora evidência suficiente para chamar a atenção deles, e simplesmente apresentar o que tinha, se ninguém novo desse sinal de vida dentro de uma semana. A decisão me preencheu com a resolução, mas eu ainda tive problemas em dormir quando fui para a cama mais tarde. A ameaça de meu pai pairava sobre mim como o meu medo dos centros de reeducação. Uma hora depois de tossir e de me virar finalmente adormeci. Mas mesmo assim foi intermitente e conturbado. Acordei apenas algumas horas depois e caí no sono novamente. Desta vez, eu sonhei. No sonho, eu estava na sala de estar do Clarence. Tudo estava arrumado e no seu lugar, a madeira escura e os móveis antigos, davam ao espaço a sua, usual, sensação de sinistro. Os detalhes eram surpreendentemente vivos, e era como se eu pudesse sentir o cheiro dos livros empoeirados e do couro da mobília. –Huh. Funcionou. Não tinha certeza se isto funcionaria com um humano–. Virei-me e encontrei Adrian encostado na parede. Ele não estava lá há pouco, e eu teve um lampejo do medo de infância de que os vampiros apareciam do nada. Então lembrei-
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me que isto era um sonho e que esse tipo de coisas acontecia. –Do que você não tinha certeza?– perguntei. Ele fez um gesto ao seu redor. –Se eu pudesse chegar até você. Lhe trazer aqui para este sonho.– Eu não acompanhei muito bem o que ele quis dizer e não falei. Ele arqueou uma sobrancelha. –Você não sabe, pois não? Onde você está?– –Na casa do Clarence–, disse razoavelmente. –Bem, na realidade eu estou a dormir na minha cama. Isto é apenas um sonho.– –Você está quase certa–, disse ele. –Isto é um sonho de espírito. Isto é real.– Eu fiz uma careta. Um sonho de espírito. Desde que a maioria das nossas informações sobre o espírito foi delineada, nós dificilmente nada tínhamos sobre sonhos de espírito. Eu aprendi mais do que eu sabia sobre eles através de Rose, que tinha sido frequentemente visitada por Adrian neles. Segundo ela, o sonhador e o usuário de espírito estavam realmente juntos, num encontro de mentes, se comunicando através de longas distâncias. Foi totalmente difícil para mim compreender isso, mas eu tinha visto Rose acordar com informações que ela não teria de outra maneira. Ainda assim, eu não tinha evidência para sugerir que eu estava realmente num sonho de espírito agora. –Isto é apenas um sonho normal–, retruquei. –Você tem certeza?–, ele perguntou. –Olhe ao seu redor. Concentre-se. Não se sente diferente? Como um sonho…mas não como um sonho. Nem perto da vida real também. Chame o que você quiser, mas da próxima vez que nos virmos um ao outro no mundo desperto, eu vou ser capaz de dizer-lhe exactamente o que aconteceu aqui.– Olhei ao redor da sala, estudando como ele sugeriu. Mais uma vez, fiquei impressionada com a nitidez dos mais pequenos detalhes. Isto certamente parecia real, mas os sonhos muitas vezes pareciam…certo? Normalmente, você nunca sabia que estava sonhando até que você acordasse. Fechei os olhos e respirei fundo, tentando acalmar a minha mente. E assim, eu senti. Eu entendi o que ele quis dizer. Não era bem como um sonho. Nem mesmo era bem como a vida real. Meus olhos se abriram. –Pare com isso–, eu chorei afastando-me dele. –Põe um fim nisto. Tirem-me daqui.– Porque ao aceitar que isto era realmente um sonho de espírito, eu tinha que reconhecer uma coisa: eu estava cercada por magia dos vampiros. Minha mente estava enredada nela própria. Eu me senti claustrofóbica. A magia fazia pressão sobre mim, esmagando o ar. –Por favor.– Minha voz foi ficando mais e mais frenética. –Por favor, deixe-me ir.– Adrian endireitou-se, parecendo surpreso. –Whoa, Sage. Acalme-se. Você está bem.–
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–Não. Eu não estou. Eu não quero isto. Eu não quero que a magia me toque.– –Não vou te machucar–, disse ele. –Isto não é nada.– –Isto é errado–, eu sussurrei. –Adrian, pare com isto.– Ele estendeu a mão, como se ele fosse tentar me confortar, e depois pensou melhor. – Isto não vai machucar você–, ele repetiu. –Apenas me ouça e então eu vou dissolvê-lo. Eu prometo.– Mesmo no sonho, meu pulso estava acelerado. Eu passei meus braços em torno de mim e apoiei-me contra a parede, tentando me fazer pequena. –Ok–, eu sussurrei. –Depressa–. –Eu só queria dizer…– Ele enfiou as mãos nos bolsos e desviou o olhar desconfortavelmente antes de olhar para mim novamente. Eram seus olhos mais verdes aqui do que na vida real? Ou era apenas minha imaginação? –Eu queria…Eu queria pedir desculpas.– –Pelo quê?– perguntei. Eu não conseguia processar nada além do meu próprio terror. –Por o que eu fiz. Você tem razão. Eu perdi o seu tempo e seu trabalho hoje.– Eu forcei minha mente a desenterrar as memórias desta tarde. –Obrigado–, disse simplesmente. –Eu não sei por que faço estas coisas–, acrescentou. –Eu simplesmente não consigo evitar.– Eu ainda estava aterrorizada, ainda sufocada da magia que me cercava. De alguma forma, eu consegui me lembrar da conversa anterior com o Eddie. –Você pode tomar controle de si mesmo,– eu disse. –Você não é uma vítima.– Adrian tinha um olhar distante, perturbado por seus pensamentos. De repente, ele voltou o seu olhar de volta para mim. –Assim como Rose.– –O quê?– Adrian estendeu a mão, e uma rosa vermelha e espinhosa de repente se materializou ali. Engoli em seco e tentei recuar para longe. Ele girou-a em torno do caule, com o cuidado para não se picar nos dedos. –Ela disse isso. Que eu estava me fazendo de vítima. Eu sou assim tão patético?– A rosa murchou e amassou-se diante dos meus olhos, virando pó e depois desaparecendo completamente. Eu fiz o sinal contra o mal no meu ombro e tentei me lembrar do que estávamos falando. –Patético não é a palavra que eu usaria–, disse. –Que palavra você usaria?–
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Minha mente estava em branco. –Eu não sei. Confuso?– Ele sorriu. –Isso é um eufemismo.– –Vou verificar um dicionário quando eu acordar e depois voltar para aqui. Por favor você pode acabar com isto?– O sorriso desapareceu para uma expressão de espanto. –Você realmente está com medo, não está?– Eu deixei que o silêncio respondesse por mim. –Ok, mais uma coisa, então. Eu pensei em outra maneira de eu poder sair da casa de Clarence e conseguir algum dinheiro. Eu estava lendo sobre uma faculdade e ajuda financeira. Se eu pegasse aulas em algum lugar, você acha que eu poderia ganhar o suficiente para viver?– Esta era uma questão concreta que eu conseguiria lidar. –É possível. Mas eu acho que é tarde demais. As aulas já começaram em todos os lugares.– –Eu encontrei um lugar na internet. Carlton. Uma faculdade do outro lado da cidade que ainda não começou. Mas eu ainda tenho que agir rápido, e…é isso que eu não sei como fazer. A papelada. Os procedimentos. Mas isso é a sua especialidade, certo?– –É triste mas é verdade–, disse. O nome Carlton me soou familiar, mas eu não conseguia saber de onde. Ele deu uma respiração profunda. –Você vai me ajudar? Eu sei que isso significa que você fará de ama novamente, mas eu não sei por onde começar. Todavia, eu prometo que vou reunir-me com você pelo caminho. Me diga o que eu preciso de fazer, e eu faço.– Ama. Ele tinha falado com Jill ou Eddie ou com ambos. Embora isso era razoável. Ele gostaria de saber que ela estava bem. Eu só podia imaginar o quão meu discurso foi parafraseado. –Você esteve na faculdade antes–, disse recordando o seu registo. Eu tinha descoberto quando estava a construir o malfadado currículo. –Você deixou cair fora.– Adrian assentiu. –Sim–. –Como eu sei que desta vez você não fazer isso? Como é que eu sei que você não está desperdiçando meu tempo de novo?– –Você não sabe, Sage–, admitiu. –E eu não te culpo. Tudo o que posso pedir é que me dê outra chance. Que você tente acreditar em mim quando digo que vou seguir adiante. Que você acredite que estou falando sério. Que você confie em mim.– Longos momentos se esticaram entre nós. Eu relaxei um pouco, mesmo sem perceber, embora eu permanecesse contra a parede. Estudei-o, desejando que conseguisse ler
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melhor as pessoas. Decidi que seus olhos eram mais verdes na vida real. Eu simplesmente não olhava para eles tão de perto. –Ok–, eu disse. –Eu confio em você.– Choque total encheu suas feições. –Você confia?– Eu não era boa a ler as pessoas á 10 segundo atrás, mas naquele momento, de repente ganhei um clarão de compreensão do mistério que era Adrian Ivashkov. As pessoas não acreditavam nele muitas vezes. Eles tinham poucas expectativas dele, portanto ele também tinha. Mesmo Eddie o tinha descrito como: Ele é o Adrian. Como se não houvesse nada que pudesse ser feito. De repente também percebi que - tão improvável quanto parecia - Adrian e eu tínhamos muito em comum. Nós os dois estávamos constantemente encaixotados pelas expectativas dos outros. Não importava que as pessoas esperassem tudo de mim e nada dele. Continuávamos na mesma, constantemente a tentar sair do caminho que os outros tinham definido por nós e sermos nós próprios. Adrian Ivashkov – irreverente, um vampiro festeiro - era mais como eu do que outra pessoa qualquer que eu conhecia. A reflexão era tão surpreendente que eu não consegui nem responder-lhe imediatamente. –Eu confio–, disse por fim. –Eu vou ajudá-lo.– Estremeci. O medo do sonho voltou e eu só queria que isto acabasse logo. Eu teria concordado com qualquer coisa para estar de volta á minha cama não-mágica. –Mas não aqui. Por favor - você vai me mandar de volta? Ou terminar isto? Ou seja o que for? – Ele balançou a cabeça lentamente, ainda olhando atordoado. O quarto começou a desvanecer-se, as suas cores e linhas a derreterem-se como uma pintura deixada á chuva.Rapidamente tudo ficou preto e eu me encontrei a acordar no meu quarto, na minha cama e no meu dormitório. Como eu fiz… apenas eu tinha pego o som de sua voz na minha mente: Obrigado, Sage.
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Capítulo 19 Se eu não conseguia dormir antes, o sonho do Adrian só piorou as coisas. Mesmo eu estando em segurança de volta á minha própria cama, eu não conseguia abalar o sentimento de violação. Eu imaginei que a minha pele estava formigando com a contaminação da magia. Eu estava tão ansiosa por sair do sonho que eu apenas reflecti metade do que eu estava concordando. Eu respeitava o desejo de Adrian ir para a faculdade, mas agora me perguntei se eu deveria realmente estar a ajuda-lo, após castigo do meu pai sobre ‘fazer amizade’ com vampiros. Eu não estava nos meus dias de humor quando finalmente me levantei algumas horas mais tarde. A tensão no nosso quarto estava densa enquanto Jill e eu nos preparávamos para a escola. O desafio de ontem da Jill tinha ido embora, e ela continuava me olhando nervosamente quando ela pensava que eu não estava atenta. Pelos vistos, a minha explosão de ontem à noite a fez ficar inquieta. Mas, enquanto saiamos do quarto para o pequeno almoço, eu sabia que havia mais do que aquilo. –O quê?– Eu perguntei sem rodeios, quebrando o silêncio por fim. –O que você quer me perguntar?– Jill deu-me um outro olhar cauteloso, quando nos juntamos ás outras raparigas pelas escadas abaixo.–Hum, ontem aconteceu uma coisa.– Um monte de coisas aconteceu ontem, pensei. Isto foi a minha exaustão, auto amarga a falar, e eu sabia que isto não era o que ela estava querendo dizer. –Tal como?– perguntei. –Bem… Eu ia te dizer que o Lee me levou para aquela loja. Aquela boutique de roupas em que ele conhecia o proprietário? O nome dela é Lia DiStefano. Nós falamos, e ela, hum, me ofereceu um emprego. Uma espécie de emprego.–
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–O trabalho de modelo?– Chegamos á fila dos alimentos no refeitório, embora eu tivesse pouco apetite. Eu escolhi um iogurte, que parecia triste e solitário no meio da minha bandeja vazia. –Nós conversamos sobre isso. E não é seguro.– Ainda assim, foi irónico que uma visita aleatória fez com que Jill conseguisse um trabalho, quando três entrevistas formais havia falhado para Adrian. –No entanto, não é para fotos que seriam colocadas numa revista ou qualquer coisa. É para um desfile de designers locais. Dissemos a ela essa história de que fazemos parte de uma religião que tem regras sobre fotos e identidade. Lia até disse que ela realmente tinha pensado em ter as suas modelos a usar máscaras. Do género que você usa num baile de máscaras? Entre isto e a iluminação e o movimento… bem, seria difícil de me identificar se algum candidato der o tiro fora. É apenas um evento único, mas eu tinha que ir ter com ela antecipadamente para os acessórios…e para praticar. Ela também me vai pagar, mas eu precisaria de carona para chegar lá e autorização dos pais.– Nós nos sentamos e eu passei uma quantidade desnecessária de tempo agitando o meu iogurte, enquanto reflectia as palavras dela. Eu podia sentir seu olhar em mim ao mesmo tempo que eu pensava. –É meio pateta, eu acho–, continuou ela quando eu não respondi. –Quero dizer, eu não tenho nenhuma experiência. E eu nem sei porque ela me quis. Talvez seja algum truque que ela esteja indo dar. Modelos estranhos ou alguma coisa.– Eu finalmente comi um pedaço de iogurte e depois olhei para dela. –Você não é estranha, Jill. Você realmente tem o corpo ideal para uma modelo. É difícil de encontrar isso. Pelo menos para os humanos.– Mais uma vez, tentei não pensar sobre como era difícil para nós humanos viver de acordo com a perfeição dos Moroi. Tentei não pensar em como, anos atrás, meu pai havia criticado a minha figura e disse: ‘Se esses monstros podem fazê-lo, por que não você?’ –Mas você ainda acha que é uma ideia terrível–, disse ela. Eu não respondi. Eu sabia o que Jill queria, mas ela não conseguiu levar-se a fazer-me a pergunta directamente. E eu ainda não poderia facilitar-lhe as coisas. Eu estava muito chateada sobre os acontecimentos de ontem e não me sentia gentil para fazer qualquer favor. Por outro lado, eu não poderia dizer-lhe que não. Ainda não. Apesar da forma irresponsável com que ela se comportou, as suas palavras sobre o quão miserável era a sua vida aqui, me tinha tocado duro. Aquilo era algo positivo e bom que iria preencher o seu tempo. Era também um impulso muito necessário para o seu ego. Laurel tinha desenvolvido o uso das características incomuns de Jill contra ela; aquilo faria bem a
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Jill, para que ela reparasse que outras pessoas viam de forma positiva as suas características. Ela precisava perceber que ela era especial e maravilhosa. Eu não sabia se amaldiçoava ou agradecia a Lee por esta oportunidade. –Eu não acho que possamos decidir nada até que conversemos com a Sra. Weathers,– disse a ela por fim. Olhei para um relógio próximo. –Na verdade, precisamos de nos encontrar com ela agora.– Eu levei algumas mais mordidas do meu iogurte antes de jogá-lo fora. Jill pegou num donut. Quando voltamos para a nossa entrada, descobrimos que chegou uma entrega para Jill: um perfeito buquê de rosas vermelhas e um bilhete a pedir desculpas de Lee. Jill derreteu-se, seu rosto se encheu de adoração com o gesto. Mesmo eu admirei o romance dele, embora uma parte de mim, sarcasticamente disse que as flores talvez devessem ter sido enviadas para o Eddie e para mim. Era a nós que ele devia se desculpar. Independentemente disso, as flores foram rapidamente esquecidas quando nos sentamos no escritório da Sra. Weathers e instruiu o veredicto sobre Jill. –Falei com o director. Você não está sendo suspensa–, ela disse a Jill. –Mas até o próximo mês, você está restrita ao seu dormitório quando não estiver em aula. Você virá me informar imediatamente que está aqui, após o final das aulas. Você pode ir ao refeitório para as refeições - mas apenas do seu dormitório. Não a do Campus Oeste. As únicas excepções a esta política são se uma tarefa ou professor exigir que você vá para outro lugar fora do horário escolar, como a biblioteca.– Nós duas balançamos a cabeça, e por um momento, eu estava simplesmente aliviada por Jill não ter sido expulsa ou algo parecido. Então o problema real me atingiu como um tapa no rosto. Eu disse a Jill que esta reunião teria impacto em qualquer decisão sobre ser modelo, mas havia algo muito pior no caminho. –Se ela está de castigo no dormitório, então ela não pode deixar a escola,–disse. Sra. Weathers me deu um sorriso irónico. –Sim, senhorita Melrose. Isso é o que geralmente significa aqui na ‘terra’.– –Ela tem que sair, minha senhora–, argumentei. –Temos reuniões de família duas vezes por semana.– Idealmente, nós tínhamos mais do que isso, mas eu estava esperando que um número baixo pudesse nos comprar a liberdade. Era absolutamente necessário que Jill conseguisse sangue e dois dias por semana era o mínimo que um vampiro poderia aguentar para sobreviver. –Sinto muito. Regras são regras, e ao quebrá-las, a sua irmã perdeu o privilégio de funções como isso.–
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–Eles são religiosos,– eu disse. Eu odiava jogar a cartada da religião, mas isto era algo que a escola não se oponha. E hey, aparentemente tinha resultado com a designer de moda. –Nós vamos á Igreja em família, nesses dias - nós e nossos irmãos.– O rosto da Sra. Weathers mostrou-me que tinha de fato ganho o terreno. –Nós precisaríamos de uma carta assinada pelos seus pais.– disse ela finalmente. Óptimo. Isso tinha funcionado tão bem em EF. –E sobre o nosso irmão? Ele é o nosso guardião legal aqui.– Certamente, mesmo Keith não conseguia arrastar os pés sobre isso, não com o sangue pelo meio. Ela considerou isso. –Sim. Isso pode ser aceitável.– –Sinto muito–, disse a Jill, quando saímos para pegar o ônibus. –Sobre a ideia de modelo. Vamos ter um tempo suficientemente difícil para arranjar permissão para você poder sair e se alimentar.– Jill concordou com a cabeça, não fazendo nenhum esforço para esconder a sua decepção. –Quando é o show?– perguntei, pensando que talvez ela poderia faze-lo quando terminasse o seu castigo. –Daqui a duas semanas.– Tanto por essa ideia. –Sinto muito–, repeti. Para minha surpresa, Jill acabou por se rir. –Você não tem nenhuma razão para estar. Não depois do que eu fiz. Eu sou a única que está arrependida. E eu também sinto muito por Adrian – sobre as entrevistas.– –Isso é algo que você não tem nenhum motivo para se arrepender.– Mais uma vez, me pareceu fácil com que todos inventavam desculpas para ele. Ela provou isso com o seu próximo comentário. –Ele não pode evitar. É como ele é.– ‘Ele não pode evitar’, pensei. Em vez disso, eu disse: –Segue apenas em frente, ok? Vou buscar o Keith para assinar as nossas experiências religiosas.– Ela sorriu. –Obrigado, Sydney.– Nós geralmente nos separávamos quando o ônibus chegava ao Campus Central, mas ela reteve-se uma vez que saímos. Eu podia ver que ela, mais uma vez, queria me dizer algo, mas estava tendo problemas para arranjar coragem. –Sim?–, perguntei. –Eu… só queria dizer que eu realmente sinto muito por lhe dar tanta preocupação. Você faz um monte de coisas por nós. Serio. E você estar chateada, é porque…bem, eu sei
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que você se importa. Que é mais do que eu posso dizer sobre as outras pessoas lá da Corte.– –Isso não é verdade–, disse. –Eles se preocupam. Eles entraram num monte de problemas para te trazer aqui e manter-te segura.– –Eu ainda me sinto como se fosse mais para Lissa do que para mim–, ela disse tristemente. –E minha mãe não se colocou muito na luta quando eles disseram que me iam mandar para longe.– –Eles querem você segura–, disse a ela. –Isso significa fazer escolhas difíceis - difíceis para eles também.– Jill concordou com a cabeça, mas eu não sei se ela acreditou em mim. Eu dei ao Eddie o relatório dos acontecimentos desta manhã, quando cheguei á aula de história. Seu rosto exibia uma variedade de emoções a cada novo desenvolvimento na história. –Você acha que Keith vai escrever a carta?–, ele perguntou em voz baixa. –Ele tem que escrever. A finalidade de estarmos aqui é mantê-la viva. Mata-la á fome seria tipo anular o objectivo de tudo isto.– Eu não o incomodei dizendo que eu estava com problemas com o meu pai e com os alquimistas e, que dali a duas semanas havia uma boa chance de eu não poder estar por perto. Eddie já estava claramente chateado com situação de Jill, e eu não queria que ele tivesse mais uma coisa com que se preocupar. Quando me encontrei com a Ms. Terwilliger no final do dia, eu me dediquei às últimas notas que fiz dos livros antigos para ela. Enquanto estava envolvida numa mesa, notei uma pasta de artigos em cima da mesa. Faculdade de Carlton estava impressa em gordas letras douradas na pasta. Naquele momento me lembrei porque eu achava o nome familiar, quando Adrian o mencionou no sonho. –Ms. Terwilliger…Você não disse que conhecia pessoas da faculdade de Carlton?– Ela olhou para cima de seu computador. –Hmm? Oh sim. Eu acho que disse isso. Eu jogo poker com metade da faculdade de história. Eu até ensino lá no verão. História, isto é. Não poker.– –Eu suponho que você não conhece ninguém nas admissões, certo?– perguntei. –Não muitas. Acho que conheço pessoas que conhecem as pessoas de lá.– Ela voltou sua atenção para a tela. Eu não disse mais nada e vários momentos depois ela olhou para mim. –Por que você pergunta?– –Nenhuma razão.– –É claro que há uma razão. Você está interessada em participar? Deus sabe que você
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provavelmente aprenderia mais lá do que aqui. Minha classe é uma excepção, claro.– –Não, senhora–, disse. –Mas o meu irmão quer participar. Ele ouviu dizer que as aulas ainda não começaram, mas ele não tem certeza se consegue entrar num prazo tão curto.– –Num estreito curto prazo–, concordou Ms. Terwilliger. Ela me examinou com cuidado. –Você gostaria que eu fizesse algumas averiguações?– –Oh. Oh não, minha senhora. Eu estava apenas esperando conseguir alguns nomes com quem eu pudesse entrar em contacto. Eu nunca lhe pedir para fazer algo como isso.– Ela levantou as sobrancelhas. –Por que não?– Eu estava perdida. As vezes, ela era tão difícil de entender. –Porque… você não tem nenhuma razão para fazer isso.– –Eu faria isso como um favor a você.– Eu não conseguia elaborar uma resposta para aquilo e simplesmente pasmei. Ela sorriu e empurrou os óculos para cima do nariz. –Isto é impossível de acreditar para você, não é? Que alguém poderia fazer um favor para você.– –Eu… bem, isto é….– Eu parei, ainda não tinha certeza do que dizer. –Você é minha professora. Seu trabalho é, bem, me ensinar. Só isso.– –E o seu trabalho–, disse ela, –é - durante este último período - relatar nesta sala qualquer tarefa mundana que dou para você e depois entregar um papel no final do semestre. Você não está de forma alguma obrigada a buscar-me café, aparecer após o horário, organizar a minha vida, ou reorganizar completamente a sua própria para atender aos meus pedidos ridículos.– –Eu… Eu não me importo–,disse. –E todas as necessidades se pode fazer.– Ela riu. –Sim. E você insiste em estar acima dalém de suas tarefas, não é? Não importa o quão inconveniente seja para você.– Dei de ombros. –Eu gostaria de fazer um bom trabalho, minha senhora.– –Você faz um excelente trabalho. Muito melhor do que você precisa. E você faz isso sem reclamar. Portanto, o mínimo que eu posso fazer é fazer alguns telefonemas em seu nome.– Ela riu de novo. –Isto assusta você mais do que tudo, não é? Ter alguém elogiar você.– –Oh não–, disse sem muita convicção. –Quero dizer, isso acontece.– Ela tirou os óculos para olhar para mim com mais atenção. O riso foi embora. –Não, eu estou pensando que não. Eu não conheço a sua situação particular, mas eu conheci um
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monte de estudantes como você - aqueles cujos pais os enviam para fora. Embora eu aprecie a preocupação com o ensino superior, acho que cada vez mais os estudantes vêm para aqui, porque os pais simplesmente não têm tempo ou inclinação para se envolver – ou até mesmo prestar atenção - com a vida das suas crianças.– Estávamos lidando com uma dessas áreas interpessoais que me deixavam desconfortável, sobretudo porque havia um inesperado componente de verdade naquilo. –É mais complicado do que isso, minha senhora.– –Tenho certeza que é–, respondeu ela. Sua expressão virou feroz, fazendo-a parecer muito mais diferente da professora dispersa que eu conhecia. –Mas ouve o que te digo. Você é uma excepcional, talentosa e brilhante jovem mulher. Não deixe que ninguém a faça sentir que é inferior. Não deixe que ninguém a faça sentir invisível. Não deixe que ninguém - nem mesmo um professor que constantemente a envia para buscar café – a empurre por aí.– Ela colocou seus óculos de volta e começou a levantar aleatoriamente pedaços de papéis. Por fim, ela encontrou uma caneta e sorriu triunfante. –Por tanto. Qual é o nome do seu irmão?– –Adrian, senhora.– –Certo então.– Ela pegou um pedaço de papel e com cuidado escreveu o nome. –Adrian Melbourne.– –Melrose, senhora.– –Certo. É claro.– Ela reescreveu o seu erro e murmurou para si mesma: –Estou feliz por seu primeiro nome não ser Hobart.– Quando ela terminou, ela recostou-se casualmente na sua cadeira. –Agora que você mencionou-o, há uma coisa que eu gostaria que você fizesse.– –Diga–, disse. –Eu quero que você faça um dos feitiços do primeiro livro.– –Desculpe. Você disse, fazer um feitiço?– Ms. Terwilliger acenou com a mão. –Oh, não se preocupe. Eu não estou pedindo para você acenar uma varinha ou fazer um sacrifício animal. Mas estou terrivelmente intrigada com o quão complexo algumas fórmulas e passos de magias são. Eu tenho que saber, será que as pessoas realmente seguiam-nas ao mínimo detalhe? Alguns destes são bastante complicados.– –Eu sei–, disse secamente. –Eu digitei todas elas.– –Exactamente. Por tanto, eu quero que você faça uma. Siga os passos. Ver quanto tempo leva. Ver se metade das medições que eles pedem são ainda possíveis. Então
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escrever os dados num relatório. Essa parte, eu sei que você é excelente.– Eu não sabia o que dizer. Ms. Terwilliger não estava realmente a pedir-me para usar magia, com certeza não da forma que os vampiros faziam. Tal coisa não era ainda possível. Magia não era do domínio dos humanos. Era não natural e ia contra as leis do universo. O que os Alquimistas faziam era baseado na ciência e na química. As tatuagens tinha magia, mas isso éramos nós a submeter a magia de vampiro as nossas vontades - não para usarmos nós próprios. O mais próximo que chegamos a alguma coisa sobrenatural era as bênçãos que rezávamos sobre as nossas poções. Ela apenas me tinha pedido para renovar um feitiço. Isso não era real. Não havia mal nenhum. E contudo….porque me sentia tão inquieta? Eu me sentia como se estivesse sendo solicitada a mentir ou roubar. –Qual é o problema?–, perguntou ela. Por um momento, pensei em usar a religião novamente mas pensei melhor não. Essa desculpa tinha sido usada até demais hoje, embora desta vez, fosse por auto defesa. –Nada, minha senhora. Isto só parece estranho.– Ela pegou o primeiro livro de couro e abriu no meio. –Aqui. Faça este - um amuleto de incineração. É complicado, mas pelo menos você terá arte e um projecto de artesanato quando estiver feito. A maioria destes ingredientes deve ser fáceis de encontrar, também.– Peguei no livro dela e fotocopiei-o. –Onde é que posso encontrar urtiga?– –Pergunte a Mr. Carnes. Ele tem um jardim fora da sua sala de aula. Tenho certeza que você pode comprar o resto. E você sabe, pode me dar os recibos. Eu vou pagar de volta sempre que eu te mandar conseguir alguma coisa. Você deve ter gasto uma fortuna com o café.– Eu me senti um pouco melhor quando vi que os ingredientes eram casuais. Urtiga. Ágata*. Um pedaço de seda. Não havia realmente nada inflamável. Isto era um disparate. Com um aceno de cabeça, eu disse a ela que ia começar em breve. Nesse meio tempo, eu digitei uma carta oficial para Amberwood em nome de Keith. Nela explicava que a nossa crença religiosa exigia a frequência à igreja em família duas vezes por semana e que Jill precisava ser dispensada da sua punição para sair durante esses tempos. Nela também prometia que Jill iria avisar a Sra. Weathers antes e depois das viagens de família. Quando terminei, eu estava bastante satisfeita com o meu trabalho e senti que tinha feito com que Keith soasse muito mais eloquente do que ele merecia.
