O T I U T A GR
Sem clientes, shoppings lembram cidades fantasmas em todo o brasil há 130 shoppings em situação de penúria. em alguns, só 10% de lojas ocupadas. PÁGINA 5
Jundiaí
11 a 17 de junho de 2015 Edição nº 28, ano 1 Outono Aglomerado Urbano de Jundiaí + Itatiba | www.jundiainoticias.com.br | www.facebook.com/jnoficial
eleições 2016
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pps + psb: uma fusão de discórdia partidos têm opiniões e posições diferentes sobre lançamento de candidaturas a prefeito. PÁGINA 16
itupeva
lançado o plano habitacional
Mais de duas mil pessoas estiveram no evento no domingo. PÁGINA 12 orientação
oficial
crime
itatiba orienta parada gay de professores sobre jundiaí está no ambiente calendário
polícia apreende alimento vencido no russi
Diretrizes para Educação Ambiental foram apresentadas às escolas locais. PÁGINA 10
Queijos e frios não tinham data de fabricação. Gerente foi preso e liberado. PÁGINA 6
Aprovação foi na terça em sessão animada por evangélicos e LGBT. PÁGINA
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Bocalon fala sobre plano à população | DIVULGAÇÃO
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EDITORIAL
ARTIGO
11 a 17 de junho de 2015
EDITORIAL
Tenho vergonha
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enho vergonha de dizer que sou juiz. E não preciso dizê -lo. No fórum, o lugar que ocupo diz quem eu sou; fora dele seria exploração de prestígio. Tenho vergonha de dizer que sou juiz, porque não o sou. Apenas ocupo um cargo com este nome e busco desempenhar responsavelmente suas atribuições. Tenho vergonha de dizer que sou juiz, pois podem me perguntar sobre bolso nas togas. Tenho vergonha de dizer que sou juiz e demonstrar minha incompetência em melhorar o mundo no qual vivo, apesar de sempre ter batalhado pela justiça, de ter-me cercado de gente séria e de ter primado pela ética. Tenho vergonha de dizer que sou juiz e ter que confessar minha incompetência na luta pela democracia e ter que testemunhar a derrocada dos valores republicanos, a ascensão do carreirismo e do patrimonialismo que confunde o público com o privado e se apropria do que deveria ser comum. Tenho vergonha de dizer que sou juiz e ter que responder porque o fascismo bate à nossa porta, desdenha do Direito, da cidadania e da justiça e encarcera e mata livremente. Tenho vergonha de dizer que sou juiz, porque posso ser lembrado da ausência de sensatez nos julgamentos, da negligência com os direitos dos excluídos, na demasiada preocupação com os auxílios moradia, transporte, alimentação, aperfeiçoamento e educação, em prejuízo dos valores que poderiam reforçar os laços sociais. Tenho vergonha de dizer que sou juiz porque posso ser confrontado com a indiferença com os que clamam por justiça, com a falta de racionalidade que deveria orientar os julga-
mentos e com a vingança mesquinha e rasteira de quem usurpa a toga que veste sem merecimento. Tenho vergonha de dizer que sou juiz porque posso ser lembrado da passividade diante da injustiça, das desculpas para os descasos cotidianos, da falta de humanidade para reconhecer os erros que se cometem em nome da justiça e de todos os “floreios”, sinônimos e figuras de linguagem para justificar atos abomináveis. Tenho vergonha de dizer que sou juiz, porque tenho vergonha por ser fraco, por não conhecer os caminhos pelos quais poderia andar com meus companheiros para construir uma justiça substancial e não apenas formal. Tenho vergonha de dizer que sou juiz, mas não perco a garra, não abandono minhas ilusões e nem me dobro ao cansaço. Não me aparto da justiça que se encontra no horizonte, ainda que ela se distancie de mim a cada passo que dou em sua direção, porque eu a amo e vibro ao vê -la em cada despertar dos meus concidadãos para a labuta diária e porque o caminhar em direção a ela é que me põe em movimento. Acredito na humanidade e na sua capacidade de se reinventar, assim como na transitoriedade do triunfo da injustiça. Apesar de testemunhar o triunfo das nulidades, de ver prosperar a mediocridade, de ver crescer a iniquidade e de agigantaramse os poderes nas mãos dos inescrupulosos, não desanimo da virtude, não rio da honra e não tenho vergonha de ser honesto. Tenho vergonha de ser juiz em razão das minhas fraquezas diante da grandeza dos que atravancam o caminho da justiça que eu gostaria de ver plena. Mas, eles passarão!
João Batista Damasceno - Doutor em Ciência Política e juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
Tudo isso é amor?
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o próximo sábado, 12 de junho, será comemorado mais um dia dos namorados. Forma estranha de comemorar, a julgar pelos apelos comerciais da data, excetuando os presentes e outros agrados. Ou o casal vai a um restaurante se empanturrar de gordices, ou vai a um motel. E não é para conversar. Sabe-se que amor não é bem isso. Ir a restaurante é uma das formas de relembrar a data, gastando muito dinheiro, pagar R$ 70 pela garrafa de vinho que no supermercado custa R$ 20 e ainda deixar os sagrados 10% de caixinha para o garçom - afinal, ele teve trabalho de abrir a garrafa. Como cafonice faz parte do cotidiano da maioria, restaurante que se preze nesse dia terá um
vaso barato com uma rosa vermelha, que será dada à moçoila namoradeira. E motel? Por que namorados precisam comemorar o dia em motel? Tudo bem que os tempos mudaram, que hoje sexo antes do casamento é natural. Mas por que precisa ir a motel? Ninguém vai a motel para ver televisão, nem para aproveitar a banheira. Vai para fazer sexo. E vai fazer sexo na mesma cama que horas antes estava ocupada por outro casal; vai usar toalhas quem nem sempre foram higienizadas de acordo. Mais interessante é que no dia seguinte tudo será esquecido. Muitos dos que dirão o clássico eu te amo no dia 12 estarão, dias depois, em bordéis ou casas noturnas pagando por sexo profissional. Para eles, o preservativo resolve todos os problemas. Ninguém é contra casais
se amarem e fazerem sexo. Mas tem de ser justo no dia dos namorados? Fora restaurante e motel, não existem outros apelos comerciais, a não ser o dos presentes. Nada mais justo dar presentes - a previsão do comércio é que a média dos presentes fique nos cem reais. Lá se foram os tempos em que pai de namorada acendia a luz da área pro namorado se tocar que o horário estava vencendo. Ou que casais não passavam da pegação. Ou ainda quando as famílias se reuniam para brindar a provável formação de uma nova família. Hoje, quem não vai a motel com a namorada é frouxo, trouxa ou coisa parecida. Tudo porque vivemos a modernidade das camas quentes e toalhas usadas. Boa sorte a todos.
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GERAL
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FESTA. O Sindicato dos Servidores Públicos de Jundiaí inicia na segunda-feira (15) a venda de convites para a Festa dos Servidores. Associados e dependentes pagam R$ 30, e convidados, R$ 80. Os convites podem ser reservados na secretaria do sindicato.
CADASTRO. A campanha de recadastramento do Sindicato dos Servidores atingiu 3.000 associados. Foi feita de 2 de fevereiro a 31 de maio, e terminou com sorteio de moto e televisores em frente o Paço no último dia 3.
