Jornal Jundiaí Notícias | 030

O T I U T A GR

Rotina de manifestações na Câmara. Agora, agressões Por causa do plano municipal de educação, religiosos e ativistas glbt acirram ânimos. PÁGINA 3

Jundiaí

25 de junho a 1 de julho de 2015 Edição nº 30, ano 1 Inverno Aglomerado Urbano de Jundiaí + Itatiba | www.jundiainoticias.com.br | www.facebook.com/jnoficial

futebol

PÁGINas 8 e 9

quem quer trocar de partido? deputados aprovaram janela e quem quiser que procure outro partido. mas tem outra votação PÁGINA 7

impaciência

equipe do samu sempre agredida Socorristas demoram e quem chama agride. Todos os dias. PÁGINA 6 novidade

diferença

na safra

itupeva entrega nova avenida emílio chechinato

grupo lgbt cria ong contra a homotransfobia

jarinu abre sábado sua festa do morango

Desde sábado, primeiro trecho já pode ser usado pela população. PÁGINA 12

Além de defender seus direitos, grupo tem intenções para projetos sociais. PÁGINA 4

Festa acontece no Campo dos Aleixos e recebe público de toda região. PÁGINA 10

O velho leão está rugindo | PÁGINA 16

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EDITORIAL

ARTIGO

25 de junho a 1 de julho de 2015

EDITORIAL

Problemas pessoais Tom Coelho: Empresário e escritor

O

relógio toca as oito badaladas matinais, você registra sua presença no livro ou ponto eletrônico e automaticamente todos os seus dilemas pessoais são trancafiados no armário do vestiário.

Agora você pode iniciar a jornada de trabalho com toda energia e foco em suas tarefas, as quais serão desenvolvidas com elevada produtividade.

Contas vencidas, parentes enfermos e desilusões amorosas voltarão a habitar seus pensamentos apenas ao final do expediente.

O quadro acima é tão surreal quanto alguns empregadores gostariam que espelhasse a realidade. A publicitária alemã Judith Mair publicou em 2003 um livro intitulado “Chega de diversão”, depois rebatizado de “Chega de oba-oba”, em que sentencia que trabalho não tem que ser sinônimo de prazer, o ambiente profissional não é lugar para amizades e a jornada deve terminar na empresa, sendo proibido levar serviço para casa.

O fato é que colocar uma linha divisória entre a vida pessoal e a profissional pode ser possível num mundo prussiano, mas é absolutamente impraticável dentro da cultura latina. Razão e emoção coexistem em nosso ser, a cada instante, onde quer que estejamos. Assim, o que podemos fazer é minorar o impacto de nossos problemas pessoais dentro do espaço corporativo, buscando conciliar nossos interesses com os da empresa.

Quando este equilíbrio deixa de ser atingido, as consequências são imediatas. Primeiro, o estresse, que em grau mais acentuado pode levar ao burnout. Em paralelo, surge o presenteísmo, a síndrome de estar

presente no ambiente de trabalho, porém absolutamente desconectado das atividades profissionais, afetando drasticamente a produtividade.

Mais adiante, vem o absenteísmo, a ausência física da empresa motivada seja por desestímulo, seja por doenças clinicamente identificadas.

Mas então, como lidar com estes infortúnios do cotidiano pessoal sem comprometer a posição na empresa?

Algumas sugestões: 1. Siga pelo caminho do meio. Evite o isolamento, deixando de compartilhar seus problemas com as pessoas mais próximas. 2. Comunique. Seu superior hierárquico não tem bola de cristal para saber o que está se passando e pode avaliar sua apatia como desinteresse ou até desleixo. 3. Seja discreto. A menos que seu espaço seja delimitado por uma sala privada, com boa vedação acústica, onde seja possível trancar a porta, cuide para que seus assuntos pessoais sejam tratados reservadamente.

4. Peça ajuda. Se o problema é de ordem financeira, procure obter um adiantamento ou um crédito consignado para solucionar o problema.

5. Afaste-se para cuidar dos problemas. Se o seu desempenho está sendo prejudicado e seus problemas não estão sendo resolvidos, o melhor é se licenciar.

Se com você está tudo bem, mas seu colega de trabalho notadamente está passando por um período turvo, use da empatia e coloque-se por um instante no lugar dele, procurando ajudá -lo. Aconselhamento e orientação podem fazer toda a diferença. Afinal, lembre-se de que um dia os papéis poderão estar invertidos.

Incrível falsidade

N

a semana passada, a Polícia Federal esteve em Jundiaí e prendeu o advogado Flávio Lúcio Magalhães, o Flavinho, para ouvi-lo em Curitiba nas investigações da Operação Lava Jato. Um procedimento até de rotina a prisão temporária (cinco dias) de quem pode estar envolvido em algum ilícito penal.

Flavinho é bem conhecido em Jundiaí, tanto nos meios sociais quanto nos meios políticos. Mas, de hora para outra, ninguém mais se lembrava dele.

Alguns, outrora íntimos, diziam que mal o conheciam; outros, não tão íntimos, garantem que só o cumprimentavam. Se Flavinho tem ou não contas a acertar com a Justiça é problema dele. Mas negar que havia amizade é uma falsidade sem limites.

Há alguns anos, um italiano, Vicenzo, fez inúmeras amizades na cidade. Abriu uma boate considerada classe A, em-

prestava dinheiro e frequentava boas rodas. Um dia a Polícia Federal o levou embora - descobriu-se que Vicenzo não era seu nome, e que na Itália estava condenado por pertencer à Máfia.

Foi a mesma coisa. De repente ninguém tinha amizade com o italiano, alguns só ouviram falar e outros só o cumprimentavam por educação. O italiano passou a ser tratado como cão sarnento.

E que mal havia ter amizade com um mafioso sem saber que ele era mafioso?

Mas essa falsidade é coisa bem antiga. A Bíblia narra que o apóstolo Pedro negou ter amizade com Jesus Cristo depois que ele foi preso pelos romanos. Pedro, que viria a ser o primeiro papa, foi mais longe - disse que nem conhecia Cristo.

Nessa hora chega a ser elogiável a atitude do ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi. Fala abertamente sobre suas amizades, principalmente com a mulherada de vida torta e de suas preferências sexuais, mesmo es-

tando velho para esse tipo de mercado. Berlusconi nunca negou que promovia farras de deixar Calígula corado de vergonha.

Bill Clinton admitiu ter fumado maconha em sua juventude, e nem por isso deixou de ser presidente dos Estados Unidos durante oito anos. Barak Obama, no auge de sua carreira, visitou parentes pobres no Quênia, país de origem de sua família. E o Papa Francisco nunca escondeu sua paixão pelo futebol e sua torcida pelo San Lorenzo argentino.

O caso de Flavinho Magalhães só mostra a face podre do ser humano, que procura se aproximar de quem lhe interessa, para negar, minutos depois, qualquer contato se esse cair em desgraça. Flavinho, por ora, só foi ouvido. E ele nunca escondeu sua condição de lobista de construtora. Se fez coisa errada é problema dele.

