ALVES, Vitor Ramil
Júlia Reinhardt
1ª Edição Projeto de Pesquisa Autoral Disciplina de Laboratório de Criatividade
ALVES, Vitor Ramil
Não foi a primeira vista que entendi qual
era a Pelotas que Vitor Ramil falava. Na verdade, ainda não tenho certeza se entendi bem, e talvez por isso este livro faça sentido.
Com um olhar estrangeiro, busquei inter-
pretações, intervenções e compreensões na paisagem urbana que para mim já não era mais novidade. Mas então o que mudou? Muito, confesso.
As fotografias analógicas utilizadas aqui re-
montam outra época. Junto com Pelotas, estão ao mesmo tempo, paradas no tempo e salvando recordações. Dos três capítulos de resultados, mostro a seguir um ensaio para o primeiro.
“Só, caminho pelas ruas/ como quem re-
pete um mantra/ o vento encharca os olhos/ o frio me traz alegria/ faço um filme da cidade/ sob a lente do meu olho verde/ nada escapa da minha visão/ muito antes das charqueadas/ da invasão de Zeca Netto/ eu existo em Satolep/ e nela serei pra sempre/ o nome de cada pedra/ e as luzes perdidas na neblina/ quem viver verá que estou ali.” (Satolep, Vitor Ramil)
“Somos a confluência de três culturas, en-
contro de frialdade e tropicalidade. Qual é a base da nossa criação e da nossa identidade se não essa? Não estamos a margem de um centro, mas no centro de uma outra história” (Vitor Ramil, 2004, p. 28) 3
“As imagen descem com folha No chão d sal Folhas que luar acend Folhas que vento espalh
s o s a a o e o a
Eu plantad no alto e mi Contemplo ilusão d cas As imagen descem com folha Enquanto fal
o m m a a a s o s o
O
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Eu po l em a é e Eu
imagen acum Rolam n da São pequ folhas s Folha pura p
u p c o s
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s la p al na ca d at
e m ó a s s e a
Eu plantad no alto e mi Contemplo ilusão d cas As imagens s acumula Rola enquant falo
o m m a a a e m m o ”
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s u o s e e s r
s é g o a n t s
Ilusão da Casa Vitor Ramil
5
Ra ent para de S
mil, revis a Fol . Pau
e t h l
m a a o
“Peg carro, col um Radioh e f viajando neblina Não se nad
o o oco ead ico na ... vê a.”
10
“Meu a vit de mas a nã des é p us muita os mo que emp no tr ou no vê se c contigo
amigo ória morad gent o pod cansa recis ar co calm mento a vid resta abalh cant sempr arreg o te amo um abraço um beij são vitória te agarra na mão da rebeldi e verás o te povo levanta acredita nu tempo em qu o mat só é dad com a mão d coraçã onde o home que é home de verdad não precis brigar pr dar lição
, é a e e r o m a s a r o o e a u r e o s s s a u r m e e o o o m m e a a ”
Noite e Dia, Vitor Ramil
5
R e p d
amil, em ntrevista ara a Folha e S. Paulo
“ c e a [ D n n d
Um a hile ncan cid Pelo isse unca ada ecad
m n t a t
i o o d a q v tã en
go s u e s] ue iu o te
e com .
”
10
“Claris É oãn raser A sarger a ra Rariver sa as ses Sodot am Ribocsed seroc sam despr das ca E se s pe Em mat ocra
n ç l o z s T profun Que pousar te
É
e n o l i -
Clari um v a Meio Meio não Que anim senti só
se e pe ra ir do ar s eo a so or Qu de õe ta a es ir on do vã n rr
r s r p c r f o f s d a e m s m r , i s s o a a
sser erbo ssim meu meu a os dos”
Clarisser, Vitor Ramil
5
Perfect Day, Vitor Ramil
“Jus perfect Feed anim in the Then late movie And then h Oh, a pe I spen O pe You me h You m
t d a z r t o
a ay ls oo a oo me
it’s su rfect d ’m glad t it wi y h, such rfect d just ke anging just ke e hangi o
ch ay i th ou a ay ep on ep ng n”