Materiais Texteis aplicados à Modelagem

Page 1

Apostila

Volume I Professora: Julyana Biavatti


O setor de modelagem Atualmente, para se ter um bom resultado no competitivo mercado da moda, um fator relevante para o sucesso é entender e conhecer profundamente o seu público-alvo. A qualidade dos produtos é fator fundamental para o sucesso nas vendas, e a modelagem das peças agrega ainda mais valor ao produto se aliada ao desejo do consumidor em adquirir um produto que tenha, ao mesmo tempo, conforto, bom corte e caimento, além dos padrões estéticos envolvidos. Ao pensar no desenvolvimento de uma modelagem de qualidade, você deve, inicialmente, conhecer o corpo que irá vesti-la. É necessário que a empresa realize pesquisas para conhecer o seu consumidor, adaptando as tabelas de medidas utilizadas na construção dos moldes a fim de satisfazer a clientela e obter sucesso nas vendas. Uma calça de tamanho 40 de uma marca de street wear não pode ser compatível com uma calça de tamanho 40 de uma marca focada em um público de jovens senhoras. Apesar de as tabelas apontarem um número padrão para um tamanho de cintura, uma delas deverá ser mais baixa, anatômica; já a outra deve ter o gancho mais alto, entre outras inúmeras observações. Com o crescimento do mercado de moda prêt-à-porter, a modelagem passou por diversas transformações e reformulações quanto à aplicação de técnicas e métodos, visando acompanharas evoluções da indústria da moda e tecnologia. No mercado atual, esse setor necessita

acompanhar a rapidez no funcionamento da produção das peças do vestuário, sem deixar de lado a qualidade dos produtos e a satisfação do consumidor. Os conceitos de como produzir mais em menos tempo e sem margem de erro também estão sendo exigidos no setor da modelagem industrial.

O Modelista Chama-se de modelista o profissional que transforma um modelo (partindo de um desenho, de uma foto ou, muitas vezes, de outra peça de vestuário) em um objeto concreto, utilizando-se das técnicas pré-adquiridas da modelagem para confecção. Esse profissional trabalha em conjunto com o estilista e é capaz de interpretar o croqui (esboço de um desenho). Há alguns anos atrás, o modelista era responsável única e exclusivamente pelo desenvolvimento da modelagem. Com a exigência do mercado de cada vez mais buscar profissionais completos, hoje o profissional de modelagem precisa conhecer as tendências de cada estação assim como saber montar e costurar a peça que modelou. O modelista deve saber tirar medidas de acordo com as técnicas recomendadas pela metodologia específica, elaborar ficha técnica, conhecer aviamentos e


ainda conhecer sempre a composição, o caimento e as demais características do tecido. Ele é responsável por analisar a pilotagem e fazer as alterações finais no molde para então produzir em série. Um dos aspectos principais, ao se realizar uma interpretação de modelagem, é a análise detalhada do desenho, observando recortes, pences, comprimentos, folgas e amplitude da modelagem. Enfim, cabe ao modelista analisar o desenho levando em consideração cada detalhe que este apresentar, para então definir a aplicação de cada técnica específica na construção do molde. Todo esse processo visa obter um produto que seja fiel à idéia inicial, imaginada pelo criador. A mesa de modelagem e o manequim são peças essenciais do equipamento de um modelista. A mesa de modelagem deve ser plana, ter um metro de altura, ser retangular (com no mínimo 1,2m largura) e seu comprimento deve ter no mínimo 2m para que seja possível cortar peças-piloto, como um vestido longo. Sua superfície deve ser bem lisa para que tecidos delicados não puxem fios quando colocados sobre ela.

Dependendo do tamanho da indústria que for trabalhar cabe ao modelista desenvolver adaptações de modelos para criar uma coleção e muitas vezes sentar na máquina para adiantar uma peça piloto ou mesmo orientar a piloteira. Logo, é fundamental que a modelista tenha um conhecimento amplo de tecidos e malhas, para adequar a modelagem e obter um resultado final adequado a proposta original da peça. É ainda de sua responsabilidade estudar e adequar o modelo, muitas vezes inserindo recortes ou costuras para que haja um melhor aproveitamento do tecido de acordo com sua largura, sem alterar o modelo proposto. E por fim conhecer os assessórios e aviamentos utilizados na peça, para que na modelagem colabore para uma maior produção. Fica claro que a modelagem é um dos pontos decisivos para o sucesso comercial de cada temporada e o responsável pela estrutura e caimento dos modelos apresentados e pela eficiência operacional do setor de costura.

Todos os modelos devem passar por uma preparação técnica, da seguinte forma: 1º. Desenvolvimento do molde no papel, determinando todas as marcações e piques a serem seguidos pelo departamento de corte e pelo de costura. 2º. Corte da peça piloto


3º. Acompanhamento de todas as fases do processo produtivo da peça, observando e anotando as etapas, para se necessário corrigir na modelagem, com objetivo de diminuir o tempo de algumas operações.

Modelagem = Conjunto de moldes que possui um caimento característico.

4º. Aprovado o modelo, efetuar sua ampliação e liberar para o uso do departamento do corte.

Termos da modelagem Tanto na roupa sob medida, quanto nas pequenas e grandes confecções de moda, o molde e a modelagem são fatores definitivos no resultado final da roupa, e , conseqüentemente no sucesso de venda. Existem diversas formas de se obter uma modelagem e cada técnica empregada utiliza métodos de construção diferenciados. Portanto, são utilizadas varias definições, os quais são: Molde = Diagrama geométrico, que transforma a forma de um corpo tridimensional em forma plana, este corpo pode ser humano ou manequim de modelagem (busto de costura).

Recorte = é formado pela junção de dois moldes. Os recortes podem conter pences para modelar as curvas, e acomodar os volumes do corpo sem caracterizar as pences.


Pences : são pregas em forma de triângulo que formam um bojo em sua extremidade. São utilizadas em roupas colantes e bem estruturadas. Devem ser executadas de forma que se tornem quase invisíveis.

uma peça de roupa apenas ou para produção em grande escala, como acontece na confecção industrial de pequeno, médio ou grande porte.

TÉCNICAS DE MODELAGEM Moulage (Tridimensional) Modelagem Plana (Bidimensional) É uma técnica utilizada para reproduzir, em segunda dimensão, algo que será usado sobre o corpo humano, em tecido ou similar, de forma tridimensional. Essa modelagem, manual ou computadorizada, pode ser utilizada para confeccionar

É a manipulação do tecido de forma tridimensional. Trabalha-se com o tecido sobre os manequins, que têm suas medidas padronizadas. Na moulage, podem ser feitos os ajustes direto nas curvas do corpo, resultando em um caimento perfeito. Estes moldes, depois de prontos serão transferidos para o papel e podem ser inseridos dentro da confecção em escala industrial.


o uso de moldes básicos facilita o processo produtivo do setor de modelagem, uma vez que este possui as medidas específicas da tabela do público da empresa. Estando pronto uma única vez, não necessita de repetição do traçado inicial. A praticidade do uso de moldes básicos gera lucros e economia de tempo e de processo para a confecção das partes do molde interpretado.

O PROCESSO DE MODELAGEM As interpretações de modelagem são baseadas em três etapas de construção de moldes, denominadas de:   

Moldes básicos ou blocos básicos Moldes de trabalho Moldes para corte ou interpretados

Moldes básicos (caixas ou blocos de modelagem) Os moldes básicos servem como base para o início das alterações a serem feitas de acordo com o desenho da peça. Eles são confeccionados seguindo a tabela de medidas-base da empresa. No processo industrial de confecção,

A aplicação dos princípios básicos de modelagem à bases de modelagem é a técnica mais utilizada em toda a indústria de confecção. Este método consiste em utilizar um bloco ou caixa de modelagem, este feito em papel com maior durabilidade e resistência , como referência de corpo, ao qual são introduzidas modificações e manipulações com a finalidade de se obter um modelo. É importante salientar que o molde base, por si só não representa um modelo, e sim uma referência de corpo. É um conjunto de moldes sem qualquer interesse estilístico, mas com pormenores estruturais em locais clássicos ou tradicionais. Normalmente não possui margens para costura, facilitando a sua manipulação a fim de se obter um modelo.


O molde base tem os seguintes objetivos: 1. - Consistência no ajuste ao corpo através das medidas; 2. - Folga apropriada do vestuário; 3. - Fonte para o desenvolvimento de moldes para novos modelos; 4. - Referência para a obtenção de outros tamanhos; 5. - Redução na quantidade de moldes armazenados; 6. - Sistematização no desenvolvimento do produto para a coleção de cada estação; Os moldes base são moldes ajustados e aperfeiçoados incansavelmente, que podem ser utilizados repetidamente e com segurança, desde que não se verifiquem alterações drásticas nos tecidos e na moda. É muito difícil chegar à perfeição em cada modelo desenvolvido a cada estação. Porém, se os moldes base forem perfeitos e o modelista os utilizar sempre como referência para a criação dos moldes para os novos modelos, consegue-se um parâmetro de medidas e proporções de tamanho, aumentando a credibilidade comercial da linha de produtos. Observação importante: As bases para tecidos são totalmente diferentes de base para malhas e tecidos com elasticidade. Medidas Importantes a serem Conferidas

    

Ombro frente com medidas do ombro costas Gola com medidas do decote Manga com as medidas da cava Lateral frente com medidas da lateral costas Entre pernas frente com medidas da entre pernas traseira.

Moldes de trabalho

Após obter a caixa do molde, os moldes de trabalho são utilizados para fazer as alterações necessárias, de acordo com o modelo, servindo como uma espécie de rascunho para a definição do molde interpretado. Os moldes de trabalho são feitos a partir da cópia dos moldes básicos, e as etapas de alterações a serem realizadas sobre eles variam em quantidade e tipos de aplicação de técnicas específicas, de acordo com o modelo desejado.


Molde para corte ou interpretado

São os moldes utilizados para riscar e cortar a peça sobre o tecido, contendo todas as alterações realizadas no processo anterior, as margens para costura e as marcações necessárias para a montagem da peça. O que define um bom molde básico é a exatidão das medidas, pois elas caracterizam um molde perfeito e economizam tempo para a produção.

Armazenagem da Modelagem Um dos melhores estilos de armazenamento para modelagens em papel é o pendurado por furos e cordões em ganchos ou equivalentes em paredes exclusivas para moldes, pois isso evita que sejam dobradas, podendo ser separadas por referências e tamanhos. Cole a ficha técnica no molde que ficará visível para facilitar a identificação.


MATÉRIA-PRIMA Quanto mais conhecimentos o modelista tiver sobre tecidos, maior o domínio das técnicas de modelagem, pois saberá aplicar tabelas, métodos de cálculo de encolhimento e elasticidade necessários a cada modelo. Conhecer o caimento e estrutura de um tecido é fundamental para o desenvolvimento de uma peça. Dependendo de como foi projetada a disposição sobre o tecido, uma mesma matéria-prima apresentará caimentos diferentes.

Estrutura dos Tecidos O tecido têxtil é um material à base de fios de fibra natural ou sintética utilizado na fabricação de roupas, toalhas de mesa e/ou banho, tecidos para limpeza, uso medicinal como faixas e curativos, entre outros. O tecido é fabricado na indústria têxtil. Conhecer a estrutura dos tecidos, caimento, comportamento sobre o corpo, entrelaçamentos dos fios, entre outras características, é essencial para o bom desenvolvimento da modelagem.

Tipos de Tecidos em relação a sua composição Naturais Os tecidos naturais, considerados básicos e clássicos, podem ter três origens, a origem animal (lã e seda); a origem mineral (amianto); e a origem vegetal (algodão, juta, linho, coco e sisal). Não Naturais Os tecidos não naturais são feitos por fibras produzidas pelo homem usando como matéria-prima produtos químicos, da indústria petroquímica. As mais conhecidas são o poliéster, a poliamida, o acrílico, o polipropileno, o poliuretano, o elastano e o elastodieno, além das Aramidas (Kevlar e Nomex).


por fungos; queima com facilidade; não resiste a produtos químicos.

Naturais LÃ (fibra proteica)

SEDA (fibra proteica)

LINHO (fibra celulósica)

Quente e confortável, excelente isolante térmico; resistente ao amassamento; absorve bem a transpiração e a umidade; amarela e desbota quando exposta ao sol; baixa resistência ao atrito; atacada por traças, insetos e fungos; não resiste a produtos químicos; exige precauções durante a conservação. Muito macia, leve e confortável; não provoca irritações na pele; baixa resistência; desbota quando exposta ao sol e a transpiração; não resiste a produtos químicos; atacados por traças e insetos; exige muitos cuidados na lavagem e tratamento

Não Naturais POLIAMIDA

VISCOSE

Muito resistente e confortável; lava-se com facilidade, encolhe e amarrota com facilidade; atacado por fungos; queima com facilidade. POLIESTER

ALGODÃO(fibra celulósica)

Macio e confortável; durável; resistente ao uso, à lavagem, à traça e insetos; lava-se com facilidade; possui tendência a encolher e a amarrotar; atacado

Leve e macia; não encolhe nem deforma; resistente ao uso, aos fungos e às traças; de fácil tratamento e seca rapidamente; sensível à luz; tem tendência a reter poeira e sujeira; mancha com facilidade; não absorve umidade; aquece pouco; favorece a transpiração do corpo; encolhe com o calor; não resiste a produtos químicos. Macia e agradável para o verão; absorve bem a umidade e a transpiração; resistente à luz e as traças; torna-se pouco resistente quando molhada; encolhe e amarrota com facilidade; sensível ao ácido acético; amarela e desbota com a transpiração; queima com facilidade. Boa resitência à luz e ao uso; não enruga; boa elasticidade; resiste a maior parte dos produtos químicos; de fácil tratamento e seca rapidamente; áspero, tem tendências a formar "bolinhas"


ACRÍLICO

com o uso; desbota quando exposto ao sol; encolhe com o calor. Macio, leve e quente; não enruga; boa resistência à luz, às traças e boa parte dos produtos químicos; não encolhe; forma "bolinhas com o uso; sensível ao calor e a produtos químicos; queima com facilidade.

Fios Têxteis e a Tecnologia da Fiação O fio têxtil é o produto final da etapa de fiação, sendo que sua característica principal é o diâmetro ou espessura (tecnicamente chamado de título do fio). O fio têxtil pode ser fabricado a partir de fibras naturais, artificiais e sintéticas, que são a matéria-prima utilizada. O processo de produção de fios, também chamado de fiação, compreende diversas operações por meio das quais as fibras são abertas, limpas e orientadas em uma mesma direção, paralelizadas retorcidas de modo a se prenderem umas às outras por atrito. Entre estas operações temos: abertura e separação das fibras, limpeza, paralelização parcial e limpeza, limpeza e paralelização final,regularização, afinamento, torção e embalagem. Os fios são classificados em: Fios Penteados, Fios Cardados e Fios Cardados Open End. Fios Penteados O fio é produzido passando pelo processo de penteagem que retira da matéria-prima as impurezas e fibras curtas. Na fase de fiar

passa pelo filatório de anéis. Apresenta seis fases de processamento e utiliza mais pessoas, maior número de máquinas e, também uma maior área construída. Uma das vantagens deste sistema é a flexibilidade de produção, pois permite produzir fios de qualquer espessura, além de produzir um fio de maior resistência e conseqüentemente, de maior valor agregado. Fios Cardados Fios também produzidos a partir do sistema anel (método convencional), porém apresenta uma fase a menos do que os fios penteados, justamente a fase de separação das fibras curtas das longas, que conforme a ilustração acima, é realizada com os fios penteados, gerando, desta forma, fios mais fracos e grossos do que os fios penteados. Fios Cardados Open End Os fios produzidos por esse processo são mais grossos e fracos. São produzidos pelo menor fluxo produtivo entre os tipos de fios, passando pela carda, passador e filatório a rotor (open end).