FECHA. O HSBC fecha suas portas no Brasil. Suas 850 agências e 21 mil funcionários ficarão à disposição de quem comprá-lo. Na frente está o Bradesco, que ainda não digeriu a compra do Unibanco pelo Itaú.
PROFESSORES. Projeto de lei no Senado aumenta em um terço a pena para quem agredir fisicamente professores no exercício da função. Justificativa é o aumento da violência dentro das salas de aula.
INDICIADO. O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira foi indiciado por quatro crimes pela Polícia Federal: lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e falsificação de documentos.
PROIBIDO. O Inmetro mandou suspender a venda do berço dobrável Nanna, fabricado pela Burigotto. Motivo foi asfixia de um bebê em Minas Gerais. A empresa afirma que vai respeitar a decisão e retirar o produto do mercado.
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Parada Gay de SP gera polêmica por causa de atriz
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o último domingo, São Paulo fez sua 19ª Parada Gay. Até o ano passado, a parada era vista como divertida e alegre – e com alegria e diversão, o público gay se manifestava e defendia a igualdade. No domingo passado tinha tudo isso, mas uma representação da atriz Viviany Beleboni chocou a plateia, e as imagens dela, crucificada tal como Jesus Cristo (e nua) correram o mundo.
O evento, que reuniu 1,5 milhão de pessoas, dessa vez chocou ao apresentar atriz nua e crucificada como Cristo
Ameaça de morte foi feita à atriz Viviany Beleboni após parada do domingo Desde então Viviany enfrenta ameaças. Na Internet, não lhe faltam xingamentos. Evangélicos e católicos se manifestaram e consideraram as imagens afronta religiosa. Há correntes evangélicas querendo processar os organizadores da parada. Mas, por enquanto, está sobrando para a atriz. Viviany tem 26 anos e é bissexual. Ela desfilou num trio elétrica encenando a crucificação, e no lugar da placa Inri dos crucifixos tradicionais, havia o protesto contra a homofobia. “Nunca tive a intenção de atacar a igreja. A ideia era, mesmo, protestar contra a homofobia”, explica ela. Mas evangélicos e católicos não querem saber de explicações. O cardeal do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, afirma que “a ideologia de gênero é uma tentativa de afirmar para todas as pessoas que não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade. Quer dizer que o sujeito, quando nasce, não é homem nem mulher, não possui um sexo masculino ou feminino definido, pois, segundo os ideólogos do gênero, isto é uma construção social”. Viviany diz que está sendo ameaçada desde então. “Teve gente dizendo
Atriz apareceu crucificada - imagem chocou o mundo | FOTO JN
que ano que vem vão colocar fogo na parada. Usei as marcas de Jesus, que foi humilhado, agredido e morto. Justamente o que tem acontecido com muita gente no meio GLS, mas com isso ninguém se choca”, diz ela. A primeira reação veio do deputado Marcos Feliciano, conhecidíssimo por ser contra a comunidade gay. “Imagens que chocam, agridem e machucam. Isto pode? É liberdade de expressão, dizem eles. Debochar da fé na porta denuda igreja pode? Colocar Jesus num beijo gay pode? Enfiar um crucifixo no ânus pode? Despedaçar símbolos religiosos pode? Usar símbolos católicos como tapa sexo pode? Dizer que sou contra tudo isso não pode? Sou intolerante, né? ”. Embora o clima fosse de festa – e protesto – nem tudo ficou cor de rosa na parada. Centenas de celulares foram furtados, assim como dinheiro e até roupas. E nem todo mundo prestou queixa. Casos de embriaguez também foram registrados pela PM, que precisou usar cassetete para apartar algumas brigas.
Malerba inclui parada gay em Jundiaí Na noite de terça (9), a Câmara aprovou projeto incluindo a Parada Gay de Jundiaí no calendário oficial do município. A iniciativa foi do vereador Paulo Malerba, que contou com nove votos favoráveis, dois contrários, sete abstenções e sem o voto da presidência, necessário somente em caso de empate. A sessão foi animadíssima, com simpatizantes divididos em duas alas – de um lado os evangélicos, contrários à proposta, e de outro (e não eram poucos), os da causa LGBT. Não faltaram manifestações, cartazes, gritos de ordem e algumas rusgas, a ponto do presidente da casa, Marcelo Gastaldo, pedir insistentemente ordem e respeito. Os ânimos ficaram
Paulo Malerba | FOTO JN
mais exaltados ainda quando dois vereadores – Roberto Conde e Dirlei Gonçalves – que são pastores evangélicos, resolveram usar a tribuna para justificar seus votos contrários. Entre mortos e feridos, todos se salvaram.
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GERAL
11 a 17 de junho de 2015
Existem mais cachorros do que crianças nas casas Nem precisava o IBGE fazer pesquisa - o número de cachorros supera o de crianças em todas as casas
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á alguns anos já se suspeitava disso – as vendas de alimentos para cães e gatos aumentaram como nunca, enquanto a de alimentos infantis ou estacionaram ou caíram. Clínicas veterinárias e lojas conhecidas como pet shops se multiplicaram – sinal evidente que a população animal estava aumentando pra valer. Agora, uma pesquisa divulgada pelo IBGE, mostra que o número de famílias que cria cachorros é maior do número das que têm crianças. E a tendência é aumentar mais ainda. Coisa de países ricos. A Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, mostra que de cada 100 famílias, 44 criam cachorros – só 36 têm crianças. Feita em 2013, teve os dados divulgados na semana passada. São 52 milhões de cães em casas e apartamentos. Crianças são 45 milhões, considerando aquelas com até 14 anos. As explicações são muitas e todas se encaixam em todos os perfis. Muitas vezes, um animal passa a ser a alegria da casa. É como uma espécie de brinquedo para crianças – isso até o cachorro morder alguém. Em outros casos, solidão – a pessoa se apega ao animal para suprir a carência afetiva, e passa a tratá-lo como um filho. Outra razão é o modismo – se minha amiga tem um cachorro, também quero ter um. E o modismo é a principal causa de abandono de animais. Após certo tempo, a pessoa se cansa, ou pelo trabalho que dá, ou pela indocilidade do bichinho, e resolve abrir a porta para que ele se vire sozinho na vida. Em países mais ricos esse número elevado de animais tem explicações parecidas. Casais resolvem não ter filhos – e filhos são para sempre – ou retardam o máximo a formação da prole. Para preencher o vazio (discutir relação todos os dias cansa), adotam animais.
Noutros casos, casais mais velhos ficam sozinhos quando os filhos se casam ou vão embora. Toda a agitação e rotina da casa mudam. Para resolver a carência, adotam também animais. E nessa, sobra dinheiro para veterinário, roupa, rações especiais, coleiras enfeitadas – basta olhar o Facebook para constar a quantidade de imagens envolvendo bichinhos de estimação. A cachorrada domina, mas outros bichos também fazem sucesso. Gatos estão em segundo lugar, seguidos de pássaros e peixes. Animais mais exóticos são poucos, como cobras, ratos, lagartos e iguanas. E há casos de gente que cria porcos dentro de casa – e garantem que são limpinhos.
Igreja distribui 60 mil pães de Santo Antonio A festa de Santo Antonio, na paróquia homônima, no Anhangabaú (Jundiaí) se tornou tradição. Neste ano está acontecendo pela 51ª vez, desde o dia 31 de maio. Até o dia 13 (sábado) acontece a trezena em devoção ao santo, e é nesse dia que a festa atinge seu ponto máximo, com a bênção e distribuição de pães. Neste ano, serão distribuídos 60 mil, boa parte doada pelos fiéis. A programação começa às seis da manhã, com queima de fogos - é a chamada aurora festiva. Às sete, começam os ritos religiosos e a distribuição dos pãezinhos, que garantem, ajuda casar ou manter o casamento. Nesse dia acontece também a bênção dos bolos, que serão vendidos.