Mas negar que o conhecia beira a insanidade.

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Publicação semanal Circula em: Jundiaí, Louveira, Itupeva, Várzea Paulista, Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Jarinu e Itatiba

Editor Chefe: Anselmo Brombal | redacao@jundiainoticias.com.br Diretor Executivo: Rodrigo Malagoli | contato@jundiainoticias.com.br Diretor Comercial: Márcio Medina | comercial@jundiainoticias.com.br Projeto Gráfico: Agência ROD Diagramação: Junior Costa www.facebook.com/jnoficial

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Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da direção

JUNDIAÍ

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DINHEIRO. O BNDES quer usar R$ 10 milhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para construir usinas. Seriam empréstimos para projetos da construtora Odebrecht.

SANGUE. Prefeitura de Jundiaí lançou o programa Servidor Solidário, com apelo para doação de sangue, fraldas geriátricas e agasalhos.

Programa é coordenado pelo Fundo Social de Solidariedade.

SENAI. Fábio Carrion é o novo diretor do Senai Jundiaí, ele foi diretor do Senai Franca de 2010 até início de 2015.

Professor Orestes Romano continua na Coordenação Pedagógica.

Grupos antagônicos discutem durante sessão da Câmara; por pouco não sai pancadaria | FOTO JN

Na Câmara, rotina de protestos por causa do plano Pela terceira sessão consecutiva, protestos marcaram a sessão da Câmara. Dessa vez com agressões

A

té há algumas semanas, as sessões da Câmara eram modorrentas, cansativas.

Bastou aparecer o Plano Municipal de Educação para se tornarem animadíssimas.

Com o plano, apareceram os cartazes, as faixas, e oradores para a Tribuna Livre (espaço livre antes do início das votações).

A sessão de terça-feira não foi diferente. De um lado religiosos, de outro representantes da comunidade LGBT, tal como nas duas sessões anteriores. Gritos, vaias, palavras de ordem passaram a constar na pauta.

Na última terça os ânimos estavam mais exaltados.

Surgiram muitas discussões entre os grupos, em pontos isolados. Perto da entrada da Câmara, um grupo afirmava ser crime a palavra “abominável” colocada num cartaz, exibido por manifestante de outra corrente. Não demorou para haver empurra

-empurra, xingamentos, até que o cartaz foi parcialmente destruído - e devolvido em seguida ao manifestante.

A Guarda Municipal levou reforço, temendo que essas manifestações resultassem em tumulto generalizado. Nas primeiras cadeiras da plateia, alguns “animadores de auditório” tratavam de comandar a arruaça, que atrasou a votação dos projetos da ordem do dia.

Até o calmo e tranquilo presidente da Câmara, Marcelo Gastaldo, precisou ameaçar suspender a sessão para que os ânimos serenassem.

Não há como conter tais ânimos. A intolerância entre os grupos supera o bom senso e os princípios da democracia, os de respeitar a opinião contrária, são jogados na lata do lixo. E enquanto houver intolerância haverá tumulto. Em tempo: no Plano Municipal de Educação não consta o item “ideologia de gênero”.

CAMPANHA. A Ordem dos Advogados de Jundiaí (OAB) lançou na segunda (22) a campanha “Corrupção, não”. Vai divulgar manifesto entregue à Presidência da República e ao Congresso Nacional em março.

CIGANOS. Acontece no sábado (27), no Hotel Paradies, em Jarinu, a Zingará Fest, evento que comemora as tradições ciganas. Intenção é de promover uma em Jundiaí ainda neste ano.

DENGUE. Em dez dias, foram confirmados mais 364 casos de dengue em Jundiaí. Segundo nota da Secretaria de Saúde, divulgada na segunda-feira (22), os casos agora chegam a 2.222 - desses, 411 importados.

CONGRESSO. De 26 de junho a 18 de julho acontece em Itatiba o Congresso das Testemunhas de Jeová, nos fins de semana. O tema é “Imite Jesus”.

Entrada é gratuita e não há necessidade de inscrição prévia.

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JUNDIAÍ

25 de junho a 1 de julho de 2015

Jundiaí fica com sete escolas abertas durante as férias É um programa suplementar, destinado às crianças cujos pais não têm onde deixá-las nesse tempo

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Secretaria de Educação de Jundiaí vai manter sete escolas abertas durante o período de recesso escolar para atender as crianças cujas famílias necessitam. Seis creches (0-3 anos) e uma pré-escola (3-5 anos) funcionarão dos dias 29 de junho a 7 de julho.

Das escolas polos, cinco creches terão atendimento em horário integral, ou seja, das 7h30 às 17h. Na pré-escola e na creche localizada na região central, o funcionamento será em dois períodos: das 7h30 às 12h30, e das 13h às 18h.

No dia 8 de julho não haverá atendimento porque serão feitos serviços de manutenção nos prédios das Emebs para a volta às aulas no dia 13 de julho. Nos dias 9 e 10 de julho, as unidades ficarão fechadas devido ao feriado da Revolução Constitucionalista de 1932

e ao ponto facultativo.

Aproximadamente 620 pais ou responsáveis de alunos de escolas municipais, entidades conveniadas e escolas contratadas fizeram adesão ao Programa de Atendimento Suplementar de Férias da rede municipal.

A Secretaria de Educação informa que o atendimento será mantido dentro dos padrões dos dias letivos. Todas as escolas terão professores, diretores, supervisores, agentes de desenvolvimento infantil, cozinheiros, secretários e agentes operacionais. As crianças também receberão merenda.

O diferencial é que não haverá atividade pedagógica.

Durante o programa, são realizadas atividades recreativas e de cuidados, já que se trata de atendimento suplementar de férias. Nas férias de dezembro/janeiro, 700 crianças

Canil da GM recebe certificação O Canil da Guarda Municipal de Jundiaí participou da prova de Beigleithund (obediência e teste de temperamento) para cães. A prova aconteceu em Itatiba e foi promovida pela Associação Paulista de Rotweiller.

Durante as provas, os cães foram avaliados pelo juiz de adestramento Sérgio Voscabonik e do Diretor de adestramento Fábio Bueno. Os cães da GM participaram durante

todo o dia dos mais diversos testes, e no receberam a aprovação e a certificação da Associação Paulista de Rotweiller.

O Canil da Guarda Municipal de Jundiaí é um dos mais respeitados do país, auxiliando no farejamento de drogas e armas durante as rondas.

Além da localização de armas e drogas, o Canil constantemente se apresenta em eventos de entidades e colégios de Jundiaí e região.

foram inscritas. A frequência diária no período esteve entre 182 e 353 estudantes.

As unidades que estarão abertas são: Creches/Período integral: Emeb Maria de Toledo Pontes, na Vila Arens; Emeb Maria Thereza Almeida Pontes e Nogueira, no Jardim Califórnia; - Emeb Adail de Oliveira Lenhaioli na Vila Esperança; Emeb Nilse Moraes Leite, no Parque Residencial Jundiaí, e Emeb Hilda Maria Alves Paschoalotto, no Bairro Nova República. Em período parcial: Emeb Prefeito Manoel Aníbal Marcondes, no Centro. Pré-escola: Emeb Professora Haydée Dumangin Mojola, na Vila Hortolândia.