A torção A torção tem a finalidade de “evitar que as fibras deslizem umas sobre as outras”. A torção é essencial para fornecer uma certa coesão mínima entre as fibras, sem a qual um fio que precisa ter resistência à tração não pode ser manufaturado. Isso depende das forças de fricção fornecidas pela pressão lateral entre as fibras, surgidas pela aplicação de uma carga de tensão ao longo do eixo do fio. Com a introdução dos fios de filamentos contínuos, entretanto, a finalidade da torção deve ser reconsiderada. Em fios de filamentos contínuos, a torção não é necessária para dar-lhes resistência à tração, mas é necessária para possibilitar uma resistência satisfatória à abrasão, à fadiga ou aos outros tipo de avarias associadas a forças outras que não força de


tensão e caracterizado pelo rompimentos e de filamentos, resultando no total rompimento da estrutura. A alta torção produz um fio duro que é altamente resistente a avarias desse tipo. A finalidade da torção em fios de filamentos contínuos é, portanto, produzir uma estrutura coesa, que não pode ser desintegrada por forças laterais.

Direção da Torção O fio pode ter duas direções de torção: S e Z. A verificação da direção da torção de um fio pode ser feita pela inclinação dada das fibras. A direção de torção S é obtida pela torção das fibras no sentido horário e a inclinação delas é no sentido da esquerda quando observada de baixo para cima,confundindo-se assim com a porção central da letra S, conforme mostra a figura. A direção de torção Z é obtida pela torção das fibras no sentido antihorário, e a inclinação delas é no sentido da direita quando observada de baixo para cima, confundindo-se assim com a porção central da letra Z, conforme a mesma figura acima.

Tecnologia da Fiação Esta etapa da cadeia têxtil tem como objetivo transformar as fibras em fio. Na pré-história o processo de fiação era realizado manualmente, onde um chumaço de fibras (lã, algodão ou linho, por exemplo) era estirado e depois torcido. Nas antigas Grécia e Roma o processo de fiação era realizado por um aparelho chamado ROCA. Uma evolução da roca primitiva foi a invenção da roca com tambor onde a fiadora podia ficar sentada. Com a revolução industrial da Inglaterra, automatizou-se o processo de fiação, transformando as rocas em máquinas que chamamos nos dias de hoje de filatórios. Definição O processo de fiação consiste, essencialmente, em transformar a matériaprima fibrosa, previamente tratada, em um fio, com relação de massa por unidade de comprimento (título) desejada por meio de um conjunto de operações previamente determinadas. As características físicas da matéria-prima e definem o processo de fiação a ser utilizado, bem como o fio mais fino (com menor relação massa por unidade de comprimento) que pode ser produzido. O conjunto de operações básicas para a formação dos fio compreende operações distintas:


1. Abertura É a operação mediante a qual as fibras naturais de origem vegetal, animal, mineral ou química, são submetidas, por meio de máquinas, a uma quantidade máxima possível de separação, objetivando facilitar os processos subseqüentes. 2. Limpeza É o processo de eliminação de corpos estranhos contidos nas fibras. As operações de abertura e limpeza permitem a eliminação das impurezas que se dá por meio da ação da força centrífuga (gerada pela rotação dos órgãos abridores) fazendo as fibras (material mais leve) seguirem em frente no processo (fluxo de corrente de ar) e as impurezas caírem, sendo aspiradas para uma central de filtros. 3. Estiragem É o afinamento de uma massa de fibras provocado pela maior velocidade de saída em relação à velocidade de entrada. A operação de estiragem, nas fibras naturais, proporciona que fiquem paralelas nos diferentes estágios da fiação e também concede ao produto final, que é o fio, propriedades físicas importantes, tais como resistência e alongamento.

Resistência É a capacidade que o fio tem de resistir aos esforços aos quais venha a sofrer nos processos posteriores para sua transformação em tecidos. Flexibilidade É a capacidade do fio de ser submetido a flexões e torções sem alterar suas características. Torção Tem grande influência na resistência do fio. Regularidade A uniformidade do fio têxtil é uma das mais importantes propriedades de qualidade, pois ela determinará a qualidade do tecido (barramentos) e do processo (paradas de máquinas). Título O título do fio é uma expressão numérica que define a sua espessura. Devido às variadas formas de seção dos fios e suas irregularidades, o diâmetro do fio não é o parâmetro mais indicado para exprimir a sua espessura exata. Logo, como alternativa foi criar um sistema que faz uma relação entre peso e comprimento do fio. Esse sistema é chamado de Titulação ou Título do Fio.

Características dos Fios que Influenciam na Comercialização

Fios

Pureza Tanto o algodão como a lã contêm uma elevada quantidade de impurezas que são em grande parte removidas por processos de limpeza. Quanto mais elevado for o percentual de impurezas menor será a qualidade do fio.

Os fios são materiais constituídos por fibras naturais ou químicas, apresentando grande comprimento e finura, formado mediante as diversas operações de fiação. Eles se caracterizam por sua regularidade, diâmetro e peso, sendo que essas duas últimas características determinam o título do fio. Em geral, o fio pode ser definido como um agrupamento de fibras lineares ou filamentos, que formam uma linha contínua com características


têxteis. Estas características têxteis incluem boa resistência (durabilidade) e alta fexibilidade. O elo da cadeia têxtil representado pela fiação é composto por vários processos de fabricação que variam em função da matéria-prima utilizada e aplicação final do fio. A produção de filamento contínuo apesar de envolver uma alta tecnologia possui poucas máquinas, pois o fio é formado na primeira etapa do processo. A grande complexidade está no processo de fibras descontínuas para formar o fio fiado, que pode trabalhar com máquinas para fibras curtas ou fibras longas, sendo que a seqüência de máquinas para ambas é bem maior que o processo de filamento contínuo, já que para produzir o fio fiado é necessário abrir, limpar, afinar, torcer a massa de fibras. Devido a grande variedade de fios produzidos comercialmente, poderia parecer não haver um limite para o número de possibilidades funcionais e estéticas e para o número de fios distintamente diferentes. Fibras sintéticas, naturais ou regeneradas são processadas separadas e numa diversidade de misturas e combinações dentro do sistema de fiação de fibras. Mesmo quando um fio é feito de um filamento contínuo ou de uma particular fibra têxtil, um grande número de variações é possível. Apresentação dos Fios Algodão Hoje, os fios de algodão apresentam-se puros e em combinações com a maioria das outras fibras têxteis, sendo o poliéster/algodão o mais famoso. Esta combinação é obtida durante o

processo de fiação, quando as fibras são misturadas em proporções préestabelecidas. Esse tipo de mistura é chamado de mistura íntima. As misturas mais usuais do algodão são: 67% poliéster/33% algodão; 50% poliéster/50% algodão; 50% poliéster/35% algodão/15% linho. As menos usuais, ainda existentes, são: poliéster/algodão/viscose; algodão/viscose; algodão/acrílico. Essas misturas visam a objetivos bem específicos. O poliéster é uma fibra que melhora a regularidade do fio, que confere a qualidade antirugas (não-amassa) e reduz custo final do produto. Por sua vez, o algodão ntra com as qualidades naturais já mencionadas, da mesma maneira que o linho. Fios de algodão recebem diferentes denominações, dependendo do processo de fiação com que foram obtidos. São singelos, quando se apresentam com um único cabo; e retorcidos, quando compostos por dois ou mais cabos. Os tecidos de algodão mais comuns são: Popeline; Tricoline; Voile; Organdi; Cambraia; Brim; Utilização do Algodão: vestuário, cama, mesa, banho, acessórios, etc.


Seda No Brasil, a lã apresenta-se geralmente em mistura. Se bem que alguns lanifícios ainda comercializam fios e tecidos de pura lã. O mais usual, entretanto, é que ela seja apresentada em mistura íntima com outras fibras, sendo o mais freqüente a mistura poliéster/lã.

As misturas mais usuais da lã são: Poliéster/lã em misturas variadas: desde 80% poliéster/20% lã; Até 50% poliéster/50% lã; Viscose/lã em percentuais de misturas semelhantes ao poliéster/lã; 50% poliéster/35% viscose/15% lã. Como no caso do algodão, essas misturas visam principalmente à redução dos custos dos fios e, em segundo lugar, à obtenção da qualidade anti-rugas. Os fios de lã recebem diferentes denominações, dependendo do processo de fiação com que foram obtidos. Os tecidos de lã mais usuais são: Tela; Crepe; Camurça; Tweed; Gabardine; Tricô. Utilização da Lã: Vestuário masculino/feminino, meias, estofamento, etc.

Seda Grégia ou Crua: Fio de seda composto de, pelo menos, três filamentos desenrolados dos casulos, reunidos em um só cabo e colocados entre si pela sericina amolecida em água quente. Fios com cerca de 60 filamentos conhecidos por grégia grossa. Aproximadamente. A seda grégia ainda não passou por nenhum processo de beneficiamento. Fio Tinto de Seda: Fio de seda desengomado (a sericina é eliminada), ediamente torcido, tinto e apto para tecer. Geralmente, utilizado na fabricação de tecidos tafetá de seda. Linha Mole de Seda: Composto por dois ou até quatro cabos de fios tintos de seda, retorcidos entre si e utilizados para bordados. Crepe de Seda: Fio de seda grégia excessivamente torcido. Schappe “de Seda”: Trata-se de fio que passou pelo processo convencional de fiação, semelhante ao do algodão, lã ou linho. O fio schappe de seda pura é bastante raro no mercado brasileiro. Em seu lugar, temos uma variedade muito grande de misturas com outros materiais, conseguindo fios com aparência de fio schappe. Nessas misturas, a seda entra geralmente com porcentagens pequenas por uma questão de barateamento do produto. As misturas mais usuais da seda são: Poliéster/seda; Poliéster/Viscose/Seda; Viscose/Seda. Os tecidos de seda mais usuais são:


Tafetá; Shantung; Organza. Utilização da seda: Vestuário masculino/feminino de luxo, decoração, etc.

Viscose

entretanto esses fios recebem o nome da fibra natural que entra na sua composição ou nome de ambos. Exemplo: poliéster/viscose, viscose/linho, viscose/lã, viscose/seda, etc.

Com a mistura com outros fios, passa-se a ter, não o mesmo tipo de tecido, mas outros tecidos completamente novos, proporcionando uma grande variação de toques, caimentos e, conseqüentemente, aplicações. A poliamida é empregada na fabricação de meias, pára-quedas, tecidos laváveis que não precisam ser passados a ferro, vestuário em geral, tecidos de malha, impermeáveis, etc. Poliéster

Podemos encontrar a viscose sob muitos aspectos e até disfarces. De modo geral, temos que separar os fios de filamentos dos fios fiados (produzidos em fiações de fibras descontínuas). Crepe de Viscose: Fio de filamento de viscose, excessivamente torcido. Fios Fiados de Viscose: O filamento de viscose pode ser cortado em comprimentos desejados e processados em fiações apropriadas para algodão, lã ou linho. Fio de Fibra Curta: Fio processado em fiação própria de algodão. A fibra é mais fina e sedosa e o tecido tem um toque muito macio, utilizado na produção de artigos conhecidos por cidélia, lãzinha, etc. Fio de Fibra Longa: Fio processado em fiação própria para lã ou linho. A fibra mais grossa e mais rígida do que aquela preparada para corte curto. O tecido feito com viscose fibra longa adquire um toque próximo à lã. As misturas são todos os fios anteriormente vistos nas fibras naturais,

Pode ser encontrado nas seguintes formas: Liso; Texturizado; Crú; Tinto; Em misturas com o algodão, confere ao tecido um melhor caimento, excelente toque, aspecto diferenciado e variedade de artigos. Quanto à


absorção de umidade, a mescla do material melhora bastante e proporciona maior praticidade e conforto.

Elastano

Acrílico Para determinadas aplicações industriais, utiliza-se fios de filamentos de acrílico. Mas, para a confecção de vestuário, o fio de acrílico é utilizado sob a forma de fio fiado em fiações de fibra longa, ou seja, fiações para lã. Fio Retorcido: Utiliza-se tanto para tecidos planos como para malharia. A torção dá maior coesão entre as fibras de maneira a obter um produto final mais liso, ou seja, com menor pilosidade. Torção Malharia: A torção é bem mais fraca dando ao fio um aspecto mais macio e volumoso. Este fio só pode ser usado para a produção de malhas. Fio para Tricô: Geralmente, são apresentados retorcidos a dois ou três cabos, torção bem frouxa e produzidos a partir de filamentos grossos com o objetivo de aumentar o volume e a aparência final do fio. São utilizadas para a tricotagem manual ou utilizados em máquinas retilíneas para malhas grossas. Fios fantasia: Existe uma ampla gama de possibilidades de se produzir fios com efeitos e irregularidades tanto na fiação como na retorção. Aplicações do Acrílico: Utilizado para substituir a lã na malharia, tecido plano, cobertores, mantas, etc.

O elastano deve ser misturado com outros materiais e, em especial, encontramos a mistura com algodão numa combinação perfeita entre o natural e o sintético. O elastano entra sempre em menor proporção na composição do tecido. Pode-se encontrar o fio na forma nua, na produção de tecidos de malha ou recoberto com poliamida em forma de multifilamento ou almado (core spun) nos quais o elastano é fiado junto com o algodão ou outros materiais para produção de tecidos planos ou também na produção de tecidos de malha com algodão. Os fios são somente produzidos sob a forma de filamento e como tal pode ser usado junto com outros materiais em teares de malharia. Apresenta-se também, sob a denominação de core-spun que é quando o filamento de elastano vem revestido por fibras naturais, geralmente algodão, dando a impressão de um fio de algodão elástico. Aplicação do Elastano: Vestuário masculino, feminino, infantil, linha esportiva, moda praia, roupas íntimas, punhos, meias, etc.


Fios Metálicos e Fios Metalizados

TIPOS DE TECIDOS EM RELAÇÃO AO TECIMENTO (TRAMA/TEIA)

Fio de origem mineral, feito de ouro ou prata e usado nas épocas mais remotas. Foram produzidos fios metálicos torcidos com algodão, seda ou viscose. Hoje, os fios têm uma base de poliéster e combinação de produtos químicos. Aplicação dos Fios Metálicos: Em tecidos planos e malhas (brocados em rendas, etc.), aviamentos, passamanarias, etc. Os fios metalizados são fios têxteis com revestimento metálico. Para obter o revestimento, o fio fica apto a conduzir a corrente elétrica para depois ser dourado ou prateado por meio de galvanização, ou recebem fina cobertura de metal. O fio Lurex é o mais conhecido dentre todos os fios com efeito metálico. É um fio semelhante a uma fitinha de lâmina, com efeito colorido que lhe dá o tom de metal. Os fios lurex possuem geralmente emprego como fios de efeito. São processados juntamente com seda, lã, algodão e com fibras químicas para formar tecidos e artigos de malharia. A sua aplicação dirige-se principalmente à fabricação de vestidos, casacos e blusas, calças de senhoras, artigos de malharia, roupas de banho, mantas, estolas, cortinas, etc.