No domingo (14) acontece o encerramento, com barracas servindo comida e bebida as 11h30 às 15 horas. NO dia 21 acontece o almoço mineiro, no salão de festas da paróquia. Convites podem ser reservados na secretaria da igreja, que fica na avenida Pedro Soares de Camargo 724. O pároco é o padre João Batista Carvalho. Mais festas - Nem só o Anhangabaú festeja Santo Antonio. A Paróquia Santa Teresinha, da Vila Rio Branco (Jundiaí) iniciou suas festas juninas no último sábado (6) e continua com elas nos próximos dois sábados e dois domingos. Aos sábados (13 e 20), festança vai das 18 às 12 horas; nos domingos (14 e 21), das 18 às 22 horas. A renda será usada nos programas da paróquia. A igreja fica na avenida Itatiba.
Padre Joãozinho, do Anhangabaú | FOTO CÚRIA JUNDIAÍ
No dia 20 (sábado), a partir das 11 horas, o Aprendizado Dom José Gaspar (também no Anhangabaú) promove a festa junina para as 160 crianças que ali estudam, e que poderão levar seus familiares. O Aprendizado é dirigido pela Congregação das Missionárias de Cristo. A Cidade Vicentina Frederico Ozanan transferiu sua festa junina, dedicada aos ido-
sos e familiares, para o dia 20 de julho - será uma festa julina. E está aceitando doações de prendas para serem vendidas na festa. Além disso, escolas públicas e particulares estão promovendo durante o mês comemorações do tipo, com venda de doces, comidas típicas, dança de quadrilha e o tradicional casamento caipira.
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Crise chega aos shoppings, após década de euforia Estacionamentos vazios, corredores vazios, lojas às moscas - com medo de gastar, clientela está sumida
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idades de todo o país esperam pelos prometidos shoppings, anunciados durante a euforia do consumo. Projetos inteiros foram cancelados ou adiados, e os que já estavam funcionando constatam que a cada dia diminui o número de clientes – basta ver estacionamentos, antes lotados, hoje às moscas.
130 shoppings brasileiros são considerados fantasmas pelo Wall Street Journal Uma reportagem publicada pelo Wall Street Journal (Estados Unidos), afirma que há 130 shoppings inaugurados a partir de 2010 que estão em cidades que prometiam muito. O caso de Jundiaí não foge à regra. O Iguatemi, que já era para estar funcionando, nunca saiu do papel. O último shopping inaugurado na cidade, o Jundiaí Shopping, ainda não pegou. Há lojistas reclamando do preço do aluguel (há até quem se recuse a pagar, devido às fraquíssimas vendas), do condomínio e principalmente da falta de clientes. Culpam tudo, desde a situação econômica atual até a falta de publicidade. O Shopping Paineiras assusta. Há dias que parece deserto, com lojas fechadas e sem clientes. O Multimodas também viu a clientela sumir. O Maxi Shopping, que era o mais concorrido, também sente a falta de clientes. Seu estacionamento, outrora disputado, hoje tem vagas sobrando – dá pra escolher lugar. Pra piorar, parte do público que frequenta sho-
pping – e uma parte grande – não consome. Ou, quando consome, deixa seu dinheiro nas praças de alimentação e nos cinemas. Passam nas lojas para ver vitrines ou flertar com funcionários. O Wall Street Journal cita uma cidade próxima, Sorocaba, como a “cidade dos shoppings fantasmas”. Até 2012 Sorocaba tinha três shoppings, mas nos últimos três anos inaugurou mais cinco, com 1.120 lojas. Um deles, o Plaza Itavuvu, viu fechar a maioria das 120 lojas. Pra economizar, não abre nos fins de semana, reduziu seu funcionamento em duas horas. Na praça de alimentação, sobrou só a loja do Burger King. Outro shopping de Sorocaba, o Villagio, inaugurado em 2012, tem só 10% de suas 98 lojas funcionando – o resto está às moscas. Segundo a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), há previsão de inauguração de novos 26 centros comerciais neste ano – a maioria sobra do ano passado – 14 já foram adiadas. Na Capital, o Shopping Ibirapuera estava, na semana passada, com 40 lojas vagas. No JK Iguatemi, a direção colocou tapumes em frente às lojas sem inquilinos. Outros, preferem disfarçar a crise, facilitando a vida de quem quer se instalar, sem cobrança de luvas e com aluguel camarada. Em Jundiaí, há comerciantes que atribuem a queda de vendas e o sumiço da clientela dos shoppings a um centro de compras bem próximo – o Outlet, que vive lotados nos fins de semana. Consultados pelo Jundiaí Notícias, os shoppings de Jundiaí não se manifestaram até o fechamento desta edição.
Jundiaí Shopping e sua ala sem clientes | DIVULGAÇÃO
Montadoras de carros estão quase parando Quase 36 mil funcionários metalúrgicos empregados em fábricas de automóveis estão afastados – ou por férias coletivas, ou por suspensão do contrato de trabalho (layoff). Essa foi a solução encontrada pelas empresas, que não vendem e têm seus estoques aumentados – a queda na produção passa dos 25%. É um círculo vicioso. O governo aumenta as taxas de juros, os bancos repassam e aí financiar fica caro. Com medo do calote, os bancos também restringem os financiamentos, e aí menos gente pode comprar. As revendas não conseguem colocar na rua seu estoque, e param de receber novos carros. As fábricas param sua produção quando os pátios ficam lotados. Um revendedor de carros usados de Jundiaí se queixa do aperto dos bancos. “De cada dez fichas que mando para o banco, de venda garantida, voltam
nove. Os bancos não querem correr riscos e selecionam mais a quem emprestar dinheiro”, diz ele. Nesta semana, a Fiat está com quase 20 mil trabalhadores em casa. Suspendeu sua produção na segunda (8) até a sexta (12). A Mercedes Benz, com 7.250; a General Motors, com 7.200; a Volkswagen, com 800; a Volvo com 600 e a Ford com 234. A Mercedes demitiu 500 em São Bernardo, e os que estão em férias ficam em casa até o dia 15. Depois, só Deus sabe. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC está apreensivo e já se manifestou, como sempre, contrário às demissões. Contramão - As montadoras asiáticas instaladas no Brasil seguem a contramão da crise – estão acelerando sua produção. E põe contramão nisso – 100 concessionárias tradicionais já fecharam suas portas em todo o Brasil desde janeiro. Mas os asiáticos... A Honda, por exemplo, aumentou suas vendas em 15% de janeiro a abril. A Nissan, 14%, a Toyota 11%. Honda e
Toyota tiveram até de inventar turnos extras para dar conta das encomendas. A contrário da Fiat, que teve queda de 32% nas vendas, também de janeiro a abril, ou da VW e General Motors, com queda de mais de 20%. Quem entende do mercado afirma que o sucesso dessa japonesada está na qualidade de atendimento. Pesquisa da Creating Value Consultoria mostra que as marcas mais recentes a chegar ao Brasil tratam melhor o freguês. É bom lembrar que a Toyota e a Honda chegaram nos anos 1990 e a Nissan em 2000, enquanto outras estavam aqui há mais de trinta anos. Honda e Toyota já pensam em aumentar os negócios. A Honda quer investir um bilhão de reais numa nova fábrica, que será em Itirapina. E isso vai dobrar sua produção. A Toyota quer construir nova fábrica de motores em Porto Feliz – e quer ver sua inauguração no próximo ano.