Sete escolas ficam abertas nas férias | ARQUIVO

Grupo LGBT cria ONG em Jundiaí Está em funcionamento desde dezembro passado a Ong Aliados, criada pela comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) de Jundiaí. A Ong funciona provisoriamente na Vila Municipal, mas já procura um lugar definitivo para se instalar. O nome “Aliados” tem um significado: Aliança pela Livre Identidade e Apoio à Diversidade de Orientação Sexual).

“Nosso objetivo é combater a homotransfobia e promover ações de cidadania”, explica Rodrigo Pereira, seu presidente.

“Futuramente queremos desenvolver projetos sociais voltados para a população vulnerável, como moradores de rua, idosos etc.”, complementa Rose Gouvea, relações públicas e diretora jurídica da Ong.

Rose, Rodrigo e Karol, diretores da Ong | FOTO JN

A aceitação foi boa, segundo os diretores. A comunidade tem página no Facebook (Ong Aliados) e está atrelada à página da Parada Gay, com mais de cinco mil seguidores. “Hoje

nossa comunicação é pelas redes sociais, conta Rose, mas já estamos procurando um espaço com mais estrutura para podermos trabalhar pela cidade”.

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JUNDIAÍ

25 de junho a 1 de julho de 2015

Por causa das demoras, pessoal do Samu é agredido A queixa é geral - quase que diariamente quem trabalha no Samu passa por situação difícil durante socorro

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Fabiano Lima, do Sidmaesp | FOTO JN

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Quem precisa não quer saber - chamou ambulância, precisa vir rápido. E com razão. Mas como as ambulâncias estão demorando para chegar onde são chamadas, os socorristas do Samu estão sendo agredidos verbal e fisicamente quase todos os dias.

Quem conta é o presidente do Sidmaesp (Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de São Paulo - sub-sede de Jundiaí), Fabiano Lima.

“A demora é justificada, diz ele. Primeiro, o Samu está mal localizado. Quando sai uma ambulância, para chegar ao primeiro semáforo da avenida

Frederico Ozanam, são cinco minutos, por causa do trânsito intenso. Segundo, o Samu tem somente quatro ambulâncias, uma delas completa”.

O Samu de Jundiaí conta com cem pessoas aproximadamente, entre socorristas, médicos e enfermeiros, que atendem a média de 80 chamados por dia. “Os Bombeiros têm uma única viatura de resgate, ajudam no que podem, mas precisam socorrer também as cidades da região”, explica Fabiano.

Mais problemas - as viaturas do Samu estão em uso há mais de dez anos. “O que nós

queremos é que sejam trocadas as viaturas por outras mais novas - continua Fabiano. E quanto ao problema de demora, ou o Samu muda de lugar ou se cria faixa destinada para emergência, com prioridade para as ambulâncias”.

E quem trabalha no Samu quer melhorar suas condições. O adicional de risco ajudaria. “Nós atendemos todo tipo de ocorrência, diz Fabiano. Há pacientes psiquiátricos, drogados, há acidentes com produtos químicos. Nós realmente corremos risco, nada mais justo que ganharmos para isso”.

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GERAL

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Deputados aprovam mais um troca-troca de partidos Prazo ainda não está definido.

Proposta precisa ainda passar pelo Senado e por segundo turno na Câmara

T

udo bem que ainda depende de nova votação, o chamado segundo turno, e de votação no Senado, mas os deputados já têm como certa a medida: uma janela de 30 dias para troca de partidos, sem risco de perder o mandato. O projeto foi aprovado na semana passada com 317 votos favoráveis, 129 contrários e seis abstenções.

A emenda que cria a janela é de autoria do deputado Jovair Arantes, do PTB de Goiás. “É uma alternativa a todos os parlamentares que se sintam constrangidos e que queiram tentar novos ares”, afirma Arnaldo Faria de Sá, do PTB paulista.

Mas as mudanças não vão

influir no tempo de TV de cada partido, nem no fundo partidário – o cálculo terá como base a atual bancada na Câmara.

Mas até que os deputados estão com bom senso. Não aprovaram a proposta que permitia que alguém se candidatasse a dois cargos ao mesmo tempo.

Por exemplo: alguém poderia ser candidato a deputado estadual ou federal.

Se eleito, escolheria qual função exercer. Outra proposta que não passou previa que os candidatos registrassem seus programas. No caso de não cumprir, não poderiam disputar a reeleição. Essas votações encerram o chamado ciclo de reforma política.

Comdema recebe inscrições até dia 30 A participação de entidades da sociedade civil no Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), um dos mais importantes colegiados participativos da cidade, está com inscrições abertas até 30 de junho.

Para participar do processo, as entidades relacionadas podem fazer seu cadastramento de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, na ala sul do 5º andar do Paço Municipal, na Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente.

As exigências são básicas como estarem regularmente constituídas há mais de dois anos no município, breves resumos sobre sua atuação e de seu representante indicado e não ter em sua diretoria nenhuma pessoa em cargo comissionado na Prefeitura de Jundiaí.

As entidades que já parti-

cipam ou participaram do conselho também devem renovar seus cadastros.

Para o biênio 2015-2017 serão vinte representantes da sociedade, definidos pela legislação em quatro para os sindicatos de trabalhadores, dois para os sindicatos patronais, seis para as entidades comunitárias dos bairros, cinco para as demais associações diversas (estudantis, religiosas, de minorias), dois de organizações não-governamentais ligadas ao meio ambiente e um do setor de escolas particulares.

Os documentos necessários pela instituição são a ficha de cadastro e cópias de CNPJ, Estatuto, ata da atual diretoria e comprovante de endereço, além de documentos do representante indicado como cópia do RG e comprovante de endereço.

Jovair Arantes, autor da proposta | DIVULGAÇÃO

Restaurantes italianos estão no 3º Sabores Eles dão nome a bairros, avenidas, sítios, festas e aproximadamente 75% da população jundiaiense são descendentes deles, os italianos. Ainda no século 19, eles foram os primeiros imigrantes a chegar em Jundiaí. Desde então, têm influenciado o jeito de falar, de comer e de viver dos moradores da cidade.

Enquanto outras culturas estão representadas em poucos estabelecimentos ainda, os italianos têm forte presença em Jundiaí e são maioria - 40% - dos participantes do Sabores.

Massas caseiras, molhos artesanais, receitas antigas passadas de geração em geração são alguns dos principais ingredientes usados nos pratos dos italianos do Festival.

Nesta edição, alguns restaurantes homena-

gearam elementos de grande importância na época da imigração, como a figueira – uma antiga árvore que ficava no bairro da Colônia e abrigava os recém-chegados.

Outros estabelecimentos optaram pela tradição, enquanto alguns priorizaram versão mais moderna dos clássicos e misturaram a referência italiana a outras nacionalidades presentes em Jundiaí, como a espanhola e portuguesa. No cardápio especial há desde pizzas, fast food e lanches a refeições mais elaboradas como canederlli e polpetone.

