Jornal Jundiaí Notícias | 011

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O T I U T A GR

De novo, problemas nas cartas de Várzea DETRAN E CORREGEDORIA ENCONTRAM IRREGULARIDADES. DOIS FUNCIONÁRIOS ENVOLVIDOS. PÁGINA 11

Jundiaí

5 a 11 de fevereiro de 2015 Edição nº 11, ano 1 Verão Aglomerado Urbano de Jundiaí + Itatiba | www.jundiainoticias.com.br | www.facebook.com/jnoficial

MAIs pOLÊMICA

“JUNDIAÍ TEM VEREADORES DEMAIS” DELEGADO E VEREADOR, PAULO SÉRGIO MARTINS ACREDITA QUE ONZE VEREADORES SÃO SUFICIENTES E FALA DO GRUPO DO PPS TER CANDIDATURA PRÓPRIA.

PÁGINA 16

CABREÚVA: E NEM SE FALA NA REPRESA CONSÓRCIO DO RIBEIRÃO DO PIRAÍ TEM NOVO PRESIDENTE. REPRESA POR ENQUANTO É SÓ PROJETO. PÁGINA 13 FOLIA

COMO SERÁ O CARNAVAL NA REGIÃO À exceção de Campo Limpo, cidades têm programação para folia. PÁGINA 14 TAMANHO DA CRISE

TRANSPORTE

AGRICULTURA

MAIS DE DUZENTAS NASCENTES PODEM SECAR EM JUNDIAÍ

BRT COMEÇA A SER CONSTRUÍDO EM JULHO NA COLÔNIA

JARINU CADASTROU SÓ 20% DOS IMÓVEIS RURAIS

Além disso, o Jundiaí-Mirim precisa de árvores em suas margens. PÁGINA 6

Trecho terá pouco mais de quatro quilômetros e 3,5 de ciclovia. PÁGINA 7

Prazo termina em maio, cadastramento é obrigatório e restringe crédito. PÁGINA 12


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EDITORIAL

ARTIGO

EDITORIAL

Médicos, um risco para a saúde

De volta à escravidão

Welson Gasparini - DEP. Estadual

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arece um paradoxo, mas não é: entre os riscos para a saúde do brasileiro está, por incrível que possa parecer, o próprio médico. É o que pode deduzir de um fato indesmentível: dos 2.891 recém-formados em Medicina que fizeram, em outubro do ano passado, o exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), 55% do total (1.589 estudantes) foram reprovados. O índice é menor do que o registrado no ano anterior, quando 59,2% não acertaram o mínimo exigido (60% das questões) e foram reprovados. Mas foi maior do que em 2012, índice de 54,2% de reprovados. Todo estudante formado em Medicina, para se inscrever no conselho paulista, precisa fazer o exame para tirar o registro do CRM (Conselho Regional de Medicina) e atuar como médico no Estado. Apesar de ser um exame obrigatório, mesmo quem for reprovado pode obter o registro. É que, por força de lei, o conselho não pode condicionar o registro médico ao resultado de uma prova. Para tanto, seria preciso uma lei federal, como acontece com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde o bacharel reprovado é impedido de exercer a advocacia. O exame do Cremesp, cujos resultados foram divulgados no final de janeiro, apontou também que a reprovação foi maior entre os formados em instituições de ensino privadas (65,1%); entre os alunos de escolas públicas, o índice foi de 33%. Segundo critérios da Fundação Carlos Chagas (FCC), que aplicou o exame, 33% das questões foram consideradas fáceis;

4,6% eram muito fáceis e 32,4%, médias. As demais questões (29,6% do total) eram difíceis. Recém-formados erraram questões básicas sobre atendimento inicial de vítima de acidente automobilístico, de ferimento por arma branca, de pneumonia, pancreatite aguda e pedra na vesícula; dois em cada três candidatos erraram o diagnóstico de uma lactante de seis semanas com tosse leve há dez dias, sem febre e com a respiração acelerada. Este mesmo percentual não soube avaliar o risco operatório para uma mulher com pedra na vesícula, diabética, hipertensiva e com histórico de angina (estreitamento de artérias que provoca dor no peito) durante esforços moderados. Lamentavelmente, o exame do Cremesp revela uma realidade muito mais grave: a má qualidade do ensino brasileiro onde, conforme já afirmei em artigos anteriores, com louváveis exceções, os professores fingem que ensinam, os alunos fingem que aprendem e o resultado é a formação de profissionais desqualificados. no caso, por exemplo, dos médicos – para atender as necessidades da população brasileira. É um quadro que só será revertido quando a educação em todos os níveis - passar a ser vista como uma verdadeira prioridade. Precisamos seguir o exemplo de países como Coréia do Sul, da Índia, da China e de tantos outros; a educação, insisto, é um alimento fundamental que não pode faltar na formação da criança e do jovem que queira, pelo próprio esforço, vencer na vida.

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esde os bancos da escola primária aprendemos que a escravidão foi abolida em 1.888. Talvez isso tenha sido verdade durante algum tempo. Agora, e não é de agora, voltamos ao tempo e novamente somos escravos. Escravos voluntários, sem distinção de cor ou raça, sem direito à alforria. Nós mesmos nos prendemos aos grilhões. Antes de 1.888 escravos eram transportados em navios negreiros, sujos, imundos e abarrotados. Nós, escravos atuais, vamos de metrô, ônibus e trens em condições piores que as dos negreiros de outrora. Trocamos o pelourinho por outros castigos, como falta de assistência hospitalar, falta de educação, falta de trabalho decente. Não precisamos de chibatadas para castigos mais severos – temos os juros do cheque especial, a falta de alimentos, os preços dos supermercados e o horário eleitoral gratuito. Quando colônia, os escravos de antanho ajudavam os patrões recolher o quinto, ou 20% do ouro ou diamante que eram extraídos. Nos dias atuais, nós elegemos gente da pior espécie para nos espoliar e aprovar a derrama diária ordenada pela rainha louca, um arremedo de Dona Maria Iª. Antes de 1.888, os senhores contratavam capi-

tães de mato para caçar quem ousasse se rebelar ou fugir. Hoje, mais moderninhos mas escravos também, temos a Receita Federal para nos caçar e punir. Os de outrora ouviam, obrigados, a pregação jesuíta – nada mais que uma lavagem cerebral – para que adquirissem novos costumes e cultura. Nós nem precisamos de jesuítas. Temos a TV Globo e suas porcas e imundas novelas para ditar comportamentos. Isso de um lado. De outro, pastores sedentos por dinheiro, que vendem o que podem com a promessa de milagres, de curas e de vida fácil. Tal qual os jesuítas, os de hoje têm aprovação dos senhores da Corte. Senhores de outrora privilegiavam as mucamas que se prostituíam e incentivavam suas filhas e mulheres ao claustro doméstico. Senhores de hoje prostituem sua consciência ao menor aceno de dinheiro ou vantagem. Nem preservam mais suas famílias

e até acham bonito quando filhas expõem o corpo em revistas próprias de banheiros de adolescentes. Castro Alves, nos dias de hoje, teria inspiração de sobra para seus poemas. Navio Negreiro não seria nada perto do que veria e escreveria nos dias atuais. Ao contrário dos negros escravos de antes, que se rebelavam, fugiam e fundavam quilombos, nós somos submissos. Aceitamos tudo sem questionar nada. Os de antes esperavam os dias de festa para se reunir, cantar e dançar. Nós nem esperamos por isso. Fazemos carnaval, lotamos campos de futebol e transformamos os dias de festa em praia, estradas congestionadas e em falta de tudo, para, passada a euforia, voltarmos à senzala e às correntes. Não há Princesa Isabel que dê jeito.