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JUNDIAÍ
11 a 17 de junho de 2015
Polícia prende gerente do Russi por alimentos vencidos Tinha um pouco de tudo. Frios foram recolhidos; queijos estavam sem data de fabricação. Gerente foi preso
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Polícia Civil de Jundiaí esteve segunda passada (8) numa das unidades do Supermercados Russi e constatou irregularidades na venda de alimentos. Como consequência, o que estava errado foi apreendido e o gerente preso em flagrante – depois a fiança, de 15 mil reais, foi paga, e ele foi colocado em liberdade. Havia alimentos com data de validade vencida – um deles há seis dias. Caixas importadas, com ingredientes para fazer comida japonesa, também estavam irregulares – não havia rótulo com informações em língua portuguesa, o que é lei em caso de importação de alimentos. Boa parte dos queijos destinados para piz-
zas não tinha data de fabricação, nem de validade. O delegado responsável pelo caso é Marco Antonio Ferreira, assistente da Seccional. “São duas leis que acabaram de ser infringidas pela pessoa jurídica. Uma é o Código de Defesa do Consumidor e a outra são os crimes contra a ordem tributária e a relação de consumo”, explica ele. O gerente, preso em flagrante, foi autuado na Delegacia do Meio Ambiente. A fiança foi estipulada em 20 salários mínimos, e foi paga. Em nota, a assessoria do Russi explica que “todas as medidas estão sendo tomadas para que a situação não volte a ocorrer em nenhuma das unidades. Os produtos já foram trocados”.
O Russi é mercado tradicional, mas nos últimos anos a situação parece não lhe ser tão favorável. Enfrentou problemas há algum tempo e precisou de socorro, que veio do grupo que controla o Assaí. Funcionários afirmam que “a coisa anda meio largada”, referindo-se à falta de manutenção e a escassez de variedades de produtos. Parte da família Russi, que controla o negócio, também já teria sido afastada da direção, sendo substituída por pessoal do Assaí. Nas gôndolas, é possível constatar a escassez de variedade de produtos comentada por funcionários – são poucas as marcas disponíveis, e em quantidade cada vez menores.
Monitoramento mostra reclamações online Em 2014, as redes sociais foram os canais de relacionamento online mais utilizados entre consumidores e empresas, mais até do que os sites oficiais, de acordo com estudo da E.Life, empresa que estuda hábitos e comportamentos dos usuários de redes sociais no Brasil. Para analisar como isso acontece na região de Jundiaí, a Gogo Digital, escritório de marketing digital, realizou levantamento para saber quais são as empresas que na Internet tiveram os maiores índices de reclamações feitas pelos moradores da região e
também do Brasil. No quadro, há o ranking sobre serviços públicos e é possível também ver quais empresas nacionais com mais reclamações entre os moradores da região e, por fim, uma classificação geral das empresas com mais reclamações por todo o território nacional. Assim, é possível ter uma visão do local para o nacional e oferecer ao consumidor uma nova forma de analisar bem a escolha na hora de fazer a compra. Ao relacionar as duas fontes de informação (E.Life e Gogo Digital), percebe-se que é cada vez mais necessário que as empresas realizem um Sac de quali-
dade para atender seus clientes e também para manter uma boa imagem na internet. Com a mudança de comportamento, os consumidores buscam cada vez mais o melhor o preço e a reputação da empresa que pretende contratar ou comprar um produto. Ainda segundo a E. Life, para os consumidores as redes sociais se tornaram o canal com mais eficiência na solução dos problemas apresentados: 20% dos entrevistados utilizaram o meio por não terem obtido sucesso ao tentar outros meios, como telefone, site e e-mail.
Práticas condenáveis Não é o caso do Russi, mas nos últimos anos a Vigilância Sanitária constatou uma série de irregularidades em mercados, notadamente na parte de alimentos. Num deles, um funcionário contou que peças de carne, quando começavam a escurecer, eram reprocessadas: cortava-se a parte escura e novamente era embalada, com nova data de validade. Noutro, que já deixou a cidade, havia muitos ratos, que atacavam as peças de queijo. Para não perder, a parte roída pelo rato era cortada e jogada fora. O que sobrava era cortado em peças menores e reembalados – uma
“facilidade” para o comprador. Nele – esse que foi embora – funcionários da peixaria eram instruídos para limpar os peixes que estavam estragando e começando a cheirar mal. O peixe era então cortado em filés, para alegria das donas de casa. Houve também o caso de uma distribuidora de produtos para panificação que alterava a data de vencimento, apagando a original e colocando uma nova. Ou seja, entregava produto vencido como se fosse novo. Seus responsáveis chegaram a ser presos, mas o caso não chegou a ser tão divulgado como merecia.
JUNDIAÍ
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Fórum mostra mudanças a moradores do Novo Horizonte Bairro passa por total mudança e vai ganhar 35 novas ruas, que terão nomes de estações ferroviárias
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11º Fórum de Habitação com os moradores do Jardim Novo Horizonte foi realizado pela Fundação Municipal de Ação Social (Fumas), na manhã da terça-feira (9). O encontro, realizado mensalmente, tem como objetivo informar a população sobre a reurbanização do bairro e a transferência dos moradores para o novo conjunto de apartamentos, no próprio bairro, que está em fase adiantada de construção. Com o projeto da reurbanização e um mapa social do Novo Horizonte, a equipe técnica da Fumas está fazendo o planejamento das ruas que serão implantadas no bairro. “Estamos realizando uma micro urbanização. Estamos conversando com os moradores de cada nova rua do projeto e ouvindo a situação individual de cada família”, explica a diretora da Fumas Tatiana Reis Pimenta. No encontro, foi divulgado um número de telefone de atendimento da Fumas para que os moradores possam fazer denúncias, como
construções irregulares no bairro, ou para tirar dúvidas sobre o projeto de reurbanização. O número é 0800551723 e recebe ligação de orelhão ou telefones fixos. No próximo fórum, dia 7 de julho, será discutido como serão nomeadas as ruas após a reurbanização do Novo Horizonte. A proposta da Fumas é que tenham nomes de estações ferroviárias da linha Sorocabana, já que a ferrovia faz parte da memória do bairro. Além disso, será marca outra reunião com os moradores sobre a regularização fundiária das novas casas. O bairro vai ganhar ainda duas escolas e uma unidade do programa Saúde da Família. Serão abertas 35 ruas no Novo Horizonte, todas com recursos do Governo Federal. E, por isso, será necessária a desapropriação de alguns imóveis. Das 1.088 unidades habitacionais, 544 serão destinadas ao reassentamento de famílias. As restantes serão sorteadas entre pessoas com renda até R$ 1.600 que recebem auxílio-aluguel e
são cadastradas no Sistema Municipal de Informações Habitacionais (SIMIH). Os 1.088 apartamentos têm dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e vaga
tas, cavaleiros, jogadores de futebol americano, grupos estudantis, entre outros, totalizando mais de 3 mil participantes. O desfile foi visto por um público de 15 mil pessoas. A ficha e documentação necessárias para inscrição de-
vem ser entregues na Casa da Cultura, na Rua Barão de Jundiaí, 868 – Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Mais informações pelos telefones (11) 4521 – 1430 ou 4521 – 6922.