Desde o dia 15 os consumidores que já têm cinco e 10 carimbos no passaporte do Festival podem retirar os prêmios no Centro de Informações Turísticas (CIT), desde que sejam um dos 500 primeiros. O local fica em frente ao Parque da Uva, na Avenida Jundiaí, e funciona das 8h às

18h, de segunda a segunda.

No primeiro dia de entrega, 81 pessoas retiraram o kit churrasco (para passaportes com cinco carimbos) e 34 resgataram o conjunto de seis taças de vinho tinto estampadas com as atrações turísticas da cidade (para passaportes com 10 carimbos).

No Instagram, os consumidores podem continuar postando fotos de pratos tiradas até o final do Festival, mas elas devem conter as hashtags Sabores de Jundiaí (#saboresdejundiai) e nome do estabelecimento (#nomedoestabelecimento).

Um júri formado por 10 fotógrafos escolherá as 10 melhores imagens. Os vencedores, assim como os profissionais, ganharão um voucher cada para degustar um dos pratos.

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ESPECIAL

25 de junho a 1 de julho de 2015

Paulista pode fechar se o dinheiro não aparecer

C

om dívidas que chegam a R$ 30 milhões, uma empresa tentando reerguer o clube e incutir um pouco de credibilidade, o Paulista Futebol Clube se prepara para disputar a Copinha e tentar continuar respirando - se ganhar, vai para a Copa do Brasil. E nos próximos sessenta dias o Novo Paulista põe na rua seu projeto de conseguir apoio da cidade.

Mas o velho Paulista não anda bem das pernas. Com 106 anos completados em maio - a festa aconteceu nos dois últimos finais de semana - nunca esteve numa situação tão ruim como a atual. Entre os torcedores circulam histórias e há a eterna busca de culpados por tudo o que não deu certo.

Torcedores são implacáveis. Ora apontam um ex -presidente ora um diretor. O público presente aos jogos é diminuto, e em nada lembra a época de estádio lotado com torcedores, charangas e bandeiras. A lembrança da Copa do Brasil de 2005 é constante, mas passado é passado.

Hoje o time disputa a série A-2 (segunda divisão) do Campeonato Paulista. No Campeonato Brasileiro, onde já esteve, foi sucessivamente rebaixado e hoje não está em nenhuma série - jocosamente, tornou-se um time fora de série. Neste ano, conseguiu se manter na série A-2, embora, durante o campeonato, viu a ameaça de ir para a série A-3 de perto.

Nesta semana, Luiz Roberto Raymundo, o Pitico, resolveu falar sobre o velho e o novo Paulista. Pitico está no Paulista há 33 anos, com alguns períodos de afastamento.

Participou de diretorias como a de Josef Pfulg, viu a chegada e a decadência da Lousano, o ápice com a Parmalat e agora integra o Novo Paulista, grupo liderado pelo desembargador aposentado Márcio Franklin Nogueira. Mas é taxativo.

“O futebol é altamente deficitário, e o do interior é o que mais sofre com isso, diz Pitico.

Se o Paulista não conseguir dinheiro nos próximos seis

Luiz Roberto Raymundo, o Pitico: sem dinheiro, fecha as portas | FOTO JN

meses, pode passar o cadeado no portão. Não existem mais empresários abnegados, como o falecido Pfulg, que colocava dinheiro do bolso para manter o time”.

Pitico sabe também que entre os torcedores correm histórias de todos os tipos, e por isso resolveu esclarecer a saída de jogadores, de patrocinadores. E explica que muita coisa ruim aconteceu depois que passou a valer a Lei Pelé.

Casos de jogadores: “O goleiro Artur foi embora porque terminou o contrato, assim como o também goleiro Rafael Bracalli e do armador Eldinho. A Lei Pelé permite que um jogador formado na base tenha contrato de até três anos, a partir dos 16 de idade.

Só que seis meses antes de terminar, o jogador pode fazer um pré-contrato com outro clube”, explica Pitico.

Com essa facilidade legal, jogadores que se destacam durante a formação, são assediados por empresários e diretores de outros clubes que ensinam como agir: enrolar e ganhar tempo, mas não renovar o contrato. Para garantir seus negócios, despejam dinheiro para a família desses jogadores-revelação. “O São Paulo é o clube que mais alicia jogadores”, afirma Pitico.

O jogador Nenê, um dos mais conhecidos dessa safra “exportada” pelo Paulista, é um dos casos em que o azar perseguiu o time. O Paulista vendeu mas não viu a cor do dinheiro. Processou, na Fifa, dois clubes espanhóis, o Las Palmas e o Alavez - e os dois faliram.

Como outros clubes tradicionais do interior, time de Jundiaí corre risco de desaparecer por falta de patrocínio Há mais casos que geraram polêmica. O jogador Sodinha quebrou o contrato e o Paulista foi à Justiça contra ele - ganhou em primeira instância. Outro goleiro, Vitor, e um jogador de defesa que chegou à Seleção Brasileira, Réver, foram vendidos pelo Banco Fator, que era investidor do Paulista. “É a coisa mais natural explica Pitico - o banco ou

a empresa colocar dinheiro, investir, e depois, com a venda do jogador, recuperar seu investimento. Outros casos, como dos jogadores Gabriel Leite (vendido ao Palmeiras) e Tabata, foram da diretoria passada, e eu não tenho conhecimento dos detalhes”.

E são os detalhes que perseguem as dúvidas dos torcedores. “O Eduardo Palhares, ex-presidente, nunca foi dono de passe de jogador”, afirma Pitico. E por que o Paulista mudou de nome? “É natural que a empresa que patrocina 100% do clube faça exigências e coloque seu nome, casos da Lousano e da Parmalat”, explica ele.

O caso da Parmalat é até curioso porque o time se tornou Etti. Acontece que a empresa era dona da marca Etti, comprada da antiga Paoletti, embora fosse mais conhecida pelo leite. Só que a maior concorrente da Parmalat era o Leite Paulista - e seria um tiro no pé associar o leite ao Paulista. Seria propaganda para o concorrente.

A Parmalat deixou saudade. Não faltam dinheiro e bons jogadores. “O título da Copa do Brasil de 2005 foi consequência do trabalho de base da Parmalat”, diz Pitico.

Mesmo após deixar o clube

com tudo em ordem, sem dívidas e sem processos trabalhistas, a Parmalat bancou o Paulista durante um ano.

Processos trabalhistas são outra cruz para o Paulista.

Por causa deles, teve parte da cota de televisão, quando estava na série A-1, penhorada pela Justiça para pagamento de processos. Hoje ele nem tem ideia de quantos processos estão em andamento, mas sabe que são muitos.

Para resolver essas dores de cabeça, nem novembro passado foi lançado o projeto Novo Paulista, do qual Pitico faz parte. “Temos cinco agências de publicidade nos ajudando, e nos próximos sessenta dias vamos colocar na rua essas ideias e buscar apoio junto às indústrias e comércio. Vamos ver qual será a resposta da cidade nos próximos seis meses. Se não entrar dinheiro, o Paulista pode fechar suas portas”, diz Pitico.