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NOTAS ENERGIA CARA. Estudo divulgado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) mostra que o custo da energia elétrica para a indústria no Brasil é o sexto mais caro do mundo. No ano passado, era o 11º, sinal que as coisas pioraram. O Brasil só perde para a Índia, Itália, Singapura, Colômbia e República Tcheca. LIQUIDAÇÕES. Tem muitos consumidores reclamando de liquidações. Entendem que há alguma coisa errada na história, como o fato de uma calça jeans custar R$ 450 no fim do ano, e agora a mesma peça custar R$ 90. A conclusão é óbvia – ou é desespero ou já estavam ganhando demais. PERDAS. Nesta semana Jundiaí teve duas perdas: a do atleta Dalmo Gaspar, jundiaiense bicampeão do mundo pelo Santos FC, e do ex-deputado Randal Juliano Garcia. Dalmo tinha 82 anos, e Randal 66. Quando deixou a política, Randal foi ser delegado de Polícia. GENTALHA. O programa de rádio Gentalha, de Itupeva, levou mais de 600 skatistas ao Parque da Cidade no último domingo (1º). O evento, chamado 1º Skate Day By Gentalha, foi organizado pela 105,9, emissora comunitária da cidade. RECORDE. Até o último domingo a Festa da Uva de Jundiaí havia recebido 96 mil vistantes – 43 mil só no primeiro final de semana. O aumento de frequência é atribuído ao preço da passagem do ônibus no domingo, de R$ 1 – a tarifa social está implantada no primeiro e terceiro domingos de cada mês.

GERAL

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Fiscalização sobre bebidas será maior no Carnaval E já começou, com visitas às quadras de escolas de samba. Objetivo é não permitir a venda de álcool a menores

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Secretaria estadual da Saúde de São Paulo começou no final de semana megaoperação para apertar a fiscalização contra a venda e o consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos no período que antecede o Carnaval e também durante os cinco dias de festa. Em todo o Estado, 4.500 agentes das vigilâncias sanitárias estadual e municipais e do Procon-SP atuarão à paisana, incluindo o período noturno e as madrugadas, percorrendo bares, casas noturnas e quadras de escolas de samba, onde são realizados os ensaios preparatórios para os desfiles. O objetivo das inspeções é restringir a venda e o consumo de álcool para menores de idade nestes locais e em outros tipos de estabelecimentos comerciais, com base na “Lei Antiálcool para menores”, válida desde 2011 no Estado. Durante todos os dias de Carnaval a fiscalização será intensificada. Entre 13 e 18 de fevereiro, os agentes vão passar por bares, clubes, restaurantes e lanchonetes e outros serviços onde são comercializadas bebidas que ficam dentro ou nos arredores de sambódromos, assim como em ruas e avenidas por onde passam blocos e trios elétricos carnavalescos. A megaoperação também vai abranger o esquema especial para a temporada de verão com a fiscalização de estabelecimentos comerciais e quiosques de praia em municípios dos litorais sul e norte de São Paulo. Vigente desde 19 de novembro de 2011, até o momento, a lei antiálcool já fiscalizou 742.885 estabelecimentos no Estado, com aplicação de 2.051 multas, o que representa índice de 99,7% de cumprimento da legislação.

Multas Quem for apanhado será multado e poderá ter seu negócio fechado A lei proíbe que bares, restaurantes, lojas de conveniência, baladas, entre outros locais, não possam vender, oferecer e nem permitir a presença de menores de idade consumindo bebidas alcoólicas no interior dos estabelecimentos, mesmo que acompanhados de seus pais ou responsáveis maiores de idade. Os estabelecimentos infratores estão sujeitos a multas de mais de R$ 100 mil e, no caso de reincidência, podem ser interditados de 15 a 30 dias e até mesmo perderem a inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS. Além do álcool, os fiscais também estarão de olho no cumprimento da lei antifumo, que proíbe desde 2009 o consumo de produtos fumígeros em ambientes fechados e de uso coletivo. “A fiscalização do consumo de bebida alcoólica ocorre durante todo o ano, porém o objetivo da megaoperação é intensificar essa fiscalização justamente no período do Carnaval em locais com grande fluxo de adolescentes e jovens. Estudos apontam que, quanto mais cedo os jovens começam a beber, maiores são as chances de desenvolverem dependência química no futuro” diz a diretora do Centro de Vigilância Sanitária Estadual, Maria Cristina Megid. Denúncias sobre o descumprimento da lei podem ser feitas pelo site www.alcoolparamenoreseproibido.sp.gov.br ou pelo telefone 0800-771-3541.

Fiscalização é maior em todo o Estado | DIVULGAÇÃO

Gastos escolares subiram em janeiro A inflação referente aos gastos escolares aumentou o dobro da variação geral de preços, informou hoje (2) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apesar disso, a taxa registrada em janeiro foi menor que a do mesmo mês em 2014. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechou o mês passado com variação de 1,51%, os gastos com material escolar, livros, transporte, cursos e lanchonetes chegaram a 3,73%. Em janeiro do ano passado, o indicador somou 3,80%. A maior inflação foi registrada nos cursos formais, que incluem os ensinos fundamental, médio e elementar, com 6,29% em janeiro. A alta foi menor que a registrada no ano anterior, de 6,62%. Os cursos não formais, de inglês e informática, também tiveram inflação menor, caindo de 2,82%, em janeiro do ano passado, para 1,79% no primeiro mês deste ano. O mesmo comportamento

foi registrado no transporte escolar, que teve inflação de 4,35% no início do ano passado e de 3,28% este ano. Todos os demais índices tiveram aumento da inflação. O material escolar registrou alta de 1,88%, contra 0,90% do ano passado. Os livros didáticos ficaram com 1,81%, contra 0,22% de janeiro de 2014. Os livros não didáticos também aumentaram (0,96%), enquanto, no início do ano passado, a inflação atingiu 0,12%. O item bares e lanchonetes teve variação acima de 2014, com alta de 1,30% no mês passado, 0,42 ponto percentual superior ao percentual de 0,88% registrado em 2014. Em 12 meses, os gastos escolares acumulam alta de 9,39%, enquanto a inflação completa soma 6,87% no IPC da Fundação Getúlio Vargas. O item bares e lanchonetes teve a maior variação total, de 11,17%, e os livros didáticos, a menor em 12 meses: 3,28%.