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Eu liguei para ele quando terminei a escola e dei um breve resumo sobre o que tinha acontecido com Jill. Naturalmente, eu tive a culpa. –É suposto você manter um olho nela, Sydney!– Keith exclamou. –É suposto eu também estar disfarçada de estudante aqui, e eu não posso estar com ela a cada segundo do dia.– Não valia a pena mencionar que eu realmente tinha saído com Adrian, quando Jill fugira - não que Keith pudesse fazer mais nada por mim. Ele já tinha feito o seu dano. –Por tanto, eu tenho que sofrer as consequências–, ele disse com uma voz cansada da vida. –Eu sou o único que fica a resolver a sua incompetência.– –Resolver? Você não precisa fazer nada, excepto assinar a carta que eu escrevi para você. Você está em casa, neste preciso momento? Ou você vai estar? Vou levá-la até você.– Imaginei que saltasse em cima da oferta, para mostrar o quanto ele estava irritado por se meter no assunto. Então, foi uma surpresa quando ele disse: –Não, você não tem que fazer isso. Eu vou ter com você.– –Não é um problema. Eu posso estar em sua casa em menos de dez minutos.– Eu não queria que ele tivesse mais alguma razão para alem do necessário para vir e falar sobre como eu estava incomodando ele - ou queixar-se aos Alquimistas. –Não–, disse Keith com uma intensidade surpreendente. –Eu vou ter com você. Estou saindo agora. Encontro você no escritório principal?– –Ok–, disse totalmente perplexa com essa mudança de afeição. Ele queria me examinar ou algo assim? Exigir uma inspecção? –Vejo você em breve.– Eu já estava no Campus Central, por isso não levou tempo nenhum para chegar ao escritório principal. Sentei-me lá fora, num banco de pedra com desenhos esculpidos nela, com uma boa visão do parque de estacionamento para os visitantes e esperei. Como de costume, estava calor, mas estar á sombra fez isto ser muito agradável mesmo. O banco estava situado numa pequena clareira cheia de plantas com flores e um letreiro que dizia Jardim Memorial Kelly Hayes. Parecia novo. –Hey, Sydney!– Kristin e Julia estavam caminhando para fora do prédio e acenaram para mim. Elas chegaram e sentaram-se ao meu lado perguntando o que eu estava fazendo. –Estou esperando pelo meu irmão.– –Ele é bonito?–, perguntou Kristin esperançada. –Não–, disse. –Nem um pouco.–
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–Sim, ele é–, respondeu Julia. –Eu o vi no seu dormitório no último fim de semana. Quando todos vocês saíram para almoçar.– Levei um segundo para perceber que ela estava falando de Adrian. –Oh. Irmão diferente. Eles não têm muito em comum –. –É verdade que sua irmã está em grandes sarilhos?–, perguntou Julia. Dei de ombros. –Um simples sarilho pequeno. Ela não pode deixar o campus, excepto para as coisas em família. Podia ser pior. Embora…isso custou-lhe um emprego de modelo, então ela está triste com isso.– –Modelo de quem?–, perguntou Kristin. Esgotei o meu cérebro. –Lia DiStefano. Há algum show daqui a duas semanas e ela queria Jill participar nele. Mas Jill não pode praticar, porque ela tem que ficar aqui.– Os olhos delas se arregalaram. –As roupas de Lia são incríveis!–, disse Julia. –Jill tem que ir. Ela pode conseguir roupas de graça.– –Eu disse a você. Ela não pode.– Kristin inclinou a cabeça pensativa. –Mas o que se for pela escola? Como uma espécie de carreira ou tipo por vocação?– Ela virou-se para Julia. –Ainda existe o clube de costura?– –Eu acho que sim–, disse Julia, abanando ansiosamente. –Isso é uma boa ideia. A Jill tem alguma actividade?– Junto com um esporte, Amberwood também requeria que os seus perfeitos alunos, participassem em passatempos e actividades extra-curriculares. – Há um clube de costura que ela podia participar…e aposto que ela poderia trabalhar com Lia contando como se fosse algum tipo de pesquisa especial.– No outro dia, numa tentativa de arranjar um fio solto do seu casaco de malha, Jill quase que destruía o casaco inteiro. –Eu não acho que isso seja realmente o estilo de Jill.– –Não importa–, disse Kristin. –A maioria das pessoas aqui não consegue costurar de qualquer maneira. Mas a cada ano, o clube se voluntaria com os designers locais. Miss. Yamani deixaria totalmente participar no show de forma voluntaria. Ela adora Lia DiStefano.– –E eles têm que deixá-la ir–, disse Julia com a face cheia de triunfo. –Porque seria para a escola.– –Interessante–, disse, reflectindo se havia alguma chance daquilo dar resultado. –Vou dizer a Jill–. Um carro azul familiar parou na calçada e eu me levantei. –Lá está ele.– Keith estacionou e saiu focando ao meu redor. Kristin deu um pequeno som de
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aprovação. –Ele até que não é mau.– –Acredite em mim–, disse caminhando para a frente. –Você não quer ter nada com ele.– Keith deu às meninas o que, provavelmente, deve ter sido um sorriso encantador e até piscou para elas. No instante em que elas foram embora, o sorriso dele caiu. Impaciência irradiava fora dele e era uma maravilha ele não bater com o pé. –Vamos fazer isso rápido–, disse ele. –Se você está com tanta pressa, devia apenas ter dito para eu passar por aqui, quando você tivesse mais tempo.– Tirei uma capa contendo a carta e entreguei-a com uma caneta. Keith assinou sem sequer olhar para ela e devolveu-a. –Precisa de mais alguma coisa?–, perguntou ele. –Não.– –Não faça confusão novamente–, disse ele abrindo a porta do carro. –Eu não tenho tempo para cobrir sempre você.– –Será que isso importa?– Eu o desafiei. –Você já fez o seu melhor para se livrar de mim.– Ele me deu um sorriso frio. –Você não deveria ter cruzado comigo. Nem agora, nem naquela época.– Com uma piscada, ele se virou e começou a ir embora. Olhei, incapaz de acreditar na audácia. Foi a primeira vez que ele se referiu directamente ao acontecimento de anos atrás. –Bem, essa é a coisa,– gritei para a figura dele em retirada. –Eu não devia cruzar com você naquela época. Você se livrou fácil. Não vai acontecer novamente. Você acha que estou preocupada com você? Eu sou a única de quem você precisa ter medo.– Keith chegou a um impasse e então lentamente se virou em torno de si, seu rosto repleto de descrença. Eu não o culpo. Fiquei meio surpresa comigo mesma. Eu não conseguia mesmo me lembrar de ter combatido tão abertamente com alguém duma posição alta de autoridade, certamente não alguém que tinha tanto poder para afectar a minha situação. –Veja–, ele disse por fim. –Eu posso fazer a sua vida miserável.– Eu dei-lhe um sorriso gelado. –Você já fez e é por isso que eu tenho a vantagem. Você já fez o seu pior - mas você ainda não viu o que eu ainda posso fazer.– Foi um grande bluff da minha parte, especialmente porque eu tinha certeza de que ele ainda podia fazer pior. Daquilo que eu sabia, ele poderia trazer Zoe para aqui amanhã. Ele poderia me enviar para um centro de reeducação num piscar de olhos. Mas e se eu caísse? Então, ele também cairia. Ele me fitou por alguns momentos, como uma derrota. Eu não sei se realmente o
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assustei ou se ele decidiu não dignificar-me com uma resposta, mas ele finalmente virou-se e saiu por bem. Furiosa, entrei para entregar a carta no escritório. A secretária de recepção, Sra. Dawson, carimbou e depois fez uma cópia para eu dar a Sra. Weathers. Enquanto ela me entregava o papel, perguntei: –Quem é Kelly Hayes?– O rosto de Mrs. Dawson geralmente tinha covinhas, mas agora ficou triste. –Aquela pobre garota. Ela era uma estudante daqui alguns anos atrás.– Minha memória fez luz. –Ela é a rapariga que a Sra. Weathers mencionou? A que desapareceu?– Mrs. Dawson assentiu. –Foi terrível. Ela também era uma menina tão doce. Tão jovem. Ela não merecia morrer assim. Ela nem merecia morrer.– Eu odiava perguntar, mas tinha que fazer. –Como ela morreu? Isto é, eu sei que ela foi assassinada, mas eu nunca ouvi falar dos detalhes todos.– –Provavelmente por isso mesmo. É muito horrível.– Mrs. Dawson olhou ao redor, como se tivesse medo de entrar em problemas por fofocar com uma estudante. Ela se inclinou sobre o balcão com o rosto grave. –A pobre criatura sangrou até a morte. Ela teve a garganta cortada.–
*é um mineral quartzo.
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Capítulo 20
Eu quase perguntei: –Você está falando sério?– Mas deixei aquilo: provavelmente não era o tipo de coisa que ela faria como piada, especialmente considerando o quão seu rosto parecia um túmulo. Outras perguntas surgiram na minha cabeça, mas eu retirei todas elas também. Elas não eram tão estranhas, mas eu não queria chamar a atenção para mim mesmo mostrando um interesse incomum de um terrível assassinato. Em vez disso, simplesmente agradeci a Miss. Dawson por sua ajuda com a carta e voltei para o Campus Leste. Sra Weathers. Estava na sua mesa quando entrei no dormitório. Eu dei-lhe a carta ao qual ela leu mais de duas vezes antes de guarda-la no seu armário. –Tudo bem–, disse ela. –Apenas certifique-se que sua irmã avise cada vez que sair.– –Esteja descansada, minha senhora. Muito obrigada.– Hesitei, ponderando se devia ir ou se fazia as perguntas que a informação da Miss. Dawson tinha disparado. Eu decidi ficar. –Mrs. Weathers…desde o desaparecimento de Jill, eu continuo a pensar sobre aquela garota que você me falou. A que morreu. Eu fico pensando que poderia ter sido a Jill.– O rosto da Sra. Dawson amoleceu. –Jill está bem. Eu não deveria ter dito aquilo. Eu não queria assustar você.– –É verdade que a garganta da menina foi cortada?– –Sim.– Ela balançou a cabeça tristemente. –Terrível. Simplesmente terrível. Eu não sei que tipo de pessoa faz este tipo de coisa.– –Será que eles nunca descobrir porque isso aconteceu? Quero dizer, havia alguma coisa incomum sobre ela?–
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–Incomum? Não, nem por isso. Isto é, ela era uma linda menina. Inteligente, bonita, popular. Uma boa – não, uma grande - atleta. Tinha amigos, um namorado. Mas nada de especial para a fazer se destacar como um alvo. É claro que, pessoas que fazem coisas terríveis como aquilo provavelmente não precisam de um motivo.– –Verdade–, murmurei. Fui até meu quarto, desejando que a Sra. Weathers tivesse descrito um pouco mais sobre o quão bonita era a Kelly. O que eu realmente queria saber era se Kelly tinha sido um Moroi. Se ela fosse, eu esperava que a Sra. Weathers pudesse comentar sobre como alta ou pálida ela era. Tanto os registos de Clarence como dos Alquimistas, nenhum Moroi viveu na região de Palm Springs. O que não quer dizer, no entanto, que alguém não pudesse escapar pelas fissuras. Eu teria que encontrar a resposta por mim mesma. Se Kelly tinha sido um Moroi, então nós tínhamos três jovens mulheres Moroi mortas da mesma forma, no sul de Califórnia, dentro de um intervalo de tempo relativamente curto. Clarence podia argumentar com a sua teoria de caçador de vampiros, mas para mim este padrão gritou como um Strigoi. Jill estava no nosso quarto, servindo para ela como uma prisão domiciliar. Quanto mais tempo passava, menos raiva eu sentia em relação a ela. Ter a questão da alimentação resolvida, ajudou muito. Eu teria ficado muito mais chateada se nós tivéssemos sido incapazes de levá-la para fora do campus. –O que há de errado?–, ela me perguntou olhando por cima de seu laptop. –Porque você acha que há algo de errado?– Ela sorriu. –Você tem aquele olhar. É essa pequena ruga que você ganha entre as sobrancelhas, quando está tentando descobrir alguma coisa.– Eu balancei minha cabeça. –Não é nada.– –Sabe–, disse ela, –talvez todas essas responsabilidades não seriam tão ruim se você falasse delas e ter ajuda de outras pessoas.– –Não é bem isso. É apenas algo que eu estou tentando decifrar.– –Diga-me–, ela suplicou. –Pode confiar em mim.– Não era uma questão de confiança. Era uma questão desnecessária para Jill se preocupar. Sra.Weathers temeu que ela me tivesse assustado, mas se alguém estava a matar raparigas Moroi, eu não estava em perigo. Olhando para Jill e para o seu olhar firme, eu decidi que se ela conseguia viver, sabendo que o seu próprio povo está tentando matá-la, ela conseguiria lidar com isto. Dei-lhe um breve resumo daquilo que eu sabia.
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–Contudo, você não sabe se Kelly foi uma Moroi– ela disse depois de eu ter terminado. –Não. Essa é a parte crucial aqui.– Sentei de pernas cruzadas na minha cama com o meu próprio lanptop. –Eu vou verificar os nossos registos e os jornais locais para ver se eu consigo encontrar uma foto dela. Tudo o que eu soube pela Sra. Weathers é que Kelly foi uma estrela do atletismo.– –O que pode significar que ela não é um Moroi–, disse Jill. –Isto é, olhe o quão terrível eu sou com este sol. O que acontece se ela não for? Você tem um monte de teorias em volta da ideia de ela ser uma Moroi. Mas e se ela for humana? O que então? Podemos ignorar? Pode até ser a mesma pessoa…mas o que significa se o assassino tiver matado dois Moroi e um humano?– Jill tinha razão. –Eu não sei–, disse. Minha busca não demorou muito. Os alquimistas não tinham nenhum registo de assassinato, mas eles não teriam mesmo se Kelly tivesse sido humana. Montes de jornais tinham histórias sobre ela, mas não consegui encontrar nenhuma foto. –Que tal um anuário?–, perguntou Jill. –Alguém deve ter um guardado por aí.– –Isso é realmente muito brilhante–, disse. –Tas a ver? Eu disse que era útil.– Sorri para ela e então me lembrei de algo. –Oh, eu tenho uma boa notícia para você. Talvez.– Recapitulei o –plano– de Kristin e Julia sobre Jill se juntar ao clube de costura. Jill se iluminou mas ainda cautelosa. –Você realmente acha que daria certo?– –Só existe uma maneira de descobrir.– –Eu nunca toquei numa máquina de costura na minha vida–, ela disse. –Eu acho que esta é sua chance de aprender–, disse a ela. –Ou talvez as outras raparigas ficarão felizes em apenas manter-te por perto como a modelo de classe delas.– Jill sorriu. –Como você sabe que só as raparigas se inscrevem para isso?– –Não sei–, admiti. –Só jogando fora os estereótipos de género, eu acho.– Meu celular tocou e o número de Ms.Terwilliger piscou no ecrã. Eu respondi, me preparando para buscar um café. –Miss Melbourne?–, disse ela. –Se você e seu irmão poderem estar em Carlton dentro de uma hora, você pode falar com alguém da secretaria antes de eles fecharem. Você pode fazer isso?– Olhei para o relógio e pus fé para que o Adrian não estivesse a fazer nada de importante. –Hum, sim. Sim, claro minha senhora. Obrigada. Muito obrigada.– –O homem com quem você vai querer conversar chama-se Wes Regan.– Ela fez uma
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pausa. –E você poderia me trazer um capuccino no seu caminho de volta?– Assegurei-lhe que sim e em seguida, telefonei a Adrian instruindo para se prepara e para estar pronto para quando eu chegasse. Rapidamente, troquei o meu uniforme por uma blusa e uma saia de sarja. Olhando para o meu reflexo, percebi que ele tinha razão. Não havia realmente muita diferença entre o uniforme de Amberwood e as minhas roupas normais. –Eu gostaria de poder ir–, disse Jill melancolicamente. –Eu gostaria de ver Adrian de novo.– –Você tipo, não pode vê-lo todos os dias dessa forma?– –Verdade–, disse ela. –Embora eu ainda nem sempre posso entrar na sua cabeça quando quero. Só acontece de forma aleatória. E de qualquer maneira, não é a mesma coisa. Ele não pode falar comigo através do vínculo.– Eu quase respondi que aquilo soava melhor do que estar perto dele em pessoa, mas percebi que não seria útil. Adrian estava pronto para ir quando cheguei a casa de Clarence, animado e ansioso para a ação. –Você acabou de perder o seu amigo–, disse ele enquanto entrava no Latte. –Quem?– –Keith–. Eu fiz uma careta. –Ele realmente não é meu amigo.– –Oh, você acha? A maioria de nós percebeu isso no primeiro dia, Sage.– Eu me senti um pouco mal com isso. Uma parte de mim sabia que eu não deveria deixar que os meus sentimentos pessoais para com Keith se misturassem com o trabalho. Nós éramos uma espécie de colegas de trabalho e deveríamos ter-nos apresentado de forma unida e profissional. Ao mesmo tempo, eu estava tipo feliz por essas pessoas - mesmo se elas fossem vampiros e dhampirs - não acharem que eu era amiga de Keith. Eu não queria que eles pensassem que ele e eu tínhamos muito em comum. Eu certamente não queria ter mesmo nada em comum com ele. O significado exacto das palavras de Adrian, de repente me bateu. –Espere. Ele estava aqui?– –Uma meia hora atrás.– Ele deve ter vindo directamente da escola. Eu tive sorte por ter perdido ele. Algo me disse que ele não aprovaria o meu aprofundar na educação de Adrian. –O que ele estava aqui a fazer?–
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–Não sei. Eu acho que ele estava checando o Clarence. O velho não está a sentir-se bem.– Adrian puxou um maço de cigarros do bolso. –Você se importa?– –Sim–, respondi. –O que há de errado com Clarence?– –Eu não sei, mas ele está descansando mais vezes, o que torna as coisas ainda mais chatas. Isto é, ele não era lá boa companhia para bater papo, mas algumas das suas loucas histórias eram interessantes.– Adrian ficou melancólico. –Especialmente com Whisky–. –Mantenha-me actualizada sobre o que ele está fazendo–, murmurei. Perguntava-me se talvez foi por isso que Keith estava com tanta pressa antes. Se Clarence estava gravemente doente, teríamos que fazer um acordo com um médico Moroi. Isso complicaria nossa situação aqui em Palm Springs porque ou tínhamos de mover Clarence para algum sítio ou trazer alguém aqui. Se Keith estava trabalhando nele, então eu não deveria me preocupar… mas eu não confiava nele para fazer um bom trabalho com nada. –Eu não sei como você se leva por ele–, disse Adrian. –Eu costumava pensar que você era fraca e apenas não contra atacava…mas agora, sinceramente, eu acho que você é realmente dura. É preciso um inferno de muita força para não reclamar e atacar. Eu não tenho esse autocontrole.– –Você tem mais do que você pensa,– eu disse, um pouco embaraçada pelo elogio. Eu colocava-me sempre para baixo por aquilo que via e, por vezes não ripostava, que nunca me ocorreu que aquilo requeria força. Fiquei ainda mais surpresa por ter sido Adrian a dizer isso a mim. –Eu ando sempre numa linha. Meu pai - e os Alquimistas – realmente exigem obediência e seguimento das instruções de nossos superiores. Eu estou tipo numa balança com eles pois num terreno instável, por isso que não fazer espalhafatos é super importante para mim.– –Por causa de Rose?– Seu tom estava cuidadosamente controlada. Eu balancei a cabeça. –Yup. O que fiz foi equivalente a traição aos olhos deles.– –Eu não sei o que ‘equivalente’ significa, mas soa muito sério.– Eu podia vê-lo estudando me pelo canto do olho. –Vale a pena?– –Até agora.– Era fácil dizer uma vez que Zoe ainda não tinha a tatuagem e eu não tinha visto nenhum centro de reeducação. Se as coisas mudassem, então também as minhas respostas. –É a coisa certa a fazer. Acho que isso justifica acções dramáticas.– –Eu também quebrei um monte de regras para ajudar Rose–, disse ele com um tom
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preocupado em sua voz. –Eu fiz isso por amor. Um amor equivocado, mas amor, no entanto. Eu não sei se foram tão nobre como as suas razões, particularmente desde que ela estava apaixonada por outra pessoa. A maioria das minhas ‘acções dramáticas’ não fora por qualquer motivo. A maioria delas foi para irritar os meus pais.– Na realidade, eu encontrei-me com um pouco de inveja daquilo. Eu não conseguia imaginar a tentar, propositadamente, conseguir uma reacção do meu pai - embora eu certamente queria. –Eu acho que o amor é uma razão nobre –, disse a ele. Eu estava falando objectivamente, é claro. Eu nunca estive apaixonada e não tinha nenhum ponto de referência para fazer algum julgamento. Com base no que eu observava dos outros, eu assumi que era uma coisa surpreendente…mas por agora, eu estava muito ocupada com o meu trabalho para notar a falta disso. Eu me perguntei se deveria ficar desapontada com isso. –E eu acho que você tem tempo de sobra para fazer outras coisas nobres.– Ele riu. –Nunca pensei que o meu maior apoio viria de alguém que pensa que eu sou o mal e não natural.– Isso fazia dois de nós. Hesitante, eu consegui fazer uma pergunta que me tinha queimado por dentro. –Você ainda a ama? Rose?– Além de eu não saber o que era estar apaixonado, eu também não sabia quanto tempo levava para se recuperar desse amor. O sorriso de Adrian desapareceu. Seu olhar voltou para o interior. –Sim. Não. É difícil esquecer alguém assim. Ela teve um efeito enorme em mim, bons e maus. É difícil colocar isto no passado. Eu tento não pensar muito nela em termos de amor e ódio. Principalmente porque estou tentando seguir a minha vida. Com resultados mistos, infelizmente.– Chegamos logo à faculdade. Wes Regan era um grande homem com uma barba grisalha e que trabalhava nos registos de Carlton. Ms. Terwilliger tinha ensinado a sua sobrinha de graça num verão, e Wes sentia que lhe devia um favor. –Esta é a situação,– disse ele uma vez que estávamos sentados em frente a ele. Adrian estava usando umas calças caqui e uma camisa de botões de cor clara que teriam sido óptimas para as entrevistas de emprego. Agora era tarde. –Eu pode não apenas registálo. As aplicações da faculdade são longas e exigem transcrições, e não há nenhuma maneira de você poder oscilar uma em cada dois dias. O que eu posso fazer é colocar você como um auditor.– –Tal como com o IRS*?–, perguntou Adrian.
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–Não. Auditoria significa que você está frequentando a aula e fazendo o trabalho, mas não é avaliado nela.– Adrian abriu a boca para falar, e eu apenas pode imaginar o comentário que ele tinha sobre trabalhar sem nenhum crédito. Eu rapidamente o interrompi. –E depois?– –Então, se você puder jogar junto com uma aplicação, oh, numa semana ou duas - e ser aceite - eu posso influenciar a mudança para o status de estudante.– –E quanto a ajuda financeira–, perguntou Adrian, inclinando-se para a frente. –Posso conseguir algum dinheiro para isto?– –Se você se qualificar–, disse Wes. –Mas você não pode realmente pedir para recebe-lo até que você seja aceite.– Adrian caiu para trás, e eu era capaz de adivinhar seus pensamentos. Se para ficar matriculado levaria algumas semanas, sem dúvida, haveria também um atraso nos depósitos de ajuda financeira. Adrian estaria olhando para um mês ou mais a viver com Clarence, o que era provavelmente muito optimista. Eu meio que esperava ver Adrian se levantar e recusar tudo. Em vez disso, uma expressão decidida atravessou o seu rosto. Ele concordou. –Okay. Vamos começar com essa coisa de auditoria.– Fiquei impressionada. Eu também fiquei com ciúmes quando Wes expos o catálogo de cursos. Eu me contentei com as aulas de Amberwood, mas olhando para as ofertas de uma verdadeira faculdade mostrou-me que as duas escolas eram de dois mundos diferentes. As aulas de história eram mais focadas e mais aprofundadas do que qualquer outra coisa que eu pudesse ter imaginado. No entanto, Adrian não tinha nenhum interesse nelas. Ele imediatamente escolheu um departamento de arte. Ele acabou por se inscrever em dois cursos de iniciação: pintura a óleo e aguarelas. Decorreriam três vezes por semana e estavam convenientemente em direcções opostas. –Isso vai se tornar mais fácil se eu apanhar o onibus–, ele explicou quando estávamos saindo. Eu dei-lhe um olhar assustado. –Você vai apanhar o ônibus?– Ele pareceu se divertir com o meu espanto. –Que mais pode ser? As aulas são durante o dia. Você não pode me levar.– Pensei na casa remota de Clarence. –Onde na terra que você vai pegar o ônibus?– –Há uma paragem cerca de uma milha e meia de distância. Depois pego outro que vai
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para Carlton. Toda a viagem leva cerca de uma hora.–Confesso que ele me deixou sem palavras. Fiquei espantado por Adrian ter pesquisado aquilo tudo, muito menos estar dispostos a ter aquele trabalho todo. No entanto, na viagem de volta, ele nunca pronunciou uma palavra de queixa sobre como inconveniente seria ou quanto tempo ele teria de esperar para sair da casa de Clarence. Quando cheguei de volta a Amberwood, eu estava animada para contar a notícia a Jill sobre o sucesso que aquilo tinha sido - não que ela precisasse de mim para lhe contar. Com a ligação, ela provavelmente saberia mais do que eu. Ainda assim, ela sempre se preocupava com ele e sem dúvida ficaria felicíssima por algo correr bem com ele. Jill não estava no nosso quarto quando voltei, mas um nota me informou que ela estava estudando noutras partes do dormitório. A única parte brilhante da sua punição era que limitava as zonas onde ela poderia estar em qualquer momento. Decidi usar então esta oportunidade de fazer o tal amuleto de Ms. Terwilliger. Eu reuni a maior parte dos ingredientes necessários, e juntamente com a autorização do professor de biologia, Ms.Terwilliger havia me assegurado o acesso a um dos laboratórios de química. Não havia ninguém àquela hora da noite, o que me deu abundância de espaço e sossego para misturar confecção. Como nós tínhamos reparado, as instruções eram extremamente detalhada – e na minha opinião - supérfluas. Não era apenas o suficiente medir as folhas de urtiga. Segundo as instruções deles ‘descansar por uma hora’, durante o qual eu deveria dizer para elas, ‘em ti, chama eu inspiro’ a cada dez minutos. Eu também tinha que ferver a pedra ágata ‘ infundi-la com o calor’. O resto das instruções eram semelhantes, e eu sabia que não haveria nenhuma maneira de Ms. Terwilliger saber se eu realmente segui aquilo tudo à risca - principalmente os cantos. Ainda assim, o propósito desta acrobacia era relatar sobre o que era fazer aquilo como uma pratica antiga. Então, eu segui tudo lealmente e concentrei-me tanto em realizar perfeitamente cada etapa que logo caí num período de calma, onde nada existia excepto o feitiço. Terminei duas horas mais tarde e fiquei surpresa por me sentir exausta. O resultado final certamente não pareceu justificar toda a energia que eu gastei. Eu saí com um cordão de couro onde pendia uma bolsa de seda cheia de folhas e pedras. Eu carreguei aquilo e as minhas notas de volta ao meu dormitório, com a intenção de escrever o meu relatório para a Ms. Terwilliger para que eu pudesse colocar isto tudo para atrás de mim. Quando cheguei ao meu quarto eu engasguei quando vi a porta. Alguém tinha pegado em tinta vermelha e desenhado pela porta toda assas de morcego e presas. Rabiscada no meio da
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porta, em grandes letras gordas estava escrito RAPARIGA VAMPIRO. Cheio de pânico, eu bruscamente entrei no quarto. Jill já lá estava, juntamente com a Sra. Weathers e outro professor que eu não conhecia. Eles estavam procurando em todos as nossas coisas. Eu olhei em descrença. –O que está acontecendo?– perguntei. Jill balançou a cabeça, de rosto mortificado, e não conseguiu responder. Eu, aparentemente, cheguei no fim da busca, porque a Sra. Weathers e o seu associado logo terminaram e caminharam até a porta. Fiquei contente por ter levado para o laboratório hoje à noite os meus suprimentos de Alquimista. O kit continha algumas ferramentas de medição que eu pensei que pudesse precisar. Eu certamente não queria explicar o porquê de ter uma colecção de produtos químicos no dormitório sem autorização. –Bem–, disse a Sra. Weathers severamente. –Aparentemente não há qualquer coisa aqui, mas eu posso fazer outra procura no local mais tarde - por isso nada de ideias. Você já está com problemas suficientes, sem acrescentar mais nenhuma outra carga neles.– Ela suspirou e balançou a cabeça á Jill. –Estou muito decepcionada com você, Miss Melrose.– Jill escandalizou. –Eu estou dizendo a você, é tudo um engano!– –Vamos esperar que sim–, disse a Sra. Weathers ameaçadoramente. –Vamos esperar que sim. Eu tenho em mente fazer você limpar aquele vandalismo lá fora, mas sem provas…bem, teremos os porteiros a tratar disto amanhã.– Uma vez que os nossos visitantes foram embora, eu imediatamente exigi, –O que aconteceu?– Jill caiu para trás em sua cama e gemeu. –Laurel foi o que aconteceu.– Sentei-me. –Explica–. –Bem, eu liguei para a biblioteca para ver se eles tinham os anuários - sobre Kelly Hayes? Tirando isso, eles normalmente os têm, mas todos eles foram requisitados pela equipe do jornal para alguma edição do aniversario de Amberwood. E você não vai acreditar quem está dirigindo o projecto: Laurel.– –Tem razão–, disse. –Eu nunca teria imaginado isso. Ela ainda é caloira em Inglês?– Laurel era uma sénior. –Sim–. –Eu acho que todo mundo precisa de uma actividade,– eu murmurei. Jill assentiu. –De qualquer forma, Miss Yamani estava no edifício, então fui perguntar a ela sobre a adesão ao clube de costura e trabalhar para Lia. Ela realmente estava animada e disse que ia fazer isso acontecer.–
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–Bem, isso é alguma coisa–, disse cautelosamente, ainda sem certeza de como isto ia levar até ao vandalismo e a uma busca no nosso quarto. –Enquanto voltava para aqui, passei por Laurel no corredor. Decidi dar uma chance… aproximei-me dela e disse ‘olha, eu sei que nós tivemos nossas desavenças, mas eu realmente preciso de alguma ajuda’. Então eu expliquei que eu precisava dos anuários e perguntei se ela me podia os emprestar apenas esta noite e que eu os levaria de volta o mais rápido possível.– Para isso, eu não disse nada. Foi certamente uma coisa nobre e corajosa que Jill fez, especialmente depois de eu a ter encorajado a ser melhor que Laurel. Infelizmente, eu achei que Laurel não iria retribuir com um comportamento adulto. E tive razão. –Ela me disse… bem, em termos muito explícitos que eu nunca teria acesso aqueles anuários.– Jill fez uma careta. –Ela também me disse algumas outras coisas. Então eu, hum, a chamei de puta desvairada. Eu provavelmente não deveria ter dito mas, bem, ela mereceu! De qualquer forma, ela foi ter com a Sra. Weathers com uma garrafa de…eu não sei. Eu acho que era licor de framboesa. Ela alegou que eu vendi para ela e que tinha mais no meu quarto. Sra. Weathers não poderia me punir sem provas conclusivas, mas depois da acusação de ressaca de Ms.Chang no primeiro dia, a Sra. Weathers decidiu que era suficiente para uma busca no quarto.– Eu balancei a cabeça em descrença, raiva crescendo dentro meu peito. –Para tal lugar, de elite e prestígio, esta escola de certeza que é rápido a saltar sobre todas as acusações que surgirem! Quero dizer, eles acreditam em qualquer coisa que você disser. E de onde vem a pintura lá fora?– Lágrimas de frustração surgiram nos olhos dela. –Oh, Laurel, é claro. Ou, bem, um dos seus amigos. Isto aconteceu enquanto Laurel estava conversando com a Sra. Weathers, então é claro que ela tem um álibi. Você não acha….você acha ninguém sabe de nada, certo? Você disse antes que isto é apenas uma piada…e os humanos nem sequer acreditam em nós…certo?– –Certo–, disse automaticamente. Mas eu estava começando a me perguntar. Desde o telefonema do meu pai, quando ele mencionou que havia humanos que suspeitavam e não seriam silenciados, eu perguntei se eu tinha sido muito rápida a admitir a piada de Laurel. Será que ela simplesmente encontrou uma piada cruel para dizer? Ou ela era um daqueles humanos que suspeitavam sobre a existência de vampiros no mundo e podia fazer muito barulho sobre isso? Eu duvido que alguém acreditaria nela, mas nós não
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podíamos correr o risco de atrair a atenção de alguém que sabia. Será que ela realmente sabia que Jill era um vampiro? A expressão desesperada de Jill se transformou em raiva. –Talvez eu devesse fazer algo sobre a Laurel. Existe outras maneiras de manusear a água dela, para além de congelar.– –Não–, disse rapidamente. –Não abaixe-se a isso. A vingança é mesquinha, e você é melhor do que isso.– Além disso, eu pensei, mais alguma actividade sobrenatural, e Laurel podia realizar seu sarcasmo com mais instrumentos do que inicialmente. Jill deu-me um sorriso triste. –Você fica dizendo isso. Mas você não acha que é preciso fazer algo quanto a Laurel?– Ah, sim. Eu definitivamente achava. Isto tinha ido longe demais, e eu estaria errada se deixasse que isto passasse sem fazer nada. Jill tinha razão quanto a haver outras maneiras de se vingar de alguém. E eu tinha a certeza que esta vingança seria pequena e que não envolveria Jill. Era por isso que eu iria fazê-la. –Eu cuido disso–, disse a ela. –Eu – eu vou fazer com que os alquimistas emitem uma queixa de nossos pais.– Ela olhou duvidosa. –Você acha que isso vai consertar as coisas?– –Com certeza–, disse. Porque esta reclamação iria junto com algo extra. Olhei para o relógio para ver se ainda dava tempo para voltar ao laboratório. Sem problemas. Eu simplesmente acertei o meu alarme para tocar muito mais cedo, com a intenção de ir até lá e voltar antes de as aulas começarem. Eu tinha mais uma experiência para o meu futuro, e Laurel ia ser minha cobaia.