Inscrições abertas para 7 de setembro A Secretaria de Cultura recebe inscrições dos grupos interessados em participar do desfile cívico em comemoração ao Dia da Pátria (7 de Setembro), promovido pela Prefeitura, de 10 de junho a 3 de agosto. Escolas, entidades, associações e agremiações podem se inscrever mediante preenchimento de ficha disponível no site da Prefeitura de Jundiaí. Em 2014, o evento levou para a avenida Prefeito Luiz Latorre capoeiris-
para um carro. A área total é de 45,09 m². O valor do terreno doado pela Prefeitura para a obra no Jardim Novo Horizonte é de R$ 29,5 milhões. O total de recursos
do Governo Federal para os apartamentos é de R$ 82,6 milhões e R$ 5 milhões para equipamentos públicos. Por meio do Governo do Estado, são mais R$ 20,4 milhões.
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JUNDIAÍ
11 a 17 de junho de 2015
Pacheco | ARQUIVO
Durval | ARQUIVO
Gustavo | ARQUIVO
Luiz Fernando | ARQUIVO
Miguel | ARQUIVO
Paulo Sergio | ARQUIVO
Pedro Bigardi | ARQUIVO
Ricardo Benassi | ARQUIVO
Sem definição, possíveis candidatos buscam acordos Falta tempo ainda, mas o assunto do dia no meio político é quem serão os candidatos a prefeito
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m outubro do próximo ano, os quase 280 mil eleitores de Jundiaí vão escolher o prefeito para governar a cidade de 2017 a 2020 – em suma, dirão se continuam com o atual, Pedro Bigardi, ou se querem outro. No meio político há muita movimentação, com partidos formando chapas de candidatos a vereador e buscando acordos. Que Pedro Bigardi é candidato à reeleição ninguém duvida, como também ninguém duvida que qualquer prefeito começa uma campanha eleitoral com no mínimo 30% de intenções de voto. Há mais candidatos querendo, e nem todos o serão. No PSDB ficam as maiores dúvidas. O ex-prefeito e atual deputado federal Miguel Haddad desconversa, mas poderá
ser candidato. Mas vai depender de como estará a situação no ano que vem – Miguel tem fama de não entrar em bola dividida, de ir na certeza. O atual deputado estadual Luiz Fernando Machado não esconde que quer ser candidato, tal como em 2012, quando perdeu a eleição para Bigardi. O problema é que estaria havendo resistência dentro do partido. Por conta dessa resistência, Luiz teria até ensaiado mudar de partido e ir para o PSB. Uma hipótese ainda provável, se tiver garantia de não perder o mandato de deputado. Dentro do PT a história é meio confusa. Durval Orlato, atual vice-prefeito, teria ensaiado lançar-se candidato a prefeito. Seria um rompimento amigável do partido com Bigardi, que precisaria
buscar outro candidato a vice, em outro partido. Uma possibilidade seria o atual presidente da Câmara, Marcelo Gastaldo, do PTB. Há ainda a possibilidade de haver outra candidatura pra valer – a chamada terceira via, que pode sair do novo partido resultado da fusão do PPS e PSB (veja matéria na página 16). Esse candidato poderia ser o vereador Antonio de Pádua Pacheco ou o também vereador Paulo Sérgio Martins. As indefinições não param por aí. Dentro do PSDB, por exemplo, há correntes favoráveis ao lançamento do empresário Ricardo Benassi a prefeito ou a vice. Essas correntes se apoiam no fato de ele ser novidade e ter sobrenome tradicional na política local – seu tio, André, foi
prefeito duas vezes. Ainda dentro do PSDB, há os que defendem o conceito de chapa pura – é onde aparece o vereador Gustavo Martinelli, apontado como provável vice, ou de Miguel Haddad ou de Luiz Fernando Machado. Miguel teria dito há algumas semanas, numa reunião com pastores no bairro Fazenda Grande, que Gustavo seria seu vice. Gustavo, como é fato público, é afiliado de Miguel, que foi seu padrinho de casamento. A confusão não terminou. Os que entendem que Durval Orlato deva ser candidato pelo PT, entendem também que ele deva fazer alianças com outros partidos – e um desses partidos poderia ser o PMDB. Poderia, uma vez que já está comprometido com Bigardi e participa do atual
governo – Waldemar Foelckel, o Cabelo, dirige a Fumas. Como há outros partidos ansiosos para ter vez, vai depender do que os chamados partidos de ponta resolverem. E aí entram questões quase pessoais – uma aliança com o PSDB, por exemplo, é viável ao PHS e ao PSDC se o candidato for Miguel Haddad ou Ricardo Benassi. Com Luiz Fernando parece não haver tanta certeza. O PP nunca se sabe pra que lado vai. Esteve com Benassi, com Ary Fossen, com Miguel Haddad e agora está com Pedro Bigardi. Ulisses Guimarães certo dia definiu que política é como nuvem – você olha está de um jeito, e olha novamente, segundos depois, está de outro. Dentro dessa premissa, é esperar um pouco de tudo em 2016.
JUNDIAÍ
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Alexandre Pereira imprime ritmo forte ao mandato
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esde que assumiu seu primeiro mandato de Deputado Estadual na Assembleia Legislativa, em março deste ano, Alexandre Pereira (SD) imprimiu um ritmo forte de trabalho. Semanalmente o parlamentar tem visitado cidades da região e do interior do Estado, entidades assistências e de segurança pública, além do atendimento que presta em seu escritório político em Jundiaí e no gabinete em São Paulo. Esta marca que o deputado começa a estabelecer neste início de mandato demonstra sua preocupação com as questões sociais, tanto que nas últimas semanas esteve em várias entidades e está com agenda marcada para outras visitas em toda região. Alexandre Pereira também manifestou seu apoio aos assuntos trabalhistas e se empenha para trazer para a região frentes de trabalho e cursos de formação e qualificação profissional. Nesta entrevista, Alexandre Pereira fala um pouco da vida pessoal, seus projetos e prioridades para Jundiaí e região. Jundiaí Notícias – Fale um pouco de sua vida: onde nasceu, idade, casado, filhos. Alexandre Pereira – Nasci em Caieiras no dia 2 de julho de 1980 e passei minha infância, até os 16 anos de idade, morando em Franco da Rocha. Depois mudamos para Jundiaí. Sou casado com Érica e pai de dois filhos – Pedro Paulo e Lucas. Sou graduado em administração e estou finalizando pós-graduação em gestão pública. JN – Há quanto tempo mora em Jundiaí e o que acha da cidade? Alexandre Pereira – São cerca de 18 anos. A cidade é um lugar maravilhoso para viver e de grandes oportunidades. JN – Por que resolveu morar nesta cidade, o que mais lhe chamou a atenção? Alexandre Pereira – Meus pais sempre vinham
para Jundiaí passear ou fazer compras. Sempre nos identificamos muito com a cidade. Viver aqui é ter uma excelente qualidade de vida. Tudo que uma família precisa encontra com facilidade. Hospitais, faculdades, centros de compras e lazer, parque industrial e fácil acesso a outros centros, como São Paulo, por exemplo, além de a cidade ter crescido muito, mas sem perder suas características de interior. Estas foram algumas das razões que nos motivaram a morar em Jundiaí. JN – Como deputado o que espera trazer para Jundiaí e região? Alexandre Pereira – Assumi o meu mandato há pouco mais de dois meses. Embora o tempo seja pequeno, estou visitando a região e conhecendo suas prioridades. Quero aproximar os governos municipais do estadual, fortalecendo essa relação e ajudando na busca da solução dos seus problemas. Para Jundiaí, especificamente, tenho observado a urgente necessidade de investimentos em acessibilidade, em qualificação e formação profissional, em Saúde e nas entidades assistenciais e de Segurança Pública. Recentemente visitei a APAE, o Grendacc, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar em Jundiaí; a APAE de Itupeva e a de Caieiras e estou com agenda marcada para outras visitas em toda região. Como deputado estadual, não vou medir esforços em apoiar todo o trabalho necessário para a concretização de ações que atendam a nossa gente. JN – O seu partido, o Solidariedade tem algum plano de crescimento em Jundiaí e região. Já existem nomes que estão sendo procurados para as eleições do ano que vem? Alexandre Pereira – Com certeza temos projetos para o crescimento do partido na cidade e na região. Temos conversado com muitas pessoas e vamos lançar candidatos a prefeito e a verea-
dores no maior número de municípios possível. Para tanto, temos organizado vários encontros regionais e reuniões locais. Em breve queremos apresentar importantes nomes que estarão ao nosso lado nas próximas eleições. JN – Uma de suas bandeiras na região é buscar melhorias para a Marginal do Rio Jundiaí. Como está esta questão? Alexandre Pereira – Esta é uma via que atende diretamente Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista e Jarinu, além de ser rota de escoamento para importantes rodovias. Já estive conversando com alguns prefeitos sobre a questão e vou pessoalmente marcar uma reunião na Casa Civil do governo do Estado.