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GERAL

Em 2014 foram roubados três bilhões de litros de água Não bastasse a crise, a falta de chuvas, o racionamento, só agora Sabesp descobre que estão roubando água

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Companhia de Saneamento Básico de São Paulo – Sabesp – divulgou agora que somente no ano passado foram roubados 2,6 bilhões de litros de água na Região Metropolitana da Capital. É água suficiente para abastecer uma cidade de 250 mil habitantes durante um mês inteiro. O desvio de água ocorre quando o hidrômetro é fraudado para que ele não marque o quanto de água realmente foi gasto por determinado estabelecimento. “São clientes de diversos perfis, como residências, galerias comerciais, salões de beleza, pensões, bares, lanchonetes e restaurantes”, afirma em nota a Sabesp. Segundo a empresa, houve um aumento de 31% nas vistorias para tentar barrar esse tipo de crime em relação a 2013. O valor de água desviada no ano passado foi avaliado em 17,4 milhões de reais. Para os fraudadores identificados, a Sabesp cobra pelo que foi desviado, recuperando a água fornecida e não paga. O crime é tipificado como

furto e prevê pena de um a quatro anos de reclusão. Na semana passada, as equipes chamadas de caça-fraudes detectaram dois casos de furto de água, um em uma lanchonete e o outro em um hotel, na Rua Bueno de Andrade, no Centro de São Paulo. Em nota, a companhia informou que os donos dos estabelecimentos foram autuados em flagrante e encaminhados para o 6º Distrito Policial, no Centro. E até o pastor Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, não escapou dessa. Ele e a mulher, a bispa Franciléia, são donos de uma gráfica no Brás, na Capital. Valdemiro fez seu milagre e o hidrômetro parou de registrar o que era consumido. Durante seis meses a gráfica pagou a taxa mínima, o que fez a Sabesp desconfiar do milagre. A gráfica tem 100 funcionários. O jornalista responsável pela empresa, Jorge Alves Lisboa, de 47 anos, foi preso em flagrante. Agora a Polícia vai marcar dia para ouvir Valdemiro e Franciléia para explicar o milagre.

Sem água, TJ suspende sessões diárias Após faltar água no prédio onde ficam os gabinetes dos desembargadores, no centro de São Paulo, o Tribunal de Justiça de São Paulo vai reduzir pela metade o número de sessões mensais de julgamento do órgão especial, ondecorrem processos contra autoridades. Em vez de semanais, às quartas-feiras, as sessões serão agora a cada quinze dias. O objetivo, segundo o

presidente José Renato Nalini, é diminuir o consumo de água e energia durante a pior crise hídrica do Estado. Em comunicado divulgado na sexta-feira, Nalini pede aos magistrados que adotem e intensifiquem os julgamentos feitos pela internet para que outros órgãos também reduzam as sessões presenciais com desembargadores e advogados no Palácio da Justiça.

Técnico mostra hidrômetro fraudado | DIVULGAÇÃO

Furnas pode parar de vez se não chover logo Na segunda-feira (2), o nível da represa de Furnas era de 9,5% de sua capacidade. Como a água da represa serve para gerar energia elétrica para o Estado de São Paulo, há previsão de novos apagões. No ano passado, quando o nível foi considerado alarmante, Furnas tinha 34%. Furnas está mais de 15 metros abaixo do limite e se houver uma redução de mais quatro metros o sistema pode entrar em colapso. Em seu volume máximo, o reservatório fica a 768 metros em relação ao nível do mar, mas hoje está a apenas 752,81 metros. Atualmente Furnas tem duas turbinas paradas, mas a hidrelétrica não fornece detalhes sobre a geração de energia. A companhia alega apenas seguir as orientações do

Falta de água compromete geração de energia | DIVULGAÇÃO

ONS (Operador Nacional do Sistema), que é o regulador do serviço no País. O Rio Grande, fonte de água do Lago de Furnas, abastece ainda outras hidrelétricas da região que também

sentem os efeitos da estiagem. São o caso da Usina de Marimbondo, hoje com 11,45% de sua capacidade, e da Mascarenhas de Moraes, que opera com 17,32%.


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GERAL

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Petrobras vai misturar mais álcool na gasolina. De novo A partir do dia 15 a mistura vai passar dos atuais 25 para 27%. Será a festa das oficinas mecânicas

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pacote de maldades do governo não parou nas medidas provisórias. Já está tudo acertado para que, a partir de 15 de fevereiro, a gasolina chegue aos postos com 2% a mais de álcool – atualmente a mistura é 25%. É o único país do mundo que batiza a gasolina na fonte, no caso, as refinarias da Petrobras. Na segunda (2), houve uma reunião entre o ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante, e Elizabeth Farina, presidente da associação que representa os plantadores de cana e usineiros. O argumento é que mais álcool diminui a poluição. Conversa mole. Os usineiros estão endividados até a alma e precisam vender mais álcool. O governo sempre ajuda, embora não

paguem seus empréstimos milionários. De acordo com o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea - Luiz Moan, a intenção é que, em breve, o percentual aumente para 27,5% para as gasolinas comum e a premium. Segundo ele, ainda é preciso concluir testes para adotar os 27,5% nos dois tipos de combustível. Tudo combinadinho, mas quem vai fazer a festa serão os mecânicos. Cada vez que a mistura aumenta, os motores precisam de novas regulagens, que não são de graça. E é bem espertinha essa Elisabeth – fazendo isso, será mais um bilhão de litros de álcool por ano. Imagina-se quanto os usineiros vão embolsar com a brincadeira.

Tribunal de Contas tem nova presidente Tomou posse na última segunda-feira, a nova presidente d Tribunal de Contas do Estado, Cristiana Castro Moraes, eleita por unanimidade em sucessão ao conselheiro Edgard Camargo Rodrigues. Bacharel em Direito e ex -procuradora do Estado, Cristiana também foi a primeira mulher a compor o colegiado do TCE, em abril de 2012, por indicação do governador Geraldo Alckmin. Na mesma sessão, também foram eleitos o vice-presidente Dimas Ramalho e o corregedor Sidney Be-

raldo. Ambos por unanimidade de votos. Cristiana é a primeira mulher a presidir o TCE em sua história. Ela é auditora do TCE desde 2011, foi procuradora do Estado de São Paulo durante um ano, controladora de Recursos Públicos do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo de maio de 1995 a junho de 2010 e professora efetiva do curso de graduação em Administração de Empresas da Universidade Federal do Espírito Santo de março de 1996 a março de 2000.

Alteração na mistura exige novas regulagens | DIVULGAÇÃO


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JUNDIAÍ

Estiagem pode secar mais de 200 nascentes em Jundiaí Conclusão é que será preciso plantar mais árvores às margens do Rio Jundiaí-Mirim, e urgentemente

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á um projeto em Jundiaí para reflorestar as margens do Rio Jundiaí-Mirim, a chamada mata ciliar. Sem árvores, a tendência é o rio ter menos água. A conclusão é de um grupo de técnicos, que durante oito meses visitaram as propriedades situadas nas margens do rio. “Em geral a maoria das nascentes do rio Jundiaí Mirim estão em alerta”, diz o biólogo Martim Ribeiro. Além das nascentes, um estudo mapeou as condições de todos os pequenos córregos que formam a bacia do rio Jundiaí Mirim, responsável pelo abastecimento da cidade de 400 mil habitantes (número oficial). Segundo o biólogo, as nascentes precisam ser protegidas por mata nativa, que

Jundiaí-Mirim fica comprometido com falta de árvores | DIVULGAÇÃO

ajuda a manter o volume de água e impede o assoreamento. Sem as áreas verdes no entorno, as nascentes secam no período de estiagem, o que

compromete o volume dos rios e reservatórios. O desafio é recuperar uma área equivalente a 120 campos de futebol. Quem vai ge-

mer com esse custo são as empresas que cometeram danos ambientais. Uma empresa que produz peças de veículos precisa plantar 2.400 mudas

e vai gastar R$ 100 mil. “Isso ajudaria não só nossa empresa, mas toda a comunidade que depende muito de água nessa região”, diz João Masson, gerente de suprimentos. As empresas são obrigadas a manter as áreas que serão reflorestadas por dois anos, mas a prefeitura já estuda incentivo fiscal para os donos que preservarem as áreas recuperadas depois desse prazo. “O sonho é criar um cinturão verde de proteção tanto nas nascentes quando no leito do rio”, diz o presidente do departamento de água, Jamil Yatim. E há razões de sobra para essa preocupação. Segundo o estudo, há 225 nascentes correndo o risco de desaparecer. Isso naturalmente. Há outras que já desapareceram, aterradas por outros interesses.