*Internal Revenue Service (rendimento de acções internas)
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Capítulo 21 A mistura que eu precisava era fácil. Para começar eu precisaria de um par de dias. Primeiro tinha prestado atenção ao tipo de shampoo que Laurel utilizava nos chuveiros de EF. A escola fornecia shampoo e condicionador, é claro, mas ela não queria confiar em algo tão banal para o seu cabelo precioso. Uma vez que conheci a marca, fui comprar o produto a uma loja de beleza ali perto e esvaziei o conteúdo pelo ralo abaixo. Em seguida, enchi as garrafas com a minha mistura caseira. O passo seguinte foi trocar a garrafa pela de Laurel. Eu recrutei Kristin para fazer isso. Seu armário era ao lado do dela em EF, e ela estava mais do que disposta para me ajudar. Parte disso era que ela partilhava a nossa aversão por Laurel. Mas também, por eu a ter salvo daquela reacção com a tatuagem, Kristin havia deixado claro que ela estava em divida para comigo e que eu poderia contar com ela no que eu precisasse. Eu não gostei da ideia de ela me estar a dever, mas a sua ajuda veio a calhar. Ela aproveitou o momento em que Laurel estava a olhar para alem do cacifo desbloqueado dela e fez a troca rapidamente. Agora só tínhamos que esperar que Laurel utilizasse novamente o shampoo e ver os resultados da minha obra. Enquanto isso, a minha outra experiência de laboratório não estava recebendo a reacção que eu esperava. Ms. Terwilliger aceitou o meu relatório, mas não o amuleto. –Não tenho nenhum uso para ele–, ela comentou, olhando por cima dos papéis que eu lhe entreguei. –Bem…eu certamente também não, minha senhora.– Ela colocou os papéis para baixo. –Isto tudo é verdade? Você seguiu todos os passos com precisão? Eu certamente não tenho como saber se você, ah, saltou alguns detalhes.– Eu balancei minha cabeça. –Não. Segui todos os passos.–
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–Bem, então. Parece que você tem você mesmo um encanto fogoso.– –Senhora,– eu disse, meio que um protesto. Ela sorriu. –O que as indicações diziam? Jogar e recitar um último encantamento? Você sabe isso?– '–Em chamas, em chamas–, disse rapidamente. Depois de ter digitado o feitiço inicialmente para as suas notas e em seguida recriá-lo, era difícil não saber tudo. De acordo com o libro – que estava traduzido de latim para Inglês - a linguagem não importava desde que as palavras fossem pronunciadas com clareza. –Bem, está aí. Experimenta-o um destes dias e vê o que acontece. Só não pegue fogo a nenhuma propriedade da escola. Porque não é seguro.– Eu levantei o amuleto pela corrente. –Mas isto não é real. Isto é um absurdo. É um monte de lixo misturado dentro de um saco.– Ela encolheu os ombros. –Quem somos nós para questionar os antigos?– Olhei, tentando descobrir se ela estava brincando. Eu sabia que ela era excêntrica desde o primeiro dia, mas ela ainda se parecia como uma grande investigadora. –Você pode não acreditar nisto. Magia como esta…não é real.– Sem pensar acrescentei, –Mesmo que fosse, minha senhora, não é para os humanos mexerem com os poderes por aí.– Ms. Terwilliger ficou em silêncio por vários momentos. –Você realmente acredita nisto?– Eu peguei a cruz do meu pescoço. –Foi como eu fui ensinada.– –Entendido. Bem, então, você pode fazer o que quiser com o amuleto. Jogá-lo fora, doálo, experimenta-lo. Independentemente disso, este relatório é o que eu preciso para o meu livro. Obrigado por disponibilizar tempo - como sempre, você fez mais do que era necessário.– Eu coloquei o amuleto na minha bolsa quando saí sem ter a certeza do que realmente fazer. Isto era inútil… e ainda, isto também me custou muito tempo. Fiquei decepcionada por aquilo não ter um propósito mais significativo na sua pesquisa. Todo esforço foi para o lixo. No entanto, o meu último projecto mostrou desenvolvimento do dia seguinte. Em Quimica avançada, Greg Slade e alguns de seus amigos correram para a aula assim que a campainha tocou. Nosso professor deu-lhes um olhar de advertência, mas eles nem sequer notaram. Slade exibia a sua tatuagem de águia, expondo-a para todo mundo ver. A tinta estava novamente prata brilhante. Próximo a ele, um dos seus amigos também mostrava orgulhosamente outra tatuagem de prata. Era um desenho convencional de um
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par de adagas cruzados, que era apenas um pouco menos viscosa do que a águia. Este era o mesmo amigo que tinha estado preocupado no início desta semana por não ser capaz de conseguir uma tatuagem. Aparentemente, as coisas tinham dado certo com o fornecedor. Interessante. Ter adiado o envio dos relatórios para os Alquimistas tinha sido para ver se Nevermore iria repor o que eu tinha roubado. –É incrível–, disse o amigo de Slade. –A pressa–. –Eu sei.– Slade lhe deu um soco no ombro. –Mesmo a tempo para amanhã.– Trey observava-os com uma expressão escura. –O que á amanhã?–, sussurrei para ele. Ele continuou a olhar com desprezo para eles antes de se voltar para mim. –Você vive debaixo da pedra? É o nosso primeiro jogo em casa.– –É claro–, disse. Minha experiência do ensino médio não seria completa sem a excelente campanha publicitária do futebol. –Muita coisa boa isto me vai fazer–, ele murmurou. –Ainda não te tiraram o curativo–, eu apontei. –Sim, mas o treinador está me fazendo ter calma com isto. Além disso, eu sou uma espécie de peso morto agora.– Ele balançou a cabeça em direcção a Slade e ao seu amigo. –Como é que eles não ficam em apuros com aquilo? Eles não estão fazendo nenhum esforço para as esconder. Esta escola não tem mais disciplina. Estamos praticamente na anarquia.– Eu sorri. –Praticamente–. –O seu irmão devia estar na equipe, sabe. Eu vi ele em EF. Ele poderia ser um grande atleta se ele se incomodasse a tentar por nada.– –Ele não gosta de chamar a atenção para si mesmo,– expliquei. –Mas ele provavelmente vai assistir ao jogo.– –Você está indo assistir ao jogo?– –Provavelmente não–. Trey arqueou uma sobrancelha. –Um encontro escaldante?– –Não! Mas eu apenas…bem, não costumo assistir esportes. E eu sinto que devo ficar com a Jill.– –Você não vai mesmo aplaudir-me?– –Você não precisa dos meus aplausos.– Trey me deu um olhar de decepção como resposta. –Talvez seja melhor assim–, disse ele. –Uma vez que você realmente não iria conseguir me ver realizando o meu incrível alto nível.–
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–Isso é uma vergonha–, eu concordei. –Oh, pare já com o sarcasmo.– Ele suspirou. –Meu pai vai ser o mais chato. Existe expectativas na família.– Bem, isso era algo que eu podia entender. –Ele é um jogador de futebol também?– –Nah, é menos sobre o futebol em si do que manter a forma física no auge. Excelência. Pronto para ser chamado em qualquer momento. Ser o melhor na equipe foi uma maneira de o orgulhar - até que essas tatuagens começaram.– –Você é muito bom, sem qualquer ajuda de uma tatuagem. Ele deveria continuar a se orgulhar–, disse. –Você não conhece o meu pai.– –Não, mas eu acho que conheço alguém como ele.– sorri. –Sabe, afinal de contas eu talvez precise de ir a um jogo de futebol.– Trey simplesmente sorriu de volta e a aula começou. O dia decorreu calmamente, até Jill correr para mim assim que entrei no vestiário para EF. –Eu ouvi de Lia! Ela perguntou se eu poderia passar por lá hoje à noite. Ela teve a praticar com as outras modelos, mas pensou que eu poderia precisar de uma sessão especial, uma vez que eu não tenho nenhuma experiência. Agora esta é a coisa, eu…você sabe, preciso de uma carona. Você acha…Quero dizer, você poderia…– –Claro–, disse. –É por isso que estou aqui.– –Obrigado, Sydney!– Ela jogou os braços ao redor mim, para minha grande surpresa. – Eu sei que você não tem motivo nenhum para me ajudar depois de tudo o que eu fiz, mas…– –Está tudo bem, está tudo bem–, disse acariciando-lhe desajeitadamente o ombro. Eu respirei firme. Pense que é Jill me abraçando. Não um vampiro me abraçando. –Fico feliz em ajudar.– –Será que vocês duas gostariam de ficar sozinhas?– Zombou Laurel, caminhando com sua comitiva. –Eu sempre soube que havia algo estranho na sua família.– Jill e eu nos separáramos e ela corou, o que só fez elas se rirem mais. –Deus, eu odeio elas–, disse Jill quando elas estavam fora do alcance da voz. –Eu realmente quero destrui-la.– –Paciência–, murmurei. –Elas vão ver o que está por vir um dia destes.– Olhando para o cacifo de Laurel, eu pensei que ‘um dia destes’ podia estar para acontecer mais cedo ou mais tarde.
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Jill balançou a cabeça com espanto. –Eu não sei como você pode ser tão clemente, Sydney. Tudo corre imediatamente para você.– Sorri, imaginando o que Jill iria pensar se ela soubesse da verdade - que eu não era tão – clemente– como parecia. E não apenas quando se tratava de Laurel. Se Jill queria pensar que eu era daquele jeito, então que seja. Claro, minha fachada como sendo gentil foi revelada, mostrando a minha outra personalidade quando o grito de Laurel encheu o vestiário no final da aula uma hora depois. Foi quase uma repetição do incidente do gelo. Laurel saiu a gotejar do chuveiro, envolta numa toalha. Ela correu com horror para o espelho, segurando o seu cabelo para cima. –O que há de errado?–, perguntou uma das suas amigas. –Você não vê isto?–, gritou Laurel. –Há qualquer coisa de errado…Isto não está bem. É óleo…ou eu não sei!– Ela pegou num secador de cabelo e começou a secar o cabelo, enquanto o resto de nós assistia com interesse. Depois de alguns minutos, os longos fios estavam secos, mas era difícil dizer. Era como se realmente o seu cabelo estivesse revestido em óleo ou graxa, como se ela não o tivesse lavado nas últimas semanas. O cabelo que normalmente era reluzente e brilhante, agora estava feio, fraco e penduravase em espiral. A cor também estava um pouco modificada. O vermelho brilhante e flamejante, agora tinha uma tonalidade de amarelo doentio. –Cheira estranho também–, exclamou ela. –Lave-o novamente–, sugeriu uma outra amiga. Laurel fez isso, mas não ia ajudar. Mesmo quando ela descobriu que era o shampoo que estava causando o problema, não ia adiantar, pois a mistura que eu tinha feito não sairia do seu cabelo facilmente. A água iria continuar alimentar a reacção e levaria muitas e muitas esfregadelas antes de ela corrigir o problema. Jill deu-me um olhar espantado. –Sydney?–, ela sussurrou com um milhão de perguntas no meu nome. –Paciência–, assegurei-lhe. –Isto foi apenas a primeira acção.– Naquela noite, levei Jill até á boutique de Lia DiStefano. Eddie foi connosco, é claro. Lia era apenas alguns anos mais velha que eu e quase um tanto mais baixa. Apesar de seu tamanho minúsculo, havia algo grande e forte na sua personalidade quando ela nos confrontou. A loja estava cheia de trajes elegantes e vestidos, embora ela mesma estivesse vestida casualmente com uns jeans rasgado e uma larga blusa camponês. Ela colocou o sinal fechado na sua porta e depois confrontou-nos com as mãos nos quadris. –Então, Jillian Melrose–, começou ela. –Temos menos de duas semanas para
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transformar-te numa modelo.– Seus olhos caíram sobre mim. –E você vai ajudar.– –Eu?– Exclamei. –Eu sou apenas a carona.– –Não se você quiser que a sua irmã brilhe no meu show.– Ela foi ter com Jill, a diferença de alturas era quase cômico. –Você tem que comer, beber e respirar passerelle se você estiver indo fazendo isto. E você tem que fazer tudo isto – com eles.– Com um floreio, Lia pegou numa caixa de sapato ali perto e tirou um par de sapatos roxo, brilhante e com um salto que tinha pelo menos cinco centímetros de altura. Jill e eu paralisamos. –Ela já não é alta o suficiente?– perguntei por fim. Lia bufou e trouxe os sapatos até Jill. –Estes não são para o show. Mas uma vez que você dominar estes, você estará pronta para qualquer coisa.– Jill pegou-os cautelosamente, segurando-os para os estudar. Os saltos me lembravam as estacas de prata que Eddie e Rose usavam para matar Strigoi. Se Jill realmente queria estar preparada para qualquer situação, bastava ela manter os saltos por perto. Consciente da nossa análise, ela finalmente trocou as suas sandálias marrom - presas por tiras muito elaboradas – pelos sapatos roxo. Uma vez calçados, ela se levantou lentamente e quase caiu. Eu rapidamente saltei para a segurar. Lia acenou com a cabeça em aprovação. –Vê? Isto é o que eu estava falando. Trabalho de equipe entre irmãs. Cabe a você ter certeza que ela não cai e quebre o seu pescoço antes do meu show.– Jill me lançou um olhar de pânico que eu suspeitei que refletia no meu próprio rosto. Comecei a sugerir que Eddie podia ser o suporte de Jill, mas ele tinha discretamente se afastado para o canto da loja e parecia ter escapado à atenção de Lia. Aparentemente, os seus serviços de proteção tinha limites. Enquanto Jill simplesmente tentava não tombar, eu ajudei Lia a arranjar espaço livre no centro da loja. Lia, em seguida, passou mais ou menos a hora seguinte a demonstrar como se andava adequadamente na passerelle, com ênfase na postura e passo firme a fim de exibir em todos os ângulos as roupas. A maioria desses detalhes ficaram perdidos para Jill, no entanto, ela simplesmente lutava para atravessar a sala sem cair. Graça e beleza não era tão preocupante como ficar em pé. No entanto, quando eu olhei para Eddie, ele assistia Jill com um olhar absorto em seu rosto, como se cada passo que ela dava era pura magia. Ele captura o meu olhar e imediatamente retomou ao seu olhar cuidadoso de Guardião. Eu fiz o meu melhor ao oferecer palavras de encorajamento a Jill - e sim, impedi-la de
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cair e quebrar seu pescoço. A meio da sessão, ouvimos um bater no vidro da porta. Lia fez uma carranca e em seguida reconheceu o rosto do outro lado da porta. Ela se animou e foi destrancar a porta. –Mr. Donahue –, disse ela, deixando Lee dentro. –Veio ver como a sua estrela está brilhando? – Lee sorriu, seus olhos cinzentos instantaneamente procuraram os de Jill. Jill encontrou seu olhar e sorriu amplamente. Lee não tinha estado por perto na última alimentação, e embora falassem constantemente ao telefone e nas mensagens instantâneas, eu sabia ela estava numa excitação para o ver. Um olhar ao rosto de Eddie, me mostrou que ele não estava tão encantado com a presença de Lee. –Eu já sei como ela brilha–, disse Lee. –Ela é perfeita.– Lia bufou. –Eu não iria tão longe.– –Hey,– disse quando uma impressionante inspiração me surgiu. –Lee, você quer ser responsável por segurar em Jill e a impedir de quebrar seu pescoço? Eu preciso de entregar um recado.– Previsivelmente, Lee estava mais do que disposto e eu sabia que não precisava temer pela segurança dela com o Eddie a supervisionar. Deixei-os, correndo mais duas ruas até chegar a Nevermore. Desde que eu ouvi Slade e seus amigos confirmarem que os tatuadores estavam novamente no activo, eu queria pagar uma viagem em pessoa. Embora desta vez não escondida. Os bens roubados já revelaram as suas evidências. Exceto o líquido claro, eu tinha identificado todas as outras substâncias dos frascos. Todos os metais eram cópias exatas dos compostos Alquimistas, significando que essas pessoas tinham uma ligação com os Alquimistas ou então eles roubavam. De qualquer maneira, meu caso crescia cada vez mais forte. Eu só esperava que isto fosse suficiente para me redimir e livrar a Zoe disto aqui, particularmente uma vez que o tempo estava correndo com a sua chegada. Já tinha passado uma semana desde que meu pai havia dito que ela me iria substituir. Meu plano era ver a disponibilidade com que Nevermore me daria uma tatuagem. Eu queria saber quais eram os avisos (se houvesse algum) que eles davam e se era fácil logo à primeira. A conversa de Adrian não tinha rendido muita mais informação, mas provavelmente a sua tatuagem de um motoqueiro-esqueleto-com-fogo-com-um papagaio não tinha feito muito para ajudar na sua credibilidade. Eu estava armada com dinheiro hoje, o que eu esperava que me levasse a algum lugar. Como era, eu nunca precisei de nenhum lampejo. Assim que entrei, o cara atrás do balcão - o mesmo que tinha falado com Adrian - pareceu aliviado.
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–Graças a Deus–, disse ele. –Por favor me diga que você tem mais. Essas crianças estão me deixando louco. Quando nós entramos nisto… Eu não tinha ideia que ia ser tão grande. O dinheiro é bom, mas Cristo. É uma loucura continuar com isto.– Eu mantive minha confusão fora do meu rosto, perguntando o que diabos ele estava falando. Ele agia como se eu estivesse dentro do esquema aqui, o que não fazia sentido. Mas então, seus olhos brilharam na minha bochecha, e de repente entendi. Minha tatuagem em forma de lírio. Estava descoberta desde que a escola tinha terminado. E eu sabia, com absoluta certeza, que quem estava a arranjar suprimentos para ele trabalhar, era também um Alquimista. E ele assumiu que a minha tatuagem fazia de mim aliada. –Eu não tenho nada comigo–, disse. Seu rosto caiu. –Mas a demanda…– –Você perdeu o outro lote,– disse arrogantemente. –Você deixou-o ser roubado mesmo em frente do seu nariz. Você sabe quantos problemas tivemos para conseguir arranjar aquilo? – –Eu já expliquei para o seu amigo!–, exclamou ele. –Ele disse que entendia. Ele disse que tinha tratado do assunto e que não valia a pena nos preocupar mais.– Havia um sentimento afundando-se na boca do estômago. –Sim, bem, ele não fala por todos nós, e não temos a certeza se queremos continuar. Você foi comprometido.– –Nós temos cuidado–, ele argumentou. –Esse roubo não foi culpa nossa! Agora, puf, por favor. Você tem que nos ajudar. Será que ele não lha disse? Há uma demanda enorme para amanhã, porque os miúdos da escola privada têm um jogo. Se nós conseguirmos faze-los todos, vamos fazer o dobro do dinheiro.– Eu lhe dei o meu melhor sorriso gelado. –Vamos discutir o assunto entre nós e voltar depois.– Com isso, me virei e comecei a sair. –Espere–, ele chamou. Lancei-lhe em olhar superior. –Você pode fazer com que essa pessoa pare de telefonar?– –Que pessoa?– perguntei, querendo saber se ele queria dizer algum estudante persistente de Amberwood. –A que tem uma voz estranha, que me pergunta sempre se alguém alto e pálido apareceu por aqui. Os que se parecem com vampiros. Achei que era alguém que você conhecia.– Alguém alto e pálido? Eu não gostei do som daquilo mas mantive o meu rosto em branco. –Desculpe. Não sei do que você está falando. Deve ter sido uma brincadeira.–
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Saí, fazendo uma anotação mental para investigar ainda mais. Se alguém estava perguntando sobre pessoas que pareciam vampiros, isso era um problema. No entanto, não era o problema imediato. Minha mente corria enquanto eu processava mais sobre o que o tatuador tinha dito. Havia um Alquimista fornecendo Nevermore. Em alguns aspectos, não devia ser uma surpresa. De que outra forma eles conseguiam arranjar sangue de vampiro e todos os metais necessários para as suas tatuagens? E, aparentemente, este desonesto Alquimista tinha ‘tratado do assunto’ que levara ao roubo dos suprimentos deles. Quando foi que meu pai ligou para mim dizendo que eu estava sendo tramada por causa dos relatórios de Keith? Logo depois de eu ter investigado á socapa Nevermore. Eu sabia quem era o desonesto Alquimista. E eu sabia que eu tinha sido ‘o assunto’. Keith tinha tomado cuidado comigo, fazendo movimentos para me tirar de Palm Springs e trazer alguém novo e inexperiente para que não se interferisse com a sua operação ilícita de tatuagens. Era por isso que ele queria Zoe em primeiro lugar. Fiquei horrorizada. Eu não tinha uma grande opinião sobre Keith Darnell, não de qualquer maneira. Mas eu nunca, nunca tinha pensado que ele pudesse chegar a este nível. Ele era uma pessoa imoral, mas ele cresceu com os mesmos princípios com que eu cresci sobre os humanos e vampiros. Para ele abandonar essas crenças e expor inocentes aos terríveis efeitos colaterais do sangue de vampiro para seu próprio ganho… bem, era mais do que uma traição aos Alquimistas. Era uma traição á raça humana inteira. Minha mão estava no celular pronto para chamar Stanton. Isto seria o bastante. Uma chamada com o tipo de notícias que eu tinha, e os alquimistas arrebatariam em Palm Springs - e em Keith. Mas e se não houvesse nenhuma prova solida para conectar a Keith? Era possível outro Alquimista entrar lá e jogar o mesmo jogo que eu, ficando o tatuador a pensar que eles faziam parte da equipe de Keith. No entanto, Keith era quem eu queria tramar. Eu queria garantir que não havia nenhuma maneira de ele poder escapar desta. Tomei uma decisão e ao invés de ligar para os Alquimistas, liguei para o Adrian. Quando voltei para a loja de Lia, eu encontrei a sessão de treino terminada. Lia estava dando a Jill algumas instruções de última hora, enquanto Eddie e Lee pairava nas redondezas. Eddie deu uma olhada ao meu rosto e imediatamente soube que algo estava errado. –Qual é o problema?–
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–Nenhum–, disse suavemente. –Apenas um problema que eu vou corrigir em breve. Lee, você se importaria de levar Jill e Eddie de volta para a escola? Eu ainda tenho alguns recados para fazer. – Eddie franziu o cenho. –Você está bem? Você precisa de alguém para a proteger?– –Eu vou ter alguém.– Reconsiderei, uma vez que estava prestes a me encontrar com Adrian. –Bem, mais ou menos. Enfim, eu não estou em apuros. Seu trabalho é manter um olho em Jill, lembra? Obrigada Lee, –adicionei, vendo-o a acenar. Lembrei-me de uma coisa de repente. –Espere…Eu pensava que este era um dos dias que você tinha um curso noturno. Nós estamos mantendo você…ou…tipo, em que dias você tem aulas? – Eu nunca tinha pensado muito sobre isso, só me apercebia que havia alguns dias em que Lee estava por perto e outros em que ele estava em Los Angeles. Mas pensando bem, não havia um padrão lógico. Eu vi que o rosto de Eddie se iluminou também. –É verdade–, disse ele, olhando com suspeita para Lee. –Que tipo de horário você tem?– Lee abriu a boca, e eu senti que uma história pronta vinha por aí. Então ele parou e lançou um olhar ansioso á Jill, que ainda estava conversando com Lia. Seu rosto caiu. –Por favor, não diga a ela–, ele sussurrou. –Dizer-lhe o quê?– Perguntei, mantendo a minha voz baixa também. –Eu não estou na faculdade. Quero dizer, eu estava. Mas não este semestre. Eu queria algum tempo livre, mas…não quero desapontar meu pai. Então, eu lhe disse que estava apenas a tempo parcial, que era por isso que eu estava mais por perto.– –O que você faz em Los Angeles durante todo este tempo, então? –, Perguntou Eddie. Era uma excelente pergunta. –Eu ainda tenho amigos lá e eu preciso manter a minha fachada.– Lee suspirou. –É estúpido eu sei. Por favor - deixe- me ser o único a lhe dizer. Eu queria tanto impressioná-la e provar a mim mesmo para ela. Ela é maravilhosa. Ela apenas me pegou num momento ruim.– Eddie e eu trocamos olhares. –Eu não vou dizer,– afirmei. –Mas você realmente devia deixá-la saber. Quer dizer, eu acho que não vai haver nenhum dano…mas você não deve ter esse tipo de mentira entre vocês.– Lee olhou miserável. –Eu sei. Obrigado –. Quando ele se afastou, Eddie balançou a cabeça para mim. –Eu não gosto dele mentindo. Não de todo.– –Lee tentando salvar a pele é a coisa menos estranha por aqui, – disse.
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Descobri então que Jill podia andar de um lado para o outro da loja e rodopiar sem cair mais. Não era bonito, mas era um começo. Ela ainda tinha um longo caminho a percorrer para se parecer com as modelos que eu via na TV, mas considerando que ela não tinha sido capaz de estar em cima dos sapatos em primeiro lugar, eu supos que ela tinha feito um progresso considerável. Ela começou a tirar o salto, mas Lia parou. –Não. Eu disse a você. Você tem que usar estes sapatos todo o tempo. Prática, prática, prática. Usá-los em casa. Usá-los em todo o lado.– Ela se virou para mim. –E você…– –Eu sei. Certificar-me que ela não quebra o pescoço, –afirmei. –Ela não vai ser capaz de os usar o tempo todo, no entanto. Nossa escola tem um código de vestimenta.– –E se eles estivessem uma cor diferente?–, perguntou Lia. –Eu não acho que é apenas a cor–, disse Jill se desculpando.–Eu acho que é a parte do uniforme. Mas eu prometo usá-los fora da aula e praticar no nosso quarto.– O que foi bom o suficiente para Lia e, depois de mais algumas palavras de conselho, ela nos deixou seguir caminho. Nós prometemos praticar e voltar dali a dois dias. Eu disse a Jill que eu me encontraria com ela mais tarde, mas eu não sei se ela ouviu. Ela estava tão enredada na ideia de Lee a levar até sua casa que praticamente tudo o resto passou por ela. Eu corri para a casa de Clarence e fui recebida na porta por Adrian. –Uau–, disse impressionado com sua iniciativa. –Eu não esperava que você estivesse pronto tão rapidamente.– –Eu não estou–, disse ele. –Eu preciso que você veja algo agora.– Eu fiz uma careta. –Ok–. Adrian me levou até aos fundos da casa, para além de onde eu normalmente ia, o que fez ficar nervosa. –Tens certeza que isso não pode esperar? Esta coisa que tenho que fazer é tipo urgente…– –Então é isto. Como Clarence lhe pareceu da última vez que você o viu? – –Estranho.– –Mas de boa saúde?– Eu pensei sobre isso. –Bem, eu sei que ele está cansado. Mas normalmente ele parecia bem. – –Sim, bem, ele não está ‘bem’ agora. Está para além de apenas cansado. Ele está fraco, com tonturas e confinado em sua cama.– Chegamos a uma porta de madeira fechada e Adrian parou. –Você sabe o que causou isso?– Perguntei alarmada. Eu estava preocupada com as complicações de um doente Moroi, mas não esperava lidar com isto tão cedo.
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–Eu tenho uma boa ideia–, disse Adrian com uma surpreendente ferocidade. –O teu rapaz Keith.– –Pare de dizer essas coisas. Ele não é ‘meu rapaz’ – exclamei. –Ele está arruinando minha vida!– Adrian abriu a porta revelando uma grande e ornamentada cama de dossel. Estar num quarto de um Moroi não era algo com que eu estava confortável, mas o olhar de comando do Adrian era muito poderoso. Eu segui-o e suspirei quando vi Clarence deitado na cama. –Somos só nós–, disse Adrian ao velho homem. Clarence procurou com os olhos o som da voz e depois fechou-os novamente como se estivesse a dormir. No entanto, não foi os seus olhos que me chamaram a atenção. Era a palidez, ele estava com uma doentia palidez - isso e a ferida sangrenta no pescoço de Clarence. Era pequena, feita apenas por uma picada como se tivesse sido um instrumento cirúrgico a faze-la. Adrian olhou para mim com expectativa. –Bem, Sage? Você tem alguma ideia por que Keith drenaria o sangue de Clarence?– Engoli em seco, mal conseguindo acreditar no que estava vendo. Aquilo era a última peça do puzzle. Eu sabia que Keith era o fornecedor dos tatuadores e agora sabia onde ele ia arranjar o seu ‘material’. –Sim–, disse por fim com voz pequena. –Eu tenho uma ótima ideia.–
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Capítulo 22
Clarence não queria conversar connosco sobre o que tinha acontecido. Na verdade, ele negava veementemente qualquer coisa como errado, afirmando que ele coçou o pescoço ao se barbear. –Mr. Donahue –, disse tão delicadamente quanto podia, –esta foi feita por uma ferramenta cirúrgica. E isto não aconteceu com a visita de Keith?– –Não, não,– articulou Clarence com uma voz fraca. –Não tem nada a ver com ele.– Então Dorothy enfiou a cabeça carregando apenas um copo de suco. Nós tínhamos chamado por ela, mal cheguei hoje à noite. Para perda de sangue, a solução era a mesma tanto para os Moroi como para os humanos: açúcar e líquidos. Ela ofereceu o copo com uma palhinha a ele, com o seu rosto enrugado cheio de preocupação. Continuei com as minhas súplicas enquanto ele bebia. –Diga-nos qual é o trato,– eu implorei. –Qual é o negócio? O que ele está dando a você em troca do seu sangue?– Quando Clarence permaneceu em silêncio, tentei outra tática. –As pessoas estão sendo prejudicadas. Ele está dando o seu sangue de forma indiscriminada.– Aquilo deu uma reação. –Não–, disse Clarence. –Ele está usando o meu sangue e saliva para curar as pessoas. Para curar os humanos doentes.– Saliva? Eu quase gemi. É claro. O líquido claro misterioso. Agora eu sabia o que dava às tatuagens celestiais tamanho vicio. Nojento. Adrian e eu trocamos olhares. Cura certamente era um uso para o sangue de vampiro. A tatuagem que eu usava era prova disso, e os Alquimistas tinham trabalhou arduamente
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tentando duplicar algumas propriedades do sangue para uma maior utilização medicinal. Até agora, não havia nenhuma maneira de reproduzir isso sinteticamente, e utilizar sangue mesmo simplesmente não era prático. –Ele mentiu–, respondi. –Ele está a vender para os adolescentes ricos para os ajudar no esporte. O que ele prometeu por isso? Parte do dinheiro? – Adrian olhou ao redor da sala opulenta. –Ele não precisa de dinheiro. A única coisa que ele precisa é o que os guardiões não lhe deram. Justiça por Tamara, certo?– Surpresa, me virei para Clarence e vi no seu rosto que as palavras de Adrian eram verdadeiras. –Ele…ele está investigando os caçadores de vampiros por mim–, disse ele lentamente. – Ele diz que está perto. Perto de os encontrar numa emboscada.– Eu balancei minha cabeça, querendo me chutar por não ter descoberto mais cedo que Clarence era a fonte de sangue. Isto explicava o por que de Keith estar sempre aqui de forma inesperada - e por que ele ficava tão chateado quando eu aparecia sem aviso prévio. Meu ‘confraternizar com vampiros ‘ nada tinha a ver com isso. –Senhor, eu garanto que a única coisa que ele está investigando é de que forma ele vai gastar o dinheiro que está ganhando.– –Não…não…ele vai me ajudar a encontrar os caçadores que mataram Tamara…– Levantei-me. Eu não aguentava ouvir mais nada. –Pegue um pouco de comida mesmo e faça-o comer–, disse a Dorothy. –Se ele está fraco por causa de perda de sangue, ele só precisa de tempo.– Eu balancei a cabeça a Adrian para seguir-me para fora. Enquanto caminhávamos em direção a sala, eu disse, –Bem, existem dois lados para isto: o bom e o ruim. Pelo menos podemos estar confiantes de que Keith tem um novo suprimento de sangue com que nós o vamos derrotar. Só lamento por Clarence ter acreditado assim…– Eu congelei quando entrei na sala de estar. Simplesmente queria ir para lá, porque era um lugar familiar para discutir os nossos planos, um lugar que era menos assustador do que o quarto de Clarence. Considerando como a minha imaginação muitas vezes corria de forma selvagem enquanto estava na velha casa, eu descobri que poucas coisas vinham como uma surpresa. Mas nunca nos meus sonhos mais loucos eu tinha imaginado que a sala de estar seria transformada numa galeria de arte. Cavaletes e telas estavam espalhados pela sala. Mesmo a mesa de snooker estava coberta por um rolo enorme de papel. As imagens variavam conforme o seu conteúdo. Algumas simplesmente tinham toques de cor jogadas nelas. Outras possuíam descrições
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surpreendentemente realistas de objetos e pessoas. Uma variedade de aguarelas e tintas a óleo componham as artes. Por um momento, todos os pensamentos de Clarence e Keith desapareceram da minha cabeça. –O que é isto?– –Deveres de casa–, disse Adrian. –Você não…você não acabou de começar as suas aulas? Como eles podem ter atribuído tanto trabalho assim?– Ele caminhou até uma tela mostrando um turbilhão de linhas vermelhas traçada sobre uma nuvem negra e levemente ele testou para ver se a pintura estava seca. Estudando aquilo, tentei decidir se realmente estava vendo uma nuvem. Não havia quase nada antropomórfico sobre aquilo. –É claro que eles não nos deram muito trabalho, Sage. Mas tinha que me certificar de que eu pregaria o meu primeiro trabalho. Leva um monte de tentativas antes de conseguir a perfeição.– Ele fez uma pausa para reconsiderar isso. –Bem, exceto os meus pais. Eles pegaram na primeira tentativa.– Eu não pode deixar de sorrir. Depois de assistir aos descontrolados humores oscilantes de Adrian nas últimas semanas, era agradável vê-lo tão otimista. –Bem, isto é incrível – ,admiti. –O que elas querem dizer? Isto é, eu percebo algumas .– Apontei para uma pintura de um olho, marrom e de longos cílios de uma mulher, e depois para outro com rosas. –Mas os outros são muito abertos, hum, requerem uma interpretação mais criativa.– –A sério?–, perguntou Adrian, voltando-se para a pintura esfumaçada com a faixa vermelha. –Achei que era óbvio. Este é o Amor. Você não vê isso?– Dei de ombros. –Talvez eu não tenha uma suficiente mente artística.– –Talvez–, ele concordou. –Depois de apanharmos o seu amigo Keith, nós vamos discutir sobre a minha arte de gênio e tudo o que você queira.– –Certo–, disse ficando séria de novo. –Precisamos de vasculhar a sua casa á procura de provas. Achei que a melhor maneira de fazer isso é atraí-lo para fora e você entrar quanto ele se for. Para destrancar a porta…– Adrian acenou-me. –Eu posso destranca-la. Como você acha que eu consegui entrar no armário de bebidas dos meus pais quando estava no ensino médio? – –Devia ter adivinhado,– disse secamente. –Certifique-se de procurar em toda parte, não apenas nos lugares óbvios. Ele pode ter compartimentos escondidos nas paredes ou nas mobílias. Você tem que encontrar frascos de sangue ou liquido metal ou até mesmo a
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ferramenta que perfurou Clarence.– –Conta comigo.– Nós traçamos mais alguns detalhes - incluindo quem ele devia chamar caso encontrasse alguma coisa - e estávamos prestes a sair quando ele perguntou.–Sage, por que você me escolheu para ser o seu parceiro de crime? – Eu pensei sobre isso. –Processo de eliminação, eu acho. É suposto Jill ser mantida fora de problemas. Eddie podia ser uma boa escolha, mas ele precisava de voltar com ela e com Lee. Além disso, eu já sabia que você não tinha qualquer escrúpulo ou moral sobre invasão de domicílio.– –Isso foi a melhor coisa que você já me disse,– ele declarou com um sorriso. Nós nos dirigimos até Keith depois disso. Todas as luzes do primeiro andar de seu prédio estavam acesas, desejando á última hora não ter que o atrair para fora. Eu realmente adoraria ajudar na procura. Eu deixei Adrian ali e, em seguida, dirigi-me até um restaurante 24 horas que ficava do outro lado oposto da cidade. Pensei que seria perfeito para manter Keith longe de sua casa. O tempo de condução só daria a Adrian mais tempo extra para procurar, embora isso significasse que Adrian teria que esperar lá fora algum tempo até que Keith sair. Finalmente cheguei, peguei uma mesa, pedi um café e telefonei para Keith. –Olá?– –Keith, sou eu. Eu preciso falar com você.– –Então fala–, disse ele. Ele parecia orgulhoso e confiante, sem dúvida feliz pelos resultados da última venda de tatuagens. –Não por telefone. Eu preciso que você se encontre comigo.– –Em Amberwood?–, perguntou ele surpreso. –Não é fora de horas? – Era de fato, mas era um problema para depois. –Eu não estou na escola. Eu estou no Restaurante Margaret, que fica em frente da estrada.– Longo silêncio. Então: –Bem, se você já está fora do toque de recolher, então é melhor vir aqui.– –Não–, eu disse com firmeza. –Você vem ter comigo.– –Por que devo ir?– Hesitei apenas um pouco antes de jogar a cartada que eu sabia que ele iria pegar, a única coisa que faria ele ser expulso daqui e não as suspeitas sobre as tatuagens. –Trata-se de Carly.– –O que tem ela?– Perguntou ele após um momento de pausa.