Deputado Alexandre Pereira | ARQUIVO
Gerson destaca investimentos na LDO Discutida pelos vereadores e motivo de audiência pública, a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2016 será a base do Orçamento do mesmo ano. Neste ano a LDO prevê investimentos em inúmeras obras, motivo que levou o vereador Gerson Sartori a destacar esse direcionamento. “O investimento em obras é de suma importância para Jundiaí, diz ele. Quando a prefeitura asfalta uma rua, não está favorecendo somente os motoristas, ou somente os moradores, que se livram de poeira ou lama. Está valorizando os imóveis e dando ao morador uma grande melhoria em sua auto-estima”. Gerson leva em conta também que a prefeitura
Vereador Gerson Sartori | ARQUIVO
está privilegiando os bairros. “Não adianta um prefeito, seja qual for, do partido que for fazer coisas bonitas no centro da cidade. É preciso levar os benefícios para toda a cidade, para todos os bairros”, diz Gerson. Gerson acredita que o ritmo de crescimento de Jundiaí pode ser acompanha-
do pelo poder público. “Nossa cidade cresce 1% ao ano, diz ele. Está dentro da média nacional, e isso permite ao prefeito Bigardi planejar as melhorias, como instalação de escolas, creches, unidades de saúde e oferecer outros serviços à população”, finaliza.
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CIDADES
11 a 17 de junho de 2015
Itatiba apresenta diretrizes para Educação Ambiental Escolas receberam orientações de como tratar do assunto em sala de aula com os alunos
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a semana passada, a Prefeitura de Itatiba fez a entrega das Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação Ambiental de Itatiba aos diretores de todas as escolas municipais, do Ensino Infantil ao Fundamental II. A entrega foi realizada na sala de reuniões do Planetário Municipal. “Acreditamos que os ganhos são inúmeros, pois criaremos uma identidade própria quando se fala em Educação Ambiental em Itatiba”, afirma o prefeito João Fattori. A apresentação do documento foi realizada pelo responsável pelo Departamento de Educação Ambiental da Prefeitura de
Itatiba, Gustavo Cosenza de Almeida Franco. O objetivo do documento é orientar os professores sobre como tratar o tema Educação Ambiental em sala de aula. Ele foi elaborado levando em conta que a Educação Ambiental é disciplina transversal, ou seja, todos os professores devem inseri-la em suas aulas. Diante disso, para que os professores tenham material e todos tratem o tema de maneira coerente, embasada e crítica, a Prefeitura estabeleceu as Diretrizes Curriculares organizando a disciplina e criando parâmetros para que a temática ambiental seja tratada nas escolas durante todo o ano letivo.
Operação Estiagem é feita no Terra Nova Itatiba foi sede da Ação Integrada da Operação Estiagem na semana passada. A ação abrangeu o bairro Terra Nova. Foi feito um trabalho de conscientização e prevenção com a distribuição de material educativo relativo à Operação Estiagem. “Escolhemos essa região pela incidência de grandes focos de incêndio nas áreas remanescentes de uma empresa daquela localidade”, explica a coordenadora da Defesa Civil de Itatiba, Leila Recaman Cavallaro. Realizada pela Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas) por meio Câmara Temática de Defesa Civil e com apoio da Defesa Civil de Itatiba, a ação contou com participação de representantes das defesas civis dos municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas). O Corpo de Bombeiros
Municipal, as Secretarias de Meio Ambiente e Agricultura e da Saúde, e a Guarda Municipal Ambiental também apoiaram a ação. De casa em casa e com os veículos oficiais de patrulha, combate a incêndio e de atendimento emergencial, as equipes passaram nas residências distribuindo material informativo e repassando aos moradores informações sobre a Operação Estiagem que, além do combate aos incêndios, também envolve temas como a economia de água e energia, cuidados com a saúde e a importância da preservação do meio ambiente. “O trabalho da Defesa Civil de um município vai além de socorrer, de salvar vidas. A Defesa Civil também é responsável por ações de prevenção e por alertar a população”, afirma o prefeito João Fattori.
O Departamento de Educação Ambiental da Secretaria da Educação também vai oferecer assessoria às escolas. “Hoje a Educação Ambiental não é uma disciplina obrigatória na grade de ensino. Ela é uma disciplina transversal, ou seja, todos os professores devem falar sobre meio ambiente em suas aulas. Diante disso, surgiu uma outra
questão: como fazer para que cada professor em sua disciplina trate o tema de maneira coerente, embasada e crítica? Assim, surgiu a ideia de montarmos as Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação Ambiental de Itatiba. Trata-se de um documento oficial que orientará os professores sobre como tratar o tema em suas aulas”, explica
Gustavo Cosenza. “Com as diretrizes, será possível inserir a temática ambiental durante todo o ano letivo. O foco é inserir os temas ambientais no dia a dia da escola auxiliando todas as disciplinas e as Diretrizes trazem parâmetros para isso”, afirma a secretária de Educação, Fatima Polesi Lukjanenko.
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CIDADES
11 a 17 de junho de 2015
Bocalon dá início às obras de habitação com o povo Foi com expectativa e emoção que mais de 2 mil pessoas acompanharam o prefeito Ricardo Bocalon
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u sempre disse que a verdade vence a mentira. Muita gente dizia que não tinha terreno para construir as habitações, diziam que não tinha onde fazer, mas aqui estamos, o terreno está aqui e hoje começa esse, que é o maior plano habitacional que a cidade já viu. A gente sabe o que está fazendo”, declarou o prefeito. “Nós vimos, mesmo antes de eu ser prefeito, que a cidade tinha uma falta de moradia além da conta. São mais de 9 mil famílias sem casa própria, que moram de aluguel. Além disso, Itupeva não tinha um plano habitacional, não tinha um planejamento para a construção de moradias populares. Então conquistamos essas mil habitações, que ainda é pouco, mas é o começo para mudarmos essa realidade itupevense e algo que ninguém tinha feito antes”, prosseguiu Bocalon.