Ele também garante que as contas do Paulista são transparentes, que não há nada esconder. Mas lamenta o acaso: “O país vinha bem nos últimos vinte anos, e agora, quando mais precisamos, vem a crise”.

O pessoal do Novo Paulista se espelha em exemplos como Chapecó (o time, Chapecoense, está na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, e a cidade catarinense é do tamanho de Jarinu), e de Eindhoven, na Holanda.

Lá, a Philips liderou a formação do clube, uniu a cidade e fez do PSV (Philips Sport Vereniging - em português, Associação Esportiva Philips) um dos dez clubes mais ricos do mundo.

“Jundiaí está num polo econômico importante, com centenas de grandes indústrias e um comércio muito forte. O que o grupo pretende é unir a cidade e toda a região em volta do Paulista, para recuperar seu prestígio”, diz Pitico. As intenções são boas e louváveis, mas os próximos seis meses é que dirão que tipo de resposta o Paulista terá.

especial

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Estádio vazio durante a semana, não muito diferente dos dias de jogos | ARQUIVO

Campus Pelé, o conto da Carochinha Em 2007 apareceu uma ideia daquelas: criou-se o projeto Campus Pelé, que envolvia o Paulista, o Lausanne Sport, da Suíça, o jogador Pelé, o Litoral Futebol Clube, de Santos, e o Banco Fator, que é de investimentos. O objetivo era investir em atletas em formação e depois ganhar dinheiro com sua venda.

A coisa funcionaria assim: primeiro, os analistas do mercado de futebol concluíram que a transferência de um jogador brasileiro para a Europa não era tão rentávelera a segunda transferência a mina de ouro. Assim, o jogador brasileiro seria vendido ao Lausanne suíço, e de lá para outro clube.

Só que, três anos depois, o Lausanne anunciou o fim da parceria, e o Paulista

também. Até hoje ninguém explicou os motivos do rompimento. Como tudo o que envolve dinheiro gera discórdia, a cabeça do torcedor ficou a mil pensando no que pode ter acontecido.

A falta de explicações é mais antiga. Tanto que, em 2004, o então deputado federal Durval Orlato (hoje vice-prefeito de Jundiaí), pediu a convocação à Câmara de Eduardo Palhares (presidente do Paulista), Carlos Monteiro (presidente do Etti Jundiaí), Carlos Alberto Padetti (presidente da Carital Brasil) e Ricardo Gonçalves (representante da Parmalat).

Durval queria que, numa audiência pública, em Brasília, fossem explicadas as transações comerciais de compra e venda do Paulista com outros clubes.

Um time de altos e baixos Desde que fundado, em 1909, o Paulista já experimentou de tudo. Na realidade ele substituiu o “Jundiay Foot Ball Club”, que existiu de 1903 a 1908. Em 1926 foi o segundo clube do interior a disputar a primeira divisão do Campeonato Paulista. Com a criação da Federação Paulista de Futebol, em 1948, o clube amargou 20 anos de segunda divisão.

Em 1968 foi campeão invicto e foi para a primeira. Nela ficou dez anos, até ser rebaixado em 1978.

Voltou à primeira em 1984 e foi novamente rebaixado dois anos depois.

Em 1990 foi feita parceria com a Lousano, empresa que ficou oito anos no Paulista. Em 1997, o time

foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Em 1998 o Paulista se acertou com a Parmalat e passou a se chamar Etti Jundiaí. No ano seguinte foi campeão da Copinha.

Nesse período, o Paulista voltou à primeira divisão.

Em 2004 foi vice-campeão paulista, e no ano seguinte, campeão da Copa do Brasil - no ano seguinte disputou a Libertadores, mas não passou da primeira fase. Nesse mesmo ano subiu para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

No ano seguinte, foi rebaixado no Brasileiro.

Voltou a disputar a Coa do Brasil em 2011. De lá para cá, despencou e chegou onde está.

Justiça penhora dinheiro do Banco Fator No começo do mês, a Justiça do Trabalho de Jundiaí penhorou R$ 3,6 milhões do Banco Fator para garantir pagamento de dívidas trabalhistas. A decisão é do juiz Saint Clair de Lima, da 2ª Vara. O entendimento é que o banco, que cuidava do futebol do Paulista, é também responsável pela dívida.

Mas o Paulista tem outro problema - seu estádio, o Jayme Cintra, também está penhorado por conta de processos trabalhistas. Como o banco tem R$ 10 milhões para receber do clube, diretores de ambas as partes devem se reunir na próxima semana para discutir o problema. O pedido de penhora teria partido do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo.

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CIDADES

25 de junho a 1 de julho de 2015

Festa do Morango de Jarinu começa sábado Festa chega a 32ª edição e será no Parque do Morango Duilio Maziero, no Campo dos Aleixos

A Juliana Karen de Souza com Francielle e Paloma | DIVULGAÇÃO

expectativa para este ano é superar os 250 mil visitantes de 2014. “Esperamos atrair um grande público, principalmente da Capital e superarmos o público do ano passado”, afirma Osvaldo Maziero, presidente da Associação dos Produtores de Morango e Hortifrutigranjeiros de Jarinu e Região.

Organizada pelos produtores agrícolas e pela família do campo a festa contará com barracas de doces de morango com chocolate e chantilly, o conhecido moranguete, estrogonofe de morango, pastel de morango, quentão e sucos de morango, além dos deliciosos restaurantes italiano, japonês e brasileiro.

“Os visitantes poderão conhecer o Pavilhão de Exposição, o Pavilhão do Morango além do mini shopping para venda de roupas e artesanatos. “Teremos vendas de peças dos artistas da nossa região, além de diversos estandes es-

palhados pelo recinto. Haverá shows com artistas regionais todos os dias”, diz Maziero.

A Festa do Morando será realizada nos dias 27 e 28 de Junho, 4, 5, 9, 11 e 12 de Julho de 2015. Aos sábados das 10 às 24h e aos domingos das 10 às 22h, com entrada gratuita. O acesso ao Parque do Morango é feito pela Rodovia Edgard Máximo Zambotto, km 77, saída 87 da Rodovia Dom Pedro I. Informações: (11) 4417-1097.

A corte que representa a 32ª Festa do Morango de Atibaia/Jarinu foi eleita no dia 10 passado, no Centro de Convenções Victor Brecheret, em Atibaia. Como rainha foi eleita a jarinuense Juliana Karen de Souza, de 16 anos, tendo como 1ª princesa, de Atibaia, Francielle Cardoso, com 23 anos, e 2ª princesa, de Jarinu, Paloma de Oliveira, de 18 anos. Elas são responsáveis pela divulgação da Festa do Morango em toda região e nos três finais de semana do evento.

Zé Roberto recorre ao Estado para instalar CAPS Tendo em vista a crise que os municípios brasileiros estão enfrentando, uma das maiores crises da história, o prefeito José Roberto de Assis busca apoio do Governo do Estado para estruturar as secretarias da cidade. Dessa vez, as reivindicações acontecem na área na saúde.

