COMPLEXO ESPORTIVO E CULTURAL DA VILA NOVA
COMPLEXO ESPORTIVO E CULTURAL DA VILA NOVA Goiânia-GO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS Arquitetura e Urbanismo Trabalho final de graduação II Orientadora: Maryana de Souza Pinto Discente: Júlia Santana de Sá
Discente: Júlia Santana de Sá 22 anos
AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a Deus pela oportunidade de estar finalizando este curso, também aos meus pais, Idelma e Valdir, e minha irmã Jéssica, meus familiares, meu namorado João Luiz e amigos pelo apoio durante toda trajetória. Agradeço às minhas companheiras de faculdade, Deborah e Laís, e todos colegas da turma. Agradeço a minha orientadora Maryana, por todo conhecimento ensinado e pela paciência comigo.
SUMÁRIO 01 02
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA O ESPORTE Definição Importância do esporte na vida das pessoas Esporte e sua intersecção com a arquitetura Complexo esportivo
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GOIÁS E O ESPORTE História do esporte em Goiás Situação atual do esporte em Goiânia
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ESTUDO DE CASO SESC Pompeia - SP
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ESTUDO DO LUGAR História da Vila Nova Importância para comunidade local Localização: do macro ao micro
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PROJETO Usuário Programa de necessidades Setorização Implantação Ginásio Bloco cultural Bloco aquático Edifício arquibancada/academia
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REFERÊNCIAS
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA O esporte possui diversas funções e importâncias na sociedade, sejam elas questões de saúde, sociais ou econômicas. Dentre elas estão a melhoria da qualidade de vida, da saúde física e mental dos praticantes, o aumento da interação entre as pessoas e aprendizagens como disciplina, cumprimento de regras e compromisso. Complexo esportivo é um conjunto de instalações para práticas esportivas que reúne diferentes modalidades. Nesses locais, há uma boa infraestrutura para treinamentos, competições e práticas esportivas, além de espaços de descanso, convivência, lazer e alimentação. Portanto, a união do esporte com o lazer, faz do complexo um espaço de alta interação e relacionamento entre as pessoas. Este trabalho tem como intuito criar um complexo esportivo que atenda uma parcela da população de Goiânia, principalmente a comunidade local da Vila Nova e assim, possa criar oportunidades de crianças, jovens, adultos e idosos a praticarem esporte. Desta forma, oferecer uma infraestrutura adequada para competições esportivas de diferentes modalidades, além de cultura e lazer para comunidade. Para isso, foi escolhido um local atualmente inutilizado, a antiga ESEFFEGO. Este que era um local bastante utilizado pelos alunos da instituição (UEG) e pela comunidade local, por oferecer atividades esportivas para além do âmbito escolar. Assim, a intenção é resgatar a convivência das pessoas através da prática esportiva, da cultura e do lazer.
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02 O ESPORTE Definição Esporte, “prática metódica, individual ou coletiva, de jogo ou qualquer atividade que demande exercício físico e destreza, com fins de recreação, manutenção do condicionamento corporal e da saúde e/ou competição; desporte, desporto.” (OXFORD LANGUAGES, s/d). Essa definição resume a prática de atividades físicas que possuem regras, seja para competição ou lazer, isso consiste no esporte. Segundo Barbanti (2012) apud Triani; Barros; Puggian; Novikoff (s/d) esporte é “uma atividade competitiva institucionalizada que envolve esforço físico vigoroso ou o uso de habilidades motoras relativamente complexas, por indivíduos, cuja participação é motivada por uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos”. Desta forma, o autor vê o esporte como elemento de competição, diferente do Orxford Languages (S/d), que também conta com atividades de lazer. Portanto, não há uma verdade absoluta sobre a definição de esporte, assim o trabalho irá abordar a visão de que esporte é para todos, para isso,
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será considerado como uma prática competitiva ou de lazer. Mas ambas as formas considerando os princípios do esporte de regras e disciplina. Ao lado, estão alguns esportes olímpicos, vôlei de praia, natação, judô, futebol e atletismo. Apesar de serem esportes ofertados nos Jogos Olímpicos, eles são esportes que podem ser praticados por lazer e recreação. Sendo o futebol, caminhada, voleibol as três (3) práticas esportivas mais praticadas pela população brasileira, segundo uma pesquisa do Ministério do Esporte em 2013 (ESPORTE, 2013). Sobre a origem do esporte, se trata de um assunto bastante debatido, pois não se sabe ao certo uma data. Isso acontece pois cogitam duas possíveis épocas, a primeira considerando as atividades da Antiguidade, onde gregos, romanos, egípcios praticavam, e a (4) segunda, considerando apenas ao esporte como fenômeno moderno (MELO, 2010). Também possui aqueles autores, como Burke (1995) apud Melo (2010), que dizem que não tem como haver esporte e lazer antes do surgimento desses termos, portanto, só há manifestações esportivas após a era industrial. O autor afirma que se deve saber distinguir o esporte hoje com de outros tempos, pois são diferentes os (5) significados a eles atribuídos.
(1) Vôlei de praia. F o n t e : L U C Y NICHOLSON/REUTERS apud VEJA (2016). (2) Natação. F o n t e : D AV I D RAMOS/GETTY IMAGES apud VEJA (2016). (3) Judô. Fonte: DANILO V E R PA / F O L H A S.PAULO/NOPP apud VEJA (2016). (4) Futebol. Fonte: LUCAS FIGUEIREDO/MOWA PRESS apud VEJA (2016). (5) Atletismo. F o n t e : K A I PFAFFENBACH/REUTE RS apud VEJA (2016).
02 O ESPORTE Importância do esporte na vida das pessoas Afinal, qual a importância do esporte na vida das pessoas? As atividades físicas em geral têm diversas vantagens na vida das pessoas, começando pelas mais conhecidas pela população em geral, a melhoria na saúde, a qual:
-Fortalece os músculos -Melhora a circulação sanguínea e frequência cardíaca -Evita e controla doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade -Reduz ansiedade e melhora saúde mental (ESPORTE, 2013).
Entretanto, o esporte mais especificamente possui outras funções como a socialização, que segundo Florentino; Saldanha (2007) apud Oliveira, Filho e Elicker (2014) amizade, sociabilidade e competência são fatores que podem auxiliar a criança no seu desenvolvimento e também ajudar na vida adulta. E o esporte proporciona todos eles, principalmente com o auxílio de profissionais capacitados. Para entender melhor isso, Sanches e Rubio (2011), diz que é necessário entender como o esporte pode gerar essa função de socialização, assim entender como é a vivência do praticante e como ele lida com as experiências vividas no contexto do esporte, sejam elas boas ou ruins. Além disso, compreender como esses conhecimentos adquiridos com a prática esportiva pode influenciar em outros contextos da vida do praticante.
Llorenç Carreras et al. (2006) apud Sanches e Rubio (2011) apresentam uma imagem que apontam alguns valores desenvolvidos pela prática esportiva, o autor considera a cooperação como a principal, onde a partir dela gera outras ações como ajuda, companheirismo, solidariedade, respeito, amizade, entre outros. Desta forma, esses valores podem ser levados para vida dos praticantes fora do âmbito esportivo, os quais são importantes para o convívio em sociedade.
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( 6 ) E s q u e m a produzidos por Llorenç Carreras et. al. (2006) sobre cooperação no esporte. Fonte: SANCHES E RUBIO, 2011.
02 O ESPORTE Importância do esporte na vida das pessoas Apesar de tudo já citado, o esporte pode ser visto e experimentado como atividade excludente, principalmente, quando há um interesse dessa prática apenas para competição, se tornando bastante exigente. De acordo com Sadi et al (2004), “No Brasil, o esporte sempre foi uma política para poucos. As classes dominantes apenas legitimavam a prática esportiva quando seus interesses internacionais poderiam promover a nação, vendendo-a segundo os princípios mercadológicos.” Com isso, a valorização do esporte acontece, na maioria das vezes, quando este está relacionada a prática do esporte olímpico, satisfazendo o mercado capitalista. O esporte como política social no Brasil, se trata mais do que uma política de acesso às atividades e lazer,
mas também a luta de classes, onde o esporte se tornou uma mercantilização, excluindo assim uma parcela da sociedade (SADI et al, 2004). Segundo os mesmos autores, para que possa mudar essa realidade, o esporte teria de deixar de ser tratado como tecnicista e ser visto como forma de atrair crianças e jovens para formar cidadãos. Essa questão de socialização do esporte, ensina, principalmente às crianças a trabalharem em equipe, conviverem com o outro, respeitar, além de superar seus próprios limites, cumprir horários e regras (OLIVEIRA, FILHO E ELICKER, 2014). Desta forma, percebe-se que a função do esporte vai além de questões físicas, de saúde e corpo, pode influenciar em como o indivíduo vai se comportar na sociedade e aumentar assim a sociabilização das pessoas, como podese ver nos exemplos ao lado.