1000 apartamentos serão construídos em Itupeva. Lançamento foi domingo Presente no evento estava Frederico Torres, representante da Torres Engenharia, empresa responsável pela construção das habitações, que fez questão de destacar que “essa obra não iniciou agora, vem de um longo tempo de aprovações nos diversos órgãos responsáveis, liberação ambiental para estar tudo legalizado. Vamos realizar com carinho, muito empenho e competência essa obra que, graças ao prefeito, será entregue a vocês”. Obras - Sobre o trabalho que a Prefeitura já vem realizando nesses últimos dois
anos, Bocalon acrescentou: “Foram muitas reuniões, muita luta para chegar até aqui, muito trabalho, porque não estamos aqui de brincadeira. Enquanto eu trabalho, executo, ‘eles’ falam; porque eles não vão admitir que um professor que veio do povo, que é um de vocês, governe melhor do que eles e que lute realmente pelo que a população precisa. E que mesmo em um momento em que o país passa por uma crise, Itupeva não para de crescer. Inauguramos, há algumas semanas, a rua Arthur Sandaniel, toda asfaltada. Ainda nessa semana vamos inaugurar a ligação viária do Jardim Brasil com o Santo Antônio, que faz parte de um grande projeto de mobilidade urbana; e a creche do Rio das Pedras, que vai gerar mais 240 vagas para as crianças do bairro. Vagas que nesses dois anos nós dobramos, gerando mais do que já havia sido gerado em toda a história de Itupeva. Ainda vamos inaugurar esse ano, além da unidade no Rio das Pedras, mais duas creches. Vamos inaugurar também a primeira fase da Av. Emílio Checchinato, que foi um projeto muito grande e importante para a cidade, com pavimentação nova, sinalização, iluminação, ciclofaixa e um sistema completo de drenagem para combater o risco de enchentes, coisa que não existia. E vamos entregar nas próximas semanas o Centro do Idoso, o novo Complexo Esportivo, a nova pista de Skate. E ainda temos muito para fazer pela cidade”, concluiu. Logo depois, o prefeito fez questão de dar a partida em uma das máquinas que já começaram a limpar o terreno para realizar a terraplanagem para a construção das unidades habitacionais.
Populares cumprimentam prefeito pela iniciativa | DIVULGAÇÃO
Várzea Paulista inicia reforma da Vila Real A Prefeitura de Várzea Paulista realizou, na última semana de maio, pregão presencial com representantes das sete empresas interessadas em fazer o projeto executivo das obras de infraestrutura da Vila Real e do Cidade Nova II. Segundo o supervisor de Gestão de Convênios, Felipe Villela, em aproximadamente 10 dias será possível conhecer a empresa vencedora, que realizará o trabalho técnico detalhado de planejamento das intervenções. Em mais ou menos 15 dias, com o contrato já assinado, a empresa terá três meses para concluir o trabalho. Após essa etapa e mais algumas definições, por parte da Caixa Econômica Federal, será possível saber o valor exato do convênio. Serão feitas várias ações de infraestrutura, resultado de um convênio com os
governos estadual e federal: 31 ruas do bairro receberão pavimentação e drenagem. “O bairro não vai ter mais ruas de terra”, afirma Villela. Serão construídas, no Núcleo Siriema – Cidade Nova II – uma creche-escola e um centro comunitário de saúde, para triagem inicial de problemas de saúde. Haverá recuperação urbanística, além dos trabalhos de pavimentação e drenagem da Travessa Felicidade e da Avenida Tanabi Também se destaca o parque linear da Rua Ilha Bela, de acordo com o supervisor. A área contará com ciclovia, parque para crianças, equipamentos para terceira idade, pista de caminhada, quadra para jogos, entre outros equipamentos. A praça Nestor Alves, na Vila Real, já recebeu área de lazer, com academia ao ar livre e playground, no ano passado. 292 famílias da Região Norte, previamente cadastradas pela Secretaria de
Desenvolvimento Social, de acordo com seu perfil socioeconômico, serão beneficiadas com casas populares. Os recursos são provenientes do mesmo convênio.
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VARIEDADES
11 a 17 de junho de 2015
Caixa abre inscrições para projetos culturais A
Caixa Econômica Federal abriu na segunda (8) inscrições para a seleção de projetos culturais que serão realizados em 2016. O prazo termina no dia 21 de julho, às 17h (horário de Brasília), e os interessados podem inscrever seus projetos em dois programas culturais da Caixa: Ocupação dos Espaços da Caixa Cultural e Apoio a Festivais de Teatro e Dança. Todas as informações necessárias estão disponíveis
nos regulamentos, no site www.programasculturaiscaixa.com.br. As inscrições são feitas exclusivamente por meio de formulário eletrônico e somente as inscrições preenchidas corretamente serão acatadas. Não serão aceitos projetos enviados por quaisquer outros meios. O Programa de Ocupação dos Espaços da Caixa Cultural vai selecionar projetos a programação em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife,
Campanha pelo bar na internet | DIVULGAÇÃO
Bar do Araújo sai do meio das igrejas Apareceu há algum tempo nas redes sociais o Bar do Araújo. Era fato curioso: estava entre duas igrejas. Por causa disso, internautas criaram a campanha #resistearaujo, que recebeu milhares de adesões. Não deu certo, e Araújo se mudou. O bar fica em Palmas (capital de Tocantins), e não era montagem fotográfica como muitos chegaram a pensar. A mudança de Araújo não foi por causa das igrejas, garante o dono do imóvel. O
próprio Joaquim Araújo, dono do boteco, reclamava que o movimento estava fraco. Em 2014, quando montou o bar, não havia igrejas ao seu lado. Mas logo apareceu a primeira, e em dezembro, a outra. No começo do ano, Araújo resolveu mudar o boteco – foi para outro prédio, de esquina, no mesmo bairro, sem risco de ter igrejas como vizinhos. E o lugar onde funcionava o bar está vazio, à espera de inquilino.
Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, entre os meses de março de 2016 e fevereiro de 2017, podendo ser estendido até fevereiro de 2018, em caso de projetos itinerantes (realizados em mais de uma Unidade). O valor máximo de patrocínio, por cidade solicitada, é de R$ 300 mil. Serão aceitos projetos de artes visuais (fotografia, escultura, pintura, gravura, desenho, instalação, videoinstalação, intervenção e novas tecnologias ou performances); teatro (contemporâneo, físico, circo-teatro, performance de palco, etc.); dança (contemporânea, clássica, dança-teatro, etc.); música e cinema. Poderão ser apresentados ainda, projetos para palestras, encontros, cursos, oficinas e lançamento de livros. O Programa Caixa de Apoio a Festivais de Teatro e Dança selecionará projetos de festivais em todo o território nacional, a serem realizados de janeiro a dezembro de 2016. O valor máximo será de R$ 200 mil. Serão considerados somente os festivais que reúnam a partir de cinco companhias ou grupos de teatro/dança participantes, e que tenham, no mínimo, dez espetáculos distintos, além de palestras, oficinas e cursos.