O pedido se dá no momento em que as cidades brasileiras enfrentam uma das maiores crises da história.

“Estamos precisando dessa verba para fazer uma reforma no pré-

dio e adquirir móveis e equipamentos necessários. Essa verba vai ajudar toda a população de Campo Limpo, com mais empreendimentos na saúde”, afirmou o prefeito José Roberto a Uip. O secretário prometeu analisar o pedido.

Segundo o responsável pelo setor de saúde estadual, a crise e a falta de recursos federais têm prejudicado também o Governo do Estado. Mesmo assim, o secretário prometeu dar apoio a Zé Roberto.

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CIDADES

25 de junho a 1 de julho de 2015

Bocalon descansa.

Tozzi é prefeito de Itupeva Durante quinze dias, o vice governa a cidade prometendo dar o máximo de si, afinado com o prefeito

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esde a última segunda-feira (22), Itupeva está nas mãos do vice-prefeito Osmar Tozzi, agora prefeito oficialmente.

O titular, Ricardo Bocalon, tirou licença de 15 dias para tratar de assuntos pessoais.

A transmissão de cargo (temporário) contou com a presença do secretariado.

Bocalon fez questão de elogiar o trabalho feito pelo grupo e ainda destacou a confiança que tem em Osmar. “Saio muito tranquilo, porque conheço e confio muito na competência

Bocalon assina termo passando o cargo para Tozzi | DIVULGAÇÃO

Entregue o Centro do Idoso de Itupeva Ainda dentro da programação em comemoração aos 50 anos de Itupeva, o prefeito inaugurou na manhã do domingo (21) o Centro do Idoso “Antônio de Freitas Oliveira”.

Com 920m2 de construção, o novo espaço será o ponto de encontro e lazer para os idosos, que vai acolher e integrar a melhor idade itupevense.

Com a presença do vice -prefeito, Osmar Tozzi, secretários, vereadores e o deputado Federal, Arnaldo Faria de Sá, que também comemorou o empenho do prefeito, em estar sempre buscando recursos para a cidade. “Todas as cidades têm de se espelhar no prefeito de Itupeva e construir um Centro de Idoso como esse, pois tudo que se faz para um idoso está se fazendo para sua mãe e seu pai.

Pois o que os idosos precisam é de políticas públicas e isso Itupeva está tendo”, afirmou.

A prefeitura está providenciando horários especiais de ônibus para transportar a população para as atividades do Centro do Idoso.

do Tozzi. Aproveito para agradecer a lealdade e a cumplicidade que ele tem demonstrado com o governo, estando sempre ao nosso lado, em todos os momentos”, afirmou.

Logo após a assinatura do documento, Tozzi agradeceu a confiança de Bocalon e dos presentes: “Darei o máximo de mim nesse período, estou muito tranquilo também, todas as pessoas que estão aqui eu confio muito no trabalho.

Que Deus ilumine nosso caminho nesses dias e vamos trabalhar”, finalizou.

Inaugurado primeiro trecho da Emílio Chechinato O primeiro trecho da avenida Emílio Chechinato foi inaugurado no último sábado (20). Vereadores e população prestigiaram o evento e aprovaram a reformulação feita numa das principais vias de Itupeva.

O prefeito Ricardo Bocalon destacou não apenas os benefícios que a obra traz para o município, mas também a qualidade com que ela foi realizada: “Nesse trecho foi feito todo o sistema de drenagem, até por isso a obra não é feita da noite para o dia, porque estamos fazendo muito bem feito, do jeito que tem que ser. Assim como fizemos no córrego atrás da rua Cabreúva para combater enchentes e diziam que era impossível, mas nós fizemos. A Chechinato também recebeu nova pavimentação e sinalização completa; as calça-

Ciclovia é uma das marcas da nova avenida | DIVULGAÇÃO

das também são todas novas, assim como os postes de iluminação; e ainda começamos a primeiro ciclo faixa da cidade que, quando estiver completa, vai garantir segurança para os ciclistas por toda a avenida Emílio Chechinato e ligando até o Rio das Pedras pela Nelson Gulla”.

Marlene Lustosa Alves,

moradora do Jardim Alegria, elogiou a obra, destacando também o quanto o prefeito tem trabalhado pela cidade. Rafael Santos de Souza, também do Jardim Alegria, concorda: “É muito grande a melhoria para a segurança. A avenida está ficando ótima e muito mais segura. É um excelente começo, muito bom

trabalho da Prefeitura”.

O ciclista Paulo José de Lima destacou o quanto a obra vai beneficiar e trazer segurança para todos: “Acho que vai ajudar bastante, dá mais segurança, principalmente para nós que andamos de bicicleta. Ficou bem melhor e seguro”.

cidades

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V Conferência Municipal de Saúde discute propostas Itatiba discute os temas que serão levados à conferência regional, que está marcada para Campinas

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a semana passada foi realizada a V Conferência Municipal de Saúde pela prefeitura de Itatiba em parceria com a Conselho Municipal de Saúde. O encontro foi realizado no Teatro Ralino Zambotto e reuniu mais de 100 pessoas entre delegados, trabalhadores da saúde, usuários do sistema único de saúde, convidados e a população em geral.

Neste ano, o tema da Conferência foi ‘Saúde Pública de Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro’. Após a abertura, a médica. Stela Felix M. Guilin Pedreira ministrou palestra sobre as ações de saúde no Brasil. Debate foi realizado e os participantes puderam discutir sobre o tema.

Para a discussão e votação das propostas, nos últimos dois meses o Conselho Municipal da Saúde realizou 26 pré-conferências na cidade, em todos os Conselhos locais dos PSFs e UBSs, além das entidades, Ambulatório Central de Especialidades (SUS), Sindicatos e outros. As préconferências tiveram início no dia 16 de abril e foram encerradas no dia 21 de maio.

“Todas as propostas, sugestões e opiniões foram recebidas com total isenção, e agora estão sendo estudadas e aprovadas durante a Con-

ferência Municipal”, disse o presidente do Conselho Municipal da Saúde de Itatiba, Sebastião Vendramini.

“Durante a Conferência foram aprovadas 21 propostas de âmbito municipal, 15 para o Estado e outras 10 para o Governo Federal. A Prefeitura de Itatiba avalia juridicamente as propostas de âmbito municipal aprovadas para enviá-las à 7ª Conferencia Regional de Saúde, que acontece nos dias 6 e 7 de julho em Campinas.

Após essa avaliação, elas ainda serão submetidas à avaliação da Câmara Municipal”, afirma o secretário da Saúde, Luiz Gonçalves Simões, que acompanhou a Conferência.

As propostas aprovadas de âmbito estadual e nacional já foram enviadas à Conferência Regional pelo Conselho Municipal de Saúde de Itatiba.

Além de elencar as propostas da população que participou das pré-conferências, foi realizada a eleição dos delegados representantes de cada segmento, sendo usuários, trabalhadores da saúde e Gestores/Prestadores de Serviços.