Tecido plano Todo tecido plano é resultante do entrelaçamento de dois conjuntos de fios que se cruzam em ângulo reto, de forma perpendicular. Os fios dispostos no sentido transversal são chamados de TRAMA e os fios dispostos no sentido longitudinal são chamados de URDUME. Ao longo das bordas no sentido longitudinal, há uma pequena barra, tecida com mais firmeza, com textura própria para as laterais do tecido, chamada de OURELA. Portanto, os fios paralelos à OURELA são de URDUME e os transversais a mesma são os fios de TRAMA.


Todos os tecidos de tear são produzidos pelo entrelaçamento de dois tipos de fios: os da teia (dispostos no sentido do comprimento) e os da trama (no sentido da largura). Os fios da teia são dispostos perpendicularmente aos da trama. A estrutura do tecido pode ser modificada alterando o padrão de entrecruzamento da teia e da trama. Existem três tipos fundamentais de estruturas - tafetá, sarja e cetim -, sendo o restante, em sua maioria, variantes destes três tipos, com exceção da estrutura Jacquard. Devido à sua estrutura ou ao seu acabamento, os tecidos mais finos e delicados exigem cuidados especiais. O conhecimento das características destes tecidos é importante para determinar o modelo, o tipo de acabamento e os equipamentos e utensílios adequados.

Estrutura tafetá: esta é a estrutura mais simples, onde os fios da trama passam alternadamente sobre e sob os fios da teia. A tenacidade varia em função da resistência dos fios e da compacidade da sua estrutura. Exemplos: tafetá, musselina, voile, percal. Estrutura sarja: é uma das estruturas fundamentais em que o fio da trama passa no mínimo sobre dois fios da teia e no máximo sobre quatro.Em cada nova passagem a trama avança uma unidade para a direita ou para a esquerda, formando uma estria em diagonal. Exemplos: sarja, gabardine, danine. Estrutura cetim: cada fio da teia passa sobre quatro a oito fios da trama, numa disposição em zig-zag. Exemplos: cetim, peau de soie, sablé. Estrutura jacquard: esta estrutura é conseguida por meio de uma mecânica Jacquard, que controla separadamente os fios da teia e da trama de modo a formar desenhos elaborados na superfície do tecido. Exemplos: damasco, brocado, tecidos para decoração. Estrutura com pêlo: obtém-se acrescentando um fio de trama a uma estrutura de tafetá ou sarja. Este fio surge então no meio do tecido sob a forma de laçadas, que podem ser cortadas ou aparadas. Exemplos: veludo, pelúcia, imitação de peles. Estrutura de brocado: nesta estrutura, um fio da trama forma um desenho sobre a superfície da estrutura de base. Este fio segue pelo avesso, de um desenho para o outro, sendo cortado no final da


 Por trama - são tecidos de malha obtidos a partir do entrelaçamento tecelagem. Exemplo: cambraia suíça. de um único fio, podendo resultar num tecido aberto ou circular Enredamento: esta estrutura forma nós nos pontos  Por urdume - são tecidos de malha obtidos a partir de um ou mais em que os fios se interceptam, formando uma teia. É conjuntos de fios, colocados lado a lado, à semelhança dos fios de a estrutura encontrada nas rendas em geral. urdume da tecelagem plana. Exemplos: tule, filó, parte em rede das rendas. Estrutura cesto: variante da estrutura tafetá. NestaPodemos ainda verificar a existência de vários tipos de malhas estrutura cruzam-se fios duplos ou múltiplos, os quais são colocados lado a lado sem que sejamMistos - São tecidos de malha por urdume ou trama com inserção (lay-in) submetidos à torção. É uma estrutura menos firme eperiódica de um fio de trama, objetivando dar melhor estabilidade dimensional ao tecido. É também conhecido como malha laid-in. menos durável que a estrutura tafetá.

Estrutura Gaze: nesta estrutura os fios da teiaTramados - São produzidos em máquinas de malharia por urdume, chamadas alternam-se na sua posição, tomando a forma de umtramadeiras, e são muito similares ao tecido plano, com a diferença que os oito em torno dos fios da trama. fios de urdume são substituídos por colunas de malha. Com este tecido ganha-se em produção, pois a velocidade da tramadeira é muito superior ao do tear plano.

Tecido de Malha

É uma superfície têxtil, formada pela interpenetração de laçadas ou malhas que se apoiam lateral e verticalmente, provenientes de um ou mais fios. Dividem-se em:

Os não tecidos Não-tecido ou Nonwoven - São tecidos obtidos através do entrelaçamento de camadas de fibras que se prendem uma as outras por meios físicos e/ou químicos, formando uma manta contínua. Podem ser: • Feltro - é o tecido resultante do entrelaçamento de fibras de lã ou similares, através da ação combinada de agentes mecânicos e produtos químicos; • Folheado - é o tecido feito a partir de um véu de fibras têxteis, não feltrantes, mantidas juntas por meio de um adesivo ou por fusão de fibras termoplásticas. Apresenta três tipos: com as fibras orientadas, com as fibras cruzadas e com as fibras dispostas ao acaso.


Tecidos Especiais São aqueles obtidos por processos dos quais resulta urna estrutura mista de tecido plano, malha e não-tecido, ou ainda, como resultante de soluções de polímeros de fibras aplicadas aos tecidos. Podem ser:  Laminados - são estruturas obtidas pela colagem de dois tecidos diferentes ou pela simples aplicação de um impermeabilízante químico a um tecido qualquer.  Malimo - estes tecidos levam o nome da máquina onde são produzidos. É uma estrutura obtida pela sobreposição, sem entrelaçamento, de camada de urdimento sobre a camada de trama e cuja amarração é obtida por uma cadeia de pontos de malha.

Tipos de Tecidos em relação ao uso

(móveis, automobilística, aeronáutica e náutica), brinquedos (astrakan, pelúcias e outros), tecidos em fibra de vidro e carbono e etc. e) Tecidos geotécnicos Tecidos planos e de malha voltados para fornecer matérias complementares de segmentos como: rodoviário e ferroviário (base para capeamento de rodovias e ferrovias), contenção de encostas, agronomia e etc. f) Tecidos especiais Tecidos planos e de malha para segmentos de blindagem (coletes a prova de bala, blindagem automotiva), combate a incêndio (roupas de penetração e aproximação da chama), mergulho, filtros especiais e etc.

Propriedades dos tecidos

b) Tecidos para decoração, cama, mesa e banho Tecidos planos e de malha voltados para a produção de cortinas, tapetes, forrações, colchas, lençóis, fronhas, toalhas em geral e etc.

É o conjunto de características de um produto que determinam seu comportamento quando este é submetido a certas condições específicas, possibilitando classificá-lo, controlar sua produção, qualidade e mesmo prever seu comportamento em determinadas situações especiais ou normais. Segundo estas características pode-se determinar algumas aplicações para cada artigo e desta forma adequar o produto ao uso.

c) Tecidos rendados e elásticos Tecidos planos e de malha voltados para as linhas stretch, lingerie, praia, piscina (prática de esportes), noite, cortinas rendadas, toalhas rendadas, sportware, surfware e etc.

Estas características são classificadas em três tipos: 1. Características Físicas 2. Características Químicas 3. Características Colorimétricas

d) Tecidos industriais Tecidos planos e de malha voltados para fornecer materiais complementares de segmentos industriais como: estofamentcs

Características dos Tecidos • Composição • Gramatura

a) Tecidos para vestuário Tecidos planos e de malha voltados para as linhas de produto social, calças, saias, camisarias, uniformes (vestuário) e etc.


• • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Densidade Espessura Título do fio (espessura) Resistência à tração Resistência ao rasgo Resistência à abrasão Resistência a rugas Resistência à formação de pilling (bolinhas) Resistência ao estouro Resistência ao puxamento de fios Estabilidade dimensional Regain Solidez da cor (luz, lavagem, suor, piscina, ferro de passar) Permeabilidade ao ar Hidrofilidade e Coluna d'água Propagação da chama Impacto de projétil Acabamentos específicos e especiais Leitura da cor

PREPARAÇÃO DO TECIDO Quando compramos um tecido geralmente os vendedores rasgam o mesmo puxando por uma das pontas e isso faz com que as beiradas fiquem desiguais, sendo preciso acertá-las. 1. Corte a ourela com a tesoura; 2. Puxe um fio do tecido; 3. Corte cuidadosamente ao longo do fio puxado até atingir a outra ourela. O tecido também pode ter sofrido alguma distorção na fábrica, de modo que a trama e o urdume não estejam perfeitamente perpendiculares. Neste caso, é preciso fazer o alinhamento dos fios. 1. Coloque o tecido sobre uma superfície plana e dobre, juntando as ourelas. Se o tecido ficar enrugado, precisa ser acertado seguindo os passos seguintes. 2. Puxe o tecido no viés em todo o seu comprimento, até que fique alinhado; 3. Passe a ferro o tecido antes de cortar. É muito importante tomar todos estes cuidados para corrigir as distorções do tecido antes de cortá-lo, porém, devemos ter conhecimento de que nem sempre é possível fazer tais correções. Alguns tecidos como os que possuem acabamento à prova d’água, vinco permanente ou forro colado, não permitem que seja feito este realinhamento da trama. No caso de tecidos que têm a tendência para encolher ou quando se tem a intenção de fazer uma peça com dois ou mais tecidos diferentes, é aconselhável molhar estes tecidos e deixálos secar à sombra antes de cortar. Quando o tecido estiver muito


enrugado é importante passar a ferro, para que não ocorra qualquer alteração do molde. Conhecer as principais estruturas dos tecidos é de grande utilidade para que você saiba identificar um tecido, mesmo que não haja nenhuma informação mais específica na etiqueta de fábrica, pois nomes dados aos tecidos variam muito de fabricante para fabricante. Saber qual a estrutura do tecido pode ser de grande utilidade para decidir a sua utilização, o seu manuseio e que tipos de acabamentos poderão ser feitos na peça a ser confeccionada.

GLOSSÁRIO DE TECIDOS BROCADO: tecido laminado, próprio para vestidos sofisticados. BUCLÊ: vem do francês e significa encaracolado, anelado, é o tecido ou fio crespo, que forma anéis torcidos. CACHEMIRA: originário da região de Cachemira no Paquistão. É uma lã feita com pêlo de cabra. CAMBRAIA: tecido 100 % algodão, muito leve, utilizado para roupas finas. CAMELO: tecido feito com pêlo do animal do mesmo nome. É muito raro e caro. CETIM: originário da cidade de Zaytun, na China. É um tecido de seda (ou algodão) compacto, macio e muito brilhante. CHIFOM: tecido fluido, leve e transparente. CIRÊ: tecido encerado ou couro que por um tratamento especial, toma-se brilhante. CREPE: tecido macio, consistente, opaco e levemente granulado. Pode ser de lã, algodão ou seda. CREPE-DA-CHINA: crepe de seda, de textura mais fina que o crepe georgette. CREPE GEORGETTE: crepe transparente fino de seda. DAMASCO: tecido o qual a própria trama forma desenhos em relevo. DUPLA-FACE: tecido reversível, isto é, que não tem avesso, encontrado em cores únicas ou em fantasia, próprio para capas, jaquetas, casacos etc. ESCOCÊS: lã xadrez, geralmente em três cores. FUSTÃO: tecido com nervuras na própria tecelagem. GABARDINE: tecido com trama característica em diagonal, originária da Inglaterra. Era empregado exclusivamente em capas impermeáveis e ternos.


GUIPURE: originário do francês arcaico "Guiper", que quer dizer vestir-se de seda. Em português: guipura, renda de malhas largas, de linho ou seda. JÉRSEI: espécie de tecido de malha de seda, muito maleável. , JUTA: de origem vegetal, usado em detalhes rústicos, para roupas esportivas, tapetes e cordas. Mistura-se com o linho para a fabricação do veludo. LÃ: denominação genérica dos tecidos de origem animal, próprios para o inverno. Há diversos tipos de lã, como sintética, muito utilizada na confecção de malhas e pulôveres. LAISE: tecido de algodão bordado, com aparência de renda. LÃZINHA: como o próprio nome diz, é um tecido feito de lã, porém mais leve e por isso mais adequado para vestidos, saias e ca saquinhos. LINGERIE: tecido de seda ou sintético, suave e brilhante, utilizado para roupas delicadas. LYCRA: tecido leve, flexível e não absorvente, muito utilizado na confecção de roupas íntimas, maios e colantes. MATELASSÊ: tecido acolchoado, muito utilizado em coletes, jaquetas, casacos, e na confecção de cobertas para cama. MOIRÉ: pronuncia-se "Moaré", tecido sedoso, tipo tafetá, caracterizado pêlos reflexos ondulantes, brilhantes e opacos, do francês. Em português, seu nome é Chamalote ou Tafetá. MOLETOM: tecido sintético, pesado, com elasticidade (malha) usado em roupas esportivas de inverno e meia-estação, cujo avesso forma uma trama caracterizada, de rede em relevo. MUSSELINA: ou Mousseline em francês, originária de Mossul, no Iraque, a musselina é um tecido transparente, vaporoso, opaco, usado em roupas para festas.

ORGANDI: musselina de algodão, levíssima, com tratamento especial, que dá firmeza. Originária de Organzi, o maior mercado de seda do Turquestão. ORGANZA: é um tipo de organdi, mais transparente e brilhante. A organza de seda é a mais preciosa. PANAMÁ: linho rústico. PIQUE: também do francês. Trata-se de um tecido especial de algodão, cuja característica é a trama formando desenhos em alto e baixo relevo, unidos por pontos e linhas. Existe o pique de seda, muito maleável. PLUSH: tecido sintético, com grande elasticidade (malha) de aparência aveludada, usado para roupas infantis e agasalhos de meia-estação. POPELINE: tecido 100% algodão ou misto, muito usado devido a sua utilidade, tanto no verão como no inverno. RAMI: fibra vegetal originária da China, utilizada na fabricação de tecidos e rendas finíssimas, seja puro ou misturado com seda, lã, algodão. Substitui o linho devido a falta deste. RENDA: tecido feito com fio de linho, algodão, seda etc. e que serve para guarnição de vestidos, lingerie etc. SEDA: tecido luxuoso e brilhante, utilizado em vestidos, blusas etc. Misturados com outros fios, a seda dá origem a tecidos como: crepe de seda, jérsei de seda, cetim de seda etc. TERGAL: tecido 100% sintético, não amarrota e por ser muito econômico, é utilizado em todos os setores. TRICOLINE: tecido de algodão, de trama simples e brilhante, tipo cambraia, só que mais encorpado. TULE: tecido muito leve e transparente, de seda, algodão ou sintético. TWEED: tecido de lã, cujos fios, em duas ou mais cores, formam pequenos relevos. De origem inglesa, exatamente do nome de uma cidade da Escócia. Muito usado na confecção de tailleurs e casacos.