Kassab, ministro, visita Jundiaí e atende prefeitos No último domingo (1º), Gilberto Kassab, ex-prefeito da Capital e agora ministro das Cidades, visitou a Festa da Uva de Jundiaí. Aproveitou para fazer uma reunião técnica com a prefeitada das regiões de Jundiaí, Campinas e São Paulo. E em dobradinha com o prefeito Pedro Bigardi, atendeu 16 outros prefeitos. Assuntos: projetos ligados à habitação, saneamento e mobilidade urbana. A reunião foi na sala emprestada pelo Fundo Social, que está instalado no Parque Comendador Carbonari. Vieram os prefeitos de de Amparo, Caieiras, Francisco Morato, Jarinu, Louveira, Mairiporã, Morungaba, Paulínia, Sumaré, Valinhos, Várzea Paulista, Itatiba,

Itupeva, Campo Limpo Paulista e Cabreúva. A choradeira dos prefeitos é a mesma de sempre – mais verbas para suas cidades. Kassab, que governou a Capital durante oito anos, entende bem disso. “As festas tradicionais são um momento importante dos municípios brasileiros e aproveitar isso para um contato direto sobre as demandas da região é uma forma de orientar prioridades nos próximos quatro anos”, disse ele. Bigardi, anfitrião e uma espécie de braço direito de Kassab durante o encontro, elogiou a visita do ministro. “Destacamos temas ligados ao Governo Federal, como a segunda fase dos corredores para trânsito rápido de ôni-

bus (BRT) e a ampliação da presença do município na terceira fase do Minha Casa Minha Vida, especialmente na habitação popular”. Para o prefeito de Valinhos, Clayton Machado, a iniciativa conjunta do ministro e do prefeito jundiaiense ajudou muito: “Temos projetos importantes para encaminhar nas áreas de habitação popular e água. Essa reunião adiantou etapas”. Juvenal Rossi, que anda com problemas no caixa, também elogiou a conversa: “Vamos melhorar a ligação entre as cidades, além de ampliarmos as conquistas de saneamento depois que passamos de 3% para 97% no tratamento de esgotos, permitindo ampliar o fornecimento de água.

Kassab destacou importância do diálogo | DIVULGAÇÃO

Mas precisamos de apoio na pavimentação urbana, por exemplo. Essa iniciativa foi muito positiva”. Depois da reunião, Kassab visitou os pavilhões da festa,

tirou fotografias com as vinhateiras, com a rainha da uva e, como todo bom político, foi só sorrisos e cumprimentos ao público. Depois foi embora, mas que volte sempre.


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JUNDIAÍ

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BRT começa a ser feito em julho, da Colônia ao Centro Primeiro trecho do BRT, na Colônia, terá pouco mais de quatro quilômetros e três e meio de ciclovia

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primeiro trecho do BRT, trânsito rápido por ônibus, está aprovado e foi apresentado à equipe de planejamento e operação da Secretaria de Transportes pelo secretário Wilson Folgozi, na última semana. O traçado, de 4,25 quilômetros, ligará o Terminal Colônia (na região Leste da cidade) ao Centro, na Praça Rui Barbosa. A obra, que começa em julho deste ano, prevê a construção de estações (de embarque/desembarque) e ampliação e reforma dos terminais Colônia e Vila Arens. Entre as estações estão: Tamoio, Pacaembu, Américo Bruno, Vila Arens, Argos e Parque Guapeva. O projeto prevê também a construção de uma ciclovia (3,5 quilômetros), que vai acompanhar o corredor exclusivo para os ônibus até o via-

106 mi é quanto virá do Governo Federal para Jundiaí ter esse meio de transporte

Folgozi apresenta projeto do primeiro trecho do BRT | DIVULGAÇÃO

duto Sperandio Pelliciari, que liga a Vila Arens à Ponte São João, e depois seguirá em direção ao Terminal Vila Arens. “O BRT junta a capacidade,

velocidade e qualidade do metrô com a flexibilidade, baixo custo e simplicidade do sistema convencional”, destaca o secretário. “O novo sistema

Prefeitura alerta cidade sobre riscos de dengue Com a chuva e as altas temperaturas, a população deve redobrar a atenção no combate à dengue. O calor e a umidade são condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito da dengue. O Centro de Vigilância e Controle de Zoonoses, da prefeitura, mantém um programa de controle e prevenção permanente. Nesta época do ano as ações são intensificadas, principalmente os trabalhos de investigação epidemiológica e busca ativa de criadouros e de sintomáticos (moradores com sintomas da doença). Mas a população também tem papel importante na preven-

ção, eliminando os possíveis criadouros em casa. Em janeiro foram registrados 13 casos da doença - 10 importados (moradores de Jundiaí infectados em outras cidades) e três autóctones (contaminados na cidade). Os três casos identificados são de moradores de um mesmo bairro, a Vila Bela. Por isso, nos últimos dias as equipes da Zoonoses concentraram esforços no bairro e no entorno. Nas visitas, os agentes de zoonoses encontraram diversos criadouros com larvas do mosquito em quintais e jardins das casas. “Não podemos descuidar. É preciso redobrar a atenção”, alerta o

gerente do Centro de Zoonoses, Carlos Ozahata. “Este fim de semana vamos continuar trabalhando nos bairros vizinhos ao Bela Vista para eliminar os focos e orientar os moradores.” A coordenadora do Programa Municipal de Controle do Vetor Transmissor da Dengue, Ana Lúcia Castro, destaca também que os moradores com sintomas (febre, dor de cabeça e dor no corpo) não devem se automedicar. “A orientação é que procurem uma unidade de saúde ou um pronto-atendimento.” O Centro de Zoonoses fica na rua Prudente de Moraes, 744, no Centro. Telefone 4521-0660.

proporcionará uma melhora significativa ao transporte coletivo da cidade, tanto em qualidade do serviço, quanto em infraestrutura, conforto,

segurança, agilidade e acessibilidade”, completa. Para a construção do BRT em Jundiaí o prefeito Pedro Bigardi já garantiu R$ 106 milhões junto ao Governo Federal e R$ 28,5 milhões de contrapartida da Prefeitura. Os corredores exclusivos com estações apropriadas permitem o embarque e o desembarque com segurança e rapidez, já que o passageiro faz o pagamento da tarifa na própria estação e não no ônibus. Os corredores são segmentados e, em alguns trechos, permitem a ultrapassagem entre os ônibus, evitando paradas desnecessárias.