Os delegados eleitos vão representar Itatiba na Conferência Regional de Saúde, em Campinas, levando todas as propostas aprovadas. Lá serão escolhidos novos delegados para a Estadual e depois para a Federal em Brasília.

Posto de saúde vai aumentar atendimentos Iniciada recentemente, a construção da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Vista Alegre, em Louveira, está em fase de fundação e terraplenagem. Com 710 m² de área construída, o posto de saúde contará com consultório odontológico, sala de raio-x odontológico, cinco consultórios médicos, sendo um ginecológico, sala de vacina, sala de medicação e enfermaria.

Orçada em R$ 9.697.526,57, a obra deve ser concluída em aproximadamente 10 meses.

Além da UBS do Vista Alegre, a prefeitura planeja construir mais duas unidades - uma no bairro Sagrado Coração de Jesus e a outra no Monterrey, que irá substituir a atual. Com isso, a capacidade de atendimento na área da saúde vai aumentar 50%.

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VARIEDADES

25 de junho a 1 de julho de 2015

Silas Malafaia provoca e Boechat perde a linha O

pastor Silas Malafaia é conhecido por suas posições radicais e pelo discurso inflamado, mas na sexta passada (19) o bicho pegou. Pelo Twitter, Malafaia desafiou o jornalista Ricardo Boechat para um debate, afirmando que era fácil fazer um programa de rádio falando o que bem entendia, porém sozinho.

Boechat deu um troco bem acima da altura. “Ele está pedindo para eu parar de falar asneira num programa de rádio, incitando o ódio. Ô, Malafaia, vai procurar uma rola, não me enche o saco! Você é um idio-

ta, um paspalhão, um otário, um pilantra, tomador de grana de fiel, explorador da fé alheia.

Você gosta de palanque, e palanque eu não vou te dar”.

A confusão começou porque Malafaia reclamou que o jornalista, ao noticiar fatos de intolerância religiosa, teria insinuado que os integrantes de igrejas neo-pentecostais estariam constantemente envolvidos nos atos contra outros tipos de fé.

Boechat garantiu: “Em nenhum momento, em nenhum momento mesmo, eu generalizei que pessoas que frequentam igrejas pentecostais

tinham ações de preconceito.

Até porque eu não sou idiota como você. Você é homofóbico, você é uma figura execrável, uma figura horrorosa, e que toma dinheiro das pessoas pela fé. Você é rico. Você é um charlatão, cara. Usa o nome de Deus, de Jesus, para tirar grana.

Repito: vai procurar uma rola!”

Silas Malafaia compra horário na programação da Band na TV, e aí mandou outro recado, dizendo que ia conversar “com meu amigo Johnny”.

Johnny Saad é o dono da emissora. Boechat continua trabalhando normalmente. E falando bastante.

JR Duran ensina como tirar fotos de mulheres O curso é no eduk; Duran é considerado o melhor nessa área de nus artísticos Boechat enfrenta Malafaia | ARQUIVO

Rua Prudente tem festa junina O trecho da rua Prudente de Moraes conhecido como “Rua das Artes”, em Jundiaí, tem festa junina no domingo (28).

Será o Arraiá de Palha, organizado por coletivos, espaços e grupos culturais da região, juntamente com seus parceiros.

Além das comidas e brincadeiras típicas, Sarau da Coisa, Escola de Música de Jundiaí, DJ set com Rodrigo Bento (Festa Pilantragi), atividades nos espaços de arte e cultura da Prudente, há uma qua-

drilha de palhaços na programação. A festa será no trecho entre as ruas São Bento e Doutor Almeida, das 14h às 20h, com entrada livre.

Estão programadas apresentações: Escola de Música Jundiaí, Sarau da Coisa, DJ Rodrigo Bento e Clowndrilha. As barracas serão: Bar do Haules, Vinho Quente & Quentão, Caldos, Salgados & Doces, Quitutes Juninos & Veganos, Pesca & Argola, Maquiagem Junina e Correio Elegante Poético.

Símbolo nacional da fotografia, autor dos nus mais famosos das celebridades do país, J.R. Duran está ministrando nesta semana curso gratuito de fotografia de nus na plataforma de educação virtual eduk. “Ninguém fotografa como eu. Esse é um curso a que eu queria ter assistido quando iniciante”, diz Duran.

“Não vai ter mulher nua no estúdio com alguém dizendo para ela tirar a calcinha. Será tudo mostrado num vídeo”. E qual o segredo para o nu perfeito? “Tem que ter muita paciência com as mulheres dentro e fora dos estúdios. Deixar elas fazerem o que quiserem e depois a gente faz o que quiser com elas”.

O próximo trabalho deve ser um curso de selfies. “O título seria ‘como fazer selfie sem passar vergonha. A questão não é o selfie, mas as pessoas que o fazem. A máquina fotográfica é ino-

cente, a intenção é pura; o problema é a falta de jeito”.

Com a superexposição nas redes sociais e muitos fotógrafos de ocasião, Duran não vê problema algum no mercado tão competitivo. “Acho ótimo, porque tem tanta coisa ruim que uma foto boa se destaca”, afirma ele.

Embora esteja acostumado a realizar palestras e workshops, é a primeira vez que o fotógrafo tem o seu trabalho filmado e pensado como um curso online. “É um formato inédito para mim. Descobri que eu era mais intuitivo do que imaginava, porque quando o roteiro de oito páginas ficou pronto tinham coisas que eu não me lembrava de ter falado. Pela primeira vez na vida consegui racionalizar um processo de fotografia e criação porque eu nunca tinha parado para pensar como isso acontecia”, diz ele à coluna.

No total, são seis horas de aulas e a oportunidade de fo-

tógrafos e fãs do trabalho de Duran conhecerem suas referências, o seu processo criativo e as técnicas utilizadas em seu trabalho. O fotógrafo também fala sobre o mercado de trabalho e suas experiências profissionais.

VARIEDADES

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No Multishow, Tom Cavalcante reaparece Humorista estava longe da TV há anos, e agora faz sucesso com o #partiushopping

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o canal Multishow, Tom Cavalcante está mais à vontade.

Estourou na Globo, na Escolinha do professor Raimundo, fazendo o personagem João Canabrava. Foi para outros humorísticos, como o Sai de Baixo, mas acabou indo para a Record.

Colocado na geladeira pela Globo, acabou também brigando na Record e sumiu.

Tom agora está de

volta. Tem a seu lado Camilla Camargo, e tudo gira em torno de um shopping. “O presidente da empresa morre e deixa o shopping de herança para o segurança, que é o meu personagem. Indignada, a família vai sempre tentar fazer com que ele assine uma documentação para tirá-lo da jogada”, explica Tom. Camilla, parceira de cena, diz que não é difícil o trabalho. “Apesar

de não ter experiência no humor, fiquei feliz quando passei no teste. É difícil, mas quando nos divertimos em cena, fica tudo mais fácil. Mas nem por isso é mais fácil que drama”, diz ela.

O elenco conta ainda com Danielle Winits, Camilla Camargo, Nany People, Monique Alfradique, Alex Gruli e Léo Castro. Serão 30 episódios de 45 minutos. Cada um terá cerca de 30 figurantes.