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–Você sabe exatamente o quê.– Após uma pausa de um segundo, Keith aceitou se encontrar comigo. Percebi que tinha um correio de voz no início do dia e que ainda não tinha ouvido. Disquei o número e escutei. –Sydney, daqui é o Wes Regan da Faculdade de Carlton. Só queria tratar de umas algumas coisas com você. Primeiro, eu receio ter más notícias. Não parece que eu seja capaz de conseguir puxar alguns cordões e mudar o status de auditor do seu irmão. Eu posso registá-lo no próximo semestre com toda a certeza se ele aceitar, mas a única maneira que ele tem de continuar a assistir às aulas agora é se ele continuar a como auditor. Ele não terá ajuda financeira como resultado, e na verdade, você precisa de pagar a taxa de auditoria em breve, se ele continuar com as aulas. Se ele quiser desistir completamente, também podemos fazer isso. Apenas me ligue e deixe-me saber o que você gostaria de fazer.– Olhei para o telefone com desânimo quando a mensagem terminou. Lá se foi o nosso sonho de conseguir com que Adrian se matriculasse como estudante, para não mencionar seu sonho de arranjar ajuda financeira e sair da casa de Clarence. O próximo semestre, provavelmente, começaria em Janeiro, de modo que Adrian enfrentaria mais quatro meses com Clarence. Ele também enfrentaria mais quatro meses a andar de ônibus e a assistir a aulas sem o crédito da faculdade. Mas era realmente os créditos e a ajuda financeira a coisa mais importante aqui? Pensei em como Adrian tinha estado mais animado depois de apenas algumas aulas, como ele tinha entregado á arte. Seu rosto estava radiante quando ele entrou na sua ‘galeria’. As palavras de Jill também ecoaram na minha mente, sobre como a arte lhe tinha dado algo para canalizar os seus sentimentos e fazer com que a ligação entre eles fosse mais fácil de enfrentar. Aquelas aulas tinham sido boas para ambos. Quanto custava a taxa de auditoria? Eu não tinha certeza, mas sabia que não era tanto como a taxa de matrícula. Era também um custo de pouca duração que provavelmente poderia colocar nas minhas despesas sem atrair a atenção dos Alquimistas. Adrian precisava dessas aulas e disso eu tinha a certeza. Se ele soubesse que a ajuda financeira não era uma opção neste semestre, havia uma boa chance de ele acabar por desistir completamente. Eu não podia permitir isso. Ele ficaria a saber que houve ‘um atraso’ quando a ajuda financeira chegasse. Se eu pudesse mantê-lo em Carlton um pouco mais, então talvez ele investisse o suficiente na arte para ficar, mesmo quando a verdade surgisse. Era uma coisa furtiva a fazer, mas beneficiaria a ele – e a Jill – no fim.
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Eu marquei de volta para o escritório de Wes Regan, sabendo que ia parar ao seu correio de voz. Deixei-lhe uma mensagem dizendo que eu ia deixar um cheque para pagar a taxa de auditoria e que Adrian permaneceria até que ele pudesse ser inscrito no próximo semestre. Desliguei, rezando uma oração silenciosa para que demorasse um pouco para Adrian descobrir isto. A garçonete continuou a dar-me um mau olhar por ter apenas tomando café, então por fim pedi um pedaço de torta. Ela tinha acabado de registrar a conta da minha mesa quando um irritado Keith entrou no restaurante. Ele ficou parado na porta, olhando em volta impaciente até que ele me viu. –Ok, o que está acontecendo?– Ele exigiu, fazendo um grande show ao sentar-se. –O que é tão importante para você sentir necessidade de quebrar as regras da escola e me arrastar para o outro lado da cidade? – Por um momento eu gelei. Olhando para os olhos de Keith - o real e o artificial – desencadeou todos os sentimentos que eu tinha sobre ele desde o último ano. Medo e ansiedade sobre o que eu tentava explodir guerreavam com o profundo ódio que eu há muito carregava. Os instintos mais básicos queriam que eu o fizesse sofrer, atirar-lhe com algo á cabeça. Como a torta. Ou uma cadeira. Ou um bastão de beisebol. –Eu…– Antes que eu pudesse dizer outra palavra, o meu celular vibrou. Olhei para baixo e li uma mensagem de texto de Adrian: CONSEGUI. CHAMADA FEITA. UMA HORA. Exaltada coloquei o celular na minha bolsa. Keith tinha tomado 20 minutos para chegar até aqui, e durante esse tempo, Adrian tinha feito uma busca detalhada ao apartamento. Ele aparentemente foi bem sucedido. Agora cabia a mim reter Keith até os reforços aparecerem. Uma hora era na verdade metade do tempo que eu esperava. Eu tinha dado a Adrian o número de telefone de Stanton, e ela enviaria qualquer Alquimistas que estivesse mais próximo. Percebi que isso significaria Los Angeles, mas era difícil dizer com o âmbito do nosso trabalho. Se houvesse alquimistas do lado Este da cidade, eles chegariam aqui muito mais depressa. Também era possível reduzir o tempo se simplesmente eles pudessem voar num jato particular. –O que foi isso?– Perguntou Keith irritado. –Uma mensagem de texto de um dos seus amigos vampiros? – –Você pode parar de actuar–, disse. –Eu sei que você realmente não se importa que eu ‘chegue muito perto’ a eles.– Não tinha intenção de ser este o tema que o distrairia, mas eu aproveitei.
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–Claro que sim. Preocupo-me com a sua alma.– –Foi por isso que você telefonou para o meu pai?– perguntei. –Será essa a razão pela qual você me quer fora de Palm Springs? – –É para seu próprio bem–, disse ele colocando o seu ar de santo. –Você sabia como errado isto era que você quis mesmo este trabalho em primeiro lugar? Nenhum Alquimista faria. Mas você, você praticamente implorou por isto.– –Sim–, disse sentindo a minha raiva crescer. –Então, Zoe não teria que fazê-lo.– –Diga o que você quiser. Eu sei a verdade. Você gosta dessas criaturas.– –Por que isto teve de ser tão bem preparado? Pelo seu ponto de vista, eu tinha que os odiar ou estar em aliança com eles. Há um meio termo sabe. Eu ainda posso ser leal aos Alquimistas e ter uma amizade de termos com vampiros e dhampirs.– Keith olhou para mim como se eu tivesse dez anos. –Sydney, você é tão inocente. Você não entende os caminhos do mundo como eu.– Eu conhecia todos os seus ‘caminhos do mundo’ e eu teria dito umas quantas coisas se a garçonete não tivesse chegado para levantar o pedido da bebida dele. Quando ela foi embora, Keith continuou o seu discurso. –Quero dizer, como você sabe mesmo que está a sentir-se de forma certa? Vampiros podem usar compulsão, você sabe. Eles usam o controle da mente. Usuários de espírito como Adrian são realmente bons nisso. Por aquilo que sabemos, ele está usando seus poderes para se mostrar amável a você.– Pensei em todas as vezes que eu queria mostrar algum sentido ao Adrian. –Ele não está fazendo um bom trabalho, então. – Nós tínhamos brigado para a frente e para trás sobre aquilo, e por uma vez, eu estava feliz pela obstinação e recusa de ver a razão de Keith. Quanto mais ele brigava comigo, mais tempo os Alquimistas tinham para chegar ao seu apartamento. Se Stanton havia dito a Adrian uma hora, ela provavelmente quis dizer isso mesmo. Ainda assim, era melhor prevenir. Meu ponto foi quebrado quando Keith disse, –Você deveria estar feliz por eu estar olhando por fora para você. Sabe, isto é sobre muitas mais coisas do que vampiros. Estou ensinando a você lições de vida. Você memoriza livros mas não entende as pessoas. Você não sabe como se conectar a eles. Você vai levar essa mesma atitude ingénua com você para o mundo real, pensando que todos são simpáticos, e alguém – um cara provavelmente - só se vai aproveitar de você.– –Bem–, agarrei aquela oportunidade, –você sabe tudo sobre isso, não é?– Keith bufou. –Não tenho nenhum interesse em você, fique descansada.–
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–Eu não estou falando de mim! Eu estou falando sobre Carly.– Por fim. Aqui estava. O propósito original da nossa reunião. –Afinal o que ela tem a ver com isto?– Keith mantinha o seu tom de voz firme, mas eu reparei. Um ligeiro lampejo de ansiedade em seus olhos. –Eu sei o que aconteceu entre vocês. Eu sei o que você fez a ela.– Ele ficou muito interessado em mexer o gelo ao redor do copo com a sua palha. –Eu não fiz nada a ela. Não tenho nenhuma ideia do que você está falando. – –Você sabe exatamente o que estou falando! Ela disse-me. Ela veio ter comigo depois.– Eu me inclinei para a frente, sentindo-me confiante. –O que você acha que o meu pai faria se descobrisse? O que é que os nossos fariam?– Keith olhou para cima rapidamente. –Se está tão certa que algo terrível aconteceu, então porque o seu pai ainda não sabe? Hein? Talvez porque Carly sabe que não há nada para tagarelar. Qualquer coisa que fizemos, acredite em mim, ela queria.– –Você é tão mentiroso–, eu assobiei. –Eu sei o que você fez. Você estuprou-a. E você nunca vai sofrer o suficiente por isso. Você devia ter perdido ambos os olhos.– Ele endureceu com a referência aos seus olhos. –Isso é áspero. E não tem nada a ver com isso. O que diabos aconteceu com você, Sydney? Como você se tornou numa vaca? Talvez manter você associada com vampiros e dhampirs tenha causado mais danos do que nós imaginávamos. Amanhã a primeira coisa que eu vou fazer é telefonar a Stanton e pedir para eles te tirarem daqui agora. Não esperar até o final da semana. Você precisa de estar longe destas más influências.– Ele balançou a cabeça e deu-me um olhar tanto condescendente como de pena. –Não, você precisa de um período de reeducação. Isso deveria ter sido feito há muito tempo atrás, logo que eles pegaram você a ajudar uma assassina.– –Não mude de assunto.– Falei com superioridade, embora ele tivesse acordado o medo que eu tinha em mim. E se Adrian e eu falhássemos? E se os Alquimistas ouvissem Keith e me arrastassem para longe? Ele nunca teria que se preocupar comigo novamente dentro de um centro de reeducação. –Isto não é sobre mim. Estávamos falando sobre Carly.– Keith revirou os olhos em aborrecimento. –Eu terminei o assunto sobre a cadela da sua irmã.– Foi quando o meu impulso anterior - de jogar algo nele - venceu. Sorte a dele, ser só o meu café e não uma cadeira. Também sorte a dele: o café esfriou consideravelmente. Como ainda havia muito café a sobrar, consegui respingar aquilo tudo em toda parte,
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manchando a sua escolha infeliz de uma camisa branca. Ele olhou para mim com espanto, cuspindo para conseguir falar. –Sua puta!– Disse ele levantando-se. Quando ele começou a se mover em direção à porta, eu percebi que o meu temperamento poderia ter simplesmente explodido o plano. Eu corri e agarrei o braço dele. –Espere, Keith. Eu…desculpe. Não vá.– Ele puxou seu braço para longe e me encarou. –É tarde demais para você. Você teve sua chance e estragou tudo.– Eu agarrei-o novamente. –Não, não. Espere. Há ainda muita coisa que temos de falar.– Ele abriu a boca com alguma observação sarcástica, mas depois acabou por não falar imediatamente. Ele me estudou por vários segundos, com o rosto a ficar cada vez mais sério. –Você está tentando me manter aqui? O que está acontecendo? – Quando eu não pode reunir uma resposta, ele se afastou e saiu pela porta fora. Corri de volta à mesa e joguei dinheiro nela. Eu peguei na torta e disse á confusa garçonete para ficar com o troco. O relógio do meu carro me disse que eu tinha 20 minutos até os Alquimistas chegarem á casa de Keith. Que também era o tempo que levaria para chegar lá. Eu dirigi bem atrás dele, não fazendo nenhum esforço para esconder a minha presença. Não era segredo, que alguma coisa estava acontecendo, algo pela qual eu o atrai para fora de casa. Abençoei cada sinal vermelho que nos parou, rezando para que ele não chegasse tão cedo. Se ele chegasse, Adrian e eu teríamos que o atrasar. Não seria impossível, mas também não era algo que eu quisesse fazer. Finalmente chegamos. Keith parou no seu pequeno espaço do edifício e eu estacionei sem me importar, numa zona de incêndio em frente. Eu estava a poucos passos atrás dele quando ele correu para a porta mal se apercebendo. Sua atenção estava nas janelas iluminadas do seu prédio e nas escuras silhuetas quase imperceptíveis atras das cortinas. Irrompeu pela porta, e eu segui-o um momento mais tarde, quase esbarrando contra ele quando ele paralisou por completo. Eu não conhecia os três homens fardados que estavam lá com Adrian, mas eu sabia que eles eram Alquimistas. Eles tinham aquele frio, que nós nos esforçávamos para ter e nas suas bochechas estavam estampadas lírios de ouro. Um estava abrindo os armários da cozinha de Keith. Outro tinha um bloco de notas e estava conversando com Adrian, que estava encostado na parede a fumar. Ele sorriu quando me viu.
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O terceiro Alquimista estava ajoelhado no chão da sala de estar perto de um armário pequeno na parede. Uma pintura cafona de uma mulher sem camisa estava nas proximidades, que aparentemente tinha servido para esconder o compartimento. A porta de madeira tinha sido obviamente aberta à força, e diversos conteúdos estavam espalhados por ali - com algumas exceções. O Alquimista estava tendo um longo trabalho para ordenar uma pilha de objetos: tubo de metal e agulhas usadas para drenar sangue, juntamente com frascos de sangue e pequenos pacotes de pó prateado. Ele olhou para a nossa entrada súbita e fixou em Keith com um sorriso frio. –Ah, estou feliz por você estar aqui, Sr. Darnell. Estávamos esperando que você pudesse nos acompanhar para um questionamento.– A cara de Keith caiu.
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Capítulo 23 –O que você fez?– Eu estava sentada na extremidade de uma fila de assentos do desfile de Jill, quase uma semana depois, no centro da cidade de Palm Springs, esperando que as coisas começassem. Eu nem mesmo sabia que Trey estava no show e fiquei surpresa por o encontrar sentado ao meu lado. –O que exatamente você se está referindo?– perguntei a ele.–Tenho cerca de um milhão de coisas que eu possa ter feito.– Ele zombou e manteve a sua voz aguda baixa, o que não era muito necessário, com o barulho ensurdecedor de conversas á nossa volta. Várias centenas de pessoas estavam lá. –Estou falando do Slade e dos seus amigos, e você sabe disso–, disse Trey. –Eles ficaram muito chateados sobre alguma coisa esta semana. Eles continuam reclamando sobre essas tatuagens estúpidas.– Ele olhou para mim significativamente. –O quê?– Eu perguntei, colocando uma cara de inocente. –Por que você acha que isso tem alguma coisa a ver comigo? – –Você está dizendo que não?–, Perguntou ele, sem se deixar enganar. Eu não pode deixar de sentir um sorriso traidor jogando por cima dos meus lábios. Depois de invadir o apartamento de Keith, os Alquimistas tinha a certeza os seus parceiros tatuadores não tinha mais meios para administrar tatuagens ilícitas. Também não houve mais conversa sobre Zoe substituir-me. Tinha levado dias, antes de Slade e seus amigos terem descoberto que o efeito da tinta ‘melhoria de desempenho’ tinha esgotado. Durante esta semana, eu observei as suas conversas furtivas com diversão,
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mas não tinha reparado que Trey tinha percebido isso. –Vamos apenas dizer que Slade em breve pode deixar de ser a superestrela que foi – ,disse. –Espero que você esteja pronto para retomar ao seu lugar.– Trey me estudou mais alguns momentos, aparentemente esperando que eu acrescentasse mais alguma coisa. Quando eu não disse nada, ele simplesmente balançou a cabeça e riu. –Sempre que você necessitar de café, Melbourne, venha ter comigo.– –Anotado–, disse. Fiz um gesto em direção á crescente multidão. –O que você está fazendo aqui, afinal? Eu não sabia que você estava interessado na moda mais quente de hoje.– –Não estou–, ele concordou. –Mas eu tenho alguns amigos que trabalham no programa.– –Namoradas–, perguntei maliciosamente. Ele revirou os olhos. –Amigos que são raparigas. Não tenho tempo para distrações tolas do sexo femininas.– –Sério? Eu percebi que é por isso que você tem uma tatuagem. Eu ouvir dizer que as mulheres gostam dessas coisas.– Trey enrijeceu. –Do que você está falando?– Lembrei-me que Kristin e Julia tinham mencionado como era estranho Trey ter uma tatuagem normal e Eddie tinha mencionado mais tarde que a viu - na parte inferior das costas do Trey - no vestiário. Eddie tinha dito que parecia um sol com muitos raios, feita com uma tinta comum. Eu estava esperando por uma chance de provocar Trey com isso. –Não brinque comigo. Eu sei sobre o seu sol. Como é que você pode ser tão mau comigo, huh?– –Eu…– Ele estava realmente perdido. Mais do que isso. Ele olhou desconfortável, preocupado como se isso fosse algo que eu não deveria saber. Isso foi estranho. Aquilo não era grande coisa. Eu estava prestes a interrogá-lo mais quando Adrian, de repente, caminhou até nós pelo meio da multidão. Trey deu uma olhada ao rosto tempestivo de Adrian e imediatamente se levantou. Eu poderia entender a sua reação. A expressão de Adrian, também me teria intimidado. –Bem–, disse Trey inquieto. –Obrigado novamente. Eu vejo-te depois.– Murmurei um adeus e vi como Adrian passava por mim. Micah se sentou ao meu lado, então Eddie, e depois nós reservamos dois assentos vazios. Adrian sentou-se numa
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delas, ignorando a reclamação do Eddie. Momentos mais tarde, Lee veio correndo e pegou o outro assento. Ele parecia incomodado com alguma coisa, mas ainda conseguiu ser mais amigável do que Adrian. Este olhou para a frente impassível e meu bom humor despencou. De alguma forma, sem saber porquê, eu tinha um pressentimento que eu era a razão do seu humor negro. No entanto não tive tempo para descobrir isso. As luzes se apagaram e o show começou. Foi iniciado por um apresentador local, que anunciou os cinco designers desta noite. A designer de Jill era a terceira e, observando os outros à sua frente fez com que a antecipação fosse mais intensa. Isto era muito diferente dos desfiles que eu já tinha visto antes. As luzes e a música tornavam tudo muito mais profissional e os outros modelos pareciam muito mais velhos e experientes. Comecei a compartilhar a ansiedade de Jill antes, que talvez ela estivesse a mais ali. Então foi a vez de Lia DiStefano. Jill era uma das primeiras modelos e apareceu usando um vestido de noite prateado e fluido, feito de um tecido que parecia desafiar a gravidade. A mascara de pérolas e prata encobria parte do seu rosto, obscurecendo a sua identidade para aqueles que não a conheciam. Eu estava á espera que eles tivessem diminuído a palidez de vampiro dela, para poder dar-lhe um tom mais parecido com o dos humanos. Em vez disso, eles tinham jogado com a sua aparência incomum, colocando um pó luminescente na sua pele que fez com que a sua palidez parecesse do outro mundo. Cada simples curva do lugar, tinha sido decorada artisticamente com pequenas jóias brilhantes. Seu andar tinha melhorado muito desde a primeira prática. Ela praticamente dormiu naqueles saltos altos e tinha ido além de simplesmente não tentar cair. Havia uma nova confiança e propósito que não tinha estado lá antes. De vez em quando, eu via um vislumbre ténue de nervosismo nos olhos dela ou um ajuste nas suas passadas longas que ela dava com os saltos altos de prata. No entanto, duvidei que alguém notasse aquilo. Qualquer pessoa que não conhecesse Jill e os seus traços, não veria nada além de uma forte, elegante mulher desfilando. Incrível. Se ela poderia se transformar muito com apenas um pequeno incentivo, o que mais estava por vir? Olhando para os rapazes ao meu lado, vi sentimentos semelhantes espelhados nos seus rostos. Adrian estava cheio de orgulho fraternal que muitas vezes ele tinha por ela, todos os vestígios do seu mau humor de antes desapareceram. Micah e Lee ambos exibiam pura adoração não filtrada. A minha surpresa foi a expressão de Eddie , que a estava
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adorando também com mais alguma coisa misturada. Foi quase…veneração. Percebi que era isso. Vindo desta criatura linda, heroica e quase deusa, Jill estava a dar às fantasias ideais de proteção do Eddie carne para destruir. Ela era uma princesa perfeita agora, com seu cavaleiro obediente esperando por servi-la. Ela apareceu mais duas vezes no desfile de Lia, cada vez mais deslumbrante, embora nunca tão perfeita como com o vestido de prata logo no início. Eu assisti o resto do show com apenas metade de um olho. Meu orgulho e carinho por Jill foram muito perturbadoras, e honestamente, a maioria das roupas que vi hoje eram muito chamativas para o meu gosto. Houve uma recepção depois do show, onde convidados, designers e modelos poderiam se misturar com os refrescos á mão. Meu pequeno grupo encontrava-se num canto perto dos aperitivos esperando por Jill, que ainda não tinha aparecido. Lee carregava um enorme buquê de lírios brancos. Adrian assistia uma garçonete a passar com uma bandeja cheia de taças de champanhe. Seus olhos estavam cheios de saudade, mas ele não fez nenhum movimento para impedi-la. Eu estava orgulhosa e aliviado. O equilíbrio de Jill e o álcool não eram coisas que queríamos misturar. Quando a garçonete se foi embora, Adrian se virou para mim e, finalmente vi que a raiva anterior tinha regressado. E, como eu suspeitava, era direcionada a mim. –Quando você me ia dizer?–Perguntou. Foi tão enigmático como a conversa anterior do Trey. –Dizer-lhe o quê?– –Que a ajuda financeira não vai chegar! Falei com a secretaria e eles me disseram que você sabia.– Eu suspirei. –Eu não estava a esconder de você exatamente. Eu apenas ainda não tive chance de lhe contar. Houve um monte de outras coisas acontecendo.– Ok, eu realmente lhe tinha escondido aquilo, simplesmente por causa desta reação. Bem, não exatamente. Eu tinha previsto que ele iria ficar chateado com aquilo. –No entanto, você – aparentemente - teve tempo suficiente para pagar a taxa de auditoria. E dinheiro suficiente. Mas não o suficiente para financiar um alojamento novo.– Achei aquilo muito mais perturbador do que a insinuação de eu ter escolhido, de alguma forma, uma maneira mais inconveniente para ele. Como se propositadamente me sujeitasse a isto se houvesse alguma maneira de evitá-lo. –Um pagamento só é fácil de encobrir–, eu disse ele. –Aluguel mês a mês? Não tanto.– –Então por que se preocupar com tanto?–, Exclamou ele. –A finalidade disto tudo, era
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eu arranjar dinheiro para poder sair da casa de Clarence! Eu não estaria assistindo a estas estúpidas aulas de outra forma. Você acha que eu quero andar de ônibus por horas a cada dia?– –Estas aulas são boas para você–, eu contradisse sentindo o meu próprio temperamento a crescer. Eu não queria perder o controle, não aqui e certamente não com os nossos amigos testemunhando tudo. No entanto, eu estava estarrecida com a reação de Adrian. Ele não conseguia ver como era bom para ele fazer algo útil? Eu tinha visto a cara dele quando me mostrou as pinturas. Elas tinham dado a ele uma formar saudáveis de lidar com Rose, para não mencionar um senso de propósito a ele. E, além disso, destruiu-me a forma como ele pode apenas deixar, assim sem mais nem menos, aquelas ‘estúpidas’ aulas. Era outro lembrete de injustiça do mundo, como eu não poderia ter o que os outros tinham por garantido. Ele fez uma careta. –'Bom para mim?’ Vamos, pare de ser minha mãe de novo! Não é seu trabalho dizer-me como eu devo viver a minha vida. Se eu quiser o seu conselho, eu vou perguntar-te.– –Certo–, disse colocando as minhas mãos nos meus quadris. –Não é trabalho meu dizerlhe como viver a sua vida - só é trabalho meu tornar as coisas mais fáceis para você. Porque Deus sabe que você não pode sofrer com tudo o que é um pouco inconveniente. O que aconteceu com todas aquelas coisas que você me disse? Sobre querer saber como melhorar sua vida? Quando você me pediu para acreditar em você?– –Vamos lá, gente–, disse Eddie inquieto. –Este não é o momento ou lugar –. Adrian ignorou. –Você não tem problema em fazer a vida de Jill o fácil quanto possível.– –Esse é o meu trabalho–, rosnei de volta. –E ela ainda é uma menina. Eu não acho que um adulto como você precise de ser tratado da mesma maneira!– Os olhos de Adrian estavam cheios com fogo esmeralda quando olhou para mim, e então seu olhar focou em algo atrás de mim. Eu me virei e vi Jill se aproximando. Ela estava com o vestido prateado e com uma expressão cheia de felicidade radiante – felicidade que desvaneceu quando se aproximou e percebeu que havia uma briga acontecendo. No momento em que ela estava ao pé de mim, toda a excitação de ainda há pouco foi substituída por preocupação e interesse. –O que está acontecendo?– Ela perguntou, olhando entre Adrian e eu. Claro, ela já sabia por causa do vínculo. Foi uma maravilha os sentimentos escuros dele não ter bagunçado o desempenho dela.
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–Nada–, disse categoricamente. –Bem–, disse Adrian. –Depende de como você define 'nada'. Quero dizer, se você considerar a mentira e… – –Chega!– Eu chorei, levantando a minha voz, apesar do meu grande esforço. A sala estava muito barulhenta para a maioria das pessoas perceber, mas um casal ali perto olhou para nós curiosamente. –Pare com isso, Adrian. Você pode por favor não estragar isto para ela? Você não pode apenas, por uma noite, fingir que há outras pessoas no mundo mais importantes além de você?– –Estar isto para ela?–Exclamou ele. –Como diabos você pode dizer isso? Você sabe o que eu fiz por ela! Eu fiz tudo para ela! Desisti de tudo por ela!– –Sério?– Perguntei. –Porque por aquilo que posso dizer, não parece ser…– Eu peguei uma visão do rosto de Jill e prontamente me calei. Por trás da máscara, seus olhos estavam amplos com consternação das acusações de Adrian e eu estava a colocar mais lenha na fogueira. Eu só disse que ele estava a ser egoísta e não pensar em Jill, mas aqui estava eu, continuando a me envolver com ele na sua grande noite, em frente dela e de nossos amigos. Não importava se eu tinha razão – e com certeza tinha. Não era hora para ter esta discussão. Eu não deveria ter deixado Adrian me puxar para aquilo e se ele não tinha intensão de parar com aquilo antes que piorasse, então eu faria isso. –Estou saindo–, disse. Forcei um sorriso o mais sincero possível, por Jill, que agora parecia prestes a chorar. –Esta noite você foi incrível. A sério.– –Sydney…– –Está tudo bem–, eu disse a ela. –Eu tenho algumas coisas para fazer.– Procurei o que poderia ser realmente. –Eu preciso, hum, limpar as coisas que Keith deixou para trás. Você pode levar ela e Eddie de volta para Amberwood?– Isto foi dirigido a Micah e a Lee. Eu sabia que um deles faria isso. Eu não senti nenhuma necessidade de fazer qualquer disposição para Adrian. Sinceramente, não importava o que acontecesse com ele esta noite. –É claro–, disse Lee e Micah em uníssono. Depois de um momento, porém, Lee franziu a testa. –Por que você precisa de limpar o material de Keith?– –Longa história–, murmurei. –Vamos apenas dizer que ele deixou a cidade e não voltará tão cedo. Talvez nunca.– Inexplicavelmente, Lee pareceu incomodado com isso. Talvez durante o tempo todo que Keith passou com Clarence, os dois rapazes haviam-se tornado amigos. Se assim fosse, Lee não me contou.