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(7) Crianças jogando futebol. Fonte: ATUAL, 2019. (8) Idosos jogando vôlei. Fonte: MOTA, 2019.
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02 O ESPORTE Esporte e sua intersecção com a arquitetura Antes de iniciar a discussão sobre a intersecção do esporte com a arquitetura, será apresentada a diferença entre instalação esportiva e arquitetura esportiva. São termos semelhantes, porém com significados diferentes, pois a arquitetura esportiva se trata de algo mais amplo e complexo, que inclusive engloba instalações esportivas. De acordo com Forcellini (2014), instalações esportivas é a definição de aparelhos necessários para prática de um ou mais esporte. Já a arquitetura esportiva pode ser descrita como a união desses equipamentos colocados em um determinado espaço, que atendem fatores funcionais, construtivos e estéticos. Esse último fator é determinante nessa diferenciação, pois é com a arquitetura que se consegue chegar em um resultado prático e plástico ao mesmo tempo. Assim interliga com a definição de arquitetura para Vitruvius, onde ele considera três elementos fundamentais -firmitas, utilitas e v e n u s t a s , a s p e c t o s construtivos/estruturais, funcional e beleza, respectivamente.
Por exemplo, um campo de futebol é uma instalação esportiva, e um estádio de futebol, com o campo de futebol, vestiários, arquibancadas, toda infraestrutura e beleza do espaço é considerado arquitetura esportiva. Desta forma, a arquitetura esportiva engloba as instalações esportivas, mas além disso soluciona como será construída, atendendo a funcionalidade e se preocupando com a beleza do local. A partir disso, será abordado sobre o esporte e sua intersecção com a arquitetura. A arquitetura é importante em todos setores das nossas vidas, no esporte não seria diferente, pois é necessário espaço e equipamentos para que possa haver a prática esportiva, mesmo sendo atividades físicas ao ar livre, são locais projetados por arquitetos como praças e parques. A arquitetura esportiva é onde acontece o esporte, os treinamentos, atividades, preparo físico e as competições. A valorização da arquitetura esportiva aconteceu, principalmente, com o esporte moderno e o crescimento
das práticas no mundo, com as copas do mundo, olimpíadas e entre outros mega eventos. Esses mega eventos, fez com que a valorização do esporte fosse aumentada, portanto, a valorização da arquitetura desses complexos. Entretanto, isso não é uma realidade aplicada em todo país, as vezes nem nas capitais. Isso acontece no Brasil, pois há desigualdade social e a segregação do esporte, onde apenas algumas capitais mais importantes possui infraestrutura, e mesmo dentro destas cidades, nem todas as pessoas tem acesso ao esporte, muitas vezes sendo privatizado, inviabilizando esse uso. Com isso, muitas pessoas deixam de praticarem esporte por não terem uma infraestrutura para isso na sua cidade, ou condições para frequentar esses locais. Ou mesmo por falta de informação de locais públicos que oferecem atividades esportivas.
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(9) Campo de futebol. Fonte: GREEN, s/d. (10) Estádio de futebol Camp Nou, do time Barcelona. F o n t e : IASNOGRODSKI, 2020.
02 O ESPORTE Complexo esportivo
O que é um complexo esportivo? Complexo esportivo se trata de um conjunto de instalações e equipamentos esportivos que atendem diferentes esportes. Esses complexos podem abrigar outros programas além do esporte, mas que se complementam, como ambulatório, refeitório, restaurante ou lanchonete, auditório, alojamentos, entre outro. Po r t a n t o , s e t r a t a d e u m conjunto de instalações não somente esportivas, mas que podem atender também ao lazer. Desta forma, um espaço com diferentes esportes, que possibilita a interação das pessoas, além dos espaços de lazer, o qual amplia ainda mais essa sociabilidade.
Os complexos esportivos podem variar bastante de complexidade e tamanho, como por exemplo o Parque Olímpico do Rio de Janeiro, possui 2.500.000 m², e o Sesc Pompeia em São Paulo, conta com 22.000 m² de área construída. Esses exemplos são bem distintos, pois o primeiro é uma área mais horizontal, e o segundo mais vertical. Essa diferença pode variar tanto pelo tamanho do local, quanto pelo programa adotado para aquele espaço. O Parque Olímpico (figura 11) abriga diversas atividades esportivas, (11) desde as mais comuns como futebol até hipismo, remo, e também possui locais de lazer para população, o qual foi uma parte importante para o projeto, criar espaços para utilização da comunidade, fazendo locais de piquenique, trilhas, pista de skate, salas e outros, formando uma espécie de parque público. O Sesc Pompeia (figura 12) por sua vez possui áreas de lazer, como restaurantes, teatro e ateliês, que é uma área pública bastante frequentada. E além disso, possui a parte esportiva, com ginásio poliesportivo, academia, piscina, salas de dança entre outros, com programa mais reduzido que o Parque Olímpico. (12)
(11) Parque Olímpico no Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas de 2016. Fonte: ARCHDAILY, 2016. (12) Sesc Pompeia em São Paulo, Lina Bo Bardi. Fonte: FRACALOSSI, 2013.
03 GOIÁS E O ESPORTE História do esporte em Goiás Segundo Dias (2013), “Em diversos locais, o desenvolvimento histórico dos esportes esteve atrelado ao crescimento urbano, com suas inevitáveis interrelações com a esfera econômica, mas também com o contingente populacional crescente.” Goiás apresentou suas primeiras atividades físicas mais tarde que outros estados como Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais. Isso, provavelmente, devido ao desenvolvimento atrasado do estado, principalmente pela dificuldade de contato com outros locais, assim, não havia informações das novidades que estavam acontecendo nas outras regiões do Brasil (DIAS, 2013).
Fim do séc. XIX Esporte através das práticas militares
O estado de Goiás tem seus primeiros registros de atividades esportiva no fim do século XIX, com as aulas de ginástica e natação da Companhia de Aprendizes Militares, locais criados pelo Exército para recrutamento de jovens (DIAS, 2014). O futebol veio mais tarde, no início do século XX, com estudantes que foram de São Paulo para o estado e levaram alguns dos costumes praticados por lá, dentre eles o futebol. Se percebe que o desenvolvimento das cidades e o aumento populacional gera maior interesse pelas práticas esportivas. De acordo com Riess (1989)
Primeiros times de futebol do estado
1911
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apud Dias (2013), “áreas urbanas ofereceram um conjunto de condições propícias a este processo, entre as quais, uma grande e concentrada massa populacional para jogar, assistir e consumir o espetáculo esportivo e os produtos a ele relacionados.” Portanto, o crescimento das cidades, fez com que houvesse um desenvolvimento por essas práticas. A partir disso, pode-se perceber que a migração de jovens de outros estados para Goiás, fez com que estes levasse para o Estado novos hábitos praticados em outras parte do país. Com isso, a prática esportiva foi crescendo,
1915 Atividade física nos intervalos de aulas do ensino primário
onde em 1911, a atual Cidade de Goiás contava com três times de futebol, sendo o primeiro a Associação Atlética União Goiana. Porém, a atividade esportiva ainda não tinha sido instalada nas escolas.
Obrigatoriedade de atividade física no ensino primário
1925
03 GOIÁS E O ESPORTE História do esporte em Goiás Já no ano de 1915, foi determinado que no horário de intervalo entre as aulas do ensino primário, os professores deviam passar para os alunos a prática de jogos ou brincadeiras. No ano posterior, foi instaurada uma lei que incluía no currículo escolar aulas como música, canto, ginástica e exercícios militares (DIAS, 2014). Em 1925, foi decretado obrigatório as atividades físicas no ensino primário, já considerando alguns dos jogos ao ar livre, como vôlei e basquete, além de atividades respiratórias, motoras, danças, corridas de velocidade e resistência (DIAS,2014). Desta forma, aos poucos a prática esportiva foi fazendo parte do cotidiano das pessoas, principalmente das crianças e jovens que frequentavam as escolas. Isso foi de suma importância para que se entedesse a necessidade do esporte na vida das pessoas desde muito jovem. Assim, a chance da criança se tornar um adulto ativo é maior do que de outra que não pratica.