VELUDO: tecido de seda, algodão, lã ou sintético. Tem um lado mais felpudo e macio do que o outro. VELUDO COTELÊ: tecido canelado com estrias em relevo. Usado na confecção de calças e casacos A COMPRA DO TECIDO

pronta. De preferência, anote a composição do mesmo na hora da compra. COMO RECONHECER O AVESSO E O DIREITO DO TECIDO Sempre devemos identificar o direito do tecido antes de cortar uma peça, pois o risco deve ser feito sempre pelo avesso. Nos tecidos que são enrolados em peça ou tubos, o direito está sempre para dentro e você deve observar isso quando estiver comprando. Outras formas de identificação são:  

   

Ao comprar um tecido verifique os critérios abaixo:     

Estrutura: deve ser firme, sem fios soltos ou rompidos, de uma espessura uniforme. Fios: os fios da trama devem ser perpendiculares às ourelas. Caso contrário, o tecido está desalinhado. Cor: deve ser uniforme e firme. No caso de tecido estampado, verifique se há falhas na estampa. Sempre ao comprar um tecido, verifique a sua composição para saber como manuseá-lo durante a confecção da peça e como passar e lavar a peça já

Os tecidos macios são mais brilhantes do lado direito; Nos tecidos com textura, esta apresenta mais definição do lado direito e no lado avesso podem-se observar irregularidades como bolinhas ou linhas soltas; Tecidos com textura no estilo brocado são mais macios do lado direito e tem fios levantados do lado avesso; Nos tecidos estampados as cores são mais vivas do lado direito; Geralmente a ourela dos tecidos é mais macia do lado direito; Muitas malhas quando esticadas, enrolam as suas bordas para o lado direito; Existem tecidos que o lado direito e o avesso são muito semelhantes, neste caso, escolha um dos lados para ser o direito e marque o avesso com giz, para não confundir.

TECIDOS COM PÊLO Estes tecidos pertencem ao grupo de estrutura com pêlos. Há uma rica variedade deste tipo de tecido, podendo ser de fibras naturais ou artificiais. Podem ser veludos, pelúcia, peles ou imitação de peles. Podem ter pêlo curto, com a superfície aveludada, com pêlos com


menos de 3 mm; ou pêlo longo com superfície com pêlos com mais de 3mm. Cada tipo deste tecido precisa de cuidados específicos. Os veludos podem ser feitos de seda, de acetato e ou de raiom.

Risco e corte

  

Nos tecidos de pêlo curto, você pode cortar com sentido do pêlo para cima, para obter um efeito de cor mais viva, e com sentido do pêlo para baixo, para obter um tom mais opaco; Nos tecidos de pêlo longo, corte sempre com o sentido do pêlo para baixo. Coloque as partes do molde sempre sobre o lado avesso do tecido; Risque cuidadosamente as partes do molde com giz e corte rigorosamente em cima da linha riscada. Separe as partes e identifique todas do lado avesso para não confundi-las.

Passar a ferro 

Montagem    

Antes de costurar, prenda as partes com alfinetes ou alinhave; Mantenha as margens de costura regulares; Costure apenas uma vez, pois se a costura for desfeita, deixará marcas no tecido; Deve-se utilizar uma agulha fina de ponta arredondada (ponta bola);

As costuras devem ser feitas de preferência seguindo o sentido do pêlo; Para os tecidos de pêlo alto, deve-se tomar também o cuidado de regular a tensão da máquina e aumentar o comprimento do ponto; Nos tecidos de pêlo alto, elimina-se o excesso de volume nas margens de costura aparando o pêlo neste local; Para os veludos, recomenda-se o acabamento da bainha com debrum, podendo este ser uma tira de tule. Em seguida vira-se a bainha e costura-se com um ponto invisível.

 

Para passar o veludo de algodão a ferro, coloca-se uma pano tipo flanela ou sarja e por cima deste outro tecido de algodão cru, e sobre este é que o ferro será passado; Para passar o veludo de seda ou sintético, coloca-se o ferro com a base para cima e desliza-se suavemente sobre este o avesso do veludo. Quando se tratar de abrir costuras, dá-se com o ferro em temperatura baixa, ligeiras pancadinhas sobre a costura, pelo lado avesso da peça; Tome cuidado para que a temperatura do ferro esteja sempre baixa, pois temperaturas elevadas podem derreter o veludo. Durante a montagem, passe a peça a ferro o menos possível, e quando o fizer faça sempre pelo avesso; Da mesma forma, passe os tecidos de pêlo alto pelo avesso, fazendo o mínimo de pressão para evitar amassar o pêlo. Para abrir costuras, utilize o bico do ferro ou apenas os dedos.


TECIDOS LISOS E TRANSPARENTES

 

Risco e corte  

 

Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa; Prenda as partes do molde ao tecido com alfinetes finos ou corte as partes do molde em papel de seda e una-as ao tecido por alinhavos, costurando papel e tecido juntos, para que o tecido não deslize; Se for riscar o tecido, faça-o sempre pelo lado avesso; Quando o molde tiver partes de contorno bem definido, corta-se em papel de seda, já com as margens, alinhavando em seguida estas peças ao tecido e recortando tudo junto; Ao costurar as partes, deve-se manter o papel de seda, só retirando este após ter terminado de unir as partes.

Passar a ferro   

Montagem 

  

Costure apenas uma vez, pois os pontos depois de retirados deixam marcas no tecido. Para isso é necessário alfinetar ou alinhavar sempre as partes antes de unir; Deve ser manuseado com cuidado, pois amarrota suja e desfia com facilidade. Para evitar que o tecido escorregue ao costurar, coloque tiras de papel de seda entre o tecido e o impelente; Ajuste o comprimento e a tensão do ponto para evitar que o tecido franza com a costura. A tensão deve ser reduzida e o ponto deve ser pequeno; Para evitar que o tecido estique, prenda sempre as partes com alinhavos;

Use agulha de máquina fina de ponta arredondada; Os detalhes de montagem nos tecidos transparentes devem ter acabamento perfeito, por serem visíveis do lado direito. Nestes casos, pode-se recorrer a costuras francesas ou debruadas; Os tecidos transparentes podem ser arrematados com uma simples bainha virada. Nos tecidos mais maleáveis, pode-se aplicar uma bainha em rolinho. Estas bainhas podem ser feitas à mão ou à máquina, com o auxílio de um pé calcadorembainhador.

Passe a seco, pois a água pode manchar o tecido; A tábua de passar deve ser coberta com um tecido macio e a temperatura do ferro deve ser sempre baixa; O ferro só deve entrar em contato direto com o tecido quando for necessário. Utilize um tecido de algodão para proteger enquanto passa. Para abrir as costuras deve-se usar apenas a bico do ferro, sem pressionar; Antes de passar, faça um teste num pequeno retalho, para saber se o tecido tem a tendência a encolher ou franzir ao ser passado;

TECIDOS COM ELASTANO Atualmente a Indústria Têxtil tem produzido tecidos finos como crepes, veludos e rendas com fios de elastano, para dar mais aderência e conforto às roupas mais sofisticadas. Porém, a utilização destes tecidos é bem mais difícil. São precisos alguns cuidados no corte e na montagem das peças feitas com tecidos que contenham fios de elastano.


Risco e corte  

 

Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa, com cuidado para não esticá-lo; Prenda as partes do molde ao tecido com alfinetes finos, pois os alfinetes mais grossos podem romper os fios de elastano e deixar marcas no tecido; Se o tecido tiver a tendência a deslizar, corte as partes do molde em papel de seda como já foi explicado acima; Se for riscar o tecido, faça-o sempre pelo lado avesso;

TECIDOS COM FIOS METÁLICOS Os tecidos para noite ganham um glamour a mais quando têm em sua trama fios metálicos, o que lhes confere brilho e um aspecto luxuoso. Estes fios metálicos são geralmente muito frágeis e é preciso atenção para não danifica-los. Risco e corte  

Montagem 

Para evitar que as costuras arrebentem, utilize linha adequada ao tipo de fibra do tecido e agulha fina de ponta arredondada; Nos locais onde a elasticidade não for conveniente (como nos ombros, por exemplo), costure uma fita de tecido como reforço; Para que as partes não estiquem ao serem costuradas, alinhave antes e se for preciso, faça pontos de fixação em locais estratégicos;

Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa; Ao cortar o tecido tenha cuidado para não puxar ou deformar os fios metálicos durante o corte;

Montagem  

Costure apenas uma vez, pois os pontos depois de desmanchados deixam marcas no tecido; Para evitar que os fios metálicos se partam ao costurar, utilize uma agulha fina e por precaução, verifique sempre se a sua ponta está em forma; Forre a peça para evitar que os fios arranhem a pele.

Passar a ferro Passar a ferro   

Manuseie suavemente o tecido, para evitar que este se distenda ou deforme; Para evitar que as margens das costuras deixem marcas do lado direito, coloque tiras de papel por baixo destas; Use ferro com temperatura baixa.

 

Passe o a seco, pois os fios metálicos perdem o brilho pela ação do vapor; Passe com o ferro em temperatura sempre baixa.


RENDAS A renda é um tecido de trama muito aberta, geralmente combina estrutura de enredamento e bordados com ou sem relevo. As rendas podem ser leves ou pesadas.

Montagem 

Risco e corte 

Corte a renda procurando conservar todos os desenhos na mesma direção, de forma que haja uma continuidade sem interrompê-los; O forro deve ser cortado em primeiro lugar. Deve ser de uma cor harmoniosa com a renda e a composição de sua fibra também tem que ser compatível com a renda que será utilizada; Corte a renda de acordo com o forro e transfira todas as marcações para o forro. Uma boa opção é riscar as partes do molde em papel fino, prendendo o papel à renda com alfinetes e cortar os dois juntos. Depois de cortadas as partes, retire o papel; Risque cuidadosamente as partes do molde com giz sobre o forro, cortando em cima da linha riscada. Separe as partes e identifique todas do lado avesso do forro e prenda com alfinetes as partes de renda e de forro correspondentes, para não confundi-las. Da mesma maneira que a renda leve deve ser cortada procurando conservar todos os desenhos na mesma direção, de forma que haja uma continuidade sem interrompe-los. Os desenhos nas costuras laterais e nos ombros devem ser harmoniosos;

Todas as marcas de costuras devem ser feitas pelo avesso da peça, através de alinhavos

Para evitar que a renda deslize ao costurar, coloque tiras de papel de seda entre o impelente e o tecido; Use agulha de máquina “ponta bola” nº 11 e de mão nº 10, bem fina e longa, se a renda for fina. Se a renda for mais pesada, pode ser usada uma agulha mais grossa; Se for colocar forro solto, todas as costuras feitas na renda devem ter acabamento perfeito. Para isso, pode-se recorrer a costurar debruadas; Se a renda exigir forro preso, este deve ter a função de entretela, de forma que a renda se uma a ele, formando uma tela única. O forro deve ser preso à peça por meio de alinhavo diagonal, sobre uma superfície plana; A bainha deve ser feita com todo o cuidado, de forma a manter o desenho na posição certa. Nas rendas pesadas, a barra pode ser recortada, aproveitando o contorno do desenho; Para bainhas em renda pesada, recomenda-se uma bainha postiça. Para uma renda leve, recomenda-se a bainha em rolinho ou a aplicação de uma tira para reforçar. Pode-se ainda optar-se pela aplicação de uma renda decorativa como arremate da bainha, costurada com ponto de luva ou zig-zag. Algumas rendas permitem que se recorte o contorno dos motivos, sendo isso suficiente para o acabamento da barra.


Passar a ferro   

Proceda cautelosamente ao passar peças com renda. A temperatura do ferro deve ser correspondente à fibra; A renda deve ser passada o menos possível, pelo avesso, protegida por um tecido; A tábua de passar deve ser bem acolchoada, por causa da delicadeza da renda.

uso e lavagens. Usa-se quando a peça exige volume, como uma saia balonê. Neste caso, o fio da trama estará perpendicular ao solo. Em viés - caimento flexível. A peça contorna o corpo, mesmo quando não é justa. A diagonal da trama e urdume é que está perpendicular ao solo.

O CAIMENTO PERFEITO O caimento perfeito da roupa está relacionado com o a queda do fio, ou seja, a direção do fio em relação ao solo. Se um molde for colocado sobre o tecido, sem obedecer a direção do fio, a roupa cortada cairá mal. Por isso é importante saber o que é fio reto, fio horizontal e fio em viés.

Ourela

Quando estiver fazendo o molde é importante determinar o sentido do fio. As ilustrações abaixo demonstram a relação entre o sentido do fio determinado no molde e a ourela do tecido e como colocar as indicações do fio do tecido:

Ourela

 

Em fio reto - caimento firme, porém, não tão rígido. É a forma mais utilizada. O fio de urdume está perpendicular ao solo. Em fio atravessado - caimento mais armado. Pouco usado, pois poderá apresentar defeitos e deformações na peças, após o


Obs. Nem sempre é obrigatório que a roupa seja cortada no mesmo sentido.

2. Malha → 1,0 cm para máquina interloque.

1. Uma blusa pode ser cortada a fio reto e a manga em pleno viés.

4. Tecido plano →1,0 cm para máquina reta e quase todas as outras

2. Um vestido pode ter a blusa cortada a fio reto e a saia com o fio atravessado.

3. Malha → 0,0 cm para aparelho de viés.

máquinas. 5. Camisaria plana → 1,5 cm para máquinas de cavas e laterais. 6. Jeans →1,0 cm pra máquina interloque.

Margens de Costura

7. Jeans →1,5 cm para máquina de braço. 8. Alta costura →1,5 a 2,5 cm para máquina reta.

As margens de costura são um acréscimo de medida aos moldes, nas partes que serão unidas ou nas que receberão algum acabamento na peça. Recomenda-se que as medidas das margens de costura sejam acrescentadas aos moldes na etapa de finalização, ou seja, depois de realizadas todas as alterações no molde de trabalho. Isso resultará na uniformidade das medidas, em todos os contornos das partes que compõem o molde interpretado. Os acréscimos necessários para as margens de costura variam de indústria para indústria, de acordo com o segmento específico da área da moda. Vários fatores podem ser considerados definitivos para a quantidade e a medida das margens de costura. Dentre eles, estão o tipo de tecido, o acabamento que será realizado ou aplicado na borda do mesmo, qual parte do molde e que máquina e ponto serão utilizados para tal. Como orientação geral, você poderá utilizar, para tecidos planos, as medidas sugeridas abaixo, específicas para a produção industrial: As Margens das costuras são determinadas pelo tipo de máquina que fará a costura. 1. Malha → 0,5 cm para máquina overloque.

9. Alta costura → 1,5 cm para cavas e decotes.


É de extrema importância a exatidão das margens de costura colocada sobre os moldes, devendo a linha externa (sobre a qual se fará o corte no tecido) ser uniforme e paralela à borda do molde de trabalho. Vale salientar que qualquer alteração ou desproporção nas margens de costura poderá modificar as medidas de todo o molde, ocasionando erros ou defeitos na produção das peças.