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Jill ainda parecia chateada. –Eu pensei que íamos todos celebrar? – –Você pode se quiser,– disse. –Enquanto Eddie estiver com você, eu realmente não me importo.– Cheguei sem jeito até Jill. Eu quase tive vontade de abraçá-la, mas ela estava tão elaborada e magnífica em suas roupas e maquiagem que eu estava com medo de desarruma-la. Eu me conformei com um simples tapinha no ombro. –Eu quis dizer isso. Você estava de tirar o fôlego.– Corri para longe dali, com medo de que tanto Adrian ou eu fossemos capazes de dizer algo estúpido um para o outro. Eu tinha que me tirar de lá. Minha esperança agora era que Adrian tivesse noção suficiente para não falar mais sobre o assunto e estragar a noite de Jill com mais alguma coisa. Eu não sei porque a discussão com ele me chateou tanto. Ele e eu tínhamos estado sempre a brigar desde que nos conhecemos. O que era mais uma briga? Percebi que era por causa de nos estarmos a dar bem. Eu ainda não pensava nele como um humano, mas pelo meio do caminho, eu o considerei um pouco menos monstro. –Sydney?– Fui impedida por uma fonte inesperada: Laurel. Ela tocou no meu braço, quando eu passei por um grupo de raparigas de Amberwood. Devo ter parecido realmente louca, porque quando eu fixei o meu olhar sobre ela, ela realmente se encolheu. Aquilo fez a ser a primeira. –O quê?– Eu perguntei. Ela engoliu em seco e afastou-se dos amigos dela com os olhos arregalados e desesperados. Um chapéu Fedora cobria a maior parte do seu cabelo, que – segundo ouvi - ela ainda não tinha conseguido arranja-lo de volta ao normal. –Eu ouvi…Ouvi dizer que você pode-me ajudar. Com o meu cabelo –, ela afirmou. Este foi outro favor que Kristin me tinha feito. Depois de deixar Laurel sofrer alguns dias, eu disse a Kristin para espalhar a palavra de que Sydney Melrose - como farmacêutica do dormitório – era capaz de corrigir o que estava errado. Eu também fiz com que fosse espalhado que Laurel não era a minha pessoa favorita e que iria demorar muito para me convencer. –Talvez–, eu disse. Eu tentei manter meu rosto duro, o que não foi difícil, uma vez que ainda estava chateada com Adrian. –Por favor–, disse ela. –Eu faço qualquer coisa se você me ajudar! Já tentei de tudo no meu cabelo e nada funciona.– Para minha surpresa, ela empurrou alguns anuários para mim. –Aqui. Você queria eles, certo? Toma. Pegue o que quiser. –
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Mais cinco dias de lavagem com detergente pesados seria realmente o suficiente para consertar aquilo, mas eu certamente não lhe ia dizer isso. Peguei nos anuários. –Se eu ajudar você –, disse,– você precisa deixar minha irmã em paz. Você entendeu? – –Sim–, disse ela rapidamente. –Eu acho que não. Sem mais sarcasmos, ameaças ou falando dela pelas costas. Você não tem que ser sua melhor amiga, mas eu não quero que você se interfira com ela. Fique fora da vida dela.– Parei. –Bem, exceto para pedir desculpas.– Laurel estava concordando com tudo o que eu dizia. –Sim, sim! Eu vou pedir-lhe desculpas agora!– Eu levantei meus olhos para onde Jill estava com os seus admiradores e com as flores de Lee em seus braços. –Não. Não faça com que esta noite seja mais estranha para ela. Amanhã pela manhã.– –Ok–, disse Laurel. –Eu prometo. Apenas me diga o que fazer. Como corrigir isto.– Eu não esperava que Laurel se aproximasse de mim hoje à noite, mas eu estava esperando por ela um dia destes. Então, eu já tinha o pequeno frasco de antídoto pronto na minha bolsa. Eu peguei nele e seus olhos quase saltaram de sua cabeça, quando eu o segurei em frente dela. –Uma dose é tudo que você precisa. Use-o apenas como shampoo. Então você vai ter o seu cabelo de volta.– Ela ia pegar na garrafa mas eu afastei de volta. –Estou falando serio. Seu assédio com Jill termina agora. Se eu der isto a você, eu não vou ouvir mais nenhuma palavra sobre você fazer a vida dela num inferno. Não há mais remorsos se ela falar com Micah. Acabou as piadas de vampiro. E nada de telefonar para Nevermore, perguntando sobre pessoas altas e pálidas.– Ela ficou boquiaberta. –Não mais o quê? Eu nunca telefonei a ninguém!– Eu hesitei. Quando o tatuador mencionou sobre alguém ter telefonado e perguntado sobre pessoas que parecia vampiros, eu assumi que era Laurel a fazer as suas piadas de vampiro. Agora através do seu olhar perplexo eu já não pensava que fosse isso. –Bem, se eu ouvir que qualquer uma das outras coisas contínua, então o que aconteceu com o seu cabelo vai ser nada em comparação com o que eu posso fazer em seguida. Nada. Você entendeu? – Ela assentiu com voz trêmula. –P-perfeitamente.– Entreguei-lhe a garrafa. –Não se esqueça.– Laurel começou a se virar e depois lançou um outro olhar inquieto para mim. –Sabe, você ás vezes, pode ser bem assustadora como o inferno.–
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Gostaria de saber se os Alquimistas tinham algum conhecimento do que eu estaria fazendo quando vim para este trabalho. Pelo menos isto resolveu uma coisa. Que o desespero de Laurel me convenceu que as piadas de vampiro tinham sido apenas uma tática. Ela realmente não acreditava neles de verdade. No entanto, fez com que levantasse a questão sobre quem estava perguntado sobre vampiros a Nevermore. Quando finalmente sai para fora do prédio e me dirigi ao meu carro, decidi que eu realmente ia para a casa de Keith. Alguém precisava de arrumar os seus pertences, e parecia uma forma segura de evitar os outros. Eu ainda tinha um par de horas antes do toque de recolher de Amberwood. O apartamento de Keith não havia sido mais vasculhado desde que os Alquimistas o tinham invadido. Os sinais indicadores de antes estavam lá, onde foi descoberto o seu estoque de sangue de Clarence e os suprimentos de prata. Os Alquimistas só tinham pegado um pouco mais do que era necessário para eles e deixaram o resto de seus pertences para trás. Minha esperança nesta noite era conseguir acesso á mala de ingredientes, aqueles que não foram usados para a fabricação de tatuagens ilícitas. Era sempre bom ter à mão quantidades extras de produtos químicos, para destruir os corpos Strigoi ou para fazer experiencias químicas no quarto do dormitório. Não tive essa sorte. Mesmo se os outros suprimentos dele não fossem ilegais, os Alquimistas tinha aparentemente decidido confiscar todos os produtos químicos e ingredientes. Embora já que estava aqui, decidi procurar se algumas outras coisas podiam ser uteis para mim. Keith certamente não tinha usufruído do dinheiro das tatuagens, para decorar o apartamento com todo o conforto de uma casa. Risca isso. Eu duvidava que alguém tivesse em sua casa alguma coisa assim: uma cama de casal enorme, um Plasma gigante, um sistema de som ultra potente e comida suficiente para fazer festas todas as noites durante o próximo mês. Procurei armário após armário, abismada com a quantidade de alimentos que ele foi juntando. Ainda assim, talvez valesse a pena pegar em algumas coisas e leva-las para Jill e Eddie, então eu ensaquei alguns doces para eles, organizando por cores e tamanho. Perguntei-me também sobre o modo de transporte da TV para Amberwood. Parecia um desperdício deixá-la para a tripulação de Alquimistas confiscar, embora eu pudesse imaginar a expressão da Sra.Weathers, se ela nos visse a arrastar aquilo pelas escadas. Eu nem tinha a certeza se a parede que Jill e eu tínhamos era grande o suficiente para suportar. Sentei-me no cadeirão de Keith a ponderar a questão da TV. Mesmo o cadeirão era o último grito. O luxuoso couro parecia como manteiga, e praticamente me
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afundei nas almofadas. Pena que não havia lugar para ele na sala de Ms. Terwilliger. Eu podia vê-la se relaxando nele, a beber cappuccino e a ler documentos antigos. Bem, o que acontecesse com o resto do material de Keith, era melhor alugar um camião porque Latte certamente não conseguia suportar o peso da TV, cadeirão e ou a maioria das outras coisas. Uma vez que isto foi decidido, não havia nenhuma razão para ficar mais tempo esta noite, mas eu odiei ter que voltar. Eu estava com medo de ver Jill. Não houve reação do meu acolhimento. Se ela ainda estivesse triste por causa do argumento só me faria sentir culpada. Se ela tentasse defender Adrian, isso iria irritar-me e muito. Eu suspirei. Este cadeirão era tão ridiculamente confortável, que poderia muito bem divertir-me um pouco mais. Eu peguei na minha sacola, à procura dos deveres de casa e lembrei-me dos anuários. Kelly Hayes. Eu não tive quase tempo nenhum para pensar sobre ela ou sobre os assassinatos, não com todo o drama em torno de Keith e das suas tatuagens. Kelly tinha sido uma júnior quando morreu e eu tinha um anuário com cada um dos seus anos em Amberwood. Mesmo como caloira, Kelly teve muito espaço no anuário. Lembrei-me do que Sra.Weathers disse: que ela foi uma boa atleta. Sem brincadeira. Kelly havia participado em quase todos os esportes oferecidos por Amberwood e foi excecional em todos eles. Ela tinha pertencido no time do colégio durante seu primeiro ano e venceu todos os tipos de prêmios. Uma coisa que imediatamente descobri, foi que Kelly definitivamente não era um Moroi. Seria óbvio mesmo em preto e branco e uma fotografia a cores do segundo ano do ensino médio confirmou isso. Ela tinha uma figura muito humana e uma pele bronzeada – que claramente amava o sol. Eu estava analisando o índice do anuário Júnior quando ouvi uma batida na porta. Por um momento eu não quis responder. Daquilo que sabia, podia ser algum amigo desonesto de Keith, que tinha vindo cá á procura da comida dele e assistir TV. Mas também poderia ser alguma coisa relacionada com os Alquimistas. Encontrei a secção de tributo a Kelly , que estava procurando e coloquei o anuário no chão antes de me aproximar devagar para a porta. Olhando pelo olho mágico, vi um rosto familiar. –Lee?– Perguntei abrindo a porta. Ele me deu um sorriso tímido. –Hey. Desculpe incomodar você aqui.– –O que você está fazendo aqui?– Exclamei convidando-o a entrar. –Por que você não está com os outros?– Ele me seguiu até a sala. –Eu… eu precisava falar com você. Quando você disse que estava vindo para cá, isso me fez pensar se o meu pai tinha dito a verdade. Keith não
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está mais aqui?– Sentei-me de volta para o cadeirão. Lee sentou-se num pequeno sofá ali perto. –Yup. Keith se foi. Ele foi, uh, reatribuído.– Keith estava indo sendo punido em algum lugar e eu disse boa viagem. Lee olhou em volta para o mobiliário caro. –É um lugar agradável.– Seus olhos caíram sobre o armário que continha o fornecimento alquimia. A porta ainda estava pendurada precariamente nas dobradiças, e eu não me incomodei a arrumar o lugar onde os Alquimistas tinham esvaziado o seu conteúdo. –Este lugar…–Lee franziu a testa. –Este lugar foi assaltado? – –Não exatamente–, disse. –Keith, hum, na pressa de encontrar algo antes de ir fez isso.– Lee torceu as mãos e olhou em volta para mais algumas coisas antes de se voltar para mim. –E ele não está voltando? – –Provavelmente não–. Rosto de Lee caiu, o que me surpreendeu. Eu sempre tive a impressão que ele não gostava de Keith. –Será que outro Alquimista o vem substituir?– –Não sei–, disse. Houve um ligeiro debate sobre isso. A reviravolta de Keith, tinha-me impedido de ser substituída por Zoe e Stanton agora considerou que eu podia preencher o lugar dele, como a Alquimista do local, uma vez que as tarefas eram leves. –Se alguém vier, pode ser que demore um tempo.– –Então você é a Alquimista da área–, repetiu ele soando ainda mais triste. Dei de ombros. –Há alguns em Los Angeles.– Aquilo, inexplicavelmente, o animou um pouco. –Sério? Você poderia dizer onde…– Lee calou-se quando o seu olhar caiu sobre o anuário aberto deitado aos meus pés. – Oh.– Disse pegando de novo nele. –Apenas um projecto de investigação que estou fazendo sobre…– –Kelly Hayes.– O rosto alegre tinha ido embora. –Yeah. Você já ouviu falar dela?– Peguei num pedaço de papel de rascunho perto de mim, com a intenção de usá-lo como um marcador de livro e marquei a seção de tributo. –Pode-se dizer que sim,– ele respondeu. Comecei a perguntar o que ele quis dizer com isso quando vi. O tributo que tinham feito em homenagem a Kelly tinha imagens em todo o lugar com a sua vida na escola. Sem surpresa, a maioria delas eram fotos dela a praticar esportes. Havia algumas que eram do seu mundo social e acadêmicas, incluindo o baile de finalista dela. Ela usava um deslumbrante vestido azul de cetim, que realçava a sua figura atlética e estava dando á
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câmera um grande sorriso, enquanto ela envolvia um braço ao redor do seu companheiro de baile. Lee. Inclinei a cabeça em direcção a Lee, que agora olhava para mim com uma expressão ilegível. Olhei novamente para a fotografia examinando-a cuidadosamente. O que era notável não era o facto de Lee estar na imagem - embora, acreditem em mim, eu ainda não descobri o que se passava aqui. O que me tinha intrigado foi o tempo. Este anuário tinha cinco anos. Lee teria catorze anos na altura e o cara olhando para mim com Kelly não era certamente jovem. O Lee na foto parecia exatamente com o Lee de dezanove anos sentado à minha frente, o que era impossível. Moroi não tinham uma imortalidade especial. Eles envelheciam como os humanos. Olhei para cima, me perguntando se eu deveria perguntar se ele tinha um irmão. No entanto, Lee me salvou disso. Ele simplesmente me olhava com um olhar triste e balançou a cabeça. –Merda. Eu não queria que isto acontecesse deste jeito. – E, em seguida, ele pegou numa faca.
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Capítulo 24
É estranho como você reage em momentos de imediato perigo. Parte de mim estava em puro pânico com o coração acelerado e com a respiração rápida. Este sentimento vazio, que parecia um buraco aberto no meu peito, voltou. Outra parte de mim era capaz de, inexplicavelmente, usar a logica, principalmente algo tipo ‘Yup, aquilo é o tipo de faca que poderia cortar a garganta’. O resto de mim? Bem, o resto de mim estava apenas confuso. Eu fiquei onde estava e mantive a minha voz baixa e calma. –Lee, o que está acontecendo? O que é isto?– Ele balançou a cabeça. –Não finja. Eu sei que você sabe. Você é muito inteligente. Eu sabia que você ia descobrir isto, mas eu não esperava que fosse assim tão cedo.– Minha mente girava. Mais uma vez, alguém pensava que eu era mais esperta do que eu era. Eu acho que deveria estar lisonjeado com a sua fé da minha inteligência, mas a verdade é que eu ainda não sabia o que estava acontecendo. Contudo, eu não sabia se atraiçoar ajudava ou dificultava as coisas. Eu decidi jogar limpo o tempo que eu razoavelmente conseguia neste caso. –É você na foto,– disse com o cuidado de não parecer uma pergunta. –É claro–, disse ele. –Você não tem idade.– Ousei dar um rápido olhar para a imagem, para verificar por mim mesma. Ainda me olhava. Apenas Strigoi se mantinham jovens, permanecendo imortais com a idade que tinham quando foram transformados. –Isso é…isso é impossível. Você
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é um Moroi. – –Oh, eu tinha idade–, disse ele amargamente. –Não muita. Não o suficiente para que você realmente pudesse detectar, mas acredite, eu tinha. Não era como costumava ser.– Eu ainda não tinha percebido, ainda não tinha certeza de como tínhamos chegado a um ponto em que Lee – romântico e apaixonado por Jill – estava de repente a me ameaçar com uma faca. Nem eu entendia como ele parecia exatamente com o mesmo que estava na foto de á cinco anos atras. Só havia uma coisa terrível que eu estava a começar a ter certeza. –Você…matou Kelly Hayes.– O temor no meu peito intensificou-se. Levantei o meu olhar da lâmina para os seus olhos. –Mas certamente…certamente não Melody…ou Tamara…– Ele acenou. –E Dina. Mas você não iria saber dela, pois não? Ela era apenas humana, e vocês não mantêm o controle sobre as mortes humanas. Apenas vampiros.– Era difícil não olhar para a faca novamente. Tudo o que eu podia pensar era como ela era afiada e de como estava muito perto de mim. Um golpe, e eu ia acabar assim como as outras raparigas, minha vida a sangrar para fora de mim. Procurei dizer algo desesperadamente, desejando novamente ter aprendido as habilidades sociais que vinham facilmente para os outros. –Tamara era sua prima–, eu consegui. –Por você mataria a sua própria prima?– Um momento de pesar atravessou o seu rosto. –Eu não queria - quer dizer, eu fiz…mas, bem, eu não estava em mim quando voltei. Eu só sabia que tinha que ser despertado novamente. Tamara estava no lugar errado na hora errada. Eu me atirei para o primeiro Moroi que apareceu…mas não funcionou. Foi por isso que tentei os outros. Eu pensei que algum deles com certeza faria isso. Humanos, dhampir, Moroi…nenhum deles funcionou.– Havia um desespero terrível na sua voz, e apesar do meu medo, alguma parte de mim queria ajuda-lo…mas eu estava irremediavelmente perdido. –Lee, me desculpe. Eu não entendo, por que você precisou –tentar outros.– Por favor, coloque a faca para baixo e vamos conversar. Talvez eu possa ajudá-lo.– Ele me deu um sorriso triste. –Você pode. Embora, eu não queria que fosse você. Eu queria que fosse Keith. Ele certamente merecia morrer mais do que você. E Jill…bem, Jill gosta de você. Eu queria respeitar isso e poupá-la.– –Você ainda pode–, disse. –Ela… ela não ia gostar que você fizesse isso. Ela iria ficar chateada se soubesse… –
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De repente, Lee se atirou para cima de mim e me prendeu à cadeira com a faca na minha garganta. –Você não sabe!–, ele chorou. –Ela não sabe. Mas ela vai e vai ficar contente. Ela vai me agradecer e nós vamos ser jovens e ficar juntos para sempre. Você é a minha chance. Os outros não funcionaram, mas você…– Ele arrastou a lâmina da faca perto da minha tatuagem. –Você é especial. Seu sangue é mágico. Eu preciso de um Alquimista e você é minha única chance agora.– –Que…chance…você está falando?– arfei com dificuldade. –Minha chance para a imortalidade!–, ele gritou. –Deus, Sydney. Você não pode sequer imaginar. Como é ter isso e depois perdê-la. Ter força infinita e poder…não envelhecer e saber que você vai viver para sempre. E, em seguida, desapareceu! Tiraram de mim. Se algum dia eu encontrar o bastardo do usuário de espírito que fez isso comigo, eu vou matar ele. Eu vou matá-lo e beber dele depois desta noite, eu vou estar completo uma vez mais. Eu vou ser despertado.– Um arrepio percorreu minha espinha. À luz de tudo, você teria pensado que eu já estava no nível máximo de terror. Não. Acontece que ainda vinha mais por aí. Porque com aquelas palavras, comecei a juntar uma teoria frágil do que ele quereria dizer com aquilo. –Despertar– era um termo usado no mundo vampiro, em circunstâncias muito especiais. –Você costumava ser Strigoi–, sussurrei sem mesmo ter a certeza se acreditava em mim mesma. Ele se afastou um pouco com os olhos cinzentos grandes e com um brilho doente. –Eu costumava ser um deus! E eu serei novamente. Eu juro. Me desculpe, a sério. Sinto muito por ser você e não Keith. Sinto muito por você descobrir sobre Kelly. Se você não tivesse, eu poderia procurar outro Alquimista em Los Angeles. Mas você não vê? Eu não tenho nenhuma outra opções agora…–A faca ainda estava na minha garganta. – Eu preciso do seu sangue. Eu não posso continuar assim…não como um mortal Moroi. Eu tenho que ser transformado novamente.– Uma batida soou na porta. –Nem uma palavra,– Lee sussurrou. –Eles vão embora.– Segundos depois a batida foi repetida seguida por: –Sage, eu sei que você está aí dentro. Eu vi o seu carro. Eu sei que você está chateada, mas apenas me escute.– Um dingdong resultou como distração. –Adrian!– gritei pulando da cadeira. Não fiz nenhuma tentativa para desarmar Lee. Meu único objetivo era segurança. Eu o empurrei - passando por ele, antes que ele pudesse
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reagir - e me dirigi para a porta, mas ele foi mais rápido do que eu esperava. Ele pulou na minha direção e me atirou para o chão e ao mesmo tempo a faca me cortou no braço. Eu gritei de dor quando senti a ponta da lâmina escavar a minha pele. Lutei contra ele, apenas resultando num corte mais fundo da faca em mim. A porta abriu de repente e eu fiquei grata por não ter bloqueado a porta quando deixei Lee entrar. Adrian entrou chegando a um impasse quando reparou na cena. –Não se aproxime–, advertiu Lee, empurrando a faca contra a minha garganta de novo. Eu podia sentir o sangue quente a escorrer pelo meu braço. –Feche a porta. Depois… sente-se e coloque as mãos atrás da cabeça. Eu mato-a se você não o fizer.– –Ele vai fazer isso de qualquer maneira-ahh!– Minhas palavras foram cortadas quando a faca perfurou minha pele, não o suficiente para me matar, mas o suficiente para me causar dor. –Ok, ok–, disse Adrian, segurando suas mãos. Ele parecia mais sóbrio e sério do que eu jamais tinha visto. Quando ele se sentou no chão com as mãos atrás da cabeça como lhe foi indicado, ele disse suavemente, –Lee, eu não sei o que você está fazendo, mas você precisa parar agora antes que vá mais longe. Você não tem uma arma. Você não pode apenas nos prender aqui sob ameaça de uma faca.– –Já deu resultado antes–, Lee disse. Ainda mantendo a faca em mim, ele enfiou a mão no bolso do casaco com a sua outra mão e pegou numas algemas. Aquilo foi inesperado. Ele deslizou aquilo para Adrian. –Coloque-os.– Quando Adrian não reagiu de imediato, Lee empurrou a faca até eu gritar. –Agora!– Adrian colocou as algemas. –Eu trouxe isso para ela, mas a sua chegada pode ser uma coisa boa–, disse Lee. – Provavelmente vou estar com fome depois de ser despertado.– Adrian arqueou uma sobrancelha. –Despertado?– –Ele costumava ser um Strigoi,– eu consegui dizer. –Ele tem matado as raparigas cortando as suas gargantas -para tentar voltar a ser um novamente.– –Fique quieta–, retrucou Lee. –Por que você cortar as suas gargantas–, perguntou Adrian. –Você tem presas.– –Porque isso não funcionou! Eu usei as minhas presas. Eu bebi por elas…mas não funcionou. Eu não despertei novamente. Então eu tive que cobrir o meu rasto. Os guardiões podem descobrir, você sabe. As mordidas de Moroi e Strigoi? Eu precisava de uma faca para subjugá-los de qualquer maneira, de modo que eu então cortei os
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pescoços para esconder o rasto…e fazer eles acharem que era um Strigoi louco. Ou um caçador de vampiros.– Eu podia ver Adrian a processar tudo isso. Eu não sabia se ele acreditava ou não, mas ele – independentemente - tinha o potencial de enrolar as coisas com ideias malucas. – Se com os outros não funcionou, então Sydney também não.– –Ela tem que resultar–, disse Lee fervorosamente. Ele se moveu de modo que fiquei de costas, ainda presa pelo seu peso corporal. –O sangue dela é especial. Eu sei que é. E se não resultar…Eu vou buscar ajuda. Vou buscar ajuda para despertar e então vou acordar Jill para que possamos ficar juntos para sempre.– Adrian saltou para seus pés com uma fúria surpreendente. –Jill? Não vais machucá-la! Nem sequer tocá-la!– –Sente-se,– Lee latiu. Adrian obedeceu. –Eu não iria machucá-la. Eu amo ela. É por isso que eu vou me certificar de que ela permaneça do jeito que ela é. Para sempre. Eu vou acordá-la depois de despertar.– Eu tentei pegar os olhos de Adrian, perguntando se poderia passar alguma mensagem silenciosa. Se nós dois fossemos para cima de Lee juntos - mesmo com Adrian algemado - então talvez nós tivéssemos uma chance de desarma-lo. Lee estava a segundos de me cortar a garganta, disso eu tinha certeza, na esperança de que… o quê? Que ele podia beber o meu sangue e se tornar Strigoi? –Lee–, disse em voz baixa. Mover muito a minha garganta resultaria numa mordida da faca. –Não funcionou com as outras raparigas. Eu não acho que o fato de eu ser uma Alquimista resulte. O que quer que esse usuário de espírito fez para salvá-lo…você não pode voltar agora. Não importa qual sangue você bebe.– –Ele não me salvou!– Rugiu Lee. –Ele arruinou a minha vida. Eu tenho tentado voltar por seis anos. Eu estava quase pronto para o último recurso…até que você e Keith apareceram. Mas eu ainda tenho essa última opção a sobrar. Embora, eu não queira chegar a esse ponto. Para todos nós.– Eu não era o último recurso? Honestamente, eu realmente não queria ver que outros planos alternativos aqui podiam ser muito piores para mim. Enquanto isso, Adrian ainda não estava a olhar na minha direção, o que me frustrou, até que percebi o que ele estava tentando fazer. –Isto é um erro–, ele disse a Lee. –Olhe para mim e me diga que você realmente quer fazer isso com ela.– Algemado ou não, Adrian não tinha a velocidade e a força de um dhampir, alguém que
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pudesse ser mais salto e desarmar Lee antes que a faca faça os seus danos. Adrian também não tinha o poder de exercer um elemento físico, digamos, como o fogo, que poderia ser usado como uma verdadeira arma. Adrian, no entanto, tinha a capacidade de obrigar. Compulsão era uma capacidade inata que todos os vampiros tinham e um usuário de espírito era particularmente hábil nisso. Infelizmente, isso resultava melhor com contato visual e Lee não estava dando bola. Sua atenção estava toda sobre mim, bloqueando os esforços de Adrian. –Eu fiz a minha decisão há muito tempo–, disse Lee. Com a sua mão livre, ele esfregou os dedos na mancha de sangue do meu braço. Ele levou a ponta dos dedos aos seus lábios com um olhar de resignação no seu rosto. Ele lambeu o sangue da sua mão, que não me causou grande constrangimento como teria acontecido noutras circunstâncias. Com tanta coisa acontecendo agora, honestamente não foi assim tão terrível como o resto e simplesmente saiu de cima de mim. Um olhar de choque total e surpresa cruzou as feições de Lee…logo se tronando em repugnância. –Não–, ele suspirou. Ele repetiu o movimento, esfregando mais sangue em seus dedos e lambendo-o. –Há alguma coisa…há algo de errado…– Ele inclinou a sua boca para o meu pescoço e eu choraminguei temendo o inevitável. Mas não senti os seus dentes, apenas o mais leve toque dos seus lábios e a sua língua na ferida que ele criou, como se fosse uma espécie de beijo perverso. Ele retornou imediatamente, olhando para mim com horror. –O que há de errado com você?– Ele sussurrou. –O que há de errado com o seu sangue?– Ele fez uma terceira tentativa para provar o meu sangue, mas foi incapaz de terminar. Ele fez uma careta. –Eu não posso fazê-lo. O meu estomago não consegue suportar nada disso. Porquê?– Nem Adrian nem eu tínhamos uma resposta. Lee cedeu á derrota por um momento e eu, de repente, permiti pensar que ele poderia simplesmente desistir e dizer que tudo isto foi uma loucura. Com uma respiração profunda, ele se levantou com uma nova determinação em seus olhos. Eu fiquei tensa, meia que esperando ele dizer que ia tentar beber de Adrian agora, apesar de um Moroi - dois, se você contar Melody aparentemente estar no seu menu depois um fracasso recente. Em vez disso, Lee puxou o celular do bolso, ainda mantendo a faca na minha garganta, prevenindo qualquer tipo de fuga. Ele discou um número e esperou por uma resposta.
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–Dawn? É Lee. Sim…sim, eu sei. Bem, eu tenho dois para você, prontos e esperando. Um Moroi e uma Alquimista. Não - não o homem velho. Sim. Sim, ainda estão vivos. Tem que ser esta noite. Eles sabem sobre mim. Você pode tê-los…mas você sabe o negócio. Você sabe o que eu quero…Sim. Hum hum. Ok.– Lee deu o nosso endereço e desligou. Um sorriso satisfeito atravessou o seu rosto. –Estamos com sorte. Eles estão no lado Este de LA, de modo que não vão demorar muito tempo para chegar aqui – especialmente porque eles não se importam muito com o limite de velocidade.– –Quem são ‘eles’?–, perguntou Adrian. –Eu me lembro de você chamar uma senhora Dawn em Los Angeles. Eu pensava que ela era uma das suas amigas quentes da faculdade?– –Eles são os criadores do destino–, disse Lee sonhadoramente. –Que enigma delicioso e sem sentido–, murmurou Adrian. Lee olhou e então cuidadosamente estudou Adrian. –Tire sua gravata.– Eu percebi que tinha passado tanto tempo com Adrian que agora eu estava preparada para algum comentário do tipo: –Oh, feliz por saber que as coisas não são mais formais.– Aparentemente, a situação era terrível o suficiente – e a faca na minha garganta era suficientemente séria - que Adrian não discutiu. Ele tinha os pulsos algemados na frente dele e, depois de algumas manobras complexas com as mãos, finalmente foi capaz de desfazer o nó da gravata que vestiu para o show de Jill. Atirouo. –Cuidado–, disse Adrian. –É de seda.– O sarcasmo tinha que trabalhar. Lee rolou me sobre o meu estômago, finalmente me liberando da faca, mas não me deu tempo de reação. Com uma notável habilidade, ele logo tinha as minhas mãos amarradas atras de mim com a gravata do Adrian. Exigindo alguns puxões e imobilizando os meus braços, que magoou um pouco após o esfaqueamento. Ele recuou depois de acabar, me permitindo sentar com cautela, experimentando um puxão na amarra que me mostrou que eu não ia conseguir me desfazer daqueles nós tão facilmente. Inquieta, eu me perguntei quantas raparigas ele tinha amarrado antes da sua tentativa doente de se tornar um Strigoi. Um estranho, misterioso silêncio caiu enquanto esperávamos que os ‘criadores do destino’ de Lee aparecessem. Os minutos passavam e eu freneticamente tentava descobrir o que fazer.