Milley e o porquinho Habituada a comparecer a eventos e shows com pouca roupa, Miley Cyrus parece bastante confortável na capa da revista americana Paper. A cantora estampa a capa da edição de junho da publicação, que chega às ruas dos Estados Unidos no próximo dia 22,
nua, suja de tinta e, como se não bastasse, abraçada a seu porco de estimação, Bubba Sue. As fotos da revista foram idealizadas pela diretora de criação Diane Martel, que dirigiu Miley no clipe de We Can’t Stop, e pela fotógrafa Paola Kudacki.
VARIEDADES
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Fafá comemora 40 anos de carreira CD com músicas bregas faz parte da programação, que terá turnê a começar no fim de julho
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afá de Belém prepara lançamento do CD Meu Coração é Brega e turnê para o fim de julho. O álbum com músicas inéditas comemora os 40 anos de carreira da cantora paraense, com produção do conterrâneo Felipe Cordeiro.
Ela promete uma Fafá de volta a Belém, com pegadas legítimas de brega e calipso. “Estou de volta ao brega do Pará, com músicas românticas e muito alegres, um pouco de carimbó e calipso para comemorar os 40 anos de carreira com carinha de 39”, diz ela.
Enquanto isso, ela ainda roda com o show Fafá de Belém Acústico, acompanhada do pianista João Rebouças e interpretando autores como Jards Macalé, Antonio Maria, Johnny Alf e Maysa. Ela se apresentará dia 2 de julho em Lisboa, Portugal, país onde é idolatrada.
FILME
LIVRO
Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros
Jurassic World Colin Trevorrow Estréia 11/06/2015
O Jurassic Park, localizado na ilha Nublar, enfim está aberto ao público. Com isso, as pessoas podem conferir shows acrobáticos com dinossauros e até mesmo fazer passeios bem perto deles, já que agora estão domesticados. Entretanto, a equipe chefiada pela
doutora Claire (Bryce Howard) passa a fazer experiências genéticas com estes seres, de forma a criar novas espécies. Uma delas logo adquire inteligência bem mais alta, se tornando uma ameaça para a existência humana.
The Secret - O Segredo
O Segredo Rhonda Byrne Editora Sextante
Desde tempos imemoriais, o Grande Segredo tem sido transmitido, cobiçado, ocultado, perdido, roubado e comprado por muito dinheiro. Este Segredo foi compreendido por algumas das mentes mais brilhantes da História: Platão, Galileu, Beethoven, Thomas Edison, Andrew Carnegie, Einstein, bem
como por inventores, teólogos, cientistas e pensadores. Agora, O Segredo está sendo revelado. Ao aprender-lo, você descobrirá como pode ter, ser e fazer tudo o que quiser. Descobrirá quem você é de verdade, e a verdadeira grandeza que a vida reservou para você.
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Política
11 a 17 de junho de 2015
PPS e PSB se preparam para a fusão da discórdia Nem tudo são flores entre os partidos, e posições divergentes atrapalham a fusão. Convenção é dia 20
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um primeiro balanço, a cúpula do PSB concluiu que tinha 80% dos diretórios no país apoiando a união com o PPS. Agora concluiu que a história não é bem essa. Um grupo do partido, incluindo a deputada federal Luiza Erundina, lançou uma “Proclamação aos Militantes”, contrária à fusão. “Conclamamos a militância a continuar a luta contra a fusão, pelo que ela representa de atraso e perda política e ideológica”, diz um trecho da proclamação. E até o congresso do PSB, marcado para o dia 20, onde seria anunciada
oficialmente a fusão, corre o risco de ser adiado. Em Jundiaí, também há divergências, nem todas explícitas. O presidente do PSB local, professor Oswaldo Fernandes, diz que por ora o partido não defende o lançamento de candidatura própria a prefeito em 2016. “Há consenso no PSB de não participarmos da terceira via”, diz Oswaldo. Já o vereador Antonio de Pádua Pacheco, do PSB, defende candidatura própria. “Com a união, há fortalecimento, e o novo partido passa a ser da série A, o que aumenta nossa
disposição de ter candidato próprio”, diz Pacheco. O PPS também quer terceira via. Seu presidente em Jundiaí, vereador Paulo Sérgio Martins, reivindica mais participação. “O PPS quer candidatura própria, a terceira via, e isso já foi debatido por nosso grupo”, diz ele. Os problemas iriam mais longe. O fato de Oswaldo estar ligado ao deputado estadual do PSDB, que é possível candidato a prefeito no próximo ano, gera intrigas. Ele chegou a ser chamado de dupla função - uma insinuação que ele seria presidente do
PSB e secretário do PSDB ao mesmo tempo. Outro problema é o tamanho dos partidos e o posicionamento de seus integrantes. O PSB tem hoje aproximadamente 900 filiados em Jundiaí. O PPS tem 1.100. “Nossa preocupação agora é a montagem da chapa de vereadores, diz Oswaldo. Teremos 28 candidatos, e só depois vamos tratar da questão da prefeitura”. O PPS tem um grupo fechado, que tem se reunido com frequência. “Não queremos um partido cubano, queremos participar das decisões”, diz Paulo Sérgio. Mas a fusão é bem vista por todos. “Ficaríamos com dois vereadores - diz Pacheco - e isso aumenta nosso propósito de ter candidatura própria à prefeitura”. Pacheco entende também que essa seria a hora por outros motivos. “Não acredito que o PSDB vá trair seus eleitores, que escolheram dois bons deputados, um estadual e outro federal. Se-
ria traição deixar o mandato pela metade para concorrer à prefeitura”. Há também a questão do nome. Paulo Sérgio entende que o novo partido deva se chamar PPSB (Partido Progressista Social Brasileiro). “A fusão é boa, até porque haveria rejuvenescimento de lideranças no novo partido”, afirma ele. E enquanto fica decidido que nada ficou acertado, os partidos esperam pela convenção do dia 20, que pode não acontecer. Pessoalmente, Paulo Sérgio defende mandato de cinco anos para prefeito, sem reeleição, com eleições coincidindo com as de deputado, presidente, governador e senador. Mas só depois disso é que as coisas ficam mais claras. Embora não se admita oficialmente, há um grupo dentro do PPS que garante que muda de partido se essa fusão caminhar para outros lados. Ou seja, só depois da convenção é que vai começar o “pega-pra-capar”.
Paulo Sergio Martins e Antonio de Pádua Pacheco | FOTO JN
Fusão na marra No PSB fala-se agora em aprovar uma resolução com o objetivo de garantir uma aliança obrigatória das duas legendas, em todas as cidades nas eleições do ano que vem, e uma atuação em bloco no Congresso Nacional. Enquanto tenta viabilizar a junção das siglas, o PSB faz consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as re-
gras para filiação e desfiliação para casos de fusão, uma das demandas do diretório pernambucano. O PSB quer ter certeza se, no entendimento dos ministros, só a saída de filiados será permitida e não a entrada de novos membros. Os pessebistas afirmam que a pressa na fusão se dava em virtude da expectativa de fim das coligações proporcionais e do estabelecimento de uma
cláusula de barreira mais rígida para os partidos. Com a Reforma Política votada na Câmara, eles acreditam que a fusão “perdeu a emergência”. “O debate interno no PSB é que caminha para a desaceleração, afirma o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire. Pelo jeito, colocaram água no chopp.
Oswaldo Fernandes, do PSB | ARQUIVO