Peça Piloto ou Protótipo

O protótipo ou peça-piloto é uma peça confeccionada para prova e correção de algum eventual problema. Depois de analisada, se houver necessidade, faz-se a correção no molde, pilota-se novamente e somente depois se passa para a fase de graduação do molde. É responsabilidade de o modelista acompanhar o desenvolvimento da peça-piloto. A pilotagem dos moldes básicos traçados tem como objetivo o teste da modelagem no corpo humano ou no manequim, ou seja, é a maneira utilizada para experimentar a base já confeccionada em tecido e conferir as medidas do molde. Pode-se atribuir o sucesso de uma modelagem já interpretada ao fato de terem sido feitas as alterações corretas sobre os moldes. Porém, essas alterações só são possíveis se o profissional compreender a utilização e o funcionamento dos moldes

básicos. A pilotagem dos moldes básicos permite a visualização e compreensão com relação ao efeito deles no corpo humano. As provas, ou testes das peças-piloto (protótipos), até podem ser testadas e experimentadas em pessoas que possuam medidas de acordo com a tabela que foi utilizada, desde que a pessoa seja medida a cada data de prova para conferir se continua com as medidas adequadas. O ideal e o correto é que as provas sejam testadas e corrigidas no manequim (boneca ou busto), de preferência acolchoado ou estufado para que possa ser alfinetado, fazendo assim as correções que forem necessárias na peçapiloto ou modelagem.


ESTUDOS NECESSÁRIOS SETOR DE CORTE 1 Tipos de Moldes Simetria do corpo humano a) Eixo imaginário b) Lado direito e esquerdo do corpo

a) Moldes simétricos: São aqueles que podem ser usados independentemente em ambos os lados, direito ou esquerdo, do ser humano. Ex. o molde da calça pode ser usado tanto do lado direito como do lado esquerdo, desde que espelhado.

b) Moldes assimétricos: São aqueles cujo lado não são exatamente iguais, o lado esquerdo não serve para vestir o lado direito ou vice-versa. Ex.: Camisa com a frente que tem vistas diferentes.

Modelagem Os moldes de acordo com as características da roupa a que se destina obedecem dois critérios a saber:


Rotação do molde É determinado por ângulos de 45º, 90º.

Espelhar o molde É quando devemos repetir o molde do contrário, como em um espelho.

Ângulo de 45º Fio do molde Observe a diferença do fio traçado no molde, é ele quem determina o caimento da peça.

Corte reto e corte no viés

Ângulo de 90 º


Etapas da modelagem

3 Destaque do molde para corte

1 Interpretação de modelo

É a reprodução de cada parte do diagrama para outro papel com acréscimo das margens para costura e todas as informações ou marcações necessárias, ou sejam, piques para as pences, furos indicadores da altura do bolso ou outro detalhe que se faz necessário.

É a primeira etapa e aquela que exige mais observação. Nesta fase, o modelo é apresentado por meio de desenho, fotografia ou peça pronta. Ele deve ser analisado em todos os seus detalhes, como por exemplo:  O tamanho,  As formas das suas diversas partes,  O tipo de costura  A montagem,  O tecido,  Os aviamentos

Indicam-se no molde por escrito:

•Parte da peça ( nome da parte, ex: frente superior )

•Modelo ( ex: camisa feminina) •Tamanho da peça ( número

do

manequim, ex 42)

2 Construção do diagrama Etapa em que cada parte da peça a ser confeccionada é desenhada no papel sob forma de esquema. O diagrama é uma representação gráfica, no plano, de uma estrutura que pode ser tridimensional, com a posição das suas partes e a relação proporcional entre elas. Do diagrama se obtém o molde base.

•Referência ( ex: ref. 0001) •Ordem ( 1 de 5) •Quantidade a ser cortada de cada parte ( ex cortar 2 X) •Número de partes que compõem a peça •Posição do fio. •Piques : são usados para marcar a localização de pences

e zíperes, ou lugares onde pode facilitar a montagem da peça, como por exemplo a manga, centro do cos, etc.

•Assinatura, nome do modelista •Data.


4 Preparação de molde base

Como passam a ser considerados gabaritos, é necessário que seja elaborada em papel muito resistente, como o papel cartão. Podem já ter acrescidas às margens de costura. 6 Prova e correção

Para confeccionar o molde base, é preciso reproduzir cada parte do diagrama em papel especial. Assim, teremos um molde base para cada parte. Estas bases, em forma de molde, servirão de auxílio para o desenvolvimento de peças básicas ou elaboradas, sendo utilizada para a interpretação de modelos em uma modelagem mais elaborada. Este tipo de trabalho tem como ponto de partida as bases da modelagem, que passam a funcionar, então, como gabaritos, dispensando a necessidade de refazer as linhas de construção a cada vez que se desenvolve um novo modelo.

É a etapa em que se confecciona uma peça, chamada peça piloto, para se averiguar o seu caimento. Depois de provada, se houver necessidade, fazem-se as devidas correções no molde, e a peça corrigida fica como amostra para a confecção em série. Assim o molde está testado. Para a confecção da peça piloto, antes deve ser realizado o estudo de encaixe: As partes são colocadas sobre o tecido ou sobre uma folha de papel que tenha a mesma largura, da forma que possibilite o melhor aproveitamento possível do tecido, sem desperdício, com a finalidade de se calcular o consumo de tecido.

5 Adaptação de modelo

7 Graduação

Com a base da modelagem em mãos, pode-se realizar a adaptação de modelo, ou seja, transformar o modelo original em um modelo novo. A base é um molde construído para servir numa figura específica. As linhas de estilo de um modelo desenvolvido a partir de uma base podem variar tremendamente, mas o caimento estará de acordo com a base que foi utilizada.

É a etapa em que se realiza a ampliação e redução dos moldes para que se obtenha a grade completa de tamanhos. Da amostra original, se obtém os outros tamanhos. Como a graduação é diretamente proporcional ao moldebase, as peças resultantes destinam-se a serem ajustadas a corpos em uma série consecutivas de tamanho, mas todos com as mesmas proporções, ou seja, o mesmo tipo de corpo. Efetua-se a graduação para que todos os recortes, pences e linhas de estilo caiam no mesmo local, em relação à proporção do corpo. Utiliza-se uma tabela de medidas do corpo ou do produto final para realizar-se este aumento ou diminuição do tamanho base.


conforme o desenho ou uma linha com traços longos, ambos localizados junto à dobra. Existem, ainda, outras informações que devem ser colocadas nos moldes, de acordo com a peça a ser montada. São elas:  Abertura: indica o local onde deverá ser feita uma abertura por meio de recorte no molde;  Localização de botão;  Localização de caseado;  Embebimento: diminuição de uma das medidas das partes na hora da costura;  Franzido.  Números de montagem: indicações por meio de número localizados nas diferentes partes da peça, de acordo com a montagem da mesma. Marcações essenciais feitas sobre os moldes:  Localização do centro: CF (Centro da Frente do molde), CC (Centro das Costas) e CM (Centro da Manga).  Piques: pequenos recortes utilizados para indicar pences ou regiões de encaixe de partes do molde, podendo ser internos ou externos.  Sentido do fio do tecido para corte da peça: indicado por meio de uma seta na direção do sentido do fio, da maneira como os moldes devem ser posicionados sobre o tecido para o corte das peças (podendo ser trama, urdume ou enviesado).  Localização da dobra do tecido: identifica se o molde deverá ser cortado com o tecido dobrado em alguma parte específica do mesmo. Pode ser indicada por meio de três pontos, uma seta


Símbolos e marcações nos moldes Símbolos mais utilizados XX XX ABERTURA O pequeno traço vertical interrompendo uma das extremidades indica o limite da abertura. AUMENTO DE MOLDE Seguindo a direção indicada pela seta, aumente a partir do ponto apoiando uma régua sobre a linha do molde. A medida em centímetros é dada na própria linha. BOTÃO Círculo com uma cruz no centro, onde deverá ser preso o botão ou a pressão depois da prova. CASEADO Indica o lugar onde se deve fazer a casa do botão. DISTENDER Quer dizer esticar o tecido no trecho indicado com o ferro de passar.

DOBRA DO TECIDO Indica que a peça não possui costura no meio. Deve-se dobrar o tecido, colocar essa linha sobre a dobra, riscar e cortar, obtendo uma peça inteira. EMBEBER Significa fazer uma suave diminuição antes da costura. FIO DO TECIDO Sempre paralelo à ourela do tecido, esse fio serve para orientar a posição da peça em relação ao tecido. FRANZIR Significa que aquele trecho deve ser reduzido. LINHA-GUIA Usada em tecidos listrados ou xadrezes para orientar na montagem, de modo a fazer com que os motivos coincidam.


NÓ DE MONTAGEM São os pequenos números encontrados nos cantos das peças. Eles devem coincidir na costura.

Cuidados a serem tomados com os moldes

exatamente todas as medidas da tabela. Porém, em escala industrial, não existe outra maneira de trabalhar a não ser padronizando as medidas. Você encontrará diferentes tabelas de medidas. De país para país, essas tabelas podem variar de acordo com o tipo físico da população. Folgas na Modelagem

O molde, ao ser recortado, deve ficar à esquerda da tesoura. Deve-se segurar o molde e não a sobra de papel. Deve-se recortar dentro do risco. O pique deve ser feito na margem onde vai ser passada a costura. Toda marcação do molde indica o lado direito do tecido. Todas as denominações do molde devem ser feitas na mesma direção para facilitar a leitura e a posição correta da peça. Os moldes devem ser guardados em envelopes identificados com o desenho do modelo na parte de fora.

Tabela de Medidas A tabela de medidas é um conjunto de medidas necessárias para a construção das bases de modelagem. Elas são baseadas em médias calculadas a partir de medidas tiradas em um determinado número de pessoas. Com isso, percebe-se que é praticamente impossível encontrar uma só pessoa que possua

A modelagem plana, como já se sabe, parte da definição das medidas e do traçado dos moldes básicos. Os moldes básicos pretendem vestir o corpo de forma muito ajustada, sem o acréscimo de folgas. Desse modo, na hora de interpretar os modelos, pode-se ter uma boa noção da forma do corpo, o que facilitará a decisão do valor das folgas e dos acréscimos necessários à modelagem, de acordo com o modelo apresentado. A distância que a roupa ficará do corpo, de acordo com a análise do modelo a ser confeccionado, será a folga acrescentada ao molde. E é a


inserção dessas medidas, junto com as pences e os recortes, que determinam o estilo da peça. A quantidade de folga varia de acordo com o modelo, estilo da roupa, tipo de atividade, tecido e a constituição física do indivíduo ou público. Você deve considerar, primeiramente, o modelo ou desenho recebido do estilista para saber qual a função que a folga deverá exercer no mesmo. Existem dois tipos de folgas na modelagem:  

Folgas de movimento Folgas determinadas pelo desenho ou modelo.

TABELAS DE MEDIDAS FEMININA É muito importante para um bom resultado da modelagem que as medidas sejam tiradas com exatidão. Nas Tabelas abaixo, constam as medidas de vários tamanhos o mais próximo possível das medidas da mulher brasileira. Quando for executar o molde de um modelo específico será necessário tirar as medidas complementares. Exemplo: - Comprimento desejado para a roupa, medidas de golas, tamanho de bolsos etc. As medidas estão exatas, sem incluir folgas ou costuras.


TABELA 1 - MEDIDAS DO CORPO

Orientações gerais

Essa Tabela reúne as medidas tiradas rente ao corpo e deverá ser utilizada para Tecido Plano ou Malha com Baixa Elasticidade.

O primeiro passo para a modelagem é definir as medidas do corpo. Em seguida serão executados os Moldes Básicos que servirão como ponto de partida para interpretação de diversos modelos. Principais Moldes Básicos: Tecido Plano: - Base da blusa, base da manga, base da saia e base da calça.

INSTRUMENTOS E MATERIAIS PARA MODELAGEM Para a modelagem manual são necessários alguns instrumentos E materiais que facilitem e agilizem o trabalho do modelista. A qualidade do trabalho está intimamente ligada a qualidade dos instrumentos utilizados. LÁPIS HB - OU LAPISEIRA - deve-se utilizar grafite macio. Se optar por lápis, este deverá estar sempre muito bem apontado. A precisão do traçado é muito importante, em especial quando o molde passar por mesa digitalizadora, no caso de empresas com modelagem informatizada.


BORRACHA PARA PAPEL - uma macia e branca permitirá apagar sem deixar manchas ou borrões.

CARRETILHA - utilizada na fase preliminar dos trabalhos, para a transferência de moldes.

PAPEL 40 g/m2 E PAPEL 180 g/m2 - para os testes de modelagem é recomendável o uso de papel de baixo custo, e menor gramatura, por ser mais maleável. Depois de testada e aprovada, o molde definitivo é feito em papel de maior gramatura, a partir de 180 g/m2. As chapas de plástico, devido ao seu custo mais elevado, são indicadas para a confecção de moldes-base.

VAZADOR - pode-se utilizar dois tamanhos. Um para furos menores, usado, por exemplo, para posicionar bolsos. Outro maior, quando os moldes são guardados pendurados.

MESA PARA MODELAR/BANQUETA - ela deverá ter a altura e tamanho adequados ao modelista, assim como a banqueta. Seu tampo deverá ser liso e uniforme, e sua estrutura firme. Pranchetas são muito úteis, quando acompanhadas de Régua Paralela ou Régua T. RÉGUA DE METAL 1,20m e PLÁSTICA 30 cm - ambas com graduação em cm. A maior, em metal, é indicada para traços longos, não oferece riscos de empenar e é precisa. Já a menor, em plástico, é indicada para pequenos traços e confecção de gabaritos. JOGO DE ESQUADROS - toda modelagem inicia-se a partir de um ângulo de 90°. RÉGUA DE ALFAIATE - ou curva de alfaiate, é utilizada para curvas longas e para auxiliar o traçado do entrepernas, curvaturas de quadril, traçado de cinturas, barras e qualquer outro traçado de curvaturas mais alongadas. CURVA FRANCESA MOD. 1118 - instrumento muito importante, auxiliando no traçado das mais diversas curvaturas não pronunciadas, como decotes, algumas cavas, cabeças de mangas, etc. Existem vários modelos no mercado, sendo a mais recomendada para modelagem o modelo 1118.

TESOURA / ESTILETE - no início o uso de tesoura será maior, porém, o estilete proporcionará um corte mais preciso e rápido, mesmo em curvas e bicos. Tenha uma tesoura exclusiva para o corte do papel. TESOURA- uma tesoura de boa qualidade reservada apenas para o corte de tecido. PICOTADOR - ou alicate de picote, usado para sinalizar piques e limites de costura FURADOR - importante para o transporte de moldes, marcando pontos importantes e retas. FITA ADESIVA - a mais indicada é a crepe. Utiliza-se para fixar o papel a mesa e também nas correções e simulações. FITA MÉTRICA- procure trabalhar com uma de ótima qualidade, de fabricação alemã ou japonesa e com graduação em cm. TRANSFERIDOR - apesar de pouco utilizado, facilita muito na transferência de ângulos. COMPASSO - para o traçado de circunferências e aplicação de margem de costura. CALCULADORA - para agilizar os cálculos.


BLOCO DE ANOTAÇÕES - para pequenas anotações e cálculos. CARIMBO - será aplicado em todas as partes do molde definitivo, contendo: nome do modelista, coleção, data, nome da peça, tamanho, parte etc.)

Orientações sobre a execução dos moldes. Os moldes serão traçados através de diagramas. - As bases serão quase sempre traçadas pelas metades, das costas e da frente. - Para todas as bases, os traços serão orientados através de letras ou número.. Como Medir Linhas Curvas no Papel Para medir linhas curvas com facilidade, utilize a Fita Métrica em pé conforme mostra a ilustração acima, tendo o cuidado para a fita não deslizar. Meça duas ou três vezes para confirmar o resultado.