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Quanto tempo tínhamos, até que as pessoas que ele chamou chegassem? Pelo que ele me disse, eu acho que pelo menos uma hora. Sentindo-se cega eu finalmente tentei comunicar com Adrian, esperando novamente que talvez pudéssemos secretamente nos unir e desarmar Lee - embora a nossa taxa de sucesso era acabar por fazer isso muito lentamente, uma vez que tínhamos as mãos atadas. –Como você chegou aqui?– perguntei. Adrian olhava fixamente para Lee, com esperança de um contato visual direto, mas ele deu um rápido olhar irónico para mim. –Do mesmo jeito que eu chego a algum lado, Sage. De ônibus.– –Porquê?– –Porque eu não tenho um carro.– –Adrian!– Maravilha. Mesmo com as nossas vidas em perigo, ele ainda podia enfurecerme. Ele deu de ombros e voltou seu foco para Lee, mesmo embora as suas palavras fossem para mim. –Para me desculpar. Porque eu fui um total idiota com você no show de Jailbait. Não muito tempo depois de você ter saído, eu sabia que tinha que a encontrar.– Fez uma pausa e olhou eloquentemente ao redor. –Nenhuma boa ação fica impune, eu acho.– De repente, me senti perdida. Lee ter-se tornado num psicopata certamente não era minha culpa, mas o que me perturbava era que Adrian estava agora nesta situação, porque ele tinha vindo pedir desculpas. –Tudo bem. Você não estava…hum, tão ruim assim –, disse sem muita convicção, na esperança de fazê-lo sentir-se melhor. Um pequeno sorriso tocou os seus lábios. –Você é uma terrível mentirosa Sage, mas eu ainda estou tocado pela sua tentativa de me confortar. Valeu o esforço.– –Sim, bem, o que aconteceu lá atrás parece uma coisa pequena á luz dos acontecimentos recentes,– murmurei. –É fácil de perdoar.– Uma carranca cresceu no rosto de Lee, quando ele nos ouviu.–Será que os outros sabem que você está aqui?–, ele perguntou a Adrian. –Não–, disse Adrian. –Eu disse que estava voltando para a casa de Clarence. – Eu não sabia se ele estava mentindo ou não. Por um momento, eu achei que não importava. Os outros me tinham ouvido dizer que eu estava aqui, mas nenhum deles teria algum motivo para vir à nossa procura. Nenhuma razão, exceto o vínculo.
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Eu parei de respirar e encontrei os olhos de Adrian. Ele desviou o olhar, talvez por medo de trair o que eu tinha percebido. Não importava se o grupo sabia onde eu estava agora. Se Jill estava ligada a Adrian, ela saberia. E ela sabia que nós estávamos em apuros. Mas isso acontecia assumindo que este era um dos momentos em que ela podia ver a sua mente. Ambos admitiam que era inconscientemente e que só acontecia com alguma emoção forte. Bem, se isto não contava como uma situação altamente emocional, eu não conseguia pensar o que poderia ser. Mesmo ela se apercebendo do que estava acontecendo, havia um monte de ‘se’ envolvido. Jill teria que chegar aqui, e ela não podia fazer isto sozinha. Chamar a polícia seria a resposta mais rápida, mas ela podia hesitar uma vez que ela sabia que envolvia o mundo vampiro. Ela precisava de Eddie. Quanto tempo seria necessário para pegá-lo se eles estavam de volta em seus dormitórios? Eu não sabia. Eu só sabia que tínhamos que ficar vivos porque se o fizéssemos, de uma forma ou de outra, Jill traria ajuda para aqui. Apenas, eu já não sabia que chances tínhamos de sobrevivência. Adrian e eu estávamos confinados e presos com um cara que não tinha medo de matar com uma faca e que desesperadamente queria se tornar um Strigoi novamente. Isso era uma péssima combinação e ameaçava piorar… –Quem vem, Lee?– perguntei. –Quem você chamou? – Quando ele não respondeu, eu fiz o próximo passo de logica. –Strigoi. Você chamou Strigoi.– –É a única maneira–, disse ele, jogando a faca de mão para mão. –A única maneira de me resta agora. Sinto muito. Eu não queria que fosse deste jeito. Eu não posso ser mais mortal. Muito tempo já passou.– É claro. Moroi poderia se tornar num Strigoi de duas maneiras. Uma delas era beber o sangue de outra pessoa e matá-la no processo. Lee tinha tentado isso, usando todas as combinações de vítimas que poderia usar e tinha falhado. O que o deixou com uma última opção desesperada: a conversão por outro Strigoi. Normalmente, isso aconteceu pela força, quando um Strigoi matava alguém e depois alimentava a vítima com o seu próprio sangue. Isso era o que Lee queria que fosse feito agora, trocar as nossas vidas para o Strigoi que iria convertê-lo. Depois ele queria fazer isso com Jill, por um louco e equivocado amor… –Mas não vale a pena–, disse, me sentindo vazia com o desespero e o medo. –Não vale a pena o custo de matar inocentes e colocar em risco a sua alma.– O olhar de Lee caiu sobre mim, e havia uma indiferença arrepiante neles que eu levei um tempo a ligar a pessoa tinha à minha frente á pessoa que eu tinha sorrido da forma
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como ele cortejava Jill. –Não valerá, Sydney? Como você sabe? Você privou-se do prazer a maioria parte da sua vida. Você está distante dos outros. Você nunca deixou de ser egoísta e veja onde isso a levou. Sua 'moral' deixou-lhe com uma vida curta e rigorosa. Você me pode dizer agora, uma vez que está prestes a morrer, que você não gostaria de se ter permitido se divertir um pouco mais?– –Mas uma alma imortal…– –O que eu me importa isso?– Ele exigiu. –Pra quê me incomodar a viver uma vida de regimento miserável neste mundo, na esperança de que talvez as nossas almas continuem a viver num reino celestial, quando eu posso assumir o controle agora – me garantir viver para sempre neste mundo, com todos os seus prazeres, ser forte e ser jovem para sempre? Isto é real. Isto é algo que eu possa colocar a minha fé.– –É errado–, disse. –Não vale a pena.– –Você não diria isso se você tivesse experimentado o que eu vivi. Se você tivesse sido um Strigoi, você nunca quereria outra coisa.– –Como você perdeu isso?–, perguntou Adrian. –Que usuário de espirito o salvou? – Lee bufou. –Você quer dizer me roubou. Eu não sei. Tudo aconteceu tão rápido. Mas assim que eu o encontrar eu vou - ahh! – Um anuário não é a maior das armas, particularmente um do tamanho de Amberwood, mas com força – e com surpresa – poderia ser. Eu anteriormente disse que não ia ser capaz de desfazer os nós da amarra facilmente. O que foi verdade. Demorou este tempo todo, mas eu consegui me desfazer dele. Por algum motivo, saber fazer nós de cordas tinha se tronado uma habilidade útil no currículo de Alquimista – e que eu tinha crescido a praticar isso com o meu pai. Uma vez livre da gravata de Adrian, apanhei a primeira coisa que me apareceu: o Anuário Júnior de Kelly. Eu saltei e bati com ele na cabeça de Lee. Ele se encolheu com o impacto, deixando cair a faca e eu aproveitei a oportunidade para correr pela sala e agarrar no braço de Adrian. Ele não precisou de nenhuma ajuda e já estava sobre os seus pés. Nós não chegamos muito longe antes de Lee nos agarrar por trás. A faca tinha desaparecido em algum lugar invisível e simplesmente confiou na sua própria força. Ele agarrou me e arrancou-me do Adrian, uma mão no meu braço ferido e outro no meu cabelo, me fazendo tropeçar. Adrian veio depois de nós, fazendo o seu melhor para bater no Lee, mesmo com as mãos amarradas. Nós não eramos a força de combate mais
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eficiente, mas se nós pudéssemos apenas momentaneamente atrasar Lee, havia uma chance de podermos sair daqui para fora. Lee era distraído por nós dois, tentando lutar e afastar-nos ao largo ao mesmo tempo. Espontaneamente, me lembrei da lição de Eddie, sobre como um bom soco dado podia causar sérios danos a alguém mais forte que você. Avaliando a situação num segundo, eu decidi que tinha uma abertura. Fechei mão da maneira que Eddie me tinha ensinado na lição rápida, posicionando o meu corpo de forma a dirigir o peso todo sobre o soco. Empurrei o meu braço. –Ow!– Gritei de dor quando o meu punho fez contato. Se isto era a maneira –segura– de dar um soco, eu não conseguia imaginar o quão desleixado era a ferida. Felizmente, pareceu que causou também – se não mais – dor emLee. Ele caiu para trás, batendo no cadeirão de forma que perdeu o equilíbrio e estatelou-se no chão. Fiquei espantada com o que tinha feito, mas Adrian ainda estava em movimento. Ele cutucou-me para porta, aproveitando a desorientação temporária de Lee. –Vamos lá, Sage. É agora.– Nós corremos para a porta, prontos para fazer a nossa fuga enquanto Lee gritava palavrões contra nós. Estendi a mão para o trinco, mas a porta se abriu antes que pudesse tocar nela. E dois Strigoi entraram na sala.
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Capítulo 25
Eu tinha zombado de Keith quando viemos pela primeira vez para Palm Springs, provocando-o por ter congelado á frente dos Moroi. Mas quando estive lá agora, cara-acara com a essência dos pesadelos, eu soube exatamente como ele se sentiu. Eu não tinha nenhum direito de julgar ninguém por perder o seu senso racional quando confrontados com os seus maiores medos. Dito isto, se Keith estivesse aqui, eu acho que ele teria entendido porque os Moroi não eram grande problema para mim. Porque quando comparados com Strigoi? Bem, de repente, as pequenas diferenças entre os humanos e os Moroi se tornaram insignificante. Apenas uma diferença importante, a diferença entre os vivos e os mortos. Era a linha que nos dividia, a linha que juntava Adrian e eu firmemente dum lado – face aqueles que estavam do outro lado da linha. Eu já tinha visto Strigoi antes. Naquela época, eu não tinha sido imediatamente ameaçada por eles. Além disso, eu tinha a Rose e o Dimitri na mão, prontos para me proteger. Agora? Não havia ninguém para nos salvar. Apenas nós mesmos. Havia apenas dois deles, mas poderia muito bem serem 200. Strigoi operavam num tal nível diferente do resto de nós que não demorou muito para eles derrubarem as probabilidades. Ambas eram mulheres e elas pareciam ter tido os seus 20 e tais anos quando se tronaram Strigoi. Há quanto tempo atras eu não soube adivinhar. Lee tinha tido zelo ao dizer que ser Strigoi significava ser ‘jovem para sempre’. No entanto, olhando para estes dois monstros, eu realmente não pensava dessa forma. Claro, elas tinham uma aparência superficial de juventude, mas foram prejudicadas com o mal e a decadência. Elas podiam ter a pele sem rugas, mas eram de um branco doentio, muito
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mais brancas que um Moroi qualquer. Os anéis vermelhos dos olhos que riam para nós não tinham nem o brilho, nem a energia da vida, mas eram animados por uma espécie de profanação. Estas pessoas não estavam correctas. Elas não eram naturais. –Encantador–, disse uma delas, com os cabelos loiros num corte curto. Sua estrutura facial me fez pensar que tinha sido uma dhampir ou humana antes de ser transformada. Ela estava nos olhando da mesma forma que eu muitas vezes vi o gato da família a observar os pássaros. –E exatamente como descrito.– –Eles são tãooo bonitos–, cantarolou a outra com um lascivo sorriso no rosto. Sua altura me disse que ela tinha sido uma Moroi. –Eu não sei qual deles quero em primeiro lugar.– A loira deu um olhar de advertência. –Vamos partilhar.– –Como da última vez–, concordou a outra, jogando a juba de cabelos pretos encaracolados sobre o ombro. –Não–, disse a primeira. –Da última vez você os matou. Aquilo não foi partilha.– –Mas eu deixei você se alimentar de ambos depois.– Antes que ela pudesse ripostar contra, Lee de repente levantou-se e cambaleou para a frente da Strigoi loira. –Espere, espere. Dawn. Você me prometeu. Você prometeu acordar-me primeiro antes de fazer qualquer coisa.– Os dois Strigoi voltaram a sua atenção para Lee. Eu ainda estava congelada, ainda era incapaz de me mover ou realmente reagir, apesar de estar tão perto destas criaturas do inferno. Mas de alguma forma, através do terror espesso e esmagador que me envolvia, ainda consegui sentir um bocadinho de pena de Lee. Sentia um pouco de ódio também, claro considerando a situação. Mas principalmente me sentia terrivelmente triste por alguém acreditar realmente que a vida não tinha sentido a não ser sacrificar a sua alma por uma imortalidade vazia. Mas não só isso, eu sentia pena dele por realmente pensar que ele poderia confiar nessas criaturas para lhe darem o que ele queria. Porque quando estudei sobre eles, ficou perfeitamente claro para mim, que eles decidiam se deviam ou não fazer disso uma refeição de três pratos. Eu suspeitei que Lee era o único que não percebia isso. –Por favor–, disse ele. –Você prometeu. Salva-me. Restaura-me como eu era.– Eu também não pode deixar de notar a pequena mancha vermelha em seu rosto, na zona onde eu lhe tinha batido. Senti um pouco de orgulho nisso, mas eu não era suficientemente arrogante, para pensar que eu possuía todas as habilidades de luta para lutar do meu jeito e sair desta situação. Os Strigoi estavam muito próximos e a nossa
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saída muito longe. –Eu sei onde arranjar mais–, acrescentou ele, começando a olhar inquieto para os seus – salvadores–, que não saltaram de imediato para tornar o seu sonho realidade. –Um jovem – um dhampir. – –Eu não tive um dhampir já algum tempo–, disse a Strigoi de cabelos encaracolados, quase melancólica. Dawn suspirou. –Eu realmente não me importo, Jacqueline. Se você quer acordá-lo, força. Eu só quero estes dois. Ele não me importa.– –Eu fico com o dhampir só para mim então–, alertou Jacqueline. –Tudo bem, tudo bem–, disse Dawn. –Só se apresse.– Lee ficou tão radiante, tão feliz…que era nauseante. –Obrigado–, disse ele. –Muito obrigado! Eu estive à espera disto há tanto tempo que eu não posso acreditar - ahh! – Jacqueline se moveu tão rapidamente que mal vi aquilo acontecer. Num momento ela estava em pé a beira da porta, no outro ela tinha prendido Lee contra o cadeirão. Lee deu um grito meio abafado, quando ele mordeu o seu pescoço, um grito que logo se aquietou. Dawn fechou a porta e nos empurrou para a frente. Eu vacilei no seu toque. –Bem,– ela disse com diversão. –Vamos ter uma boa visão.– Nem Adrian nem eu respondemos. Nós simplesmente nos movemos para a sala. Dei um olhar de relance para ele mas pode discernir pouco. Em geral, ele era tão bom a esconder os seus verdadeiros sentimentos que eu acho que não deveria surpreender-me que ele podia esconder a sua aversão ao terror tão facilmente. Ele me ofereceu nenhum incentivo com uma expressão sua ou palavras e realmente achei aquilo muito refrescante. Porque – realmente - eu não via nenhum final feliz nesta situação. De perto, forçada a assistir ao ataque de Jacqueline, eu agora podia ver a expressão de felicidade que o rosto de Lee tinha. Foi a coisa mais terrível que eu já testemunhei. Eu queria fechar os olhos com força ou desvia-los mas, alguma força para além de mim, me manteve a olhar para o espetáculo macabro. Eu nunca tinha visto nenhum vampiro a morder, fosse Moroi ou Strigoi, mas eu agora entendida como alimentadores - tipo Dorothy - poderiam aceitar este estilo de vida de tão bom agrado. Endorfinas estavam a circular na corrente sanguínea de Lee, endorfinas tão fortes que o cegaram para o fato de que ele estava a ter a sua vida drenada. Ele existia num estado de alegria, perdido no vício dos produtos químicos. Ou talvez ele estava a pensar sobre o quão feliz ele seria, uma vez Strigoi novamente, se fosse possível ter qualquer tipo de pensamento racional naquele momento.
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Perdi a noção do tempo que levou para drenar Lee. Cada momento era agonizante para mim, como se eu estivesse a receber a dor que Lee devia estar a sentir. O processo parecia durar para sempre e também havia uma estranha sensação de velocidade nisso. Senti-me mal por um corpo de alguém poder ser drenado num tempo tão curto. Jacqueline bebia de forma constante, parando apenas uma vez para observar, –Seu sangue não é tão bom quanto eu esperava.– –Então pare–, sugeriu Dawn, que estava começando a olhar entediada. –Basta deixá-lo morrer e ter estes dois comigo.– Jacqueline parecia que estava realmente a considerar isso, Lembrando-me novamente que Lee tinha sido um tolo ao confiar nelas duas. Depois de alguns minutos, ela deu de ombros. –Estou quase pronta. E eu realmente quero que ele me diga onde esta o meu dhampir.– Jacqueline retomou a bebida, mas como ela disse, não demorou muito mais tempo. Neste ponto de vista, Lee era quase tão pálido como um Strigoi, e havia uma qualidade estranha na sua pele esticada. Ele estava perfeitamente quieto agora. Seu rosto parecia congelado num sorriso que tanto parecia choque como alegria. Jacqueline levantou o seu rosto e limpou a boca, sentindo-se aprazerada com a sua vítima. Ela então, puxou para cima a manga da camisa e antes de arranhar com as suas unhas o seu pulso, ela viu qualquer coisa no chão. –Ah, muito mais limpo.– Ela se afastou e inclinou-se para baixo, pegando na faca de Lee. A faca tinha deslizado para debaixo de um sofá durante a nossa briga. Jacqueline pegou e sem esforço algum cortou seu pulso, fazendo com que o sangue vermelho escuro saísse. Parte do meu cérebro não achava que o seu sangue deveria se parecer tão semelhante ao meu.Deveria ser preto. Ou ácido. Ela colocou o seu punho sangrando contra a boca de Lee e inclinou a cabeça dele para que a gravidade ajudasse o fluxo sanguíneo a escorrer pela garganta abaixo de Lee. Cada horror que testemunhei esta noite tinha sido pior que a anterior. Morte era terrível - mas era também parte da natureza. Isto? Isto não fazia parte do plano da natureza. Eu estava prestes a testemunhar o maior pecado do mundo, a corrupção de uma alma através de magia negra para reanimar os mortos. Me fez sentir toda suja e desejei poder fugir dali pra fora. Eu não queria ver aquilo. Eu não queria ver o cara, que eu uma vez considerei como fosse um amigo, de repente se levantar como algo perverso da natureza. Um toque na minha mão me fez pular. Era Adrian. Seus olhos estavam em Lee e
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Jacqueline, mas a sua mão tinha agarrado a minha e apertava-a, mesmo embora ele ainda estar algemado. Fiquei surpresa com o calor da sua pele. Mesmo sabendo que os Moroi viviam e tinham o sangue quente como eu, os meus medos irracionais sempre esperavam que aquilo fosse frio. Era igualmente surpreendente o facto de aquele toque ser confortável e seguro. Não era o tipo de toque que dizia: ‘Ei, eu tenho um plano, então aguenta-te porque nós vamos sair desta.’ Era mais do tipo de toque que simplesmente dizia: ‘Você não está sozinha.’ Era realmente a única coisa que ele poderia oferecer. E neste momento isso era o suficiente. Então, algo estranho aconteceu. Ou melhor, que não aconteceu. O sangue de Jacqueline era constantemente derramado na Lee boca e, mesmo não tendo muitos casos documentados sobre conversões de Strigoi, eu sabia o básico. O sangue da vítima era drenado e depois o Strigoi assassino alimentava com o seu sangue o falecido. Eu não sabia exatamente quanto tempo levava para dar resultado - certamente não requeria o sangue todo do Strigoi - mas em algum momento, Lee deveria estar a se agitar e a levantar-se como um morto-vivo. A expressão presunçosa e fria de Jacqueline, começou a mudar para curiosidade e tornou-se então numa confusão total. Ela olhou interrogativamente para Dawn. –Por que está demorando tanto?– Dawn perguntou. –Eu não sei–, disse Jacqueline voltando-se para Lee. Com a mão livre, ela cutucou o ombro de Lee como se isso servisse para o chamar a despertar. Nada aconteceu. –Você já fez isso antes?–, perguntou Dawn. –É claro–, retrucou Jacqueline. –Não demorou este tempo todo. Ele devia estar em pé e a mover-se por aí. Algo está errado.– Lembrei-me das palavras de Lee, descrevendo como todas as suas tentativas desesperadas de tirar vidas inocentes não o tinham convertido de volta. Eu só sabia um pouco sobre o espírito - e menos ainda sobre restaurar Strigoi - mas algo me disse que não havia força nenhuma na terra que transforma-se Lee num Strigoi novamente. Um longo minuto passou, enquanto assistíamos e esperávamos. Por fim, desgostosa, Jacqueline recuou do cadeirão e arregaçou as mangas. Ela encarou o corpo imóvel de Lee. –Algo está errado –, ela repetiu. –E eu não quero perder mais sangue para descobrir o que é. Além disso, meu corte já está curado.– Eu não queria mais nada do que Dawn e Jacqueline esquecessem que eu existia, mas as próximas palavras saíram da minha boca antes que eu pudesse impedi-las. O cientista em mim estava muito preso na resolução.–Ele foi restaurado - e isso o afetou de forma
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permanente. A magia do espírito deixou algum tipo de marca, e agora ele não pode voltar novamente.– Ambos Strigoi olharam para mim. Eu me arrepiei com os olhos vermelhos. –Eu nunca acreditei em nenhuma dessas histórias de espírito–, disse Dawn. Jacqueline, porém, ainda estava claramente intrigada com o seu fracasso. –Havia algo de errado nele, no entanto. Eu não posso explicar… mas este tempo todo, ele não estava no ponto. Não tinha o gosto certo.– –Esquece-o–, disse Dawn. –Ele teve sua chance. Ele conseguiu o que queria e agora estou seguindo em frente.– Eu vi a minha morte em seus olhos e tentei alcançar a minha cruz. –Deus me proteja–, disse no momento em que ela pulou para a frente. Contra todas as probabilidades, Adrian estava lá para parar ela – ou bem, tentar pará-la. Na generalidade, ele só se meteu na frente. Ele não tinha a velocidade ou o tempo de reação para efetivamente bloquear ela e foi especialmente desastroso com as suas mãos algemadas. Eu acho que ele tinha visto o que eu tinha, que ela ia atacar, e ele preventivamente se moveu na minha frente de forma nobre mas uma desajeitada tentativa de proteção. E que desajeitada foi. Com um movimento suave, ela empurrou-o para o lado de uma forma que pareceu fácil, mas que o afastou para o meio da sala. Minha respiração parou. Ele bateu no chão e eu comecei a gritar. De repente, senti uma dor aguda contra a minha garganta. Sem uma pausa, Dawn prontamente me agarrou e quase me levantou de pé para ter acesso ao meu pescoço. Reuni outra oração frenética enquanto a dor avançava, mas em questão de segundos, tanto a oração como a dor desapareceram do meu cérebro. Elas foram substituídas por um sentimento muito doce de contentamento e bem-aventurada e maravilhosa. Eu não pensava, excepto que eu de repente existia dentro dessa requintada felicidade inimaginável. Eu queria mais. Mais, mais, mais. Eu queria afogar-me nela, esquecer de mim mesma, esquecer tudo ao meu redor… –Ugh–, eu chorei, quando de repente e inesperadamente bati no chão. Ainda naquele auge de êxtase, eu não senti dor - ainda. Tão rapidamente como ela me agarrou, Dawn me deixou cair e me empurrou. Instintivamente, estendi um braço para amparar a minha queda, mas não consegui. Eu estava muito fraca e desorientada, que me esparramei sem nenhuma graça sobre o tapete. Dawn estava a tocar nos seus lábios com os dedos e tinha um olhar de
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indignação torcendo as já horríveis características. –O que–, ela perguntou. –O que foi isso?– Meu cérebro não estava funcionando corretamente ainda. Eu só tinha provado um pouco de endorfina, mas foi o suficiente para me deixar confusa. Eu não tinha resposta para ela. –O que se passa–, exclamou Jacqueline, caminhando para a frente. Ela olhou de mim para Dawn em confusão. Dawn fez uma careta e depois cuspiu para o chão. Era vermelho do meu sangue. Repugnante. –O sangue dela…é horrível. Não comestível. Desagradável.– Ela cuspiu novamente. Os olhos de Jacqueline se arregalaram. –Assim como o outro. Vês? Eu disse a você.– –Não.– Dawn sacudiu a cabeça. –Não há nenhuma maneira de poder ser o mesmo. Você nunca teria conseguido beber muito dela.– Ela cuspiu novamente. –Não é apenas um gosto estranho ou ruim…é como se estivesse contaminado.– Vendo o olhar cético de Jacqueline, Dawn puxou pelo braço dela. –Não acredita em mim? Tenta você mesma.– Jacqueline deu um passo hesitante na minha direção. Então Dawn cuspiu novamente e eu acho que, de alguma forma, convenceu a outra Strigoi de não querer experimentar de mim. –Eu não quero outra refeição medíocre. Dane-se. Isto está se tornando absurdo.– Jacqueline olhou para Adrian, que estava perfeitamente imóvel. –Pelo menos ainda temos ele.– –E se ele não está estragado, também,– Dawn murmurou. Meus sentidos voltaram para mim e por meio segundo, eu me perguntei se havia alguma maneira insana de podermos sobreviver a isto. Talvez os Strigoi nos considerassem como más refeições. Mas não. Assim como me permitia ter a esperança disso, eu também sabia que mesmo não se alimentando de nós, não iríamos sair daqui vivos. Elas não tinham nenhum motivo para simplesmente seguirem. Elas iam nos matar por esporte antes de partirem. Com essa mesma velocidade notável, Jacqueline saltou sobre Adrian. –Tempo para descobrir.– Eu gritei quando Jacqueline derrubou Adrian contra a parede e mordeu seu pescoço. Ela só fez isso em alguns segundos, só para apanhar o gosto. Jacqueline levantou a cabeça para cima, fazendo uma pausa e saboreando o sangue. Um sorriso leve se abriu em seu rosto, mostrando o seu sangue nas presas. –Este é bom. Muito bom. Melhor que os outros.– Ela afagou a bochecha dele queixo.–
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Embora seja um desperdício. Ele é tão bonito.– Dawn foi em direção a eles. –Deixe-me tentar antes que você pegue tudo!– Jacqueline a ignorou e se inclinou sobre Adrian, que tinha agora os olhos vidrados. Enquanto isso, eu estava livre o suficiente das endorfinas e estava pensando claramente outra vez. Ninguém estava prestando atenção em mim. Tentei ficar de pé e senti o mundo girar.Ainda no chão, consegui rastejar na direção da minha bolsa, encontrando-a esquecida perto da entrada da sala. Jacqueline estava a beber de Adrian novamente, mas apenas um bocado antes de Dawn puxa-la para longe e exigir a vez dela para que pudesse lavar o gosto do meu sangue fora da sua boca. Me surpreendo com a rapidez com que me movi, eu vasculhei o fundo da minha bolsa, procurando desesperadamente por qualquer coisa que pudesse ajudar. Alguma parte fria e lógica de mim disse que não havia maneira de nós podermos sair desta, mas também não havia nenhuma maneira de eu poder ficar apenas lá e observá-las a drenar Adrian. Eu tinha que lutar. Eu tinha que tentar salvá-lo assim como ele tinha tentado por mim. Não importava se o esforço falhasse ou se eu morresse. De alguma forma, eu tinha que tentar. Alguns alquimistas carregavam armas, mas eu não. Minha bolsa era enorme, cheia de coisas a mais do que eu realmente precisava, mas nada no conteúdo se assemelhava a uma arma. Mesmo que a tivesse, a maioria das armas eram inúteis contra Strigoi. A arma iria diminui-los, mas não matá-los. Somente estacas de prata, decapitação e fogo poderiam matar um Strigoi. Fogo… Minha mão se fechou em torno do amuleto que eu tinha feito para Ms. Terwilliger. Eu o enfiei na minha bolsa, quando ela deu-me, sem saber o que devia fazer com ele. Eu só pode assumir que a perda de sangue e os pensamentos dispersos me fez tirá-lo agora e considerar a possibilidade de usá-lo. Mesmo a ideia era ridícula. Você não poderia usar algo que não funcionava! Era uma bugiganga, um saco de pedras e folhas sem valor. Não havia nenhuma magia aqui e eu era uma idiota por pensar naquilo. E, no entanto, era um saco de pedras. Não a mais pesada, mas com certeza o suficiente para chamar a atenção de alguém se batesse em alguém na cabeça com aquilo. Era o melhor que tinha. A única coisa que tinha para atrasar a morte de Adrian. Girando em volta do meu braço, eu mirei Dawn e joguei, recitando o encantamento tolo como um grito de batalha: –em chamas, em chamas!–
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Foi um bom tiro. Miss.Carson teria ficado orgulhosa. Mas eu não tive oportunidade de admirar a minha habilidade atlética, porque estava muito distraída a ver Dawn a pegar fogo. Meu queixo caiu enquanto eu olhava para o impossível. Não era um incêndio enorme. Não era como se o seu corpo inteiro estivesse envolvido em chamas. Mas onde o amuleto tinha atingido ela, uma pequena chama acendeu, espalhando-se rapidamente através do cabelo dela. Ela gritou e começou a dar tapinhas frenéticas na sua cabeça. Strigoi temia o fogo e por um momento, Jacqueline recuou. Então, com firme determinação, ela largou Adrian e pegou num cobertor. Ela envolveu-o em torno da cabeça de Dawn, sufocando as chamas. –Que diabos?– Dawn exigiu quando voltou a si. Ela imediatamente começou a vir na minha direção com a sua raiva. Eu soube então que a única coisa que tinha feito foi acelerar a minha própria morte. Dawn simplesmente pegou em mim e bateu com a minha cabeça contra a parede. Meu mundo vacilou e eu senti náuseas. Ela vinha para mim de novo, mas congelou quando a porta se abriu de repente. Eddie apareceu na entrada com uma estaca de prata na mão. O que realmente foi incrível foi a velocidade que se seguiu. Não houve pausas, nem longos momentos para avaliar a situação e nem brincadeiras sarcásticas entre os combatentes. Eddie simplesmente foi para cima de Jacqueline. Jacqueline respondeu com igual rapidez, correndo para se encontrar com o seu digno inimigo. Depois de ela o ter soltado, Adrian tinha caído para o chão, ainda no auge das endorfinas Strigoi. Mantendo-me baixa no chão, eu corri para o seu lado e ajudei-o a levantar para irmos para o outro lado ‘seguro’ da sala, enquanto Eddie entrava em choque com o Strigoi. Eu tirei apenas um olhar, o suficiente para ver a natureza mortal que a dança das suas manobras se assemelhava. Ambos os Strigoi estavam a tentar conseguir controlar Eddie, provavelmente na esperança de quebrar o seu pescoço, mas ao mesmo tempo tinham o cuidado de ficar longe da estacada da sua estaca de prata. Olhei para Adrian, que estava perigosamente pálido e cujas pupilas tinham reduzido ao tamanho de pequenos pontos. Eu tinha apenas uma impressão superficial de quanto Jacqueline tinha bebido dele e não sabia se o estado de Adrian era mais de perda de sangue ou de endorfinas. –Eu estou bem, Sage–, ele murmurou, piscando como se a luz o ferisse. –Embora, muito drogado. Faz com que as coisas que eu usei parecem bastante soft.– Ele piscou, numa luta para se manter acordado. Suas pupilas dilatavam para um tamanho mais normal e, em seguida, parecia concentrar-se em mim.–Bom Deus. Você está bem?–
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–Eu ficarei–, disse começando a ficar. No entanto, quando eu falei, uma onda de tontura bateu em mim e eu oscilei. Adrian fez o seu melhor para me apoiar, embora fosse muito estranho com as mãos atadas. Nos inclinamos um contra o outro, e eu quase ri da ridícula situação, por nós tentarmos ajudar um ao outro, quando nenhum de nós estava em condições de fazê-lo. Então, algo me chamou a atenção que colocou todos os outros pensamentos para longe. –Jill–, eu sussurrei. Adrian imediatamente seguiu o meu olhar para a entrada da sala onde Jill tinha acabado de aparecer. Eu não fiquei surpreendida ao vê-la. A única maneira de Eddie ter chegado aqui era se Jill lhe tivesse dito o que estava acontecendo com Adrian pela ligação do espirito. Parada ali, com os olhos a piscar enquanto observava Eddie a lutar com o Strigoi, ela parecia uma deusa feroz pronta para a batalha. Era tanto inspirador como assustador. Adrian compartilhava os meus pensamentos. –Não, não, Jailbait–, ele murmurou. –Não faças nada estúpido. Castile precisa de lidar com isso.– –Ela sabe lutar–, disse. Adrian fez uma careta. –Mas ela não tem uma arma. Sem uma, ela é apenas uma boneca ali.– Ele tinha razão, é claro. E eu, embora certamente não querendo por a vida de Jill em perigo, não podia ajudar mas acho que se ela estivesse devidamente equipada, ela podia ser capaz de fazer alguma coisa. No mínimo, uma distração podia ser um benefício. Eddie estava a aguentar segurar o seu terreno contra os dois Strigoi, mas ele não estava a fazer nenhum progresso para melhorar o ataque contra eles também. Ele precisava de ajuda. E precisávamos de garantir que Jill não corresse para ali com apenas o seu talento para a defender. Então tive uma ideia e eu fiz um esforço para me levantar. O mundo girava mais do que antes mas - apesar doa protestos de Adrian - consegui cambalear até a cozinha. Eu quase não consegui chegar à pia e abrir a torneira, antes das minhas pernas cederem sobre mim. Segurei-me contra a banca e usei-a para me manter de pé. –Jill!– gritei. Ela se virou para o meu grito, viu a água a correr e imediatamente soube o que fazer. Ela levantou a mão. O fluxo que vinha da torneira, de repente foi lançado para fora e rapidamente atravessou a cozinha em direcção à sala, onde Jill o apanhou com as suas mãos e magicamente se transformaram numa bola entre elas. A água deslizou pelo ar,
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como se fosse algo aparentemente sólida. Segurando a água, Jill correu para a luta e atirou para as costas de Jacqueline a água. Gotas voaram por ali, mas tinham rigidez suficiente para ela conseguir acertar um forte choque e explodirem completamente como um spray de água. Jacqueline girou, a mão dela balançou para atacar Jill. Jill já estava à espera daquilo e atirou-se para o chão, esquivando-se exatamente do jeito que eu vi Eddie ensiná-la. Ela levantou-se fora do alcance de Jacqueline e o Strigoi foi atras dela – dando a Eddie uma abertura para as costas dela. Eddie aproveitou a oportunidade, escapando-se de Dawn, e mergulhou a sua estaca nas costas de Jacqueline. Eu nunca tinha prestado muita atenção antes, mas se a estaca fosse empurrada com força suficiente, esta podia alcançar o coração de alguém com a mesma facilidade que a parte da frente – ou seja o peito. Jacqueline ficou rígida e Eddie tirou a estaca para fora, conseguindo evitar a plena força do ataque de Dawn. Ela ainda conseguiu apanha-lo e ele tropeçou ligeiramente mas recuperou rapidamente o equilíbrio e prontificou-se para ela. Jill foi esquecida e correu para a nossa beira na cozinha. –Você está bem?–, exclamou ela, olhando para nós. O olhar feroz tinha desaparecido. Ela era agora apenas uma rapariga comum, preocupada com os seus amigos. –Oh meu Deus. Eu estava tão preocupada com vocês dois. As emoções eram tão fortes. Eu não conseguia entender o que estava a acontecer, apenas que era algum problema horrível.– Eu arrastei o meu olhar para Eddie, que estava dançando sobre Dawn. –Nós temos que ajudá-lo…– Dei dois passos de distância do balcão e comecei a cair. Tanto Jill como Adrian estenderam a mão para me apanharem. –Jesus, Sage–, ele exclamou. –Você está em má forma.– –Não tão ruim quanto você–, protestei ainda preocupado com a ajuda de Eddie. –Elas beberam mais de você…– –Sim, mas eu não tenho uma ferida braço a sangrar.–, ele ressaltou. –Ou uma possível concussão.– Aquilo era verdade. Com toda aquela excitação, eu estava tão cheia de adrenalina que me tinha esquecido de onde Lee me apunhalou. Não admira eu estar tão tonta. Ou talvez isso era porque eu tinha batido com a minha cabeça contra a parede. Eu acho que ninguém adivinharia o porque. –Aqui–, disse Adrian suavemente. Ele pegou nos meus braços com as mãos algemadas. –Eu posso cuidar disso.–