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JUNDIAÍ

Cerest prepara novas ações contra acidentes do trabalho Comércio registrou maior número de acidentes em 2014. Construção Civil e metalúrgicas estão melhores

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Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) já prepara novas ações em prevenção de acidentes do trabalho para este ano. Para Jesus dos Santos, gerente do órgão, a principal base para essas novas ações são as estatísticas, em especial aquelas que se referem ao número de acidentes do trabalho de 2014 em Jundiaí. “A fiscalização do cumprimento da legislação que protege a saúde dos trabalhadores sempre foi priorizada na indústria. Mas, depois da reestruturação do Cerest, determinada por Pedro Bigardi, em 2013, pudemos iniciar a digitalização de dados, que nos mostrou a necessidade da abrangência de outros setores econômicos”, diz Jesus. O comércio varejista, por exemplo, que foi a categoria que mais registrou acidentes de trabalho em 2014 (1.233). Jesus informa que reuniões educativas estão sendo programadas, em que os comerciários receberão informações sobre a prevenção de acidentes. “As reuniões serão realizadas em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Varejista de Jundiaí e Região, o Sincomerciários. Já os comerciantes continuarão sendo visitados em seus estabelecimentos e orientados quanto ao controle da saúde ocupacional. Somente serão penalizados aqueles que, depois de finalizado o trâmite do processo administrativo, não regularizarem sua situação. O prazo do trâmite dos processos se dá, em média, em 90 dias”, completa Jesus. Outra categoria que o órgão anuncia novas ações é a das oficinas de manutenção de veículos e de equipamentos em geral. “Com mais de 280 casos de acidentes registrados no ano passado, elas requerem maior cuidado de

Surpresa Maior número de acidentes está no comércio e não na construção civil nossa parte e, por isso, também já estamos empenhados nos trabalhos de prevenção”, continua Jesus. A categoria dos bancários, apesar de não aparecer dentre as dez primeiras em números de acidentes registrados, já está recebendo os benefícios do projeto denominado Extrato da Saúde dos Bancários, em parceria como Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região e com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Uma pesquisa científica está em fase de tabulação e análise pela Universidade e seu resultado vai comprovar ou não se há relação entre o grande número de bancários afastados por causa do trabalho e a atividade que desenvolvem. O gerente do Cerest também afirma que duas categorias, que, historicamente, se apresentavam na liderança do número de acidentes do trabalho, tiveram melhor posicionamento no ano passado. “A indústria metalúrgica e o setor da construção civil sempre foram os que mais registravam acidentes do trabalho. Em 2014, no entanto, eles apareceram em segundo e sétimo lugares, com 445 e 225 casos, respectivamente”, compara Jesus. “Nesses dois setores, também em parceria com seus respectivos sindicatos, temos intensificado a fiscalização do cumprimento das normas de proteção à saúde”, completa. O Cerest também contabilizou as penalidades que impôs no ano passado, em virtude de infrações sanitárias em saúde do trabalhador. Das 1.372 empresas

fiscalizadas (indústrias, bancos e comércio), 199 foram penalizadas. Outras 49, com advertências, 39, com interdições e 111, com multas em dinheiro, que totalizaram mais de R$ 1,2 milhão. O gerente do Cerest explica que as multas impostas foram proporcionais às infrações cometidas e às consequências dos acidentes do trabalho, em especial, os fatais (5), durante o ano passado. “Vemos que somente 8,09% das empresas fiscalizadas foram penalizadas. O restante, 91,91%, recebeu orientação para adequação da situação de proteção aos trabalhadores e isso mostra que o nosso trabalho tem equilíbrio proporcional”, explica Jesus.

Jesus dos Santos, gerente do Cerest | DIVULGAÇÃO

Procon vai a três bairros em fevereiro Com pouco mais de duas semanas de funcionamento, o Procon nos Bairros já é requisitado em todos os lugares. A nova forma de fazer uso dos direitos do consumidor não só está sendo bem aceita pelas pessoas como também criando expectativas. De acordo com o coordenador do Procon Jundiaí, Adílton Garcia, muita gente tem telefonado para saber quando é que a unidade móvel vai estar em seu bairro. “De fato, é um serviço que está sendo muito útil, principalmente para aqueles

que têm dificuldade de se deslocar até nosso atendimento fixo, na Câmara”, diz o coordenador. Lançado na Vila Hortolândia no dia 14 de janeiro, o Procon nos Bairros já esteve no Ivoturucaia e no Morada das Vinhas. Para o mês de fevereiro, a programação já foi definida e os moradores dos locais que serão visitados podem aproveitar a oportunidade para não apenas apresentar seus problemas com estabelecimentos comerciais e de serviços como também tirar dúvidas acerca de seus direitos.


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CIDADES

Louveira consegue R$ 600 mil do Governo Federal Dinheiro vem para infraestrutura viária e assistência social. Caixa Econômica vai supervisionar o repasse

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prefeito Junior Finamore assinou dois convênios com o Governo Federal, que totalizam R$ 600 mil em repasse de verbas para serem investidas em infraestrutura viária e na área de assistência social. Um dos acordos garante a Louveira R$ 350 mil de subsídio destinados pelo Ministério do Desenvolvimento Social para construção de uma sede própria para o Cras (Centro de Referência em Assistência Social). O outro documento avaliza investimentos de R$ 250 mil em pavimentação de ruas da cidade, que serão repassados pelo Ministério das Cidades. Atualmente o Cras do bairro Santo Antônio funciona em casa alugada. Com a construção, os serviços do setor serão oferecidos em prédio próprio, estruturado para atender as famílias, conforme explica o prefeito.

“A construção do Cras vai garantir um espaço mais adequado e específico para atender as famílias referenciadas e acompanhadas atualmente, bem como futuramente. O novo Cras está sendo projetado para um acolhimento especial e mais humanizado às famílias atendidas”, afirma Finamore. A transferência dos recursos é intermediada e supervisionada pela Caixa Econômica Federal. Para conseguir a liberação, a Prefeitura precisa apresentar o projeto e toda a documentação das obras nos respectivos ministérios dentro de um prazo de 6 a 10 meses. No entanto, segundo o secretário Municipal de Assistência Social, Rogério Nóbrega, a expectativa é antecipar a transferência da verba e iniciar a construção do Cras ainda neste semestre, uma vez que o projeto já está em processo de conclusão.

Fachini é o novo comandante da GM O jundiaiense Wagner Fachini comanda, desde o início do ano, a Guarda Municipal de Campo Limpo Paulista. Coronel reformado da Polícia Militar, Fachini exerceu diversas funções em cidades do interior, incluindo o comando do 49º e do 11º Batalhão, ambos em Jundiaí. No final de janeiro, Fachini visitou o distrito de Botujuru. “Esse bairro é um dos maiores da cidade e, a pedido do prefei-

to José Roberto de Assis, haverá um policiamento mais efetivo na região”, afirma. O comandante percorreu a área central do distrito, passando por alguns prédios públicos e visualizando o comércio local. Ele destaca que o trabalho de segurança tende a sofrer uma mudança positiva. “A população e os comerciantes podem ficar tranquilos que vamos fazer de tudo para mudar o cenário da segurança na cidade”, finaliza.