Na nova capital do estado de Goiás, o primeiro time de futebol foi fundado em 1936, União Americana Esporte Clube, fazendo seu primeiro jogo contra outro time só em 1937 (DIAS,2014). A partir disso, existe uma lacuna na historiografia sobre o desenvolvimento da prática esportiva, sendo as notícias existentes relacionadas apenas ao futebol, não abrangendo outros esportes ou atividades.
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(13)Futebol na década de 30. Fonte: Instituto de Estudos e Pesquisas Históricas do Brasil Central. Fundo Carlos Campos, atividades extraclasse. Fonte: Autor Desconhecido. Sem Data. apud DIAS, 2014. (14) Prática de ginástica em Rio Verde na década de 40. Fonte: MUSEU DE IMAGEM E SOM DE GOIÁS apud DIAS (2013). Autor Desconhecido, sem data.
03 GOIÁS E O ESPORTE Situação atual do esporte em Goiânia Goiânia é uma cidade com bastante área verde e espaços livres, nesses podem ser desenvolvidas atividades físicas, como caminhada e andar de bicicleta. Porém, a maioria desses lugares não possuem instalações esportivas. Ao analisar a cidade e os costumes dos seus moradores em relação a prática de atividade física, viu-se que, segundo uma pesquisa de 2015, já haviam 530 academias em Goiânia registradas no Conselho Regional de Educação Física¹. Esse aumento de academias significa que as pessoas estão mais preocupadas com o corpo, desta forma, melhorando a qualidade de vida. Por outro lado, comparando a quantidade de academias com a quantidade de locais de práticas coletivas, nota-se que o goianiense tem preferência por atividades mais individuais do que coletivas. Por esse motivo, os esportes podem não estar sendo tão procurados, portanto não há um maior investimento e incentivo por parte dos órgãos públicos ou privados.
Esses locais de atividades coletivas devem ser mais atrativos para que a população volte a ter interesse nessas práticas. Goiânia possui alguns espaços esportivos, segundo a secretaria de Estado de Esporte e Lazer são: Autódromo, Centro de excelência, Estádio Olímpico, Estádio Serra Dourada, Ginásio Valério Luiz de Oliveira (Goiânia Arena) e Parque Marcos Veiga Jardim. Entretanto, pode-se ver que apenas alguns comtempla equipamentos para diferentes esportes, dentre eles o Centro de Excelência e o Parque Marcos Veiga Jardim, os outros também oferecem mais de uma modalidade, mas não abrange uma gama maior igual esses dois citados. Além desses citados pela secretaria do Estado, existem os clubes que oferecerem esportes, como as instituições do Sesi, o Goiás Esporte Clube, e outros locais privados com apenas algumas modalidades de esportes.
¹ FERNANDES, Thamyris. Mercado fitness cresce e Goiás já conta com mais de duas mil academias. O P o p u l a r. 2 0 1 5 . Disponível em: https://www.opopula r.com.br/noticias/eco nomia/mercadofitness-cresce-egoi%C3%A1s-j%C3%A1conta-com-mais-deduas-mil-academias1.771566 . Acesso em: 01/2021.
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s s o e (15) Imagem aérea do Parque Marcos Veiga Jardim. Fonte: GOIÁS, 2019. (16)Imagem aérea do Estádio Olímpico. Fonte: GOIÁS, 2017.
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04 ESTUDO DE CASO SESC Pompeia - SP O Sesc Pompeia é um conjunto de instalações esportivas e de lazer, juntamente com os galpões das antigas fábricas que abrigam locais de convivência e lazer. O projeto é uma requalificação e recuperação do espaço existente e um acréscimo completando o complexo.
Ficha técnica: Localização: São Paulo-SP Ano: 1977/1986 Área: 16.573,00 m² terreno 22.026,02 m² construída Projeto de Arquitetura: Lina Bo Bardi.
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História O local era uma antiga fábrica de tambores, já utilizada pelo Sesc desde sua compra em 1971, a partir disso fez-se algumas alterações para que a comunidade já pudesse usufruir das atividades do Sesc, entretanto eram mudanças provisórias. Portanto, para fazer um projeto para o local chamaram Julio Neves -arquiteto responsável pelas alterações anteriores-, ele fez um projeto onde propunha a demolição de toda a parte da fábrica e a construção de um complexo esportivo e de lazer neste local. Porém, dois integrantes do Sesc, Renato Requixa e Glaucia Amaral não concordavam com a ideia e foram atrás de convencer os diretores do SESC a contratarem outro profissional, o qual seria Lina Bo Bardi, ela havia aceitado a proposta de continuar reformando a antiga fábrica adequando ao programa, mas não demolindo os galpões, e também propor uma nova parte para o programa desportivo. Todo o projeto foi desenvolvido em loco, Lina não tinha escritório ainda, portanto o escritório foi a própria obra, segundo Marcelo Ferraz (2008) : “Tínhamos um escritório dentro da obra; o projeto e o programa eram formulados como em um amálgama, juntos e indissociáveis; ou seja, a barreira que separava o virtual do real não existia. Era arquitetura de obra feita, experimentada em todos os detalhes”.
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(17) Sesc Pompeia e as antigas fábricas em S ã o Pa u l o . F o n t e : FRACALOSSI, 2013. (18) Proposta do Sesc Pompeia por Julio Neves. Fonte: GIANNINI, 2017. (19) Proposta do Sesc Pompeia por Lina Bo Bardi. Ilustração por Ro d r i g o M a r t i n s . F o n t e : M A RT I N S , 2016.
04 ESTUDO DE CASO Programa A circulação é dada por escadas que acessam todos os andares, o bloco maior pela parte externa e menor pela parte interna. Já a circulação horizontal entre as torres é feita por passarelas de concreto protendido as quais ligam um andar de 8 metros de altura com outro de 4 metros de altura, como pode notar pelo corte e elevação ao lado. LEGENDAS 1- Bloco esportivo, ginásio, piscina 2- Salas de ginástica, dança, camarins 3- Torre caixa d’água 4- Deck 5- Almoxarifado e manutenção 6- Ateliês 7- Salas para fotografia e música 8- Teatro 9- Foyer 10- Restaurante 11- Cozinha industrial 12- Área de apoio para funcionários 13- Espaço de estar/vivência 14- Biblioteca 15- Exposições temporárias 16- Administração
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LEGENDA Andar Circulação entre os blocos Circulação entre os andares
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(20) Planta de setorização do existente e do novo. Fonte: FRACALOSSI, 2013 adaptada pela autora. (21) Corte mostrando a circulação entre os blocos e entre os andares. Fonte: FRACALOSSI, 2013 adaptada pela autora. (22) Elevação m o s t r a n d o a circulação entre os blocos e entre os andares do bloco m e n o r. F o n t e : FRACALOSSI, 2013 adaptada pela autora.
04 ESTUDO DE CASO Programa O Sesc Pompeia possui um amplo programa, este está basicamente dividido em seus blocos referente os galpões da antiga fábrica e a nova edificação. A primeira deu origem a um amplo espaço de lazer e convivência, contando com teatro, espaço livre, espaço para exposições, locais para oficinas, biblioteca, além da área de alimentação do restaurante e parte de serviço e administração. Os blocos verticais da nova edificação abrigam o programa desportivo, com ginásio, piscinas, academia, salas de ginástica, de dança e luta, lanchonete e vestiários, além da torre da caixa d’água.
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(23) Ilustração por Ro d r i g o M a r t i n s . F o n t e : M A RT I N S , 2016. ( 2 4 ) Q u a d r a poliesportiva. Fonte: FRACALOSSI, 2013. (25) Deck onde era o Córrego das Águas Pretas . Fonte: FRACALOSSI, 2013. (26) Teatro . Fonte: FRACALOSSI, 2013. (27) Ateliês para oficinas . Fonte: FRACALOSSI, 2013.