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Um lento formigamento de calor se espalhou através da minha pele. No início, o toque de Adrian foi reconfortante, como se fosse um abraço. Senti a tensão e a dor a começar a diminuir. Tudo estava bem no mundo. Ele estava no controle. Ele estava a cuidar de mim. Ele estava a usar a sua magia em mim. –Não!– gritei, afastando-me dele com uma força que eu não sabia que tinha. O horror e o conhecimento do que estava a acontecer comigo era muito poderoso. –Não me toque! Não me toque com sua magia!– –Sage, você vai se sentir melhor, acredite em mim–, disse ele, chegando em minha direção novamente. Eu recuei, agarrando-me à borda do balcão. A memória fugaz do calor e do conforto foi ofuscada pelo terror que eu carreguei a minha vida toda sobre a magia dos vampiros. – Não, não, não. Nenhuma magia! Não em mim! A tatuagem vai curar-me! Eu sou forte!– –Sage…– –Pare, Adrian–, disse Jill. Ela se aproximou hesitante.–Está tudo bem, Sydney. Ele não vai curar você. Eu prometo.– –Nenhuma magia–, sussurrei. –Pelo amor de Deus–, rosnou Adrian. –Isso é uma superstição boba.– –Nenhuma magia–, Jill disse com firmeza. Ela tirou a camisa de botão que usava por cima de uma T-shirt. –Vem cá, eu vou usar isto para envolver o seu braço para que estanque o san…– Um grito ensurdecedor da sala nos apanhou desprevenidos. Eddie fez o seu assassinato, acertando em cheio no peito de Dawn. Na minha breve briga com Adrian e Jill, Dawn deve ter atingido Eddie com algumas investidas, porque havia uma grande marca vermelha de um lado do rosto e os seus lábios estavam a sangrar. Contudo a expressão em seus olhos eram duros e triunfantes, enquanto puxava fora a sua estaca e observava a queda Dawn. Através de toda a confusão e horror, os instintos básicos de Alquimista tomaram controle. O perigo se foi. Havia procedimentos que precisavam ser seguidas. –Os corpos–, disse. –Nós temos que destruí-los. Há um frasco na minha bolsa.– –Whoa, whoa–, disse Adrian me retendo ali junto com Jill. –Fique onde está. Castile pode ir busca-la. O único lugar para onde você vai é para um médico.– Não me mexi, mas imediatamente argumentei a última declaração. –Não! Nada de médicos. Pelo menos, você tem que - você tem que chamar um Alquimista. Na minha
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bolsa tem os números… – –Vai buscar a bolsa dela.–, Adrian disse a Jill. –Antes que ela entre em chilique aqui. Eu vou ligar o braço.–Dei-lhe um olhar de aviso. –Sem magia. Que, por sinal, poderia fazer isto dez vezes mais fácil.– –Vou curar-me sozinha.–, disse observando Jill a buscar a minha bolsa. –Você percebe,– acrescentou Adrian, –você vai ter que superar a sua fixação por dietas e consumir algumas calorias importantes para recuperar a perda de sangue. Açúcar e fluidos, assim como Clarence. Boa ideia alguém ter ensacado todos estes doces que estão no balcão.– Eddie caminhou até Jill e ela fez uma pausa, enquanto ele perguntava se ela estava bem. Ela assegurou-lhe que sim e, embora Eddie parecesse que conseguia aguentar com cerca de 50 Strigoi mais, havia também um olhar em seus olhos…algo que eu não pode acreditar que fui tão chega para não ter notado antes. Algo que eu ia ter que pensar. –Droga,– disse Adrian, atrapalhando-se com as bandagens. –Eddie, procura no corpo de Lee se tem lá umas chaves para estas malditas algemas.– Jill estava ocupada a conversar com Eddie, mas congelou face às palavras –corpo de Lee–. Seu rosto ficou tão pálid que ela poderia ser um dos mortos. Com toda esta confusão, ela não tinha reparado no corpo Lee que estava no cadeirão. Houve muito movimento com os Strigoi, que ela se distraiu com a ameaça que eles representavam. Ela deu alguns passos em direção à sala e foi quando ela o viu. Abriu a sua boca, mas nenhum som saiu imediatamente. Então ela correu para a frente e agarrou as suas mãos, gritando. –Não–, ela chorou. –Não, não, não.– Ela sacudiu-o, na esperança de o acordar. Num flash, Eddie estava ao seu lado, com os seus braços a envolve-la, enquanto murmurava coisas sem sentido para acalmá-la. Ela não ouviu-o. Seu mundo inteiro era Lee. Senti as lágrimas brotarem dos meus olhos e odiei elas por estarem a cair. Lee tinha tentado matar-me e depois chamou outros para me matar. Ele tinha deixado um rastro de inocentes pelo caminho. Eu deveria estar feliz por ele ter ido embora, mas ainda assim, me senti triste. Ele tinha amado Jill, na sua caminhada insana e, a dor no rosto dela me disse com toda a exatidão, que ela também o amava. A sua ligação de espírito não tinha mostrado a morte dele ou o seu papel na nossa captura. Neste momento, ela simplesmente achava que ele foi vítima de um Strigoi. Muito em breve, ela ficaria a saber a verdade sobre os seus motivos. Eu não sei se isso iria aliviar a dor ou não. Eu pressupus que não.
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Estranhamente, a imagem do ‘Amor’ da pintura de Adrian me veio à memória. Pensei nas pinceladas irregulares de cor vermelha, cortando através da escuridão, rasgando-a ao meio. Olhando para Jill e para a sua dor inconsolável, consegui compreender um pouco mais a arte dele.
Capítulo 26
Levou dias para finalmente eu aceitar toda a história, tanto sobre Lee como sobre Eddie e Jill nos terem socorrido naquela noite. Tendo Lee como a peça que faltava, era fácil conectar os assassinatos de Tamara, Kelly, Melody e Dina, a garota humana que ele tinha mencionado. Todas elas foram mortas nos últimos cinco anos, entre Los Angeles e Palm Springs, e muitos documentaram evidências de conhecê-lo. Elas não foram vítimas aleatórias. O pouco que conseguimos descobrir sobre a história Lee veio de Clarence, embora esta fosse mesmo confusa. Pelos nossos melhores palpites, Lee tinha sido transformado à força num Strigoi acerca de quinze anos atrás. Ele passou 10 anos dessa maneira até que um usuário de espírito o restaurou, para desgosto de Lee. Clarence não tinha toda a certeza sobre ele, mesmo assim, não se questionou por o seu filho ter voltado para casa depois de dez anos sem envelhecer. Ele evitou responder às nossas perguntas, sobre Lee ser um Strigoi, e nós não tínhamos a certeza se Clarence simplesmente não sabia ou se estava em negação. Da mesma forma, não ficou provado se Clarence sabia que o seu próprio filho estava por trás da morte de Tamara. A teoria exagerada sobre caçadores de vampiros foi, provavelmente, mais fácil de engolir do que a verdade sobre o seu filho ser um assassino. Uma investigações à faculdade de Lee em Los Angeles, nos mostrou que ele realmente não se tinha inscrito lá, desde antes de se tornar um Strigoi. Quando ele se tornou um Moroi novamente, ele tinha usado a faculdade como uma desculpa para ficar em Los Angeles, onde ele poderia encontrar mais facilmente vítimas- e nós suspeitávamos que havia mais mortes do que tínhamos registado. Pelo que observamos, aparentemente ele tentou beber um pouco de cada raça, na esperança de que um deles fosse ‘o tal’ que o iria transformar de novo num Strigoi.
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Uma profunda investigação sobre Kelly Hayes, tinha-se descoberto algo que eu deveria ter pensado de imediato. Ela era uma dhampir. Ela parecia humana, mas o registo do seu estrelato nos esportes foi a dica. Lee tinha esbarrado nela numa visita ao seu pai há cinco anos. Ter uma queda por um dhampir não era fácil, razão pela qual Lee parecia ter-se esforçado para namorar com ela e atraindo-a para dentro. Nenhum de nós sabia nada sobre o ‘filho da puta do utilizador de espírito’ que o tinha convertido, aquilo interessou os Alquimistas e os Moroi. Havia muito poucos usuários de espírito registados e, como ainda havia muitas coisas para se descobrir sobre aquele poder, todos queriam saber mais. Clarence fez questão que ele não sabia nada sobre esse mistério do utilizador de espírito e eu acreditei nele. Alquimistas entravam e saiam de Palm Springs todas as semana, para limpar a bagunça e entrevistando todos os que foram envolvidos. Encontrei-me com uma série deles, contando a minha história vezes sem conta, até que finalmente, o meu último interrogatório foi com Stanton durante um almoço no Sábado. Eu meio que tinha um interesse perverso em saber o que aconteceu com Keith, mas decidi que à luz daqueles acontecimentos aquilo era irrelevante. Ele não estava aqui, o que era tudo o que interessava agora. –A autópsia de Lee não revelou nada que não fosse comum num Moroi, de acordo com os médicos deles,– Stanton me disse entre mordidas de uma Carbonara. Aparentemente, comer e discutir cadáveres não eram mutuamente exclusivas. –Mas mesmo assim, alguma coisa… mágica, provavelmente não ia aparecer de qualquer maneira.– –Mas deve haver algo especial sobre ele,– disse. Eu estava simplesmente a brincar com a minha comida. –O fato do seu atraso no envelhecimento não ser o suficiente como prova - mas e o resto? Quero dizer, ele bebeu de tantas vítimas e, então eu vi o que Jacqueline lhe fez - que deveria ter funcionado. Todos os procedimentos corretos foram seguidos.– Fiquei espantada por que ter falado aquilo tão clinicamente, e por ter suado tão imparcial. Embora, fosse realmente apenas uma segunda forma de agir da natureza Alquimista. Dentro de mim, os eventos daquela noite deixaram uma marca permanente. Quando fechava os olhos para dormir, eu revivia a morte de Lee e Jacqueline a alimenta-lo de sangue. Lee, que tinha trazido flores para Jill e que nos levou a todos ao minigolfe. Stanton acenou com a cabeça pensativa. –O que sugere que, aqueles que são restaurados a partir de um Strigoi ficam imunes a nunca se transformar novamente.–
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Ficamos sentadas em silêncio por um momento, deixando o peso dessas palavras assentarem sobre nós. –Isso é enorme–, disse por fim, como um eufemismo. Lee apresentava uma série de mistérios. Ele começou a envelhecer uma vez que se tornou um Moroi novamente, mas numa taxa muito mais lenta. Porquê? Não tínhamos certeza, mas que por si só era uma descoberta monumental, como a minha suspeita de ele não poder usar mais a magia Moroi. Eu estava muito assustada para ter notado algo de estranho no comportamento de Lee, quando Jill lhe pediu para criar névoa enquanto estávamos jogando golfe, mas olhando para trás, apercebi-me de que ele realmente parecia nervoso com o pedido. E o resto…o fato de que algo o tinha mudado, protegeu-o, no entanto a contragosto, de se tornar Strigoi? Yeah. ‘Enorme’ era um eufemismo. –Muito,– concordou Stanton. –Parte da nossa missão é impedir os humanos de escolher a imortalidade, sacrificando as suas almas. Se houvesse uma maneira de aproveitar essa magia, descobrir o que protegia Lee…bem. Os efeitos seriam de longa duração.– –Para os Moroi também,– apontei. Eu sabia que entre eles e os dhampirs, serem forçados a se tornar num Strigoi era muitas vezes considerado como um destino pior que a morte. Se houvesse alguma forma mágica para se protegerem, isso significaria muito, uma vez que eles se encontravam com Strigoi muitas mais vezes que nós. Nós poderíamos estar a falar sobre uma espécie de vacina mágica. –É claro–, disse Stanton, embora pelo tom implícito, ela não estava tão preocupada com os benefícios da raça. –Pode até ser possível prevenir uma futura criação de todos os Strigoi. Há também o mistério de seu sangue. Você disse que o Strigoi não gostou dele. Isso pode ser um tipo de proteção também.– Eu tremi com a memória. –Talvez. Tudo aconteceu tão rápido…é difícil dizer. E foi certamente nenhuma proteção contra os Strigoi quererem se atirar para o meu pescoço.– Stanton assentiu. –É certamente algo para olhar eventualmente. Mas primeiro temos de descobrir o que exatamente aconteceu com Lee.– –Bem,– disse, –o espírito tem que de ser a chave, certo? Lee foi restaurado por um usuário de espírito.– Um garçom veio e Stanton acenou seu prato para este ser retirado. –Exatamente. Infelizmente, temos um número muito limitado na quantidade de usuários de espírito para trabalhar. Vasilisa Dragomir mal tem tempo para experimentar seus poderes.
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Sonya Karp se ofereceu para ajudar, o que é uma excelente notícia, especialmente porque ela é uma ex-Strigoi. No mínimo, podemos observar o atraso no envelhecimento em primeira mão. Ela só está disponível por um curto tempo, e os Moroi não responderam ainda ao meu pedido de mais alguns outros indivíduos úteis. Mas se tivéssemos outro usuário de espírito à mão, um sem outras obrigações para distraí-lo e ajudando-nos a tempo integral…– Ela olhou para mim significativamente. –Adrian?–, perguntei. –Você acha que ele ajudaria na investigação? De encontrar alguma maneira magica de proteção contra a conversão em Strigoi? Como disse, entre Sonya e os outros, ele poderia ajudar,– acrescentou ela rapidamente. –Eu falei com os Moroi e eles estão reunindo um pequeno grupo com experiência em Strigoi. Eles planejam enviá-los em breve. Nós só precisamos de Adrian para ajudar.– –Uau. Vocês se movem depressa,– murmurei. Com as palavras ‘Adrian’ e ‘pesquisa’, minha mente imaginou imagens dele num laboratório, usando uma bata branca, curvado sobre tubos de ensaio e provetas. Eu sabia que a pesquisa em si, não seria nada parecido com aquilo, mas foi uma imagem difícil de esquecer. Também era difícil imaginar Adrian focado seriamente em qualquer coisa. Exceto, aquele pensamento enervante que eu tinha, de que ele se focaria em alguma coisa se isso lhe vale-se a pena preocupar. Isto era suficientemente importante? Eu realmente não tinha certeza. Era muito difícil de adivinhar, qual podia ser o propósito nobre suficiente para chamar a atenção de Adrian. Mas eu tinha certeza que conhecia alguns privilégios menos nobres que poderia lhe interessar. –Se você lhe conseguir arranjar um lugar próprio, eu aposto que ele faria isso,– disse finalmente. –Ele quer sair da casa de Clarence Donahue.– As sobrancelhas de Stanton subiram. Ela não esperava aquilo. –Bem. Isso não é um grande pedido, suponho. E na verdade, já estamos pagando a conta do antigo apartamento de Keith já que ele tirou um ano fora. Mr. Ivashkov poderia simplesmente se mudar para lá, exceto…– –Exceto o quê?– Stanton encolheu ligeiramente os ombros. –Eu ia oferecer para você. Depois de muita discussão, simplesmente decidimos fazer com que você fosse a Alquimista daqui, depois de Keith… tristemente ter partido. Você poderia deixar Amberwood, se mudar para o seu apartamento e simplesmente supervisionar as atividades de lá. –
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Eu fiz uma careta. –Mas eu pensei que você queria alguém com Jill o tempo todo.– –E queremos. E nós realmente encontrámos uma melhor escolha, sem ofensa. Os Moroi conseguiram encontrar uma dhampir da idade de Jill, que pode servir tanto como companheira de quarto de Jill, como também guarda-costas. Ela vem com os investigadores que estão saindo. Você não tem que passar mais por um estudante.– O mundo girou. Esquemas e planos de Alquimista sempre em movimento. Parecia até que muita coisa foi decidida nesta semana. Eu considerei no que aquilo significava. Não havia mais deveres de casa, nenhuma política do ensino médio. Liberdade de ir e vir quando queria. Mas também significava uma despedida aos amigos que tinha feito: Trey, Kristin, Julia. Eu ainda podia ver Eddie e Jill, mas não da mesma forma. E se eu estava por conta própria, será que os Alquimistas - ou o meu pai – ajudariam com um fundo para as aulas da faculdade? Improvável. –Eu tenho que sair?– perguntei a Stanton. –Posso dar o apartamento a Adrian e permanecer em Amberwood por um tempo? Pelo menos até descobrir se conseguimos arranjar um outro lugar para mim?– Stanton não se incomodou a esconder a sua surpresa. –Eu não esperava que você gostaria de ficar. Eu pensei que você ficaria muito feliz por não ter que partilhar mais o quarto com uma vampira. – E assim, todos os medos e pressões que tinha enfrentado antes de vir para Palm Springs desceram sobre mim. ‘Amante de Vampiro.’ Eu era uma idiota. Eu deveria ter aceitado a chance de ficar longe de Jill. Qualquer outro Alquimista faria. Oferecer-me para ficar, eu estava provavelmente a colocar-me sob suspeita de novo. Como poderia explicar que havia muitas mais coisas na minha escolha do que apenas uma mudança de companheiro de quarto? –Oh,– disse mantendo um rosto neutro. –Quando você disse que estava recebendo uma dhampir da idade de Jill, eu imaginei que ela seria a companheira de quarto e que eu, nunca mais teria de ir para o quarto de Jill. Eu pensei que teria o meu próprio dormitório.– –Isso provavelmente pode ser arranjado…– –E honestamente, depois de certas coisas que aconteceram, eu me sentiria melhor se ainda mantivesse um olho em Jill. Vai ser mais fácil se estiver na escola. Além disso, se é preciso um apartamento para fazer Adrian feliz e trabalhar neste mistério Strigoi, então isso é o que precisamos fazer. Eu posso esperar.– Stanton me estudou por vários longos segundos, quebrando o silêncio apenas quando o
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garçom trouxe a conta. –Isso é muito profissional. Vou fazer com que isso seja feito.– –Obrigado–, disse. Um sentimento de felicidade brotou em mim e eu quase sorri, imaginando o rosto de Adrian quando ouvisse sobre o seu novo lugar. –Há só mais uma coisa que não entendo,– comentou Stanton. –Quando nós investigamos o apartamento, vimos alguns indícios de fogo. Mas nenhum de vocês que estiveram lá relatou sobre isso.– Eu fiz uma carranca artificial. –Honestamente…muitas das coisas se tornaram num de borrão com a perda de sangue e com a mordida…Eu não tenho certeza. Keith tinha algumas velas. Eu não sei se estavam acesas…ou eu não sei. Tudo o que eu pensava era nas presas e no quão terrível foi quando fui mordida…– –Sim, sim–, disse Stanton. Minha desculpa era frágil, mas mesmo ela não estava totalmente impermeável ao pensamento de ser mordida por um vampiro. Era de certeza o pior pesadelo de um Alquimista e eu tinha direito ao meu trauma. –Bem, não se preocupe com isso. Esse fogo é o menor das nossas preocupações.– Não era a menor das minhas preocupações. E quando regressei ao campus mais tarde naquele dia, eu finalmente lidei com isso e encarei de frente Ms. Terwilliger, que estava a trabalhar num dos escritórios da biblioteca. –Você sabia,– disse fechando a porta. Todos os juízos de protocolo entre alunoprofessor desapareceram da minha cabeça. Eu estava retendo a minha raiva por uma semana e agora podia finalmente libertar aquilo. Na minha vida toda, eu fui ensinada a respeitar as pessoas mais velhas, mas agora uma dessas pessoas tinha acabado de me trair. –Tudo o que você me fez fazer…copiar os livros de magia, fazer o amuleto para ‘só para ver como era!’– Eu balancei minha cabeça. –Foi tudo uma mentira. Você sabia… você sabia que era…real.– Ms. Terwilliger tirou os óculos e olhou me com cuidado. –Ah, então eu imagino que você experimentou?– –Como você pôde fazer isso comigo?– Exclamei. –Você não tem ideia de como me sinto sobre magia e sobre o sobrenatural!– –Oh–, disse ela secamente. –Eu realmente tenho. Eu sei tudo sobre a sua organização.– Ela bateu em seu rosto, olhando para a minha tatuagem. –Eu sei porque sua ‘irmã’ está dispensada das atividades ao ar livre e porque seu ‘irmão’ se destaca nos esportes. Eu estou muito informada sobre as várias forças que trabalham no nosso mundo, esses que estão ocultos para a maioria dos olhos humanos. Não se preocupe, minha querida. Eu
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certamente não vou contar a ninguém. Vampiros não são a minha preocupação.– –Porquê?– Perguntei, decidida a não revelar a ela tudo o que eu me esforçava para manter em segredo. –Porque eu? Porque você me fez fazer isso - especialmente se você reivindica que sabe como me sinto? – –Mmm…um par de razões. Vampiros, como você sabe, exercem uma espécie de magia interna. Eles se conectam com os elementos de forma básica, quase sem nenhum esforço. Humanos, no entanto, não têm uma ligação desse tipo.– –Os seres humanos não devem usar magia,– disse friamente. –Você me fez fazer algo que violava as minhas crenças.– –Para os humanos fazerem magia,– continuou ela, como se eu não tivesse falado nada, – é preciso arrancar do mundo. Ela não vem tão facilmente. Claro, os vampiros usam feitiços e ingredientes ocasionalmente, mas nada como o que nós devemos fazer. A magia deles vem do interior para fora. A nossa vem de fora para dentro. Requer muito esforço, tanta concentração e cálculo exato…bem, a maioria dos humanos não têm a paciência ou habilidade. Mas alguém como você? Você foi treinada nessas técnicas meticulosas desde o momento que começou a falar.– –Então é isso tudo que preciso para usar magia? Uma capacidade de organizar e medir?– Eu não me incomodei a esconder o meu desprezo. –Claro que não.– Ela riu. –É necessário um certo talento natural também. Um instinto que combina com a disciplina. Senti isso em você. Você vê, eu sei a minha capacidade. Dá-me um estatuto alto, mas ainda é relativamente pequeno. Você? Eu posso sentir a fonte de poder em você e a minha pequena experiência provou isso.– Senti frio por todo lado. –Isso é uma mentira–, disse. –Vampiros usam magia. Não humanos. Não eu.– –Esse amuleto não acende o fogo por conta própria,– disse ela. –Não negue o que você é. E agora que determinamos isso, podemos seguir em frente. O seu poder inato pode ser maior do que o meu, mas eu posso começou por te treinar com magia básica.– Eu não queria acreditar que estava ouvindo isso. Não era real. Era algo vindo de um filme, porque não havia maneira de ter vindo da minha vida. –Não–, exclamei. –Você é…Você está louca! Magia não é real e eu não tenho nenhuma! É estranha e não natural. Eu não vou comprometer a minha alma.– –Tanta negação para um grande cientista,– ela meditou. –Estou falando sério–, disse mal reconhecendo a minha própria voz. –Eu não quero ter nada a ver com os seus estudos ocultos. Estou feliz por tomar apontamentos e compra
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café para você, mas se você continuar a fazer esse tipo de declarações e ações loucas…Eu vou à secretaria e peço para ser transferida para outro professor. Acreditar em mim, quando se trata de trabalho burocrático e de coisas administrativas, isso é algo que eu tenho como poder inato.– Ela quase sorriu mas depois desapareceu. –Você quer mesmo isso. Você realmente quer rejeitar este incrível potencial – esta descoberta - que você tem?– Eu não respondi. –Assim seja.– Ela suspirou. –É uma perda e um desperdício. Mas você tem a minha palavra que eu não vou trazê-lo de novo este assunto até que você o faça. – –Isso–, disse com veemência, –não vai acontecer. – Ms. Terwilliger apenas encolheu os ombros por meio de resposta. –Bem, então. Uma vez que você está aqui, você pode muito bem ir buscar um café.– Eu dirigi-me para a porta e então veio um pensamento. –Foi você que telefonou para Nevermore a perguntar sobre vampiros? – –Por que no mundo eu faria isso?–, perguntou ela. –Eu já sei onde encontrá-los.– Ótimo, eu pensei. Outro mistério. Eu pensei naquilo, na cafeteria mais tarde naquele dia, enquanto Eddie, Jill e Micah estavam a terminar o jantar. Jill estava a ter uma dificuldade compreensivelmente, para aceitar a morte de Lee e todas as revelações que tínhamos descoberto - incluindo o seu desejo de fazê-la sua rainha morta-viva. Tanto Eddie como eu tínhamos falado com ela da forma que conseguíamos, mas Micah parecia ter maior efeito calmante sobre ela. Acho que era porque ele nunca abordou o tema abertamente. Ele sabia que Lee tinha morrido, mas pensava que foi num acidente e naturalmente desconhecia as conexões vampíricas. Enquanto Eddie e eu sempre tentávamos a nossa sorte em ser psicólogos amadores, Micah simplesmente tentava distraí-la e fazê-la feliz. –Temos que ir,– disse ele se desculpando quando me sentei. –Rachel Walker vai darnos uma aula sobre como usar uma máquina de costura.– Eddie balançou a cabeça para ele. –Eu ainda não sei porque você se inscreveu no clube de costura.– Isso não era verdade, claro. Nós dois sabíamos exatamente por que Micah se tinha inscrito. Jill usava aquele olhar serio desde a morte de Lee – um olhar que eu suspeitava que ela carregaria por algum tempo - mas um fantasma de um sorriso cintilou sobre seus lábios. –Eu acho que Micah vai se tornar num verdadeiro designer de moda. Talvez um dia eu desfile no seu show.–
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Eu balancei minha cabeça, escondendo o meu próprio sorriso. –Nada de desfilar, nem qualquer outra coisa, não por algum tempo.– Depois do show, Lia e os outros designers tinha entrado em contato, todos queriam trabalhar com Jill novamente. Nós tínhamos que recusar a fim de proteger a sua identidade aqui, mas fazer isso tinha entristecido Jill. Jill assentiu. –Eu sei, eu sei.– Ela levantou-se com Micah. –Eu vejo você depois no nosso quarto, Sydney. Eu gostaria de falar um pouco mais com você.– Concordei. –Absolutamente.– Eddie e eu ficamos a vê-los sair. Suspirei. –Isto vai ser um problema–, eu disse a ele. –Talvez–, ele concordou. –Mas ela sabe o que pode fazer e o que não pode fazer com ele. Ela é inteligente. Ela vai ser responsável.– –Mas ele não sabe,– disse. –Eu pressinto que Micah já está caído por ela demais.– Olhei Eddie com cuidado. –Entre outras pessoas.– Eddie ainda estava a olhar para Micah e Jill, então levou algum tempo para ele se aperceber do que estava a falar. Ele sacudiu seu olhar de volta para mim. –Huh?– –Eddie, eu não vou afirmar que sou uma perita em romance, mas eu mesmo posso dizer que você é louco por Jill.– Ele prontamente olhou para longe, embora o seu olhar o traísse. –Isso não é verdade.– –Eu reparei nisso o tempo todo, mas não foi naquela noite na casa de Keith, que eu realmente me apercebi do que estava a ver. Eu vi como você olhou para ela. Eu sei o que você sente por ela. Então, o que eu quero saber é: por quanto tempo vamos continuar a nos preocupar com Micah? Porque você não lhe pede apenas para sair e salvar-nos a todos de um monte de problemas? – –Porque ela é minha irmã,– disse ele ironicamente. –Eddie! Estou falando sério. – Ele fez uma careta, respirou fundo e depois virou-se para mim. –Porque ela pode escolher alguém melhor do que eu. Você quer falar sobre as regras sociais? Bem, de onde viemos, Moroi e dhampirs não têm relacionamentos sérios.– –Sim, mas isso é tipo uma coisa de classe sociais,– disse. –Não é exatamente a mesma coisa que humanos e vampiros. – –Talvez não, mas com ela, poderia muito bem ser. Ela não é apenas Moroi qualquer. Ela é da realeza. Uma princesa. E você viu como ela é! Inteligente e forte e bonita. Ela está destinada a grandes coisas, e um dos eles é não se envolver com um controverso guardião como eu. Ela vem de uma linhagem real. Demónios, eu nem mesmo sei quem
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é o meu pai. Namorar com ela é impossível. Meu trabalho é protegê-la. É mantê-la segura. É onde toda a minha atenção tem de estar.– –E então você acha que, em vez disso, ela merece estar com um humano? – perguntei incrédula. –Dançando em cima da linha de um tabu, sustentado por ambas as nossas raças?– –Não é o ideal–, admitiu ele. –Mas ela ainda pode ter uma divertida vida social e…– –E se fosse outro cara?– interrompi ele. –Se algum outro humano a convidasse para sair e simplesmente fosse um encontro casual? Você ficaria bem com isso?– Ele não respondeu e eu soube que tinha razão no meu palpite. –Isto é só sobre não se sentir digno de Jill, –disse. –Trata-se de Micah também, não é? Sobre como ele faz lembrar Mason. – Eddie ficou escandalizado. –Como você sabe sobre isso?– –Adrian me disse.– –Fodasse,– disse Eddie. –Porque é que ele não pode fingir ser cego?– Eu sorri. –Você não deve nada a Micah. Você certamente não lhe deve Jill. Ele não é o Mason, não importa o quanto eles são parecidos.– –É mais do que parece–, disse Eddie ficando pensativo. –É também o modo de agir. Micah age igual - desinibido, confiante, animado. Era assim que Mason era. Existe muitas poucas pessoas assim no mundo: pessoas que são genuinamente bons. Mason foi tirado do mundo muito cedo. Eu não vou deixar que isso aconteça com Micah.– –Micah não está em perigo–, disse suavemente. –Mas ele merece coisas boas. E mesmo ele sendo um humano, ele ainda é uma das melhores escolhas que eu conheço para Jill. Eles merecem um ao outro. Ambos merecem coisas boas. – –Então, você vai deixar-se sofrer por isso? Porque você é tão apaixonado por Jill que se convenceu que ela merece algum príncipe, que você não é? E porque você sente que é seu dever apoiar todos os Mason do mundo?– Eu balancei minha cabeça. –Eddie, isso é loucura. Mesmo você viu isso.– –Talvez–, admitiu ele. –Mas eu sinto que é a coisa certa a fazer.– –Certa? É uma coisa masoquista a se fazer! Você está incentivando a rapariga que você quer ser um dos seus melhores amigos.– –Eu quero que ela seja feliz. Vale a pena sacrificar-me a mim mesmo.– –Não faz nenhum sentido.– Eddie me deu um pequeno sorriso e deu um tapinha no braço, antes de ir em direção a
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um ónibus que se aproximava. –Lembra quando você disse que não era especialista em romance? Bem, você estava certa.–
Capítulo 27
Eu acho que Adrian aceitaria qualquer coisa para conseguir um lugar próprio. Ele não perdeu tempo em arrumar os seus poucos pertences no antigo apartamento de Keith, para desgosto de Clarence. Eu tinha que admitir, senti-me um pouco mal pelo velho. Ele tinha-se afeiçoado a Adrian e perdê-lo logo após a morte de Lee, foi especialmente difícil. Clarence ainda abria a sua casa e alimentava o nosso grupo, mas recusava-se a acreditar em qualquer coisa que dissemos a ele sobre Lee e Strigoi. Mesmo quando ele aceitou a morte de Lee, Clarence continuou a culpar os caçadores de vampiros. Pouco depois da mudança, fui ver como estava Adrian. Recebemos uma mensagem de que o ‘grupo de pesquisa’ dos Moroi estavam para chegar na cidade naquele dia e, nós decidimos reunir-nos com eles primeiro antes de trazer Jill e Eddie. Como antes, Abe aparentemente estava a escoltar os recém-chegados, que incluía Sonya e a nova companheira de quarto de Jill. Tive a impressão de que havia mais alguém a chegar com eles, mas não ouvi quem era. –Uau,– disse quando Adrian deixe-me entrar no seu apartamento. Ele só estava ali há uns dias, mas a transformação foi surpreendente. Com exceção da TV, nenhuma mobília original permaneceu. Era tudo diferente e até o apartamento em si parecia diferente. A decoração era nova, bem como, o cheiro de tinta fresca que se sentia no ar. –Yellow, hein?– perguntei enquanto olhava para as paredes da sala de estar. –É chamado 'Goldenrod',–* ele corrigiu. –E é suposto ser uma cor alegre e calmante.– Ia começar a dizer que aquelas duas características não combinavam juntas, mas depois decidi não dizer nada. A cor, que parecia ser ligeiramente desagradável, transformou completamente a sala de estar. Entre isso e as cortinas que tinham substituído as pesadas de Keith, a sala agora estava cheia de cor e luz, que foi um bom começo para obscurecer
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a memória da batalha. Estremeci ao recordar. Mesmo se o apartamento não fosse necessário para comprar a ajuda de Adrian, eu não tinha certeza se poderia aceitar ficar aqui. A memória da morte de Lee e das duas Strigoi era muito forte. –Como você pagou a mobília nova?– perguntei. Os Alquimistas lhe tinham dado o lugar, mas não lhe tinham dado outros investimentos. –Vendi as coisas velhas,– disse Adrian parecendo muito satisfeito com isso. –Esse cadeirão…– Ele vacilou com uma expressão controversa em seu rosto. Me perguntava se ele também podia imaginar a vida de Lee a ser drenada naquela cadeira. –Este cadeirão vale muito. Ele foi espantosamente avaliado acima do preço, mesmo pelos meus padrões. Mas eu tinha dinheiro suficiente para substituir o resto. É usado, mas que escolha tinha? – –É agradável–, disse passando a mão ao longo de um sofá xadrez. Não parecia combinar com as paredes, mas parecia estar em bom estado. Mais, com o brilho do amarelo e o choque de mobília, ajudou a diminuir as memórias que tinha sobre o que aconteceu. – Você deve ter feito algumas compras pensadas. Eu supondo que você não comprou um monte de coisas usadas.– –Nunca tentei,– disse. –Você não tem ideia das coisas que tive de renunciar.– Seu sorriso satisfeito esvaneceu enquanto me olhava com atenção. –Como você esta a lidar com tudo isto?– Dei de ombros. –Bem. Por que não estaria? O que aconteceu comigo não é tão ruim quanto o que Jill passou.– Ele cruzou os braços. –Eu não sei. Jill não assistiu à morte de um cara em frente dela. E não vamos esquecer, que esse mesmo cara queria matá-la momentos antes , a fim de ressuscitar dentre os mortos.– Aquelas eram coisas que, definitivamente, estavam na minha mente durante a última semana, coisas que estavam a demorar muito para ultrapassar. Às vezes, eu não senti absolutamente nada. Outras vezes, a realidade do que tinha acontecido descia sobre mim de maneira rápida e pesada que eu nem conseguia respirar. Pesadelos com Strigoi tinham substituído os pesadelos com o centro de reeducação. –Eu realmente estou melhor do que você imagina,– disse lentamente, olhando para nada em especial. –Tipo, foi terrível o que aconteceu com Lee e o que ele nos fez passar, mas sinto que eu posso superar isto a tempo. No entanto, você sabe no que eu fico a pensar mais?– –O quê?–, perguntou delicadamente Adrian.