Verba será usada também em asfaltamentos | DIVULGAÇÃO


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CIDADES

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Detran encontra fraudes em cartas de motorista de Várzea Dois foram envolvidos na maracutaia, mas já respondiam a processo administrativo por emissão de CNHs

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história se repete – bastou a Corregedoria Geral de Administração do Estado e o Detran darem uma olhada na 246ª Ciretran de Várzea Paulista para descobrirem irregularidades na emissão de carteiras de motorista. Há algum tempo uma autoescola foi pega fazendo das suas, e há mais tempo ainda um vereador, também dono de autoescola, ficou preso por causa das cartas fajutas. É muito rolo numa só Ciretran. A Corregedoria – que é chefiada pelo jundiaiense Gustavo Úngaro – encontrou baixas na pontuação indevidas (aquela que acompanha a multa de trânsito) e fraudes em exames teóricos. Em nota, a Ciretran afirma esperar uma notificação oficial da Corregedoria e do Detran, para depois tomar providências. Se tudo for com-

provado, os dois envolvidos vão perder o emprego e ainda responder a processo por associação criminosa, corrupção passiva e falsidade ideológica. Várzea Paulista tem algum fama – ou até tradição – de facilitar carteira de motorista aos interessados. Antes a prática era facilitada pela falta de tecnologia. E atualmente, mesmo com a identificação biométrica de candidatos, tanto para aulas teóricas como para práticas, sempre alguém consegue enganar o sistema. Dentro do princípio de que para haver algum se corrompendo é preciso que alguém o corrompa, os motoristas beneficiados com os favores dos funcionários também deverão sofrer processo por corrupção ativa. A menos que os funcionários envolvidos convençam a Justiça que facilitar a carteira de motorista por amor, e não por dinheiro.

Começa a construção do novo viaduto O primeiro passo para a construção do novo viaduto da cidade, no bairro Ponte Seca, foi dado na semana passada, quando técnicos fizeram a sondagem de solo nos dois pontos do terreno em que se apoiará a estrutura. Com base na análise de solo, serão feitos os cálculos para a construção de pilares e vigas. O resultado deve sair na semana que vem. O projeto prevê a construção em 18 meses de uma passagem superior à linha férrea, para fazer a ligação entre o Bairro Ponte Seca e a avenida Duque de Caxias, próxi-

mo ao Jardim Promeca. A ligação será uma alternativa para acessar bairros das zonas Norte e Leste da cidade e desafogar o Viaduto dos Emancipadores, sobrecarregado em determinados horários. Para o secretário de Obras e Urbanismo, Josué Santana, a construção melhorará o fluxo de veículos. “É uma obra que vai desafogar o centro antigo, eu acredito que em 25% do tráfego”, explica. O custo total da obra será de R$ 3.484.034,96 – parte bancado pelo governo estadual – e R$ 984.034,96 pela prefeitura.

Não é de agora que existem suspeitas sobre cartas de Várzea | DIVULGAÇÃO

Vigilância alerta para vazamento de esgotos Em época de chuva, todo cuidado é pouco. Por causa de ligações indevidas à rede de esgoto, há aumento de volume e consequente extravasamento. Por causa disso, a Vigilância Ambiental de Várzea chama a atenção dos moradores para o problema. “Em muitas residências, o morador, por falta de informação, acaba despejando a água vinda das chuvas, que passam pelo telhado e quintal, diretamente na rede de esgoto e essa prática causa rápido aumento da quantidade e fluxo de água na tubulação, extravasando nas caixas de inspeção, que na maioria das vezes estão instaladas nas calçadas ou

Muita água no esgoto provoca vazamentos | DIVULGAÇÃO

quintais”, afirma Kleber Zechin, supervisor de Saúde Coletiva. Quando não há essas caixas é pior: o fluxo de esgoto, excessivamente aumentado, acaba vazando para dentro das casas através do vaso sanitário, dos ralos internos e até da pia da cozinha, ocasionando riscos à saúde e

transtornos aos moradores. A Vigilância recomenda que as ligações devem ser refeitas se estiverem misturando água de chuva com esgoto. E volta a lembrar o óbvio, que não se deve jogar absorvente e outros objetos dentro do vaso sanitário. Informações e denúncia pelo telefone 4606-8108.


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CIDADES

Jarinu cadastrou somente 20% de seus imóveis rurais Prazo vence dentro de pouco mais de três meses. Até o fim de janeiro foram só 92 cadastros

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altando pouco mais de três meses e meio para encerrar o prazo que os produtores têm para preencherem o Cadastro Ambiental Rural – CAR, muitos ainda não o fizeram. De acordo com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, das 460 propriedades com até quatro módulos fiscais, até 28 de janeiro haviam apenas 92 cadastros, ou seja, pouco mais de 20%.

460 é o número de propriedades rurais de Jarinu. Somente 92 foram cadastradas Por ser um cadastro de difícil preenchimento a Secretaria de Agricultura de Jarinu colocou à disposição dos produtores rurais um técnico agrícola para auxiliar na implantação dos dados. “Além de Itatiba, também estamos concedendo aos produtores rurais um técnico para o cadastro. As demais cidades dizem que vão esperar prorrogação do prazo para começarem o preenchimento”, explica Mariliza Soranz, secretária de Agricultura e Meio Ambiente. Ainda de acordo com a secretária o cadastro é tão

complicado de preencher que pode demorar vários dias para ser concluído, enquanto outros são feitos de forma mais rápida. “Existem muitos dados técnicos, às vezes faltam documentos. Tudo isso atrasa o preenchimento dos dados até à conclusão. É importante estar com a documentação em dia”. Das 92 propriedades cadastradas 15% tem como atividade principal a silvicultura (eucalipto), enquanto 5% são áreas preservadas de mata nativa, 18% pastagens, 4% lazer, 25% hortaliças e legumes, 30% destinados à fruticultura e 3% a outras atividades. O Cadastro ambiental Rural esta previsto no Código Florestal Brasileiro e deve ser feito como parte de processo de regularização ambiental das propriedades rurais. Além da identificação e das delimitações da área, são necessárias informações ambientais como áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Quem não realizar o cadastro pode ficar impedido de obter crédito. A partir do CAR, é feito o Programa de Regularização Ambiental (PRA), também estabelecido pelo Código Florestal. Informações pelo telefone 4016-3843.

Sem cadastro rural produtor não terá crédito | DIVULGAÇÃO

Procon atende mais de 50 pessoas em 60 dias Mesmo antes de ser inaugurado, mas já de portas abertas para atender a população e comerciantes locais, o Procon de Jarinu tem recebido inúmeras reclamações. Apenas nos 20 primeiros dias de Janeiro já foram 34 aberturas de ocorrências sete foram solucionadas. “Nossa população tinha que se locomover as cidades vizinhas, que agradeço sempre pelo atendimento ao nosso povo, para abrir uma ocorrên-

cia junto ao Procon. Hoje isso não precisa mais. É mais uma conquista para nossa cidade”, diz o prefeito Vicente Zacan. De acordo com Patrícia Damasceno, coordenadora do Procon, os serviços à população já estão abertos desde dezembro. “O consumidor não paga nada para abrir ocorrência, nem para tirar dúvidas. O prazo para resposta, determinado por lei, é de 30 dias a contar da abertura do processo. Há

casos que são solucionados antes do prazo, outros, precisam ser levados à Justiça”. Como nas demais cidades, o maior número de reclamações é sobre a telefonia - movel e fixa - serviços bancários e cartões de créditos. O Procon fica na rua Arthur Bernardes, 140, centro. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h para abertura de ocorrência e das 15h às 16h para orientação geral ao público.


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CIDADES

Consórcio elege presidente, mas esquece da barragem

Bacia tem inúmeros córregos, e construção de uma barragem pode resolver problema da água na região

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prefeito de Cabreúva, Henrique Martin, foi eleito no fim de janeiro presidente do Consórcio Intermunicipal do Ribeirão Piraí – Conirpi. As outras cidades que integram o consórcio são Itu, Salto e Indaiatuba. Henrique substitui o prefeito de Itu, Antônio Luiz Carvalho Gomes (Tuíze), e fica dois anos no cargo.