04 ESTUDO DE CASO Arquitetura A arquitetura do Sesc Pompeia é baseada na arquitetura fabril, onde Lina manteve as fábricas e seus sistemas construtivos, fazendo reforços apenas na estrutura. E também baseada na arquitetura moderna presente no novo bloco desportivo. Na parte de restauração, Lina propôs um restauro crítico, desta forma, recuperou os tijolos originais, alvenaria e cobertura. Mas também criou novas paredes, novas janelas, com o propósito de todo o conjunto servir de lazer, sendo todos os espaços utilizados. A parte nova, do bloco esportivo, foi feita em concreto aparente, com marcas das formas do concreto, baseada na arquitetura moderna. O bloco maior onde estão as quadras, piscina e academia, as aberturas são irregulares e grandes com grades, proporcionando a entrada de luz e ventilação, assim como de chuva, sendo intencional essa decisão. O bloco menor onde possui salas de dança, lutas, ginástica e vestiários, contém aberturas mais regulares,
porém não alinhadas. A ligação entre esses blocos é feita por passarelas aéreas em uma área não edificante, onde necessitou de autorização da prefeitura para que pudesse fazer, já que essa passarela fica sobre a área do Corrégo das Águas Pretas, já canalizado na época da construção. Além dos dois blocos, Lina Bo Bardi projeta uma caixa d’água de concreto aparente feita com formas em formato de cone, onde formou o desenho facetado de anéis por toda torre. A intenção era de remeter às antigas chaminés das fábricas, altas e em formato cilíndrico, porém de concreto para manter a linguagem de toda edificação nova, ao mesmo tempo contrastando com a parte antiga das fábricas. Lina tinha a intenção de criar um novo edifício que ao mesmo tempo integrasse com a antiga fábrica e fosse contrastante, sendo assim um marco do seu tempo, um acréscimo na história em períodos diferentes, com contraste de linguagens arquitetônicas.
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(28) Passarelas em croncreto aparente. Fonte: FRACALOSSI, 2013. (29)Contraste entra a estrutura da fábrica existente e do bloco esportivo feito em concreto aparente. Fonte: FRACALOSSI, 2013. (30) Bloco esportivo no concreto aparente e caixa d’água no concreto aparente feito com forma diferente, deixando marcas. Fonte: FRACALOSSI, 2013. (31) Bloco esportivo e caixa d’água. Fonte: FRACALOSSI, 2013.
04 ESTUDO DE CASO
Aspectos relevantes para o projeto do complexo esportivo O Sesc Pompeia é um projeto importante no Brasil, com grande relevância, e portanto, pode-se citar vários aspectos que podem ser estudados como inspiração para o projeto do complexo esportivo. Inicialmente, por se tratar de uma intervenção em pré-existência, notar como Lina Bo Bardi lida com o edifício existente, aproveitando ao máximo e acrescentando o que era necessário, utilizando os espaços para novos usos. Outro aspecto é a forma como ela entende a importância do local para comunidade, pensando em um programa voltado para atender as necessidades locais e acolher as pessoas, em vez de afastar, ela queria espaços voltados para o lazer e esporte fora de regras e limitações. Para trazer mais ainda esse acolhimento e vitalidade para o edifício, a arquiteta abre o edifício e insere uma rua dentro do terreno, ligando duas vias importantes do bairro.
Em relação a soluções arquitetônicas, percebe-se a importância da funcionalidade do local, espaços amplos que possa acontecer várias atividades, teatro aberto com palco centralizado para ser uma experiência coletiva, quadras com aberturas que podem chover e ser uma experiência diferente. Nota-se também que todos os espaços criados pela arquiteta são pensados na vivência coletiva, seja pelo esporte, oficinas, descanso ou espaços de alimentação.
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(32) Ilustração por Rodrigo Martins do Sesc Pompeia. Fonte: MARTINS, 2016. (33) Ilustração do bloco esportivo. F o n t e : M A RT I N S , 2016. (34) Ilustração biblioteca e exposição artística. Fonte: MARTINS, 2016. (35) Ilustração espaço de convivência. F o n t e : M A RT I N S , 2016.
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05 ESTUDO DO LUGAR História da Vila Nova A princípio, será apresentado sobre o bairro da Vila Nova, onde está localizada o lote escolhido, para depois compreender o surgimento da escola existente no local. O bairro da Vila Nova é um dos bairros mais antigos de Goiânia, sua ocupação foi dada, inicialmente de duas formas, pelo Estado onde construiu alojamentos para trabalhadores da construção civil, próximos do córrego Botafogo e também por migrantes os quais ocuparam de forma informal (MATTOS, 2008). Hoje o bairro é legalizado e compõe a região central da cidade. Portanto, o surgimento do bairro se dá junto com a construção da cidade de Goiânia a partir de 1933. A princípio, no planejamento da cidade não havia destinação para residências no local, mas a possibilidade da construção de um futuro polo industrial. Com a ocupação das pessoas, não teve como levar a diante esse projeto, o governo tentou retirar os ocupantes, entretanto a resistência dos moradores era grande, que por fim os lotes ocupados foram doados pelo Estado aos seus moradores.
Uma particularidade do bairro é a forma de interação das pessoas, onde os vizinhos se conhecem e se interagem com frequência, e isso não é comum nos outros bairros de Goiânia. Portanto, o bairro hoje em dia é um bairro cheio de memórias por parte de seus moradores. Isso ocorre também devido as transformações ocorridas no setor durante os anos, possibilitando que tenha uma comparação de como era antes e depois das intervenções, efetivando essa memória.
(36) Mapa do limite do setor Leste Vila Nova. Fonte: autoral.
SETOR LESTE VILA NOVA
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05 ESTUDO DO LUGAR História da Vila Nova Os lugares de memória são lugares de comemoração, de uma ritualização coletiva. São lugares onde uma dada coletividade se reconhece e celebra a sua identidade
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(NORA, 1993 apud MATTOS,2008).
A memória em Goiânia, segundo Mattos (2008), está diretamente ligada aos espaços planejados e edificados. Isso quer dizer que os espaços construídos influenciam as pessoas que vivem ali, fazendo parte da sua memória. Desta forma, pode-se notar alguns espaços de importância no bairro da Vila Nova que fazem parte desse conjunto de edificações ou espaços que remetem a uma memória. São eles: Praça Boaventura, Mercado Popular, Igreja do Sagrado Coração de Jesus, a Feira Livre, Parque Botafogo, Instituto de Educação, ESEFFEGO, Vila Nova Futebol Clube, como pode-se ver no mapa ao lado. A partir disso, pode-se notar como os espaços e edificações fazem parte de uma comunidade e reforçam a memória daquele local, onde esses locais são bastante frequentados pela
população local. A Feira Livre que acontece na 9ª avenida, por exemplo, é um local bastante frequentado, não só pelas compras de hortifrutis, mas também pela convivência e lazer, muitas vezes consumindo os famosos pasteis da feira. Outra memória importante para o bairro é a fundação do time de futebol amador do Vila Nova, em 1943. Porém, nessa época ainda não havia um estádio para o clube, jogavam pelo bairro. Desta forma, é uma memória não atrelada a um espaço físico, mas de importância a nível da lembrança, onde muitos moradores já jogaram pelo time, e outros trabalharam na construção do estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, inaugurado em 1970, no bairro vizinho, Setor Leste Universitário (MATTOS, 2008).
Parque Botafogo
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ESEFFEGO
Igreja Sagrado Coração de Jesus
Vila Nova Futebol Clube
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(37) Mapa com a localização dos principais pontos de encontro dos moradores da Vila Nova. Fonte: autoral.
05 ESTUDO DO LUGAR História da Vila Nova ESEFFEGO - Escola de Ensino Superior de Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás, da Universidade Estadual de Goiás. Fundada no ano de 1962 com o curso de Educação Física, sendo a primeira instituição a ofertar o curso no Estado de Goiás, até mesmo no Centro-Oeste. Portanto, uma referência na formação desses profissionais, até mesmo depois da implantação do curso em outras universidades, a ESEFFEGO continua sendo a que mais tem procura, segundo o senhor Wilmont de Moura Martins². Este local faz parte também da memória da comunidade local, sendo por anos um ponto de encontro para prática de atividades físicas, de crianças, jovens, adultos e idosos, além de tratamentos de fisioterapia ofertados pelo SUS. [...] durante o período que estava atuando aqui, ela atendia diariamente pelo menos 300 pessoas por dia, em diversas atividades, desde a iniciação esportiva, com a criançada, atividades para a 3º idade, frequentes com atividades como: ginástica, musculação e atividades aeróbicas na pista, até no caso também atendimentos vinculados ao tratamento na clínica-escola [...]
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(WILMONT, 2021).