Parte:__________________________ Modelo:_________________________ _______________________________ Ref.:___________________________ Tamanho:_______________________ Cortar:_________________________ 1 de:__________________________ Modelista:______________________ D a t a : _ _ _ / _ _ _ / _ _ _



Comprimentos de saias:

Molde Básico da Saia para Tecido Plano Medidas necessárias: 1. Cintura - Contorne a cintura com a Fita Métrica. Medida Exata. 2. Quadril - Contorne onde o Quadril é mais volumoso. Medida Exata. 3. Altura do Quadril - Meça Verticalmente pela lateral partindo da Cintura até onde foi tirada a medida do Quadril. 4. Altura do Joelho - Meça verticalmente pela lateral partindo da Cintura até o Joelho.

Material necessário para a modelagem Papel, Lápis, Carretilha e Réguas (Esquadro e Régua de Quadril).

Obs. A régua de quadril pode ser dispensada e os traços serão feitos a mão livre.


Traçado do Molde

Continue o traçado da seguinte forma:

Figura 1

Figura 2

Dobre o papel e coloque a dobra para sua esquerda.

A - C e B - D = Altura do Joelho. C - D = A = B.

Com o Esquadro na dobra do papel trace a horizontal A - B com a medida de 1/4 da largura do quadril mais 0,5cm.

A - E e B - F = Altura do Quadril. A - G = 1/4 da Cintura mais 3,cm. Ligue G - F com a régua de Quadril ou à mão livre.

Figura 3 Copie com a carretilha contornando os pontos: A - G - F - D - C - E - A - G. Copie também a linha E - F ( Linha do Quadril) Separe o papel pela dobra e destine a folha de papel superior para a Frente da Saia e a Folha debaixo para as Costas da Saia. Reforce com o Lápis as linhas pontilhadas da carretilha Reserve a folha destinada para o Molde da Frente.


Figura 4 Costas

Figura 6

A - I = 2cm. Ligue I - G com uma curva suave.

N - O e N - P = 1,5cm. Ligue O - N’ - P.

Figura 5

Figura 7

Pence

Feche a pence e refaça a linha da cintura. Passe a carretilha bem na dobra da pence para que fique marcada a nova linha na parte que fica dentro do papel.

Coloque o ponto N na metade de I - G. Com o esquadro apoiado na linha I - N G, Trace uma linha com 12 cm de comprimento partindo do ponto N e marque o ponto N’.


Figura 8

Figura 10

Recorte o molde contornando os pontos: I - G - F - D - C - I.

Pence

Coloque as identificações do Molde, conforme ilustração abaixo.

Marque o Ponto J', conforme ilustração. J' - Y = 12cm. J’ - L e J’ - M = 1,5cm. Ligue L - Y- M.

Volte à folha que foi reservada para o Molde da Frente. Figura 9 Frente A - H = 1cm. Ligue H - G com uma curva suave. A - J e E - X = Metade da medida da Separação do Busto. Ligue J - X e marque o ponto J’ no encontro da linha J - X com H - G.

Figura 11 Feche a pence e refaça a linha da cintura.


Figura 12

Se o tecido tive 90cm de largura compre duas alturas mais as folgas para costura.

Recorte o Molde contornando os pontos H - G - F - D - C - H. Uma altura é igual ao comprimento do molde. Ex: O molde mede 55cm de comprimento, mais 1cm de folga na cintura, mais 4cm para a bainha, então você vai precisar de 60cm de tecido.

Corte no tecido

Faça uma experiência com o molde básico, use um tecido barato, costure e verifique se ficou de acordo com seu corpo. Corte da peça piloto Quantidade de tecido - Se o tecido tiver 1,40m de largura compre uma altura mais as folgas para costura.

Dobre o tecido pelo comprimento e encaixe o molde conforme a ilustração.


Recorte ao redor do molde deixando folgas para as costuras.

Costas com marcação das costuras

Margens das costuras: - 1cm na cintura: - 2cm nas laterais: - 2cm no meio das costas e - 3cm para a bainha.

Costura - Feche todas as pences. - Costure o centro das costas deixando abertura para o ziper. - Coloque o ziper - Feche as laterais. - Faça uma prova.

Introduza o carbono no avesso do tecido e com a carretilha copie as linhas de costura.

Frente com marcação das costuras

Faça as correções necessárias.


Saia Secretária

Figura 2 A primeira coisa a fazer é definir a altura em que a saia vai ficar abaixo da cintura. Nesse modelo vamos deixar a saia 4cm abaixo da cintura e para isso marcamos a linha 1 - 2 da seguinte forma: H - 1 e G - 2 = 4cm. Ligue 1 - 2 e recorte o molde nessa linha. Despreze a parte H - 1 - 2 - G - H.

Figura 1

Figura 3

Copie o Molde Básico da Saia com as marcações indicadas na Figura 1.

Agora vamos definir a largura do cós. Para esse modelo vamos fazer um cós de 4cm de largura. Para isso marcamos a linha 3 - 4 da seguinte forma: 1 - 3 e 2 - 4 = 4cm. Ligue 3 - 4


Figura 4

Figura 6

Marque os pontos 4, 5, 6 e 7, conforme ilustração abaixo.

Frente Saia

Figura 7 Cós Junte a linha 5 - 6 com a linha 7 - 8 e cole com fita durex, conforme ilustração. Figura 5 Recorte o Molde contornando os pontos: 1-5-6-3-1 e 7 - 2 - 4 - 8 - 7.


Figura 8

Figura 10

4 - 9 = 0,5cm. Ligue 9 - 2.

Saia

Refaça com uma curva suave, as linhas 1 - 2 e 3 - 9 para eliminar os ângulos formados na junção dos moldes feita anteriormente.

O que sobrou da pence vai ser eliminada e a distância entre 5 e 7 será descontada na lateral da saia da seguinte forma: 4 - 10 = a medida de 5 - 7 mais 0,5cm que foi diminuído da lateral do cós. F - 11 = 0,5cm. D - 12 = 2cm. Ligue 10 - 11 - 12, conforme ilustração. C - 13 e D - 14 = 3cm. Ligue C - 13 - 14 - D.

Figura 9 Recorte o Molde do Cós da Frente contornando os pontos: 1 - 2 - 9 - 3 - 1. Coloque a indicação do sentido do fio com uma linha paralela a 1- 3. Indique o Meio da Frente e a Lateral, conforme ilustração abaixo.

Dobre o papel na linha C - D e passe a carretilha na lateral da dobra. Abra o papel e reforce com lápis a linha pontilhada. Marque o ponto 12'. Figura 11 Recorte o Molde da Frente da Saia contornando os pontos: 3 - 10 - 11 - 12' - 13 - 3.


Figura 12

Marque os pontos a - b - c - d, conforme ilustração.

Costas Figura 14 e Figura 15 Deixe uma margem de 8cm na sua esquerda e copie o Molde Básico das Costas com as marcações indicadas na ilustração abaixo.

Recorte o Molde na linha 22 - b - d - 23 , separando a Saia do Cós. E recorte o Cós conforme ilustração.

Figura 13 Da mesma forma que foi feito no Molde da Frente vamos baixar 4cm na cintura e tirar mais 4cm para o Cós.

Figura 16 Cós das Costas

I - 20 e G - 21 = 4cm. Recorte de 20 até 21 e despreze a parte I - G 21 - 20 - I. Cós 20 - 22 e 21 - 23 = 4cm. Ligue 22 - 23

Junte a linha a - b com c - d, conforme ilustração. 23 - V = 0,5cm. Ligue 21 - V.


Refaça a linha 20 - 21 e 22 - V, com uma curva suave para eliminar os ângulos formados com a junção dos moldes.

Figura 18 Saia Costas

Figura 17 Recorte o Molde contornando os pontos: 20 - 21 - V - 22 - 20. Este será o molde do lado direito da saia nas costas.

N' - Z = 3cm. Ligue b - Z - d. 23 - 24 = 0,5cm. F - 25 = 0,5cm. D - 26 = 2cm. Ligue 24 - 25 - 26, conforme ilustração. C - 27 e D - 28 = 3cm. Ligue C - 27 - 28 - D.

Figura 17.1 20 - S e 22 - T = 2cm. Ligue 20 - S - T - 22. Este será o molde do lado esquerdo da saia nas costas, feito um pouco maior para receber o abotoamento.

Dobre o papel na linha C - D e passe a carretilha na lateral da dobra. Abra o papel e reforce com lápis a linha pontilhada.Marque o ponto 26'. Fenda da Saia 27 - J = 18 cm. 27 - K e J - L = 6cm. Ligue J - L - K - 27. Trace a linha P - Q na metade de J - L.


Figura 19

Frente e Costas

Recorte o Molde contornando os pontos: 22 - 23 - 26' - K - 22.

Figura 1 Trace duas linhas perpendiculares entre si e marque os pontos ABCDE conforme segue: A - B e A - C = 1/6 da Cintura MENOS 1cm, Mais o comprimento desejado para a Saia: Ex: Cintura igual 78cm e o comprimento desejado para a Saia igual a 60cm. Dividindo 78 por 6 é igual a 13cm menos 1cm é igual a 12cm mais 60cm(Comprimento da Saia) é igual a 72cm, então A - B e A - C =72cm. A - D e A - E = 1/6 da Cintura Menos 1cm, no nosso exemplo é igual a 12cm.

Saia Godê Duplo


Figura 2

Figura 4

Trace vรกrias linhas aleatรณrias partindo do ponto A.

Ligar B - 1 - 2 - 3 - C com uma curva suave. Ligar D - 4 - 5 - 6 - E com uma curva suave.

Figura 5 Figura 3 A-1,A-2eA-3=a medida de A - B. A - 4, A - 5 e A - 6 = a medida de A - D

Recortar o Molde contornando os pontos: D-4-5-6-E-C-3-2-1-B - D. Este Molde representa 1/4 da cintura e servirรก tanto para a Frente como para as Costas da Saia.


Corte no Tecido

Figura 8

Figura 6

Costura nas laterais, no meio da Frente e no meio das Costas.

Com costuras apenas nas Laterais. - Duplique o molde e una conforme Figura abaixo.

Para o Cós corte uma Tira de Tecido com o comprimento do tamanho da Cintura e com a Largura desejada, em média 3cm. Figura 7 Costura nas laterais e no Meio das Costas.

Bainha É aconselhável fazer uma bainha estreita devido a curva do modelo. Não faça a bainha imediatamente, aguarde umas 12 horas com a saia pendurada em um cabide, depois acerte e costure a bainha.


Saia Godê Simples

Frente e Costas Figura 1 Trace duas linhas perpendiculares entre si e marque os pontos ABCDE conforme segue:

Figura 2

A - B e A - C = 1/3 da Cintura MENOS 2cm, Mais o comprimento desejado para a Saia:

Trace várias linhas aleatórias partindo do ponto A.

Ex: Cintura igual 78cm e o comprimento desejado para a Saia igual a 60cm.

A-1,A-2eA-3=a medida de A - B.

Dividindo 78 por 3 é igual a 26cm menos 2cm é igual a 24cm mais 60cm(comprimento da Saia) é igual a 84cm, então A - B e A - C = 84cm. A - D e A - E = 1/3 da Cintura MENOS 2cm, no nosso exemplo é igual a 24cm.


Figura 3

Figura 5

Ligue os pontos B - 1 2 - 3 - C com uma curva suave conforme Figura 3.

Recortar o Molde contornando os pontos: D - X - Y - Z - E - C - 3 - 2 - 1 - B - D. Este Molde representa a metade da cintura e servirรก tanto para a Frente como para as Costas da Saia.

Figura 4 A - X, A - Y e A - Z = a medida de A - D. Ligar D - X - Y - Z - E com uma curva suave.

O Corte no Tecido Figura 6 Saia com Costura nas Laterais Cortar duas vezes conforme Figura abaixo:


Para que a Saia fique com apenas uma costura, copie o Molde e una conforme Figura abaixo. Coloque no Tecido de forma que o Meio das Costas fique paralelo a Ourela.

Para o Cós recorte uma tira de tecido com o comprimento do tamanho da cintura e com a largura desejada. Bainha É aconselhável fazer uma bainha estreita devido a curva do modelo. Não faça a bainha imediatamente aguarde umas 12 horas com a saia pendurada em um cabide, depois acerte e costure a bainha. Figura 7 Saia com Costura na Frente ou nas Costas conforme o Modelo.


DESENVOLVIMENTO DE BASE DE BLUSA

Molde Básico Blusa MEDIDAS NECESSÁRIAS TÓRAX BUSTO CINTURA ALTURA DA CAVA COMPRIMENTO DA BLUSA NA FRENTE SEPARAÇÃO DO BUSTO ALTURA DO BUSTO LARGURA DO BRAÇO LARGURA DAS COSTAS TRAÇADO DO MOLDE

Dobre o papel e coloque a dobra à sua esquerda.


Com ajuda do esquadro apoiado na dobra do papel, trace o retângulo ABCD, com as seguintes dimensões:

Ligue I – J Cava da Frente

A - B = 1/2 do busto menos 1/4 do tórax mais 0,5cm:

Marque o ponto L na metade de J - F.

A - C e B - D = Altura da cava

L - M = 1,5cm

A - E e C - F = 1/2 da largura das costas.

F - N = 1/3 de L - F

Ligue E - F. A - G e E - H = 1/3 de E - F.

Exemplo: L - F mede 9cm dividido por 3 = 3cm, então F - N vai ser igual a 3cm.

Ligue G - H.

D - D' = 1cm.

Frente

Ligue D' - N - M - J, com a régua de cava.

Decote da Frente A - I = 1/3 de A - E mais 0,5cm. Ligue G - I com a régua curva pequena.

Linha da Cintura

Ombro da Frente

A - A' = Comprimento da blusa na frente.

E - J = 1/2 de E - H mais 1cm.

A' - O = 1/4 da cintura mais 3cm.

Exemplo:

Trace a linha A' - O, com o esquadro apoiado na dobra do papel, conforme ilustração.

Se E - H medir 7cm então a metade de 7 é igual a 3,5 mais 1cm fica igual a 4,5cm, nesse caso E - J vai ser igual a 4,5cm.


Linha Lateral

J - J'= 3cm

Ligue O - D'.

Meça o ombro da frente (I - J) e coloque a mesma medida de 2 até 4, começando no ponto 2, passando por J' até 4.

Está traçada a primeira parte do molde da Frente. Vamos traçar o molde das Costas no mesmo diagrama. Depois separaremos os moldes e concluiremos com a colocação das pences.

Cava das costas C - 5 = 1/4 do tórax mais 0,5cm. Ligue 5 - 4, com a régua curva de cava, passando pela linha F - E, conforme ilustração. Linha Lateral Costas Ligue O - 5

Costas Decote das Costas A - 1 = 1cm Trace uma pequena horizontal com ajuda do esquadro. 1 - 2 = 1/3 de A - E mais 1cm. A - 3 = 2cm. Ligue 2 - 3, com a régua curva pequena. Ombro das Costas


Copie o molde das Costas com a carretilha ou carbono e separe pela dobra do papel. FRENTE

COSTAS

Colocação das Pences da Frente A' - P e C - Q = metade da medida da separação do busto. Ligue Q - P, esse será o eixo da pence vertical. Com a fita métrica iniciando no ponto I, vá inclinando até encontrar a linha Q - P (de forma que nesse encontro a fita esteja marcando a medida da altura do busto) então marque o ponto R. Trace uma pequena horizontal a partir de R até a lateral da frente (a linha O D') e marque o ponto S (Com o esquadro apoiado na linha Q - P para que a linha R - S fique paralela a linha C - D). Pence Horizontal S - S' = 3cm Ligue S' - R Pence Vertical R - T = 1,5 cm P - X = 1,5cm P - Y = 1,5cm Ligue X - T e Y - T.