Piraí Uma represa, programada há mais de 20 anos e que ainda não saiu do papel A reunião teve muita coisa amena, como a discussão de ações de conscientização da população, comemoração do Dia da Água (22 de março) e planos para educação ambiental. Falta o principal: Há mais de vinte anos fala-se na construção de uma barragem para resolver o problema de abastecimento naquelas cidades. O Piraí tem 45 quilômetros de extensão. Nasce no Guaxinduva, em Cabreúva, e percorre, além de Cabreúva, Itu, Indaiatuba e Salto, onde desagua no Rio Jundiaí. O ribeirão é motivo de disputa das cidades. Salto, por exemplo, retira de lá sua água. A encrenca começou em 1990, quando Indaiatuba, que fica ao montante, manifestou intenção de retirar água de lá também. Depois de muita discussão, influência política e intermediação do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), saiu a outorga para que Indaiatuba captasse 13.920 m³/dia e assim o pequeno manancial passou a representar 25% das necessidades daquele município. Salto retira 25.920 m³/dia. Os ânimos voltaram a se acirrar, quando em Itu, que fica mais a montante,

técnicos e políticos começaram a cogitar a utilização do mesmo manancial. Ou seja, três municípios que somam quase meio milhão de habitantes pretendiam retirar água de um ribeirão cuja vazão média plurianual é de 2,5 m³/s. A solução foi a criação, em 12 junho de 2003, do Consórcio Intermunicipal do Ribeirão Piraí, cujo grande e único projeto é a construção de uma barragem que armazenará água nos meses chuvosos e regulará a vazão para que, mesmo nos períodos de estiagem, possam ser abastecidas Itu, Indaiatuba e Salto. Mas ficou nos estudos e no projeto. Essa represa, que teria nove bilhões de litros de água, ficaria entre Salto e Itu. Em caso de estiagem socorreria todas as cidades envolvidas. Em tempos de vacas gordas, seria distribuída em partes iguais. Em 2010 o consórcio tinha, segundo a revista Veja, um milhão de reais em caixa, e a obra da represa começaria naquele ano. Em 2014, o consórcio reelegeu o prefeito de Itu para presidi-lo, e logo na primeira reunião, também só amenidades. Escapou o anúncio de que havia uma empresa que vencera a concorrência para o projeto da barragem e de outra que faria levantamento da ictiofauna, além de cuidar dos relatórios ambientais para se conseguir a licença. Com Henrique à frente, agora é esperar para ver – e crer – que essa represa saia do papel. Henrique, por enquanto, anunciou a criação de um parque da cidade, na margem do ribeirão. E só. Não, não é só isso. A Secretaria do Meio Ambiente de Cabreúva criou o programa Rota das Águas, que vai levar interessados em conhecer o Piraí e seus afluentes em visitas monitoradas.

Henrique, novo presidente. Mas cadê a barragem? | DIVULGAÇÃO

Cabreúva quer identificar túmulos A prefeitura de Cabreúva quer a colaboração da população para que identifique os túmulos de seus familiares e parentes que estão enterrados na parte velha do cemitério. “Há muitos túmulos abandonados sem identificação. As famílias com parentes sepultados nesta situação devem procurar a Administração do Cemitério Municipal para que identifiquem os túmulos”, disse Messias, responsável pela coordenação do Velório e Cemitério Municipal. Caso não haja nenhuma manifestação, a prefeitura trabalha com a possibilidade de exumar

Túmulos precisam ser identificados | DIVULGAÇÃO

os corpos e encaminhar os restos mortais para o Ossário Municipal. O Cemitério fica na Rua Cônego Motta,

s/nº - Centro – Cabreúva. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4528-4600.

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VARIEDADES

Pra quem não viaja, Carnaval tem um pouco de tudo

Nas cidades da região há opções para a rua ou salões. Em Jundiaí, maracatu vai substituir samba JUNDIAÍ. São esperadas mais de 40 mil pessoas para o Carnaval de rua da cidade, com desiles na avenida Luiz Latorre. Como no ano anterior, haverá arquibancadas e camarotes, além de praça de alimentação. No sábado (14) se apresentam as escolas de samba do Grupo Especial. Depois do carro alegórico com o Rei Momo, Rainha do Carnaval e princesas, a Arco-Íris abre o desfile, seguida pela Leões da Hortolândia, Unidos da Zona Leste e Mocidade da Agapeama. No domingo (15) se apresentam as escolas do Grupo de Acesso. A União do Povo abre o desfile, na sequência se apresentam Cai Cai, Marujos da Zona Sul, União da Vila Rio Branco e Caprichosos de Jundiaí. Nove blocos saem às ruas: Chupa Que É De Uva, Basta Vir E Se Divertir, Refogado do Sandi, Carne com Queijo, Ponte Torta, Bloco do Loki, Continuamos Na Nossa, Concentra Mas Não Sai e o estreante Cortejo do Jundiá. O bloco Chupa Que É De Uva dá início à folia no sábado (7) e o Cortejo do Jundiá encerra na quarta-feira de Cinzas (18). Na sexta (13) o bloco Refogado do Sandi abre oficialmente o Carnaval de Jundiaí, com a cerimônia simbólica da entrega da chave da cidade pelo prefeito à Corte da Alegria, no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa. O samba será substituído pelo Maracatu na abertura do Carnaval jundiaiense. O desfile vai contar com os idosos que participam da oficina do ritmo no Centro de Referência do Idoso (Criju) e no Cras do Jardim Tamoio, na sexta-feira (13), a partir das 14h, no Centro. Ao menos 75 pessoas – entre idosos, músicos, professores e técnicos dos centros de referência – devem participar do desfile que sairá da praça Marechal Floriano Peixoto e seguirá

pelo Calçadão da rua Barão até a Siqueira de Moraes, retornando pelo mesmo trajeto. A previsão é de que o desfile dure duas horas. Nos salões, Grêmio e Clube Jundiaiense promovem seus tradicionais bailes e matinês. CABREÚVA. A cidade promove o Carnabreúva com cinco dias de festa com shows, desfiles e matinês. Na sexta (13), na praça Comendador Martins tem apresentação da banda São Roque às oito da noite. No sábado (14), ás quatro da tarde, a mesma banda, e depois das 22h30, a banda Eros. No domingo (15), desfile de rua a partir das oito da noite, com a bateria Batucada da Coruja. Em seguida a banda Balakubaka assume o palco. As matinês serão no domingo e na terça, tanto na praça quanto no Centro Silvio Covas. JARINU. A festança será concentrada na rua Independência, sem bailes no ginásio. Começa na sexta, com o desfile do Bloco das Bruacas às oito da noite. No sábado, domingo e segunda, desfile de blocos e escolas de samba. No final da rua, palco e baile até às três da manhã. Matinês a partir das três da tarde no domingo e na terça. ITUPEVA. Na sexta, baile da terceira idade na Chácara do Abobrinha às sete da noite. No sábado, banda Sombra e Água Fresca. No domingo, matinê a partir das três da tarde e mais folia às sete da noite. Na segunda, às oito, desfile da escola de samba Águia Azul. Às dez, Sobra e Água Fresca, e à meia-noite, Trio Elétrico até a madrugada. Todos os eventos serão no Parque da Cidade. LOUVEIRA. Desfiles de rua na avenida José Niero no sábado e na segunda, às oito da noite, com três blocos: Tradição, Vila Pasti e Chiuaua. Matinês a partir das três da tarde na Área de Lazer do Trabalhador, com a banda Bem Brasil.

Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial | DIVULGAÇÃO


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VARIEDADES

Nos cinemas, uma ode Ă libido 50 Tons de Cinza - que virou trilogia literĂĄria - chega aos cinemas. Um quinto da histĂłria ĂŠ puro sexo

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discurso ĂŠ bonito, mas a realidade ĂŠ outra. 50 Tons de Cinza, um dos fenĂ´menos recentes do mercado de livros, agora ĂŠ filme, e chega aos cinemas do Brasil com uma promessa, segundo seus divulgadores: acelerar a liberação sexual feminina (como se houvesse mais alguma coisa a ser liberada) e apimentar a relação entre os casais. NĂŁo sĂł aqui. No mundo todo o filme, que custou 40 milhĂľes de dĂłlares (e nem precisava tanto), teve reserva de ingressos, nos Estados Unidos, de 60 milhĂľes sĂł para o primeiro fim de semana de exibição. Em revistas e jornais, nĂŁo faltam depoimentos de mulheres afirmando que a vida sexual e domĂŠstica mudou depois de ler o livro. Por que mulheres? Porque, tanto o livro – ou melhor, os trĂŞs livros – foram feitos de encomenda para o pĂşblico feminino. Sua autora, a inglesa E.L. James, hoje com 51 anos, conta uma histĂłria banal, mequetrefe, mas recheada de sexo e algumas perversĂľes. Fi-

cou milionĂĄria. Em um mĂŞs e meio vendeu 10 milhĂľes de exemplares. Hoje sĂŁo mais de 100 milhĂľes. E traduzida para 51 idiomas. Os livros (50 Tons de Cinza, 50 Tons mais Escuros e 50 Tons de Liberdade) e o filme estĂŁo ajudando muito a indĂşstria pornogrĂĄfica e os fabricantes de produtos erĂłticos. Os “brinquedosâ€? mostrados no filme ou descritos nos livros passaram a vender horrores. A mulherada gostou do que leu e do que ainda verĂĄ. Segundo a pesquisa NetView, da Nielsen Ibope, do total de 15,5 milhĂľes de brasileiros que navegaram em si-

tes adultos em dezembro de 2014, 25% eram mulheres. À procura de que? Acertou. Sexo. Boa parte delas ainda acredita que basta uma lingerie sensual para despertar o furacão dentro do parceiro. Como cinema Ê uma indústria de ilusþes, 50 Tons segue a regra. Uma lingerie, uma måscara ou um chicotinho nunca serão suficientes para despertar a libido se o casal passar o dia brigando, se a mulher for relaxada ou chata. O cÊrebro humano não tem chave de liga-desliga. Mas ir ao cinema pode ser uma forma politicamente correta de ver pornografia.

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Com uma câmera e muita criatividade Christian criou um dos vlogs mais acessados do YouTube. O ‘Eu Fico Loko’ conta com mais 1 milhĂŁo e 500 mil assinantes. Christian ĂŠ um dos YouTubers mais assistidos do Brasil. No livro “Eu fico loko - As desaventuras de um adoles-

Esponja precisarĂĄ vir para terra firme. Ao lado de Patrick, Sirigueijo, Lula Molusco e Sandy, ele precisarĂĄ se tornar um verdadeiro herĂłi para enfrentar um supervilĂŁo: o pirata (Antonio Banderas) que roubou a fĂłrmula.

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ENTREVISTA

Palavra do delegado: Jundiaí tem vereadores demais Vereador em segundo mandato, Paulo Sérgio Martins acredita que onze vereadores seriam suficientes

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delegado Paulo Sérgio Martins foi assunto de boa parte da imprensa nas últimas semanas por colocar na cadeia um grupo de pichadores. Seria coisa comum não fosse a forma: os vândalos foram filmados e indiciados em inquérito, pela primeira vez, por associação criminosa, e não só por crime contra o meio ambiente. Quatro foram presos e três continuam no xilindró. Um deles, conhecido no meio da pichação como “Dona Maria”, filhinho de papai e boa vida, pagou dez mil reais de fiança e foi solto. Essa forma tem tudo para ser adotada por outras cidades que, tal como Jundiaí, são vítimas de quem gosta de fazer sujeira em muros e paredes. “A associação criminosa substitui o antigo artigo da formação de quadrilha – explica o delegado, e isso pode dar até oito anos de cadeia. Como crime contra o meio ambiente, seriam três meses a um ano, normalmente convertidos em cesta básica ou prestação de serviços à comunidade”. Delegado com curso na Swat, está há 25 em Jundiaí, onde já passou por todas as delegacias. Atualmente está no 1º DP, uma área problemática, o centro da cidade. Problema que enfrenta: prostituição de mulheres e travestis. “A prostituição não é crime. Crime é sua exploração – afirma Paulo Sérgio. Por isso insisto em maior fiscalização nos hotéis de alta rotatividade no centro, e se for o caso, seu fechamento. Prostituição é mais um problema social do que de Polícia”. Mas não é só nas delegacias que Paulo provoca polêmicas ou inova. Eleito vereador em 2008, chegou à Câmara causando. Conseguiu aprovar um projeto que tornava aberto o antes voto secreto quando dos vetos do prefeito. Movimentou sua irmandade inteira, a Maçonaria, para pressionar a aprovação, não tão bem vista por outros colegas de Câmara.

É contra o aumento de salários para vereadores. “Não tem essa de ser proporcional ao salário dos deputados, diz ele. Tem de seguir o aumento do funcionalismo público”. E vai mais longe: Jundiaí tem vereadores demais, 19. Onze seriam suficientes”. Paulo é também o presidente do PPS em Jundiaí, mas nunca participa de reuniões sozinho. “Não sou dono do partido”, afirma. E o PPS está num bloco de partidos que pensa seriamente em lançar candidato próprio à prefeitura em 2016. Com o PPS estão o PSB, o PV e o Solidariedade. Com ressalvas: “o presidente do PSB, Oswaldo Fernandes, está mais para secretário do PSDB; ele não aderiu às propostas do PSB”. Para tirar o estresse, Paulo frequenta o Facebook. Não faltam brincadeiras, como montagens fotográficas, desafios e ironias. Mas garante que isso não tira o respeito como delegado nem como vereador. “Além das brincadeiras, é um canal de comunicação com a população, diz ele. É por ele que chegam sugestões, críticas e reclamações. E como meu eleitorado é bem diversificado e espalhado pela cidade, nada melhor que a rede social para haver essa comunicação”. Vai mais longe. Acha que o homem público deve se expor, mostrar se trabalha. Mas Facebook, para ele, não é só isso. Muita coisa é investigada pela rede social. Pichadores, por exemplo, gostam de mostrar a sujeira que fazem. Como delegado, ajudou a terminar rebeliões e sequestros- em Jundiaí, 99% foram resolvidos. E foram as rebeliões e sequestros que mais o impressionaram na carreira. Mesmo assim confessa que o trabalho na Câmara é mais desgastante. E, voltando ao Facebook, Paulo lança um desafio nesta semana: que os amigos adivinhem com qual fantasia vai aparecer no desfile do Refogado do Sandi. Só não vale apostar.

Paulo: como delegado, entrevista até na Globo | DIVULGAÇÃO


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