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Importância para comunidade local A antiga ESEFFEGO oferecia atividades para comunidade local, como atividade extra curricular, além de oferecer o espaço para atividades da comunidade, mesmo sem orientação de um profissional, como caminhadas na pista de atletismo ou eventos culturais, por exemplo, festa junina. Desta forma, a comunidade possui uma relação de proximidade com o local, de forma que as pessoas utilizavam do espaço para prática de atividade física e de convivência com as pessoas. Além desses usos, a comunidade também podia usufruir de tratamentos nas áreas de ortopedia, traumatologia e queimaduras, de forma ambulatorial com consultas agendas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), onde as consultas eram feitas por alunos dos últimos períodos do curso de Fisioterapia, orientados por professores. Segundo Wilmont, coordenador geral da ESEFFEGO, a comunidade sente falta das atividades ofertadas pela escola, assim como de frequentar o espaço.
² Entrevista realizada pela autora com o coordenador geral da ESEFFEGO, senhor Wilmont de Moura Martins, no dia 15/02/2021.
05 ESTUDO DO LUGAR Importância para comunidade local A comunidade local utilizava o espaço para prática de atividades físicas, ao lado estão algumas frases ditas por pessoas do bairro que já usaram o local, coletadas por um questionário³. A Universidade ofertava diversas atividades para a população, desde recreação infantil, iniciação esportiva até pilates, hidroginástica para idosos. Po r t a n t o , u m l o c a l b a s t a n t e frequentado e de grande importância para manter a comunidade ativa, contando com crianças, jovens, adultos e idosos.
(38)
É um lazer público muito bom pra comunidade.
Marcou muito minha adolescência, pois era a Faculdade referência em Educação Física, sem falar na festa junina, que era uma das tradicionais de Goiânia.
A ESEFFEGO era uma espaço que ofertava várias atividades grátis para os moradores da região, crianças, jovens e idosos.
A ESEFFEGO tem uma relação antiga qcom a p o p u l a ç ã o d e G o i â n i a , q u a s e s e m p re remetendo à prática de atividades físicas. Sua importância se dá através da inserção e manutenção de hábitos de vida mais saudáveis nas pessoas em geral. Estudava na ETFG-Escola Técnica Federal de Goiás, e naquela época tinha as olimpíadas entre colégios. E a ESEFFEGO era a nossa referência de esportes. Melhor pista de atletismo de Goiânia. Então alguns jogos e as modalidades de atletismo eram disputados todos lá.
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³Questionário realizado pela autora com usuários da antiga ESEFFEGO, 2021. (38) Idosos praticando atividade física na antiga ESEFFEGO, na Semana do Idoso, um projeto de extensão da Universidade. Fonte: UEG apud GOIÁS, 2015.
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05 ESTUDO DO LUGAR Situação atual A antiga ESEFFEGO está atualmente desabilitada, devido à transferência dos cursos em 2018 para nova unidade localizada no setor Central da cidade de Goiânia. Desta forma, deixou de ofertar as atividades ou abrir para usufruto da comunidade. Além disso, com a pandemia do Coronavírus em 2020, agravou a situação do local, passando por longos períodos de tempo sem qualquer tipo de manutenção. As imagens abaixo e ao lado, mostram a situação da infraestrutura da escola, da piscina, campo de futebol, pista de atletismo e áreas de convivência.
(39)
(40)
(41)
(42)
(43)
(39) Foto da piscina da antiga ESEFFEGO. Fonte: autoral. (40) Foto do campo de futebol e pista de atletismo. Fonte: autoral. ( 4 1 ) F o t o d o estacionamento de uma das entradas, vendo o bloco administrativo à esquerda e o ginásio à direita. Fonte: autoral. (42) Foto do bloco administrativo e de salas de aula. Fonte: autoral. (43) Foto do ginásio poliesportivo e quadra de tênis. Fonte: autoral.
05 ESTUDO DO LUGAR Localização: do macro ao micro O Setor Leste Vila Nova está localizado na região central da cidade de Goiânia, como visto no mapa ao lado. O bairro é antigo, um dos primeiros bairros da cidade de Goiânia, como explicado anteriormente. Sendo que este, de acordo com o censo do IBGE em 2010, era o 11º bairro mais populoso da cidade. O bairro também possui uma localização de fácil acesso, onde a divisa com o bairro Leste Universitário é a Avenida Anhanguera, uma das principais vias da cidade de Goiânia e um eixo importante de transporte público. Próximo também de um novo eixo de transporte público que está sendo implantado na cidade, o eixo do BRT (Av. Goiás, Rua 84 e rua 90), cruzando a cidade no sentindo NorteSul.
(44)
GO-070
GO-060 Av. Goiás
BR-153
Av. Anhanguera
Rua 84/90
BR-060
(44) Mapa com a localização do Setor Leste Vila Nova na cidade de Goiânia. Fonte: autoral. 0
1000
3000
6000
05 ESTUDO DO LUGAR Localização: do macro ao micro No mapa ao lado estão alguns dos equipamentos de uso esportivo em Goiânia, sendo alguns deles com infraestrutura para uso de vários esportes e outros com uso de apenas um esporte, como o Estádio Serra Dourada, Autódromo e Estádio Antônio Accioly. Pode-se perceber analisando esses espaços que eles abrangem esportes específicos como esportes aquáticos, esportes de quadra (vôlei, futsal, basquete, handebol) e futebol de campo. Portanto, não há muitos locais que oferecem outros esportes, como tênis, skate parque e skate street.
8
9
10
(45)
1 2
4
3
7
5
6
12 13
11
14
1- Clube Antônio Ferreira Pacheco 2- Clube Jaó 3 - C e n t r o d e excelência/ Estádio Olímpico 4- Antiga ESEFFEGO 5-SESC - Setor Universitário 6- Estádio Antônio Accioly 7- Sesi Campinas 8- Sesi Canaã 9- Sesi Planalto 10- SESC - Setor Faiçalville 11- Complexo da Serrinha 12- Clube de engenharia 13- Estádio Serra Dourada/ Goiânia Arena 14- Autódromo/ Parque Marcos Veiga Jardim
(45) Mapa com a localização de equipamentos esportivos em Goiânia. Fonte: autoral.
0
1000
3000
6000
05 ESTUDO DO LUGAR Localização: do macro ao micro O local escolhido para o projeto de complexo esportivo possui uma localização de fácil acesso, na Avenida Anhanguera, com a rua 231 e a 9ª avenida. Sendo a Avenida Anhanguera uma das principais vias da cidade de Goiânia, como já explicado anteriormente. Este local, abriga a ESEFFEGO, Escola de Ensino Superior de Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás, desde 1962, data de sua inauguração. Inicialmente era apenas escola superior de Educação física, mas em 1994, passou a abrigar também o curso de Fisioterapia. Porém, no ano de 2018 houve a transferência dos cursos para uma nova unidade no setor central da cidade de Goiânia. Se tornando hoje um local subutilizado.
SETOR NOVA VILA
SETOR NEGRÃO DE LIMA VILA VIANA
VILA COLEMAR NATAL E SILVA
SETOR CENTRAL
SETOR LESTE UNIVERSITÁRIO
(46) 0
Limite dos bairros vizinhos Limite do Setor Leste Vila Nova Áreas verdes
100
200
300
(46) Mapa com a localização da antiga ESEFFEGO no Setor Leste Vila Nova, com a demarcação do limite desse setor. Fonte: autoral.
05 ESTUDO DO LUGAR Localização: do macro ao micro A ESEFFEGO está localizada na Avenida Anhanguera com a rua 231 e a 9ª avenida. Sendo bem centralizada na cidade de Goiânia e de fácil acesso, devido estar na avenida Anhanguera, principal eixo de transporte público da cidade. Onde há dois terminais próximos ao local, o Terminal Praça da Bíblia e o Terminal Botafogo. Considerando a localização em relação ao bairro, um dos acessos é a 9ª avenida, uma via importante do setor, a qual acontece a feira aos domingos, sendo assim um lugar de memória afetiva da população local.
a enid
9ª av
31
2 Rua
5ª a a
d veni
ra
ngue
nha Av. A
0
100
200
300
SETOR NEGRÃO DE LIMA
SETOR NOVA VILA
VILA VIANA
ncia
ndê
epe
nd Av. I
VILA COLEMAR NATAL E SILVA
a
enid 9ª av 5ª a da
veni
SETOR CENTRAL
era
angu
Terminal Botafogo
nh Av. A
Terminal Praça da Bíblia
SETOR LESTE UNIVERSITÁRIO
(47) 0
Lote escolhido (ESEFFEGO)
100
200
Via Arterial de 1ª categoria Via Arterial de 2ª categoria Via Coletora Via local
(47) Mapas de hierarquia das vias. Fonte: autoral.