The Minions FILME

LIVRO

Minions

Minions Pierre Coffin, Kyle Balda Estréia 25/06/2015

Os serezinhos amarelos unicelulares e milenares evoluem ao longo do tempo, eternamente servindo o mais desprezível dos mestres. Depois de várias parcerias mal sucedidas – que vão desde T. Rex a Napoleão – os Minions se encontram em uma profunda depressão quando percebem que não têm mais

O Príncipe dos Canalhas a quem servir. Mas um Minion chamado Kevin tem um plano: ao lado do adolescente rebelde Stuart e do pequeno e adorável Bob, ele decide sair pelo mundo à procura de um novo chefe malvado para que seus irmãos tenham a quem servir novamente.

O Príncipe dos Canalhas - Loretta Chase, Editora Arqueiro

O Príncipe dos Canalhas - Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso.

Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez

sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent...

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entrevista

25 de junho a 1 de julho de 2015

Tarcísio, o velho leão, ainda ruge e é referência

N

ão há no meio jurídico alguém que não conheça o advogado Tarcísio Germano de Lemos.

Fora desse meio também.

Além de advogar, ele foi vereador, presidente da Câmara, vice-prefeito, presidente do Aeroclube de Jundiaí, comandante da Guarda Municipal, secretário de Educação e de Negócios Jurídicos da Prefeitura e professor de Direito durante 20 anos e três vezes presidente da OAB local.

Aos 85 anos, o advogado Tarcísio Germano de Lemos dá expediente diário no escritório e promete mais Sua passagem pela política local deixou marcas. Orador brilhante, fez das suas na Câmara - a ironia era sua arma. E foi Tarcísio o responsável por Jundiaí ter um hino oficial e uma bandeira. Também é dele o Planidil (Plano de Incentivo à Industrialização), que criou o Distrito Industrial de Jundiaí, em 1970, trazendo para a cidade as primeiras indústrias importantes.

“Quando o Walmor Barbosa Martins foi eleito prefeito, em 1968, fui eleito como seu vice. Conversamos e vimos que as indústrias tradicionais estavam fechando, e que precisávamos gerar mais empregos. Resolvemos criar o Planidil, e fiquei responsável por ele”, conta o advogado.

Sem muito dinheiro, a prefeitura desapropriou uma área ao lado da atual rodovia Dom Gabriel. “Era um verdadeiro charco, e essa área foi destinada às grandes. Outra área, onde está a marginal da Autoban, foi destinada às médias e pequenas. É onde está hoje a Vinagre Castelo’, explica Tarcísio.

O primeiro trabalho foi

distribuir revistas, em português e inglês, para os escritórios comerciais das embaixadas. Até que um dia apareceu na prefeitura, que funcionava na rua Barão de Jundiaí, um grupo de japoneses. Problema: era feriado na cidade. Tarcísio foi chamado, abriu a prefeitura, e chamou o fotógrafo Paulo Furuta para servir de intérprete. “Foi a primeira a se instalar em Jundiaí dentro do Planidil - conta ele - e os japoneses trouxeram para cá a Kanebo”.

Mas foi na Câmara que Tarcísio fez história, seja pelo uso da tribuna seja pelas ironias. Quando vereador, aliavase a Walmor, na época também vereador, para criticar a prefeitura. Uma das críticas era sobre um terreno que não era limpo há tempos. E numa das sessões os dois levaram uma cobra, já morta, dentro de um saco de cimento. Enquanto Walmor usava a tribuna (também bom orador), Tarcísio jogou a cobra no plenário. Fim de sessão.

Noutra ocasião, dirigiuse a outro vereador, Duílio Garbati, enquanto declamava uma poesia de Cornélio Pires. Problema: Duílio Garbati, simples e de poucas letras, costumava ter um revólver na cintura, que chegou a ser apontado. “Depois conversamos, e expliquei que a história do boi bernento e sapiquá de lazarento era da poesia”, diz Tarcísio.

Fora da Câmara também havia brincadeiras. Frequentador da Praça Governador Pedro de Toledo (a praça da Matriz) no tempo em que se podia conversar, Tarcísio resolveu “oficializar” a condição de outro frequentador, uma figura folclórica que se achava agente secreto. Solenemente o nomeou e lhe colocou uma estrela de xerife, que vinha junto com um brinquedo da época, fabricado pela Estrela.

Na vida pessoal também está realizado. Está cheio de condecoração e é até Cidadão de Trenton (Estados Unidos).

Nascido em Tietê, também se tornou Cidadão Jundiaiense.

Viúvo há cinco anos de Therezinha formou uma família de advogados: dos filhos (Tarcisinho, Marco Aurélio, Lia Valéria, Jorge e Maria Elisa) só um seguiu outro caminho - é mestre de Capoeira. Com os filhos, divide o escritório.

Já tem três netos advogados, e oito sobrinhos na mesma profissão. E como advogado Tarcísio também fez história. Ou melhor, continua fazendo. Participou de mais de mil júris, em todo o Brasil, e nunca perdeu um sequer. Conseguiu absolver um carroceiro que havia matado um valentão usando uma lista telefônica.

Defendeu o japonês, gratuitamente, que matou o primeiro prefeito de Campo Limpo, Adherbal da Costa Moreira.

“Naquele tempo a justiça gratuita era gratuita mesmo, conta ele. O juiz nomeava advogado para quem não podia pagar. O promotor queria 30

anos de cadeia para o japonês, ficamos nos quatro, uma absolvição”.

Mas no Fórum também brincou. Durante um julgamento, promotor e um advogado assistente de acusação citaram inúmeros pareceres jurídicos tentando condenar o réu. Um dos juristas citados tinha o sobrenome Luchini - o que remeteu jurados e público ao tradicional vendedor de carros de Jundiaí. A gargalhada foi geral.

Foi então que Tarcísio foi mais longe. Criou um parecer, citando como autor Giandomenico Buccianti e sua obra “La Buggia Che né la Gambia Piccola” (coisa que nunca existiu). Mais gargalhadas e um réu absolvido.

Giandomenino era o dono do restaurante Chácara das Carpas, e entrou para história (ou folclore) forense.

Hoje ele tem outras preo-

cupações. A Educação, por exemplo. “Caiu muito o nível.

Em meu tempo, se estudava Latim, Francês, Inglês, se aprendia poesia, literatura.

Hoje há professores despreparados e mal pagos, a consequência é isso”.

Fala também sobre a situação das famílias. “A educação familiar não é a mesma. A família desapareceu, as crianças ficam nas ruas, nas creches ou nas casas das avós, pois os pais precisam trabalhar”. Sobre política, decepção total.

“Hoje dá vergonha de ser político. Fico pensando nos netos e bisnetos, sobre o que terão no futuro, que tipo de país e cidades encontrarão”, lamenta. Sem senões, diz que se tivesse de escolher uma profissão nos dias de hoje, seria novamente advogado. “Não me arrependo, faria tudo novamente, porque gosto do que faço”.