Ainda no molde da Frente feche as pences e corrija as linhas da cintura e lateral, conforme ilustrações. Pence Horizontal Fechada

Meça a linha lateral da frente ( D' - O) com a pence fechada, em seguida meça 5 - 6 com essa mesma medida na lateral do molde das costas. Trace uma horizontal a partir do ponto 6 em direção ao centro das costas com ajuda do esquadro e marque o ponto 7. Essa será a nova linha da cintura. Ex: D' - O na frente é igual a 23cm, então 5 - 6 deve ficar também com 23cm. Marque o ponto 8 na metade de 6 -7.

Pence Vertical Fechada

Suba uma vertical com 15cm (sempre com ajuda do esquadro) e marque o ponto 9. Essa linha (8 - 9) será o eixo da pence. 8 - 10 = 1,5cm 8 - 11 = 1,5cm. Ligue 10 - 9 e 11 - 9.

Como foi feito no molde da Frente feche a pence para corrigir a linha da cintura. Pence Vertical das Costas


Recorte os moldes Frente e Costas. Corte e costure o molde básico e faça uma prova. Pence Fechada

Pence Corrigida

Frente

Cortando no tecido Conforme a ilustração ao lado, distribua o molde no tecido de forma que na frente fique uma margem de 2cm para o abotoamento; nas costas encoste o molde na dobra do tecido. Use alfinetes para prender os moldes ao tecido.

Costas


Recorte deixando margem para as costuras que podem ser as seguintes.

Costure Ombros e Laterais pelo avesso do tecido.

Decote, Ombro e Cava - 1cm. Lateral - 2cm Bainha - 3cm Marque as costuras no avesso do tecido com o papel carbono, retire o molde.

Vire para o direito e faça uma prova.

Costure todas as pences nas marcações.

Faça os ajustes necessários corrigindo no molde.


MOLDE BÁSICO DA MANGA PARA TECIDO PLANO

Figura 2

Medidas necessárias:

A - E e B - F = 1/3 da altura da cava

Largura do Braço Altura da Cava - (conforme tabela 1) Comprimento da manga curta

Ligue E - F E - G e F - H = 1/3 da altura da cava menos 1cm

Traçado do Molde Ligue G - H Dobre o papel e coloque a dobra à sua esquerda. Figura 1

Trace a linha I - J no meio de A - B e marque o ponto J e J', conforme a figura 2.

Com o esquadro na dobra do papel, trace o retãngulo ABCD com as seguintes dimensões: A - B = Metade da largura do braço mais 2cm A - C e B - D = Comprimento da manga curta.

Figura 3 Trace as diagonais E - I e J - F. Divida a diagonal E - I por 3 e marque o ponto 1 no primeiro terço próximo ao ponto I. J' - 2 = 1cm Divida a diagonal J - F por três e marque o ponto 3 no primeiro terço, próximo de J conforme a figura 3.


Figura 4 Cava da Frente Ligue A - 1 - 2 - 3 - H, com a régua curva de cava, conforme ilustração. Cava das Costas 3 - 4 = 1cm Ligue A - 1 - 4 - H, conforme ilustração. Boca da Manga

Adaptação de Modelo

D - L = 0,5cm Ligue L – H Figura 5 Copie o molde das Costas com a carretilha ou papel carbono e abra o molde.

Figura 1 Copie a base da parte da frente.


Figura 2 A - 1 = 20cm 1 - 2 = 1/4 do Quadril mais 2cm. Ligue A - 1 - 2.

5 - 8 e 6 - 7 = 1,5cm. Ligue 7 - 8. Figura 4 Frente Inferior

O - 3 = 1,5cm Ligue 2 - 3 D' - 4 = 1cm Refaça a curva da Cava conforme Figura 2.

6 - 10 e 1 - 11 = 7cm Ligue 10 - 11 6 - 13 e 1 - 12 = 7cm Ligue 6 - 13 - 12 - 1.

Ligue 4 - 3. - Refaça a linha lateral na altura do ponto 3 para eliminar o ângulo formado.

2 - 14 = 2cm. Refaça a linha inferior conforme Figura 4.

Figura 3 Frente Superior A' - 6 = 5cm Com o esquadro apoiado na vertical G - A' trace uma horizontal partindo do ponto 6 até a lateral da blusa conforme Figura 3 e marque o ponto Y. G - 5 = 14cm I - 9 = 5cm Ligue 5 - 9 conforme figura 3. Trespasse

Figura 5 Recortar Frente Superior conforme Figura 5. Trace uma vertical paralela ao meio da Frente para identificar o sentido do fio.


Figura 6

Figura 8

Recortar Frente Inferior Central. - Trace uma linha digagonal com 45º em relação a vertical 13 - 12 para indicar o sentido do fio.

Copie o Molde Básico das Costas com as marcações indicadas na Figura 8. O - 20 e A' - 21 = 3cm. Obs. esse aumento na altura da blusa é necessário tendo em vista que a pence horizontal da frente foi eliminada, ocasionando diferença de 3cm na lateral da blusa. 5 - 25 = 1cm Refaça a curva da Cava conforme Figura 8.

Figura 7 Recortar Frente Inferior Lateral. - Trace uma vertical paralela a linha 10 - 11 para indicar o sentido do fio.


Costas Superior

23 - 33 = 2cm. Refaça a linha inferior conforme Figura 9.

Figura 9 Figura 10 25 - X = a medida de 4 - Y no Molde da Frente. Com o esquadro apoiado na linha 3 - A' trace uma horizontal de X até o Meio das Costas e marque o ponto 28.

Recortar Costa Superior conforme Figura 10. Trace uma vertical paralela ao meio das Costas para identificar o sentido do fio.

3 - 26 = 4cm 2 - 27 = 5cm Ligue 26 - 27 conforme Figura 9. Costa Inferior Figura 11 21 - 22 = 20cm 22 - 23 = 1/4 do Quadril mais 2cm Ligue 21 - 22 - 23. 20 - 24 = 1,5cm Ligue 25 - 24 - 23 Refaça a linha lateral na altura do ponto 24 para eliminar o angulo formado. 28 - 29 e 22 - 30 = 5cm Ligue 29 - 30. 28 - 31 e 22 - 33 = 5cm Ligue 28 - 31 - 32 - 22.

Recortar Costa Inferior Central. - Trace uma linha digagonal com 45º em relação a vertical 31 - 32 para indicar o sentido do fio.


Figura 12 Recortar Costa Inferior Lateral. - Trace uma vertical paralela a linha 29 - 30 para indicar o sentido do fio.

Cabeça da Manga = 8cm Boca da Manga = 4cm Subir 1cm na cabeça da Manga. H - Y e H' - X = 1cm

Figura 15 Figura 13

Refaça a Cabeça da manga e a linha da Boca da Manga.

Copie o Molde Básico da Manga com as marcações indicadas na Figura 13.

Figura 16 Figura 14 Recortar a manga pelo centro e sobre outro papel separar com as distâncias abaixo:

Trace uma diagonal com 45º em relação ao meio da manga para indicar o sentido do fio.


Marque o local em que vai ser feito o franzido na cabeรงa da manga.

Figura 18 Recortar o acabamento e indicar Frente e Costas. Obs. O Centro das costas deverรก ser cortado na dobra do Tecido.

Figura 17 Acabamento do decote - Junte os ombros da Frente com o das Costas e sobre outra folha de papel copie o acabamento com mais ou menos 4cm de largura conforme Figura 17. Acabamento do Trespasse Figura 19 No Molde da Frente (Figura 5) copiar o trespasse com 3cm de largura conforme Figura 19.


MOLDE BÁSICO DA CALÇA COMPRIDA Medidas Necessárias: Cintura Quadril Altura do Quadril Altura do Joelho Largura do Joelho Altura do Gancho Comprimento da Calça Traçado do Molde O molde será traçado com a folha de papel aberta. Será necessário emendar o papel devido o comprimento da calça. Deixe uma margem de 4cm na parte superior do papel e 8cm do lado esquerdo, conforme ilustração abaixo:


Figura 1 Trace o retângulo ABCD, com as seguintes dimensões: A - B = 1/2 da largura do Quadril A - C e B - D = Altura do Gancho 2 - Trace a vertical E - F na metade de A - B e C - D.

Figura 3 A - A' = 2cm C - L = 1/2 de C - G menos 1cm. Ligue A' - L Marque o ponto I', conforme figura 3.

Figura 2 C - G = 1/4 de A - E menos 0,5cm. D - H = 1/2 de F - D mais 1,5cm. A - I e B - J = Altura do Quadril, em média 20cm. Ligue I - J, prolongando um pouco a linha para a esquerda e para a direita.

Ligue G - I' - A', com a curva do Gancho da Frente. Figura 4 A - M = 1/4 da Cintura I' - M' = 1/4 do Quadril Ligue M' - M, com a régua do Quadril. M - M'' = 1cm Ligue A' - M'', com uma linha ligeiramente curva.


Figura 5 G - 10 = metade de G - F menos 2cm. Com ajuda do esquadro trace uma vertical até a linha da Cintura e marque o ponto 11, desça essa vertical até o ponto O, de forma que:

Faça o mesmo procedimento do item anterior, ou seja, distribua o valor encontrado igualmente para cada lado de O. Ligue: M' - N'' - O'' e G - N' - O'. Figura 6

De 11 até O seja igual a medida do comprimento desejado para a calça. de 11 até N = altura do Joelho. Trace duas horizontais, com ajuda do esquadro, conforme figura 5. N' - N'' = Metade da largura do Joelho mais 4cm, dividido igualmente a partir do ponto N. Ex: Medida da largura do Joelho 40cm dividido por 2 é igual a 20cm, mais 4cm igual a 24cm, essa medida (24cm) deve ficar metade para cada lado de N. O - O' = N - N', menos 6cm,

D - D' = 1/2 de D - H menos 1cm. Ligue D' a B, prolongando essa linha em 3cm e marque B'. H - H' = 0,5cm Ligue H' - B - B', com uma curva do gancho das Costas.


Figura 7

Figura 8

E - E' = 1cm

Pence das Costas

Ligue B' - E'

B - X = metade de B' - P menos 1,5cm.

B' - P = 1/4 da Cintura mais 3cm J' - P' = 1/4 do Quadril mais 0,5cm Ligue P - P' B - 20 = 3cm Com o esquadro, desça uma vertical partindo do ponto 20 até encontrar a linha do comprimento da calça marcado na frente. Marque o Ponto R e o ponto Q, conforme figura 7. Q' - Q'' = N' - N'' mais 2cm, sendo metade para cada lado de Q R' - R'' = O' - O'' mais 2cm, sendo metade para cada lado de R. Ligue: P' - Q' - R' e H' - Q'' - R''

Desça uma vertical com 12cm e marque o ponto y. Observe que essa linha (x-y) é paralela a linha do fio. x - z = 3cm Ligue z – y


Figura 9 e 10

Entrepernas Costa

Feche a pence e refaça a linha da cintura conforme figura 10.

Meça H' - Q' e divida por 3. No primeiro terço meça 1,5cm para dentro e refaça a linha da entreperna nas costas com uma curva um pouco mais pronunciada que na frente, conforme ilustração.

Recorte os moldes pelas linhas externas.

Figura 11 e 12 Entrepernas Frente Meça G - N' e divida por 3. No primeiro terço meça 1cm para dentro e refaça a linha da entreperna na frente com uma curva suave, conforme ilustração.


Corte no tecido

CALÇA PANTALONA CINTURA ALTA

Ao distribuir o molde no tecido é FUNDAMENTAL, para o caimento perfeito da calça, que a linha guia esteja paralela a ourela, conforme figua abaixo. Conforme explicação acima, coloque o molde no tecido e corte deixando as margens para a costura. Observe que no espaço para colocação do zipper a margem é maior. Após o corte marque as costuras com o papel carbono para tecido. MODELAGEM Copie o molde básico da calça com as marcações indicadas na figura.


Siga o esquema acompanhando pela ilustração: Costas da Calça Prolongue a linha do gancho de B' até 1 com 5cm. de 1 até 2 igual a medida de B' - P.

Ligue 3 - 4 - y - 4' - 3' Pernas Q' - 5 = 2 cm Q'' - 6 = 2 cm R'' - 7 = 6 cm R' - 8 = 6 cm Ligue: 7 - 5 - H', conforme ilustração. 8 - 6 indo até o quadril, conforme ilustração.

- Observe que a linha 1 - 2 é paralela a B' P, com 5cm de distância desta.

Frente da calça - Prolongue a linha do Gancho da Frente de A' até 9 com 6 cm. A' -A = 1 cm Ligue A - M'

Suba a linha y - y' de forma que essa linha passe pelo meio da pence. Marque o ponto z no cruzamento dessa linha com a linha B' P

Trace 9 - 10 com a medida igual a A - M'

y' - 3 = 1,5 cm y' - 3' = 1,5 cm z - 4 = 1,5cm z - 4' = 1,5cm

- Observe que a linha 9 - 10 fica paralela a linha A - M', com 5cm de distância desta. Pernas N' - 11 = 1,5 cm N'' - 12 =1,5 cm O' - 13 = 5,5 cm O'' - 14 = 5,5 cm

Ligue: 13 - 11 - G, conforme ilustração.


14 - 12 - até o quadril conforme ilustração. Recorte os moldes pelas extremidades, fazendo correção nos ângulos formados, com uma curva suave.

Acabamento Frente

Acabamento Costas Acabamento da cintura Risque o acabamento da cintura na Frente e nas Costas, com 7cm abaixo da cintura conforme ilustração. Obs. Nas costas feche a pence para copiar o acabamento.


Tabelas de Medidas Masculina É muito importante para a perfeição da modelagem que as medidas sejam tiradas com muita atenção e exatidão. Nas Tabelas abaixo, constam as medidas de vários tamanhos o mais próximo possível das medidas do Homem brasileiro. Quando for executar o molde de um modelo específico será necessário tirar as medidas complementares, como exemplo Comprimento desejado para a roupa, medidas de golas, tamanho de bolsos etc. As medidas estão exatas, sem incluir folgas ou costuras. TABELA 1 - MEDIDAS DO CORPO Essa Tabela reúne as medidas tiradas rente ao corpo e deverá ser utilizada para Tecido Plano ou Malha com Baixa Elasticidade


Molde Básico da Calça Masculina para Tecido Plano

Deixe uma margem de 20cm a esquerda do papel e de 10cm na parte superior do papel. Figura 1 Trace o retângulo ABCD com as seguinres dimensões: A - B = 1/4 do quadril. A - C e B - D = Altura do Gancho. A - E e B - F = Altura do Quadril Ligue E - F


Obs. A Medida da Altura do Gancho é tirada da mesma forma que fazemos no feminino, ou seja, a pessoa sentada em uma superfície lisa, com o corpo ereto, mede-se com a fita métrica da Cintura até encostar na superfície. Atenção para que a fita métrica inicie na cintura e não na altura que a pessoa usa a calça.