300
05 ESTUDO DO LUGAR Localização: do macro ao micro Ao analisar a localização do terreno escolhido e seu entorno, podese perceber a predominância de uso residencial, as vezes atrelada a um comércio ou prestação de serviço, compondo o uso misto. Porém também possui muitos outros usos, como instituições públicas e privadas, serviços, comércios e alguns lotes subutilizados. Também nota-se que a maioria das edificações são de gabarito térreas ou com dois pavimentos, podendo notar como é a ocupação desse setor, mais horizontal que vertical. (48)
Residencial Comercial Serviço Misto
(49) 0
100
200
300
0
Industrial
Vazio
Institucional público
1-2 pavimentos
Institucional privado
3-5 pavimentos
Subutilizado
6-10 pavimentos 11 ou mais pavimentos
100
200
300
(48) Mapa de uso do solo. Fonte: autoral. (49) Mapa de gabarito. Fonte: autoral.
05 ESTUDO DO LUGAR Localização: do macro ao micro O Setor Leste Vila Nova possui poucos locais de áreas verdes, como pode-se ver no mapa de áreas verdes e na intervenção em imagem de satélite abaixo. Assim, o setor é árido, com poucos locais vegetáveis, os quais poderiam melhorar essa situação. Além de serem poucos locais, eles são apenas espaços com vegetação, com poucos ou sem equipamentos para ser um ponto de encontro e utilização da comunidade. Também nota-se que o bairro há mais locais ocupados do que vazios urbanos, e os lotes são ocupados quase por completo em grande parte do bairro, como visto no mapa de cheios e vazios ao lado.
(51)
(50)
(52) 0 100 200 300
0
100
200
300
Área verde
(50) Intervenção em imagem de satélite mostrando as áreas verdes do bairro. Fonte: autoral. (51) Mapa de cheios e vazios. Fonte: autoral. (52) Mapa de áreas verdes. Fonte: autoral.
06 PROJETO Usuário O Complexo esportivo e cultural da Vila Nova se trata de um projeto para comunidade local, o qual tem por objetivo a criação de um espaço onde as pessoas possam utilizar para desenvolvimento de aulas esportivas e/ou culturais, lazer, descanso e convivência com outras pessoas. Pois a comunidade sente falta de usar aquele espaço para suas atividades físicas, eventos culturais e convivência com outras pessoas do setor. Com a abrangência dos usos, com atividades pouco exploradas na cidade de Goiânia, esse público pode ser ampliado para uma parcela dessa população.
O usuário do complexo esportivo é um usuário diversificado, de várias idades. É a comunidade local que já usufruia da edificação e seu espaço antes da sua desativação, portanto a intenção é atender novamente crianças, jovens, adultos e idosos. Um complexo que irá oferecer atividades físicas, lazer e cultura para a população local. Além de um espaço de convivência da comunidade, que hoje não há muitos locais no bairro.
CULTURAL ESPORTIVO
O programa de necessidades do complexo foi dividido em 3 setores: esportivo, cultural e livre. O complexo tem como foco o setor esportivo, sendo 35% do programa total destinado a esse uso, tanto para esportes em quadras, quanto ao ar livre. A maioria do programa é destinado ao espaço livre de uso público com um parque, a fim de trazer uma maior convivência da comunidade e também ser um respiro em um setor árido, com pouca área verde. O parque não ficará restrito ao terreno onde haverá o projeto, mas se estenderá por toda quadra, com intervenções pontuais a fim de integrar com os usos que já acontecem ali. Todos os setores do complexo são de uso público, porém alguns blocos terão o uso com restrição de horários, afim de ter profissionais auxiliando a população na prática esportiva, com horários estabelecidos para atividades, como apresentado na próxima página.
2,50 %
35,00 %
62,50 %
LIVRE
Programa de necessidades
(53)
(53) Diagrama de programa mostrando a porcentagem de cada setor dentro do projeto. Fonte: autoral.
06 PROJETO Programa de necessidades e setorização 1 2 3
Campo de futebol Pista de atletismo
Uso público
Ginásio poliesportivo
Uso público com restrição de horários
Academia Academia de lutas
Uso público com restrição de horários
4 Bloco aquático
5 7
Piscina para natação e hidroginástica Piscina infantil
Uso público com restrição de horários
Bloco cultural
Uso público com restrição de horários
Espaço livre de lazer
Uso público
1
3
4
7
(54) 0
25
75
175
2
7
7 5
(54) Planta de setorização geral do projeto. Fonte: autoral.
06 PROJETO Implantação (55)
O local escolhido para o projeto já possui algumas instalações esportivas e edificações existentes, portanto a intenção é aproveitar alguns locais e propor novos, como pode-se ver nos mapas esquemáticos de demolir e de construir ao lado. Foram retiradas algumas instalações para gerar novos espaços livres e empilhar usos em outros espaços, assim retirouse dois blocos de ginásio, a cantina e a clínica-escola, a piscina será reformada e terá um novo uso - um teatro de arena. Desta forma, foram mantidos o campo de futebol com a pista de atletismo, o ginásio poliesportivo e o antigo bloco administrativo. Todos eles serão reformados e o último adaptado para um novo uso: um programa cultural. As novas edificações serão o bloco aquático e o bloco de academia em frente ao campo de futebol, este último, além de espaço de academia com ginástica e salas para aulas de lutas, ele também servirá como arquibancada para assistir ao futebol e atletismo.
(57)
(59)
(58)
(56)
Clínica-escola Ginásio poliesportivo Administrativo
Ginásios (60)
0 25
(61)
0 25
75
175
Bloco de academia Bloco aquático
Manter Demolir Construir
75
175
(55) Foto ginásio poliesportivo mantido. Fonte: autoral. (56) Foto clínica escola a ser demolido. Fonte: autoral. (57) Fotos ginásios a serem demolidos. Fonte: autoral. (58) Fotos piscina a ser mantida e cantina a ser demolida. Fonte: autoral. ( 5 9 ) F o t o administrativo a ser mantido. Fonte: autoral. ( 6 0 ) P l a n t a esquemática demolir. Fonte: autoral. ( 6 1 ) P l a n t a e s q u e m á t i c a construir. Fonte: autoral.
06 PROJETO Implantação Outro propósito do projeto é abrir espaços para uso livre da comunidade, para isso a criação de um parque o qual irá fazer a integração dos usos esportivo e cultural dentro do complexo, também integrar com as outras partes da quadra, de usos educacionais e sociais. Além disso, a intenção é abrir o complexo para a rua, e esta entrar para dentro do projeto, criando novos fluxos por dentro da quadra. Assim, permitir uma maior comunicação rua, parque e edifícios. Os principais fluxos criados são ligando a Av. Anhanguera com a 9ª avenida, sendo a primeira um via importante para a cidade, de grande fluxo e a 9ª avenida como uma via importante para o bairro, onde acontece uma feira tradicional aos domingos.
E o outro fluxo menos intenso, e portanto, de maior permanência do que passagem, é ligando a 5ª avenida a qual não tem ligação com o lote escolhido, mas será ligado por meio desse fluxo, acessando diretamente ao projeto e chegando na Rua 231, além disso a 5ª avenida tem ligação direta com as intervenções do parque. Desta forma, a ideia da rua dentro da quadra é criar uma maior vitalidade e uso para o projeto. A intenção do parque é integrar todos os usos já existentes na quadra, o CMEI, colégio de aplicação do IEG, CEAD, SEPEM e SEDUCE, juntamente com o novo Complexo esportivo e cultural da Vila Nova. Sendo assim, um complexo esportivo, cultural, educacional e social.
9ª avenida
Colégio de aplicação do IEG
CMEI
CEAD
Rua 231
5ª avenida
SUPEM
Batalhão da Polícia Militar
SEDUCE
Av. Anhanguera
(62) 0
25
75
175
CMEI - Centro Municipal de Educação Infantil CEAD - Centro Estadual de Apoio a Deficiente SUPEM - Superintendência de Ensino Médio SEDUCE - Secretaria da Educação
(62) Planta de setorização geral do projeto com a localização dos edifícios existentes na quadra e novos fluxos. Fonte: autoral.