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As palavras pareciam surgir sem o meu controle. Eu não esperava dizer isto a ninguém, certamente não a ele. –Lee disse-me que eu estava a desperdiçar a minha vida e a ficar distante das pessoas. E depois, durante a última conversa com Keith, ele disse-me que eu era ingênua e que eu não entendia o mundo. E é verdade na maior parte. Quero dizer, não o que ele disse sobre vocês serem o mal…mas bem, eu sou ingênua. Eu deveria ter tido mais cuidado com Jill. Eu acreditava no melhor de Lee quando eu deveria ter tido mais cautela. Eu não sou uma lutadora como Eddie, mas eu sou uma observadora do mundo…ou assim eu gostava de pensar. Mas eu falhei. Eu não sou boa com pessoas. – –Sage, o seu primeiro erro em tudo isso foi dar ouvidos a qualquer coisa que Keith Darnell disse. O cara é um idiota, um imbecil e uma dúzia de outros nomes que não são adequados para uma senhora como você.– –Vês?– Eu disse. –Você acabou de admitir isso, que eu sou algum tipo de alma intocável e pura.– –Eu nunca disse tal coisa,– ele respondeu. –Meu ponto é que você está a léguas acima de Keith e o que aconteceu com Lee foi uma ridícula, estupida má sorte. E lembre-se, nenhum de nós viu isso a chegar também. Você não estava sozinha. Não envolveu só você. Ou…– Suas sobrancelhas arquearam. –Talvez faça. Você não disse que Lee considerou matar Keith pelo sangue Alquimista?– –Sim…mas Keith foi embora muito cedo.– –Bem, aí está. Mesmo um psicopata reconheceu que você tinha valor suficiente para querer matar um outro alguém primeiro. – Eu não sabia se ria ou se chorava. –Isso não me faz sentir melhor. – Adrian deu de ombros. –Meu ponto anterior permanece. Você é uma pessoa sólida, Sage. Você é transparente, mesmo um pouco magra e com a sua capacidade de memorizar informações inúteis, você vai encontrar com certeza algum rapaz. Coloque Keith e Lee fora de sua cabeça, porque eles não têm nada a ver com o seu futuro.– –Magra?– perguntei esperando de não estar corada. Eu também esperava que tivesse soado bastante indignada, para ele não perceber o quanto o outro comentário me tinha desarmado. ‘Transparente’. Não era exatamente a mesma coisa, que dizer que eu era uma encarnação quente ou linda de morrer. Mas depois de uma vida a ter a minha aparência julgada como ‘aceitável’, aquilo foi um precipitado elogio - especialmente vindo dele. –Eu simplesmente disse as coisas tal como elas são.–
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Eu quase ri. –Sim. Sim, você diz. Agora me diga sobre um assunto diferente, por favor. Estou cansado deste.– –Com certeza.– Adrian enfurecia-me às vezes, mas eu tinha que admitir, eu amava o seu tempo de resposta rápida. Fazia com que escapar de temas desconfortáveis fosse mais fácil. Ou assim pensava eu. –Você cheira isso?– Uma imagem dos corpos brilhou na minha cabeça e, por um momento, tudo o que eu pode pensar no que ele quis dizer foi o cheiro de decomposição. Então eu cheirei com mais atenção. –Sinto o cheiro da pintura, e…espera…é pinho?– Ele parecia impressionado. –Malditamente certo. Desinfetante de pinho para limpeza. O que significa, eu limpei.– Ele fez um gesto para a cozinha dramaticamente. –Com estas mãos, estas mãos que não fazem trabalho manual.– Olhei para dentro da cozinha. –Onde você usou isso? Nos armários? – –Os armários estão bem. Eu limpei o chão e o balcão.– Devo ter parecido mais confusa do que espantada porque ele acrescentou, –Eu mesmo fiz de joelhos.– –Você usou desinfetante de pinho no chão e no balcão?– perguntei. O chão era de ladrilhos cerâmicos e o balcão de granito. Adrian fez uma careta. –Sim, e daí?– Ele parecia muito orgulhoso por ter realmente limpo alguma coisa pela primeira vez na sua vida, que eu não consegui dizer-lhe que desinfetante de pinho era geralmente usado só na madeira. Eu dei-lhe um sorriso encorajador. –Bem, isso parece ótimo. Eu agora preciso que você venha limpar o meu novo quarto no dormitório. Está coberto de poeira.– –De jeito nenhum, Sage. Minha própria faxina já é ruim suficiente.– –Mas valeu a pena? Se você tivesse ficado na casa de Clarence, você tinha uma cozinheira e uma faxineira.– –Definitivamente valeu a pena. Eu, realmente, nunca tive verdadeiramente o meu próprio lugar. Eu meio que tive um na Corte…mas pode também ter sido um dormitório mais sofisticado. Isto? Isto é fantástico. Mesmo com a faxina. Obrigado.– O cómico olhar de horror que ele usou durante a conversa sobre a faxina, tinha sido trocado por um olhar mais serio agora, com aqueles olhos verdes que me avaliava. De repente me senti desconfortável sob o exame e me lembrei do sonho de espírito, onde eu tinha questionado se os seus olhos eram realmente mais verdes na vida real. –Pelo quê?– perguntei. –Por isto - eu sei que você deve ter torcido alguns braços de Alquimistas.– Eu não lhe
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tinha dito que eles estavam na realidade a passar o lugar para mim. –E por todo resto. Por não desistir de mim, mesmo quando estava a ser um completo idiota. E, você sabe, por me ter salvo a minha vida.– Desviei o olhar. –Eu não fiz nada. Foi Eddie - e Jill. Eles foram quem te salvaram.– –Não tenho certeza se estaria vivo quando vieram resgatar, se você não tivesse pegado fogo naquela cadela. Como você fez isso?– –Não foi nada,– protestei. –Apenas, ahhh, uma reação químicas da bolsa de truques dos Alquimistas.– Aqueles olhos me estudaram novamente, pesando a verdade das minhas palavras. Eu não estava certa de ele ter acreditado em mim, mas ele deixou passar. –Bem, a partir do seu olhar, seu objetivo deu certo. E então você levou por tabela por isso. Qualquer um que leva um golpe por Adrian Ivashkov merece algum crédito.– Virei as costas para ele, ainda tímida com o louvor - e nervosa com a referência ao fogo – caminhei até à janela. –Sim, bem, você pode ficar descansado, pois foi um ato egoísta. Você não tem ideia da dor que é arquivar a papelada da morte de um Moroi.– Ele riu, e esta foi uma das poucas vezes que ouvi-o a rir com humor genuíno e caloroso - e não por causa de algo estupido ou sarcástico. –Ok, Sage. Se você está dizendo. Você sabe, você é muito mais corajosa do que quando te conheci.– –Sério? Todos os adjetivos do mundo que você tem disponível, você escolhe 'corajosa'?– Eu conseguia manusear ironias. Enquanto me concentrava naquilo, eu tinha que não pensar sobre o significado por trás das palavras ou como meu batimento cardíaco aumentou um pouco. –Só para você ficar a saber, você está um pouco mais estável do que quando conheci você.– Ele veio ter comigo e ficou ao meu lado. –Bem, não diga pra ninguém, mas eu acho que ficar longe da Corte foi uma coisa boa. Este tempo é uma merda, mas Palm Springs pode ser bom para mim - ele e todas as maravilhas que ele contém. Vocês. Aulas de arte. Desinfetante de pinho.– Não pude deixar de sorrir e de olhar para ele. Eu disse meio a brincar, mas era verdade: ele havia mudado notavelmente desde que nos conhecemos. Ainda havia um homem magoado dentro, um que carregava as cicatrizes que Rose e Dimitri tinham feito nele, mas eu podia ver os sinais de cura. Ele estava mais seguro e mais forte, e se ele pudesse continuar com o curso, sem mais crises por um tempo, uma transformação notável podia realmente acontecer. Demorou alguns segundos de silêncio para eu me aperceber que estava a olhar para ele,
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enquanto a minha mente girava em pensamentos. E, na verdade, ele estava a olhar para mim, com um olhar de admiração. –Meu Deus, Sage. Seus olhos. Como é que eu nunca me apercebi? – Aquele sentimento incômodo foi-se espalhando novamente. –O que tem eles?– –A cor–, ele respirou. –Quando você fica na luz, eles são incríveis…como ouro derretido. Eu poderia pintar eles…– Ele se chegou para mim, mas depois recuou. –Eles são lindos. Você é linda.– Algo na maneira como ele me olhava, me fez congelar e senti um formigueiro no meu estomago, embora eu não pudesse entender bem o porquê. Eu só sabia que ele parecia que me estava a ver pela primeira vez…e isso me assustou. Eu era capaz de lhe dar respostas à altura, fazer elogios engraçados, mas esta intensidade era algo completamente diferente, algo que não sabia como reagir. Quando ele me olhou daquele jeito, eu acreditei que ele pensava que os meus olhos eram bonitos - que eu era bonita. Isso era mais do que eu esperava. Confusa, dei um passo para trás, para fora da luz solar, precisando ficar longe da energia do seu olhar. Eu ouvi dizer que o espírito poderia modifica-lo de uma forma estranha, mas eu não tinha ideia se era isto que estava a acontecer. Eu ia salvar-me com uma tentativa débil de dar um comentário espirituoso, quando uma batida na porta nos fez saltar aos dois. Adrian piscou e algum daquele encanto desvaneceu. Seus lábios torceram-se num dos seus sorrisos manhosos e foi estranho, pois era como se nada tivesse acontecido. –Hora do show, huh?– Eu balancei a cabeça, balançando entre uma confusa mistura de alívio, nervosismo e… excitação. Exceto que, eu não estava inteiramente certa se esses sentimentos eram por causa de Adrian ou por causa dos nossos visitantes inesperados. Tudo o que eu sabia era que, de repente, eu era capaz de respirar com mais facilidade do que uns momentos antes. Ele atravessou a sala e abriu a porta com um floreio. Abe entrou, resplandecente num terno cinza e amarelo que, intrigantemente parecia combinar com o trabalho de pintura de Adrian. Um sorriso largo rompeu no rosto do velho Moroi. –Adrian, Sydney…tão bom vê-los novamente. Eu acredito que um de vocês conhece esta jovem rapariga?– Ele passou por nós, revelando uma damphir magra, com cabelos ruivos e com uns grandes olhos azuis cheios de suspeita. –Olá, Angeline.– disse.
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Quando eles me disseram que Angeline Dawes ia ser a nova companheira de quarto de Jill, eu pensei que era coisa mais ridícula que já ouvi. Angeline era um dos Protetores, aquele grupo de Moroi, dhampir e humanos, que viviam nas florestas a Oeste de Virgínia, separados do resto do mundo. Eles não queriam nada com qualquer uma das nossas ‘civilizações' e tinham um certo número de costumes bizarros, não menos do que era a abominável tolerância deles para o romance entre raças. Mais tarde, quando pensei sobre isso, decidi que Angeline podia até não ser uma má escolha. Ela era da mesma idade que Jill, possivelmente dando a Jill uma conexão mais próxima do que eu poderia dar. Angeline, embora não tenha sido treinada para ser guardião como Eddie foi, ainda podia lutar à sua própria maneira. Se alguém viesse ter com Jill, eles teriam o seu trabalho dificultado por Angeline. E com a aversão que o povo de Angeline tinha para com os Moroi ‘contaminado’, ela não teria nenhuma razão para facilitar a política de algum tumulto rival. Enquanto a estudei e às suas roupas surradas, eu soube, porém, o quão bem ela se ia adaptar estar longe dos Protetores. Ela usava um olhar arrogante no rosto, um que eu tinha visto quando fui visitar a sua comunidade, mas aqui esse olhar foi sublinhado por algum nervosismo quando ela entrou na casa de Adrian. Depois de viver na floresta toda a sua vida, este pequeno apartamento com a sua TV e o seu sofá xadrez, era provavelmente algo de muito luxo moderno. –Angeline,– disse Abe. –Este é Adrian Ivashkov.– Adrian estendeu a mão, transformando-se no seu charme natural. –Um prazer.– Ela pegou a mão após um momento de hesitação. –Prazer em conhecê-lo,– disse ela com o seu sotaque estranho do sul. Ela estudou-o por mais alguns segundos. –Você parece demasiado bonito para ser útil.– Eu engasguei comigo mesma. Adrian riu e apertou a mão dela. –Palavras verdadeiras que nunca foram ditas,– disse ele. Abe olhou para mim. Eu provavelmente tinha um olhar de terror no meu rosto, porque eu já estava a imaginar o controle de danos que eu teria com Angeline a dizer ou a fazer algo completamente errado em Amberwood. –Sydney, sem dúvida deve querer… instruir você sobre o que a espera, antes de começar a escola.– disse Abe diplomaticamente. –Sem dúvida–, repeti. Adrian tinha-se afastado de Angeline, mas ainda estava a sorrir. –Deixa a Jailbait fazer isso. Melhor ainda, o Castile. Vai ser bom para ele.–
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Abe fechou a porta, mas não antes de eu ter dado um vislumbre para atrás dele, para o corredor vazio. –Não é apenas vocês dois, pois não?– perguntei. –Eu ouvi dizer que havia outros. Sonya é um deles, certo?– Abe acenou com a cabeça. –Eles vêm já. Eles estão a estacionar o carro. O estacionamento desta rua é terrível.– Adrian olhou para mim, atingido por uma revelação. –Hey, eu herdei o carro de Keith também?– –Acho que não,– disse. –Pertencia ao seu pai, por isso veio buscar.– A expressão de Adrian caiu. Abe enfiou as mãos nos bolsos e caminhou casualmente ao redor da sala. Angeline permaneceu onde estava. Eu acho que ela ainda estava avaliando a situação. –Ah, sim–, ponderou Abe. –O falecido, o grande Sr. Darnell. Esse menino deve ter sido realmente atacado por uma tragédia, não foi? Uma vida tão difícil.– Fez uma pausa e virou-se para Adrian. –Mas você, pelo menos, parece ter beneficiado da sua queda.– –Hey,– disse Adrian. –Eu ganhei isso, por isso não me venha com pesares sobre salvar Clarence. Eu sei que você queria que eu ficasse lá por alguma razão estranha mas… – –E você fez,– disse Abe simplesmente. Adrian fez uma careta. –Huh?– –Você fez exatamente o que eu queria. Eu suspeitava que algo de estranho estava a acontecer com Clarence Donahue, que ele poderia estar a vender o seu sangue. Eu esperava conseguir com que você descobrisse a trama.– Abe coçou o queixo, daquela forma misteriosa dele. –É claro, eu não tinha ideia que o Sr. Darnell estava envolvido. Nem esperava que você e a jovem Sydney, trabalhassem em equipe para desvendar tudo isso.– –Eu não ia tão longe,– disse secamente. Um estranho pensamento me ocorreu. –Porque você se importa se Keith e Clarence estavam a vender sangue de vampiro? Isto é, nós Alquimistas não temos razões para saber disso…mas porque você se importa?– Um brilho surpreso surgiu nos olhos de Adrian, seguido por compreensão. Olhou atentamente para Abe. –Talvez porque ele não queria concorrência.– Meu queixo quase caiu. Não era segredo para ninguém, Alquimistas ou Moroi, que Abe Mazur traficava mercadorias ilegais. Que ele poderia estar a traficar grandes quantidades de sangue de vampiro para humanos dispostos a isso, nunca me tinha ocorrido. Mas enquanto o estudava por mais tempo, percebi que deveria ser isso.
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–Vamos, vamos,– disse Abe sem começar a suar. –Não há necessidade de trazer temas desagradáveis.– –Desagradáveis?– Exclamei. –Se você está envolvido em qualquer coisa que…– Abe ergueu a mão para me deter. –Chega, por favor. Porque se a frase termina com você a dizer que vai conversar com os Alquimistas, então para todos os efeitos, vamos discutir aqui todos os tipos de mistérios. Digamos, por exemplo, como o Sr. Darnell perdeu o seu olho.– Eu congelei. –Um Strigoi lhe tirou,– disse Adrian impaciente. –Oh, vamos lá,– disse Abe com um sorriso trocista nos lábios. –Minha fé em você estava a ser restaurada. Desde quando, que um Strigoi faz uma mutilação com tal precisão? Uma mutilação com muita habilidade, devo acrescentar. Não que qualquer um, tenha provavelmente reparado. Um desperdício de talento, é o que eu lhe digo.– –O que você está dizendo?–, perguntou Adrian horrorizado. –Não foi um Strigoi? Você está a dizer que alguém cortou o olho dele fora de propósito? Você está a dizer que você… – As palavras falharam e ele simplesmente olhou entre mim e Abe. –É isso, não é? Sua pechincha diabólica. Mas porquê? – Eu me encolhi, quando três pares de olhos me encararam, mas não havia nenhuma maneira de eu poder reconhecer aquilo que Adrian estava a começar a juntar. Talvez eu pudesse ter-lhe dito se estivéssemos sozinhos. Talvez. Mas eu não podia dizer a ele, enquanto Abe se parecesse tão presunçoso e certamente não com uma estranha ali, tipo Angeline. Eu não podia dizer a Adrian como eu encontrei a minha irmã Carly, alguns anos atrás, após um encontro com Keith. Foi quando ele ainda estava a morar com a gente e pouco antes de ela ir para a faculdade. Ela não queria sair com ele, mas nosso pai adorava Keith e insistiu. Keith era o seu menino de ouro e não poderia fazer nada errado. Keith acreditava nisso também, tanto que ele não conseguiu levar com um não como resposta, quando ele e Carly estavam sozinhos. Ela veio ter comigo depois, rastejando no meu quarto - já tarde da noite - e soluçando enquanto eu a segurava. Minha reação imediata foi dizer aos nossos pais, mas Carly estava com muito medo especialmente de nosso pai. Eu era jovem e quase tão assustada quanto ela estava, pronta para concordar com tudo o que ela queria. Carly tinha-me feito prometer que não contaria a nossos pais, então eu reuni os meus esforços para lhe assegurar que não era culpa dela. O tempo todo, ela me disse, que Keith dizia-lhe constantemente, como ela
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era bonita e como ela não lhe deixava escolha, que era impossível para ele tirar os seus olhos de cima dela. Finalmente convenci-a de que ela não tinha feito nada de errado, que ela não lhe tinha levado a isso - mas ela ainda me fez cumprir a minha promessa de ficar calada. Era um dos maiores arrependimentos da minha vida. Eu odiava o meu silêncio, mas não tanto quanto odiava Keith, por poder pensar que poderia violar alguém tão doce e gentil como Carly e fugir com isso. Não foi até muito mais tarde, quando tive minha primeira colocação e conheci Abe Mazur, que eu percebi que havia outras maneiras de Keith poder pagar e que me permitia manter a minha promessa a ela. Então, eu fiz um acordo com o diabo, não importando que isso me prendia - ou que eu estava inclinada para níveis de vingança bárbara. Abe tinha encenado um ataque falso de Strigoi e arrancou um dos olhos de Keith no início deste ano. Em troca, eu tinha-me tornado numa espécie de –Alquimista fixa– de Abe. Foi parte do que me tinha levado a ajudar Rose, quando ela fugiu da cadeia. Eu estava em dívida com ele. De certa forma, refleti amargamente, que talvez eu tenha feito um favor a Keith. Com apenas um olho sobrando, talvez ele não encontraria aquilo tão –impossível– para manter fora jovens mulheres desinteressadas no futuro. Não, eu certamente não poderia contar a Adrian nada disto, mas ele ainda estava a olhar para mim, com um milhão de perguntas em seu rosto, enquanto ele tentava descobrir o que no mundo me fez contratar Abe como um assassino. As palavras de Laurel, de repente me bateram de volta. ‘Você sabe, você, as vezes, pode ser assustadora como o inferno.’ Engoli em seco. –Lembras-te quando você me pediu para confiar em você?– –Sim…–, disse Adrian. –Eu preciso que você faça o mesmo por mim.– Longos momentos se seguiram. Eu não conseguia olhar para Abe porque sabia que ele estaria a sorrir. –'Corajosa' foi uma espécie de eufemismo,– Adrian afirmou. Depois do que pareceu uma eternidade, ele lentamente concordou. –Ok. Eu confio em você, Sage. Espero que você tenha boas razões para fazer tal coisa.– Não houve piada, nem sarcasmo. Ele foi mortalmente sério e, por um momento, eu me perguntei como pode ter ganho a sua confiança tão atentamente. Eu tive um flash estranho, de momentos antes de Abe ter chegado, quando Adrian tinha-me dito que ia
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me pintar e os meus sentimentos tinham ficado numa confusão. –Obrigado–, disse. –Do que,– exigiu Angeline, –vocês estão a falar? – –Nada de interessante, eu lhe garanto–, disse Abe, que estava realmente a gostar disto tudo, por demais. –Lições de vida, desenvolvimento do caráter, dívidas não pagam. Esse tipo de coisas.– –Não remunerado?– Eu me surpreendi dando um passo à frente e fixando-o com um brilho. –Eu pago a minha dívida uma centena de vezes. Eu não te devo mais nada. Minha lealdade agora é apenas para os Alquimistas. Não você. Estamos acabados. – Abe ainda estava a sorrir, mas ele vacilou um pouco. Eu acho que o meu ataque o tinha apanhado sem guarda. –Bem, isso continua a ser - ah.– A porta foi batida novamente. – Aqui está o resto do nosso grupo.– Ele foi para a porta. Adrian deu alguns passos na minha direção. –Nada mau, Sage. Eu acho que você acabou de amedrontar o velho Mazur.– Eu senti que um sorriso começava a surgir em mim. –Eu não sei sobre isso, mas que me senti bem.– –Você deveria responder às pessoas dessa forma, com mais frequência–, disse ele. Nós sorrimos um para o outro e, enquanto ele me olhava com carinho, senti que a mesma sensação incômoda retomava. Ele provavelmente não estava a experimentar aquela mesma sensação, mas havia um humor fácil e brilhante sobre ele. Raro - e muito atraente. Ele acenou com a cabeça na direção onde Abe estava a abrir a porta. –É Sonya.– Usuários de espírito podiam se sentir uns aos outros, quando eles estavam perto o suficiente, mesmo a porta estando fechada. E com certeza, quando a porta se abriu, Sonya Karp caminhou como uma rainha, alta e elegante. Com o seu cabelo vermelho preso num coque, a mulher poderia ser a irmã Moroi mais velha de Angeline. Sonya sorriu para todos nós, embora eu não pode evitar sentir um arrepio, quando me lembrei da primeira vez que a conheci. Ela não tinha sido então, bonita ou charmosa. Ela tinha tido olhos vermelhos e tinha tentado nos matar. Sonya era uma Strigoi que tinha sido restaurada de volta num Moroi, o que realmente a fazia como uma escolha ideal para trabalhar com Adrian, em descobrir como usar o espírito para evitar que as pessoas fossem transformadas. Sonya e Adrian se abraçaram e depois veio ter comigo, quando alguém apareceu na porta. Numa retrospectiva, eu não deveria ter ficado surpreendida de quem era. Afinal, se nós queríamos descobrir as
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especialidades da magia de espírito, que tinha impedido Lee de voltar, então precisávamos de todos os dados possíveis. E se um Strigoi restaurado era bom, então dois era melhor. Adrian empalideceu e ficou perfeitamente imóvel enquanto ele olhava para o recémchegado e, nesse momento, todos os minhas esperanças de cura para ele desabou. Antes, eu tinha a certeza de que, se Adrian pudesse apenas ficar longe do seu passado e de eventos traumáticos, ele seria capaz de encontrar um propósito e se fixar de vez. Bem, parecia que o seu passado o tinha encontrado e, se isto não se qualificasse como um evento traumático, eu não sabia o que fazer. O outro parceiro de pesquiza de Adrian atravessou a porta, e eu soube que a paz inquieta que tínhamos acabado de estabelecer em Palm Springs estava prestes a desabar. Dimitri Belikov tinha chegado.
*é uma cor tipo amarelo torrado.
Fim.
A SERIE CONTINUA EM.....
The Golden Lily será lançado nos EUA em maio de 2012
Sinopse A Resistente, inteligente alquimista Sydney Sage e doe eyed princesa Moroi Jill Dragomir estão escondidas em uma escola humana onde embarcaram na ensolarada glamourosa de Palm Springs, em Califórnia. Os alunos-filhos de ricos e poderosos, continuam com suas vidas em feliz ignorância, enquanto Sydney, Jill, Eddie e Adrian devem fazer de tudo ao seu alcance para manter o seu segredo seguro. Mas com romances proibidos, obrigações e espírito inesperado, e a ameaça de Strigoi movendo cada vez mais próximo, conseguir esconder a verdade é mais difícil do que se pensava.