Figura 2 Frente C - G e C - H = 1/6 de C - D. Ligue G - H com a curva do Gancho da Frente. B - I = 1cm Ligue I - F conforme ilustração.

Na altura do ponto L trace uma pequena horizontal com o esquadro conforme ilustração. Marque os pontos M e N da seguinte maneira: Pegue a metade da medida da Largura do Joelho, acrescente 4cm, divida o resultado por 2 e coloque metade para cada lado do ponto L. Ex. Metade medida da Largura do Joelho igual 20,acrescentando 4cm fica igual a 24. Colocando a metade para cada lado de L temos: L - M = 12cm e L - N = 12cm. Ligue M - H e N - F.

Figura 3 Marque o ponto J na metade de H - D. Trace uma vertical a partir do ponto J, para cima, até encontrar a linha A - B e marque o ponto K. Prolongue a linha K - J para baixo de forma que K - L seja igual a medida da Altura do Joelho.

Divida a linha H - M por 3 e coloque o ponto O no primeiro terço de cima para baixo. O - P = 0,5cm. Ligue H - O - M com uma curva suave.


Figura 4

Figura 5

Prolongue a linha K - J - L para baixo e marque o ponto Q de forma que K - Q seja igual a medida do comprimento desejado para a Calça. Trace uma pequena horizontal na altura do ponto Q, com ajuda do esquadro conforme ilustração.

Costas

Q - R = L - M menos 2cm Q - S = L - N menos 2cm. Ligue R - M e S - N. Está feita assim a primeira parte do Molde Básico da Frente. Copie com a carretilha sobre outra folha de papel contornando os pontos A - I - F - N - S - R - M - P - H - G - A e recorte.

M - 1 = 2cm. N - 2 = 2cm H - 3 = 2 vezes a medida de C H. 3 - 4 = 2cm. Ligue 4 - 1. Marque o ponto 5 na metade de 4 - 1. 5 - 6 = 2cm. Ligue 4 - 6 - 1 com uma curva mais pronunciada do que a da frente.


Figura 6 Prolongue a linha KLJ para cima e marque o ponto 7, de forma que K 7 seja igual a medida de C - H mais 1cm. Prolongue a linha A - B para a direita e marque o ponto 8 da seguinte forma: Com o início da régua no ponto 7 vá inclinando em direção ao prolongamento da linha A - B de forma que 7 - 8 seja igual a medida de A - B. Ex: Se A - B é igual a 25cm. Coloque o zero da régua no ponto 7, vá inclinando para baixo até que o número 25 da régua encontre o prolongamento da linha A - B e marque o ponto 8. Ligue 7 - G - H - 4 conforme ilustração. Marque o ponto 10 no cruzamento da linha E - F com G - 7. Marque o ponto 11 no cruzamento da linha A - B com G - 7. Prolongue a linha E - F para a direita. Ligue 8 - 2 e marque o ponto 9 no cruzamento da linha 8 - 2 com o prolongamento da linha E - F. 10 - 12 = a medida de 11 - 7 Ligue 12 - 9.


Figura 7

Figura 8 Pence

7 - 13 = 1,5cm. 12 - 14 = 1cm. Ligue 13 - 11 - 14 - H conforme ilustração. 8 - 15 = 2cm R - 16 = 2cm S - 17 = 2cm Ligue 15 - 17 e 1 - 16. Marque o ponto 14' no cruzamento da linha 15 - 2 com a linha 14 - 9.

Marque o ponto X na metade de 13 - 15 e o ponto Y na metade de 14 - 14'. Ligue X - Y. X - 18 = 13cm. X - 19 e X - 20 = 1,5cm. Ligue 19 - 18 e 20 - 18. No meio de 19 - 18 e de 20 - 18 entre 3mm e encurve as linhas da pence para dentro conforme ilustração. Feche a pence e refaça a linha 13 - 8 conforme ilustração.


Recorte o Molde contornando os pontos: 13 - 15 - 14' - 17 - 16 - 1 - 6 - 4 - H - 14 - 13.

Figura 9 Molde da Frente

Figura 10 Molde das Costas


Camisa Masculina Esta modelagem servirá como Básico para diversos modelos.

Desenhar o molde com a folha de papel aberta. Deixe uma margem de 7cm do lado esquerdo do papel. Figura 1 Trace o retângulo ABCD com as seguintes dimensões: A - B = 1/2 da Largura das Costas A - C e B - D = 1/3 de A - B mais 1cm.


Figura 2

Figura 3

Frente

Costas

A - E = 1/3 de A - B B - F = 1/2 de B - D menos 1cm Ligue C - E - F formando o Decote e o Ombro da Frente.

Sobre o molde da Frente trace o molde das Costas.

A - G e B - H = a medida de E - F mais 12cm. G - I = 1/4 do Busto mais 4cm. D - D' = 0,5cm Coloque o ponto J na metade de D H. Ligue F - D' - J - I para formar a Cava da Frente. A - M = Comprimento desejado para a blusa partindo do Ombro da Frente. Em média 75cm M-N=G-I Ligue I - N N - P = 7cm Ligue P até encontrar a linha N - M conforme Figura 2.

A - 1 = 2cm Trace uma pequena horizontal paralela a linha A - B. 1 - 2 = A - E mais 1cm. F - 3 = 2cm Ligue 2 - 3 e prolongue até o ponto 4 de forma que 2 - 3 - 4 tenha a mesma medida de E - F do Ombro da Frente. A - 5 = 1cm Ligue 5 - 2 para formar o Decote das Costas conforme Figura 3. I - L = 1cm N - O = 1cm Ligue L - O Ligue 4 - L para formar a Cava das Costas conforme Figura 3 O - Q = 7cm Ligue Q a linha O - M conforme Figura 3.


Figura 4

Figura 5

Coloque outro papel por baixo e copie o molde das costas com a carretilha.

Recorte o molde na linha 21 - 20 e marque a prega com 2cm confirme Figura abaixo.

Figura 6 Trespasse da Frente C - T = 2cm M - U = 2cm Ligue C - T - U - M Figura 4_A No Molde das Costas 5 - 20 = 10cm Trace uma horizontal em direção a cava com ajuda do esquadro. 20 - 21 = 2cm M - 22 = 2cm Ligue 20 - 21 - 22 - M Este espaço criado servirá para as duas pregas.

T - V = 4cm U - X = 4cm Ligue T - V - X - U.


Manga

Figura 8

Coloque o papel dobrado e a dobra para sua esquerda.

Cava da Frente Ligue A - J - L - F

Figura 7 Trace o retângulo ABCD com as seguintes dimensões:

Cava das Costas Ligue A - M - F

A - B = 1/2 da Largura das Costas mais 1,5cm. A - C e B - D = Comprimento da Manga Comprida menos 7cm para o punho. A - E e B - F = 1/6 de A - B mais 8cm.

Figura 9

A - G e B - H = 1/2 de A - E Ligue A - F com uma diagonal e no encontro dessa linha com a linha G - H marque o ponto I I - J e I - L = 0,5cm I - M = 2cm D - N = 6cm Ligue N - F

Copie o molde das costas da Manga com a carretilha e abra o papel. Marque o ponto O na metade de N - C e suba uma vertical com 10cm. de O até P. Marque o ponto R na metade de C N'. R - S = 0,5cm O - Q = 0,5cm Refaça a linha inferior da Manga ligando N' - S - C - Q - N com uma curva suave conforme Figura 9. Confira a medida de N' - N e com a diferença dessa medida com a medida do punho da camisa divida entre três preguinhas e coloque conforme Figura 9.


Medida do Punho: Meça o punho da pessoa e acrescente 8cm.

Gola

Observação. Ao finalizar o molde da Manga confira a Cava com os Moldes da Frente e das Costas. Se houver diferença e a Manga estiver maior desça um pouco mais a cava da Frente e das Costas. Em torno de 0,5cm em cada Cava.

Figura 10 Com papel a dobrado trace o retângulo 1 - 2 - 3 - 4 com as seguintes dimensões: 1 - 2 = Medida do Decote tirada pelo molde. 1 - 3 e 2 - 4 = 7cm Divida 1 - 2 em três partes iguais e marque o ponto 5 no primeiro terço. Figura 11 1 - X = 1cm Ligue 5 - X com uma curva suave e prolongue até Y de forma que X - Y tenha a medida do trespasse da camisa. Nesse molde o trespasse é de 2cm. Então X - Y = 2cm. Com o esquadro na curva 5 - X suba uma diagonal de 2cm e marque o ponto Z. Ligue Y - Z com uma pequena curva e Z - W com uma paralela a linha 1 - 3.


Figura 11.A

Carcela

Recorte a Gola e abra o papel.

Figura 13 Trace conforme Figura 13

Punho

Bolso

Figura 12

Figura 14

Trace uma retângulo com medida a largura do punho da pessoa mais 8cm por 14cm de altura. Divida ao meio.

Trace um retângulo com 14cm de largura por 16cm de altura.


ANEXOS

6º. Dê o pique no enfesto de acordo a modelagem.

Roupas listradas na confecção

Seguindo estes passos, você terá piloto e produção perfeitos. Estes passos também podem ser aplicados para tecido xadrez. As peças listradas mais uma vez estão presentes nas passarelas, marcando o diferencial em alguns looks. Mas para que isso aconteça, e se obtenha um visual agradável e um bom caimento, elas devem se casar, ou seja, ficarem encontradas na junção da peça. Seguindo seis passos simples, se obtém o resultado desejado. Veja: 1º. Escolha uma lista, preferencialmente a mais larga, para ser a sua referência.

2º. Quando terminar a modelagem desenhe a listra referência no papel, de acordo com o modelo e o encontro das listras desejado. 3º. Corte a peça piloto com o tecido aberto, dê piques de acordo a listra da modelagem, e o restante das listras naturalmente se encontraram. 4º. Costure com cuidado, para que elas se encontrem precisamente. 5º. O enfesto deve ter poucas camadas, e sempre com o cuidado de fazê-las se encontrarem.


Referências ABRANCHES, G.P.; BRASILEIRO JUNIOR, A. Manual de Gerência de Confecção: a indústria de confecções de estrutura elementar. 1ª ed. Rio de Janeiro: Senai-Cetiqt, 1990. AGUIAR NETO, P. P. Fibras Têxteis. Rio de Janeiro: Senai-Cetiqt, 1996. ARAÚJO, Mário de. & CASTRO, E. M. de Melo. Manual de Engenharia Têxtil. Fundação Caloustre Gulbenbian. ARAÚJO, Mário de. Tecnologia do vestuário. Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. CALIFAS. O que é tecido? Disponível em: <http://www.califas.com.br/qualimalhas.htm>. Acesso em: 19 de agosto de 2010. DUARTE, S. ; SAGGESE, S. Modelagem industrial brasileira. Rio de Janeiro: Letras e Expressões, 1998. ERHARDT, T. Curso Técnico Têxtil vol. 1 e 2. São Paulo: EDUSP, 1976. PESSOA, M. Modelagem plana masculina: métodos de modelagem. São Paulo: SENAC,2003. FULCO, P.; ALMEIDA SILVA, R. L. Modelagem plana feminina. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2003. FEGHALI, Marta Kasznar; DWYER, Daniela. As engrenagens da moda. Rio de janeiro, SENAC, 2001. GONÇALVES, Eliana: LOPES, LucianaDornbusch. Ergonomia no vestuário: conceito de conforto como valor agregado ao produto de moda. Disponível em < http://fido.palermo.edu/servicios_dyc/encuentro2007/02_auspicios_publicac iones/actas_diseno/articulos_pdf/A039.pdf > Último acesso em 27.ABR.2008. GRAVE, Maria de Fátima. A modelagem sob a ótica da ergonomia. São Paulo: Zennex Publishing, 2004. JONES Sue Jenkim. Fashion Design, Manual do Estilista. China: Cosac Naify, 2ª edição, 2005. MALUF, Eraldo : KOLBE, Wolfgang. Dados técnicos para a indústria têxtil. São Paulo : IPT – Instituto de pesquisas Tecnologias do estado de São Paulo: ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, 2003. MEDEIROS, Maria de Jesus Farias. Produto de moda: modelagem industrial com aspectos do design e da ergonomia. Disponível em <

http://fido.palermo.edu/servicios_dyc/encuentro2007/02_auspicios_publicaciones/ actas_diseno/articulos_pdf/A131.pdf > Ultimo acesso em 25.ABR.2008. RADICETTI, Elaine. Ergonomia, Design e Modelagem: a trilogia que impulsiona o mercado de moda globalizada.Anais ABERGO, Curitiba , 2006. RODRIGUEZ-AÑEZ, Ciro Romelio . Antropometria na Ergonomia. Disponível em < www.eps.ufsc.br/ergon/revista/artigos/Antro_na_Ergo.PDF > Último acesso em 24.ABR.2008. SANCHES, Maria Celeste de Fátima. Design de Moda: Sistematizar é Fundamental. Disponível em < http://www.coloquiomoda.com.br/coloquio2007/palestras/design_de_moda_sistem atizar_e_fundamental.pdf > Último acesso em 24.ABR.2008. SILVA, Giorgio Gilwan; SILVEIRA, Icléia. Medidas Antropométricas e o Projeto do Vestuário. Disponível em < http://www.coloquiomoda.com.br/coloquio2007/anais_aprovados/medidas_antrop ometricas_e_o_projeto_do_vestuario.pdf.> Ultimo acesso em 23.ABR.2008. SILVEIRA, Icléia;SILVA, Giorgio Gilwan. Medidas Antropométricas e o Projeto do Vestuário . Disponível< http://www.coloquiomoda.com.br/coloquio2007/anais_aprovados/medidas_antrop ometricas_e_o_projeto_do_vestuario.pdf . Último acesso em 25.ABR.2008. SOUZA, Patrícia de Mello. A Modelagem Tridimensional como implemento do processo de desenvolvimento do produto de moda. Disponível em < servicos.capes.gov.br/arquivos/avaliacao/estudos/dados1/2006/33004056/029/200 6_029_33004056082P0_Teses.pdf > Ultimo acesso em 24.ABR.2008. SOUZA, Sidney Cunha de. Introdução à tecnologia da modelagem industrial. Rio de Janeiro, SENAI/CETIQT, CNPq, IBICT, PADCT, TIB, 1997. TREPTOW, Doris. Inventando Moda: planejamento de coleção. Brusque, Doris Treptow, 2003. VERGARA ,Lizandra Garcia Lupi . Avaliação do ensino de ergonomia para o design aplicando a teoria da resposta ao item TRI. Disponível em < teses.eps.ufsc.br/Resumo.asp?6199 > Último acesso em 24.ABR.2008. VICTER, Cristiane A. Gontijo; PEREIRA, Maria Concebida, Rocha ; Elizabeth Pereira da; FISCHER, Mônica. Antropometria, o vestuário na terceira idade, um estudo de caso. Disponível em< http://www.abergo.org.br/abergo2006/trabalhos_comunicacao_oral_poster_abergo 2006.pdf Último acesso em 25.ABR.2008 WEERMEESTER, Bernard. Ergonomia Prática, trad. Itiro Iida. São Paulo, Edgar Blucher, 1995.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.