06 PROJETO Implantação No mapa ao lado pode-se ver a implantação geral do projeto, onde foi mantido o campo de futebol, pista de atletismo, ginásio, bloco cultural (antigo administrativo). As piscinas do antigo IEG, atual SEDUCE, não estão sendo utilizadas, portanto aproveitando esse espaço foi proposto a união de duas piscinas para criação de um bolw de skate para prática de skate parque e na outra piscina a criação de uma pista de skate street com obstáculos. Mais ao fundo, ainda na área do antigo IEG, existe uma quadra poliesportiva aberta, atualmente utilizada como estacionamento, para dar um novo uso foi proposto um Spray Park, a fim de trazer um uso infantil para o local. Além disso, a criação de um muro interativo, com escorregador, túneis e escalada para o uso infantil, mas também para barrar um pouco de ruídos desse local com o uso existente ao fundo, o Centro Estadual de Apoio ao Deficiente (CEAD)
O complexo esportivo e cultural possui diferentes acessos, como mostrado ao lado, com entradas principais pela Anhanguera e 9ª avenida. Os acessos aos edifícios estão todos ligados aos caminhos ou platôs, interligando todos os usos do complexo por esses caminhos. Também possui o acesso ao estacionamento ao ar livre p e l a A v. A n h a n g u e r a e a o estacionamento coberto pela 9ª avenida. Outro acesso é o de serviço do restaurante, mais restrito, portanto na Rua 231, com menor fluxo de carro e pedestre.
1- Campo de futebol e pista de atletismo 2- Edifício arquibancada 3- Spray Park 4- Bloco aquático 6- Ginásio poliesportivo e quadra de tênis 6- Skate Street 7- Skate Parque 8- Estacionamento aberto 9- Arena areia 10- Bloco cultural
9ª avenida
1
Rua 231
5ª avenida
2
3 5
4 6
7
9 10
8 Av. Anhanguera
(63) 0
25
75
175
Acessos edifícios Acessos complexo Acesso estacionamento Acesso serviço restaurante
(63) Planta de implantação geral. Fonte: autoral.
06 PROJETO Implantação
Rua 231
Ao lado pode-se ver o estacionamento subterrâneo, com entrada pela 9ª avenida, onde foi rebaixado 2 metros em relação a essa rua. Este estacionamento servirá para atender um público maior de pessoas, já que o complexo conta com atividades pouco exploradas na cidade de Goiânia, principalmente como espaço público. Também ao lado está a planta dos banheiros para atender o público da arena de areia, com banheiro feminino, masculino e PNE e um depósito.
5ª avenida
9ª avenida
Av. Anhanguera
0
25
75
175
PROJEÇÃO COBERTURA
0
2
6
(64)
10
(65)
0
5
10
20
(64) Planta banheiros arena de areia. Fonte: autoral. (65) Planta do estacionamento subsolo. Fonte autoral.
06 PROJETO Implantação Agapanthus Africanus
As vegetações utilizadas possui diferentes intenções dentro da implantação, as vegetações coloridas foram colocadas predominantemente próximas ao Spray Park, com intenção de deixar todo esse espaço mais lúdico e colorido. Com a paleta de rosa foram usadas o Pau de Rosas, a Rosedá, a Agapanthus Africanus e a Congeia, na paleta de amarelo, foi usado o Pau Fava e a Acácia Chuva de Ouro. Onde a intenção foi fazer uma barreira para evitar a passagem das pessoas foi utilizado a Clúsia, a Congeia e a Cheflera. Um exemplo é na entrada de serviço do restaurante onde foi usada a Clúsia junto com Areca Bambu para fazer uma barreira física e visual daquela entrada. Nos outros locais a intenção maior era sombra nos espaços de permanência e vegetações mais marcantes nas entradas, nesses locais foram utilizadas palmeiras, como Dctyosperma Album (palmeira princesa) e Wodyetia bifurcata (Rabo de raposa).
Rosedá
Pau de rosas
Acácia Chuva de Ouro
Pau Fava
Palmeira princesa
Rabo de rapo
Clúsia Areca Bambu
Rua 231
5ª avenida
9ª avenida
osa Av. Anhanguera
(66) 0
25
75
175
(66) Planta de implantação com d e t a l h e n a s vegetações. Fonte: autoral.
06 PROJETO Implantação Bloco aquático Arena areia
Skate Parque
Ginásio +5,00 m
Campo de futebol +1,10 m
Skate Street
Bloco aquático +6,00 m
Spray Park
Skate Street
Edifício arquibancada +2,00 m
9ª avenida
2
6
10
Rua 231
0
5ª avenida
Rua 0,00 m
Estacionamento -2,00 m
Rua 0,00 m Av. Anhanguera
0
0
2
2
6
6
10
0
25 75
175
(67) Cortes da implantação Fonte: autoral.
10
(67)
06 PROJETO Ginásio O ginásio se trata de um dos Os materiais usados no ginásio edifícios a ser mantido, contando com foram concreto aparente com telha 2 quadras poliesportivas já existentes e metálica e brises metálicos com malha um anexo com infraestrutura de apoio, xadrez em aço corten. com vestiário feminino, masculino e PNE, 1 depósito para guardar materiais dos esportes e 1 depósito de material de limpeza. Além disso, já existia uma quadra de tênis no local, porém com tamanho incorreto, desta forma foi proposta uma com as medidas padrões.
(69)
0
(70) 0
2
6
10
2
6
10
3 2
1 5
(68)
4
1- Quadras poliesportivas com arquibancada. 2- Vestiários feminino, masculino e PNE. 3- Depósito para guardar materiais esportivos. 4- DML. 5- Quadra de tênis.
0
2
6
10
(68) Planta ginásio poliesportivo. Fonte: autoral. ( 6 9 ) C o r t e longitudinal ginásio poliesportivo. Fonte: autoral. (70) Corte transversal ginásio poliesportivo. Fonte: autoral. (71) Imagem 3D Ginásio poliespoirtivo. Fonte: autoral.
(71)
06 PROJETO Bloco cultural O bloco cultural é o outro edifício a ser mantido, alterando seu uso administrativo e de salas de aula para o uso cultural. Neste bloco, será mantido o auditório existente, haverá também ateliês para utilização de aulas em geral, um restaurante que será uma proposta diferente com uso além de restaurante, também servir de espaço para aulas de gastronomia mais acessíveis para população. Ainda, contará com uma biblioteca pública, que terá espaços de leitura, salas individuais e espaço de leitura infantil.
1
1
1
3
5 4
9 7
4
6
(72)
(74) 0
2
6
10
10
4
2
4
13
12 11
1- Ateliê. 2- Auditório. 3- Circulação. 4- Banheiros feminino, masculino e PNE. 5- Sala de reunião. 6- Sala de monitoramento. 7- Administração.
8- Restaurante. 9- Cozinha. 10- Banheiro funcionários. 11- Biblioteca. 12- Sala de leitura. 13- Biblioteca infantil. 14- DML.
14
1 4
1
1
1
8 1
0
2
6
10
0
2
6
10
1 1
1
0
(73)
2
6
10
(72) Planta térreo Bloco cultural. Fonte: autoral. (73) Planta 1º pavimento Bloco cultural. Fonte: autoral. (74) Corte AA Bloco cultural. Fonte: autoral. (75) Corte BB Bloco cultural. Fonte: autoral.
(75) 0
2
6
10
06 PROJETO Bloco cultural Nesse edifício será colocados brises metálicos em aço corten para barrar parte da insolação e auxiliar na estética do bloco cultural. Esses brises serão fixados nos pilares existentes no edifício a uma distância de 25 cm, para que possa ter uma maior ventilação dentro da edificação.
(76)
(78)
(80)
(79)
( 7 7 ) P l a n t a demolir/construir Bloco cultural. Fonte: autoral. ( 7 8 ) Pe r s p e c t i v a fachada Sul Bloco cultural. Fonte: autoral. ( 7 9 ) Pe r s p e c t i v a fachada Norte Bloco cultural. Fonte: autoral. (80) Imagem 3D Fachada Sul Bloco cultural. Fonte: autoral.
06 PROJETO 2
Bloco aquático O bloco aquático conta com a antiga piscina do local no térreo, a qual foi dada um uso de um teatro de arena, diminuindo o seu tamanho para além desse uso, deixar o térreo mais livre. O primeiro pavimento abriga os vestiários do bloco e o acesso para manutenção das piscinas, no segundo pavimento é onde ficam as duas piscinas, uma para uso geral de atividades aquáticas, como natação, hidroginástica e a outra menor e menos profunda, para atividades infantis. Além disso, conta com uma sala para guardar materiais para as aulas em geral e uma sauna. O acesso para a parte superior do bloco é feita por elevador e escada.
1
(81)
0
2
6
(84)
0
2
6
10
10
5
2
4
6
7
2
8
9
3
10
0
2
6
10
0
2
6
10
(83)
(82)
(85)
0
2
6
10
(81) Planta térreo bloco aquático. Fonte: autoral (82) Planta 1º pavimento bloco 1- Teatro de arena. aquático. 2- Circulação vertical. 3- Acesso para manutenção Fonte: autoral. (83) Planta 2º das piscinas. 4 - Ve s t i á r i o s f e m i n i n o , p a v i m e n t o b l o c o aquático. masculino e PNE. Fonte: autoral. 5- DML (84) Corte AA bloco 6- Depósito para materiais. aquático. 7- Sauna. Fonte: autoral. 8- Piscina infantil. 9 - Áre a d e a c e sso p a ra (85) Corte BB bloco aquático. piscinas e arquibancada. Fonte : autoral. 10- Piscina.
06 PROJETO Bloco aquático
Telha de fibrocimento i = 5%
Telha de fibrocimento i = 5%
Telha de fibrocimento i = 5%
A estrutura do bloco é feita por pilares metálicos perfil I com viga vierendeel, essas vigas permitem vencer grandes vãos sem a necessidade de apoios centrais. As lajes serão em concreto armado e a cobertura com platibanda e telhado de fibrocimento embutido. Além disso, o edifício será revestido com brises metálicos em aço corten e na fachada Sul com vidro canelado.
Telha de fibrocimento i = 5%
(86)
(91)
0
2
6
10
(87)
0
2
6
10
(88)
0
2
6
10
(89)
0
(90)
0
(92)
2
6
2
6
10
10
(86) Planta de cobertura bloco aquático. Fonte: autoral. (87) Fachada Norte. Fonte: autoral. (88) Fachada Sul. Fonte: autoral. (89) Fachada Oeste. Fonte: autoral. (90) Fachada Leste. Fonte: autoral. ( 9 1 ) Pe r s p e c t i v a fachadas NorteOeste. Fonte: autoral. ( 9 2 ) Pe r s p e c t i v a fachadas Sul-Leste. Fonte: autoral.
06 PROJETO Edifício arquibancada O edifício arquibancada, como o próprio nome diz, serve como arquibancada para assistir jogos e provas no campo de futebol e pista de atletismo. Além do uso de academia, tanto para musculação, aulas de dança, quanto para aulas de artes marciais, como box, karatê, jiu jitsu. O primeiro pavimento se trata da academia de musculação, salas de dança, administrativo e vestiários. Já o segundo pavimento é destinado para uso de aulas de artes marciais com salas com divisórias flexíveis para maior integração entre os esportes, neste pavimento também há vestiários.
O acesso ao edifício se dá pelo nível do campo de futebol, e o acesso interno é pela arquibancada, ou pela entrada principal que chega na academia, e para acessar o segundo pavimento possui elevador, ou pelo acesso direto pela arquibancada ao segundo pavimento.
1- Banheiro feminino, masculino e PNE 2- Academia 3- Sala de dança 4- Sala de avaliação física 5- Administração 6- Depósito de materiais 7- Circulação vertical 8- DML 9- Sala de luta 10- Espaço livre 11- Arquibancada
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(93) Planta térreo E d i f í c i o arquibancada. Fonte: autoral (94) Planta 1º pavimento Edifício arquibancada. Fonte: autoral. (95) Corte AA. Fonte: autoral. (96) Corte BB. Fonte: autoral.
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06 PROJETO Telha de fibrocimento i = 5%
Telha de fibrocimento i = 5%
O edifício arquibancada tem estrutura mista com lajes em concreto e pilares metálicos. Sua materialidade em concreto aparente com brises metálicos em aço corten para diminuir a insolação dentro do edifício e ao mesmo tempo permitir uma visibilidade interno/externo.
Telha de fibrocimento i = 5%
Edifício arquibancada
Telha de fibrocimento i = 5%
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(97) Planta de cobertura Edifício arquibancada. Fonte: autoral (98) Fachada Norte E d i f í c i o arquibancada. Fonte: autoral. (99) Fachada Sul E d i f í c i o arquibancada. Fonte: autoral. (100) Fachada Leste E d i f í c i o arquibancada. Fonte: autoral. (101) Fachada Oeste E d i f í c i o arquibancada. Fonte: autoral. (102) Perspectiva 3D fachadas Leste-Sul. Fonte: autoral. (103) Perspectiva 3D fachadas Leste-Norte. Fonte: autoral.
06 PROJETO Imagens
(104) Imagens 3D Complexo esportivo e cultural da Vila Nova. Fonte: autoral.
06 PROJETO Imagens
06 PROJETO Imagens
06 PROJETO Imagens
06 PROJETO Considerações finais Com todo o estudo feito no trabalho, sobre o tema de arquitetura esportiva, história do esporte em Goiás, a importância do esporte para sociabilização das pessoas, estudo do lugar e o projeto, pode-se concluir que o complexo esportivo pode trazer uma grande integração da comunidade, além do incentivo à prática esportiva, melhorando a qualidade de vida das pessoas e suas relações sociais. Além disso, o local já era bastante frequentado pela população, portanto a ideia de voltar a ser um espaço onde as pessoas fossem para praticar esporte e também para atividades culturais e de lazer. A ideia do parque reforça ainda mais a intenção de sociabilidade, pois ir ao parque é um prática comum na cidade de Goiânia e portanto uma forma de integração da comunidade, e como o Setor Leste Vila Nova, possui poucos locais onde as pessoas possam conviver, esse seria um espaço que pudesse oferecer isso à população.
07 REFERÊNCIAS AT U A L . J o r n a l . Fu t e b o l c o m o s o c i a l i z a ç ã o e i n t e r a ç ã o . 2 0 1 9 . D i s p o n í v e l e m : https://jornalatual.com.br/2019/05/30/futebol-como-socializacao-e-interacao/. Acesso em: 01/2021. ESPORTE, Ministério do. A prática de esporte no Brasil. 2013. Disponível em: http://arquivo.esporte.gov.br/diesporte/7.php. Acesso: 12/2020. FORCELLI, Camila Dias dos Santos. Quadro da arquitetura esportiva em São Paulo: 1950-1970. Dissertação de mestrado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, 2014. Disponível em: http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/367#:~:text=O%20enfoque%20do%20presente%20trabalho,e%20construtivas%2 0dessas%20obras%20por. Acesso em: 01/ 2021. FRACALOSSI, Igor. Clássicos da Arquitetura: SESC Pompéia / Lina Bo Bardi. Archdaily. 2013. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi. Acesso em: 01/2021. G I A N I N N I , G a b r i e l . S E S C P o m p e i a d e J u l i o N e v e s . Yo u t u b e , 2 0 1 7 . D i s p o n í v e l e m : https://www.youtube.com/watch?v=43MK8lDnKLo&ab_channel=GabrielGiannini. Acesso em: 01/2021. GOIÁS, Diário de. Centro de Excelência do Esporte completa um ano nesta terça-feira. Goiás, 2017. Disponível em: https://www.goias.gov.br/index.php/servico/68359-centro-de-excelencia-do-esporte-completa-um-ano-nesta-terca-feira. Acesso em: 12/2020. GOIÁS, Diário de. Encontro de Food Truck e música ao vivo movimenta final de semana no Parque Veiga Jardim. Goiás, 2019. Disponível em: https://diariodegoias.com.br/encontro-de-food-truck-e-musica-ao-vivo-movimenta-final-de-semana-noparque-veiga-jardim-confira-programacao/. Acesso em: 12/2020. GOIÁS, Governo de. UEG realiza Semana do Idoso. Goiás, 2015. Disponível em: https://www.goias.gov.br/servico/87538-uegeseffego-realiza-semana-do-idoso.html. Acesso: 03/2021. GREEN. Gramados esportivos e jardins. Grama Pensacola para Campo de Futebol. Belo Horizonte, sem data. Disponível em: https://grama.greengramados.com.br/grama-pensacola-para-campo-de-futebol. Acesso em: 02/2021. HOLANDA, Marina de. Clássicos da Arquitetura: MASP / Lina Bo Bardi. ArchDaily Brasil, 2012. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-59480/classicos-da-arquitetura-masp-lina-bo-bardi> ISSN 0719-8906. Acesso em: 03/2021.
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